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Bouba Aviária

É uma doença caracterizada por lesões crostosas nodulares na pele e por lesões diftéricas
no trato respiratório e digestivo superior.

Etiologia: Poxvírus são vírus DNA, envelopados, muito resistentes (formalina 1:1000 por 9
dias, a 50ºC por 30 minutos, 60ºC por 8 minutos e nas descamações e crostas de pele ele
resiste por meses. Acomete diversas espécies de aves.

Transmissão: pode ser horizontal, por contato e descamações da pele, crostas, por
reutilização da cama, canibalismo, inseminação artificial (em perus). É transmitida por
vetores como os mosquitos, moscas, piolhos e ácaros hematófagos. Transmissão vertical
é via ovo, e a ave apresenta doença subclínica.

Período de incubação: de 4-8 dias em galinhas, 4 dias em canários, pombos e perus.

Patogenia: entra no organismo pela pele, podendo ser pela picada de inseto (vetor). Os
sinais clínicos iniciam em 2 dias. Se for via pulmão, 4 dias para os sinais clínicos. 5 dias
após infecção a ave apresenta viremia, com presença do agente nos órgãos como cérebro,
traqueia, rins, fígado, baço.

Sinais clínicos:
forma cutânea: partes sem pena, bico, ao redor dos olhos, crista, barbela e patas.
forma diftérica: afeta boca, língua, traqueia e esôfago.
forma sistêmica: afeta as duas anteriores; doença generalizada.

Lesões: crostosas ao redor do bico e dos olhos, nódulos endurecidos nas pálpebras, crista,
barbela, bico e pés. Pode ter dermatite escamosa em regiões com penas. Na forma
sistêmica aparecem lesões cutâneas e diftéricas. Algumas lesões na pele podem ser
consideradas lesões atípicas de varíola.

Diagnóstico: clínico, histopatológico ou com inoculação em ovos embrionados, PCR.

Tratamento: iodo glicerado em 50%, nas patas, vitamina A, antibióticos que atuem em
DNA (quinolonas) por 7 dias no mínimo.

Profilaxia: controle de vetores, limpeza e desinfecção do ambiente,vacinação (duas


vacinas: bouba fraca 1ª semana e bouba forte 3ª semana).

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