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Educação Cósmica:

um caminho
transdiciplinar nas
classes Montessori
Aldeia Montessori 2010
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Este é um presente para os professores Montessori. Surgiu da observação
de suas necessidades no dia a dia em classes, nas quais, mesmo sem terem
uma formação especializada em Montessori, para o Ensino Fundamental,
esforçam-se para desenvolver um trabalho dentro dos pressupostos
montessorianos.

Até que tenhamos estruturados no Brasil, mais cursos de formação para


professores de Classes de 6 a 9 anos e de 9 a 12 anos, desejo que este
estudo pessoal possa contribuir para o estudo de cada um!

Sinto que a grande necessidade é a organização didática para o trabalho


com as grandes histórias, então fui buscar respostas para esta questão.

Reuni textos que falam da postura do educador cósmico, outros que abordam
a didática montessoriana e a experiência de Miss Barbara. Juntos vamos
explorar materiais elaborados a partir de suas “falas”, em muita pesquisa na
internet e em álbuns Montessori.

Este é mais um passo na jornada, nossa meta – a de termos ótimas classes


Montessori de Ensino Fundamental

Com carinho,
Marcia Righetti
Aldeia Montessori, RJ

Revisto por Fatima Cortez


Colégio Agora , RJ

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“Para ser um bom professor do Fundamental você
não precisa ser um bom contador de histórias, mas
um MARAVILHOSO contador de histórias”.

Rosemary Quaranta, Campinas 2011

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TORNANDO-SE UM EDUCADOR CÓSMICO - Por Buff Mayer

BUFF MAYER é um professor e administrador da Lexicon (MA) Montessori


School e do Center for Montessori Teacher Education/New York e ex -
membro do conselho da AMS Teachers Section.

A “educação cósmica” de Montessori adquiriu raízes na ladeira da vila de


Kodaikanal, perto de Madras, na Índia. Em 1942, Dra. Montessori estava
dando um curso de treinamento interno em Madras quando uma ordem, era
tempo de guerra, veio do governo Britânico para que mandassem todas as
pessoas de nacionalidade estrangeira para as colinas.

Ela estava, subsequentemente, trabalhando como interna em Kodaikanal


com o seu filho Mário até 1944. A Sociedade Teosófica mandou Norma
Makey, uma Americana, para ajudar Dra. Montessori a escrever The
Absorbent Mind (1967) e The Discovery of the Child (1972). Entrementes,
Lena Wikramaratne chegou para começar uma classe pequena. Quando os
pais pressionaram Wikramaratne para fornecer um programa para suas
crianças com idade para a educação primária, a professora ficou preocupada
pela sua falta de livros apropriados. Montessori a encorajou, dizendo, “Você
tem o melhor livro, o livro do mundo, que é o livro da natureza”.

Montessori sabia que as crianças mais velhas ansiavam por explorar o


mundo maior, para ganharem maior independência dos seus pais. Elas
mostraram um interesse crescente no comportamento dos seus pares,
formando mini-sociedades com suas regras próprias e hierarquias. Elas
admiravam os super-heróis da vida. Tinham desenvolvido um profundo senso
de moralidade e justiça. O significado verdadeiro para essas crianças , não
residida mais no nome de um objeto ou ao local ao qual ele pertencia. Elas
queriam saber por que as coisas aconteciam, e como? A maioria delas queria
encontrar onde era o seu próprio lugar: Onde no tempo? Onde no Universo?
Onde no mundo? Onde em sua própria cultura e sociedade?
O mais importante, elas haviam ingressado na idade da imaginação, um
estágio de desenvolvimento, particularmente de acordo com tal indagação.
Suas mentes poderiam conduzi-las através do tempo e do espaço.

A idéia da Dra. Montessori era elaborar um currículo sobre as perguntas


elementares das crianças e sobre as suas tendências naturais, e construí-lo
numa maneira que apelasse para o despertar de suas imaginações.

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Ela acreditava que as crianças poderiam explorar suas próprias identidades.
Pela comparação dos seus próprios estilos de vida com aqueles das pessoas
que vivem em outras partes do mundo ou viveram em culturas do passado.

Ela acreditava que as crianças queriam saber como as coisas se


relacionavam entre si, e como as coisas aconteciam. Entendia que as
crianças encontrariam significado pessoal nos estudos de ecologia, e
expandiriam naturalmente sua visão global do universo.

Montessori queria as crianças fossem poderosos estrategistas na formação


do seu mundo. Se elas compreendessem o seu tempo no contexto da história
planetária, se elas se definissem como seres responsáv eis numa rede de
vida, se elas se vissem como filho e filhas numa grande família humana,
então essas novas crianças poderiam criar uma nova ordem no mundo.

Diretrizes Pedagógicas

À medida que a tradição Montessori de Educação Cósmica tem evoluído,


passou a ser caracterizada por certas diretrizes pedagógicas.

Primeiro, os educadores cósmicos ensinam partindo do todo para as partes -


a informação é apresentada dentro de um contexto, que dá seu significado. A
história da História começa com a criação; o estudo começa a ser delineado
com o surgimento do Universo.

Segundo, o planeta Terra é tratado com um organismo “cósmico”, com


sistemas interdependentes e interligados. O estudo histórico sempre inclui
um contexto geológico e geográfico. Os estudos geográ ficos enfatizam o
funcionamento dos sistemas da Terra, incluindo a composição da esfera
terrestre, as consequências de nossa proximidade do sol, as forças
fundamentais em funcionamento, e as dinâmicas do vento e da água.

Terceiro, os estudos frequentemente salientam similaridades entre grupos


aparentemente diferentes. Culturas diversas estão unidas pelos desafios
comuns, a despeito de seus caminhos únicos de enfrentar esses desafios.
Organismos diferentes, planta e animal, são mostrados por encararem
conflitos de sobrevivência similares. A parte instigante é o estudo das
estratégias que os grupos diferentes empregam.

Quarto, a interdependência se faz explícita com estudos de redes


interligadas, mostrando elos econômicos entre povos da Terra e os elos
ecológicos entre todas as formas de vida.

Finalmente, frente a muitas parcelas do foco curricular na motivação para os


comportamentos de animais, plantas, ou culturas, há frequentemente uma
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segunda visão face ao comportamento diante de uma perspectiva cósmica.
Neste caso, os alunos procuram a grande comunidade. Por exemplo, o corpo
das minhocas passa por grandes quantidades do solo a fim de extraírem
nutrientes. Assim procedendo, elas também arejam e enriquecem o solo,
beneficiando ecossistemas inteiros. Esse é o seu “papel cósmico”.

Ao identificar o papel cósmico humano, necessita-se redefinir o humano ao


nível das espécies, sugere o cosmólogo Thomas Berry (1983, Comunicação
Pessoal). Quando nos vimos como uma simples espécie entre milhões,
tentando sobreviver enquanto fazemos nossa contribuição, nos deparamos
com o pensamento (como seres dotados de consciência): “O que estou
fazendo? O que mais posso fazer?”. Esse é o desafio da identidade - que
Montessori esperava possibilitar às crianças descobrir.

O conteúdo do currículo cósmico é tirado das necessidades demonstradas


pelas crianças para saber sobre si mesmas e sua herança. Sua natureza
inquisitiva gira em torno de perguntas como: Quem sou eu? Onde estou?
Como cheguei aqui? De onde veio tudo isso? Qualquer pessoa que trabalhou
com crianças sabe que o modo de endereçar perguntas como essas é a
maneira de atender às crianças em seu interrogatório e na exploração de sua
imaginação. As crianças não querem respostas simples, elas querem que as
informações cheguem vivas. Elas querem uma história.

O Poder da História

Por que as crianças amam uma história? Poderia ser porque a idade da
imaginação é um período sensível da necessidade do saber? Ao longo da
história, os povos de todas as culturas utilizaram histórias para lembrarem as
coisas de importância crucial e passá-las de geração a geração - a erudição
que unifica um povo está codificada nos seus mitos. Os neurologistas nos
contam que memória e emoção estão intimamente ligadas. Lembramo-nos de
eventos vividos muito melhor através de uma história, do que através de
listas ou fatos relatados ao acaso. É a história que nos prende afetivamente.
Ela nos faz interessados!

Kieran Egan, um professor de educação e autor de muito s livros sobre o


papel da imaginação no ensino, da imaginação como a capacidade de pensar
de certo modo - para pensar a respeito do possível e do verdadeiro. Quando
apelamos para a imaginação das crianças, nós pedimos a elas para
participarem conosco na consideração de certas possibilidades. Elas não são
ouvintes passivas, mas imaginadoras ativas. Egan argumenta que estimular
a imaginação não é uma atividade educacional alternativa - competindo com
outras pretensões, mas um pré-requisito para a realização de qualquer
atividade educacional (Egan & Nadaner, 1988).

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O contador de histórias faz a informação memorável, colorindo-as com
emoção. Elas expressam sentimento, enfatizando a informação que eles
querem que seus ouvintes escutem. Eles direcionam simpatia ou antipatia.
Eles produzem um clima de maravilha, tristeza ou suspense.

Quando contamos as histórias do currículo cósmico, exploramos juntos


nossas imaginações; vamos à “fonte da invenção”. As histórias – e a
informação - vem à vida e se tornam parte de nós. A “palavra se torna carne”.

Mário Montessori descreveu os objetivos do currículo cósmico, dizendo, “ a


realidade e a maravilha da criação deveriam ser tratadas de uma forma tal,
que as crianças pudessem não somente vê-las, mas absorvê-las nos seus
sentimentos” (Kan, 1998, p. 40).

A Educação Cósmica consiste num rol de histórias que vão trazer à vida, as
respostas para as perguntas naturais das crianças. O desafio é provocar a
participação imaginativa dos alunos nas histórias para estimulá-los a criar
conosco imagens e sentimentos que representam o possível.

Entrelaçada nas narrativas está a informação de que a nossa cultura


considera essencial. Nós, professores cósmicos, somos os narradores dos
contos de nossa cultura. Nós mantemos o núcleo do fogo da nossa
imaginação queimando.

A Educação Cósmica é mais uma pedagogia do que currículo. Envolvem


Cinco Grandes Histórias: A Fábula da Criação(O Deus sem Mãos) , A Linha
da Vida, A Evolução dos Humanos(As Necessidades Básicas do Homem), A
História da Escrita e A História da Matemática.

Esses tópicos são grandes oportunidades para explorações imaginativas,


histórias e perguntas. Porém, o “professor cósmico” ouve as perguntas das
crianças e traz muitas outras investigações à vida: Como as pessoas no
princípio representavam a passagem do tempo? Como era viver no Egito
antigo? O que algo como a água-viva gostaria de nos contar sobre ela
mesma?

Se às vezes nos preocupamos que talvez não tenhamos o bastante dessas


grandes histórias, deveríamos nos lembrar da paráfrase das palavras de
encorajamento de Montessori à original educadora cósmica, Lena
Wikramaratne: “Você tem as melhores histórias, as histórias do mundo, que
são as histórias da natureza”.

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A BELEZA ESTÁ NOS DETALHES

Por Nette B. Ronnow


Nette B. Ronnow leciona na Fontainhead Montessori
School em Moraga, CA.

“O Universo é uma realidade imponente, e uma resposta a todas as


perguntas. Vamos andar juntos no caminho da vida, porque todas as
coisas são parte do Universo, e estão ligadas umas às outras formando
uma unidade”.

As palavras são de Maria Montessori, em seu livro Como Educar o Potencial


Humano (1948, p. 8). Agora mais do que nunca essas palavras são bem-
vindas; na verdade, a educação sem a natural interligação de todas as coisas
parece uma mera compilação dos fatos sem sabedoria ou senso de
responsabilidade que vem com o conhecimento.

Os pensamentos de Maria Montessori sobre a Terra e o papel da espécie


humana nela foram claros: Nós estamos aqui para participarmos da grande
dança da vida, e o nosso conhecimento ampliado em áreas tais como
matemática e ciências deveriam servir para nos fazer cidadãos cuidadosos e
pacíficos.

De que modo poderia a Educação Cósmica ser introduzida no ambiente? Há


aqui, portanto, algumas poucas e inconclusivas idéias.

Durante a primavera, o trabalho da botânica pode incluir o plantio de


sementes e o cuidado com as mudinhas assim que elas aparecem. A coleta
das águas da chuva e a exploração do ciclo das águas vão amarrar
logicamente, bem como os trabalhos subsequentes de raspagem das folhas
para revelar as partes da folha. A química neste ponto se encontra com a
lógica matemática, sendo a linguagem utilizada para descrever o processo
observado.

Os dias ensolarados do verão oferecem grandes oportunidades para achar e


observar borboletas e outros insetos e fazer discussões a respeito das
criaturas vivas e o seu lugar na natureza. Uma olhada mais próxima da
cadeia alimentar vai resultar numa riqueza de informações sobre o círculo da
vida.

As tempestades das chuvas de outono e a mudança das folhas comprovam a


evidencia concreta da mudança das estações do ano e a atividade planetár ia
que as ocasionam; as meias e os agasalhos num guarda-roupas durante o
inverno, mostram com grande clareza como as necessidades básicas mudam
com as estações – desta forma, poderiam ser introduzidas atividades que
exponham a origem e a necessidades da vida humana e de todo o planeta.

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E o ciclo continua.

Todavia, a Educação Cósmica não é encontrada apenas no currículo formal


da sala de aula - ela é parte de todas as coisas que fazemos na escola.
Quando nós gentilmente redirecionamos uma criança e mostramos a ela
onde estão as vasilhas recicladas, é uma parte lógica da Educação Cósmica.

Também a comemoração de um aniversário, na qual uma criança vai


carregar uma bola azul representando a Terra; outra que está segurando
uma bola maior amarela, que representa o sol, é parte dos nossos esforços
para enfatizar a ligação da criança com o Universo.

A solução de conflitos na sala de aula e no recreio é uma parte integral da


Educação Cósmica na escola. Quando uma criança está tendo um dia árduo,
a simpatia de um par é inestimável. Conta muito um abraço e um lenço para
os olhos lacrimejantes do amigo!

A Educação Cósmica é uma bela idéia e um conceito imenso, mas


frequentemente é nos detalhes aparentemente insignificantes da vida na
escola que as sementes são plantadas para a estrutura futura da criança ,
para a referência e compreensão mais profunda do mundo e do seu lugar
nele.

Para muitos de nós, o mundo mudou e o nosso foco se deslocou desde o 11


de setembro passado (Word Trade Center). Montessori estava
verdadeiramente avançada no seu tempo ao advogar que nós educamos
para a coexistência pacífica num ambiente sustentável.

Todos nós já ouvimos essas palavras antes, e talvez tenham sido muito
usadas e abusadas. Palavras murchas, não obstante... A beleza está nos
detalhes; e se olharmos a vida no ambiente Montessori, ela torna
abundantemente claro que cada indivíduo pode fazer uma diferença muito
real. A essa diferença, Maria Montessori chamou de Educação Cósmica.

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Aprendendo com Miss Barbara

- Meu nome é Barbara Dubinzky! Tenho estado envolvida na Comunidade


Montessori por 30 anos, através de meus filhos, como assistente,
administradora, professora de classes de 6 a 9 e agora como capacitadora. Há
quatorze anos eu me dediquei a a divulgação de Montessori para escolas
públicas - uma expansão muito emocionante.
Dou aulas em Charlotte, Carolina do Norte. Em nossa escola é dada muita
liberdade para fazer o que precisamos fazer como Montessorianos. Lutamos
ferozmente para ter essa liberdade e provamos que o que fazemos é o melhor
sistema para as crianças.
Por anos, como membro do “Listserv Educacional Montessori” eu vi muitas
perguntas sobre as Grandes Lições - e de como manter o trabalho o ativo na
classe.
Anteriormente eu tinha escrito uma página da Web oferecendo fácil acesso a
sites que dão suporte para investigação em áreas vinculadas às Grandes
Lições, mas comecei a sentir que um site para professores também era
necessário. Assim, esta página foi escrita para ajudar os professores a integrar o
trabalho a partir das Grandes Liçôes.
Este ano finalmente reuni todo o meu trabalho em quatro álbuns. Eles incluem
todos as cinco lições: O trabalho no Universo; Ciências da Terra - química,
geografia, bactérias, zoologia; Chave das Lições; Classificação; Botânica;
Civilizações e interconexôes.
Postei então um sumário dos álbuns (www.missbarbara.net). Espero que isso
permita que você atenda às suas necessidades, e que este trabalho continue a
apoiar o seu trabalho.
Tenho cruzado com muitos professores talentosos, criativos, que alimentam a
necessidade de descobertas dos jovens e só espero que suas experiências
sejam semelhantes.
Certifique-se e lute pelo seu direito de permanecer fiel à currículo de Montessori.
Apenas permitir que os alunos escolham o trabalho não é suficiente - eles devem
fazer um trabalho cósmico introduzido pelas Grandes Lições.
Este ano meus alunos novamente votaram para fazer um teatro para nossa festa
de de Inverno. Três alunos do terceiro ano surpreenderam-me perguntando se
eles poderiam escrever o script. Eu lhes avisei que o scipt deveria acomodar 45
personagens - pois nós tinhamos convidado outra classe para se juntar a nós, e
que eu precisaria do script até o final de novembro. Eles tinham um mês! Eles
me disseram que estavam escrevendo um “teatro“ sobre o início da vida dos
seres humanos, que tínhamos terminado de estudar no ano passado. Eles
estavam muito ocupados escrevendo no computador e me deram seus
notebooks apenas com alguns dias de atraso. Eu levei-os para casa naquele fim
de semana e para minha surpresa, foi muito bom! Eles tinham cenas com Tigres
dente de sabre e caça de mamute e mostravam, claramente, que haviam
entendido a progressão da vida humana. Eu adicionei algumas passagens para
suavizar as transições, mas o coração da peça foi o que eles fizeram.

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Realizamos a peça este ano e agora eu estou compartilhando com vocês! Os
alunos tiveram um bom tempo atuando neste jogo. Consulte-a. Espero que
gostem. http://missbarbara.net/greatlessons.html

“As Grandes Lições abrem todas as avenidas


possíveis para o aprendizado, para todo e qualquer
aprendizado.”
Rosemary Quaranto

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Primeira Grande Lição - Preparação do professor
Uma professora Montessori precisa preparar-se para desenvover com as
crianças o trabalho com as Grandes Lições.

Precisa conhecer sobre todos os assuntos abordados para que sua mente esteja
adequadamente responsiva para levar os alunos a formular hipóteses, encontrar
respostas e ajudá-los a ampliar seus conhecimentos. Precisa saber o que
perguntar e saber se as respostas estão corretas.

Os alunos saberão assim que a professora está preparada para ajudá-los a


ampliar o conhecimento!

Existem no mercado obras que enfocam novas concepções da História do


Universo, principalmente as que enfocam a transição da Era Cenozoica para a
Ecozoica, segundo a visão de Thomas Berry, um caminho econômico é a
pesquisa na internet. No entanto, a saída é unica – é preciso estudar, conhecer
um mínimo, o básico sobre os assuntos, para poder instigar a criança.
O trabalho com as grandes histórias deve ser preparado para começar junto
com o ano letivo. Se você atua na mesma classe e já formou com seus alunos
uma comunidade cooperativa, é muito bom começar logo no primeiro ou
segundo dia. Se precisa desenvover antes o trabalho de formar uma
comunidade, dedique-se a ele e em seguida, sem deixar passar muito tempo,
incicie as Lições. Elas devem ser contadas num espaço breve de tempo, o
indicado por muitos educadores experientes é que 8 a 12 semanas (para nós
isto significa que no máximo até o final de abril já devemos ter terminado), é um
bom tempo, pois nortearão todo o trabalho a ser desenvolvido na classe durante
todo o ano, em seus vários estágios, em seus vários enfoques, em seus vários
caminhos, e que servirão de guia para o pensamento da criança.

I - A História da criação - Organizando o trabalho - Equipamento


Você precisa de um “tapete grande negro” – o ideal é que tenha cerca de 5m de
comprimento e uns 2m de largura, nesta ordem, colocar no tapete:
1- um balão preto preenchido com glitter, estrelinhas coloridas ou confete, um
alfinete para estourar a bola.
2- uma vela grande e bela , num lindo castiçal, uma caixa de fósforo
3- pedaços de papel picados em um recipiente, uma jarra com água, um prato
retangular
4- uma tigela com areia
5- um globo
6- uma colher de pau
7- uma pedra
8- água e uma tigela
9- perfume para ambiente (bem suave) para pulverizar
10- três tubos de ensaio com água colorida azul, mel e óleo
11- um tubo de ensaio maior para misturar todos os 3 líquidos
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12- um vulcão coberto com um pano preto (as crianças adoram esta parte)
13- bicabornato, vinagre
14- cartazes e ilustrações
15- um fogareiro pequeno a álcool, um frigideira pequena para mostrar como
sólidos viram líquido e, em seguida, ao gasoso (se você for apresentar a
transformação da matéria)

1- A preparação da sala de aula


Minha assistente leva os estudantes para fora e faz jogos organizados por cerca
de 20 minutos, enquanto preparo o cenário para contar a Primeira Lição,com o
intuito de obter encantamento e atenção das crianças, mesmo as que já
escutaram a história, pois ficam curiosas com o que estou preparando para elas.

Antes de retornar para a classe com as cianças é bom fazer exercicio de


relaxamento para voltarem à calma. Quando os alunos entram na sala alguns já
sabem que o vulcão é uma surpresa para este dia, ele permanece coberto com
o pano preto, mas os grandes nunca contam para os novatos.
Coloco uma música de fundo, eu tenho música suave (harpa). Os alunos novos
entram primeiro, e se sentam diante de meu tapete para a Lição.
Em seguida , atrás deles sentam-se os do 2º ano e depois, em cadeiras
dispostas atrás deste espaço, os do 3º e 4º ano, eles adoram esta “honra“.
Conto a história lentamente e permito perguntas – acolho as perguntas e
construo as respostas com as crianças, instigando as do 3º e 4º ano a darem as
respostas aos menores. Celebro o conhecimento dos estudantes mais velhos,
trato todas as questões igualmente, a menos que elas estejam totalmente fora do
tópico - neste caso, apenas olho significativamente e sorrio; dou prosseguimento
à história.
Embora encoraje respostas para as perguntas e tente responder a quaisquer
perguntas dos estudantes, esta é a mais formal de todas as minhas aulas.
Estamos revelando o mistério do início de todos os tempos e isto merece um
sentimento de admiração e suspense.

2- Contando a história - A História do Universo, o início de tudo


O que você viu enquanto estava lá fora hoje? (possível resposta de alunos:
árvores, luz solar, grama, aves)
O que vemos à noite? (estrelas, a lua, escuridão)
Bem, no início, era nada!
As pessoas não existiam, cidades não existiam, animais não existiam, não
existia sequer a própria Terra. Não havia nada!
Não havia estrelas, não havia montanhas, não havia rios, nenhum dos oceano,
nada.!
Havia apenas um grande espaço que não tinha nem começo e nem fim.
Tudo estava escuro! Tão escuro que nossa noite mais escura pareceria com
um sol brilhante.
E era tão frio, que o frio que conhecemos pareceria morno.
(Eu movo o balão lentamente e para trás enquanto falo)
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De repente - em um instante de enorme energia - uma força trouxe a existência
todo o Universo!
(Espeto o balão com meu alfinete! Dramaticamente! Cuido para que as
estrelinhas coloocadas no interior do balão caiam sobre um pano preto, dando a
impressão de luz na escuridão)
O tempo começou! Partículas apareceram!
Tão pequenas eram essas partículas que mesmo as menores manchas de
poeira parecem grandes ao lado delas.
(Acender a vela, cuidadosamente , teatralmente ...lembre que a vela precisa ser
muito linda para causar impacto!)
Fale enfaticamente:
Havia uma luz agora! Luz maior do que podemos imaginar.
Tão intenso foi o calor que toda a matéria - ferro, ouro, pedras, água – só
existiam na forma de gás.
As partículas corriam ao redor, no caos, e quando elas batiam umas nas outras,
deixavam de existir.
Nosso Universo poderia ter desaparecido naquele instante, tão rapidamente
como ele tinha aparecido!
Mas o Universo resfriara apenas o suficiente, e a força - algo que não pode ser
visto, mas que tem um grande poder, começou a reunir essas partículas.
Prótons, nêutrons e elétrons (nomes que essas partículas foram chamadas pelos
cientistas), começaram a se unir e foram formando elementos de hidrogênio e
hélio.
Esses elementos em breve iriam transformar este Universo ainda caótico.
Passaram-se cinco bilhões de anos (parar e olhar para o tapete negro)
Durante 5 bilhões anos!
As partículas continuavam a se unir incapazes de resistir à força.
(Realizar o experimento de atração e repulsão, com os pedacinhos de papel)
- despeje a água na bacia retangular
-adicione os pedaços de papel picados lentamente
Prestem atenção nos pedacinhos de papel.
Escolha um pedacinho ou um grupo de pedacinhos. Observe.
Não toque! não sopre!
O que acontece?
Veja o trabalho da FORÇA.
Veja como alguns dos papeizinhos se unem - esta é a força de trabalho.
Olhe também para os pedacinhos que parecem repelirem-se uns aos outros -
esta é também uma força de trabalho.)

Com a colisão as Galáxias apareceram, estrelas de grande energia nasceram.


Nossa galáxia, a Via Láctea, tem uma centena de bilhões de estrelas e o nosso
sol é apenas uma delas.
Nossa galáxia é uma galaxia em espiral - somente as galáxias em espiral são
ricas em metais.
Quando olhamos para no céu e vemos milhões de estrelas, cada estrela que
podemos ver é parte da Via Láctea. Existem estrelas, em nossa galáxia,
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afastadas de nós muitos anos luz , isto é, a sua luz demora anos para chegar até
nós, a luz de algumas estrelas leva milhões de anos para chegar até nós!
Você sabe o quão rápido a luz viaja? (50 Km? 100 Km? Igual à velocidade de um
carro de Fórmula 1?)
A luz viaja a 300.000 km por segundo. Imagine o quão rápido é isso!
Isso significa que, em um segundo a luz pode viajar ao redor da Terra sete
vezes! Sim, é isto mesmo, pois a Terra tem 40.000 Km de diâmetro, então são
28.0000 Km em sete voltas, não é?
Se nós dirigissemos um carro ao redor da Terra a 100 quilômetros por hora, sem
nunca parar para descansar, levariamos 10 dias e 10 noites para fazer sete
vezes o percurso ao seu redor, ou seja 240 horas!
A luz pode fazer tudo isso em um segundo! Você pode estalar os dedos e a luz
já passou ao redor da Terra sete vezes!
(Eu tento mover minha mão ao redor do globo, enquanto os estudantes estalam
os dedos e tentam encaixar o movimento num segundo)
Agora você pode imaginar como as estrelas estão longe da Terra, se a sua luz
leva milhões de anos para chegar até nós.
Cinquenta milhões de anos atrás em outra instância cósmica, nosso sol nasceu
de aglomerados de partículas que se uniram.
(Mostro uma imagem do sol, feita de uma cópia real da WEB)
Seu tamanho era grande o suficiente para garantir energia por muito tempo,
possibilitando a VIDA.
Algumas partículas se reuniram em pequenos aglomerados, outras
permaneceram livres da força do sol. Estas partículas começaram a seguir as
leis do espaço .
Os planetas de nosso Sistema Solar nasceram assim, eles começaram a girar e
mover-se em um caminho fixo. A nuvem azul que viria a se tornar a Terra
começou sua jornada.
(Mostrar a imagem do Sistema Solar)
Existem tantas estrelas, que os cientistas calculam que, se cada uma fosse do
tamanho de um grão de areia, iria cobrir os estados do Rio de Janeiro, Espirito
Santo e Minas Gerais, formando um monte de 200 metros de altura!
Uma dessas estrelas, um dos grãos de areia entre os milhares de milhões de
grãos de areia, é nosso Sol e parte de um milionésimo deste grão é nossa
Terra.
(Eu coloco um pouquinho de areia na ponta do dedo e tentamos contar os grãos:
Quantas estrelas seriam aqui, pergunto pegando um punhado de areia numa
colher de pau.)
Alguém sabe por que o sol parece tão pequeno? (respostas)
O Sol parece menor do que a Terra porque ele está muito, muito longe!
Sua luz leva 8 minutos chegar até nós .
Se pudéssemos viajar até o Sol, a 100 quilômetros por hora, levariamos 106
anos para chegar ao nosso destino.
Na verdade, o Sol é 1 milhão de vezes maior do que a Terra. O Sol é tão grande
que uma chama do Sol poderia conter 22 Terras.

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Ele se tornou o nosso Sol há 5 bilhões de anos e continuará brilhando pelo
menos 5 bilhões mais, antes de sua energia se recolha e deixe o nosso mundo
frio.
(Mostrar o cartaz mostrando a relação de tamanho entre a Terra e o Sol)
Quando ele começou a formar-se, a Terra era tão quente que parecia apenas
uma estufa girando pelo Universo.
A Terra, girando no espaço, começou a esfriar rapidamente, por causa do seu
pequeno tamanho! As partículas da borda externa tornaram-se frias e
encolheram, enrrugaram-se em direção ao centro da Terra. Mas esta parte
estava fervendo e voltou a aquecer as bordas. Por centenas de milhões de anos
esta dança continuou – expandindo e encolhendo, expandindo e encolhendo ...
Finalmente, as partículas resfriam-se e tomaram forma, ocuparam espaços. As
partículas mais pesadas afundaram para formar o núcleo, as partículas menores
formaram o manto, e as partículas mais leves permaneceram do lado de fora
formando lentamente uma crosta.
Experiência:
Eu tenho 3 líquidos aqui de pesos diferentes. Deitar água colorida, em seguida,
mel e assistir como ele afundar e ocupar o espaço inferior. Despeje o óleo e vê-
lo flutuar. Esta é a força de trabalho.
Podemos agitar esta mistura e antes do final do dia observaremos que
novamente que o mais pesado estará na parte inferior e o mais leve na parte
superior - as leis da força são muito poderosas e todos têm de obedecer.

As partículas foram assumido os três diferentes estados da materia o sólido,


líquido e o gasoso.
Sabemos que cada partícula que existe na Terra pode estar no estado sólido,
líquido ou gasoso. Seu estado depende apenas de quão quente ou frio são.
(Eu não apresento aqui a experiência dos estados da materia, faço isto num dia
posterior. Apenas apresento os estados e não as mudanças )
No estado sólido, partículas são muito atraídas e amam-se umas às outras,
unidas tão firmemente que é impossível separá-las. Elas formam um corpo que
não irá alterar sua forma, a menos que se aplique uma grande força.
Se uma partícula é perdida, como quando uma pedra é partida, todas as outras
ainda se agarram e juntas continuam a ser uma pedra. (quebrar uma pedra;
mostrar rochas)
No estado líquido, as partículas se mantem juntas, mas não tão firmemente. Elas
não têm nehuma forma particular e vão enchendo, preenchendo cada espaço
vazio.
As partículas no estado gasoso não ficam tão agarradinhas. Elas circulam
livremente em todas as direções. Todas as partículas no espaço de obedecem a
essas leis.
Uso o perfume de ambiente e espero que todos sintam o cheirinho...
As partículas mais pesadas que formaram a Terra, afundaram-se para o centro
do planeta. Elas se tornaram sólidas por causa da grande pressão que a Terra
exercia em seu núcleo. O manto, entre o núcleo e a crosta, permaneceu líquido e
estava muito quente. Esta rocha fundida queria se expandir. Ela queria erguer-
16
se, mas a crosta que era mais fria, estava bloqueando seu caminho. Então ela
estourou a crosta com sua força!
Hora da experiência do vulcão, que já deve estar preparado com o bicabornato
de sodio. Quando você fala, retire o pano preto que o cobre, lentamente. Silencie
e despeje o vinagre na cratera do vulcão. Dê um tempo para as crianças
observarem e retome a narrativa com tom forte.
Explodiam vulcões em toda a Terra e uma grande nuvem de cinzas vulcãnicas
cobriu de nosso mundo.
(Mostrar imagem dos vulcões)
Quando as partículas quentes terminaram as suas explosões a Terra novamente
resfriou e caíram as chuvas. A água que caiu, tornou-se vapor e formou mais
nuvens acima da Terra. Estas nuvens esconderam o Sol , o que permitiu à Terra
resfriar-se novamente. Então, os gases se tornaram líquidos e muitos e muitos
líquidos tornaram-se sólidos.
Choveu e choveu e choveu e choveu e choveu...
Tempestades furiosas assolaram a Terra e a água foi preenchendo todos os
desníveis da crosta.
Lagos, rios e oceanos foram formados. A Terra tornou-se enrrugada como uma
maçã assada que depois esfria, você podem imaginar ?
As rugas tornaram-se montanhas e as cavidades tornaram-se os oceanos.
Finalmente, as nuvens desapareceram. O Sol sorriu sobre a nova Terra. Tudo
era bonito e vida estava pronta para começar.
(Mostrar a bela imagem da Terra)
Termino assim a primeira etapa da Grande Lição que conta o surgimento do
Universo. As crianças normalmente aplaudem ao final!
Ao terminá-la os alunos me ajudam a limpar tudo e a guardar, sendo as tareras
distribuidas diante da oferta espontânea. Algumas vezes eles pedem para
“explodir o vulcão novamente” e eu avalio se há tempo suficiente para fazê-lo.

A partir daí podemos explorar muitos trabalhos em classe - tenho as estantes


organizadas por área de assunto e falamos de cada grupo de estantes:
 Matemática com Material de Desenvovimento (resolução de problemas, fichas
de exercícios com extensões dos conceitos trabalhados com os materiais),
Geometria.
 Língua portuguesa (gramática, estudo de palavra, leitura, ortografia, produção
textual).
 Geografia; Historia; Ciências.
 Investigação*, nesta disponho livros para consulta, fichas com informações
dos temas que estamos abordando.

Se temos tempo, todo mundo vai trabalhar, registrando em seu diario algo que
remeta ao que ouviram na Grande Lição.
Esperamos que eles sigam para casa animados com sua Primeira Grande Lição
e que mostrem que suas idéias estão fluindo.

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Eu deixo todos os experimentos na sala, dispostos na estante enquanto
apresentem interesse.
(*) Podemos tambem deixar folhetos para registrarem as experiências e para desenhar
partes da historia que gostaram, deve haver nos folhetos espaços que incitem a escrita.

4- Acompanhando as crianças no trabalho a partir da Grande Lição.


A Primeira Grande Lição é longa, e em seguida há muito movimento em torno do
assunto. A classe pode transformar o que ouviu em atividades de linguagem,
matemática e outras disciplinas tradicionais ou você, o guia, pode ajudar a
manter o foco e guiar o caminho.
Na minha classe uso algumas estratégias que dão certo:

No dia seguinte à Grande Lição, logo que chego à sala posso escrever no
quadro uma comunicação. Eu tenho um quadro branco na classe que uso para
essas comunicações. Geralmente escolho algo sobre vulcões, para guiar as
crianças em sua primeiras pesquisas - principlamente as do 1º ano –
disponibilizando uma certa quantidade de conhecimentos para o início das
pesquisas.
Providencio material informativo para a sala de modo que possam usá-lo em
suas leituras e pesquisas (podem ser fichas de consulta, livros, revistas).
Os estudantes fazem um registro de suas descobertas, iniciam colocando a data
e copiando a pergunta do dia - os mais velhos ajudam os mais jovens; ajudam-
nos na leitura e na escrita até que todos tenham habilidade.

Registros anotados no quadro (Colocar um por dia)


Esta é a primeira atividade do dia, uma anotação que todos fazem no seu
fichário, onde são registradas as atividades que realizam diariamente.

1- Hoje é o primeiro dia do novo ano escolar.


Estou no ____ ano do Ensino Fundamental.
- Que tipo de sala de aula quero?
-O que é importante para mim?

2-Vulcões são com “montanhas com uma abertura no alto” onde a rocha
derretida, quente, chamada magma, surge através da cratera em forma de lava.
Você pode nomear todas as partes do vulcão? Quais são os três tipos de
vulcões?

3- Você sabe de algum vulcão existente na América do Sul?


Descubra, localize, escreva sobre ele, desenhe.

4-Você pode encontrar um vulcão em cada continente?


Registre os nomes e datas das ultimas erupções.
Você pode marcá-los no mapa?

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5- Placas Tectônicas é uma teoria que afirma que os continentes são divididos
em pedaços que flutuam sobre o magma do manto. O movimento destas placas
levou a crosta terrestre a ter a forma que apresenta hoje. Você pode encontrar
os nomes das principais placas tectônicas?

6- A Crosta terrestre é dividida em dois tipos diferentes: a continental é de


granito e a oceânica é de basalto. O granito é mais leve que o basalto, por isso
a solo oceânico é composto de basalto, que por ser mais pesado ficou no chão.
Quando ocorre movimentação entre uma placa oceânica e uma placa
continental, a terra se movimenta e, muitas vezes, um vulcão estoura ali.
Encontre uma boa imagem do presente que comporve o que você leu acima.
Que tipo de movimento faz com que ocorra um terremoto?

7- Você pode encontrar tremores de terra em todos os continentes? Compare as


placas em locais onde existem terremotos. Você vê algo diferente, comparado
com locais onde não existem terremotos?

8-Existem vulcões cuja erupção não envolve movimento de uma placa tectônica?
Você pode nomear um país onde a atividade vulcânica é significativa. Nomeie
também os vulcões em atividade neste país.

9- O granito é a rocha mais antiga na Terra. Ela pode ter bilhões de anos de
idade. O Basalto é resultado do magma que subiu à superficie e por isso é uma
rocha ígnea. A peça mais antiga de basalto tem apenas 200 milhões de anos.
Quais são os outros tipos de rochas ígneas?

10- O que faz com que algumas rochas tenham a aparência de vidro?
O que faz com que brilhem? Ilustre com gravuras de rochas ígneas, nomeando-
as.

11-Existem dois tipos de rochas ígneas. Você pode descobrir quais são?
Escreva sobre elas e ilustre com gravuras correspondentes.

12- É possível “ver “ o passado?

Mantenho na sala livros sobre vulcões na estante de investigação, assim como


livros sobre placas tectônicas, galáxias ou o que quer que apareça nas semanas
seguintes. Organizo também algumas fichas para enriquecer a leitura das
crianças e diponho na estante.

Depois que quase todos já completaram a tarefa com as respostas e alguns


alguns começam a vagar, podemos sentar em círculo em pequenos grupos (no
máximo 8 de cada vez, de niveis indistintos). Lemos em voz alta a proposição
registrada.

19
Peço aos voluntários. É muito emocionante quando crianças do 1º ano
começam a levantar as mãos para ler. Então, vamos falar sobre o que todos
encontraram.
Eu pergunto se alguém encontrou algo emocionante na sua pesquisa . Esta é
sua oportunidade de falar sobre sua pesquisa, o que chamou a sua atenção e
despertou o interesse em expandir seu conhecimento.
A professora precisa conhecer o conteúdo dos livros para poder pedir aos alunos
que encontrem outras respostas ou imagens que mostrem os tópicos mais
claramente. Você pode ajudá-los a expandir o que encontraram. Estas
discussões ajudam a criança a pensar, porque incentivam suas perguntas e
ajudam-as a fazer novas conexões, a ampliar e aprofundar o conhecimento que
estão construindo.
Esta atividade leva geralmente de 30 a 45 minutos, em seguida eu ou minha
assistente ajudamos aos que não conseguiram concluir a tempo.

Depois disto, cada um escolhe sua tarefa nas demais áreas. Faço no início de
cada dia, esta atividade, fazendo registros que preparo cuidadosamente sobre
temas pertinentes, busco notícias atuais para fazer conexões com o que
estamos aprendendo - em placas tectônicas, terremotos, buracos negros,
qualquer que seja - discuto todos os dias. Os alunos mais velhos às vezes
escolhem espontaneamente uma dessas notícias para sua investigação e isso é
bom.

Quando eu sinto que o interesse e o conhecimento adquirido está fuindo, coloco


novos livros e materiais na estante sobre o tema da investigação.
Gostaria de explicar que um dos trabalhos mais interessantes do ensino
fundamental é a investigação. A investigação é quando o aluno escolhe um
tema, lê um livro ou dois sobre ele, e toma notas sobre o que ele pensa ser
importante. Depois que descobre tudo o que pode, editamos as notas,
produzindo um belo texto, um álbum. Se é um aluno ainda não lê ou escreve
pode desenhar e eu edito suas notas.
(A professora ajuda o aluno, de início a verificar o que é importante num texto
lido, a tomar notas do que é importante e depois a fazer o seu proprio texto com
as informações relevantes: o resultado de sua investigação )
Todo estudante pode fazer suas investigações, eu ajudo no que for necessário.
Pesquisa no computador também são encorajadas. Para ajudar o aluno a
entender como destacar a ideia principal, o que é importante, eu pego um livro,
leio um parágrafo, fecho e pergunto o que era importante.
O livro não pode ser muito simples ou muito difícil de resumir, pois se é muito
difícil todos se sente desencorajados. A professora deve escolhê-lo com cuidado.
Escrevemos um resumo muito simples juntos e, em seguida, convido todos a
escolher um tópico durante o dia. Eu tenho presa na parede, uma lista de seus
nomes e ao lado uma lista de pesquisas. Isto permite-me marcar os trabalhos
que estão prontos para serem editados (e eu não posso perder isto de vista ...).
Eu sugiro que todos os alunos novos trabalhem em conjunto comigo, no seu

20
primeiro resumo, para que eu possa ajudá-los. Mas cada um, pelo menos uma
vez, também trabalhará com um aluno mais velho.
Quando todos têm um resumo escrito e apresenta-o, eu lhes digo para escolher
um novo parceiro. Eles podem escolher trabalhar sozinhos ou em grupo (não
mais de três). Claro, você tem que ter uma boa seleção de recursos nas estantes
que enfoquem a Historia do Universo para que usem em suas pesquisas.
Atualmente, é muito importante ensinar as criancas a ler e destacar o mais
importante, o que chamou atenção, construido assim com elas o conhecimento.
Pois é muito comum trazerem páginas impressas de computadores domésticos
sobrecarregadas com enorme quantidade de informação, que para eles não faz
nenhum sentido.
Esta é uma excelente atividade de Lingua Portuguesa, ler e destacar o que é
importante, o que diz respeito a determinado aspecto ou tema. Ler, usar o marca
textos e em seguida redigir sua propria nota, é editar o seu resumo.

Mas é preciso tambem ler um livro e extrair a informação, compreendendo o que


leu e registrado o que entendeu.
Eu trabalho com o 1º ano - quase sempre em vulcões – aos pares. Nós
geralmente fazemos registros dos nossos resultados em grandes pedaços de
com escritos/fotos/gravuras. Eles se revezam lendo para mim o que está no livro,
falamos sobre o que foi lido. Depois colocamos em nossas próprias palavras. Eu
escrevo no quadro branco - eles copiam. Eu coloco as maiúsculas e pontuação
e instigo para que percebam estas convenções da escrita.
Nem sempre eles percebem, tudo vem no seu tempo! É o observar, tomar
notas, recordar e assinalar detalhes nos resumos, enquanto vai trabalhando
estes aspectos nos exercicios da Lingua Portuguesa. Isto permite avaliar cada
aluno em leitura e compreensão, em produção textual, logo nas primeiras
semanas.
Os outros estudantes, do 3º ano, leem seus livros e fazem anotações. Podem
pesquisar tudo - galáxias, estrelas, constelações, a lua, placas tectônicas, rochas
ígneas.... Se um aluno transcreve o que está escrito no livro, então eu o lembro
que isso é plágio. Sugiro lermos o livro e reescrever juntos.
A segunda vez que um aluno mais antigo faz cópia, eu digo a ele que a tarefa
não atende ao solicitado, porque ele copiou. Jogo fora e peço que reinicie
organizando suas anotações em parágrafos, acrescentando detalhes.
Estou sempre atenta ao trabalho de cada um ou de cada grupo, guiando os
passos necessários. Quando terminam, fazem uma capa e decoram, encontram
elementos gráficos para ilustrar, escohem três perguntas de seus relatórios com
as respostas para memorizar.
Se um aluno é um pesquisador avançado, posso destacar apenas as partes que
entram em cada parágrafo, e ele desenvolve o seu resumo com alguma
autonomia.
Este trabalho, com a Primeira Grande Lição dura cerca de três semanas e então
combinamos uma a apresentação para socializar o conhecimento.
Fazemos uma reuniuão onde cada grupo apresenta suas descobertas, lê ou
discorre sobre ela apresentando ilustrações. Socializamos as investigações.
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Esta proposta, de investigações e anotações, incita a escrita e oportuniza o seu
aprimoramento. Num exercício diário a criança lê e escreve sobre o que lê,
compreende e reproduz com suas palavras, enriquecendo o vocabulario.
Aperfeiçoa sua escrita melhorando a coesão e a coerência textual, assim como
o uso da macroestrutura, da notações e convenções da escrita.

Da experiência de Rosemary Quaranto:


Rosemary Quaranto é porfessora de 6 a 9, em Seton Montessori School,
Chicago e usa o momento inicial da aula para a escrita no Diário – só que com
outros enfoques determinados por ela, por exemplo um trabalho com poesia.
Para isto tem material na classe que permite aos alunos realizarem a tarefa com
livros, fichas de leitura, etc.

Da experiêcia de Miss Barbara Dubiusnky:


Os alunos escrevem, frequentemente, 3 páginas em letras cursivas sobre seu
tópico. É difícil convencê-los a escrever menos, quando há tanta coisa para
saber. Quando terminam a leitura, eles fazem à platéia “suas perguntas” para ver
quem estava ouvindo.
Quando todo mundo termina, os apresentadores vão para a frente e esperam as
perguntas da platéia. O aluno que fez a pesquisa sobre o tópico abordado dá a
resposta. Eles ficam muito felizes em mostrar o conhecimento que construiram e
assim constatam o que já memorizaram, desenvolvendo o gosto por estudar.
Eu ajudo somente quando uma pergunta precisa ser organizada para ficar mais
clara, ou se sinto que mais detalhes precisam ser adicionados. Algumas vezes
convidamos os pais e, às vezes, crianças de outras salas. Depois da
apresentação comemoramos com um lanche festivo.

Como organizar o tempo:


Todos os dias eu faço apresentações de matemática e faço revisão com um
pequeno grupo. Cuido para que trabalhem sistematicamente durante a semana,
guio as tarefas que precisam fazer.
Dou uma lição de Língua Portuguesa para outro grupo – análise gramatical,
estudo da palavra, ortografia – uma área abordada de cada vez, transitando
pelos diversos grupos.
No inicio do ano eu enfatizo lições de letra cursiva com o 1º ano e com os
cartões (série azul - palavras fonéticas), para que ganhem maior destreza na
escrita e possam trabalhar sozinhos, logo eles não precisam da minha ajuda.
Exorto a correção para as cópias, ensinando a conferirem o que escrevem.
Falamos muito sobre como fazer o nosso melhor esforço para que eu tenha
tempo para fazer pesquisar com eles, em vez de corrigir coisas que deveriam ter
prestado atenção ao fazer – como eles adoram a investigação, não tenho que
lembrá-los com frequência de que façam as correções do que escrevem.
Dar pelo menos uma lição de cada área por dia é importante. As investigações
ocupam o primeiro tempo da aula todos os dias (na minha classe, existem outras

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maneiras de começar o dia, ainda com o enfoque na escrita, como o diário de
Miss Quaranto)
Geralmente, o trabalho com as investigações leva 3 semanas até a chegada do
relatório final.
Os alunos do 3º ano fazem os relatórios sobre os Planetas, que vou editando
com eles. No final temos relatórios de todos os planetas para apresentar. Eles
organizam o trabalho por duas semanas, a orgazação inclui texto e arte.
Por favor, não esqueça da Arte. Todo o primeiro ano faz um vulcão de argila ou
um grande desenho com o vulcão explodindo e muito brilho! Fazemos uma
exposição num espaço combinado da escola e convidamos a todos para
visitarem.
Na apresentação, os pais muitas vezes trazem um ”bolo vulcão” com estrelinhas
para nosso lanche.
Os alunos do 2º ano preparam um painel com o Sistema Solar ou fazem os
planetas em papel marchê.
Durante a apresentação sobre os planetas há um grande sol que quase
preenche a área central de nossa sala. Um aluno do 1º ano caminha lentamente
em torno do sol segurando uma representação do planeta Terra, enquanto o
segundo aluno lê seu relatório. Isso ajuda os alunos do 1º ano estarem atentos
durante um longo período de tempo.

Idéias gerais para acompanhamento do trabalho


Não tente dar todos os conteúdos para todos os alunos – eles se espalham pelos
três anos - você precisa ter claro quais são os pontos que deve atingir com cada
nivel e traçar seu caminho.
1- Aulas nas rochas ígneas (eu deixo as rochas sedimentares para depois da
Linha da Vida e adiciono as metamórficas apenas para os alunos do 3º ano, com
os quais faço a revisão de todos os tipos.
2- Lições sobre a composição da Terra – ar, terra, água – química e minerais
3- 3 estados da matéria – sólido, líquido, gasoso.
4- Lições sobre os oceanos ou atmosfera ou formação da montanha
5- Lições sobre a lua.
6- Lições sobre a composição dos outras planetas.
7- Linhas de tempo diária; terremotos ou vulcões; Viagens espaciais - quando a
primeira nave espacial foi ao espaço.
8- Mapas - onde são encontrados vulcões; anel de fogo ou como os continentes
têm se movido através do tempo.
9- Ler histórias: Pompéia; outros vulcões.
9- Mitos sobre vulcões. Mitos sobre a criação do Universo.
10- Dramatização sobre a dança cósmica da formação do Universo.
11- Representar o Sistema Solar; Os planetas e satélites orbitando o sol.

12- Distância entre os planetas do Sistema Solar – uma corda de 68m


Uma criança é o Sol e detém o início da corda.
 a partir do sol, marcar 40cm e dar um nó: Mercúrio
 a partir de Mercúrio contar 70cm e dar um nó: Vênus
23
 a partir de Vênus, medir 1m e dar um nó: Terra
 da Terra, medir 1m e 50cm e dar um nó: Marte
 de Marte, medir 5m e dar um nó: Júpiter
 de Júpiter, medir 9m e 50cm e dar um nó: Saturno
 de Saturno, medir 19m, dar um nó: Urano
 de Urano, medir 30m, dar um nó: Netuno
Cada criança assume seu lugar segurando a corda no lugar correspondente ao
“seu “ paneta. O sol fica parado e só com a sua FORÇA faz com que todos os
planetas tracem suas órbitas, ao seu redor.

Tamanho relativo do planeta:


Construir um sistema solar com o tamanho relativo dos planetas.

http://www.slideshare.net/INDEFINIDO/sistema-solar-virtual2-1619402?src=related_normal&rel=1585934

http://www.feg.unesp.br/extensao/teia/trab_finais/TrabalhoGerson.pdf
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Vamos construir:
1- Analise a tabela, onde estão indicados os diâmetros das esferas que representam cada um
dos planetas, a distância do Sol e as cores a utilizar para cada caso. Note que o tamanho
relativo dos planetas e a distância ao Sol tem diferentes escalas.

2- Faça uma bola de jornal, com um diâmetro de 50 cm, e forre-a com o papel crepe amarelo.
O Sol terá um diâmetro muito maior que os planetas - simular as manchas solares com a tinta
preta em spray.
3- Com um pedaço de arame prender o “Sol” numa das pontas da placa de isopor.
4- Marque no isopor, a partir do Sol, as distâncias indicadas na tabela de cada planeta em
relação ao sol.
5- Molde, nas respectivas cores e com os diâmetros indicados, os planetas.
6- Em cartolina, construa os aros correspondentes aos anéis dos planetas gigantes gasosos e
adapte-os às respectivas esferas.
8- Corte nove pedaços de arame com cerca de 10 cm de comprimento e coloque numa das
pontas as esferas moldadas.
10- Posicione nas respectivas marcas, o arame correspondente ao planeta.
O Sistema Solar está pronto!

Modelo do Sistema Solar http://educa.fc.up.pt/ficheiros/trabalhos/401/documentos/307/Sistema%20solar.pdf

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A segunda grande lição - A Linha da Vida

Quando é hora de contar a segunda lição?


Há orientações que indicam que se faça todas as Grandes Lições entre 6 e 8
semanas, mas concluo que esticando para 3 meses as apresentações funcionam
melhor. Eu acho que há muito mais material para estudar e ler, do que quando
Montessori começou com esses ensinamentos, e ir mais rápido me faz sentir
“empurrando” a classe, em vez de “segui-la”.
Então, eu espero até que pelo menos metade dos trabalhos da Primeira Lição
esteja editado e o restante já concluídos pelas crianças – apenas aguardando a
minha intervenção.
Você deve se sentir uma trégua na excitação da classe, para saber quando é
tempo de apresentar a próxima Lição.

1- Preparação do professor
Para estar bem preparada para o trabalho como seus alunos:
- Continue a ler sobre A história do Universo até o surgimento dos seres
humanos.
- Leia sobre A evolução da vida e sobre a evolução dos humanos.
- Leia sobre a classificação dos vertebrados e dos invertebrados
- Leia sobre as eras geológicas e a evolução da vida

Você precisa ter conhecimento sobre os cinco reinos dos seres vivos, o que
significa que deve ter boas anotações ou um bom livro. Você deve saber
também, pelo menos as categorias de filos para invertebrados e vertebrados, o
filo e classe.
Este é o conhecimento necessário para subsidiar o seu trabalho e que deve ser
foco do seu estudo para que você possa instigar e motivar seus alunos em suas
investigações

2-Preparação do ambiente e apresentação


Preparo o ambiente com um grande tapete onde disponho a Linha da vida.
(podemos usar um TNT azul, que vai muito bem, com cerca de 3 ou 5 metros)
Eu uso a linha da vida vendida por Albanesi. Há melhores. Como por exemplo,
aquelas que são mais atualizadas, mas realmente não importa - afinal de contas
é uma lição impressionista e a investigação revelará ”os buracos e os erros”.
Se eu tiver alunos de terceiro ano que já sabem muito, então esta Lição é
opcional para eles. É tão comovente, quando dizem não querem assistir e
continuam com o trabalho que estão realizando, numa afirmação de sua
autonomia! Alguns em vez disso, ainda precisam assistir e logo em seguida eles
estão respondendo perguntas. Este trabalho verdadeiramente é uma chamada
para esses alunos, para se que sintam seguros nos conhecimentos que estão
construindo e possam falar sobre ele.
Para começar eu abro a linha do tempo apenas um pouco, evidenciando para
que assim, todos pudessem ver sobre as bactérias.

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Se alguns alunos se queixam que não podem ver bem, recordo-lhes que a Linha
da Vida ficará na classe que e eles poderão trabalhar com ela depois
novamente. Peço-lhes para recordarem e dizerem o que havia com a Terra, na
história que eu havia contado algumas semanas antes.
Faço novas perguntas e desenvolvo as respostas até que todos tenham uma boa
imagem mental sobre o que estou abordando.
Você pode avaliar isto pela expressão das crianças.
De acordo com o grupo de alunos que tenho em classe cada ano, tenho uma
forma de contar a história, de modo que todos fiquem interessados.
Vou desdobrando lentamente a Linha da Vida enquanto falo dos personagens.
Posso apenas mostrar “cada personagem“ enquanto vou desdobrando a linha.
Vejo sempre como as crianças reagem e vou imprimindo os ritmos necessários à
história, de modo a prender a atenção do grupo.
É bom lembrar que posso também contar em partes, por períodos (costumo
respeitar os períodos das eras geológicas)
Não preciso contar a historia palavra por palavra, posso contá-la inteira e no dia
seguinte começar a retomar período por período
O importante é que os alunos estejam animados e envolvidos – e este é um
assunto que gostam muito.
Para iniciarmos o estudo que a história propõe digo, no outro dia, para explorar o
assunto do início da vida:
- Como a vida mudou, pela divisão das células!
- As primeiras formas de vida eram animais unicelulares, vocês lembram como
se chamavam?
Eu sempre explico o que significa cada período e era e que animais
predominavam neste momento.
Falamos como os peixes tinham seus corpos protegidos por uma “blindagem“,
eram pesados e lentos. O escorpião do mar, o Pterigotos, podia triturar qualquer
armadura com suas garras.
Geralmente, quando falo dos Cefalópodes, as crianças adoram! Os cefalópodes
com seus pés em sua cabeça - todos nós colocamos nossos pés sobre nossas
cabeças – As crianças entendem então o significado da palavra quase sempre
peço que desenhem e pesquisem sobre Cefalópodes.
Os peixes tinham que ter uma maneira de fugir ou teriam sido extintos assim
que, no processo de evolução, caíram suas armaduras, eles então
desenvolveram barbatanas que fazia com que nadassem rápido demais pelo
mar, fugindo do Escorpião do Mar que ainda tinha pesadas armaduras.
Em seguida, os peixes desenvolveram lentamente algumas transformações em
seus corpos e foram migrando para a terra, surgindo então os anfíbios que
tinham muitos insetos e plantas para comer. É claro que eles não poderiam ir
muito longe da água. Você sabe por quê? Diga-me o que sabe sobre os sobre
anfíbios!
Então um dia em que um anfíbio realmente queria um saboroso inseto, seu
corpo preparou-se para poder ir mais longe na terra, assim ele poderia sair da
água e obter estes deliciosos insetos!

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O que aconteceu com os anfíbios? Como foram alterados os seus corpos? Ah!
sim, então surgiram os répteis? Como os repteis conseguiam ir mais longe para
alcançar os insetos, os insetos desenvolveram asas para fugir...
Assim fizeram também os répteis... Eles amavam seus deliciosos insetos!!!
Uau! Lembram como os peixes e os artrópodes eram grandes? Os répteis
ficaram ainda maiores!
Um grupo especial de repteis desenvolveu quadris especiais e tornaram-se os
dinossauros. Alguém sabe o que aconteceu com os dinossauros?
Falamos sobre asteróides e o que aconteceu à vida.
Muitas oportunidades aconteceram para favorecer o início de algumas vidas, e
para que outras chegassem ao fim.
Falamos sobre o que aconteceria se não houvesse nenhuma bactéria. Todos
esses dinossauros poderiam estar ainda andando por aí.
Em seguida, chegaram os mamíferos, eles levaram mais tempo para chegarem à
Terra, eles eram também enormes!
Por último chegaram os humanos! (Falo rapidamente sobre os humanos e
concluo: Ah! Mas esta é outra história...)

3-Contando a História
Informações para professores:

Éon geológico: é a divisão principal da escala de tempo geológico. A Comissão


Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas
reconhece no seu Quadro Estratigráfico Internacional três eóns, do mais antigo
para o mais recente: o Arqueano, o Proterozóico e o Fanerozóico. Outras fontes
reconhecem ainda um quarto eón anterior ao Arqueano, o Hadeano.
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Era geológica: é a divisão de um éon na escala de tempo geológico. As eras
geológicas podem ser subdivididas em períodos. As eras são caracterizadas
pela formas como os continentes e os oceanos se distribuíam e os viventes que
neles se encontravam.

Cronologia
Era Paleozóica
 Cambriano
 Ordoviciano
 Siluriano
 Devoniano
 Carbonífero
 Permiano

Era Mesozóica
 Triássico
 Jurássico
 Cretáceo

Era Cenozóica
 Paleogeno
 Neogeno
 Quaternário

A História da “VIDA“
Bem, vamos ver de onde nós viemos? (Olho para as crianças)
Como nós, seres humanos surgimos na Terra, nosso planeta?
Mas antes, vamos lembrar como surgiu o Universo?

Vulcões: Sim, a crosta terrestre tinha se formado e se enrugado e algumas das


partículas que se uniram, estavam quentes e expandiram.
Frio? Sim, era mais frio do que nossa noite mais fria.
O balão? Sim, havia muita energia, as partículas se reuniram e, em seguida,
tudo explodiu para formar o Universo.
Há cerca de quatro bilhões de anos, ocorreu um evento muito especial! Algumas
das partículas que cercavam o Sol uniram-se, formaram um planeta chamado
Terra.
Mas o ar não era nada parecido com o ar de hoje. Os cientistas acreditam que o
céu era de uma cor laranja, muito bonita! Estávamos na era arqueozóica no
período Pré-Cambriano.
Lembram-se, como Terra tinha encolhido o suficiente para a chuva preencher
todas as cavidades, e como os vulcões estouravam ainda através da crosta?
Bem, o ar era composto de metano, hidrogênio, amônia, dióxido de carbono,
nitrogênio e enxofre. Isto (abrir a garrafa de amoníaco), era assim que cheirava.

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Agora imagine também o cheiro de enxofre espalhado na atmosfera - isso tornou
a chuva ácida, o que ajudou a lavar as rochas. Essa água corria para o mar.
Então, os mares estavam cheios de elementos do ar e minerais de rochas.
Gigantescas tempestades elétricas também ocorreram em toda a superfície da
Terra.
Muitas rochas se desmancharam em contato com as gigantescas ondas e com
as tempestades, depositando-se no fundo do mar que mais parecia um caldo
espesso.
500 milhões de anos se passaram e em seguida, algo surpreendente aconteceu!
Mas era tão pequeno, que dificilmente poderia ser visto!
Eram partículas minúsculas, que tinham a capacidade que nenhuma outra havia
apresentado: apareceram pequeníssimos seres, mas com uma capacidade
importantíssima. Não importa que já se tenha passado quatro bilhões de anos
desde então - estes organismos minúsculos vivem até hoje.
Estes organismos também foram especiais, mudavam a si mesmos e também se
multiplicaram. Hoje em dia conhecemos com bactérias, mas os cientistas deram
a eles o nome de procariontes, no Reino Monera.
(Se você tem fotos das bactérias, mostre às crianças agora)
Estas bactérias, surgidas no mar, multiplicaram-se tanto que encheram os
mares, habitaram as rochas. Isto causou mais desgaste das rochas que lançou
mais dióxido de carbono no ar e isso, por sua vez, fez Terra mais quente. Esta
nova vida amava calor, então eles multiplicaram-se, fizeram ainda mais seres da
sua própria espécie.
Esta vida continuou a se multiplicar, e consumiram tento daquela “comida” que
havia naquele “caldo“ (o mar), que ela se tornou escassa.
Alguns procariontes transformaram-se para comer o desperdício de outros seres
ou organismos mortos. Assim, apareceram os primeiros necrófagos.
Outros começaram usando a luz solar para seu alimento e o oxigênio foi liberado
para a atmosfera pela primeira vez.
Esta nova bactéria, as cianobactérias, usava a luz solar para produzir a
fotossíntese. Quando as cianobactérias lançaram pela primeira vez o oxigênio na
atmosfera, este se combinou com as rochas – surgia na Terra as primeiras
camadas de ferrugem na sua história.
Em seguida, houve tanto oxigênio que as pedras já não poderiam segurá-lo e a
atmosfera da Terra começou a mudar. Oxigênio era veneno para as primeiras
formas de vida, que fugiram para lugares onde oxigênio não poderia atingi-las -
como as partes mais profundas do oceano. As chamamos de Archaebacteria.
O oxigênio foi movendo-se até formar a camada de ozônio da Terra que existe
ainda hoje. Esta camada de ozônio permitiu que a vida evoluísse e ainda hoje
protege toda a vida na Terra.
Na mesma época em que evoluíram as cianobactérias, apareceu uma nova vida
que era mais complexa, surgiram os eucariontes. Eles vivem em muitos reinos:
Protista, Vegetae, Fungos e Animália. Mas as primeiras formas de vida “os
eucariontes“ eram apenas grandes organismos unicelulares do Reino
Protista preenchendo os mares. Esta nova vida poderia ”comer outra vida

30
menor”. Surgiu então primeiro predador. Começou a relação de rapina que logo
iria preencher os mares.
Alguns eucariontes tentaram comer bactérias menores, mas as bactérias apenas
continuam a viver dentro deles. Estes eucariontes ganharam mais energia e
eficiência do que qualquer ser vivo – o fato das bactérias se hospedarem em
seus corpos, tornaram os eucariontes mais resistentes.
Esta possibilidade de mistura de dois organismos acabou levando a mudanças,
Como só havia vida no mar, alguns seres vivos se uniram. Em primeiro lugar,
eles viveram como os poríferos de hoje - indivíduos que vivem juntos em uma
colônia. Mas quase do fim desse período, algumas células começaram a se unir;
começaram a compartilhar trabalho. Algumas tomaram para si a tarefa de comer,
outras fizeram a respiração e algumas se encarregaram de fazer os movimentos.
Os cientistas nomeiam estes animais de vida mais complexa de “eucariontes”,
eles surgiram principalmente na região da Ediácara na Austrália, conforme as
pesquisas mostram através da descoberta de fósseis nesta região.
Eles viveram principalmente no fundo do mar. Eles ainda não tinham conchas,
nós não sabemos muito sobre eles.
A Terra experimentou grandes erupções vulcânicas neste momento. Quando o
gelo derreteu, apareceu um grande continente chamado de Gondwana – que
como num quebra-cabeça era formado por 4 outros continentes menores. A
água estava quente, rasa e os mares cheios de vida.
Vamos abrir a linha de tempo e olhar para alguns desses novos organismos.
(Abrimos a linha da vida na era paleozóica)
Espere um monte de comentários e emoção.
Você não precisa contar toda a história num só dia. Tudo bem! Você tem tempo
no outro dia.

A Era Paleozóica (sempre na água) é dividida em seis períodos.


Este é o período Cambriano. Nós não podemos dizer muito sobre os animais
deste tempo porque
- muitos foram para as profundezas dos oceanos e se tornaram fósseis.
- muitos dos organismos invertebrados, que vemos na Terra hoje, tiveram sua
maneira inicial de vida aqui nos primórdios da história da vida na Terra
- um monte de vida desapareceu para nunca mais ser vista novamente.

Os Artrópodes representavam até 2/3 de toda a vida no mar neste momento.


Havia um monte de trilobitas (os trilobitas eram artrópodes – Mostrar gravura)
Eles vieram de todos os tamanhos, dos muito grandes até os muito pequenos, e
eles tinham corpos que eram segmentados longitudinalmente. Provavelmente,
eles tinham os olhos bem desenvolvidos.
Muito cedo apareceram os Vertebrados. Eles têm uma coluna principal que leva
as vias nervosas pelo centro de suas costas. Você pode sentir sua própria
coluna no meio de suas costas, mas estes animais vertebrados eram muito
simples.
Eles eram principalmente peixes.
O período Cambriano costuma ser chamado de “tempo da explosão de vida”.
31
O período de Ordoviciano começou há 500 milhões de anos. Os crinóides
começaram a governar os mares. Eles também são conhecidos como lírios do
mar. Possuem um esqueleto calcário maciço e foram particularmente
abundantes nos mares paleozóicos - originando bancadas espessas de calcário.
Geralmente fixam-se ao fundo do mar por um pé flexível, apresentam numerosos
braços que filtram os sedimentos retirados da água. Após a morte, o esqueleto
desmonta-se em múltiplos ossículos.
Os Corais também apareceram para construir imensos recifes.
Novos grandes predadores apareceram. Foram os cefalópodes. Eles tinham os
braços em suas cabeças. Eles desenvolveram bicos que poderiam quebrar as
conchas que protegiam alguns animais Então os trilobitas desenvolveram
conchas ainda mais fortes. Algumas conchas tinham padrões bonitos e ainda
hoje podem ser lindamente coloridas.

No início do período Siluriano houve outra era glacial.


Formou-se o super continente denominado Laurásia. Algumas das montanhas
mais antigas da Terra foram formadas - como o Ural na Rússia e Apalaches na
América do Norte. A vida na Terra novamente foi alterada, o nível dos mares
subiu e em seguida baixou novamente. Peixes primitivos começaram a encher
os mares - aspiravam seu alimento do fundo do mar. Eles estavam cobertos por
placas ósseas de armadura para proteção – chamadas de ostracoderms. Mais
tarde, no final do período Siluriano, estes peixes tinham desenvolvido maxilares
e barbatanas. Então eles foram cobertos por pequenas escamas sobrepostas,
como nos peixes de hoje. Eles eram predadores, tinham mandíbulas que podiam
abrir muito, e dentes afiados (tubarões)

Depois os peixes primitivos “perderam“ a armadura pesada - assim podiam


nadar mais rápido para escapar do Escorpião do mar!
A terra na Terra ainda era um lugar muito hostil. Vulcões ainda entravam em
erupção muito regularmente, ventos fortes chicoteavam a Terra e o Sol brilhava
ferozmente. Havia somente rochas, pois o solo ainda não tinha formado.
As algas viviam como que em enormes camas de algas. Elas não precisam de
raízes para conseguir se alimentar – elas tinham a água girando em torno delas,
e muitas vezes foram levadas até a terra pelas ondas. As primeiras
provavelmente morreram, mas algumas foram ajudadas pelos fungos que agiram
como raízes para elas, então, conseguiram começar a sobreviver na borda de
terrenos enlameados.
Os fungos e as bactérias juntaram-se à estas plantas e o primeiro solo foi
formado. As plantas desenvolveram esporos que foram levados pelo vento.
Quando estes esporos pousaram em áreas pantanosas, eles começaram a
crescer. E a Terra lentamente foi se modificando, formaram-se bosques de
samambaias e até o período Devoniano as plantas tinham evoluído fibras duras
que formaram seus caules altos, raízes e folhas.

32
Nestas transformações os fungos se juntaram a elas. Ajudam na decomposição
de organismos mortos e materiais vegetais, assim como fazem até hoje,
formando o solo.

Alguns dos artrópodes dos mares começaram a olhar esta nova Terra. Tinha
muita comida e não havia predadores. Seu exoesqueleto armazenava toda a
água que eles precisavam e havia muitos insetos juntos às plantas. Grandes
predadores, é claro, logo se seguiram - escorpiões, (que são artrópodes) com
membros armados com pinça juntaram e muitas aranhas.
Os mares estavam cheios de peixes. Havia peixes com armadura óssea, peixe
com escamas, peixes com e sem maxilares, peixe com a cartilagem e peixes
com ossos. Houve também um tipo especial de peixes que tinham barbatanas
carnudas, musculares chamadas lóbulos. Às vezes os peixe ficavam presos nas
áreas pantanosas ou lagoas formadas quando o nível do mar baixou, após os
períodos de cheia. Eles viam todos os insetos esperando por eles em terra.
Uma alteração especial permitiu-lhes transformar suas barbatanas, e o primeiro
anfíbio saiu para a terra. Se você observar um “newt” (anfíbio de origem pré-
histórica da família das salamandras) caminhar, você ainda pode ver como ele
move seu corpo para os lados como um peixe.

A terra da Terra agora tinha vida!


Durante o período Carbonífero, o clima era quente e úmido e enormes áreas
pantanosas de samambaias gigantes floresciam. Quando essas florestas de
samambaias morriam juntavam-se a outros sedimentos do solo, formaram-se
então “gigantescas camas de carvão“, que nós ainda hoje usamos como
combustível.

Alguns dos animais cansados de ter que viver perto da água, queriam ir ainda
mais longe, pois assim eles poderiam obter mais insetos para um delicioso
jantar. Então, gradualmente, desenvolveram uma capa para protegê-los mesmo
sob o sol mais quente e armazenar a água de seus corpos, eles colocavam ovos
com casca dura que assim ficavam também protegidos. Seus crânios fizeram
uma ligeira mudança também. Os anfíbios tinham um crânio sólido com buracos
somente para seus olhos. Eles não tinham que andar para muito longe da água
ou muito rápido, por isso não importava. Mas com a evolução, em seu crânio
foram desenvolvidos mais dois buracos que ajudaram a tornar o crânio mais
leve, assim surgiram os animais que chamamos de répteis – que viviam na
grama alta e comiam insetos. Os insetos então desenvolveram asas para
poderem escapar desses novos predadores.

O período Permiano marca o final da Era Paleozóica. Todos os continentes se


uniram em uma grande terra que foi nomeada Pangeia. O clima tornou-se mais
seco. Com isto parece que os anfíbios que haviam se desenvolvido e se
transformado em gigantescos animais com até 7 m de comprimentos morressem

33
- enquanto os repteis que amavam o calor (lembram como a capa dura protegia
os seus corpos?) se multiplicassem.
Eles começaram a crescer mais e ficaram mais ferozes. Alguns voltaram para o
mar. Alguns répteis tinham um crânio aberto e diferente - eles evoluíram e se
transformaram em mamíferos.

Como o clima continuou muito quente e seco; mares e lagos estavam secando e
tornando-se muito salgado. Quase toda a vida na água superficial morreu e a
maioria dos esporos que produziam samambaias morreram junto com eles.
Quase metade de toda a vida animal desapareceu. Os poderosos trilobitas que
tinham enchido os mares com seus ostracoderms blindados, deixaram de existir.
Foi a pior extinção da vida que a Terra presenciou!

(Abrir a linha da vida até a era Mesozóica)


A Era Mesozóica (sempre na terra) é a história da vida média da Terra.
No período Triássico, nova vida apareceu para substituir a que tinha morrido.
Ostras, caracóis, lagostas e ameijoas encheram novamente o mar costeiro.
Grandes répteis eram os maiores predadores do mar - alguns modificaram-se
para ficar mais ativos. Estes foram os cinodontes de sangue quente (dentes de
cachorro). Acredita-se que tivessem o corpo coberto de pelos para ajudar a
mantê-los quentes. Podiam se alimentar à noite enquanto os outros répteis não
podiam - isso foi muito importante para sua sobrevivência porque alguns répteis
estavam se tornando enormes.
Estávamos na Era dos Dinossauros. Eles cresceram e chegaram a tamanhos
enormes! Estes grandes répteis tinham dificuldade para comer - alguns
desenvolveram ”abas na pele”, assim podiam buscar alimento deslizando de
árvore em árvore. Então a primeira versão de animal com asas surgiu: os
pterosauros.

O período Jurássico viu o retorno de um clima mais chuvoso. Ricas florestas de


coníferas e samambaias novamente começaram a cobrir a Terra. A Pangea
começou a separar-se. Os Pterosauros preenchiam o céu e desenvolviam suas
habilidades para voar.
No final do período Jurássico aves verdadeiras apareceram. Os dentes foram
substituídos por um bico desdentado e mudanças na estrutura muscular
permitiram um sincronismo para as asas.
Os dinossauros mais comuns eram os saurópodes - enormes animais com
pescoço longo. Apoiavam-se em duas pernas, era um dinossauro predador com
garras potentes, sempre à procura de uma presa desavisada. Algumas destas
presas eram animais de sangue quente que viviam nas bordas dos lagos e
pântanos. Eles eram animais comedores de plantas (herbívoros)

O período Cretáceo foi um momento de belas cores preenchendo as florestas.


As flores tinham evoluído. Os dinossauros apareceram em grandes manadas. Os
Tricerátopes, um dos últimos dinossauros, também apareceram. Cristas,
babados e estranhos chifres eram comuns. Os Tiranossauros foram predadores
34
temíveis. Aves de rapina inteligentes com garras traseiras caçavam juntas e se
tornaram os predadores mais bem sucedidos da Terra.
Talvez o clima tenha esfriado novamente e os animais que não puderam se
adaptar, morreram. Talvez um asteróide gigante tenha atingido a Terra e uma
nuvem de poeira tenha se levantado, bloqueando o sol. Muitos vulcões entraram
novamente em erupção o que também provocaria um resfriamento do clima. Em
qualquer caso todos os dinossauros morreram.
Lembram-se dos répteis de sangue quente? Bem alguns destes animais
desenvolveram-se em marsupiais. Eles produziram leite para alimentar os seus
jovens.

A Era Cenozóica (surgimento dos mamíferos) viu o fim dos grandes carnívoros,
embora grandes mamíferos tenham evoluído lentamente e tenham tomado seus
lugares.
Os mamíferos agora começaram a multiplicar-se sobre a Terra; Musaranhos,
como comedores de insetos, competiram com os anfíbios restantes. Alguns
mamíferos voavam e alguns se desenvolveram no mar.
Os mamíferos evoluíram rapidamente para encher cada habitat e comer todo o
tipo de alimento. Um novo mamífero, o primata, apareceu há cerca de 65
milhões de anos. Eles passaram por muitas modificações na sua evolução.

Então, há apenas 4 milhões de anos uma nova forma de vida primata surgiu na
Terra. Estes primatas andaram sobre duas pernas!
Começa aí a Historia dos Humanos, mas isto é outra historia e vamos falar muito
sobre ela num outro dia.
Você sabe que, embora os Humanos já tenham ocupado a Terra, muitos
cientistas ainda dizem que estamos na idade das bactérias, pois existem mais
bactérias na Terra do que qualquer outro organismo. As bactérias são muito
importantes para a VIDA na Terra e precisamos cada vez mais conhecer o seu
trabalho, sem as bactérias a VIDA não existiria!...

Acompanhando as crianças no trabalho, a partir da Segunda Grande Lição.


Nesta fase do trabalho, o ponto essencial é a análise da Linha da Vida. Miss
Barbara diz que usa nesta etapa, em vez da consulta aos livros, a própria Linha
da Vida ou materiais que já fez. Esta estratégia facilita a fixação das
informações. É comum as crianças reclamarem do tempo que dispõem para as
pesquisas ...
- Novamente, anoto no meu quadro branco a data e, em seguida, a pergunta do
dia. (lembram que este é o trabalho diário que Miss Barbara sugere?)
- Costumo usar essas entradas diárias para introduzir novos materiais. Este ano
eu introduzi um material sobre os 5 reinos e assim que eu o coloquei na nossa
sala pude introduzir perguntas relativas a classificação dos seres vivos. Antes
de colocar a pergunta apresento para os maiores o material novo, eles se
encarregarão de apresentá-lo aos demais alunos.

35
Eu digo que eles podem escolher a Linha da Vida para uma investigação.
Quando eu comecei a lecionar neste grupo, construímos a “nossa“ a Linha da
Vida, como um trabalho em classe, foi muito divertido - agora ela está colada na
parede de nossa classe com imagens de animais e contos sobre eles.
Podemos montar réplicas de animais em argila para expor e também de plantas,
podemos montar uma maquete com os animais do mar, e tantas outras coisas
que a Linha da Vida sugere ...
Se você estiver atrasada para corrigir os relatórios das investigações ou tiver
uma classe nova onde tem que estruturar o trabalho de pesquisa, esta é uma
boa maneira de dar às investigações um pouco de uma trégua na produção
escrita, enquanto ainda está fazendo trabalho cósmico, você tem tempo para por
em dia sua correção.
.
Eu fiz 10 envelopes de plásticos, grandes com etiquetas referentes a cada
período. No interior de cada um, eu tenho todas as imagens, palavras e mapas
referentes àquele período.
No verso de cada cartão coloco o mesmo nome do envelope, isto nos permite
classificá-los quando se misturam.
Para a investigação da Linha da Vida, as crianças escrevem sobre cada animal
que encontram, sobre a geologia e o clima em cada período. Desafio-os a
encontrar novos animais, às vezes marcando duro, buscam com os adultos livros
para pesquisarem a ampliarem o conhecimento.

Encorajo os alunos mais jovens para escolher um período para trabalhar. Depois
que um período é escolhido, o próximo grupo tem de escolher outro diferente.
Dois ou três alunos podem trabalhar em cada período.

Em cada envelope, caixinhas ou cestas, coloco guias de pesquisas,


correspondentes àquele período da Linha da Vida, então as crianças vão
escolhendo os cartões* para trabalhar.

Guia de pesquisa: Dinossauros


Cartão de dinossauros 1
1. Escolha três dinossauros e fale sobre eles.

2. Cite o nome de dois dinossauros carnívoros e dois dinossauros herbívoros.

3. Encontrar dois dinossauros que viveram em cada um dos seguintes períodos:


Triássico, Jurássico e Cretáceo

(*) Estes cartões servem de base para a produção escrita das crianças e é onde
desenvolvem a produção textual (ortografia, noções de pontuação, coerência e coesão
textual, etc.)

36
Para que o material do envelope possa ser usado por todas as crianças em
diferentes níveis, eu coloco margens coloridas identificando os Reinos e os Filos.
Desta forma uma criança mais velha pode ordenar usando as gravuras de todos
os envelopes e fazer uma pesquisa sobre todos os artrópodes ou outros animais
através do tempo.

Lições decorrentes
a) Os cinco reinos dos seres vivos
b) Classificação dos animais
c) Classificação dos vertebrados

Uma semana após a apresentação da Linha da Vida eu apresento o material dos


cinco reinos. A Zoologia agora preenche a sala de aula.
Eu foco os vertebrados, geralmente começando com peixes e anfíbios na
primeira semana. Os alunos mais velhos dissecam os peixes maiores que eu
possa encontrar. Apresento a classificação dos peixes como novidade, pois não
há nenhuma palavra peixe. Eu nunca encontrei explicação porque isto é assim...
Alguém sabe?

A maioria dos meus alunos sabe o Reino, o Filo, a classe e ordem dos seus
animais (os animais que eles investigam), ou seja: uma cobra é Animália,
Cordata, Réptil, Escamada.
As aves e os mamíferos são os mais difíceis pois têm muitos tipos diferentes,
mas ao mesmo tempo são muito interessantes em si.
Os répteis trazem o trabalho sobre dinossauros. Eu incluí cartões com possíveis
investigações (Guias de pesquisa). Também comprei conjuntos dos dinossauros.
Tenho feito até frases para organizar e os alunos, em seguida, podem tomar as
frases e construir períodos compostos (pequenos textos) ou histórias mais
longas com eles.
As aves são sempre uma investigação favorita.

Não deixe a Geografia de fora! Eu tenho escolhido fotos de diferentes tipos de


tigres, no verso eu coloco onde vive cada um deles. Os alunos podem, então,
fazer um mapa e aprender a fazer legendas para localizar onde os animais
vivem.
Os relatórios sobre os animais sempre começam com a respectiva classificação.
Quando a investigação é sobre um animal, ela deve ser pessoal. Para trabalhar
em grupos, eles têm que dizer, por exemplo, sobre todas as cobras venenosas,
ou todos os beija-flores. Eu também fomento a investigação por biomas.
Existem muitos livros sobre aves, agora tenho aves classificadas por onde elas
moram ou até mesmo como cantam.
Evidentemente, na investigação de peixes os favoritos são os tubarões.
Se você tiver um grupo forte, nos mais velhos, que já tenha feito muita pesquisa
sobre vertebrados, traga para a classe uma investigação sobre invertebrados.
Aranhas são um forte favorito, formigas e abelhas são muito interessantes e
escorpiões são pesquisados quase todos os anos.
37
Guardo mamíferos até após os primeiros humanos, por razões egoístas. Os
alunos sempre têm grande amor pelos mamíferos e então todas as pesquisas
iriam parar para dar lugar aos mamíferos, então eu só enfoco os mamíferos
depois que eu trabalho mais três Lições: A longa linha negra; O relógio das eras,
Rochas sedimentares.

O trabalho com Calendário pode começar agora. Muitos gostam de construir


linhas de tempo com a história da família depois de olhar a da Terra.
Muitas linhas de tempo podem ser feitas...
Fazemos também um calendário dos nossos dias, em forma de gráfico de pizza.

A LONGA LINHA NEGRA


Além do material original, eu tenho também uma fita colorida na sala. Os alunos
costumam usá-la para “contar sua versão” da história. (1cm = 10.000.000 anos)
Preto 3m
Amarelo 3m
Azul 34cm
Marrom 17cm
Verde 6,5cm
Vermelho 3cm

Calendário da Terra em meses


1 dia = 12.320.000.000 anos

1 de Janeiro preto (sem vida)


26 de fevereiro amarelo: vida aparece
22 de março stomatolites (grandes grupos de bactérias) aparecem
9 de setembro
azul: algas verdes, oxigênio aparecem
(3,1bilhões de anos)
9 de novembro as algas azuis aparecem
16 de novembro trilobites aparecem
26 de novembro verde: peixes blindados, plantas aparecem
29 de novembro animais na terra - artrópodes aparecem
1 de dezembro anfíbios aparecem
13 de dezembro marrom: os dinossauros aparecem
26 de dezembro dinossauros extintos
27 de dezembro os cavalos surgem na Terra
Últimas 2horas
vermelho: os seres humanos surgem na Terra
de 31 de dezembro
38
Calendário da Terra em horas – Relógio das Eras
1 segundo = 143 anos
1 minuto = 8.555 anos
1 hora = 513.333.000 anos
5 bilhões anos atrás surge o Sistema Solar
12:00AM
2:24 a Terra esfria e as de rochas tomam forma
4:48 A Terra tem sua composição atual
7:12 algumas montanha tomam forma
9:36 primeira evidência de vida
meio-dia 5 continentes aparecem:Europa, Sibéria, China e Gondwanaland
2: 24PM algas fotossintéticas e fungos aparecem - atmosfera de oxigênio
3:22 ferrugem
8:38 organismos de fungos
9:07 águas-vivas aparecem
9:16 aparecem invertebrados com conchas
9:33 peixes aparecem
9:56 recifes de corais aparecem
10:05 insetos aparecem em terra
10:19 surgem pântanos
10:34 répteis aparecem
10:45 Pangea
10:46 rochas sedimentares dão origem ao de carvão
10:50 dinossauros aparecem
11:18 aves aparecem
11:37 primatas aparecem
11:41 extintos os dinossauros
11:42 continentes tomam posição atual.
11:59.7 seres humanos primitivos
11:59.8 grandes mamíferos glaciais

Comandos para vida


1. Reproduzir
2. Unir (esponjas)
3. Cooperar (células diferenciadas)
4. Criar e preservar a harmonia (tarefa cósmica)
5. Criar um amor mais eficiente (mamíferos)
6. Tomar, mas dar em troca (nós respiramos para alimentar as plantas, e
vice-versa)
39
Cartões de Língua Portuguesa para classificação
Quando apresento um vertebrado, eu primeiro pergunto aos alunos o que eles
sabem. Eles geralmente podem me dizer a maioria dos detalhes pertinentes e eu
os incentivo a expandir e adicionar conforme necessário.
Esquematizo cartões em vermelho para os mamíferos, um oceano azul para os
peixes, verde para os anfíbios, marrom para os répteis, aves num céu azul.
Então eu lhes digo que uma truta é um peixe ósseo, da classe Osteicheyes.
Faço ao mesmo com mais dois ou três peixes. Quando três tipos de peixes já
foram nomeados (ósseos, cartilaginosos, ágnatos) - você pode ter que dar-lhes
uma dica:
- Alguém tem um aquário em casa? Conhecem aqueles peixes estranhos
que limpam o vidro com sua boca? Qual é a sua classificação? É comum os
peixes sugadores (agnatos) tornarem-se os favoritos.

Então eu introduzo o trabalho de partes externas e internas. Posso fazer isso


com cada classe. Os estudantes rapidamente tentam pensar em tantos animais
diferentes quanto puderem.
Eu não tenho cartões com todas as classes de aves e mamíferos, pois elas são
muito numerosas. Basta informar o aluno como eles podem descobrir, que farão
um ótimo trabalho. Certifique-se de ter um livro realmente bom como recurso,
uma boa enciclopédia sobre grandes mamíferos.
É realmente muito difícil para a maioria dos alunos ler por conta própria, como
tarefa de casa, mas conseguimos de alguma forma trazer este trabalho para
dentro da classe e assim conseguimos resultados maravilhosos. A maioria dos
meus alunos é capaz de uma investigação em classe sobre animal. Seu
relatório, que se segue à coleta de dados, começa com a classificação: reino,
nome do animal, filo, classe, ordem.
Eles podem investigar detalhes do animal, desenhá-lo, pesquisar gravuras, se
estão investigando sobre um animal específico, este é um trabalho pessoal.
Caso escolham investigar sobre um grupo de animais, o trabalho pode ser em
grupo, podem compartilhá-lo com dois ou três parceiros.

Informações para a professora:


Reino: Animalia
Filo: Chordata (Vertebrata)
Classe: Agnatha (72 espécies) das lampreias, peixes sugadores
Classe: peixes cartilaginosos (711 espécies).
Classe: Osteichthyes (20.730 espécies) Peixes ósseos

Classe: anfíbios (4.000 espécies).


Ordem: Urodeles (uma cauda) (400 espécies) Cryptobranchidae e Tritões
Ordem: Anuans (tailess ones) (3.500 espécies) as rãs e sapos
Ordem: Apodans (perneta) (150 espécies) gimnofionos

Classe: Reptilia (espécie de 7000).


Ordem: Chelonia (244 espécies) – quelônios , tartarugas e jabutis
40
Ordem: Crocodilian (22 espécies) jacarés & crocodilos
Ordem: Squamata (6300 espécies) lagartos & cobras
Ordem: Rhyncocephalia (1 especie) tuatara

Classe: Aves (8.600 espécies).


Ordem: Aves (378 espécies) pica-pau, tucanos
Ordem: Passeriform (que assenta) (5.206 espécies).
Ordem: Aves (389 espécies) hummingbirds, andorinhões
Ordem: Psittaciformes papagaios da (328 espécies), Loris, cacatuas
Ordem: Aves (300 espécies) pombos & pombas
Ordem: Struthioniformes (1 espécie) avestruz
Ordem: Reiformes (2 espécies) nandus
Ordem: Casuariformes (4 espécies) EMU, EMAS, casuares
Ordem: Spenisciformes (16 espécies) Penguins
Ordem: Biologia (133 espécies) corujas
Ordem: Falconiformes (286 espécies) aves de rapina
Ordem: Coliformes (6 espécies) Mousebirds

Classe: mamíferos (4.500 espécies).


Ordem: monotremados (ovo de poedeiras) (3 espécies).
Ordem: Marsupials (bolsa) (270 espécies).
Ordem: insectívoros (345 espécies).
Ordem: Chiroptera (960 espécies) morcegos
Ordem: Carnivora (espécie de 230)
Ordem: Dos cetáceos (76 espécies) baleias, golfinhos
Ordem: Rodentia (1.700 espécies). Roedores - esquilo, ratos, quatis
Ordem: Edentates (29 espécies) tamanduás, preguiças, tatus
Ordem: Lagomorfos (58 espécies) lebres, coelhos
Ordem: Aphredoderidae (34 espécies) focas, leões marinhos
Ordem: Primatas (183 espécies) gorilas, chimpanzés

Experimentos
Eu sempre faço como os alunos alguns fósseis usando gesso. Use um pequeno
recipiente descartável (que possa ser cortado) ou reutilize um vasilhame de
margarina, por exemplo.
Os estudantes escolhem uma folha de tamanho menor que o recipiente que vai
ser utilizado. Mergulhe a folha em algum óleo e coloque no fundo do recipiente
na parte inferior do copo. Despeje o gesso em cima e deixe secar. Corte e retire
o recipiente cuidadosamente, depois retire a folha cautelosamente, veja: Um
fóssil!
Pressione uma concha sobre um pequeno pedaço de barro macio para que
deixe sua marca, retire-a com cuidado. Deixe secar. Você pode pintar e colocar
pedriscos.

Idéias para continuar o trabalho.


41
Todos os alunos de 6 a 9 anos, ao fim do ciclo, devem saber todos os
vertebrados e serem capazes de dizer as características de cada classe. Depois
de estudarmos os vertebrados, avançamos para os invertebrados.
Para o trabalho como os outros reinos segue-se a mesma orientação didática.
Quando percebo que um aluno não domina uma classificação, este é um
trabalho que precisa fazer.
Certifique-se de que todos compreendem “os por quês e por tantos”.

Em seguida, vem o trabalho com a botânica.


Na minha experiência os estudos de Botânica fluem melhor quando as crianças
plantam, observam a germinação, experimentam a multiplicação por vários
meios (bulbos), cuidam das plantas da classe, observam as folhas dos diferentes
vegetais na escola, pesquisam sobre vegetais utilizados na decoração, na
alimentação e como medicação.
Na estante de classe, os materiais sobre botânica apresentam os conceitos.

Ficha de guia para pesquisas:

Escolha um animal na Linha da Vida para pesquisar.


Qual é o nome deste animal?
1- Em que Era e Período este animal teve origem?
2- Que outros animais surgiram na mesma Era?
3- Ele é um vertebrado ou um invertebrado e a que filo pertence?
4- Este animal vive na terra, na água ou voa?
5- Registre duas curiosidades sobre este animal.
6- Em que bioma este animal vive?
7- Desenhe este animal e, se você gostar, inclua outros animais e plantas
desta Era.

42
A terceira Grande Lição - A vinda dos seres humanos

Quando introduzir esta lição?


Novamente eu espero que surja uma calmaria na emoção que a Linha da Vida
provoca, mas pode não ser tão óbvio neste momento.
Os alunos gostam de discutir sobre os primeiros humanos, mas podem não estar
tão ansiosos para uma investigação formal. É geralmente início de abril.

Mais frequentemente, dois ou três alunos mais velhos investem no trabalho com
os humanos, reproduzindo com desenhos a história, mas no ano passado um
aluno do 2º ano reproduziu através de desenhos toda a história da vinda dos
humanos por ele mesmo.

1- Recursos e preparação do professor


A preparação do professor requer conhecimentos sobre a História do Homem.
Nas classes de 6 a 9 anos, geralmente as crianças avançam da origem da vida
do Homem pela pré-história e nas classes de 9 a 12 anos, as grandes
civilizações devem entrar em cena. Então, para acompanhar o trabalho dos
alunos, preparar materiais, formular perguntas que instiguem e guiem as
atividades, o conhecimento sobre o assunto é importante.
Eu acho que a pesquisa mais atual aponta sobre a origem dos humanos para
uma teoria de que tudo começou África, assim é o que eu ensino, juntamente
com ocorrências geológicas que ajudaram a unidade de evolução ao longo de
certos caminhos. Faço minhas leituras para conhecer o assunto e poder ajudar
as crianças nas suas investigações.
Este é o momento para os professores do elementar superior (4º, 5º e 6º anos)
entrarem em civilizações, então eles devem estudar sobre elas.
Busque na literatura livros que falam sobre historias relativas à chegada do
Homem. Vídeos para ilustrar o trabalho e a pesquisa aproximam as crianças do
assunto. Você encontra vídeos maravilhosos na Internet (You Tube)
A busca por recursos que atendam as necessidades dos alunos é uma
incumbência da professora.

“National Geografic“ tem ótimas fotos e o texto pode ser destacado para fornecer
mais informações, embora na maior parte nossa escolha recaia para as imagens.
Fevereiro de 1997: Tem uma grande foto de pegadas humanas encontradas na
Tanzânia e um bom gráfico da espécie de australopiteco, seu tamanho de
cérebro, e onde viviam.
Março de 1996: tem fotos muito mais realistas do australopiteco.
Janeiro de 1996: Os Neandertais tem uma excelente imagem virtual e entra em
muito detalhe da sua vida difícil.
Link muito bom: http://www.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2a.htm

Há vários anos temos trabalhado como a classe sobre as necessidades


fundamentais do Homem. Isso tem sido divertido e os grupos de pesquisa fluem

43
mais facilmente nesta área. Certa vez um grupo de quatro alunos pesquisou
sobre Homo Erectus e fez uma cabana de paus no pátio da escola nesse estilo.
Cada dois ou três anos fazemos uma aula de campo para visitar alguma
exposição sobre o tema

Discussão
Eu sempre começo logo com as discussões sobre o que faz dos humanos seres
especiais.
Dou idéias sobre o que quero dizer com isto, instigo uma discussão.
Religião pode vir a tona neste enfoque, e eu digo aos alunos que esta é parte da
nossa cultura que vamos falar no final de necessidades fundamentais, mas que
agora nós estamos olhando as idéias científicas.
- Quem se lembra qual o último mamífero que vimos representado na Linha da
Vida?
- Como Terra foi preparada para vida deste mamífero?

Assim dizem os alunos:


A Terra tinha que esfriar e isso levou um longo, longo tempo.
Os corais comeram a retirar os minerais das águas turvas.
Vidas diversas encheram os mares.
Plantas vieram para viver na terra fazendo o solo.
Insetos vieram para viver na terra, fornecerem alimentos para aqueles que
se seguiram.

Sim, e finalmente a Terra estava pronta.


Só então o ser humano pode vir. Um homem semelhante a mim e a você.
Certamente foi um tempo muito longo desde o início do resfriamento da Terra até
o dia em que veio o Ser Humano.
Você se lembra da minúscula tira vermelha no final da Longa Linha Negra que
abrimos? A parte vermelha lembra-nos que os seres humanos estão sobre a
Terra por apenas um tempo ainda muito curto da História da Terra.

Hoje, vamos pensar no Ser Humano por um tempo e falar sobre por que ele é
tão especial.
Quando o ser humano veio para a Terra, ele ou ela era muito diferente de todos
os outros animais que tinham chegado antes. O que fez esse ser humano tão
diferente e especial?

A mente
Você está pensando agora... Talvez você esteja se perguntando o que eu estou
planejando dizer em seguida, ou talvez você esteja pensando outra coisa. Esse
tipo de mente que poderia pensar sobre as coisas era especial e pertencia
somente aos seres humanos. Os seres humanos podiam pensar e querer saber
sobre o vento que sopra, a chuva, as estrelas. Algumas pessoas contaram
histórias sobre o que eles estavam pensando. As pessoas ainda fazem isso hoje.

44
Amor
Há outra coisa que fez seres humanos tão diferentes de qualquer outro ser vivo
na Terra. Um ser humano pode amar. Você pode amar. Pode amar a mim, pode
amar sua mãe, seus irmãos, sua família, pode amar a si mesmo e a todas as
pessoas da sua escola. Ainda mais, você e eu podemos amar as pessoas
próximas de nós, mas também podemos amar e cuidar dos que estão longe de
nós, dos que nem mesmo conhecemos. Nós desejamos que todas as pessoas
na Terra tenham algo para comer, tenham uma casa para morar. Ficamos tristes
quando sabemos de algo que atinge pessoas mesmo que vivam muito distante
de nós e nos preocupamos com elas...

Os cientistas pensaram que era nosso cérebro que permitiam amar e pensar.
Mas pode ter acontecido algo muito importante durante a evolução humana, que
originou o amor ...
Quando os seres humanos se elevaram sobre duas pernas, suas mãos ficaram
livres para segurar seus bebês ao mesmo tempo em que estavam trabalhando e
viajando. Talvez isso os tenha ajudado a desenvolver o amor.
Levantando-se também liberaram suas mãos para tocar e examinar os objetos
em diferentes perspectivas. Certamente isso ajudou a nossa mente a se
desenvolver.

Portanto, os seres humanos têm três presentes especiais: a mão, a mente e a


capacidade de amar.

Há uma coisa para pensar: Quando o Ser Humano surgiu na Terra, ele podia
fazer muito mais coisas do que as plantas ou outros animais. A cada animal e
vegetal foi dado a sua própria vida especial. Por exemplo, cada planta cresce
num determinado tamanho. Algumas plantas possuem flores, podem vir a ter
frutos.
Cada animal come o que é especial para sua espécie. Alguns pássaros comem
frutas e outros comem insetos. Alguns mamíferos comem grama e outros comem
carne. Todas as aves da mesma natureza comem a mesma comida.

Mas o ser humano come todos os tipos de coisas diferentes.


(Podemos perguntar as crianças o que vão comer hoje, para comprovar a
diversidade)

As pessoas não só comem vários tipos de coisas, como vivem em casas


diferentes. Algumas vivem em casas de tijolos, outros em casas de madeira,
outros em casas de barro. Estas casas podem ter portas de madeira, portas de
alumínio, de ferro ou portas de vidro.
Apenas pense sobre todos os diferentes tipos de casas que você vê ao passar
em seu caminho para a escola...

Como é que os seres humanos podem viver de tantas maneiras diferentes?


É porque o ser humano tem estes dons especiais:
45
 Mãos que ele pode usar para fazer as coisas
 Mentes que podem pensar em soluções para problemas
 Amor que nos faz quer fazer coisas para os outros.

O Ser Humano anda sobre duas pernas para que as mãos possam ser livres
para fazer as coisas e segurar aqueles que amam. Se polegar está em oposição
ao outros dedos, o que permite o movimento de pinça (que nenhum outro animal
tem). Imagine se não fosse assim; pense o quão difícil seria para você segurar
um lápis, ler um livro, tirar o pó, ou fazer todas as coisas que você faz todos os
dias.

Então essa tira minúscula, vermelha, no final da Longa Linha Negra mostra que
é a um curto espaço de tempo que a humanidade habita a Terra.
Não é surpreendente que, neste curto espaço de tempo, este tipo de vida, com
seus dons especiais de mente, amor e mãos, fez e ainda pode fazer tantas
coisas?

A história da humanidade começou há muito tempo na Terra e esta história é


muito emocionante. Há muito para descobrir sobre a humanidade e o que tem
acontecido desde que o Ser Humano surgiu na Terra.

Esta é a primeira história que tivemos sobre os seres humanos. Haverá mais
histórias. Outro dia vamos falar sobre o primeiro Ser Humano que surgiu na
Terra.
Foi há um longo, longo, longo tempo. Eles não eram como você e eu. Mas eles
tinham uma mente, podiam amar, e ter suas mãos para usar.

A Linha da Mão
Material:
faixa preta (3m com 25 ou 30 cm de largura)
1 cm da final - é uma faixa vermelha mostrando o início da escrita
No meio é uma mão segurando uma ferramenta
A linha é preta, aludindo ao fato de que a história não escrita é desconhecida

Contando a história da Linha da Mão:


Lembram-se no outro dia quando nós falamos que os seres humanos podem
pensar, amar e usar suas mãos?

Voltemos então para os primeiros seres humanos que viveram na Terra.


No início desta linha de tempo, os seres humanos começavam a viver na Terra.
Este Homem, que podia pensar, amar e trabalhar com as mãos, recebeu da
Terra o suficiente para comer, pedras para fazer casas, um sol para se aquecer
e permitir que as plantas crescessem, e água para beber.
Todas as coisas de que precisavam estavam disponíveis.
Logo aqui, no início, as pessoas já viviam na Terra.
46
O que eles estariam fazendo?
(Uma vez que a linha do tempo está sem nenhuma ilustração alguns dos alunos
olham para você como se achassem estranha a sua pergunta. Se ninguém
levantar a mão, continue olhando para a linha do tempo fingindo ver fotos, e eles
te seguirão.)

Ah!
Eles estão à procura de comida.
Eles vão pescar!
Eles estão cantando para seu bebê.
Eles estão brincando ...
(Continue a desenrolar a Linha da Mão)

... todo este tempo que as pessoas estão vivendo na Terra, elas estão
encontrando e fazendo as coisas necessárias para se viver. Elas encontram
comida, abrigo e proteção de coisas que possam prejudicá-las. Amam seus
filhos e se importam com eles.

(desenrolar a Linha até descobrir a Mão)


Olhem!
Lembram-se que eu disse que um ser humano poderia pensar e amar e também
ser capaz de trabalhar com a mão?
Aqui está uma foto da mão para lembrar-nos de um desses dons especiais.
Os Seres Humanos, desde o início estavam usando suas mãos – na pesca, na
coleta de frutos, embalando seus bebês. Não apenas a partir desse momento,
mas desde o início.

Mas esperem! Vejam! O que é esta mão está segurando?

Uma pedra!
Uma ferramenta!

Sim, os seres humanos descobriram como usar ferramentas e isso mudou suas
vidas. Eles puderam fazer roupas com peles de animais quando o tempo tornou-
se mais frio, durante a idade do gelo. Eles puderam fazer cobertores para se
cobrir e cortar as árvores para fazer suas casas. Eles começaram a perceber
que outros lugares estavam esperando para ser explorados e as pessoas
começaram a viajar.
Estabeleceram-se ao longo do tempo, criando vilas, povoados, cidades,
municípios, estados, países...

Gostariam de saber o que significa esta linha vermelha?


Ah, aqui começa a parte da VIDA dos seres humanos na Terra que chamamos
de Historia. Sim, os seres humanos quiseram compartilhar suas visões e
registrar o que eles fizeram durante este tempo, mas esta é uma Lição para
outro dia.
47
Contando a história da vinda dos seres humanos
Alguma vez você já se perguntou o que pode ter causado o surgimento dos
seres humanos? Esta é uma lição que pode responder a algumas dessas
perguntas.
(Você precisa fazer um mapa da África que mostra onde foram encontrados os
mais antigos fósseis humanos)

Há trinta e cinco milhões de anos, na Era do Mioceno, os grandes macacos


floresceram em áreas florestais quentes da África, Europa e Ásia. Este foi seu
período de grandeza, mas não foi o último.

Durante 15 milhões de anosseguintes a Terra entrou num longo período de


resfriamento. As calotas de gelo do Pólo Norte e do Pólo Sul haviam se
expandido, fazendo com que o resto da Terra se tornasse mais seca.
As florestas diminuíram e os desertos cresceram.
Os grandes símios (Orangotangos, Chimpanzés, Gorilas e Bonodos) que
poderiam comer frutas verdes, deixaram menos escolhas para os macacos
menores, que precisavam esperar até que os frutos estivessem maduros...

Há 10 milhões de anos, havia apenas 4 espécies de grandes símios: o gorila, o


orangotango, o chimpanzé e o bonobo.
Paleontólogos recentemente descobriram fósseis de uma nova espécie extinta
que viveu há 4,5 milhões de anos, em Aramis, na Etiópia - o Ardipithecus
Ramidus, que pode ser a raiz de todos os seres humanos.
Os fósseis são semelhantes a dos humanos: os dentes, os olhos são menores e
a base do crânio é pequena o que significa que este macaco foi bípede, andando
sobre as duas pernas.
Animais que andam com quatro pernas precisam de uma grande base do crânio
para acomodar os grandes músculos que seguram a cabeça.
Os fósseis também mostraram que tinham os molares pequenos e cobertos de
esmalte, o que mostra que eles comiam principalmente frutas. Ele viveu próximo
às florestas.

Por que teriam estes macacos deixado a floresta?


Talvez as respostas possam ser encontradas na própria Terra.
No continente africano encontravam-se duas placas que lentamente estavam se
separando. Uma falha geológica gigante que corta o continente de norte a sul,
percorrendo a Etiópia, o Quênia, Tanzânia e Moçambique é o resultado desta
pressão interminável.

(Explicação para professores: Na porção oriental da África encontra-se uma de


suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de
norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas. É nessa região
que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das
mais altas montanhas: Kilimanjaro (5.895 metros), Quênia (5.199 metros) e
Ruvenzori (5.109 metros).
48
Montanhas também se formaram ao longo das bordas da falha gigante, com o
magma vermelho que emergiu do manto da terra. Essas montanhas mudaram o
clima lentamente, mas com firmeza.
A área a oeste da falha geológica permaneceu úmida e as florestas floresceram;
enquanto a área leste tornou-se mais seca e a floresta lentamente desapareceu,
sendo substituída por savanas ou pastagens. Foi neste lado, o das savanas que
uma nova espécie de macacos fez sua casa.

Este novo grande símio floresceu e evoluiu.


Nos próximos 2 milhões de anos, diversas espécies viveram na África num
determinado habitat, junto aos lagos, à beira da floresta ou nos campos e cada
um desenvolveu diferentes habilidades e estilos de vida. Eles se tornaram
usuários de ferramentas. Paleontólogos chamam este período de Paleolítico
Inferior ou Idade da Pedra.

Depois deste tempo a Terra tornou-se ainda mais seca. A maioria das espécies
de seres humanos morreu, incapaz de se sustentar e encontrar o alimento que
havia desaparecido com a seca.
Uma destas espécies, no entanto, encontrou uma maneira de sobreviver. O
Homo Erectus foi um importante ponto na evolução humana. Eles viveram
principalmente em torno de lugares onde havia animais. Assim eles poderiam
usar as ferramentas que manipulavam de várias formas para servir às suas
necessidades para matar animais para se alimentar.

Eles copiavam em suas ferramentas os pontos fortes que observaram em outros


animais: usavam varas como as garras de leões e machados e lanças para
caçar e abrir suas presas. Eles comiam uma variedade de alimentos, mas uma
boa quantidade de sua alimentação era à base de carne. Esta nova dieta
permitiu-lhes comer menos e receber mais energia. Seu cérebro cresceu e seus
corpos tornaram-se mais altos, até chegar a 6 metros. Seus quadris tornaram-se
maiores e andar longas distâncias tornou-se possível. Eles andavam a pé. Em 1
milhão de anos o Homo Erectus havia expandido o seu território por todas as
áreas mais quentes da Terra.

Isolados em diferentes áreas Homo Erectus desenvolviam diferentes


características e estilos de vida relacionados ao seu habitat, mas suas
ferramentas permaneceram praticamente inalteradas por cerca de 500 mil anos.
Novamente houve um grande resfriamento na Terra e muitas sociedades não
sobreviveram com o gelo, algumas se mudaram para a Europa.
Na Europa um grupo evoluiu com êxito para uma espécie forte conhecida como
Homem de Neandertal. Estes tinham amplas fossas nasais para aquecer o ar
frio entrar em seus pulmões; eram corpulentos, fortes, e seus os organismos
conservavam energia. Viveram até 35 mil anos atrás, quando passaram à
extinção. O Homo Erectus não sobreviveu ao desafio da Terra.

49
Na África, no entanto, os seres humanos tinham sido isolados. O deserto do
Saara e o de Kalahari, os concentrou no Norte da África.
As florestas novamente encolheram-se, mas os seres humanos vivendo entre os
grandes desertos novamente foram evoluindo. Desenvolveram novas
ferramentas e o tamanho de seu cérebro foi ficando semelhante aos dos seres
humanos modernos.

Quando a idade do gelo chegou, eles novamente saíram da África e da Ásia.


Esta espécie enfrentou muitos desafios para sobreviver!
Além da idade do gelo, a erupção vulcânica do Mount Toba, na ilha de Sumatra
provocou novas mudanças climáticas. A Terra, mais uma vez esfriada, ainda
teve a luz do o sol bloqueada por enormes nuvens de cinzas da erupção do
furioso vulcão.
Muitos animais morreram, mas esta nova espécie, Homo Sapiens, conseguiu
sobreviver. Eles eram cerca de 300 mil pessoas.
Estas pessoas mudaram-se para todas as áreas habitáveis da Terra e evoluíram
lentamente para os diversos tipos de pessoas que vemos hoje.

Nossa história na Terra é muito curta: 200.000 anos!


É um piscar de olhos na história da vida de toda a Terra.
Muitas espécies, incluindo a nossa, tentavam encontrar uma vida aqui na Terra,
apesar dos grandes desafios.
Lembre-se de que a VIDA na Terra começou há mais de 3 bilhões de anos, com
pequenos microorganismos, muito pequenos para serem percebidos.
Eles nos conduziram à nossa diversidade presente!
Toda a vida está interligada com os outros e com a própria Terra - cabe a cada
um de nós protegê-la, e às espécies que evoluíram ao longo de tantos milhões
de bilhões de anos.

Instigando investigações , registros feitos diariamente:


1- Uma idade de gelo causou o esfriamento do clima. Placas tectônicas
provocaram o afastamento do lado leste da África e formaram montanhas
ao longo desta falha geológica.
O que aconteceu com o clima da África e com a vegetação?

2- Houve muitas espécies de seres humanos durante o processo de


evolução.
Quais são as duas últimas espécies de seres humanos?
Qual a ultima espécie a sobreviver?

3- Os seres humanos têm um lugar especial entre os mamíferos, porque eles


têm consciência de suas ações. Eles também podem amar aqueles não
estão próximos. Qual é o nosso trabalho na Terra?

4- Depois que os dinossauros morreram, um humilde mamífero começou seu


domínio na Terra: os macacos que viviam nas florestas verdejantes da
50
Ásia, Europa e África, alguns primatas de grande porte são chamados de
símios. Qual é a diferença entre um símio e um macaco? Por que o símio
pôde ter uma vantagem na possibilidade de ser nosso ancestral?

5- Há um número surpreendente de diferentes espécies de mamíferos. Que


tipos diferentes você pode nomear? O que eles têm em comum?

6- Você conhece alguns mamíferos que vivem no seu continente, pesquise


sobre eles e descubra se outros animais da mesma “família“ vivem em
outro continente.

7- Na idade da pedra os seres humanos habitavam o nosso planeta, como


eles viviam?

8- Temos a habilidade de colocar nosso cérebro trabalhando junto com as


nossas mãos – por isso chegamos a grandes invenções. Que grande
invenção do Homem te surpreendeu?

Lição Complementar - Necessidades fundamentais


Para viver, as pessoas precisam coisas diferentes.
Um tipo de necessidade é espiritual e outros tipos são materiais.
As necessidades materiais são coisas que as pessoas precisam para sobreviver
– por exemplo, a comida, que é combustível para o nosso corpo. Se não
tivermos alimento, morremos.
Precisamos de roupas para nossos corpos e habitação - estas são chamadas de
necessidades materiais.
Há outra coisa de que precisamos, nós precisamos de amor. Precisamos de
amor do nosso pai ou mãe. É preciso o amor de alguém que cuide de nós ou nos
tornamos infelizes e isolados.
Os seres humanos gostam de compartilhar sua admiração e alegria com os
outros. Seu “maravilhamento” pode ser encontrado em livros, na arte ou em
jóias. Estas são as nossas necessidades espirituais.

Acompanhando o trabalho das crianças - Conceitos instigantes abordados


com a Linha da vinda dos Humanos

1- Mamíferos
Dou ênfase à classificação dos mamíferos e às características de cada filo.

2- Geografia
Trabalho com os continentes (partir de onde há registro do fóssil mais antigo do
Homem)

51
3- Corpo humano
Como nos demais animais, trabalhamos as partes externas do corpo dos seres
humanos, com todos os seus detalhes.
Fazemos pesquisas com diferentes raças para ver as diferentes características.
Sempre nos lembramos de incluir mapas nas nossas pesquisas, localizando este
ou aquele animal ou os lugares onde vivem determinadas comunidades
humanas. Para as classes de 9 a 12 anos podemos abordar as partes internas
do Corpo Humano.

4- Necessidades fundamentais
Podemos fazer muitas Linhas do Tempo mostrando como através dos tempos o
Homem procurou satisfazer suas necessidades fundamentais.
- linha do tempo das vestimentas, das moradias, dos transportes, dos meios de
comunicação.
- as crianças podem fazer seus próprios livros sobre estes temas, sobre
brincadeiras antigas de outros países.
Todo tipo de historia pode ser contada, pois contará a história do Homem.

Idéias para as classes de 9 a 12 anos


Nestas classes, as Lições desencadeiam o estudo das civilizações: Egito,
Mesopotâmia, China, Indus, Roma, Grécia.
Abordamos os aspectos relacionados às suas vidas: como moravam (como foi
sua adaptação ao espaço geográfico, como se vestiam, que festas faziam, sua
arte e sua música .., não estudamos as guerras e sim os feitos que contribuíram
para o desenvolvimento da Humanidade.
Estudamos as invenções que cada civilização legou para a Humanidade.
Estudamos os grande heróis e seus feitos, valorizando aqueles que contribuíram
para o bem da humanidade.
Em alguns momento as guerras podem tornar-se foco da pesquisa das crianças,
mas não as valorizo.
Com os animais e os vegetais, começamos a ver como são as partes internas
dos seus corpos e como funcionam, fazemos o mesmo com os seres humanos.
Aprofundamos nossas pesquisas sobre caules, folhas, raízes, flores, sementes,
etc.

52
A quarta grande história - A História da Escrita

Quando apresentar?
Tive algumas experiências apresentado a história da escrita em abril.
Há alguns anos eu sigo no trabalho e conto a historia da escrita antes das férias
do meio do ano, pois ajuda a preencher as duas semanas que as antecedem.
Sempre é preciso avaliar o ritmo do grupo.

Retomo o trabalho no retorno das férias. Nesta época as crianças já devem ter 5
ou 6 relatórios de pesquisas editados, reativos às Historias anteriores, fazemos
as apresentações que faltam logo no regresso das férias.

A linha da escrita remete a investigações de civilizações antigas e seus


alfabetos.

1- Preparação do professor
A professora deve conhecer a história da escrita e dos diferentes alfabetos.

Apresentação
Uma coisa que notei há muito tempo, foi que muitas crianças nesta idade não
têm um bom entendimento do significado do comércio para o desenvolvimento
da humanidade.
É bom, então, falar sobre como o surgimento da escrita está relacionado ao
aparecimento de comércio.
Para comprar e vender precisamos descrever o caminho que nosso produto
percorre. Converso então com os alunos sobre coisas especiais que querem
vender e peço que pensem sobre elas.

Algumas vezes dramatizamos a situação:


Um estudante vestindo roxo, como um importante fenício, que sai a velejar com
sua embarcação para comercializar panelas de barro da Mesopotâmia.

Depois, as panelas de barro da Mesopotâmia são apresentadas no comércio de


roupas bonitas dos egípcios. As roupas egípcias, panelas da Mesopotâmia são
levadas para os gregos.
Como é que isto influencia as mudanças culturais?

Naturalmente, certo conhecimento prévio das civilizações é necessário para esta


“brincadeira“.

Se sua classe não estudou essas culturas antigas anteriormente, dispense


algum tempo para falar das civilizações incitado pesquisas, onde se localizavam,
o que fizeram, os rios/navegação. (faça apresentações com imagens em
pequenos grupos – cartazes impressionistas focando as necessidades
fundamentais do Homem em cada civilização, cartões de nomenclatura
classificada, pesquise os rios e montanhas da região - lembre que este é um
53
trabalho de 3 anos e que você não precisa esgotar os conteúdos e sim
apresentá-los para que as crianças possam ir construindo significados)

Falar sobre como as pessoas começaram a especializar suas habilidades.


Alguns estavam produzindo no campo, outros iam caçar, alguns faziam comércio
de troca, alguns faziam potes....
Necessitam de uma compreensão básica das necessidades das pessoas, como
as pessoas cooperam em grupos, para entender como funciona o comércio.

A história da origem de escrita


Eu uso cartões para contar essa história.
As palavras são simples, um lembrete do que quero dizer. Vez por outra “saio“
da faixa da escrita para falar sobre uma ou outra cultura.

As datas ajudam a criança a colocar os cartões na linha de tempo, quando se


torna um trabalho de estante. A linha de tempo deve ir de 25.000 a.C até os dias
atuais.

Tente encontrar imagens, montar cartões realistas e interessantes que possam


ajudar as crianças a construir significados, instiguando novas descobertas.

Pictogramas cerca de 15000 a.C.


Pessoas vivem na Terra há cerca de 4 milhões de anos.
Conseguiram controlar o fogo, fazer ferramentas complexas e sobreviver por
tempos adversos.
Os seres humanos queriam compartilhar o que tinham visto, assim faziam
desenhos nas paredes das cavernas.
Podemos aprender muito sobre os animais que foram importantes para estes
seres humanos estudando estas pinturas rupestre. Talvez um dia você possa
viajar e visitar algumas destas cavernas.
No Brasil existem muitas cavernas com pinturas que registram a passagem do
Homem pré-histórico (Parque Nacional da Serra da Capivara, Ceará)

 Mostre cartões com imagens de desenhos de caverna (pinturas rupestres)


– estes cartões podem compor uma pequena linha do tempo e serem
dispostos numa cestinha.

 Proponha às crianças que façam seus próprios desenhos rupestres usado


argila (tabletes como os sumérios, lixa (representado as paredes das
cavernas) papel pintado com tinta de argila, com colagem de terra
(paredes das cavernas) que servem de base para desenhos rupestres, etc.

54
Ideogramas ,cerca de 7500 a.C.
Mais tarde os seres humanos usaram uma combinação de desenhos para contar
uma história. Usaram imagens como símbolos – a imagem passou a representar
uma palavra. Por exemplo, a imagem de uma boca e uma tigela podia significar
comer. Eles utilizam elementos naturais para 'pintura' - como sangue seco,
frutas, carvão.

Apresentar cartões com ideogramas, imagens de símbolos que contam uma


história.

55
(Don Jennings, em http://www.moteaco.com )

Suméria , cerca de 3500 a.C.


O povo da Suméria teve uma grande civilização. Eles não tinham muitas árvores
e por isso aprenderam a fazer seus registros em tabletes de argila.

Eles os deixava ao sol para secar. Usavam uma cunha como forma de
ferramenta, como uma caneta. Chamamos essa escrita em forma de cunha, de
escrita cuneiforme. Cuneiforme significa em forma de cunha.

http://revoltadopt.wordpress.com/2010/08/16/sumriosescrita-cuneiforme/

Use um mapa do mundo para mostrar onde fica os rios Tigre-Eufrates.


Prepare um tablete de argila macia e uma varinha (tipo pauzinho de laranjeira)
para mostrar como eles escreveram e acrescente apenas um cartão: escrita
cuneiforme.

56
Também fale sobre o grande rei Hamurabi e mostre cartão com cópias de suas
leis. (Sempre pergunto se eles gostariam de ouvir algumas das leis para esse
tempo).

O Código de Hamurabi (por volta de 1750 antes de Cristo) é um dos mais antigos códigos de lei, o primeiro quase
completo. Esse código está atualmente no Museu do Louvre em Paris, mas uma cópia também está exposta no
museu arqueológico de Teerã.

http://www.brasilescola.com/historiag/codigo-hamurabi.htm ;
http://arqueologiabiblica13.blogspot.com/2010/04/codigo-de-hamurabi-comentado.html

Algumas Leis
- Se um inquilino paga ao dono da casa a inteira soma do seu aluguel por um ano e o proprietário, antes de
decorrido o termo do aluguel, ordena ao inquilino de mudar-se de sua casa antes de passado o prazo, deverá
restituir uma quota proporcional à soma que o inquilino lhe deu.

- Se alguém dá seu campo a cultivar mediante uma renda e recebe a renda do seu campo, mas se uma
tempestade destrói a safra, o dano recai sobre o cultivador.

- Se alguém bate num outro em rixa e lhe faz uma ferida, ele deverá jurar : "eu não o bati de propósito", e pagar o
médico.

- Se um médico restabelece o osso quebrado de alguém ou as partes moles doentes, o doente deverá dar ao
médico cinco siclos.

Eu também falo sobre o poema épico de Gilgamesh.


http://seguindopassoshistoria.blogspot.com/2010/08/epopeia-de-gilgamesh.html

Atualmente a Epopeia de Gilgamesh não se encontra totalmente traduzida devido ao fato de que as tabuletas que
a compõem foram encontradas fragmentadas. Sendo assim, nas dezenas de traduções feitas, os tradutores
procuraram juntar citações e passagens de outras versões em outros idiomas para compensar a falha que havia.
Fragmento da epopéia:
Araru obedecendo as ordens de An, moldou no barro a imagem e essência de An, um ser no qual ela o batizou
de Enkidu. Enkidu personificava a força oposta a Gilgamesh. Enquanto este simbolizava o homem "civilizado" e
"corrupto", Enkidu simbolizava o homem "selvagem" e ao mesmo tempo "puro".
57
Enkidu passa a viver um tempo entre os camponeses e aprende a cultivar a terra. Depois de algum tempo, ele é
avisado que Gilgamesh realizaria um ritual de casamento em Uruk e o povo estava revoltado com este. Enkidu
decide seguir para a cidade.

"Irei à cidade cujo povo Gilgamesh domina e governa; vou desafiá-lo au-dazmente para um combate e gritarei por
Uruk: 'Vim para mudar a velha ordem, pois sou o mais forte daqui.' (OLIVEIRA, 2001, p. 67).

Lá Enkidu se encontra com Gilgamesh e os dois partem para a luta. Gilgamesh sendo orgulhoso não aceitava
que houvesse um homem mais forte que ele. Mas, durante a luta ele descobre que Enkidu era mais forte que ele.
Sendo derrotado ele esperava por sua morte, mas, no fim Enkidu poupa-lhe a vida, e Gilgamesh passa a ser
eternamente grato a ele.
Após a união de Gilgamesh e Enkidu os dois iniciam suas aventuras. Dessa parte em diante a epopeia se divide
em três partes principais: a viagem para a Floresta de Cedros, a Vingança de Inanna e a morte de Enkidu, e
por fim a busca pela imortalidade e a história do dilúvio.

A Floresta de Cedros ou a Terra dos Cedros, era um lugar sagrado no qual se encontrava uma montanha
associada a morada dos deuses e em alguns casos era tida como o trono da deusa Inanna. A gigantesca
floresta, retratada na epopeia, era guardada por um gigante chamado Humbaba ou Huwawa. Gilgamesh e
Enkidu acabam matando Humbaba e conquistando o almejado tesouro.

De fato na mesopôtamia sempre houve uma escassez de madeira, sendo assim, a madeira era algo raro e muito
valioso. Por isso que ambos viajam para tal lugar. No campo historiográfico, alguns historiadores associam a
localização de tal floresta no Líbano, ou na Síria, ou no Elam, ou até mesmo na Turquia.

Egito, cerca de 3200 a.C


Os egípcios desenvolveram um estilo de escrita chamado hieróglifos ou
gravação dos deuses. Eles esculpiam seus símbolos em rocha. Era muito difícil
de aprender a escrita dos egípcios, pois eles tinha muitos símbolos - as pessoas
encarregadas da escrita eram os escribas e eles tinham que ir para a escola de
escribas para aprender a escrever.

Apenas os meninos eram autorizados a ir para a escola de escribas. Os egípcios


desenvolveram um tipo de papel a partir de uma planta chamada papirus. Eles
usaram penas afiadas, um pote e tintas para escrever no seu papel. Eles então o
enrolavam formando pergaminhos. Estes eram seus livros.

Às vezes, os egípcios escreviam símbolos que significavam conceitos e às vezes


eles misturavam com outros símbolos que representavam sons. Hoje nós
usamos símbolos para os sons.

Eles escreviam da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, para cima
e para baixo.
(Tenha uma replica de papiro enrolado como um pergaminho, para que os
alunos entendam. Use mapas para visualizar onde estava o Egito)

Rio Indus , 3500 a.c.


Havia outra grande civilização às margens do rio Indus, perto do mar da Arábia.
Eles desenvolveram um sistema de escrita com cerca de 250 símbolos. Eles
58
esculpiam seus escritos em pedra-sabão. Ninguém ainda decifrou sua língua.
Esta civilização morreu, enquanto outras continuaram a crescer.
(Digo-lhes que um dia, alguém irá decodificar os símbolos dos Indus.
recentemente houve outra civilização descoberta na Ásia que também tinha
escrita. Preste atenção para artigos atuais para que você possa compartilhá-los
com seus alunos para que eles saibam que esta investigação é viva e em curso)

Dinastia Shang , 2000 a.c.


A dinastia Shang, que se desenvolveu às margens do rio Amarelo é a mais
antiga civilização conhecida que usava a escrita chinesa. Eles usaram cerca de
3000 símbolos para palavras e ações. A língua chinesa de hoje difere muito
pouco desta escrita antiga. Isso ocorre porque a civilização chinesa foi isolada do
resto do mundo por muitos anos.
(Apresente cartões com imagens de escrita chinesa da dinastia Shang e um
jornal atual chinês)

Fenícios, 1600 a C.
Os fenícios viveram na costa do mar Mediterrâneo. Eles eram comerciantes que
navegaram ao redor do mar Mediterrâneo para vender marfim, especiarias,
incenso, enfeites de vidro.
Seu nome vem de uma tintura roxa que eles costumavam usar nos tecidos para
fazer roupas. Ela vem de um marisco chamado “caracol Murex”. Eles eram
famosos pela sua tintura púrpura. Eles precisavam de um sistema fácil de
escrever para manter o controle de todas as mercadorias que trocavam. Eles
viram os alfabetos egípcio e sumério e tomaram deles algumas idéias. Seu
primeiro alfabeto tinha 80 símbolos, mas, eventualmente, eles simplificavam para
apenas 22 letras com sons. Os fenícios não tinha qualquer vogal.
(Tente encontrar algumas boas fotos de antigos navios fenícios. Ter um cartão
com a cópia do alfabeto fenício)

Romanos ,100.
Os romanos foram uma grande civilização, como os gregos.
Conquistaram muitas partes do mundo.
Eles simplificaram o alfabeto grego, alterando a forma de muitas de suas letras.
Deram à sua língua o nome de Latim.
A forma de nossas letras hoje é muito parecida com as letras romanas de 2 000
anos atrás.
Os romanos mantiveram sua escrita em livros, em vez de em pergaminhos.
Monges copiavam os livros à mão usando uma bonita caligrafia e imagens
chamadas de iluminação.
Eles escreviam com canetas em papel feito de peles de animais chamados
pergaminho. Eles escreviam ao lado de janelas abertas usando a luz do sol.

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(Prepare cartões com imagens significativas – Mapa mostrando a área ocupada
pelo Império Romano, um monge escrevendo, o alfabeto romano)

Os gregos, 800
Os gregos aprenderam o alfabeto dos Fenícios. Como não falavam a mesma
língua, tiveram que adicionar alguns novos sinais. Eles fizeram um alfabeto com
24 letras. A palavra alfabeto vem das duas primeiras letras do alfabeto grego -
alfa e beta.
Os gregos utilizavam vogais, deixavam espaços entre as palavras, utilizavam
alguns sinais de pontuação e foram os primeiros a usar na escrita registros feitos
da esquerda para a direita.
(Apresentar um cartão com o alfabeto grego)

Os chineses, 900 a.C.


Os chineses inventaram muitas coisas antes dos europeus – que, como estavam
muito distantes uns dos outros, os europeus não tinham noticias das invenções
chinesas.
Os chineses inventaram a primeira impressora tipográfica. Primeiro, eles usavam
letras individuais esculpidas em madeira, depois passaram a esculpir uma
página inteira na madeira e assim podiam fazer a impressão de muitas páginas.
Como a madeira era pouco resistente, isso logo teve que ser substituído.
Inventaram, então, o verdadeiro papel - feito com a polpa de madeira por volta
do ano 105 d.C.
(Mostre um cartão como a gravura da página esculpida em madeira, usada para
impressão)

Alcuin , 780
Carlos Magno foi o rei de outra grande civilização que conquistou grande parte
do mundo. Ele tinha uma magnífica biblioteca com todos os livros escritos
naquela época, na grande cidade de Alexandria. Ela fez a BIBLIOTECA DE
ALEXANDRIA. Infelizmente a maior parte dos livros perdeu-se em um grande
incêndio.
Um monge chamado Alcuin desenvolveu, nesta época, muitas das regras que
usamos hoje como letras maiúsculas e pontuação.

Prensa de impressão, Europa 1400


Johann Gutenberg, um alemão, é reconhecido como o inventor da primeira
prensa para impressão na Europa (fevereiro de 1468)
Os chineses tinham desenvolvido um processo para fazer papéis muitos anos
antes, mas recusaram-se a compartilhar seus segredos. Gutenberg também
inventou uma prensa de impressão mais rápida. Mais livros agora poderiam ser
feitos, coisa que os monges levariam muitos meses para fazê-lo. Os coreanos
60
foram os primeiros a usar um conjunto para impressão de tipos feitos de bronze.
Ele durava muito mais tempo do que a madeira.
(Tente encontrar uma imagem de uma antiga impressora tipográfica.)

Pedra de Roseta ,1799


A Pedra de Rosetta foi a chave que permitiu revelar os mistérios dos hieróglifos
egípcios. A Pedra de Rosetta foi descoberta por alguns dos soldados de
Napoleão, enquanto eles estavam lutando no Egito. Napoleão foi um famoso
general francês.
Trata-se de um bloco de basalto preto que data de 196 a.C., inscrito pelos
antigos egípcios. A Pedra de Rosetta registra em três línguas um mesmo fato,
entre elas o grego e hieróglifos egípcios. Como muitas pessoas instruídas
sabiam ler o grego, elas lentamente descobriram o significado dos hieróglifos.
Demorou quase 2.000 anos, mas os segredos da antiga língua egípcia foram
finalmente desvendados. Lendo os escritos de uma civilização podemos saber
muito sobre como viveram e o que eles pensavam.
(Apresente um cartão com a gravura da Pedra de Roseta ou se conseguir, uma
réplica.)

Telégrafo, 1837
Telégrafo é um sistema que foi criado no século XVIII com o objetivo de
transmitir mensagens para grandes distâncias.
Os telégrafos usavam códigos para que a informação fosse transmitida de
forma confiável e rápida. O principal código utilizado pelos telégrafos foi o
código Morse, que surgiu com a criação de telégrafo elétrico na década de
1830. Samuel Morse criou e registrou a patente do telégrafo no ano de
1837.
O telégrafo foi o principal sistema de comunicação a longa distância nos
séculos XIX e começo do século XX. Foi muito utilizado por indústrias,
governos e até mesmo pelas forças armadas de diversos países em
momentos de guerra.
(Mostre um cartão com a gravura de um telegrafo e se encontrar, com o
retrato de Samuel Morse)

Computadores, 1900
Hoje a palavra escrita pode viajar de uma parte a outra do mundo em segundos.
Computadores e satélites tornaram possível a troca de notícias. Idiomas são
traduzidos de um ao outro por máquinas. Grandes quantidades de informações
podem ser armazenadas em pen-drives, CDs. Um dia, quem sabe, a
comunicação com papel poderá ser comparada tal qual fazemos quando
olhamos para os desenhos das cavernas.
(Sempre acabamos falando sobre como será a mudança da língua quando eles
estiverem com a idade dos avós. Quem sabe teremos telefones de relógio de
pulso que permitam que a gente veja com quem falamos, como já acontece hoje
com os computadores? Este também é um bom momento para falar sobre como
61
línguas (como as línguas indígenas no Brasil) estão desaparecendo e como
línguas influenciam outras pessoas – Quantas palavras em inglês, em Tupi-
Guarani, usamos no nosso dia a dia?)

História da civilização – Will Durant – nossa herança oriental –Cia Ed Nac


Língua e sistemas simbólicos – Yuen Ren Chao – Cia Ed Nacional – ed 1970 –

Sugestões de temas para o diário:


1- Os seres humanos começaram sua história com pictogramas,
ideogramas e histórias orais. Pense em uma história oral que você
pode contar, prepare-se para contá-la aos seus amigos no dia de
novidades.
2- Os seres humanos utilizavam materiais disponíveis para escrever. O
papiro de vegetais e argila foram os dois dos primeiros materiais
utilizados para gravação. Escreva algumas palavras em hieroglifos,
escrita cuneiforme ou outro sistema.
3- Os fenícios levaram o alfabeto para as ilhas gregas. Refinaram ainda
mais o alfabeto pois usavam somente 22 símbolos – embora não
tivessem vogais ou sinais de pontuação. Escrever uma história sem
vogais e ver se nós podemos ler.
4- Como foram nomeadas as letras do alfabeto grego?
Escreva o alfabeto grego e nomeie as letras.
Escreva seu nome usando o alfabeto grego.

Acompanhando o trabalho das crianças


Fazendo um grande ideograma de pele de animal :
 Cortar sacos de papel em forma de pele de animal .
 Conversar com seus alunos sobre a vida humana no início da vinda para a
Terra.
 Colocar as folhas preparadas na prateleira com instruções para desenhar o
que eles gostariam de compartilhar sobre sua vida - se fossem os
primeiros humanos a chegarem a Terra .
 Eles têm que delinear formas em preto e cor muito escura.
 Em seguida, pegar um pedaço de cera - usam pequenas velas ou blocos
de parafina - e cobrir a imagem grossa com cera.
 O passo seguinte é passar a ferro as pinturas feitas, colocando por baixo
um pano macio.
 Pronto!
 Uma pele de animal!

Pinturas com tintas naturais


Você também pode fazer com os alunos 'pinturas' com beterraba, argila,
especiarias.
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Um ano, um estudante disse que ia escrever uma história com pictogramas –
descobrindo que como representava suas ideias eram, em verdade, ideogramas
- Foi a melhor história que ele escreveu durante todo o ano.
Kit hieroglífico
Disponibilize um kit para hieróglifos: um cartão com frases para que possam
fazer cartões para os outros.
Pinturas chinesas, muitos pincéis e tinta
Eu também organizo material com vários tamanhos de pincéis. Reservo um
recipiente para água e vários potinhos minúsculos de louça branca para misturar
a tinta, ponho ao lado um livro sobre técnicas de pintura chinesa e muitas
paisagens para que eles se inspirem.
Selos africanos
Eu também tenho um conjunto de selos africanos que são símbolos que
representam conceitos como amor, esperança, etc.
Códigos secretos
Códigos de Morse, livros sobre códigos secretos pode ser usado no trabalho.
Eles próprios podem criar um código . Digo-lhes que eles tem que incluir um
código mestre para que eu possa decifrar seu trabalho.
Escrita em braile
Podem fazer escritas em braile, tenho um cartão do alfabeto em braile.
Código de sinais
Códigos com bandeiras; Linguagem para surdos(libras)
Cartas enigmáticas

Idéias para as classes de 9 a 12 anos


Naturalmente, a história da linguagem deve ser abordada de forma que a criança
comece a perceber o conceito da mistura de culturas e como isto afetou os
idiomas. Isto ainda está acontecendo hoje.
Na minha experiência, um conceito que é difícil de entender nas classes de 6 a
9, é alguns idiomas não podem ser traduzidos, usando nossas letras e sons.
As crianças costumam pensar que se utilizarem os sons das palavras do nosso
idioma, é possível traduzir os hieróglifos, alfabeto grego ou símbolos chineses,
mas não é bem assim ...
Entretanto, um estudo da palavra, com suas origens – principalmente as
palavras de origem latina que dominam o nosso idioma seria muito útil.

A quinta grande lição - A história da matemática

Preparação do professor

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- Eu comprei vários livros para conhecer mais sobre o assunto, mas somente
alguns foram adequados para o manuseio das crianças, é preciso descobrir
alguns livros que falem sobre o assunto e ler para poder ajudar as crianças.

Em portugês há estes livros


- A História dos numeros (Helio Gordon , FTD)
-http://pescarideias.blogspot.com/2009/05/livro-historia-dos-numeros.html
- O livro dos Números, uma historia ilustrada da matematica , Peter Bentley

A História dos Números: Algumas considerações


Já vi muitas maneiras desta historia ser aprensentada. Don Jennings informa a
lição como uma história muito semelhante à história da História da escrita.
http://www.moteaco.com. Eu também vi a lição feita com cartões de
matemáticos famosos e o que eles desenvolveram – mas isso é difícil como
material para estudantes 6 a 9 anos, porque não entendem exatamente o que
eles inventaram.

Fiz alguns cartões com biografias simplificadas de Galileu, Isaac Newton,


Hiparco, Eratostenes, entre outros, organizei-os por ordem cronológica (idade
antiga, idade media, etc). A auto coorreção fica por conta de cores diferentes
para cada período.
Quando eles se interessam, ampliam a investigação sobre este ou aquele
matemático. Sabendo que os alunos realmente gostam de fazer alguma coisa
com as lições, eu falo sobre como o uso de números veio da mesma
necessidade da escrita , o comércio!

A história da história da matemática


Você precisará ter cartões com os algarismos da suméria, egípcios, chineses,
romanos e maias.
Verifique quantos cartões você precisa fazer de cada algarismo (quantas vezes
eles podem ser repetidos, para que as crianças possam formar números usando
estes símbolos, coloque cada um numa caixinha, juntos numa bandeja).

Contando a História dos Números:


Você se recorda quando falamos sobre a chegada dos seres humanos ao nosso
planeta?
Primeiramente o universo surgiu; a seguir, levou milhões e milhões de anos até a
Terra esfriar, tomar forma ...
Depois de muito tempo a vida apareceu e, quando tudo estava pronto, os seres
humanos vieram viver sobre a Terra.
Nós falamos também, há pouco tempo sobre os seres humanos e a escrita.
Foram os fenícios, um povo que viveu há muitos anos atrás, que nos deram o
presente do alfabeto! Hoje nós vamos falar sobre a maneira como nós
escrevemos nossos números.
Como a história da escrita, esta história envolve muitos povos e levou muitos e
muitos anos para acontecer. Está aqui a história dos números .
64
É fácil imaginar que, quando começaram a se falar, os homens e as mulheres
começaram também a nomear não só as coisas que tinham em volta mas
também a dizer suas quantidades, dando o número das coisas que
necessitavam.
Estes povos antigos tiveram a mesma necessidade de usar os números que nós
temos ainda hoje.
Naquela época, necessitavam saber quantos animais estavam próximos para a
caça. Saber quantos grandes animais estavam vendo – porque quanto maiores,
menos amimais seriam necessários caçar para sua alimentação e sobrevivência.
Necessitaram saber quanto alimento tinham que levar ao viajar, calcular a
distância de um lugar ao outro, numa viagem.

De fato, aqueles que estudaram as línguas de muitos povos antigos encontraram


em cada uma delas palavras, que correspondiam aos números.
Algumas línguas usam a contagem que corresponde ao que usamos ainda hoje
‘um, dois , três' e outras usam somente, ‘alguns, muitos', mas todas as línguas
têm uma maneira de usar os números.

Provavelmente é verdadeira a afirmação de que todos os povos, não importa


quando ou onde viveram, tinham algum conceito 'do número'. Por outro lado não
há nenhuma maneira de dizer, realmente, como era a compreensão dos
números para esses povos antigos, mas nós podemos imaginar.

Suponha a pergunta, 'quantos cavalos você viram?'


Uma pessoa poderia responder mostrando a quantidade com pedras, ou varas,
ou dedos. Os povos buscavam soluções e comunicavam-se sobre as coisas
necessárias em suas vidas diárias.
Nós podemos estar certos que, de maneiras diferentes, dos mais simples povos
aos mais adiantados de cada época, os números foram usados para contar,
recordar e mostrar as quantidades de coisas - parece provável que depois de
muitos anos houve uma necessidade de escrever essas quantidades, surgindo,
então, os números.

Fenícios, 1600 aC
Nós já falamos que os fenícios eram comerciantes eles viveram
aproximadamente 1600 a.C, e inventaram uma maneira simples de gravar
palavras. Provavelmente foi assim que começaram a escrita dos números.
(Apresentar um cartão para verem como a contagem era feita pelos fenícios)
Nas suas contagens, eles usavam pedras, varas longas e dedos para registrar
as quantidades que encontravam. Eles faziam assim antes de inventarem sinais
específicos para os números.
(Apresentar cartão com mapa indicativo da região onde viveram os fenicios)
Sumérios, 3500 a C
Há aproximadamente 3500 anos, os sumérios viveram no vale entre os rios
Eufrates e Tigre. Seu país foi chamado Mesopotâmia.
(Apresentar cartão com mapa indicativo da região onde viveram os sumerios)
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Existem registros que mostram que por volta de 3000 a.C os sumérios podiam
ler e escrever e tinham planejado uma maneira para a representação escrita dos
números
(Apresentar cartão com numeros representados – escrita cuneiforme)
Sua maneira de escrever foi chamada escrita cuneiforme (em forma de cunha),
porque usaram uma vara que, quando pressionada na argila deixava marcas em
forma de cunha.

Babilônicos,1900 aC
Havia um outro grupo de povos, os babilônicos, que viveram um bocado mais
tarde do que os sumérios, e que também usou a escrita cuneiforme. Os
babilônicos viveram também no mesmo vale entre os rios Eufrates e Tigre.
Usaram este método de escrita porque havia, no lugar em que viviam, argila em
abundância com as quais faziam “tabuletas” onde registravam a sua escrita .
(Apresentar cartão com representação da escrita numérica dos bablonicos )

Há duas razões de termos encontrado os registros da escrita dos números dos


babilônicos. A primeira é que eles eram era comerciantes e assim mantinham a
escrita e armazenavam as informações dos seus negócios. A segunda é que
viveram em uma parte seca e muito quente do mundo. Suas tabuletas de argila,
gravadas com as escritas, secaram ao sol quente, e permaneceram intactas por
séculos e séculos ...

Egípcios, 3200 a C
Existem também registros da escrita dos números feitos pelos egípcios, um povo
que viveu mais ou menos na mesma época que os babilônicos e que também
era comerciante.
A escrita dos egípcios é denominada hieróglifo. Uma coisa interessante sobre os
egípcios é que tiveram símbolos específicos para números muito grandes.
Tiveram até um símbolo para 'milhão'! Era algo como uma pessoa erguendo os
braços para cima.
(Apresentar cartão como os simbolos egipcios)

Gregos, 800 d C
Vejamos também os gregos, que viveram um bocado mais tarde, fizeram algo
mais completo. Usaram as primeiras letras dos nomes dos números para
representa-los. Por exemplo, a palavra grega para cinco é 'penta', e assim o
numero cinco ficou representado com a letra grega “pi“.
(apresentar cartão com o alfabeto grego)

Romanos ,753 ac a 476 dc.


Os romanos usaram também algumas primeiras letras dos nomes dos números,
mas inventaram também outros sinais. Por exemplo, escreveram 'X' para
representar o 'dez'. Talvez este sinal tenha vindo do hábito de cruzar os
66
polegares de ambas as mãos. (mostre como os polegares cruzados formam um
“X”), juntando aí os dez dedos das mãos.
A maneira romana de escrita dos numerais foi usada pelos comerciantes da
Europa até o século XVIII. Isto provavelmente aconteceu porque a adição e a
subtração são muito simples com números romanos e os comerciantes não
quiseram complicar as coisas.
(Apresentar cartão com os numerais romanos)
É interessante notar que os babilônicos, os egípcios, os gregos, e os romanos
usaram o mesmo símbolo para o número '1', quase da mesma maneira que nós.
(Apresentar cartão com os numeral um grafado nos diversos idiomas)
Lembre-se de que esta é a história de como os símbolos passaram a representar
números, quantidades e medidas ...
Os primeiros registros da maneira que nós usamos para representar os números
foram encontrados no povo que habitava o vale do Rio Hindus. Estes sinais
foram encontrados na parede de uma caverna, e datam do ano 662!

O 'zero' não era um destes sinais. (os registros mostram que o povo hindu
inventou um sinal para 'zero' aproximadamente 200 anos mais tarde.)
A pergunta é: Como estes símbolos, os numerais, vieram até nós?
Sabe-se que por volta do ano 800, o sistema hindu de numeração foi levado para
Bagdá, na Arábia e começou a ser adotado pelos árabes, provavelmente trazido
pelos comerciantes hindus. Mas se os árabes já tinham a sua própria maneira de
registrar os números, por que iriam adotar a maneira dos hindus?

Foi um matemático árabe chamado MUHAMMAD IBN MUSA AL-KHOWARIZMI


que escreveu um livro mostrando como a maneira hindu de REGISTRAR
números era inteligente e útil. Este livro foi divulgando pelos árabes em suas
viagens de comércio, acabando por difundir o sistema decimal hindu pelos
lugares onde passavam.
Na escrita européia foram encontrados registros usando estes mesmos sinais,
em um papel escrito à mão datado de 976. Desde que o livro de AL-KOWARIZMI
veio da Arábia, os símbolos foram chamados numerais árabes.
(Cartões com os algarismos árabes)
Os registros mostram que estes numerais árabes curvados foram copiados à
mão por muitos anos. Os comerciantes continuaram a usar os símbolos romanos
- talvez porque fossem feitos com linhas retas e os erros fossem pouco
prováveis.
Havia outra razão, os comerciantes usavam a contagem, adicionando e
subtraindo e não sentiam falta do 'zero'. ‘Zero' significava simplesmente que
nenhum grão havia sido contado. Com a invenção da imprensa na Europa, por
volta de 1450, usá-lo trazia a possibilidade de não se cometer erros nos registros
impressos.
Assim, o uso do 'zero' passou a ser natural e os números árabes começam a ser
usados por toda a Europa - como comprovam documentos datados de 1442,
quase da mesma maneira como nós os usamos hoje. E, é por causa daquele

67
matemático árabe, que os numerais passaram a ser chamados de algarismos
indo-arábicos.

Esta é a história de como a escrita dos números chegou até nós. Pelo
mundo a fora outros sistemas de numeração também foram usados:

Um sistema de numeração na Oceania:


O registro de números sempre foi uma necessidade dos diferentes povos. Em
todos os cantos do mundo, escritas diferentes foram surgindo para que a
comunicação pudesse acontecer.
Assim, povos primitivos que habitavam as Ilhas Novas Hébridas, no Oceano
Pacífico, a leste da Austrália, descobriram que podiam associar os dedos da mão
à contagem de elementos de um conjunto. Cada grupo de cinco elementos
formava uma “quina“. Dessa forma, o primeiro sistema de numeração destes
nossos antepassados parece ter sido o de base 5.

Nesse sistema , veja só:


Um = tai
Dois= lua
Três = tolu
Quatro = vari
Cinco= luna , cujo significado é .mão
Então :
6= otai (mão mais um)
7= olua (mão mais dois)
8= otolu (mão mais três)
9= ovari (mão mais quatro)
10= luna luna (duas mãos)

Um sistema de numeração nas Américas:


Na América há mais de 1600 anos, portanto, antes dos europeus chegarem aqui,
vivia o “Povo Maia“, na região conhecida como Península de Iucatã, na América
Central.
No sistema de numeração maia os primeiros dezenove números eram
representados pela combinação de pontos e traços, a partir do 20, os símbolos
eram escritos na vertical como se fossem andares separados por um pequeno
espaço.
O símbolo do primeiro andar era multiplicado por 1, o do segundo andar era
multiplicado por 20, a base deste sistema de numeração era 20 e os números
eram lidos de cima para baixo.

Um sistema de numeração milenar: o dos chineses


Faz mesmo muito tempo que os chineses inventaram o seu sistema de
numeração, mais ou menos 2.800 anos!
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Neste sistema, os números são representados na vertical e são lidos de cima
para baixo. O sistema de numeração dos chineses é também de base dez, como
o nosso.

A Historia continua a ser escrita pelos homens ...


É isto mesmo, os homens continuam pesquisando e descobrindo coisas que
atendam às suas necessidades e foi assim que surgiram os computadores e com
a eles um novo sistema de numeração, de base 2.
Chamado de sistema binário, passou a ser muito utilizado. É um sistema que só
utiliza dois algarismos “o zero” e “o um“.
Mas não pense você, que este sistema é tão moderno quanto os computadores,
pois existiram e ainda existem sistemas binários utilizados por tribos indígenas
como, por exemplo, o que foi encontrado numa tribo do estreito de Torres, na
Indonésia. Por volta do século XVII Gottfried Wilhen Leibniz, um matemático
alemão imaginou um sistema binário, que usava apenas um algarismo além do
marcador das casas vazias, o zero.
Os estudos de Leibniz foram a base da linguagem digital, mas ele nem
imaginava que seus estudos fossem ser tão importantes para a nossa vida.

“Leibinz procurava dar uma interpretação religiosa para a sua aritmética. Imaginava
Deus representado pela unidade e o nada representado pelo zero, desta forma, o Deus
supremos deveria ter tirado todas as coisas do nada e construído todas as coisas do
mesmo modo, como na aritmética binária: todos os números podem ser expressos
usando apenas a unidade e o zero.” (Edwaldo Bianchini, Sistema de Numeração ao longo
da História)
Para saber mais: http://www.exatas.mat.br/historia.htm
Fontes : A história dos números , www.moteaco.com ; Bianchini, Sistemas de Numeração ao
longo da História, São Paulo . Moderna 1997

Sugestões de Anotações para serem desenvolvidas no diario .


1- Os povos da Mesopotâmia desenvolveram números para controlar seus
negócios. Há algumas palavras que tomaram o lugar dos números. Podemos
usá-los quando o montante é muito grande para contar. Você pode pensar de
alguns desses números?

2- Três sistemas de contagem se desenvolveram em diferentes culturas. A


notação aditiva foi o sistema mais antigo, de números e foi usada pelos romanos.
Os chineses desenvolveram a notação multiplicativa. Os maias e as culturas
modernas usam um sistema com base no valor do lugar do algarismo. Escreva
alguns números do nosso sistema e descubra o seu valor dependendo do lugar
onde se encontra.

3- Devemos nosso calendário aos romanos que adicionou os últimos quatro


meses. Muitos meses são homenagem a deuses e deusas. Nosso calendário é
chamado o calendário gregoriano. Você pode descobrir por que os meses
receberem esses nomes?

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4- Em cada Janeiro começa um novo ano. Em que século estamos?

5 - O marco incial de nosso calendário é o nascimento de Cristo. Cristo é uma


figura importante para os cristãos. Há outros calendários que não usam esta data
como referencia, você pode descobrir alguns deles?

6- Fusos horários nos ajudam a manter o controle do tempo. Se não tivermos


fusos horários, algumas pessoas teriam luz às 20h00 e outras teriam noite.
Fusos horários são marcados pela linha de longitude, do meridiano básico, o
meridiano de Greenwich. Descubra a hora determinada pelo meridiano de
Greenwich para pelo menos duas cidades, à sua escolha, de cada continente.

Acompanhando o trabalho das crianças:


Exercicios podem ser feitos com os cartôes do algarismos de diferentes origens.
Leitura e escrita de grandes números
Contagem continua / folhetos
Numerais romanos
Tapete e Material Dourado (sistema de base 10)
Raiz Quadrada, etc.. Ver curriculo de Matematica para cada etapa
Origem do símbolo da raiz quadrada - Claro, que a maioria deve saber que extrair a Raiz Quadrada de um
número. É encontrar um número, que multiplicado por si próprio, seja o valor que está na raiz. Essa é maneira
que aprendemos nas escolas. Mas pense bem, o que a palavra "RAIZ" tem a ver com isso? Porque, em nossa
língua a palavra RAIZ tem a ver com planta, árvore, mas não com número. Para isso, temos que voltar um pouco
na história da matemática, para entender como surgiu a raiz quadrada de um número. Em 1202, no livro líber
abbaci (livro do ábaco ou livro de cálculo) de Leonardo de Pisa, mais conhecido como Fibonacci, traz da
seguinte maneira, o que hoje chamamos de raiz quadrada: "radix quadratum 16 aequalis 4", escrito em latim,
que traduzindo para o português, é: "O lado do Quadrada de 16 é igual a 4". Podemos perceber que a palavra
Radix não tem nada a ver com Raiz, pois, a tradução correta de Radix é Lado. Fibonacci, trouxe essa importante
informação para a Europa, graças aos estudos de obras árabes que tinha conhecido quando estava trabalhando
com o seu pai no norte da Africa, como comerciante. Agora, a origem do símbolo √ está associada ao
abreviamento da palavra radix, que com o passar do tempo, foram se fazendo cópias em cima de cópias, o que
acabou resultando no símbolo que usamos hoje em dia, um alongamento ou variância da letra r.

http://matematicaenigmatica.blogspot.com/2009/11/origem-do-simbolo-da-raiz-quadrada.html

Trabalhos decorrentes
Calendários
Fusos horários
Mapas

Idéias para as classes de 9 a 12 anos


Eu faria uma linha do tempo com os matematicos famosos.

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Podemos ainda pesquisar suas biografias e inseri-los na cultura do local e da
epoca em que viveram.
Os alunos, em seguida, poderiam investigar como os matemáticos lutaram para
descobrir a circunferência da Terra,
Pesquisas em geometria também são muito interessantes nesta classe.
Poderiam ainda expandir conhecimento sobre o sistema de numeração binário e
os computadores.

Onde ir a partir daqui, depois de contar todas as histórias?


Os alunos retornam as Grandes Lições buscando conhecer coisas novas, é
grande a necessidade de investigação, e conhecer a história das coisas, é algo
enraizado nos seres humanos. Pesquisas sobre animais continuarão
naturalmente.

Trabalhar a Historia no sentido Vertical e Horizontal


Isso leva à investigações dos períodos de tempo na história, e a história de
eventos em determinados períodos de tempo.
Eu tive um grupo que fez uma divertida linha do tempo sobre a história da moda,
outro fez um relatório sobre a história dos jogos de vídeo game. Um pai tinha um
velho Atari, truxeram para a escola e todos nós jogamos Space Invader.

O trabalho do ar e da água
Maravilhosa lição que nos permite muitas experiências!
Construir caixas com vasos comunicantes
(Veja experiências de Meg Fedorovicz)

Botânica
Crescimento de plantas - semeadura, plantio por bulbos, estacas ...
Aprender sobre as formas de folhas, tipos de raizes e caules.
Descobrir muito sobre flores e frutos.
Experimentos simples botânica levarão as crianças a comprovar as
necessidades das palantas.
Relacione este trabalho aos Biomas.

Interconexão - Descobrir como os diferentes tipos de vida se interconectam.


O que comem os animais (Cadeia Alimentar)?
Que vegetais servem de alimento a diferentes tipos de animais?
Como determinado vegetal serve ao Homem?
Qual a relação de determinado animal com o Homem – transporte, alimento,
companhia?

Dê asas a sua imaginação e construa com as crianças a teia da vida!

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