Tema: Psicanálise e o Transtorno da Personalidade Borderline

Palavras-chave: psicanálise; borderline; psicologia clínica;

Referência 1: Marques A. C. P. R. & Cruz M. S. (2000). O Adolescente e o uso

de drogas. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22  s.2 São Paulo Dez. 2000(pp. 32-36). Disponível
em: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600009 

Resumo: O artigo aborda o transtorno borderline como uma patologia

intrinsecamente relacionada à violência, sendo os portadores desse transtorno
comumente excluídos e discriminados tanto pelas pessoas com quem se relacionam
quanto pelos profissionais de saúde. O fato disso se deve pelos sintomas característicos
da doença, como a hostilidade, impulsividade e abandono do tratamento. Tais
comportamentos causam nos demais uma antipatia em relação aos portadores desse
transtorno.

Quando se estabelece um vínculo violento, pessoas envolvidas nessa violência

tendem a projetar um sentimento de exclusão sobre o outro, estabelecendo uma relação
de poder e submissão. É comum que pessoas que pratiquem atos violentos tenham
sofrido ou ainda sofram dessa mesma violência, internalizando-a de forma que a replica
sem nem se dar conta de que tal prática é abusiva.

Esse padrão pode abranger também os profissionais de saúde que muitas vezes
convivem com violência em seus próprios lares. Embora esses profissionais tenham a
estrutura técnica não é raro que não tenham a capacidade emocional desenvolvida para
lidar com sua própria violência, muito menos com pacientes violentos.

Referência 2: Matioli, M. R., Rovani, E. A.. & Noce M. A. (2014). O transtorno

de personalidade borderline a partir da visão de psicólogas com formação em
Psicanálise 2. Congresso Nacional de Professores 12. Congresso Estadual sobre
Formação de Educadores... São Paulo: UNESP; PROGRAD, 2014. (pp. 8308-8320)
Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/141725.

Resumo: A psicanálise enxerga a personalidade de forma dividida entre três

forças que interagem entre si: o ego (princípio da realidade), o superego (princípio da
moralidade) e o id (princípio do prazer). O ego busca um equilíbrio entre as exigências
do mundo externo e os impulsos do inconsciente. Além disso, os instintos também são
vistos como elementos básicos da personalidade, sendo entendidos como forças que
impulsionam um comportamento e determino seu rumo.

O transtorno da personalidade borderline acontece, aos olhos da psicanálise,

quando os conflitos inconscientes alteram o ego, que passa a funcionar com uma baixa
flexibilidade, usando da formação reativa para se comunicar com o mundo externo, ao
invés reprimir seus impulsos. Essa forma de funcionamento faz com que o indivíduo
tenha dificuldade de adaptação e convivência em sociedade, causando grande
sofrimento tanto para si quanto para os demais.

O artigo aborda o transtorno da personalidade borderline a partir da visão

psicanalítica da patologia, trazendo desde a percepção de personalidade até as diversas
formas que autores psicanalistas entendem o transtorno.

O objetivo do artigo é trazer as experiências de psicólogas com pacientes

borderline, sendo tratados a partir da abordagem psicanalítica, tendo enfoque nas
principais características, o diagnóstico e o processo terapêutico no tratamento do
transtorno.

Para o estudo, participaram duas psicólogas que preencheram dois critérios pré-
estabelecidos: ter pelo menos cinco anos de experiência profissional e já ter atendido
pacientes borderline.

Foram realizadas duas entrevistas semistruturadadas com perguntas relacionadas

às principais características, o processo diagnóstico e o tratamento do transtorno. As
participantes assinaram um termo de consentimento autorizando a participação e
utilização dos dados para a pesquisa