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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO – BIBLIOTECONOMIA
DISCIPLINA: CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
DOCENTE: CLEBER MAURICIO DE LIMA
DISCENTE: CARLA PEREIRA DA SILVA

A MATERIA COMO OBRA DE ARTE O RESTAURO E A CONSERVAÇÃO

PORTO VELHO
2014
A obra de arte (pintura, escultura, expressão arquitetônica, mas também
centro histórico ou paisagem), como tal e como produto ou testemunho da
atuação humana em um certo tempo e lugar, coloca a dúplice instância
fundamental segundo a qual se deve estruturar: a história e a estética
(BRANDI, 2008, p. 11). Conforme a figura abaixo:

Figura – 1 - A Educação da Virgem – Diego Velázquez (c. 1617)

Fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br/2010/07/obra-de-arte-inedita-pintura.html

“A Educação da Virgem” uma pintura de Diego Velázquez, realizada nos


primeiros anos de sua carreira, por volta de 1617. O descobridor da pintura,
John Marciari, curador sênior da arte europeia no Museu de Belas Artes de San
Diego, passou sete anos de sua vida estudando a obra. Marciari afirma que
todas as incógnitas foram respondidas em seus estudos. Conforme Figura
abaixo:

Figura 2 - A Educação da Virgem – Diego Velázquez (c. 1617), antes e depois


do restauro
Fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br/2010/07/obra-de-arte-inedita-pintura.html

A preservação e conservação do patrimônio cultural em suas diversas


formas e aspectos vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade, seja
ela relacionada ao turismo cultural, a história e até mesmo a obra de arte que
esteja em casas como relíquias intocáveis. Os poderes governamentais estão
tomando conta da importância da obra de arte e da preservação da cultura
para nosso futuro. E com isso, estão fazendo parcerias com empresas e
grandes especialistas (artistas plásticos) para resgata nossa história.......

Na atualidade, preservar a memória tem sido mesmo uma necessidade.


Preservar o passado e seus traços deixou de ser tarefa restrita de
historiadores, arqueólogos, arquitetos, a memória não mais se restringe a
objeto de estudo de antropólogos, etnólogos, cientistas sociais ou ainda
psicólogos. Cada indivíduo faz-se historiador de si mesmo e do grupo em que
está inserido e os discursos relativos à sua visão sobre memoria, cultura e
história.

Brandi apresenta em seu texto o primeiro conceito de restauro como “o


momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua
consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à
sua transmissão para o futuro” (p. 30), isto é, condiciona o ato de restauração à
compreensão do restabelecimento da sua função experimentado a obra de arte
enquanto tal, o que resulta na prevalência do estético sobre o histórico, na
medida em que é exatamente a condição de artística o que diferencia a obra de
arte de outros produtos da ação humana. Então qualquer intervenção voltada a
dar novamente eficiência a um produto da atividade humana é restauro
BRANDI, (p. 25). O conhecimento da matéria implica na utilização de materiais
adequados para que assim possa se dar uma boa restauração e diante da
intervenção possam atender às necessidades estéticas da mesma. De fato, na
concepção de Brandi ele enuncia o segundo conceito de restauro: a
restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da oba de
arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso
histórico, e sem cancela nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo.
Contudo, o conhecimento acerca das instancia estéticas e históricas evita o
cometimento de erros na leitura e apagar marcas do tempo. Os elementos
estéticos, históricos e o material da qual é constituída a obra são a base para
que o historiador possa fazer um excelente trabalho na restauração da obra de
arte. Diante do que foi exposto e diante do que Brandi enuncia sobre a
restauração de uma obra de arte, deixa bem claro qual os procedimentos
adequados que cada historiador precisa para fazer-se um restauro de forma
benéfica e precisa em uma obra.
REFERÊNCIA

BRANDI, Cesari. Teoria da restauração. Tradução Beatriz Mugayar Kühl;


apresentação Gionanni Carbonara; Revisão Renata Maria Parreira Cordeiro. –
Cotia. São Paulo: Ateliê editorial, 2004.
http://mol-tagge.blogspot.com.br/2010/07/obra-de-arte-inedita-pintura.html -
Visitado em 30 de novembro de 2014.

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