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O Modernismo e a

Geração de Orpheu
Geração de Orpheu
A Geração de Orpheu corresponde a um conjunto de jovens que não se identificava, em termos
estéticos, sociais e filosóficos, com o saudosismo lírico nem como o Realismo-Naturalismo que
marcaram o final do século XIX, vindo a provocar uma mudança no panorama literário
português. Desse grupo destacam-se:

Fernando Almada Mário de Amadeo de Santa-Rita


Pessoa Negreiros Sá-Carneiro Souza-Cardoso Pintor

O Modernismo e a Geração de Orpheu


Geração de Orpheu
Os membros desta geração começaram a reunir-se por
volta de 1912, em cafés da baixa lisboeta, discutindo
sobre os movimentos vanguardistas que alastravam por
toda a Europa, tendo ganhado um novo alento quando,
devido à eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), vários artistas nacionais começam a chegar a
Portugal, vindos de Paris.

A Brasileira, no Chiado

.
O Modernismo e a Geração de Orpheu
Geração de Orpheu
Com a publicação da Revista Orpheu, em 1915, estes poetas e artistas unem-se em torno de
um verdadeiro movimento modernista nacional, tendo como objetivo revolucionar o
panorama artístico e, metaforicamente tal como o mito de Orfeu na sua descida aos infernos,
fazê-lo sem «olhar nunca para trás», isto é, recusando o passado.
Estes jovens defendem e retomam, de certa forma, também a conceptualização aristotélica da
«arte pela arte», preconizada já no século anterior por Immanuel Kant, Théophile Gautier e
Edgar Allan Poe.

Immanuel Théophile Edgar


Kant Gautier Allan Poe

O Modernismo e a Geração de Orpheu


Geração de Orpheu
Graças ao mecenato do pai do poeta Mário de Sá-Carneiro, os números 1 e 2 da revista são
publicados e atingem o seu objetivo: chocar a sociedade da época. A revista número 3 nunca
chegou a ver a luz do dia, por falta de financiamento.

É de salientar o caráter irreverente e


provocatório presente na ilustração da capa
da revista número 1, da autoria do artista
gráfico e pintor José Pacheco, um dos
membros do grupo.

Orpheu, fascículo n.º 2, Orpheu, fascículo n.º 1,


abril-maio-junho, de 1915 janeiro-fevereiro-março
de 1915
O Modernismo e a Geração de Orpheu
Geração de Orpheu – O Primeiro Modernismo
A reação dos críticos nacionais foi imediata e brutal, destacando-se a figura do médico e
escritor, Júlio Dantas, que os apelidou de «tarados originais» e «loucos».
A resposta da Geração de Orpheu chegou pelo lápis de Almada Negreiros, com o famoso e
emblemático Manifesto Anti-Dantas (1916), que surge como símbolo de afirmação, em
Portugal, de uma geração verdadeiramente moderna.

Júlio Almada
Dantas Negreiros

O Modernismo e a Geração de Orpheu


Geração de Orpheu – O Primeiro Modernismo
Do mesmo modo abrupto e efervescente com que
nasceu, a geração de Orpheu findou. O suicídio de Sá-
Carneiro, em 1916, assim como a morte de Amadeu de
Souza-Cardoso, vítima de gripe espanhola, em 1918,
levaram a que o individualismo, que caracteriza esta
geração, levasse a melhor e se dissolvesse o grupo, no
qual se destaca a figura de Fernando Pessoa,
considerado, por muitos, o expoente máximo desta
geração.

Fernando Pessoa
retratado por Almada Negreiros

O Modernismo e a Geração de Orpheu

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