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MELANCOLIA
É como andar na escuridão, onde ficamos sozinhos, sobre o risco de sermos atacados e desprotegidos. É estar dissociado e perdido, sem apego, sem segurança e em clausura. Onde Tudo
Sensação de raiva, desespero e ódio, e ainda, ódio pelo seu ódio. Essa raiva é uma tentativa de punir o mundo e a si mesmo. É tomado por uma inveja contra os que não se sentem tão
aflitos.
O apego aos seus entes e a própria vida se desfez. A raiva aqui, é uma tentativa de reestabelecer um certo nível de convívio. A raiva é para que os outros prestem atenção, é uma súplica é
uma advertência.
É uma ânsia por ter perdido algo, que em muitos casos, nunca foi seu.
Beck
Culpa onipotente.
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RACIOCÍNIO FALHO:
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SUICÍDIO:
. desejo de morrer (dor psíquica intensa, mais forte que uma dor coronariana. Sentimento de estar preso a melancolia.
Vale ressaltar que ao morrer, o suicida, não se livrará da sor psíquica uma vez que ela ficará como uma herança, até a morte, para os entes queridos.
O suicídio pode trazer a concepção de que o corpo morre, mas a mente permanece. O EU que vive e o EU que morre.
No suicidas há uma necessidade de dependência intensa e não resolvida a um objeto perdido. É uma vontade regressiva de reencontrar a figura materna perdida, e restaurar a unidade
própria.
No suicida e nas pessoas que se cortam, existem uma balança, em que a pessoa "pode estar querendo ajuda", ou "querendo chamar a atenção". E essa balança varia de tempos em tempos,
pendendo de um lado para o outro, querendo morrer e viver. É uma ambivalencia de amor e ódio sobre um objeto, em quw tem que se enxergar o objeto de amor e de ódio, separados do
suicida, fazendo a balança pender para o amor, e consideração pelo objeto, e não para a vontade de destrui-lo.
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1 - Diário de humor para identificar as variáveis deste, e seus gatilhos. Também contribuí para a objetivação e distanciamento do humor deprimido .
3 - Uso de porcentagens estimadas do peso associado a pensamentos diferentes. Ex. "Ele não se importa comigo" - peso de 90%; a alternativa seria "o telefone dele não está funcinando" -
peso de 10 %. Se hoverem outras possibilidades, a estimativa do pensamento negativo pode diminuir. A medida que o tempo avança, os pensamentos negativos diminuem.
4 - Testes de realidade. Ex. Achar que para ser feliz, é preciso galgar uma carreira. Ai se indaga se alguém bem sucedido não pode ter depressão? E o contrário, alguém que não alcançou
5 - Programação de atividades diárias para sair da inércia, angústia e sensação de vazio (que faz parte do cotidiano do depressivo). Ex. de 2 em 2 horas, fazer uma determinada atividade
diária. Isso vai de encontro à tendência de se sentir inútil, ou de comparar suas pequenas realizações com metas impossíveis.
6 - Meditação- ajuda a se distanciar de seus sentimentos e pensamentos. Aqui não cabe, somente, técnicas de relaxamento, mas meditar sobre algo específico (filosofar) ou sobre um
1- A descoberta de um objeto/base, para depois perder esse objeto, por um luto, e não uma depressão.
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O AMIGO PERGUNTA
dela foi com a melancolia e a neurastenia. Melancolia é um desses termos lindos em extinção. Vem do grego (melanos: preto; colis: a bile), significa “envenenado pela bile negra”. Lembra um
outro diagnóstico ultrapassado, que seria o oposto da depressão, a mania (da psicose maníaco-depressiva, hoje transtorno bipolar do humor): “euforia mórbida”. É lindo, e diz tudo: boa
Para Freud, a melancolia era um estado de maus humores (imaginando-se que o fígado despejava no sangue secreções que deveriam ir para o intestino) em que a pessoa ficaria
momentânea e repetidamente “possuída”, se comportando como alguém importante de sua vida com quem tivera uma relação pra lá de ambivalente. Ela se comportava como a mãe, p.e. (a
quem tinha odiado), e em seguida ficava se recriminando por isso, numa ressaca moral horrorosa.
A neurastenia era um estado de “fraqueza nervosa” (tradução do termo), de prostração e falta de ânimo, resultado do excesso de masturbação. É engraçado que só acometesse a algumas
pessoas, pois outras relatam cinco ou mais masturbações diárias sem causar qualquer desânimo. Mas tive um paciente (deprimido) que era sim viciado em masturbação. Digo viciado neste caso,
pois seu hábito - que não causa mal em ninguém - fazia com que ele perdesse trabalhos, atrapalhava seu sustento. Como disse antes, o vício dá prazer, mas faz mal.
A depressão tem um pouco disso tudo: maus humores e prostração, vícios (que são seus “remédios” naturais, o álcool é o mais comum) etc. O traço mais marcante da depressão é a falta
de graça na vida. O traço menos reconhecido é a irritabilidade: de uma hora para outra, a pessoa está puxando briga com o pipoqueiro, é capaz de ficar furiosa com o seu jeito de passar
manteiga no pão. Às vezes, a irritabilidade é o único sintoma da depressão, o que faz com que ela não seja diagnosticada, e a pessoa siga sofrendo duplamente: porque está deprimida e porque
A depressão é um mecanismo de defesa, fruto de uma linha de montagem: submetida por muito tempo a angústias, raiva contida, sentimento de culpa, ou tudo isso junto, a pessoa vive o
Freud aprendeu que a psicanálise sozinha não dava conta da depressão, e isso o deixava muito frustrado. Ele sonhava que no futuro haveria medicamentos que revertessem o quadro. Parte
da minha enorme admiração por Freud vem do fato de ele reconhecer seus erros e suas insuficiências.
Pois o sonho de Freud se realizou: os antidepressivos modernos são uma ferramenta formidável. Eles permitem que o paciente tenha alívio, recupere sua inteligência, tire a farpa do dedo.
É aí que entra o analista: só então se pode investigar a linha de montagem que causou a depressão, permitindo que o paciente atue sobre ela. O antidepressivo não “curou” a depressão; ele abriu
espaço para que se compreenda como ela se formou. Daí sim, vem a cura.
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ESTRUTURAS: