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Cálculo I — Cálculo Infinitesimal I

FCUL - Departamento de Matemática

19 de Setembro de 2023

Apresentação
Docentes
Aulas Teóricas: Luís Sequeira
lfsequeira@ciencias.ulisboa.pt

Aulas Teorico-práticas: Francisco Moreira


Isabel Ferreirim
João Boto
Luís Sequeira
Para as aulas TP é necessário os alunos se acompanharem das respectivas Folhas de
Exercícios, em papel, no tablet ou no telemóvel.

Página da disciplina
No sistema Moodle: http://moodle.ciencias.ulisboa.pt
Programa, Regras de Avaliação, Apontamentos, Folhas de Exercícios...

No sistema Fenix: http://fenix.ciencias.ulisboa.pt


Sumários, Inscrição para os Exames...

Avaliação
Quatro Mini-testes, nas aulas TP (30%) - datas na página da disciplina (contam três)
(*)
(*)

Os mini-testes realizam-se por meios electrónicos (smartphone, tablet ou computa-


dor portátil)
Contarão para nota três dos quatro mini-testes: o quarto mini-teste e os dois
melhores entre os três primeiros mini-testes
Só poderão fazer os mini-testes na turma onde estão registados no Moodle.

1
Na página moodle, verifiquem se têm acesso à pasta TP11, TP12, TP13 ou TP14
(conforme o caso). Se não tiverem acesso, contactem o professor responsável pelo
e-mail lfsequeira@fc.ul.pt para rectificar a situação.

Exame Final (70%) - datas na página da Faculdade (nota mínima 7,5)


Consultar na página da disciplina todas as informações sobre a avaliação

Alguns Amigos

Gottfried Isaac Joseph-Louis (outro) Isaac


Estes são apenas alguns dos amigos que contribuiram para a matemática que vamos
estudar neste curso. Sabem quem eles são? Sugiro-vos uma visita ao site MacTutor
History of Mathematics,
http://www-history.mcs.st-and.ac.uk
para os conhecer melhor!

Sucessões e Séries
1/16
1/4
1/8

1/2

Uma série é uma “soma infinita”... por exemplo,

1 1 1 1
+ + + + ··· = 1
2 4 8 16
Esta soma pode ser interpretada como a probabilidade de obter caras se lançarmos
uma moeda infinitas vezes. Qual é essa probabilidade?

1 1 1 1
1+ + + + + · · · = +∞
2 3 4 5
Diremos que a série 12 + 14 + 18 + 16
1
+ . . . é convergente e tem soma igual a 1. A série
1 1 1 1
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + . . . , por outro lado, diz-se uma série divergente. Estudaremos este
assunto no primeiro capítulo do programa.

2
Um polinómio que “imita” uma função?
Se soubermos os valores que uma função toma num determinado ponto, por exemplo,
f (0) = 1, e também os valores de algumas derivadas da função nesse ponto, por exemplo,
f ′ (0) = 1, f ′′ (0) = 1, f ′′′ (0) = 1, f (4) (0) = 1, podemos sempre obter um polinómio
que “concorda” com a função, i. e., conseguimos escrever um polinómio (ou, melhor
dizendo, uma função polinomial), que satisfaz as mesmas igualdades: p(0) = 1, p′ (0) = 1,
p′′ (0) = 1, p′′′ (0) = 1, p(4) (0) = 1:

x2 x3 x4
p(x) = 1 + x + + +
2 6 24

A vermelho, na figura, a função original (que neste exemplo era a função exponencial);
a azul a função polinomial. Note-se que próximo de zero, os valores das duas são muito
semelhantes: a função polinomial dá-nos uma boa aproximação da função original

Fórmula de Taylor (*)

3
Toda a função “bem comportada” pode ser bem aproximada por funções polinomiais.
(*) Brooke Taylor (outro nosso amigo!)
Se for g(x) = x − 61 x3 , qual vos parece mais fácil de calcular: sin(0, 1) ou g(0, 1)?
Pela fórmula de Taylor, que vamos aprender, saberemos que a diferença entre sin(0, 1)
e g(0, 1) é muito pequena (inferior a 10−8 ), pelo que g(0, 1) é uma boa aproximação. Este
é o “polinómio de Taylor” da função seno (de ordem 3, porque “vai até x3 ”), junto de
x = 0. Podemos obter aproximações ainda melhores, bastando para isso usar polinómios
de Taylor de graus maiores.
A Fórmula de Taylor faz uso das derivadas da função que queremos aproximar. Estu-
daremos isso no segundo capítulo.

O Volume da Esfera

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O Volume da esfera é igual ao volume entre o cilindro e o cone.
Podem ver a animação, criada em Geogebra por Margarida Oliveira, no endereço
https://www.geogebra.org/m/RsewjZzH
Esta é uma aplicação do chamado “Princípio de Cavalieri” (em honra de Bonaventura
Cavalieri, outro nosso amigo!):

Dois sólidos que têm todas as secções (segundo planos perpendiculares a


uma mesma direcção) com a mesma área têm o mesmo volume.

Outro exemplo: dois prismas com a mesma área da base e a mesma altura (mesmo
que, por exemplo, um seja recto e o outro oblíquo) têm o mesmo volume.

Derivação e Integração

Tangente; variação; velocidade

5
a b

Distância; Área

Teorema Fundamental do Cálculo


Exemplo

f
F (x)
f (x)

a x

F é a Soma (integral) de f f é a Diferença (derivada) de F

Teorema Fundamental do Cálculo


O “pináculo” deste curso é o facto seguinte:

Teorema. Sejam

• f uma função contínua num intervalo I de R

• a∈I
∫ x
• F a função Integral indefinido F (x) = f (t) dt
a

Então F é diferenciável em I e F ′ (x) = f (x)

Reparem bem no nome: Teorema FUNDAMENTAL!!!

6

O símbolo foi inventado pelo nosso amigo Gottfried e é uma letra “S” alongada (“S”
de Suma, ou seja, Soma). Nós falamos do “Integral” da função f , mas na realidade devia
dizer-se a “Soma Integral” da função f .
Informalmente, o Teorema Fundamental diz que “a diferença (derivada) da soma
(integral) de f é igual a f , desde que a função f seja contínua”.
O Teorema Fundamental relaciona de maneira perfeita e elegante as noções de derivação
e integração, e permite calcular integrais muito facilmente através da noção de primitiva
- é a chamada “Fórmula de Barrow”, que é uma consequência directa deste teorema.
(Este Barrow é um dos nossos amigos chamados Isaac, cujo retrato já apareceu hoje ).
Estudaremos tudo isto e muito mais no terceiro capítulo deste curso.

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