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ADMINISTRAÇÃO

ECONOMIA II

Profº Drº Flávio Rocha


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Produção e despesas no curto prazo

O modelo de despesa agregada

Despesa agregada (AE)

O total de gastos na economia: a soma do consumo, dos investimentos planejados, das compras do governo e do
saldo da balança comercial.

Modelo de despesa agregada


Um modelo macroeconômico que enfoca a relação entre o total de gastos e o PIB real, pressupondo que o nível de
preços seja constante.

Despesas agregadas
• Consumo (C).
• Investimento planejado (I).
• Compras do governo (G).
• Exportações (X) Y = C + I + G + (X – M)
• Importações (M)
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Produção e despesas no curto prazo


Equação de Demanda Agregada
Demandas do
Governo Demanda nacional
por produtos
Demanda de bens estrangeiros
de consume pelas
famílias

PIB
Y = C + I + G + (X – M)
Demanda de
investimentos
pelas empresas Demanda estrangeira
por produtos
nacionais
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Y = C + I + G + (X – M)

Função Consumo: a relação entre gastos com consudmo e a renda disponível

𝒀𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 = ƒ(𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)

C = ƒ(𝒀𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 ; Crédito; Expectativas)


O que as pessoas pensam e esperarm do
futuro! (grau de incertza sobre manter
Tem relação com os gastos públicos seu emprego etc.)

Depende de ações do Banco Central (taxa de juros)

Depende da atração de recursos (taxa de juros)

Disponibilidade de poupança (interna e externa)


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Y = C + I + G + (X – M)

Função Consumo: a relação entre gastos com consudmo e a renda disponível

Propensão marginal a consumir (MPC)

A inclinação da função consumo: a extensão em que os gastos com consumo variam quando a
renda disponível varia.

Podemos usar a MPC para determinar o quanto o nível de


consumo irá variar com a variação da renda.
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Y = C + I + G + (X – M)

Função Consumo:

Propensão marginal a consumir (MPC)


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Dados

Consumo
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CONSUMO DAS FAMÍLIAS
Variação anual
(%)
8,6

6,4 6,5
6,2

5,3
5,0
4,4 4,5
4,3
4,0 3,9
3,7
3,5 3,5
3,2
3,0
2,6
2,3 2,4
2,0
1,3
0,8
0,4

-0,5
-0,7

-3,2
-3,8

-4,6

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: IBGE
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BRASIL – PRODUTO INTERNO BRUTO
(Trilhões de R$ de 2022)

9,92
9,69 9,74
9,64
9,41 9,49
9,40 9,37
9,23 9,21 9,18
9,09
8,88

8,27 8,26

7,87

7,42
7,14
6,91

6,46 6,54
6,27
6,19
5,88 5,90 5,93
5,69

4,54

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: BCB
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CRÉDITO TOTAL
SALDO EM FINAL DE PERÍODO
(% do PIB)

53,9 53,8
52,9 52,6
52,2
50,9
49,7
49,2

47,2 47,0
46,5 46,6

44,1
42,6

39,7

34,7
33,8

30,4
29,5

27,6 28,0
27,3 27,3
26,5
25,6 25,8 25,5
24,4

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: BCB
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CRÉDITO – RECURSOS LIVRES E DIRECIONADOS


(%PIB)
32,1
31,4
30,5
29,0
28,1 28,2
27,1 27,2 27,3 27,4 27,2
26,8

24,9 25,2
26,5 24,2
23,1
25,0 24,8
20,9
22,6 23,0
22,4
18,7 21,4 21,7
21,2
20,2 19,8
16,2
15,2 15,6 18,3
14,7
13,8 16,9
15,5

12,9
11,2 11,6

9,3 9,4 9,8


8,9
8,5 8,3

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

DIRECIONADO* LIVRE

* Abrangem tanto as operações diretas e os repasses do BNDES como as aplicações obrigatórias de todos os bancos em crédito rural e habitacional
Fonte: BCB
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TAXA DE JUROS
(%a.a)

71,0

62,7

55,4
53,6

48,5 47,8
45,8 46,2
45,0
42,5
38,9
37,2

29,6
28,0
24,3 24,1 23,1
22,0 21,6
18,9 19,7
18,6
16,3

11,6

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Pessoa Física Pessoa Jurídica


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Y = C + I + G + (X – M)

Função Investimento:
Se aplicar no mercado financeiro (externo ou
nacional) for mais seguro e rentável, não
Regulada pelo haverá investimento em capacidade produtiva!
Banco Central

I = ƒ(𝑻𝒙. 𝒅𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔; Tx. de retorno esperada; Expectativas)

O que as pessoas pensam e esperarm do


Estabilidade Macroeconômica (Juros, dívida pública e inflação) futuro! (grau de incertza sobre manter
seu negócio funcionando, endividamento
Risco País etc.)

Marcos regulatórios adequados


Porém, no curto prazo! Em macro, curto prazo
em economia é de 1 a 5 anos! Depende do que
Confiança nas Instituições se estar a falar!
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Y = C + I + G + (X – M)

Função Investimento:
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Dados

Investimento
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FINANCIAMENTOS DO BNDES
(Em R$ Bilhões)
190,4 187,8

168,4

156,0

139,7
135,9

121,4

96,6 97,5
88,3
81,9

70,8 69,3
64,9 64,3
60,3
55,3
49,0

38,1 38,4
35,2
26,9 25,3
19,1 18,0 18,7
10,6
7,5

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: BNDES (Boletim de desempenho dez/2022)


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DESEMBOLSOS DO BNDES, POR SETORES
(R$ Milhões de 2022)

Fonte: BNDES (Boletim de desempenho dez/2022)


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TAXA DE INVESTIMENTO E TAXA DE POUPANÇA BRUTA
(% DO PIB)

20,9
20,6 20,7
20,5
19,9
19,3 19,4
18,9 18,9 18,8
18,3 18,3 18,4 18,4 19,1
18,1
17,9 19,2 18,1
17,8
17,4 18,6
18,0 17,4
16,9 17,0 17,8
17,8 16,6 17,7 16,6
17,3 17,1 17,2
16,4
15,7 15,5 15,5
16,4 15,4 16,4 16,1
16,1 15,1
15,9
15,7 14,6
14,8
14,5
14,1 14,0
13,6 13,4 13,6

12,7
12,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Taxa de Investimento Taxa de Poupança Bruta

Fonte: IBGE Contas Nacionais - Indicadores de Volume e Valores Correntes


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INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL


(% do PIB)
2,71
2,58

2,38 2,37

2,24

2,02 2,26
1,94 1,92
1,83
1,82
1,87 1,65
1,56 1,81 1,59
1,78
1,50 1,47
1,35 1,62
1,34 1,53
1,29 1,28
1,49 1,22
1,44 1,18
1,38 1,21 1,14
1,31 1,11 1,09 1,07
1,19
1,13
1,11 1,09 1,08
1,01 1,01 0,97 0,92
0,85 0,84
0,77 0,77 0,79 0,79
0,72
0,64 0,66 0,68 0,66
0,60
0,53 0,52 0,56
0,50 0,46
0,44 0,45 0,42 0,44
0,38 0,40 0,38 0,38
0,34 0,31 0,33 0,34 0,33
0,26
0,20 0,21
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Governo Central Estatais Total

Fonte: FGV-IBRE - Observatório de Política Fiscal


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TAXA DE JUROS SELIC


Média Anual
(% a.a)

41,2
39,9

29,2

24,9
23,9

19,0 19,1
17,7 18,0
15,8 16,3

13,7 14,2 13,8 13,7


13,2
11,2 11,6
10,7 10,9
9,9
8,7 9,2
7,1 6,9 6,4
4,4

1,9

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
TAXA REAL DE JUROS EX-ANTE* X TAXA DOS FUNDOS FED (1)

15,3
Em %

13,4

12,0
11,6 11,7
10,8

8,9 8,9
9,9 8,5
8,2
7,9 7,8
7,3 7,5 7,4 7,2 7,0
6,9 6,6

5,8 6,1
5,3 5,3 5,2 5,1 5,5
4,8 4,6 4,5 4,6 4,5
4,3 4,3
3,6 3,8
3,3 3,0 3,0
2,3 2,5
2,0 2,2 2,0
1,6 1,8
1,3 1,5 1,8
1,0 1,0 1,3 0,8
2,5
0,8
2,0 0,6 1,8
0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5 0,5 0,3 0,3
0,5
0,3 0,3

-1,6

Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Taxa FED Taxa Real de Juros

(1) As taxas de juros do FED, a partir de 2008, passaram a ser negativas em termos reais (dadas as taxas de inflação medidas pelo IPC), o que aumenta o diferencial entre as taxas
internas e externas de juros.
* Taxa swap di-pré 360, retiradas as expectativas para a inflação nos próximos 12 meses

Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
Y = C + I + G + (X – M)

Função Gastos do Governo: Estado Liberais vs Estado de Bem Estar Social

Ideologia Política, ou
Corrente do Pensamento Ortodoxos vs Heterodoxos
Econômico

𝒀𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 = ƒ(𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)

G = ƒ(𝒀𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 ; Estratégia Política; Dívida pública)

Carga tributária Dívida Pública elevada, faz governo


maior sobre reduzir sua atuação, embora o impacto é
consumo do que menor do que para as pessoas quando
sobre a renda! deixam de consumir quando estão
endividadas! Setor público tem fonte
Política de Controle de Gastos quase infinita de financiamento!

Modo de prover serviços públicos 22


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Dados

Governo
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

CONSUMO DO GOVERNO
Variação anual
(%)

4,1
3,8 3,9 3,9
3,6 3,5
3,2
3,0
2,6
2,2 2,3
2,0 2,1
1,7 1,6 1,5 1,5
1,3 1,3
0,8 0,8
0,2

-0,2
-0,5
-0,7

-1,4
-1,8

-3,7

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: IBGE
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
BRASIL – PIB PER CAPITA
(Em Milhares de R$ Correntes de 2022)

48,5 48,3

47,5
47,0

46,2 46,2
45,6
45,2 45,2
45,0
44,5
44,3

43,3 43,3
42,8

41,6

39,7

38,6
37,8

36,2 36,2
35,6 35,6
35,4
35,0
34,8 34,6

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
2022
Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO - RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL


(% do PIB)

9,1 9,4
8,5 8,8
7,9 8,1
7,6 7,3 7,3
7,2 6,8
6,1 6,5 6,1
5,8 5,7 6,0
5,4 5,3 5,3 5,4 5,4
5,1 4,9 4,7 5,0
4,1
5,0
4,3 4,6 4,8
3,6 3,8 3,9 3,4
3,3 3,2 3,3 3,1
0,4 2,8 1,3
2,4
2,0 1,7 -0,8
-1,6 0,7
-0,1 0,0
-1,0 -0,6
-2,0 -1,7
-2,0 -2,5 -4,3
-2,7 -2,8 -2,5 -2,6 -2,5 -3,0
-3,6 -3,5 -3,3 -3,6 -3,3 -5,8
-4,6 -5,1 -4,7
-6,0
-5,9 -5,8
-7,2 -7,0
-6,1
-7,9 -7,8
-8,9 -9,2

-10,8

-13,3
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Déficit Nominal Primário Juros Nominais

Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
EVOLUÇÃO DO PIB REAL (TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL) E DO SUPERÁVIT
PRIMÁRIO (EM % DO PIB)

7,5

6,1
5,8
5,1 5,0
4,2 4,4 4,3 4,2 4,4
3,9 4,0 4,0
3,4 3,5 3,6 3,4
3,3 3,1 3,2 3,2 3,3 3,1
2,8 3,0 2,9
2,4
2,2 2,0 1,9 1,7 1,8
1,4 1,3 1,2 1,3
1,1
0,5 0,5 0,7
0,4 0,4

-0,1 0,0 -0,1


-0,6 -0,8
-1,0
-1,7 -1,6
-1,9
-2,5
-3,5 -3,3 -3,3

-9,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Taxa de Crescimento do PIB (%) Superávit Primário (% do PIB)

Fonte: BCB / IBGE


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA BRUTA E LÍQUIDA
GOVERNO FEDERAL
(% do PIB)
86,9

78,3
75,3
73,7 72,9
69,8 74,4
65,5
65,4
59,9 59,2
56,4 56,7 60,2
57,8 56,0 55,5 56,0
53,7 57,3 57,4
51,8 51,3 51,5 56,3 54,7
50,4 53,2
52,5
49,3 53,1
49,1
49,8 47,8
46,9 45,3
46,5 43,4
41,4
42,6
37,8 38,5 37,9
35,1
34,5 32,8 33,2
33,3 31,1

29,5

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Dívida Líquida Dívida Bruta

Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
DÍVIDA PÚBLICA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS E EM SUA PERIFERIA EUROPEIA NO PÓS-CRISE
(% do PIB)

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Alemanha 73,0 82,4 79,8 81,1 78,7 75,7 72,2 69,2 65,0 61,6 59,5 73,3 72,2 68,5

Espanha 53,3 60,5 69,9 86,3 95,8 100,7 99,3 99,2 98,6 97,6 95,5 123,0 121,3 120,4

Estados Unidos 86,8 95,5 99,8 103,3 104,9 104,5 104,6 106,6 105,7 106,9 108,7 131,2 133,6 134,5

França 83,0 85,3 87,8 90,6 93,4 94,9 95,6 98,0 98,3 98,1 98,1 118,7 118,6 120,0

Grécia 126,7 146,3 180,6 159,6 177,9 180,2 177,8 181,1 179,3 184,8 180,9 205,2 200,5 187,3

Irlanda 61,7 86,0 111,1 120,0 120,1 104,3 76,7 74,2 67,4 62,9 57,3 63,7 61,3 59,2

Itália 116,6 119,2 119,7 126,5 132,5 135,4 135,3 134,8 134,1 134,8 134,8 161,8 158,3 156,6

Japão 200,9 207,7 221,9 228,7 232,2 235,8 231,3 236,4 234,5 236,6 238,0 266,2 264,0 263,0

Portugal 87,8 100,2 114,4 129,0 131,4 132,9 131,2 131,5 126,1 122,0 117,7 137,2 130,0 124,1

Reino Unido 63,3 74,6 80,1 83,2 84,2 86,2 86,9 86,8 86,2 85,7 85,4 108,0 111,5 113,4

Euro Área (15 Paises) 80,2 85,8 87,7 90,7 92,6 92,8 90,9 90,0 87,6 85,7 84,0 101,1 100,0 98,4

Fonte: FMI
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL

95,5% 95,5% 95,5% 95,9% 96,5% 96,2% 96,1% 95,3% 95,8%


94,7% 95,1% 94,9% 95,1%
93,4%
91,9% 90,6%
88,5%
84,6%
79,7%
75,7%

67,4%

32,6%

24,3%

20,3%
15,4%
11,5%
8,1% 9,4%
6,6% 5,3% 4,5% 4,5% 4,5% 4,9% 5,1% 4,1% 3,8% 3,9% 4,9% 4,7% 4,2%
3,5%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Interna Externa

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

TÍTULOS PÚBLICOS INDEXADOS AO CÂMBIO E A SELIC


(% da Dívida Pública Federal Total)
71,0

61,1 61,8 61,7

55,9
53,8
52,4
51,2

43,6

38,7 39,4 38,5


37,8 37,4 36,8 36,6 36,1
34,8 35,1 34,5 35,1
34,1

29,5 30,3

24,2 23,4
22,5
20,9 20,3 20,4 21,0
18,6
17,2
15,4

9,4 10,0

5,3 4,9
2,6
1,2 0,8 0,9 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Over/Selic Câmbio
Fonte: BCB
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
PRINCIPAIS DETENTORES DOS TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS
(%)

39,6%
37,8% 37,7%

30,8% 31,5%
29,7% 30,1% 30,2% 29,8%
28,7% 29,6% 29,5% 29,1%
26,9% 25,7% 26,9% 26,7%
25,3% 24,7% 25,0% 25,1% 25,5% 26,0%
25,0% 24,0% 24,0%
21,7% 24,9%
21,4% 25,2%
20,3% 24,7%
23,1% 22,8%
17,1% 22,3% 22,6%
17,7% 22,1%
17,1% 18,6% 19,6%
22,7% 21,7%
15,8% 15,4% 16,0%
14,2% 18,8%

16,1% 17,1%

13,7% 14,3%
12,1%
11,4% 11,3% 11,2%
10,4% 10,6%
8,8% 9,2% 9,4%
7,2%
5,1%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Instituições Financeiras Fundos de Investimentos Previdência Não-residentes

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA
(% do PIB)

33,1 33,7
33,6 33,3 33,6 33,5 33,3
32,1 32,4 32,2 32,5 32,6 32,5 32,1 32,3 32,3 32,6 32,5 31,1
31,4 31,8
30,7
29,5
28,2
27,4 27,1
26,3 26,5

11,1 10,9
10,2 10,3 10,1 10,3 10,0 10,5
9,9 9,8 10,1 10,1 10,1 10,1 10,1 10,0 10,2 10,1 10,3 10,5 10,7
9,2 9,6
8,7 8,6
8,8 8,6 8,5

21,5 21,2 21,7 21,4 21,3 21,9 22,8


18,5 19,3 20,4 19,7 20,5 20,2 20,5 20,5 20,3 19,6 19,7 19,8 19,8 20,0 19,8 20,6
16,7 16,0 16,3 16,7 17,8

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

União Estados e Municípios Total

Fonte: 1995 a 2018 FGV IBRE, Observatório de Política Fiscal / 2019 a 2022 STN
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

CARGA TRIBUTÁRIA – BASE DE INCIDÊNCIA - 2002-2021


% da Arrecadação Total

Tipo de Base 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Renda 18,85% 18,37% 17,16% 18,66% 18,47% 19,30% 20,45% 22,10% 20,73% 21,77% 20,71% 21,01% 21,01% 21,12% 22,69% 21,79% 21,70% 22,49% 22,47% 23,92%

Folha de Salários 23,67% 23,72% 23,88% 24,06% 24,46% 24,25% 24,23% 27,79% 27,60% 27,17% 28,00% 27,39% 27,71% 27,70% 28,31% 28,18% 27,41% 27,58% 27,91% 25,52%

Propriedade 3,53% 3,57% 3,39% 3,34% 3,47% 3,52% 3,56% 3,91% 3,77% 3,73% 3,88% 3,91% 4,09% 4,43% 4,54% 4,59% 4,68% 4,84% 4,96% 4,87%

Bens e Serviços 48,68% 49,13% 50,44% 48,99% 48,65% 47,85% 49,77% 44,46% 45,71% 45,10% 45,49% 45,91% 45,56% 44,98% 42,78% 43,80% 44,60% 43,38% 43,72% 44,02%

Trans. Financeiras 5,07% 5,09% 4,99% 4,80% 4,82% 4,82% 2,03% 1,80% 2,10% 2,20% 1,96% 1,68% 1,62% 1,80% 1,67% 1,63% 1,60% 1,70% 0,93% 1,67%

Outros Tributos 0,19% 0,12% 0,14% 0,15% 0,13% 0,25% -0,03% -0,12% 0,08% 0,03% -0,03% 0,03% 0,01% -0,02% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00% 0,00% 0,01%

Fonte: Carga Tributária no Brasil 2021 Análise por Tributos e Bases de Incidências - Edição Dezembro/2022
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

DESPESAS COM JUROS DO GOVERNO CENTRAL EM VALORES NOMINAIS COMO


PROPORÇÃO DA ARRECADAÇÃO TRIBUTARIA FEDERAL BRUTA
(%)
51,1

47,3 47,7

45,5
43,9
42,2
41,7

38,9
37,8 37,7
36,3
35,6

31,3 31,7
30,8

27,5 27,2
26,6 27,1
26,3
25,4 25,1
24,9 24,5
23,7
22,7 22,8
22,1

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: BCB / STN


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
PREVIDÊNCIA - EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO LÍQUIDA E DA DESPESA COM BENEFÍCIOS
(Em R$ Bilhões de Setembro de 2022 - INPC)
784,6
760,6
742,3
720,9
704,9
745,8
661,0
613,1 620,0
589,2
555,5
520,7

524,9 528,6
506,4 498,1
414,2 483,5 480,8 489,6 483,7
384,3 466,4 474,1 461,4
454,6
358,1
342,4

293,0 299,1
266,6 344,1
252,7 256,0
242,6 310,8 230,9 240,0
219,5 292,9
198,8 210,3 194,6 262,1
176,6 186,9 259,4
155,3 170,4
129,8 141,3 218,5
198,0 121,9
181,0
165,1 169,9 165,5 88,3
145,2 147,9 148,2 158,4 68,6 74,5 83,0 73,4 70,2 72,1 82,7
128,8 140,4 54,0 61,6 65,2 66,1
33,7 40,4
22,5 28,4 28,5
1,0 0,9 10,1

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022*

Arrecadação Líquida Beneficios Previdencários Necessidade de Financiamento

* Dados acumulados em 12 meses até setembro

Fonte: Informes da Previdência Social - volumes: 27 nº 01, 31 nº 5, 32 nº 10, 34 nº 01 e 34 nº 10


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

https://auditoriacidada.org.br/explicacao/
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

AUDITORIA CIDADÃ – Dívida Pública


Historicamente, os povos nunca foram devidamente informados sobre as dívidas públicas que pagam através de seus
orçamentos governamentais. Em geral, todos entendem que se existem dívidas é porque, previamente, houve ingresso de
recursos oriundos da contratação de operações de crédito e/ou de emissão de títulos públicos.

No entanto, a partir de investigações realizadas por cidadãos em diversos países restou demonstrado que grande parte das
chamadas dívidas públicas - internas e externas - não respondem exatamente a esse critério, pois foram geradas sem qualquer
contrapartida em bens, serviços ou benefícios para a coletividade. Ademais, tais dívidas crescem sob o efeito de custos
financeiros abusivos, condições viciadas, sucessivos refinanciamentos, entre outras estratégias que provocam a auto geração
contínua de novas dívidas; um esquema que exige constante entrega de recursos para o pagamento de elevados juros,
comissões e outros gastos, enquanto o saldo da dívida segue aumentando.

Esse esquema funciona como um conjunto de engrenagens e tem propiciado as imposições dos organismos financeiros
internacionais que submetem os países devedores a planos de ajuste fiscal e antirreformas, baseadas em cortes de direitos
sociais para priorizar o pagamento de dívidas públicas. Ademais, tais organismos impõem diversas medidas que beneficiam
o setor financeiro, principalmente por intermédio da transformação de dívidas privadas em públicas, ocasionando ainda
mais sacrifícios sociais e a perpetuação das dívidas.

https://auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Livro-Experiencias-e-Metodos.pdf
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

AUDITORIA CIDADÃ – Dívida Pública

Assim, tem sido evidenciado que o endividamento público não tem funcionado
como um instrumento de financiamento das necessidades coletivas. Há décadas,
vem operando como um mecanismo de transferência de recursos públicos para o
setor financeiro privado.

Ao final, o custo da dívida pública é transferido diretamente para a sociedade, em


particular para os mais pobres, tanto por meio do pagamento de elevados tributos
incidentes sobre tudo o que consomem, quanto pela ausência ou insuficiência de
serviços públicos a que têm direito - saúde, educação, assistência social, previdência
- e, ainda, entregando patrimônio público mediante as privatizações e a exploração
ilimitada de riquezas naturais, com irreparáveis danos ambientais, ecológicos e
sociais.

É necessário conhecer que dívidas os povos estão pagando. A AUDITORIA é a


ferramenta que nos permite conhecer e documentar este processo.
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

AUDITORIA CIDADÃ – Dívida Pública

1. Qual é a origem da dívida pública? O país recebeu toda a soma de dinheiro contratada? Em que foram investidos os recursos? Quem são os
beneficiários desses empréstimos? Com que propósito?
2. Que mecanismos e processos geraram dívidas públicas?
3. Que dívidas privadas foram transformadas em dívida pública? Qual é o impacto destes débitos privados no orçamento do Estado?
4. Quanta dívida pública foi emitida para salvamento bancário?
5. Qual é a responsabilidade dos bancos centrais no processo de endividamento?
6. Qual é a responsabilidade das agências de qualificação de risco na desvalorização de dívidas soberanas, provocando o incremento de seus
custos e permitindo extrema especulação?
7. Qual é a responsabilidade das autoridades governamentais por permitirem transações financeiras com paraísos fiscais, que servem para que
os especuladores depositem os imensos lucros obtidos em operações realizadas com instrumentos de dívida, além de fomentar operações
dos “fundos abutres” que aí se alojam?
8. Qual é a responsabilidade das autoridades governamentais no que diz respeito à contratação de dívidas para financiamento de projetos
desnecessários ou “elefantes brancos” que sequer chegam a ser utilizados e não beneficiam ninguém?
9. Qual é a responsabilidade do FMI e de outras instituições por coagir a alguns governos para que implementem planos de ajuste fiscal e
antirreformas contra os interesses de seus povos e em benefício do setor financeiro?
10. Qual é a responsabilidade dos bancos por: a. ofertar excessivos créditos nos mercados? b. especular com títulos soberanos, gerando crises e
forçando a intervenção do FMI? c. apostar com derivativos, Credit Default Swaps e outros ativos tóxicos?
11. Quais são os impactos sociais, econômicos, de gênero, regionais, ecológicos e sobre nacionalidades e povos provocados pelo processo de
endividamento?
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

AUDITORIA CIDADÃ – Dívida Pública


Denuncia graves indícios de ilegalidades da dívida:

- Juros sobre Juros (Anatocismo), ilegal segundo o STF;


- Juros flutuantes na dívida externa – ilegais segundo a Convenção de Viena
- Ausência de contratos e documentos; ausência de conciliação de cifras; clausulas ilegitimas;
- Ilegalidade do livre fluxo de capitais, que deu origem à dívida interna;
- A grande destinação dos recursos orçamentários para o pagamento da dívida viola os direitos
humanos e sociais;
- O Banco Central faz reuniões com os bancos e outros rentistas para definir as previsões de inflação,
que definem as taxas de juros

Queda da Taxa “Selic” não tem reduzido os gastos com a dívida

Exatamente quando o governo anuncia que a Taxa de Juros Selic está em queda, o Tesouro Nacional
passa a emitir títulos da dívida pré-fixados, com taxas de juros bem maiores que a Selic
Nem 30% do estoque da Dívida Interna sob responsabilidade do Tesouro estavam indexados à Selic.

O custo médio da dívida interna está sempre superior à Taxa Selic


ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO

Demanda Agregada
ECONOMIA II - ADMINISTRAÇÃO
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OBRIGADO!

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