Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2015
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
II. Objetivos……………………………………………………………..21
III. Metodologia…………………………………………………………22
1. Caracterização da Amostra……………………………………...22
2. Instrumentos……………………………………………………..22
2.1. Questionário Sociodemográfico………………………....23
2.2. Borderline Personality Questionnaire…………………...23
2.3. Inventário de Depressão de Beck………………………..23
2.4. Defense Style Questionnaire 40…………………………24
2.5. Inventário de Sintomas Psicopatológicos………………..25
3. Procedimentos de Investigação………………………………….25
Conclusão…………………………………………………………..…...32
Bibliografia……………………………………………………………...34
Anexos………………………………………………………….……….42
1
Introdução
Ao longo de muito tempo os conceitos de estrutura neurótica e
psicótica, eram vistos como a base para as patologias mentais. Mas o que
é que acontece quando há uma “costura” destas duas linhas? Ou seja,
quando estamos perante uma estrutura mental que, por um lado, ocupa um
território no mundo neurótico e, por outro lado, também possui
características da uma linha psicótica (Dias, 2004). Nesses casos estamos
perante uma estrutura fronteiriça designada de estrutura Borderline.
Dentro dessa estrutura, um dos diagnósticos mais comuns é a Perturbação
de Personalidade Borderline. Neste estudo o objetivo prende-se com a
compreensão da Perturbação de Personalidade Borderline em termos de
mecanismos de defesa específicos. Neste contexto, e segundo a literatura
de autores como Kernberg (1991), a clivagem tem vindo a ser referida
como o mecanismo mais comum e especifico destes sujeitos.
Com o auxílio de alguns instrumentos adequados às necessidades e
objetivos pretendidos, foi feita uma avaliação dos mecanismos de defesa
Borderline, comparativamente com outras patologias e também sujeitos
sem qualquer patologia, no sentido de apurar a importância deste
mecanismo e rever o seu estatuto no seio da Perturbação da Personalidade
Borderline.
Ao longo do primeiro capítulo será abordada a problemática
Borderline, dando-se a conhecer no que consiste a Perturbação de
Personalidade Borderline e as suas especificidades, tais como, as suas
características mais particulares e os mecanismos de defesa mais
utilizados.
Posteriormente, no segundo capítulo são explicados os objetivos
deste estudo que se prendem com a procura de uma relação de
especificidade entre o mecanismo de defesa Clivagem e a Perturbação de
Personalidade em estudo.
Mais adiante, ao longo do terceiro capítulo é feita a caracterização
da amostra usada neste estudo, tal como os instrumentos que serviram de
auxílio para o cumprimento dos objetivos, e por fim, uma descrição dos
I. Enquadramento Conceptual
1. A Perturbação de Personalidade Borderline
Segundo Dias (2004) o conceito Borderline surgiu pela primeira vez
em 1884 através de Hughes, mas outros autores consideram que o
conceito só surgiu mais tarde em 1938 através de Adolf Stern, para
caracterizar quadros marcados por “narcisismo, sangramento psíquico,
hipersensibilidade desordenada, rigidez psíquica, reações terapêuticas
negativas, sentimentos de inferioridade, masoquismo, ansiedade somática,
projeção e dificuldades no teste de realidade” (Faria, 2003, p. 6). É,
portanto, um grupo cujas características se situam numa espécie de
fronteira entre a neurose e a psicose, numa estrutura de "tronco-comum",
também conhecida por “Estados-Limite” da personalidade (Dias, 2004;
Faria, 2003).
Inicialmente pouca referência foi feita a este termo, dado que só na
década de 70 alguns estudiosos defenderam a importância de criar uma
nova categoria de diagnóstico, e apenas na 3ª edição do DSM (1980) esta
patologia aparece como um diagnóstico: “Perturbação de Personalidade
Borderline”. Hoje o diagnóstico é comum à DSM e à Classificação da
Organização Mundial de Saúde (CID-10) (Faria, 2003).
A personalidade Borderline é um quadro clínico que habita a
fronteira entre a psicose e a organização mais depressiva da neurose.
Segundo Matos (2012) é entre o Borderline e a depressão que se faz a
divisão do mundo da psicose e da neurose, ou seja, um funcionamento
mental de supercompensação narcísica que tenta esconder a fragilidade do
self e em simultâneo fugir à dor da depressão. É como se o sujeito
sua relação anaclítica com estes. Este tipo de relação faz com que o
sujeito fique à mercê do capricho dos objetos com os quais mantém uma
relação de ambiguidade de completamente bom e, ao mesmo tempo,
completamente mau. Também Bowlby refere a importância dos
indicadores emocionais, afirmando que ao falhar a vinculação, ou seja, se
esta for insegura, as relações de objeto ficam desde cedo perturbadas e
falham os indicadores emocionais deixando assim estas pessoas ao sabor
do impulso (Fossati, Feeney, Carretta, & Grazioli, 2005; Matos, 2012;
Paris, 2005). Segundo Hegenberg (2000), são pessoas que sofrem muito
de forma insuportável, o que é facilitado pelo facto destes sujeitos usarem
como que uma lente de aumento em relação às experiências e problemas
vividos (Tardivo, 2012).
Se por um lado estes sujeitos vivem num medo constante de
abandono, mostrando uma necessidade desproporcional de manter o outro
a seu lado, onde vale tudo, por outro lado e em simultâneo, também
receiam uma intrusão, uma proximidade demasiado grande. Estes sujeitos
encontram-se numa luta constante entre o desejo de pertencer e o desejo
de ser autónomo, acabando por não fazer a interiorização permanente do
objeto, mas no entanto é-lhes difícil tomar a decisão de permanecer
sozinhos, já que isso seria demasiado doloroso (Dias, 2004; Matos, 2012).
É por isso que muitas vezes procuram tranquilidade através do grupo, seja
de amigos ou de relações com o sexo oposto. Mas apesar da falsa
sensação de tranquilidade que isso possa provocar nestes sujeitos, o grupo
só está a limitar ainda mais o seu desenvolvimento afetivo, impedindo-os
de evoluir e amadurecer. É por isso que muitas vezes estes sujeitos são
vistos como crianças a viver num corpo de adulto, pois vivem as emoções
com uma imaturidade tipicamente infantil, não tolerando quaisquer
limites, mas dentro de uma imagem adulta (Matos, 2012).
Segundo Ralph Greenson (1959), a angústia de depressão que estes
sujeitos experienciam é relativa a um passado infeliz que eles transportam
dentro de si, mas também a um futuro de esperança e salvação que assenta
na relação com o outro, com o objeto.
pessoas não há uma identificação precoce com uma mãe protetora, não há
um objeto interno securizador, o que desde cedo potencia a situação de
dependência vivida por estes sujeitos. No fundo, trata-se de Narcisismo
Patológico, definido por Kernberg (2006) como uma incapacidade de
regular a autoestima através de padrões internos bem estabelecidos.
Talvez lhes tenha faltado aquele primeiro olhar, aquele olhar de
investimento narcísico que esculpe a beleza de um rosto (Campos, 2013).
Portanto, a autoestima está desde cedo condenada a ser fraca, havendo
nestes sujeitos um sentimento de ruindade interna, de autodestrutividade e
de características negativas que os sujeitos acreditam ser a causa das
rejeições, talvez por falta de um narcisar que é tão importante e que os
pais insistem em não dar. Freyd (1996) acredita que na base da
dependência infantil há uma necessidade de acreditar que se as figuras
internas de autoridade abusam de si, é porque elas merecem (Kernberg,
2006; McWilliams, 2004, 2006).
2. Os Mecanismos de Defesa
A definição clássica de mecanismo de defesa consiste num conjunto
de processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego de um estado de
tensão entre o id, o superego e a realidade externa. Perante essa tensão
surge uma ansiedade e é aí que os mecanismos entram em ação, com o
objetivo de estabelecer soluções de compromisso, fazendo com que
alguns conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de uma
forma mais camuflada (Freud, 1946).
Nesta investigação, contudo, o que está em estudo não são os
mecanismos de defesa segundo a visão clássica, psicanalítica, pois esses
não são passiveis de medição direta, dada a sua natureza inconsciente. Em
estudo estão as defesas como uma atitude consciente e que o sujeito é
capaz de autorreportar. Este conceito de Mecanismo de Defesa é uma
chave importante na área da saúde mental, daí que o interesse no seu
estudo tenha vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Na DSM IV
(2002) são relacionados com a psicopatologia do Eixo I e II, podendo,
anulação.
Apesar dos resultados de vários estudos apontarem para uma
especificidade de mecanismos de defesa relacionados com a Perturbação
de Personalidade Borderline, as defesas constituem processos
inconscientes, o que faz com que estes resultados não possam ser
considerados 100% fiáveis, já que o método utilizado para aceder a estas
defesas se baseou na autorresposta. O processo de defesa quando ocorre é
no fogo da situação, isto é, quando há a gestão de um conflito, e ao avaliar
as defesas com instrumentos de autorresposta é difícil obter a pureza dos
mecanismos utilizados, já que à partida no momento em que o sujeito está
a responder, não há conflitos para gerir e os mecanismos não estão
ativados (Kramer, Roten, Perry, & Despland, 2012).
Kramer, Roten, Perry e Despland (2009) relacionaram um conjunto
de cinco mecanismos de defesa com a Doença Bipolar, sendo estes:
acting out, identificação projetiva, clivagem da imagem dos outros,
racionalização e omnipotência. Os resultados sugerem que alguns destes
mecanismos foram antes considerados como estando especificamente
relacionados com a Perturbação de Personalidade Borderline, o que leva a
questionar a sua especificidade.
II. Objetivos
Neste estudo analisa-se a importância dos mecanismos de defesas,
particularmente da Clivagem, em três grupos alvo: um composto por
sujeitos com diagnóstico Borderline, outro com diagnóstico de outras
patologias e outro grupo sem qualquer diagnóstico.
O objetivo é encontrar uma relação de especificidade entre o
diagnóstico Borderline e o mecanismo de defesa Clivagem.
III. Metodologia
1. Caracterização da Amostra
Nesta investigação, os sujeitos estudados incluem pacientes do
Hospital de Dia do Departamento de Psiquiatria do Hospital de Santa
Maria em Lisboa, e sujeitos da comunidade.
O total de sujeitos em estudo é de 228 e foram distribuídos por três
grupos: Grupo Borderline (n=39); Grupo com Outras Patologias (n=67),
Grupo de Controlo (n=122) (Tabela 1).
A distribuição dos grupos foi feita de acordo com os diagnósticos
obtidos com os questionários BPQ, BDI e BSI.
Tabela 1
Dados Sociodemográficos da Amostra
Grupo com
Grupo de
Grupos Grupo Borderline Outras
Controlo
Patologias
M ± DP M ± DP M ± DP
Idade
27,58 ± 4,36 25,77 ± 9,50 29,38 ± 6,64
Frequência Frequência Frequência
Masculino 26 12 35
Sexo
Feminino 41 27 87
Solteiro 59 30 92
Casado/
Estado Civil União de 6 7 26
Facto
Separado/
2 2 4
Divorciado
>9º ano 0 5 2
Habilitações
>12º ano 10 14 21
Literárias
<12º ano 57 20 99
Zona de Urbana 43 25 91
Residência Rural 24 14 31
Total 67 39 122
2. Instrumentos
O protocolo de avaliação inclui os seguintes instrumentos:
3. Procedimentos de Investigação
Com os sujeitos do Hospital de Santa Maria, os instrumentos foram
aplicados depois das devidas autorizações por parte da Comissão Clínica
do Hospital de Dia. O estudo foi explicado a todos os sujeitos, realçando-
se o seu carácter voluntário, confidencial e anónimo. Para o efeito, todos
os sujeitos assinaram uma declaração de Consentimento Informado, e
toda a recolha de informação foi efetuada pela investigadora.
Os indivíduos da comunidade foram, da mesma forma, esclarecidos
sobre a natureza do estudo, sublinhando o seu carácter voluntário,
confidencial e anónimo.
Os procedimentos estatísticos foram realizados com base no IBM
SPSS statistics, versão 22. Os resultados foram analisados
quantitativamente, tendo sido adotado o nível de significância de p<.05.
O pressuposto da normalidade da distribuição foi avaliado pelo teste
Kolmogorov-Smirnov (Pereira, 2013; Pestana & Gageiro, 2005).
Recorreu-se a uma análise das diferenças entre os três grupos,
relativamente ao mecanismo de defesa Clivagem, utilizando-se o teste
paramétrico ANOVA, com o teste de Tukey (Pereira, 2013; Pestana &
Gageiro, 2005).
O estudo das relações das variáveis foi feito através do coeficiente
de Correlação de Pearson, (Pereira, 2013; Pestana & Gageiro, 2005).
Finalmente, com o objetivo de compreender até que ponto a
Clivagem pode explicar ou ser explicada pelos diagnósticos dos grupos
em estudo, procedeu-se ao estudo das Regressões Lineares Simples e
Múltiplas (Pereira, 2013; Pestana & Gageiro, 2005).
Tabela 5
Índice de Clivagem
Soma dos
Quadrados gl M2 F Sig.
Entre Grupos 90.628 2 45.314 36.987 .000***
Dentro de Grupos 275.654 225 1.225
Total 366.282 227
***p<.001
Tabela 6
Correlações Bivariadas de Pearson
Tabela 7
Regressão Linear simples: Influência da Clivagem no BPQ
B SE B Beta F
Constant 1.383 .232
59.537***
BPQ .067 .009 .457
R2 .209
R2adj .205
***p<.001
Tabela 8
Regressão Linear múltipla: Influência da Clivagem no BDI e BSI
B SE B Beta F
Constant 2.232 .166
30.523***
BSI 1.114 .197 .446
BDI .043 .143 .023
R2 .213
R2adj .206
***p<.001
Tabela 9
Regressão Linear Simples: Influência dos Critérios do BPQ na
Clivagem - Critério 6 (Instabilidade Afetiva) do BPQ no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant -.058 .077
95.981***
Clivagem .227 .023 .546
R2 .298
R2adj .295
***p<.001
VI. Conclusão
Em virtude dos argumentos apresentados, é difícil afirmar se há
uma relação de especificidade entre a Perturbação de Personalidade
Bibliografia
Amaral, I. (2007). Dissertação de Mestrado: Versão Portuguesa do
Defense Style Questionnaire 40 (Andrews, 1993). Coimbra: Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
Bond, M., Paris, J., & Zweig-Frank, H. (1994). Defense Styles and
Borderline Personality Disorder. Journal of Personality Disorders.
Centeno, M., Godinho, P., Fialho, T., Teixeira, A. & Neto, I. (S.D.).A
“Síndrome das Portas Abertas” – Um Diagnóstico A Partir do Grupo
Multifamiliar. Lisboa.
Freud, S. (1940). Splitting of the Ego in the Process of Defence. In: The
Complete Psychological Works of Sigmund Freud, Volume XXI.
London: The Hogart Press.
Fossati, A., Feeney, J., Carretta, I, & Grazioli, F. (2005). Modeling The
Ralationships Between Adult Attachment Patterns and Borderline
Koenigsberg, H., Harvey, P.., Mitropoulou, V., New, A., Goodman, M.,
Silverman, J., Serby M., Schopick F., & Siever L. (2001). Are the
Kramer, U., de Roten, Y., Perry, J. C., & Despland, J.-N. (2009).
Specificities of Defense Mechanisms in Bipolar Affective Disorder:
Relations with Symptoms and Therapeutic Alliance. Journal of Nervous
and Mental Disease.
Kramer, U., de Roten, Y., Perry, J. C., & Despland, J.-N. (2012). Beyond
Splitting: Observer-Rated Defense Mechanisms In Borderline Personality
Disorder. American Psychological Association.
McClellan, J., Adams J., Douglas D., McCurry C., & Storck M. (1995).
Clinical Characteristics Related to Severity of Sexual Abuse: A Study of
Seriously Mentally Ill Youth. Child Abuse Negl.
Mullen, L., Blanco, C., Vaughan, S., Vaughan, R., & Roose, S. (1999).
Defense Mechanisms and Personality in Depression. New York:
Depression and Anxiety 10.
Poreh, A., Rawlings, Claridge, D., Freeman, J., Faulkner C., & Shelton
C., (2006). The BPQ: A Scale for the Assessment of Borderline
Personality Based on DSM-IV Criteria. Journal of Personality Disorders.
Spinhoven, P., Gaalen, H., & Abraham, R. (1995). The Defense Style
Questionnaire: A Psychometric Examination. Journal of Personality
Disorders: The Guilford Press.
ANEXOS
ANEXO I
Tabelas
BPQ
BPQ geral .845
Dimensão 1 - Abandono .629
Dimensão 2 – Relações .266
Dimensão 3 – Autoimagem .285
Dimensão 4 – Impulsividade .290
Dimensão 5 – .764
Suicídio/Automutilação
Dimensão 6 – Instabilidade Afetiva .315
Dimensão 7 – Sensação de Vazio .842
Dimensão 8 – Raiva Intensa .420
Dimensão 9 – Ideação Paranóide -.040
BSI
BSI geral .963
Dimensão 1 - Somatização .789
Dimensão 2 – Obsessões- .828
compulsões
Dimensão 3 – Sensibilidade .801
Interpessoal
Dimensão 4 – Depressão .863
Dimensão 5 – Ansiedade .787
Dimensão 6 – Hostilidade .706
Dimensão 7 – Ansiedade Fóbica .713
Dimensão 8 – Ideação .795
Paranóide
Dimensão 9 – Psicoticismo .723
DSQ-40
DSQ-40 geral .787
Tipo Maturativo .586
Tipo Neurótico .431
Tipo Imaturo .814
Tabelas 2
2.1.
Média das Defesas no Grupo Borderline
Defesa Média
Antecipação 3,98
Denegação 3,79
Isolamento 3,74
Pseudoaltruísmo 3,52
Sublimação 3,48
Agressão passiva 3,43
Deslocamento 3,41
Clivagem 3,38
Fantasia autística 3,33
Somatização 3,30
Acting out 3,30
Supressão 3,25
Racionalização 3,23
Formação reativa 3,19
Humor 3,17
Idealização 3,15
Desvalorização 3,15
Projeção 3,14
Dissociação 2,99
Negação 2,99
2.2.
Média das Defesas no Grupo com Outras Patologias
Defesa Média
Antecipação 4,35
Clivagem 4,21
Deslocamento 4,16
Isolamento 4,07
Denegação 4,05
Idealização 3,97
Acting out 3,89
Pseudoaltruísmo 3,87
Sublimação 3,84
Somatização 3,81
Fantasia autística 3,80
Desvalorização 3,76
Formação reativa 3,66
Supressão 3,64
Projeção 3,64
Humor 3,61
Dissociação 3,57
Racionalização 3,57
Negação 3,51
Agressão passiva 3,42
2.3.
Média das Defesas no Grupo de Controlo
Defesa Média
Agressão passiva 3,73
Antecipação 3,57
Denegação 3,40
Pseudoaltruísmo 3,23
Sublimação 3,16
Isolamento 3,11
Racionalização 3,04
Supressão 3,01
Somatização 2,92
Fantasia autística 2,91
Humor 2,89
Formação reativa 2,86
Idealização 2,80
Deslocamento 2,77
Projeção 2,77
Acting out 2,58
Clivagem 2,55
Negação 2,52
Dissociação 2,33
Desvalorização 2,25
Tabelas 3
3.1.
A média da Clivagem por cada Dimensão do BSI
Dimensões Média
Dimensão 1 3,53
Dimensão 2 3,36
Dimensão 3 3,46
Dimensão 4 3,45
Dimensão 5 3,47
Dimensão 6 3,70
Dimensão 7 3,73
Dimensão 8 3,44
Dimensão 9 3,61
3.2.
A média da Clivagem no BDI
Tabela 4
Análise da distribuição normal da clivagem: teste Kolmogorov-
Smirnov
Estatística df p-value
Clivagem .079 228 .002*
*p<.05
Tabela 10
Regressão Linear: Influência do Critério 1 (Abandono) do BPQ no
Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant -.058 .079
37.734***
Clivagem .145 .024 .378
R2 .143
R2adj .139
***p<.001
Tabela 11
Regressão Linear: Influência do Critério 2 (Relações) do BPQ no
Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant .511 .121
28.334***
Clivagem .194 .037 .334
R2 .111
R2adj .107
***p<.001
Tabela 12
Regressão Linear: Influência do Critério 3 (Autoimagem) do BPQ
no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant .133 .119
31.988***
Clivagem .202 .036 .352
R2 .124
R2adj .120
***p<.001
Tabela 13
Regressão Linear: Influência do Critério 4 (Impulsividade) do
BPQ no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant .237 .123
25.687***
Clivagem .188 .037 .319
R2 .102
R2adj .098
***p<.001
Tabela 14
Regressão Linear: Influência do Critério 5 (Suícidio/Auto-
Mutilação) do BPQ no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant .209 .091
37.799***
Clivagem .168 .027 .379
R2 .143
R2adj .139
***p<.001
Tabela 15
Tabela 16
Regressão Linear: Influência do Critério 8 (Raiva Intensa) do
BPQ no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant .255 .115
49.904***
Clivagem .244 .035 .425
R2 .181
R2adj .177
***p<.001
Tabela 17
Regressão Linear: Influência do Critério 9 (Estados
Dissociativos) do BPQ no Grupo Borderline
B SE B Beta F
Constant -.017 .093
50.265***
Clivagem .197 .028 .427
R2 .182
R2adj .178
***p<.001
ANEXO II
Protocolo de Investigação
___________________________________________________________
(assinatura do/a participante)
Rebecca Matos
Nome (iniciais): _______________ 28 10 2022
Date: ___/___/_____
Instruções: Faça um círculo em volta da resposta que acha que melhor o descreve em relação a cada
sentimento (de há dois anos ou mais até a data de hoje). Faça um círculo em volta do V se pensar que o
estado é verdadeiro ou um círculo em volta do F se achar que o estado é falso. Não há respostas correctas
ou erradas. Tente responder o mais honestamente possível, sem pensar excessivamente em cada item.
Responda, por favor, a todas as questões, mesmo que a decisão seja difícil.
7. Não acredito ser capaz de fazer alguma coisa de interessante com a minha vida. V F
10. Não tenho relações sexuais com uma pessoa, a menos que a conheça há algum tempo. V F
12. Quando as pessoas que me são próximas morrem ou me deixam, sinto-me abandonado(a). V F
13. Exagero frequentemente o valor das amizades e acabo por descobrir depois que, afinal, elas não têm V F
esse valor.
14.
14. Se eu fosse mais parecido(a) com outras pessoas, sentir-me-ia melhor comigo próprio(a). V F
19. Os meus amigos dizem-me que o meu humor se altera muito rapidamente. V F
21. As pessoas que parecem honestas muitas vezes acabam por me desiludir. V F
23. Por vezes, sinto-me como se não tivesse nada para oferecer aos outros. V F
parece que nunca se sente feliz, nem apática, antes de sentia feliz, há um ano atrás ficava ansiosa, mas tinha dias que ficava feliz.
27. O meu humor alterna frequentemente ao longo do dia entre estados de felicidade, cólera, ansiedade e
V F
depressão. Está querendo parar de tomar tudo, pois quer sentir alguma coisa
28. Quando os meus amigos se vão embora, fico confiante de que os voltarei a ver. V F
33. Por vezes, vejo ou ouço coisas que as outras pessoas não conseguem ver ou ouvir. V F
vê, mas sabe que é paranoia e tenta não levar a sério
34. Na minha opinião, é natural ter relações sexuais num primeiro encontro. V F
35. Por vezes, sinto-me muito triste, mas este sentimento pode mudar rapidamente. V F
37. Gostava de ser mais parecido(a) com alguns dos meus amigos. V F
41. Por vezes, consigo ouvir aquilo que as outras pessoas estão a pensar. V F
49. Por vezes, sinto-me muito feliz, mas este sentimento pode mudar rapidamente. V F
50. Acho difícil depender dos outros porque eles nunca estão presentes quando preciso. V F
51. As amizades com as pessoas que me interessam têm muitos altos e baixos. V F
63. Quando estou irritado(a), por vezes, atiro e bato em objectos partindo-os. V F
64. Nos últimos tempos apanhei várias multas por excesso de velocidade. NAO DIRIGE V F
69. A minha vida não tem sentido. acha que tem mas não está sentindo agora V F
70. Não tenho a certeza sobre aquilo que quero fazer no futuro. V F
71. Por vezes, como tanto que fico com dores de barriga ou tenho mesmo de vomitar. V F
2 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao 8 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros
futuro
1 Sou crítico em relação a mim por minhas fraquezas ou
1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro
erros
2 Acho que nada tenho a esperar
2 Eu me culpo sempre por minhas falhas
3 Acho o futuro sem esperanças e tenho a impressão
3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece
de que as coisas não podem melhorar
14 0 Não acho que de qualquer modo pareço pior do que 19 0 Não tenho perdido muito peso se é que perdi algum
antes recentemente
1 Estou preocupado em estar parecendo velho ou sem 1 Perdi mais do que 2 quilos e meio
atrativo 2 Perdi mais do que 5 quilos
2 Acho que há mudanças permanentes na minha 3 Perdi mais do que 7 quilos
aparência, que me fazem parecer sem atrativo
Estou tentando perder peso de propósito, comendo
3 Acredito que pareço feio menos: Sim _____ Não _____
Instruções: este questionário consiste num conjunto de afirmações sobre atitudes pessoais.
Perante cada afirmação indique o seu grau de concordância usando a escala de sete pontos
apresentada. Para identificar a sua resposta coloque um círculo no número correspondente,
considerando que estes números vão da discordância total (nº1) à concordância total (nº7).
Neste questionário não existem respostas certas ou erradas.
Os números no lado direito da folha significam o seguinte:
1 = discordo totalmente 2 = discordo muito 3 = discordo pouco 4 = não discordo nem
concordo 5 = concordo pouco 6 = concordo muito 7= concordo totalmente
2. Sou capaz de ignorar um problema até ter tempo para lidar com ele 1 2 3 4 5 6 7
3. Consigo lidar com a ansiedade se fizer algo construtivo e criativo como pintar ou 1 2 3 4 5 6 7
fazer trabalhos de carpintaria
19. Às vezes penso que sou um anjo e, outras vezes, penso que sou um demónio 1 2 3 4 5 6 7
20. Fico francamente agressivo(a) quando me sinto magoado(a) 1 2 3 4 5 6 7
21. Sinto sempre que alguém que conheço funciona como uma espécie de Anjo da 1 2 3 4 5 6 7
Guarda
24. Eu conheço alguém que é capaz de fazer qualquer coisa e é absolutamente justo e 1 2 3 4 5 6 7
imparcial
27. Fico com dor de cabeça quando tenho de fazer alguma coisa que não gosto 1 2 3 4 5 6 7
28. Frequentemente, apercebo-me que sou muito simpático(a) com pessoas com as 1 2 3 4 5 6 7
quais deveria estar zangado(a)
32. Depois de lutar pelos meus direitos costumo pedir desculpas pela minha firmeza 1 2 3 4 5 6 7
33. Quando estou deprimido(a) ou ansioso(a), comer faz com que me sinta melhor 1 2 3 4 5 6 7