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4 MANUAL DO

PROFESSOR

Ensino Fundamental - Anos Iniciais


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LÍNGUA PORTUGUESA
Componente: Língua Portuguesa

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ISBN 978-65-5742-606-7

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9 786557 426067

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MANUAL DO
PROFESSOR

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA


Pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Instituto AVM – Faculdade
Integrada (RJ).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pelo
Centro de Educação Unificado de Brasília, com habilitação em
Administração Escolar.
Coordenadora pedagógica e elaboradora de material pedagógico
para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental há mais de
25 anos.
Professora em cursos de formação de professores de Educação Infantil
e Ensino Fundamental em vários estados desde 1990.
Assessora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental em
Brasília desde 1984.

1a edição, São Paulo, 2021

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A conquista – Língua Portuguesa – 4 o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)
Copyright © Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, 2021

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira


Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Natalia Taccetti
Edição Luciana Leopoldino (coord.)
Fernanda Magalhães, Pedro Baraldi
Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)
Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.)
Bruno Attili, Carolina Alves Ferreira
Imagem de capa Guilherme Asthma
Arte e Produção Rodrigo Carraro Moutinho (sup.)
Alline Garcia Bullara, Gislene Aparecida Benedito (assist.)
Diagramação 2 estúdio gráfico
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Erika Neves do Nascimento
Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin
Ilustrações Alex Rodrigues, Alexandre Rampazo, Andréa Vilela, Arthur França/Yancom,
Artur Fujita, Avalone, Beatriz Mayumi, Bentinho, Biry Sarkis, Camila Carrossine, Clara
Gavilan, Claudia Marianno, Claudio Chiyo, Daniel Bogni, Dayane Raven, Dnepwu, Edson
Farias, Edu Ranzoni, Eduardo Azevedo, Eduardo Medeiros, Estúdio Ornitorrinco, Fabiana
Faiallo, Fabio Eugenio, Felipe Camêlo, Gabriela Molinaro, Getulio Delphim, Glair Arruda,
Guilherme Asthma, Hannah Cardoso, Ilustra Cartoon, Isadora Zeferino, Ivan Coutinho,
Karyne Kuy, Lassmar, Leonardo Conceição, Lima, Lislley Velani, Luis Moura, Luiz Perez
Lentini, Marcos de Mello, Marcos Machado, Nid Possibilidades Ilustradas, Sandra
Lavandeira, Silvia Otofuji, Susan Morisse, Tânia Ricci, Tel Coelho/Giz de Cera, Vicente
Mendonça, Waldomiro Neto, Wanderson Souza, Wandson Rocha, Werllen Holanda

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo
A conquista : língua portuguesa : 4o ano : ensino
fundamental : anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo
Carpaneda. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2021.

Área: Língua Portuguesa


Componente: Língua Portuguesa
ISBN 978-65-5742-605-0 (aluno - impresso)
ISBN 978-65-5742-606-7 (professor - impresso)
ISBN 978-65-5742-615-9 (aluno - digital em html)
ISBN 978-65-5742-616-6 (professor - digital em html)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)


I. Título.

21-72465 CDD-372.6
Índices para catálogo sistemático:

1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6


Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Em respeito ao meio ambiente, as folhas


deste livro foram produzidas com fibras
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610
obtidas de árvores de florestas plantadas,
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
com origem certificada.
EDITORA FTD.
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 CNPJ 61.186.490/0016-33
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Avenida Antonio Bardella, 300
www.ftd.com.br Guarulhos-SP – CEP 07220-020
central.relacionamento@ftd.com.br Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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APRESENTAÇÃO
Aos colegas professores
Os dois primeiros anos do Ensino Fundamental são dedicados, especialmen-
te, ao processo de alfabetização. De acordo com Política Nacional de Alfabe-
tização, entende-se como alfabetização “o ensino das habilidades de leitura e
de escrita em um sistema alfabético”. Então, objetiva-se que o aluno, desde os
primeiros anos de escolaridade, tenha acesso a práticas ligadas à literacia, ou
seja, aos conhecimentos e às habilidades e atitudes relacionados à leitura e à
escrita concomitantemente com sua prática produtiva.
Já no 3o, 4o e 5o anos, embora a preocupação com a alfabetização não deixe
de ocorrer, uma vez que ainda pode haver alunos com alguma defasagem nes-
se processo, a ênfase recairá sobre o trabalho com as capacidades de leitura
e produção de textos, escritos e orais, bem como sobre aspectos da análise
linguística necessários aos atos de ler, escrever, ouvir e falar.
O compromisso com a formação do aluno, visando à sua participação nas mais
diversas situações comunicativas, assume, então, nesta etapa do Ensino Funda-
mental, importância ainda maior. Cabe à escola oferecer oportunidades de vi-
venciarem contextos de uso da linguagem para que os alunos ampliem seu uni-
verso cultural e aprimorem suas capacidades comunicativas. Para isso e por isso, é
fundamental que a escola ofereça o contato com a diversidade: de temáticas, de
pontos de vista, de gêneros de texto, de funções e usos da linguagem.
Nesta coleção, buscou-se apresentar uma seleção textual diversificada (em
conteúdo, gênero, autoria, esfera de circulação, finalidade) que propicie aos
alunos o contato com os textos que efetivamente circulam em nossa socie-
dade, bem como a apresentação, desde o 1o ano, de todas as relações entre
grafemas e fonemas, visando que compreendam a relação entre o que se fala
e o que se escreve.
Os textos apresentados são explorados por atividades de leitura e comple-
mentados por atividades de produção de textos (escritos e orais) que conside-
ram as condições de produção, de forma a contribuir para que os alunos cons-
truam as capacidades necessárias à participação em práticas sociais de fala,
leitura e escrita.
Seus conhecimentos, sua experiência e sua sensibilidade, professor, farão
com que essas propostas se tornem um verdadeiro instrumento de aprendiza-
gem significativa para os alunos.
Por fim, ressalta-se que família e escola possuem um objetivo comum: a forma-
ção integral e harmônica das crianças. Assim, quanto mais família e escola estive-
rem alinhadas, mais as crianças serão beneficiadas, pois se estabelece uma relação
de complementariedade entre o que aprendem em casa e na sala de aula.
Bom trabalho!

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PARTE INTRODUTÓRIA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO: A OBRA DE LÍNGUA PORTUGUESA.................................. V
2. QUADRO DE CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA........................ VI
Transição entre Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental........................X

3. ORIENTAÇÕES GERAIS DE LÍNGUA PORTUGUESA................................ XI


3.1. Ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa......................................................... XI
3. 1. 1. Literacia...............................................................................................................XII
3. 1. 2. Literacia familiar: a família como agente de ensino-aprendizagem...............XII
3. 2. Pressupostos teóricos e metodológicos.................................................................. XIV
3. 2. 1. PNA – Componentes essenciais para a alfabetização...................................... XV
Conhecimento alfabético.............................................................................................XV
Consciência fonológica e fonêmica.............................................................................XVI
Compreensão de textos..............................................................................................XVI
Fluência em leitura oral...............................................................................................XVI
Desenvolvimento de vocabulário................................................................................ XVII
Produção de escrita.................................................................................................... XVII
3. 2. 2. BNCC – Eixos organizadores comuns de Língua Portuguesa no
Ensino Fundamental................................................................................................... XVIII
Leitura/escuta........................................................................................................... XVIII
Oralidade................................................................................................................... XXII
Produção de textos escritos....................................................................................... XXIII
Análise linguística/semiótica...................................................................................... XXV
3. 2. 3. Multimodalidade...........................................................................................XXVII
3. 2. 4. Pontes entre as disciplinas: interdisciplinaridade.......................................XXVIII
3. 2. 5. Inclusão escolar e valorização da diversidade.............................................XXVIII
3. 3. Avaliação..............................................................................................................XXIX
3. 3. 1. Avaliação diagnóstica.....................................................................................XXIX
3. 3. 2. Avaliação formativa........................................................................................XXIX
3. 3. 3. Avaliação de resultados...................................................................................XXX

4. EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 4O ANO................. XXXI


5. TEXTOS E MATERIAL DE APOIO
ÀS ATIVIDADES DO LIVRO.................................................................................. XL
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
E SUGESTÕES DE LEITURA.............................................................................. XLV
7. CONHEÇA SEU MANUAL EM U.................................................................... XLVII
8. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS............................................................................. 12

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1 INTRODUÇÃO: A OBRA
DE LÍNGUA PORTUGUESA
A coleção é constituída de cinco volumes, destinados ao ensino de Língua Portuguesa, os quais estão organizados
em oito unidades, com capítulos que apresentam um gênero textual em foco, sempre articulado com outros gêne-
ros textuais. São propostas atividades ligadas aos seis componentes essenciais para a alfabetização (conhecimento
alfabético, consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de
vocabulário e produção de escrita), bem como atividades que envolvem o aprimoramento dos usos da linguagem
oral, a análise e reflexão linguística e convenções ortográficas, propiciando aos alunos situações práticas de refle-
xão sobre a língua e a linguagem, cuja complexidade é gradativa. Espera-se que, ao longo da coleção, os alunos
aprimorem capacidades de compreensão e produção oral e escrita de textos, instrumentalizando-se para o uso dos
conhecimentos linguísticos em práticas sociais.
As unidades apresentam, inicialmente, uma imagem, cujo propósito é suscitar uma conversa em sala de aula pau-
tada em conhecimentos prévios dos alunos, de forma a inseri-los em uma discussão sobre os temas desenvolvidos
na unidade. Além disso, são apresentados textos diversos e que circulam em diferentes esferas da atividade humana,
como a literária, a cotidiana, a jornalística etc. Ao longo de cada unidade, busca-se estabelecer relações entre o
gênero textual escolhido e outros que com ele dialogam.
Os volumes se iniciam com atividades diagnósticas que permitem ao professor analisar os conhecimentos e as
habilidades prévias dos alunos e realizar seu planejamento anual. Além disso, cada unidade possui uma proposta de
avaliação de processo, para verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos, e finalizam com uma pro-
posta de avaliação de resultados, que tem por finalidade ser um dos instrumentos para verificação do que o aluno
aprendeu em termos de resultados e processos.
O volume 1 tem a particularidade de iniciar a alfabetização. Nele, os capítulos se iniciam com um texto acom-
panhado de ilustração, o qual apresenta sonoridade, ritmo, rimas, aliterações e repetições, contribuindo para a
ampliação do trabalho com a oralidade, com o reconhecimento de palavras e a compreensão de como a escrita se
organiza. A partir desses textos, são trabalhadas relações entre grafemas e fonemas, de acordo com sua ordem de
complexidade. Destaca-se que na Língua Portuguesa:

Encontramos três tipos de relação:


relação de um para um: cada letra com seu som, cada som com uma letra;
relações de um para mais de um, determinadas a partir da posição: cada letra com um som numa
dada posição, cada som com uma letra numa dada posição;
relações de concorrência: mais de uma letra para o mesmo som na mesma posição. (LEMLE,
2009, p. 25)

Dessa forma, nos casos em que não há uma relação biunívoca (relação de um para um), há uma gradação, apre-
sentando-se primeiro a realização fonológica dominante da letra em estudo para, depois, seguir com os demais
fonemas, também apoiados em textos ilustrados.
O volume também dá destaque ao estudo dos gêneros textuais preconizados pela BNCC para essa faixa etária,
pois são eles o centro das práticas de linguagem.
De modo geral, os volumes são estruturados em torno das seguintes seções: Primeiras Atividades – Eu já vi/Eu
já sei, Preparação para a leitura, Leitura, Produção de escrita, Produção oral, Nossa Língua, Ortografia (a partir do
volume 2), Retomar e avançar, Hora da história, Divertidamente, Texto por toda parte, Diálogos, As palavras no di-
cionário (a partir do volume 3), Vamos recordar?, Dicionário Ilustrado e O que aprendi neste ano?. As descrições das
seções estão nas páginas que trazem o sumário do Livro do Estudante.

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2 QUADRO DE CONTEÚDOS
DE LÍNGUA PORTUGUESA
1º ANO 2º ANO 3º ANO
Eu já vi/Eu já sei Eu já vi/Eu já sei Eu já vi/Eu já sei
• Escrita emergente (desenho • Escrita de palavras • Letras e símbolos • Rimas e aliterações • Escrita de palavras
Atividades
Primeiras

e traçado) • Expressão oral gráficos • Sílabas • Expressão oral


• Quantidades • Frase • Nomes das letras do • Poema • Revisão de relações entre
• Revisão de relações entre alfabeto • Fluência em leitura oral grafemas e fonemas
grafemas e fonemas • Sons das letras • Crachá • Nome das letras do alfabeto
• Revisão de relações • Escrita de palavras • Alfabetos maiúsculo e minúsculo
entre grafemas e fonemas • Escrita de frase • Segmentação de palavras por
já estudadas espaços em branco

A turma da escola Criança é poesia Preguiça de lado


• Quadrinha popular • Produção de desenho e • Poema (verso, estrofe, • Letras de imprensa e • Conto
• Parlenda escrita de nomes rima) cursiva • Roda de leitura
• Fluência em leitura oral • Atividades de revisão de • Receita culinária • Comparação de diferentes • Criação de regras para cuidar
• Diferenciação entre letras e conteúdo estudado na • Roda de leitura tipologias de letra bem dos livros
Unidade 1

números unidade • Criação de regras sobre • Produção de livro • Verbete de dicionário


• Letras de imprensa e cursiva • Dicionário ilustrado cuidados com livros ilustrado de poemas • Gírias
• Alfabeto maiúsculo e (desenvolvimento de • Cardápio • Fluência em leitura oral • Poema
minúsculo vocabulário) • Direitos das crianças • Leitura multimodal • Debate sobre o uso do celular
• Reconhecimento de palavras • Roda de leitura (Sacolinha • Letras e palavras • Atividades de revisão • Parágrafo
escritas da leitura) • Alfabeto maiúsculo e de conteúdo estudado na • Acentos agudo e circunflexo
minúsculo unidade • Palavras com cua ou qua
• Vogais e consoantes • Dicionário ilustrado
• Acento agudo e (desenvolvimento de
circunflexo vocabulário)

Conviver e respeitar Entre no ritmo da cantoria Versos para todos os gostos


• Quadrinha • Diversidade • Canção • Frase • Poema (versos e estrofes)
• Conto • Leitura multimodal • Cantiga popular • Vida familiar e social: • Literatura de cordel
• Símbolos • Atividades de revisão • Refrão valor da amizade • Conto
• Fluência em leitura oral de conteúdo estudado na • Onomatopeias • Produção de livro de • Sarau de cordéis
• Vogais e consoantes unidade • Conto cantigas • Vida familiar e social: bullying
Unidade 2

• Sílaba • Dicionário ilustrado • Roda de leitura • Apresentação oral de não!


• Produção de lista de regras (desenvolvimento de • Palavras com p ou b cantigas • Roda de leitura
da turma vocabulário) • Sílabas • Fluência em leitura oral • Criação de poema ilustrado
• Rima • Leitura multimodal • Gênero do substantivo: masculino
• Palavras com f ou v • Atividades de revisão e feminino
• Segmentação de versos de conteúdo estudado na
em palavras unidade
• Segmentação de • Dicionário ilustrado
palavras em sílabas (desenvolvimento de
• Segmentação de sílabas vocabulário)
em letras

Brinquedos e brincadeiras Contos de hoje e de sempre Mensagens pra lá e pra cá


• Poema • Atividades de revisão • Conto • Bullying (respeito ao • E-mail
• Parlenda de conteúdo estudado na • Convite oral próximo) • Carta
• Til e som nasal unidade • Sinais de pontuação • Reescrita de conto • Registros formal e informal
Unidade 3

• Fluência em leitura oral • Dicionário ilustrado • Palavras com c ou g • Fluência em leitura oral • Emoticons e emojis
• Letras p, d, b (desenvolvimento de • Sinônimos • Leitura multimodal • Número do substantivo: singular
• Convite vocabulário) • Palavras com t ou d • Atividades de revisão e plural
• Leitura multimodal • Segmentação de de conteúdo estudado na • Produção de livro de cartas
• Produção de convite para palavras por espaços em unidade • Roda de leitura
exposição branco • Dicionário ilustrado • Cartão-postal
• Roda de leitura (desenvolvimento de • Grau do substantivo: aumentativo
vocabulário) e diminutivo

Num passe de mágica! Entre quadrinhos e balões Tem alguma notícia?


• Poema • Roda de leitura • HQ • Produção de HQ • Notícia
• Cantiga • Fluência em leitura oral • Cardápio • Reconto oral de HQ • Legenda
Unidade 4

• Conto • Leitura multimodal • Nomes próprios e • Fluência em leitura oral • Fábula


• Legenda • Atividades de revisão comuns • Leitura multimodal • Uso do dicionário
• Letras f, t, v de conteúdo estudado na • Palavras com gu ou qu • Atividades de revisão • Sinônimos
• Acentos agudo e circunflexo unidade • Recursos gráficos de conteúdo estudado na • Adjetivo
• Educação ambiental: animais • Dicionário ilustrado • Palavras com l ou r unidade • Educação ambiental: comprar
em extinção (desenvolvimento de depois de consoante • Dicionário ilustrado animal silvestre não é legal!
• Produção de legenda de vocabulário) • Anúncio (desenvolvimento de • Palavras com c ou q
foto • Sons do s vocabulário) • Palavras com g ou gu

VI

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4º ANO 5º ANO
Eu já vi/Eu já sei Eu já vi/Eu já sei
• Letras de imprensa • Título de poema • Sinais e pontuação • Diversidade • Palavras terminadas em -ram
• Letra cursiva • Ordem alfabética • Pronomes • Leitura de imagem e -rão
• Cardápio • Revisão de relações entre • Bilhete • Apresentação oral • Substantivo
• Parlenda grafemas e fonemas • Fábula • Pontuação • Adjetivo
• Fluência em leitura oral • Substantivos • Recontagem oral de fábula • Relato de memória • Sinônimo
• Reconto de história • Adjetivos • Reescrita de fábula • Fluência em leitura oral • Antônimo
• Reescrita de final de conto • Verbos • Fluência em leitura oral • Verbo • Produção de texto de
• Escrita de versos e frases • Tempo verbal apresentação

Palavras e mais palavras Diários nem tão secretos


• Substantivos próprios e • Conto • Criação de paródia de • Diário pessoal • Palavras com ls, ns, rs e ss
comuns • Verbete de dicionário dicionário • Postagem/post de internet • Roda de leitura
• Produção de situação-problema • Ordem alfabética • Substantivos primitivos e • Diário ficcional • Verbos compostos
e desfecho de conto • Símbolo derivados • Diário de bordo • Criação de diário ficcional
• Fluência em leitura oral • Uso do dicionário • Palavras com ç ou ss • Leitura multimodal • Internet responsável
• Atividades de revisão de • Roda de leitura • Exposição oral • Notícia em meio digital • Fluência em leitura oral
conteúdo estudado na unidade • Criação de regras para cuidar • Vida familiar e social: palavras • Relato oral de experiência • Atividades de revisão de
• Dicionário ilustrado bem dos livros do bem vivida conteúdo estudado na unidade
(desenvolvimento de vocabulário) • Paródia de dicionário • Fluência em leitura oral • Artigos definidos e indefinidos • Dicionário ilustrado
• Substantivos comum e próprio • Atividades de revisão de (desenvolvimento de vocabulário)
• Expressões populares conteúdo estudado na unidade
• Dicionário ilustrado
(desenvolvimento de vocabulário)

Em cartaz! Pitadas de tensão


• Palavras com r ou rr • Resenha crítica de filme • Substantivos coletivos • Conto de suspense • Uso das palavras mais e mas
• Palavras com r ou s final • Entrevista • Palavras com g ou j • Artigo de divulgação científica • Criação de conto de suspense
• Fluência em leitura oral • Indicação literária • Produção de indicação literária • Adjetivos e locuções adjetivas • Fluência em leitura oral
• Atividades de revisão de • Pronomes pessoais retos • Fluência em leitura oral • Substantivos primitivos e • Atividades de revisão de
conteúdo estudado na unidade • Adjetivos e locuções adjetivas • Atividades de revisão de derivados, simples e compostos conteúdo estudado na unidade
• Dicionário ilustrado • Anúncio publicitário conteúdo estudado na unidade • Palavras com ex + vogal • Dicionário ilustrado
(desenvolvimento de vocabulário) • Palavras terminadas em oso • Dicionário ilustrado • Marcadores temporais (desenvolvimento de
e osa (desenvolvimento de • Pontuação em diálogo: dois- vocabulário)
• Roda de leitura vocabulário) -pontos e travessão
• Conto
• Uso de nós e a gente

Histórias que divertem Pessoas, fatos e assuntos


• Pontuação: ponto final, • HQ • Registro formal e informal • Entrevista • Produção de entrevista
ponto de exclamação, ponto de • Onomatopeia • Verbos terminados em u • Encontro vocálico • Fluência em leitura oral
interrogação e pontuação em • Sinais de pontuação • Criação de elementos em HQ • A letra s depois de ditongos • Atividades de revisão de
diálogo • Verbos e concordância • Educação financeira • Pontuação conteúdo estudado na unidade
• Palavras com h inicial, ch, lh • Tempo verbal (presente, • Fluência em leitura oral • Variedades linguísticas • Dicionário ilustrado
e nh passado, futuro) • Atividades de revisão de • Uso de porquê, por quê, (desenvolvimento de vocabulário)
• Fluência em leitura oral • Uso do dicionário conteúdo estudado na unidade porque e por que
• Atividades de revisão de • Pesquisa em dicionário • Dicionário ilustrado • Reticências
conteúdo estudado na unidade • Conto (desenvolvimento de
• Dicionário ilustrado vocabulário)
(desenvolvimento de vocabulário)

Aconteceu, virou notícia Recordar é viver


• Produção de resumo de notícia • Notícia • Palavras com s ou z • Apreciação de tela • Relato pessoal
• Apresentação de telejornal • Jornal impresso • Produção de notícia • Relato de memória • Fluência em leitura oral
• Roda de leitura • Telejornal • Apresentação de telejornal • Uso de há ou a • Atividades de revisão de
• Fluência em leitura oral • Sílaba tônica e classificação • Fluência em leitura oral • Verbos no infinitivo conteúdo estudado na unidade
• Atividades de revisão de das palavras quanto à sílaba • Atividades de revisão de • Verbos no modo indicativo • Dicionário ilustrado
conteúdo estudado na unidade tônica conteúdo estudado na unidade • Verbos terminados em -ram (desenvolvimento de
• Dicionário ilustrado • Acentuação de oxítonas • Dicionário ilustrado ou -rão vocabulário)
(desenvolvimento de vocabulário) • Palavras iniciadas com des- ou (desenvolvimento de • Criação de livro de relatos de
dez- vocabulário) memória

VII

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1º ANO 2º ANO 3º ANO
Navegando na imaginação Anúncios por toda parte Medindo forças
• Poema • Roda de leitura • Anúncio • Produção de cartaz para • Ficha técnica
• Quadrinha • Fluência em leitura oral • Palavras com ge ou gi / campanha sobre higiene • Gráfico
• Cantiga • Leitura multimodal gue ou gui bucal • Artigo de divulgação científica
• Conto • Atividades de revisão • Bilhete • Palavras com c ou ç • Pronomes pessoais
Unidade 5

• Bilhete de conteúdo estudado na • Mensagens via celular • Educação para o • Parágrafo


• Calendário unidade • Sons do x consumo: consumo • Palavras com m ou n; mp ou mb
• Alfabeto em letra cursiva • Dicionário ilustrado • Produção de anúncio de consciente • Produção de gráfico de colunas
• Letras l (início e final de (desenvolvimento de campanha de doação de • Fluência em leitura oral
sílaba), n (início de sílaba e vocabulário) brinquedos • Leitura multimodal
final de sílaba), j • Antônimos • Atividades de revisão
• Letra l em final de palavra • Conto de conteúdo estudado na
• Produção de bilhete para • Frases: afirmativa, unidade
recolher material reciclável negativa, interrogativa, • Dicionário ilustrado
• Apresentação oral sobre a exclamativa (desenvolvimento de
importância da reciclagem vocabulário)

Solte o som Insetos: quanta curiosidade! Anúncios para convencer


• Poema • Gravação de apresentação • Artigo de divulgação • Palavras com ch, lh, nh • Anúncio
• Cantiga musical científica • Produção de artigo de • Uso do dicionário
• Tela • Fluência em leitura oral • Palavras com ca, co, cu, divulgação científica • Substantivo (próprio e comum) e
• Letras m (início de sílaba e • Leitura multimodal ce, ci • Exposição oral sobre a adjetivo
Unidade 6

final de sílaba), x, z (início e • Atividades de revisão • Palavras c ou qu mosca-doméstica • Sílaba tônica e posição da sílaba
final de sílaba) de conteúdo estudado na • Palavras com h inicial • Fluência em leitura oral tônica nas palavras
• Letra m antes de p e b unidade • Poema • Leitura multimodal • Palavras terminadas em e ou i
• Sons do x • Dicionário ilustrado • Palavras com sílabas • Atividades de revisão • Educação para o consumo: valores
• Letra z em fim de palavra (desenvolvimento de terminadas em l de conteúdo estudado na que não têm preço
• Produção de versos para vocabulário) • Parágrafo unidade • Palavras oxítonas, paroxítonas e
cantiga • HQ • Dicionário ilustrado proparoxítonas
• Segmentação de (desenvolvimento de
palavras por espaços em vocabulário)
branco

Hummm! Que delícia! Experimentar, construir e brincar Contos de fazer tremer


• Poema • Comparação de diferentes • Texto instrucional • Produção de texto • Conto de suspense
• Parlenda tipologias de letra • Poema instrucional • Debate sobre convívio em grupo
• Cantiga • Educação ambiental: lixo e • Som nasal • Fluência em leitura oral • Pontuação em diálogo
• Conto meio ambiente • Aumentativo e • Leitura multimodal • Sinais de pontuação (ponto final,
• Receita culinária • Produção de receita culinária • Atividades de revisão
Unidade 7

diminutivo ponto de interrogação, ponto de


• Texto informativo • Apresentação sobre • Diversidade cultural de conteúdo estudado na exclamação, dois-pontos, travessão)
• Letras r, s, c crendices • Direitos das crianças unidade • Uso do dicionário
• Letra r entre vogais (som • Fluência em leitura oral • Comunidades ribeirinhas • Dicionário ilustrado • HQ
brando) e rr • Leitura multimodal • Palavras com m ou n no (desenvolvimento de • Vida familiar e social: medos
• Consoante + r • Atividades de revisão final de sílaba vocabulário) • Criação de conto de suspense
• Letra s entre vogais (som de conteúdo estudado na • Palavras com til • Classificação das palavras quanto
de z) e ss unidade ao número de sílabas
• Palavras com ca, co, cu e • Dicionário ilustrado
ce, ci (desenvolvimento de
• Cedilha vocabulário)

Passa tempo, passa hora O que será? Cozinhar é para todos


• Poema • Diversidade cultural: • Conto • Leitura multimodal • Receita culinária
• Parlenda Discriminação: não! • Pontuação em diálogo • Atividades de revisão • Verbo
• Planta baixa • Recital de trava-línguas • Letra r em diferentes de conteúdo estudado na • Sons do x
Unidade 8

• História com repetição • Produção de final de história posições unidade • Roda de leitura
• Letras h, g, q com repetição • Palavras que indicam • Dicionário ilustrado • Apreciação de tela
• Dígrafos: lh, nh e ch • Fluência em leitura oral características (desenvolvimento de • Uso do dicionário
• Palavras com ga, go, gu e • Leitura multimodal • Criação de final de vocabulário) • Infinitivo
ge, gi • Atividades de revisão conto • Palavras com x ou ch
• Palavras com gue, gui, gua de conteúdo estudado na • Apreciação de escultura • Acentuação de palavras oxítonas
unidade • Fluência em leitura oral • Vida familiar e social: direitos e
deveres iguais

• Convite • Escritas de palavras e frase • Fluência em leitura oral • Relações entre grafemas • Conto
O que aprendi

• Legenda • Alfabetos maiúsculo e • •


neste ano?

Parlenda e fonemas Sinais de pontuação


• Palavras sinônimas minúsculo • Verso • Frase • Substantivo e adjetivo
• Sílabas • Letras maiúsculas e • Bilhete • Sinais de pontuação • Verbos
• Relações entre grafemas e minúsculas • Inicial maiúscula • Parágrafo • Palavras oxítonas
fonemas • Letras cursivas maiúsculas e • Sons das letras • Palavras que indicam • Palavras com m ou n
• Formação de palavras minúsculas características • Reescrita de conto

VIII

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4º ANO 5º ANO
Poemas para ler, ouvir e ver Poesia brasileira
• Fluência em leitura oral • Poema • Produção de poema visual • Cordel • Uso do dicionário
• Atividades de revisão de • Charge • Fluência em leitura oral • Xilogravura • Criação de estrofe de cordel
conteúdo estudado na unidade • Poema visual • Atividades de revisão de • Apreciação de fotografia • Recital de cordéis
• Dicionário ilustrado • Palavras terminadas em -esa conteúdo estudado na unidade • Sons representados pela • Fluência em leitura oral
(desenvolvimento de vocabulário) ou -eza • Dicionário ilustrado letra x • Atividades de revisão de
• Acentuação de paroxítonas (desenvolvimento de • Biografia e autobiografia conteúdo estudado na unidade
• Palavras com lh ou li vocabulário) • Acentuação de proparoxítonas • Dicionário ilustrado
• Meme (desenvolvimento de
• Criação de memes vocabulário)
• Acentuação de paroxítonas
• Ditongo

Experiências na cozinha Conhecimento para todos


• Produção de anúncio para • Texto instrucional • Registro formal e informal • Artigo de divulgação científica • Produção de artigo de
campanha • Palavras terminadas em -ram • Criação de receita de slime • Infográficos divulgação científica
• Fluência em leitura oral ou -rão • Visualização de vídeo • Palavras com consoante não • Seminário
• Atividades de revisão de • Roda de leitura destinado ao público infantil acompanhada de vogal • Povos indígenas: rituais e
conteúdo estudado na unidade • Conto • Fluência em leitura oral • Acentuação de oxítonas cultura
• Dicionário ilustrado • Encontro vocálico e redução • Atividades de revisão de • Formas verbais terminadas em • Fluência em leitura oral
(desenvolvimento de vocabulário) de ditongos na oralidade conteúdo estudado na unidade -em/-êm e -ê/-eem • Atividades de revisão de
• Palavras terminadas em • Dicionário ilustrado • Roda de leitura conteúdo estudado na unidade
-agem, -igem ou -ugem (desenvolvimento de • Conto • Dicionário ilustrado
• Pronomes pessoais retos e vocabulário) • Grau superlativo (desenvolvimento de
oblíquos • Sinais de pontuação vocabulário)

Entre contos e paródias Pesquisar, opinar e publicar


• Acentuação de monossílabos • Conto • Verbos de elocução • Reportagem • Debate
tônicos • Paródia • Pesquisa em dicionário • Gráfico • Produção de artigo de opinião
• Emprego de s e ss • Vírgula em enumeração e • Pontuação em diálogo • Notícia • Fluência em leitura oral
• Fluência em leitura oral vocativo • Criação de final de conto em • Artigo de opinião • Atividades de revisão de
• Atividades de revisão de • Onomatopeia 1a pessoa • Verbos no modo subjuntivo conteúdo estudado na unidade
conteúdo estudado na unidade • Palavras e expressões que • Apresentação de final de • Palavras terminadas em -ice • Dicionário ilustrado
• Dicionário ilustrado evidenciam a passagem do conto ou -isse (desenvolvimento de
(desenvolvimento de vocabulário) tempo • Fluência em leitura oral • Conectivos vocabulário)
• Palavras terminadas em -ansa • Atividades de revisão de • Roda de leitura
ou -ança conteúdo estudado na unidade • Conto
• Uso do dicionário • Dicionário ilustrado • Concordância verbal e
• Parágrafo (desenvolvimento de nominal
• Letra inicial maiúscula vocabulário) • Palavras terminadas em l ou u
• Pronomes pessoais retos

Informações animais! O teatro e seus encantos


• Receita culinária em vídeo • Artigo de divulgação científica • Criação de artigo de • Texto teatral • Criação de texto teatral
• Produção de receita culinária • Vírgula em aposto divulgação científica • Pronomes demonstrativos e • Apresentação de peça teatral
• Fluência em leitura oral • Roda de leitura • Exposição oral possessivos • Fluência em leitura oral
• Atividades de revisão de • Relato de memória • Fluência em leitura oral • Pronomes pessoais retos e • Atividades de revisão de
conteúdo estudado na unidade • Plural de palavras terminadas • Convivência: trabalho em oblíquos conteúdo estudado na unidade
• Dicionário ilustrado em -ão grupo • Pronome de tratamento • Dicionário ilustrado
(desenvolvimento de vocabulário) • Gráfico • Atividades de revisão de • Advérbio e locução adverbial (desenvolvimento de vocabulário)
• Ficha técnica conteúdo estudado na unidade • Emprego das palavras mal
• Parágrafo • Dicionário ilustrado e mau
• Palavras terminadas em -isar (desenvolvimento de
ou -izar vocabulário)

• Pronomes pessoais • Fábula • Substantivo • Relato • Palavras terminadas em -ice


• Palavras primitivas e derivadas • Pontuação • Palavras primitivas e derivadas • Narrador ou -isse
• Palavras com g e gu, c e qu • Verbo • Sufixos -isar e -izar • Tempos verbais • Advérbio e locução adverbial
• Palavras com r ou s final • Tempos verbais • Relações entre grafemas e • Uso das palavras mas e mais
• Palavras terminadas em e ou i • Concordância verbal fonemas • Palavras com s ou z
• Relações entre grafemas e • Concordância nominal • Fluência em leitura oral • Artigo de opinião
fonemas • Pronomes pessoais
• Fluência em leitura oral • Adjetivo

IX

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TRANSIÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
A Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação reduzindo para seis
anos a idade de ingresso obrigatório no Ensino Fundamental. Além disso, com a Emenda Constitucional no 59/2009,
pais ou responsáveis de crianças entre 4 e 5 anos deverão matriculá-las na pré-escola. Sendo assim, em um movi-
mento recente da sociedade, as crianças estão frequentando a escola cada vez mais cedo. Por isso, é dever da escola
garantir espaço para o pleno desenvolvimento da infância, assegurando que a transição da pré-escola para o Ensino
fundamental ocorra de forma a dar continuidade aos processos de aprendizagem e desenvolvimento.
Para que essa transição ocorra de maneira adequada, é imprescindível assegurar tempo e espaço para momentos
de brincadeira e interação, reconhecendo cada criança como um indivíduo em suas múltiplas dimensões, e não
apenas como aluno.
Nesse sentido, também é preciso diagnosticar e valorizar os saberes prévios das crianças e seus contextos sociais
e culturais.
Escolas que trabalham simultaneamente os anos iniciais do Ensino Fundamental, ou até mesmo escolas próximas
e parceiras, podem promover nos meses finais da pré-escola atividades que apresentem especificidades da fase se-
guinte, bem como visitas para a interação entre as crianças da pré-escola e do 1o ano, de forma a desmistificar para
elas essa transição.
Além disso, é fundamental que haja trocas de informações entre professores, coordenadores e família para que
tomem conhecimento das experiências vivenciadas pelos alunos.

[...] as informações contidas em relatórios, portfólios ou outros registros que evidenciem os


processos vivenciados pelas crianças ao longo de sua trajetória na Educação Infantil podem
contribuir para a compreensão da história de vida escolar de cada aluno do Ensino Funda-
mental. Conversas ou visitas e troca de materiais entre os professores das escolas de Educa-
ção Infantil e de Ensino Fundamental – Anos Iniciais também são importantes para facilitar
a inserção das crianças nessa nova etapa da vida escolar. (BRASIL, 2018, p. 53)

Outra proposta para amenizar esse período de adaptação é organizar a sala de aula de forma que se pareça com
o espaço que os alunos encontravam na pré-escola, ou seja, carteiras em grupos ou em círculos, espaço para rodas,
prateleiras com brinquedos etc. Também é interessante intercalar os momentos de produção de escrita com os de
realização de atividades fora da sala de aula, trabalhando o movimento.
Envolver a família é outro aspecto fundamental para o sucesso da transição, pois também é necessário que os pais
ou responsáveis se sintam seguros e confiantes para que possam transmitir segurança aos filhos.
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3 ORIENTAÇÕES GERAIS
DE LÍNGUA PORTUGUESA
3.1.
 ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

O ensino da leitura e da escrita vem passando por mudanças significativas ao longo dos anos. Avanços teóricos,
novas práticas sociais de comunicação e novas tecnologias têm impactado também o surgimento e a consolidação
de propostas pedagógicas e materiais didáticos destinados ao ensino de Língua Portuguesa que contemplam todo
o Ensino Fundamental.
No espaço escolar, é necessário considerar que participamos cotidianamente de situações que implicam, con-
textualmente, falar, ouvir, escrever e ler, ou seja, engajamo-nos em atividades permeadas e tecidas por práticas de
linguagem. É o que ocorre, por exemplo, quando lemos um livro, assistimos a um filme, enviamos um e-mail ou
acompanhamos notícias. Portanto, entende-se linguagem como:

[...] ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocu-
ção que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade,
nos distintos momentos de sua história. Os homens e as mulheres interagem pela linguagem
tanto numa conversa informal, entre amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na
produção de uma crônica, uma novela, um poema, um relatório profissional. (BRASIL, 1998,
p. 20)

A Base Nacional Comum Curricular afirma que:

Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas


enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus con-
textos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem
em atividades de leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses. (BRASIL,
2018, p. 67)

Nesse sentido, é fundamental propiciar, ao longo de toda a escolaridade, condições para os alunos participarem
das práticas de produção, leitura e compreensão de textos, orais e escritos, pois esse é um dos objetivos da Educação
Básica e é responsabilidade da escola garantir aos alunos acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício
da cidadania.
A linguagem — oral e escrita — exerce inúmeras funções, como nos emocionar (quando lemos um conto), nos
orientar (quando consultamos um mapa de ruas), nos divertir (quando assistimos a um programa de humor) ou ampliar
o nosso repertório de conhecimentos (quando lemos um verbete de enciclopédia). É por meio da diversidade de prá-
ticas de leitura e de produção de textos que os alunos poderão compreender e exercitar os diferentes usos da língua.
Quando um aluno está no recreio com os colegas, a linguagem é usada, principalmente, para conversar e brincar;
os interlocutores se conhecem (há certo grau de intimidade entre eles) e os objetivos são a diversão e o entreteni-
mento. Nessa situação, provavelmente será usado um registro informal e a preocupação com o emprego de uma
das normas urbanas de prestígio não é essencial.

XI

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Entretanto, quando este aluno está em sala de aula, apresentando um trabalho para o professor e os colegas, tra-
ta-se de outra situação. Nesse caso, as relações entre os interlocutores envolvem hierarquia entre professor e aluno;
trata-se de um objetivo mais formal: expor/explicar fatos ou ideias. Nesse contexto, o emprego de uma das normas
urbanas de prestígio é recomendável, bem como o uso do registro formal de linguagem.
Por isso, é imprescindível que, ao longo dos cinco anos em que frequentarão o primeiro segmento do Ensino Fun-
damental, os alunos acessem e experimentem diferentes práticas sociais de uso da língua e tenham oportunidades
de desenvolver as habilidades necessárias para as diversas práticas de linguagem — falar, ouvir, ler e escrever —, de
acordo com as variadas situações propostas.

⊲ 3.1.1. LITERACIA
A Política Nacional de Alfabetização adota as nomenclaturas literacia e literacia familiar para o ensino de
língua, alinhando-se às terminologias utilizadas internacionalmente. Dessa forma, pretende evitar imprecisões e
equívocos quanto aos conceitos relacionados à alfabetização.
O desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à literacia inicia-se quando as crianças
interagem em seu ciclo social e se expressam de diferentes maneiras; antes, portanto, do ingresso da criança no
ambiente escolar.

Literacia é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura


e à escrita, bem como sua prática produtiva. Pode compreender vários níveis: desde o mais
básico, como o da literacia emergente, até o mais avançado, em que a pessoa que já é capaz
de ler e escrever faz uso produtivo, eficiente e frequente dessas capacidades, empregando-as
na aquisição, na transmissão e, por vezes, na produção do conhecimento (MORAIS, 2014).
O conceito de literacia vem-se difundindo desde os anos 1980 e nas políticas públicas
se reveste de especial importância como fator para o exercício pleno da cidadania. É termo
usado comumente em Portugal e em outros países lusófonos, equivalente a literacy do inglês
e a littératie do francês. A opção por utilizá-lo traz diversas vantagens, pois é uma forma de
alinhar-se à terminologia científica consolidada internacionalmente. (BRASIL, 2019, p. 21)

Nesse sentido, a ampliação desses conhecimentos, habilidades e atitudes é fundamental para a comunicação e
a socialização dos alunos, tanto em sua interação cotidiana quanto na construção de novos conhecimentos e no
desenvolvimento do pensamento.

⊲ 3.1.2. LITERACIA FAMILIAR: A FAMÍLIA COMO


AGENTE DE ENSINO-APRENDIZAGEM
As famílias têm papel fundamental no processo de
construção do conhecimento e de aprendizagem das
crianças, uma vez que as atividades realizadas fora do
ambiente escolar também contribuem para a expansão
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e o aperfeiçoamento dos conteúdos desenvolvidos na


escola. Ambas, família e escola, possuem um objeti-
vo comum que é a formação integral e harmônica
das crianças.

XII

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A partir dessa constatação, têm-se difundido o conceito e as práticas de literacia familiar.

O êxito das crianças na aprendizagem da leitura e da escrita está fortemente vinculado


ao ambiente familiar e às práticas e experiências relacionadas à linguagem, à leitura e à es-
crita que elas vivenciam com seus pais, familiares ou cuidadores, mesmo antes do ingresso
no ensino formal. Esse conjunto de práticas e experiências recebe o nome de literacia familiar
(WASIK, 2004; SÉNÉCHAL, 2008).
Uma das práticas que têm maior impacto no futuro escolar da criança é a leitura par-
tilhada de histórias, ou leitura em voz alta feita pelo adulto para a criança; essa prática
amplia o vocabulário, desenvolve a compreensão da linguagem oral, introduz padrões mor-
fossintáticos, desperta a imaginação, incute o gosto pela leitura e estreita o vínculo familiar
(CARPENTIERI et al., 2011).
Outras práticas de literacia familiar facilmente incorporáveis ao cotidiano da família são
a conversa com a criança, a narração de histórias, o manuseio de lápis e giz para as primei-
ras tentativas de escrita, o contato com livros ilustrados, a modelagem da linguagem oral, o
desenvolvimento do vocabulário receptivo e expressivo em situações cotidianas e nas brin-
cadeiras, os jogos com letras e palavras, além de muitas outras que se podem fazer em casa
ou fora dela, na comunidade e em bibliotecas. [...] (BRASIL, 2019, p. 23)

No processo educativo, quanto mais a escola e a família estiverem alinhadas, mais as crianças serão beneficiadas,
pois se estabelece uma relação de complementariedade entre o que aprendem em casa e na sala de aula. Para
ampliar o engajamento da família e atraí-la para as atividades e experiências ligadas às práticas educativas, cabe à
escola estabelecer um clima de acolhimento, segurança, cuidado e afeto.
Nesse envolvimento, os educadores devem salientar a importância de pais ou responsáveis estimularem a leitura e
a familiarização com letras, palavras, números e livros. Além disso, devem auxiliá-los, dando suporte e informações
sobre como podem praticar a literacia familiar, por meio de:
• interação verbal: nos diálogos com a criança, introduzir palavras novas, fornecer explicações e informações
que ampliem o conhecimento de mundo dela, auxiliá-la a adequar tom de voz, ritmo de fala e objetividade,
de modo que se expresse cada vez com mais desenvoltura e clareza;
• leitura dialogada: antes, durante e após as leituras em voz alta, estimular a criança a verbalizar expectativas,
sentimentos e sensações sobre a leitura, por meio de perguntas e respostas e compartilhamento de interesses;
• narração de histórias: contar histórias em voz alta. Diferente da leitura dialogada, a narração de histórias
não necessita de um recurso ou suporte material, como um livro. Porém, é fundamental que o ambiente seja
envolvente e que a prática seja prazerosa e divertida, tanto para a criança como para o adulto;
• contato com a escrita: possibilitar à criança o contato com materiais escritos presentes nas situações coti-
dianas, em suportes como livros, placas, bilhetes etc., salientando a função da escrita em cada um. Além disso,
também se refere ao exercício da escrita, incluindo desenhos, grafias inventadas, letras, palavras e até textos
mais complexos.
• atividades diversas: promover atividades como jogos, brincadeiras, esportes, música, dança e eventos
sociais, por meio das quais a criança desenvolve a linguagem, o raciocínio lógico e valores sociais e culturais.
• motivação: motivar a criança em relação à leitura e à escrita servindo como exemplo de leitor e escritor.
Ao longo de toda a escolaridade, é importante que os professores mantenham o compromisso de comunicar aos
pais ou responsáveis as atividades que estão sendo realizadas, evidenciando como os alunos aprendem e o modo
como os conteúdos estão sendo ensinados. As reuniões, as exposições e as mostras dos trabalhos dos alunos (mu-
rais e fotografias, por exemplo) são maneiras de aproximar a família da vida escolar das crianças.

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3.2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

Esta coleção tem como referências a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Política Nacional de Alfabetiza-
ção (PNA), as Diretrizes Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, cujos
princípios norteiam tanto o Livro do Estudante quanto este Manual do Professor.
A BNCC é um documento que tem como objetivo definir conhecimentos essenciais, abrangendo todas as etapas
da Educação Básica, aos quais todos os alunos, no Brasil inteiro, devem ter direito.
A PNA é também um documento normativo, que visa aperfeiçoar os processos de alfabetização no Brasil com
base em evidências científicas. Entre os objetivos do documento estão: elevar a qualidade do ensino e da aprendiza-
gem; assegurar o direito à alfabetização, de modo a promover a cidadania e contribuir para o desenvolvimento do
país; e impactar positivamente a aprendizagem ao longo de toda a trajetória educacional.
Tanto a PNA como a BNCC afirmam que a alfabetização pode se dar em dois anos, mas que isso não significa que
nesse momento se esgota o processo de aprendizagem de leitura e escrita.
A proposta da coleção é desenvolver os eixos organizadores comuns da Língua Portuguesa no Ensino
Fundamental preconizados pela BNCC juntamente com os seis componentes essenciais para alfabetização
listados pela PNA.
Os eixos organizadores comuns da Língua Portuguesa no Ensino Fundamental estão relacionados a práti-
cas de linguagem, que são articuladas com os campos de atuação em que elas se realizam.

[...] na BNCC, a organização das práticas de linguagem [...] por campos de atuação aponta
para a importância da contextualização do conhecimento escolar, para a ideia de que essas
práticas derivam de situações da vida social e, ao mesmo tempo, precisam ser situadas em
contextos significativos para os estudantes.
São cinco os campos de atuação considerados: Campo da vida cotidiana (somente anos
iniciais), Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e pesquisa, Campo jornalís-
tico-midiático e Campo de atuação na vida pública, sendo que esses dois últimos aparecem
fundidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com a denominação Campo da vida pú-
blica [...] (BRASIL, 2018, p. 84)

Por sua vez, os componentes essenciais para a alfabetização da PNA se baseiam em pesquisas, relatórios e do-
cumentos de políticas públicas voltadas à alfabetização, visando um ensino de acordo com evidências científicas atuais.

[...] De fato, aprender as relações grafofonêmicas do código alfabético da língua portuguesa


não significa esgotar totalmente o processo de aprendizagem de leitura e escrita, que inclui
ainda a aquisição de fluência oral, a ampliação do vocabulário, as estratégias de compreen-
são de textos e outras habilidades e conhecimentos que devem ser adquiridos e desenvolvi-
dos ao longo dos anos iniciais do ensino fundamental. [...]
Mas, para que haja êxito nesse processo, é indispensável um ensino conforme as evidências
científicas mais atuais. Uma consulta aos diversos relatórios e documentos de políticas públi-
cas voltadas à alfabetização, como o National Reading Panel e o Educação de Qualidade Come-
çando pelo Começo, do Comitê Cearense para a Eliminação do Analfabetismo Escolar, revela
cinco componentes essenciais para a alfabetização, a saber: a consciência fonêmica, a instru-
ção fônica sistemática, a fluência em leitura oral, o desenvolvimento de vocabulário e a com-
preensão de textos. Pesquisas mais recentes [...] recomendam a inserção de outro componente,
a produção de escrita, e assim se obtêm os seis componentes propostos pela PNA, nos quais
se devem apoiar os bons currículos e as boas práticas de alfabetização [...] (BRASIL, 2019, p. 32)

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Em consonância com esses documentos, na coleção de Língua Portuguesa, são propostas, ao longo das unida-
des, atividades de leitura (fluência e compreensão), exploração de gêneros textuais, produção de textos, lingua-
gem oral, desenvolvimento de vocabulário, situações práticas de reflexão sobre a língua e a linguagem, análise e
reflexão sobre o sistema de escrita alfabético e convenções ortográficas, apresentando aos educandos atividades
cuja complexidade é gradativa.
A coleção também visa desenvolver o trabalho de formação humana integral por meio da exploração de temas
contemporâneos, como: direitos das crianças, educação financeira, preservação do meio ambiente, diversidade cul-
tural e étnico‑racial, entre outros.
A obra tem como um dos pilares o trabalho com os gêneros textuais, cujo objetivo é levar os alunos a compreen-
der que todo texto se organiza de acordo com um gênero em função da situação sociocomunicativa que se apre-
senta, uma vez que a interação entre os indivíduos no dia a dia ocorre por meio dos gêneros textuais disponíveis em
um acervo de textos construídos pela prática social ao longo da história.
Nesse sentido, de acordo com Bakhtin:

Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. [...]
O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos,
proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enuncia-
dos refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu
conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais,
fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua construção composicional.
Todos esses três elementos – conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão
indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela espe-
cificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado par-
ticular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente
estáveis de enunciados, os quais denominamos gêneros do discurso.
A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis
as possibilidades da multiforme atividade humana e porque em cada campo dessa atividade
é integral o repertório de gêneros do discurso, que cresce e se diferencia à medida que se de-
senvolve e se complexifica um determinado campo. (BAKHTIN, 2011, p. 261-262)

Espera-se que, com base no estudo de cada volume desta coleção, os alunos desenvolvam gradativamente
habilidades ligadas à literacia, instrumentalizando-se, dessa forma, para o uso dos conhecimentos linguísticos em
práticas sociais.

⊲ 3.2.1. PNA – COMPONENTES ESSENCIAIS PARA A ALFABETIZAÇÃO

CONHECIMENTO ALFABÉTICO
O conhecimento alfabético é caracterizado pelo reconhecimento do nome, das formas e dos sons das letras do alfabeto.
Para poder compreender o sistema de escrita alfabético, o aluno precisa decifrar duas questões principais: o que
as letras representam, notam ou substituem e como as letras criam representações ou notações, ou seja, como as
letras funcionam para criar essas representações ou notações. Dessa forma, é preciso propor atividades que levem
os alunos a refletir sobre as partes orais das palavras, ou seja, situações que promovam a sua consciência fonológica
para compreenderem que a escrita nota a sequência de partes orais das palavras, pois é sabido que a mera exposi-
ção à escrita não é suficiente para que a criança aprenda a ler e escrever.

XV

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CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E FONÊMICA
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades para lidar com a estrutura sonora
da fala e articular seus componentes estruturais.
Segundo a Política Nacional de Alfabetização – PNA:

A consciência fonológica é uma habilidade metalinguística abrangente, que inclui a iden-


tificação e a manipulação intencional de unidades da linguagem oral, tais como palavras,
sílabas, aliterações e rimas. À medida que a criança adquire o conhecimento alfabético, isto
é, identifica o nome das letras, seus valores fonológicos e suas formas, emerge a consciência
fonêmica, a habilidade metalinguística que consiste em conhecer e manipular intencional-
mente a menor unidade fonológica da fala, o fonema (ADAMS et al., 2005; CAPOVILLA, A.;
CAPOVILLA, F., 2000; CARDOSO-MARTINS, 2006 apud BRASIL, 2019, p. 30)

É importante que o desenvolvimento da consciência fonológica ocorra por meio de estímulos. Esse exercício é
atrelado a habilidades ligadas à reflexão, identificação e manipulação dos sons da língua. Nesse sentido, a criança
deve perceber palavras, frases, sílabas e fonemas, ou seja, os componentes da fala.
Já a consciência fonêmica se dá pelo conhecimento consciente das menores unidades fonológicas da fala e pela
capacidade de manipulá-las intencionalmente. Esse ensino também deve ser intencional e realizado por meio de
atividades lúdicas, com apoio de objetos e melodias, por exemplo.

COMPREENSÃO DE TEXTOS
De acordo com a PNA, um bom leitor é aquele que identifica palavras com precisão, fluência e velocidade. O
objetivo da leitura é a compreensão. No entanto, é possível ler sem compreender, pois, para compreender textos, é
necessário desenvolver diferentes habilidades e capacidades relacionadas à compreensão da linguagem e ao código
alfabético (MORAIS, 2013).
As práticas que antecedem a alfabetização formal são essenciais para a articulação dos aspectos sonoros, visuais e
cognitivos, uma vez que decodificar e compreender textos e, na sequência, saber expor oralmente as ideias centrais
neles apresentadas, requer um conjunto de habilidades, que devem ser construídas desde o início da escolaridade.
As leituras feitas em sala de aula precisam ser integradas aos conhecimentos prévios dos alunos. Por isso, é impor-
tante estimular a capacidade de levantar hipóteses sobre o conteúdo da leitura que os alunos farão, a partir de pistas
que vão desde a observação do suporte, isto é, de onde o texto foi retirado, até a apresentação do assunto, para
que contem o que já sabem sobre ele. Vale lembrar a necessidade de retomar as hipóteses levantadas no decorrer
da leitura para que as predições possam ou não ser validadas.
Além disso, é preciso estimular a prática de sistematização, pois ela permite que os alunos compreendam aspec-
tos e intenções que não estavam explícitos ou diretamente expressos.
Sendo assim, o desenvolvimento da compreensão de textos deve ter por objetivo levar os alunos a relacionar os
conhecimentos que possuem aos conhecimentos adquiridos com a leitura e a aplicar as informações obtidas em
outros contextos.

FLUÊNCIA EM LEITURA ORAL


A fluência em leitura oral significa ler bem, com precisão e prosódia, isto é, saber modular a voz e empregar ritmo
adequado. É fundamental que o ensino da leitura garanta que as crianças aprendam a ler com fluência, ou seja, com
precisão e rapidez, uma vez que a fluência é o meio que as permite compreender o que estão lendo.
A leitura sem fluência não fornece ao cérebro informações suficientes para processar a informação que vem do
texto, ou seja, não garante sua compreensão. Um dos objetivos da escola é formar leitores autônomos, que leem de
maneira tão rápida quanto escutam informações em uma palestra, por exemplo.

XVI

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Três indicadores ajudam na verificação do progresso da fluência leitora: velocidade, precisão e prosódia. A velo-
cidade diz respeito ao número de palavras que o leitor lê por minuto; a precisão, ao número de erros que comete,
pois, ao errar, ele tende a reler a palavra e isso afeta também a compreensão; e a prosódia, que é a capacidade de
ler de forma modulada, refletindo a compreensão do texto. Destaca-se que esses indicadores variam de acordo com
os conhecimentos do leitor em relação ao assunto do texto.
Para avaliar a fluência tendo como referência esses indicadores, sugere-se gravar (em áudio e/ou vídeo) a leitura
em voz alta dos alunos para verificar o número de palavras lidas corretamente em um minuto (velocidade e preci-
são), com prosódia adequada, de um texto destinado à faixa etária deles. A análise da prosódia, por se tratar de um
indicador com certa subjetividade, deve observar aspectos ligados à expressão, à entonação e ao ritmo.
De acordo com a PNA (BRASIL, 2019, p. 34), deve-se tomar como parâmetro para os anos iniciais do Ensino Fun-
damental os seguintes números médios de palavras lidas por minuto:

Anos do ensino fundamental Número médio de palavras lidas por minuto

1o 60

2o 80

3o 90

4o 100

5o 130

DESENVOLVIMENTO DE VOCABULÁRIO
O desenvolvimento do vocabulário permite a aquisição de novas possibilidades discursivas aos alunos, o que afeta
positivamente suas capacidades de compreensão e de interação com o mundo.
O ambiente no qual a criança está inserida, as relações sociais construídas e as especificidades de cada uma são
determinantes nesse processo. No entanto, a escola também tem papel relevante no desenvolvimento do vocabu-
lário dos alunos.

O vocabulário [...] é a capacidade de o indivíduo identificar o sentido de uma palavra num


contexto. Um amplo domínio do vocabulário é necessário, mas não suficiente para permitir
a compreensão de um texto. Uma coisa é identificar uma palavra automaticamente. Outra é
identificar o sentido da palavra. E uma terceira coisa é identificar o sentido da palavra num
determinado texto. (OLIVEIRA, 2008, p. 164)

Assim, é preciso que o educador explore tanto o vocabulário receptivo e expressivo quanto o vocabulário de
leitura, por meio de práticas: de linguagem oral; de leitura em voz alta, realizada por um mediador ou pelo próprio
aluno; e de outras intencionais, de palavras individuais e de estratégias de aprendizagem, de forma que as crianças
ampliem e enriqueçam seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, para apropriarem-se
cada vez mais da língua.

PRODUÇÃO DE ESCRITA
O trabalho com a produção escrita deve ter início nos primeiros anos da escolaridade, com o objetivo de desen-
volver e aprimorar a compreensão do sistema de escrita, bem como o funcionamento da linguagem.

XVII

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Sobre esse aspecto, a PNA discorre que:

[...] a produção de escrita diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras, quanto à de
produzir textos. O progresso nos níveis de produção escrita acontece à medida que se conso-
lida a alfabetização e se avança na literacia. (BRASIL, 2019, p. 34)

Nesse sentido, o objetivo de desenvolver essa habilidade é formar escritores competentes, estabelecendo uma
relação efetiva entre leitura e escrita, pois ambas possibilitam o contato com as características peculiares da lingua-
gem que cada gênero textual requer.

⊲ 3.2.2. BNCC – EIXOS ORGANIZADORES COMUNS DE


LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL
LEITURA/ESCUTA
No trabalho com a leitura, a primeira condição é compreender que ela vai muito além dos processos de codificação
e decodificação. Investir na formação de leitores implica compreender a leitura como um processo de construção de
sentidos. Para tanto, é fundamental oferecer aos alunos textos que circulam em diferentes esferas (literária, jornalística,
de divulgação científica, publicitária) e representam a variedade de gêneros textuais de uma sociedade letrada.
Consideramos também que o leitor tem um papel ativo durante a leitura: deve ser crítico, estabelecer relações entre
o que sabia antes e o que está lendo, saber avaliar suas hipóteses e, se for o caso, reformulá-las. Toda leitura tem um
propósito: ler para obter informações; ler para seguir instruções; ler para alguém; ler para revisar; ler por prazer; ler
para se divertir. É no trabalho com diferentes textos que os alunos desenvolvem e praticam as estratégias de leitura.
Desde cedo, os leitores precisam participar efetivamente de práticas de leitura. Nos anos iniciais de escolarização,
essa participação se dará em boa parte por meio da mediação do professor, que, muitas vezes, precisará atuar como
leitor para seus alunos. Nos anos finais do primeiro segmento do Ensino Fundamental, essa prática deverá perma-
necer e passar a conviver com momentos em que os alunos experimentam diferentes oportunidades de atuar como
leitores legitimados pelo professor e por seus pares.
A leitura de um texto tem início antes mesmo de o leitor começar a lê-lo de fato. Ao entrar em contato com ele,
o leitor realiza várias operações, ainda que de modo inconsciente: observa a apresentação gráfica, as imagens, lê o
título, as legendas, tenta identificar o gênero textual.
Na coleção, algumas estratégias foram pensadas para promover o contato dos alunos com o tema ou com o gê-
nero do texto, oferecendo-lhes a oportunidade de fazer predições ou externar seu conhecimento prévio.

[...] o leitor eficiente faz predições baseadas no seu conhecimento de mundo. Na aula de
leitura, é possível criar condições para o aluno fazer predições, orientado pelo professor, que,
além de permitir‑lhe utilizar seu próprio conhecimento, supre eventuais problemas de leitu-
ra do aluno [...]. (KLEIMAN, 1998, p. 52)

Vale lembrar a importância de se retomarem as hipóteses levantadas no decorrer da leitura para que as predições
possam ou não ser validadas.

⊲ SUGESTÕES DE LEITURA
• KAUFMAN, A. M.; RODRÍGUEZ, M. H. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artmed, 1995.
• MORAIS, A. G. de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2001.

XVIII

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A concepção de que existe uma única interpretação autorizada para um texto está superada, pois se sabe hoje
que os sentidos são construídos durante a leitura, e não determinados exclusivamente pelo texto. As condições de
produção em que ele foi elaborado, o diálogo com outros textos e discursos, os recursos estético-estilísticos em-
pregados, sua finalidade, o suporte em que circula, entre outros aspectos, participam da construção dos sentidos e
devem ser considerados quando se visa à sua compreensão.
A possibilidade de (re)construir os diferentes sentidos de um texto depende de se considerar a leitura como um
processo interativo entre o leitor, o texto e seu autor. Para tanto, o leitor precisará mobilizar diversas estratégias e
capacidades de leitura. Um primeiro aspecto fundamental para o desenvolvimento do processo de leitura é o esta-
belecimento ou a identificação da finalidade: “passar o tempo”, aprender, buscar determinada informação, entre
outras tantas possibilidades.
Ativar e explorar os conhecimentos prévios dos alunos é parte integrante do processo de leitura. Para isso, podem
ser mobilizados diferentes aspectos do texto que será lido, por meio de questões que permitam ao leitor recuperar
informações e conhecimentos a respeito das características do texto.
Durante a leitura propriamente dita, diferentes capacidades entram em jogo, como as de localização, compara-
ção e generalização de informações, que permitem ao leitor identificar uma informação pontual em um texto, com-
parar informações presentes em diferentes partes dele ou sintetizá-lo, generalizando as informações ali contidas.
Inferir é outra capacidade fundamental no processo de leitura: por meio das pistas encontradas no texto, o leitor
deve ser capaz de produzir inferências sobre o sentido de uma palavra desconhecida (inferência local ou lexical), uma
intenção do autor ou uma conclusão subentendida (inferência global). O leitor proficiente deve, ainda, ser capaz de
reconstruir as relações de intertextualidade e de interdiscursividade presentes no texto, ou seja, identificar e com-
preender as marcas (explícitas ou implícitas) da relação que aquele texto estabelece com outros textos e discursos.
Por fim, a compreensão de um texto supõe um diálogo com ele. Por meio dos conhecimentos que o leitor já
possui e comparando o que lê com outros textos lidos, ele posiciona-se, emitindo opiniões e apreciações. Quanto
às atividades que buscam a compreensão do texto lido, é desejável elaborar, por exemplo, perguntas com o intuito
de questionar os alunos sobre o que pensam ou sobre o que sentiram com a leitura. Desse modo, a leitura contribui
para formar um leitor competente que exerce sua cidadania.
PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Ler é uma prática social. É primordial entender que a leitura acontece em diferentes espaços com características
muito distintas: os tipos de conteúdo dos textos que neles circulam; as funções colocadas para a leitura; os pro-
cedimentos mais comuns; os gêneros dos textos. Por exemplo, em um consultório médico, é possível que estejam
disponíveis diferentes revistas para o entretenimento do paciente; em uma lanchonete, é necessário ler o cardápio
para conseguir solicitar a comida. E é por isso que o conhecimento das estratégias, implícitas no ato de ler, é indis-
pensável ao professor, pois lhe permitirá acessar os mecanismos de leitura acionados pelos alunos.
O docente deve estar apto a auxiliar o aluno com propriedade, eficiência e fluência. As estratégias de leitura são
processos cognitivos, conscientes ou inconscientes, que são efetuados pelo leitor e que facilitam a compreensão da
leitura, tornando-a mais ágil e eficaz.
De acordo com Isabel Solé:

Se considerarmos que as estratégias de leitura são procedimentos de ordem elevada que


envolvem o cognitivo e o metacognitivo, no ensino elas não podem ser tratadas como técnicas
precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas. O que caracteriza a mentalidade estra-
tégica é sua capacidade de representar e analisar os problemas e a flexibilidade para encontrar
soluções. Por isso, ao ensinar estratégias de compreensão leitora, entre os alunos deve predo-
minar a construção e o uso de procedimentos de tipo geral, que possam ser transferidos sem
maiores dificuldades para situações de leituras múltiplas e variadas. [...] (SOLÉ, 1998, p. 70)

XIX

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O trabalho com estratégias de leitura é de suma importância para a formação de um leitor autônomo, ou seja,
um leitor que saiba aprender, buscar informações e tirar proveito delas. A seguir são elencadas algumas estratégias
de leitura, considerando os quatro processos gerais de compreensão de leitura.
Seleção: é sabido que o leitor não lê palavra por palavra que está escrita. Em um processo natural, a pessoa sele-
cionará somente os conteúdos cognitivos que lhe são interessantes naquele momento. Isso pode ser facilmente visto
na leitura de um jornal ou revista, quando se vai, por exemplo, diretamente à seção de esportes ou classificados,
pois aquele é o assunto procurado.

Antecipação: antes de iniciar a leitura, o leitor se utiliza de algumas informações, como conhecimento sobre o
assunto, o gênero, o suporte, o autor do texto, a época em que o texto foi publicado, a disposição na página, o
título, as ilustrações, entre outros, para levantar hipóteses sobre o que lerá. Essa estratégia ocorre antes e durante a
leitura e faz com que o leitor processe as informações do texto com mais velocidade, uma vez que não necessitará
estar atento a cada palavra do texto, pois consegue prever muito de seu conteúdo.

Checagem de hipóteses: durante a leitura, o leitor faz previsões para antecipar os fatos veiculados pelas in-
formações que está lendo. Ou seja, quando ainda está lendo o texto, levanta hipóteses sobre o que acontecerá a
seguir, usando como estratégia informações do próprio texto e de seu conhecimento de mundo, e no decorrer da
leitura vai confirmando ou refutando as hipóteses levantadas e buscando outras. Vale ressaltar que o autor pode,
intencionalmente, inserir pistas falsas com o intuito de levar o leitor a deduzir hipóteses que, posteriormente, não se
confirmarão com o avanço do texto. Essa estratégia é comum, por exemplo, em narrativas policiais, pois, se o leitor
previr logo de início quem é o autor por trás do crime, a história perderá a graça. Independentemente de o autor tra-
zer pistas falsas ou não, a antecipação, enquanto estratégia de leitura, é a predição de alguma informação do texto

Localização e/ou retomada de informações: essa estratégia ocorre em leituras em que há a necessidade de
distinguir as informações consideradas essenciais das secundárias, como: leituras com função de estudo, busca de
informações em enciclopédias, obras de referência, sites na internet, entre outras. Nesse tipo de leitura, o leitor
busca localizar determinadas informações e selecioná-las, destacando-as ou copiando-as e colando-as (no caso de
meios digitais). É importante destacar que essa estratégia não ocorre sozinha, pois também há, nesse tipo de leitura,
a antecipação, a checagem de hipóteses e as demais estratégias que serão tratadas a seguir.

Comparação de informações: durante a leitura, o leitor compara informações do texto que está lendo com as
de outros já lidos e com seu conhecimento de mundo, de forma a sistematizar o conteúdo que está lendo e analisar
o que, de fato, é o mais relevante para se armazenar.

Generalização: após a análise de quais informações são mais relevantes, o leitor desconsidera, mesmo que de
forma inconsciente, as redundâncias e as repetições, guardando na memória apenas trechos ou uma síntese das
ideias principais apresentadas.

Inferência: o leitor pode descobrir pelo contexto significados de palavras no texto, não havendo necessidade de
fazer interrupções na leitura para buscar significados de palavras não conhecidas. Além de significados de palavras,
o leitor também é capaz de compreender informações que não estejam explícitas no texto. Para isso, usa pistas dei-
xadas pelo autor, seus conhecimentos de mundo sobre o assunto tratado e sobre o gênero textual que está lendo,
de forma a complementar e interpretar informações.

Verificação: utilizando essa estratégia, o leitor cria uma conexão permanente entre o que foi inferido e as respos-
tas que obteve durante a leitura do texto. É uma autoavaliação constante entre o que o leitor deduziu com o que
de fato o produtor do texto disse.

XX

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LEITURA SILENCIOSA REALIZADA PELO ALUNO
A leitura silenciosa é prática essencial no processo de compreensão do texto. Nesse momento, o leitor poderá es-
tabelecer um primeiro diálogo com o texto, buscar estratégias para lidar com ele de modo autônomo e experimentar
e organizar as emoções desencadeadas pela leitura, bem como os conhecimentos que tiver a respeito do texto lido.
Esse exercício será fundamental também para o momento da leitura em voz alta, que demandará preocupação com
velocidade, precisão e prosódia.
A leitura silenciosa não deve ter um tempo predeterminado para ocorrer, uma vez que os alunos apresentam
condições de leitura heterogêneas, e é importante respeitar o ritmo de cada um.
Embora nem sempre essa seja a primeira estratégia utilizada para promover a aproximação do leitor com o texto,
é sempre bom garantir um momento para resolver dúvidas relacionadas ao vocabulário ou à compreensão textual,
propiciando a análise das palavras no contexto, bem como a análise dos recursos linguísticos empregados.
LEITURA EM VOZ ALTA FEITA PELO ALUNO
A leitura em voz alta não pode ter como objetivo apenas a decodificação, pois sua prática favorece a fluência e
a compreensão de textos.
É importante que o aluno perceba que, ao ler para o outro, um terceiro sujeito (o ouvinte) se instaura no processo
de leitura, que inicialmente envolve autor e leitor.
O procedimento de leitura em voz alta, aliado às demais práticas, é de suma importância para que o aluno possa
imprimir ao texto entonação e ritmo, efetivando assim a leitura significativa.
O exercício da leitura em voz alta contribuirá também para que o aluno desenvolva pronúncia clara, boa articula-
ção das palavras, entonação adequada e observação das pausas, desenvolvendo assim a fluência, que torna a leitura
menos trabalhosa e mais agradável.
Para ampliar as possibilidades de desenvolvimento da fluência de leitura, sugerimos algumas estratégias:
• motivar o aluno a ler em voz alta os textos que produz;
• propiciar ao aluno um tempo para a preparação do texto que será lido oralmente;
• incentivar o aluno a ler textos produzidos pelos colegas;
• possibilitar que o aluno grave a leitura oral para depois ouvi-la e avaliar as possibilidades de melhorá-la;
• promover jograis para que o aluno possa observar seu próprio desempenho.

É importante destacar que o trabalho com a leitura deve ainda favorecer a escrita, uma vez que os diferentes
textos constituem modelos de como escrever, levando em conta o interlocutor ao qual cada um deles se destina.
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ORALIDADE
Atuar em sociedade supõe um sujeito capaz de participar das diferentes práticas de linguagem oral. Tal como
acontece com os textos escritos, há diferentes textos orais: uma conversa sobre o futebol com os amigos é diferen-
te de uma entrevista com o diretor da escola para solicitar uma mudança de horário: mudam os interlocutores, os
objetivos do texto, o lugar social ocupado pelos interlocutores e, como consequência, o texto será diferente, tanto
em sua organização textual quanto em relação à variedade linguística.
Por exemplo, os diversos espaços públicos contam com regras que organizam a participação adequada nas inte-
rações orais: quem pode e quando deve falar, do que se pode falar, em qual variedade linguística etc.
Saber participar adequadamente dessas interações orais públicas supõe um aprendizado longo. Embora tenha se
iniciado a partir das situações familiares cotidianas vivenciadas pela criança, é na escola que se dará sua sistematiza-
ção. A sala de aula é, também ela, um espaço público de interação oral que, como tal, implica regras de convivência
e de participação que devem ser objeto de ensino regular.
Nas interações orais que permeiam a sala de aula, o professor deve atuar como mediador, orientando os alunos
a escutar atentamente, a responder às questões propostas, bem como a participar das rodas de conversa, relatando
experiências vividas e emitindo opiniões em debates que sejam sugeridos.
Outro aspecto relevante no trabalho com as práticas de escuta e produção de textos orais relaciona-se à diversi-
dade linguística que pode estar presente na sala de aula.
É provável que alunos, professores e funcionários da escola expressem-se em variedades linguísticas diferentes,
quer motivadas por fatores regionais, quer por fatores sociais, econômicos e históricos. Essa variação é constitutiva
da língua, e os alunos devem compreender que não há uma única maneira de falar, tampouco uma única maneira
correta de se expressar. O que determina como se deve falar — qual variedade empregar — é a situação de comu-
nicação, considerados os interlocutores, os objetivos e o lugar social em que ela se dá. O respeito à diversidade
linguística é uma atitude ética necessária à participação cidadã na sociedade e deve ser fomentado no
dia a dia da escola.
Quando chegam à escola, os alunos dominam determinadas variedades linguísticas, por meio das quais partici-
pam das interações orais que acontecem dentro e fora da sala de aula. De fato, não cabe à escola ensinar o aluno
a falar. No entanto, ao longo da escolarização, o aluno precisará aprender outros modos de falar, conforme exigido
pelas diferentes situações de comunicação. Por isso, um dos objetivos do ensino da Língua Portuguesa é preparar
os alunos para participar adequadamente de situações públicas formais.
Vale lembrar que, para expressar-se oralmente, é necessário ter au-
toconfiança, e isso se conquista com uma boa acolhida, pelo in-
terlocutor, daquilo que o aluno sente ou pensa. Daí a impor-
tância de se garantir, antes de tudo, um espaço favorável,
no qual as “falas” sejam respeitadas, assim como as
diferenças e as diversidades. Isso não significa aceitar
tudo sem interferir. É preciso dar instrumentos para
que o aluno possa enfrentar situações que exijam
uma linguagem mais formal.
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PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS
O trabalho com a produção de textos escritos deve ter início nos primeiros anos da escolaridade, com o objetivo
de aprimorar a compreensão do sistema de escrita, bem como do funcionamento da linguagem. Desde as primeiras
produções, é fundamental que sejam explicitados o sentido e a função dos textos que serão solicitados ao aluno,
que ele tenha oportunidades para se comunicar e ser compreendido, que perceba o papel que desempenha ao
escrever e qual a finalidade de sua escrita.
Formar escritores competentes implica estabelecer uma relação efetiva entre leitura e escrita, pois ambas pos-
sibilitam o contato com as características peculiares da linguagem que cada gênero textual requer. É preciso criar
situações em que a escrita tenha um objetivo e um destinatário definido, e auxiliar os alunos no sentido de adequar
a linguagem e a forma a serem utilizadas.
A diversidade de textos a serem produzidos exige uma prática contínua do aluno e um olhar atento do professor
para que ele possa desenvolver o seu próprio processo de autoria, planejando, redigindo e revisando seus escritos.
Também é importante lembrar aos alunos que toda escrita tem uma finalidade e se destina a um leitor. Eles de-
vem saber que todo escritor escreve e reescreve seus textos muitas vezes até que sejam considerados adequados às
suas finalidades e possam ser publicados. Portanto, devem aprender, desde as primeiras produções, que os erros e
as inadequações fazem parte do processo e que submeter os textos à leitura de outras pessoas é uma maneira de
saber se conseguimos comunicar o que queríamos, se alcançamos o efeito desejado. Porém, também é fundamental
desenvolver a capacidade de olhar para os próprios textos e poder avaliá-los. Para garantir um trabalho eficiente
com a produção textual, é preciso propor atividades que desafiem os alunos a experimentar as diferentes etapas da
produção: planejamento, elaboração, revisão e refação.
Para tanto, as fases de produção seriam:
• a primeira fase consiste em delimitação do tema e seleção dos objetivos;
• a segunda fase é o ato de escrever propriamente dito. Nesse momento, serão explorados aspectos es-
senciais do gênero textual em questão, com o objetivo de que essa prática subsidie as futuras produções
individuais dos alunos;
• a terceira fase corresponde ao momento em que o sujeito avalia o que escreveu — observando a organi-
zação textual e temática, além dos aspectos referentes à segmentação da escrita, entre outros;
• a última fase corresponde ao momento em que, com base nos critérios avaliativos, o aluno reelabora
seu texto.
O aluno experiente poderá envolver-se nessas etapas de produção “naturalmente”; às vezes, até abolindo algu-
mas delas, se a atividade for a escrita de um gênero textual a que ele está habituado e que pratica cotidianamente.
Já para os alunos do Ensino Fundamental, essas etapas têm de ser objeto de ensino, de modo a se tornarem inte-
grantes da atividade de produzir textos, e, para isso, é importante que o professor atue como mediador, propondo
estratégias para o planejamento, a textualização, a revisão e a reescrita dos textos.
Em grande parte das vezes, os alunos não atingem a qualidade do texto desejada pelo professor por falta de
oportunidade de planejamento e revisão de seus textos. Sugere-se que haja a revisão do aluno, a revisão do alu-
no em colaboração com os colegas (quando pertinente), a revisão do aluno com o apoio do professor, a correção
do professor de aspectos que o aluno (autor) ainda não tem condições de revisar no momento, para só então ser
proposta a reescrita, incluindo todas as alterações no texto. O quadro a seguir demonstra como auxiliar o aluno no
momento da produção de um texto que atenda às expectativas:

XXIII

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Revisão Revisão
Planejamento Textualização Rescrita/Edição
Aluno/Aluno-Aluno Aluno-Professor
Verificar se o aluno
compreendeu todas as
Instigar o aluno a ler
Definir o tema da Incentivar o aluno a Considerar a marcações feitas durante
o texto para outro(s)
produção (sobre o que escrever aquilo que continuidade a revisão, de forma
aluno(s) ou pedir que
vou escrever?). planejou. do tema. que consiga reescrever
leia(m) o que foi escrito.
o texto inserindo as
revisões.
Evitar interromper Incentivar a leitura da Levar o aluno a reler
Selecionar um objetivo,
o processo de produção para observar o texto reescrito para
ou seja, com qual
textualização com se o texto cumpre o Levar o aluno a atentar- observar se foram
intenção ele irá escrever
sugestões para objetivo proposto e se ao cumprimento dos inseridas todas as
(de que modo e com
aprimoramento do estimular trocas para objetivos planejados. alterações feitas durante
que propósito vou
texto, pois haverá que haja o intercâmbio a revisão e a sua
escrever?).
momentos de revisão. de ideias entre os pares. correção, professor.
Direcionar o olhar do
aluno para a clareza
Ressaltar a importância do que escreveu
Definir o público-alvo da Pedir que verifique(m) a
de levar em em relação ao que
produção (para quem adequação do texto ao
consideração o público- gostaria de comunicar
vou escrever?). público-alvo.
alvo da produção. e para a adequação das
informações do texto ao
público-alvo.
Prever em qual situação Solicitar que releia(m) a Solicitar que reexamine
Ressaltar a necessidade
e em qual suporte o produção para observar aspectos ligados à
de considerar o suporte
texto será divulgado a adequação do texto sintaxe e à semântica,
como elemento
(onde o texto será em relação ao suporte de acordo com a
relevante da produção.
publicado?). escolhido. gramática normativa.
Solicitar que o aluno
Estimular o aluno a Levar o aluno a avaliar
Organizar as ideias Solicitar que registre o observe a adequação da
recorrer aos textos do a coerência entre
e informações (quais texto de acordo com o espacialização do texto,
mesmo gênero estudado os períodos e os
ideias vou apresentar?). objetivo planejado. a diagramação e as
que apoiem a produção. parágrafos.
ilustrações.
Estimular a consulta
às anotações feitas,
Repassar com o aluno
durante o planejamento,
Ajudar o aluno a o que ele escreveu e as
a outros registros
aumentar o vocabulário palavras que utilizou,
expostos na sala que
(quais palavras vou usar evitando focar somente
apoiem a produção e
no texto?). aspectos gramaticais e
até mesmo a outros
ortográficos.
alunos e/ou ao
professor.

Em relação à revisão, é importante trabalhar a retomada do texto, para aprimorá‑lo e ajudar os alunos a tomar
consciência de que toda escrita é provisória.
É papel essencial do professor planejar as intervenções necessárias para que eles possam refletir sobre suas pró-
prias produções. Para os alunos iniciantes na escrita, é muito difícil lidar ao mesmo tempo com os vários aspectos
envolvidos nesse processo. Assim, as atividades de revisão devem ser dosadas, selecionando-se os aspectos que
devem ser observados.
Essa discussão pode ser iniciada com os aspectos discursivos do texto. Por exemplo, com qual intenção o texto foi
escrito: para informar, divertir, expor um conhecimento, ensinar a realizar uma ação (um jogo ou uma receita culi-
nária) etc.? Para quem foi escrito? Onde os textos serão publicados (jornal da turma, da escola, em uma coletânea)?
Depois se verifica se a seleção das palavras, a pontuação, as marcas de oralidade, os tempos verbais estão ade-
quados ao gênero proposto. Há repetições que podem ser eliminadas? Faltam informações? Há termos que devem
ser substituídos? De que maneira?

XXIV

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Com base na análise das produções, o professor poderá elaborar um roteiro de perguntas com o objetivo de con-
duzir a reflexão da turma para a percepção do erro ou da inadequação. As questões propostas à turma dependerão
dos aspectos a serem corrigidos ou aprimorados.
É durante a produção de textos que os conteúdos trabalhados no estudo da língua devem estar presentes. A
produção e, principalmente, a revisão são momentos extremamente favoráveis para que os alunos utilizem os co-
nhecimentos adquiridos para construir textos cada vez mais coesos, com maior adequação e expressividade.
REVISÃO EM FUNÇÃO DA SITUAÇÃO COMUNICATIVA
Quando os alunos estão começando a criar seus primeiros textos, é comum que não sejam atendidas todas as ex-
pectativas de uma escrita-padrão. Os padrões de escrita ainda são comumente desacatados. Até que ponto o professor
deve interceder? A correção de todos os aspectos é necessária? Quais são as expectativas para o texto desse aluno?
Essas respostas variam de acordo com as situações comunicativas nas quais os textos dos alunos estarão inseridos:
TEXTO PARTICULAR
• Quando se tratar de uma escrita pessoal do aluno, como um diário, anotações de estudo, bilhetes a outros
colegas, um livrinho com piadas ou charadas que queira compartilhar com os amigos e a família, é suficiente
que o próprio aluno revise e altere o que acha pertinente, sem a instrução do professor.
TEXTO VOLTADO AOS ALUNOS DA MESMA TURMA
• Em atividades expostas no mural da sala, os alunos e o professor poderão sugerir alterações, lembrando aos
alunos que as avaliações devem ser feitas de modo a melhorar o texto do colega, e não de forma que o colega
não encontre maneiras de dar um passo à frente. Assim, o autor do texto e os outros alunos poderão revisá-lo
e alterá-lo em diferentes oportunidades.
TEXTO DIRIGIDO AOS PAIS OU A OUTRAS PESSOAS DA ESCOLA
• Neste caso, a revisão poderá ser feita de maneira coletiva. Não serão corrigidos os aspectos que ainda não
foram estudados pelos alunos. Talvez seja necessária a explicação aos pais de que os aspectos não corrigidos
se devem a essa informação ainda fora de alcance para o aluno.
TEXTO PÚBLICO
• Se o texto do aluno será um material que irá para fora do ambiente didático, como para algum funcionário da di-
reção, autoridade de sua comunidade, uma campanha publicitária, entrevista para o jornal da escola, por exemplo,
o professor precisará fazer o papel de um revisor, depois que o autor e a turma tiverem feito uma revisão e alterado
o que eles são capazes de corrigir por eles mesmos — é importante que uma pessoa de fora da sala possa revisar
também, pois esse olhar de fora do âmbito em que os alunos estão inseridos será diferente. Por fim, o professor
assumirá a responsabilidade de corrigir os aspectos que os alunos não são capazes ainda de realizar sozinhos.

ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA
A proposta de promover uma análise linguística/semiótica visa explorar questões linguísticas e demais ele-
mentos que contribuem para os efeitos de sentido do texto, ou seja, essa proposta compreende procedimentos e
estratégias de análise e avaliação consciente, ao longo dos processos de leitura e produção de textos, das materiali-
dades dos textos, baseando-se nos efeitos de sentido gerados pelas estruturas da língua, recursos gráficos e demais
elementos semióticos e na situação de produção desses textos.
De acordo com a BNCC:

[...] no eixo Análise linguística/semiótica sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos


dois primeiros anos, e desenvolvem-se, ao longo dos três anos seguintes, a observação das
regularidades e a análise do funcionamento da língua e de outras linguagens e seus efeitos
nos discursos. (BRASIL, 2018, p. 89)

XXV

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ORTOGRAFIA, POR QUE ENSINAR?
Ortografia é uma convenção social, que possui regularidade e irregularidades.
Primeiro, os alunos dominam as propriedades do sistema de escrita alfabética e, só aos poucos, internalizam as
normas ortográficas. Em alguns casos, a ortografia é pautada por regras; em outros, a norma estabelece formas únicas
autorizadas, que o usuário terá de memorizar. Por se tratar de um objeto de conhecimento de tipo normativo, conven-
cional, prescritivo, cabe à escola ensiná-lo com atividades que levem o aluno a refletir sobre as regras e as exceções.
São regulares as palavras que obedecem a regras ou normas, o que permite aos alunos escrevê-las corretamente
sem nunca tê-las visto antes, desde que conheçam essas regras. São irregulares as palavras cuja grafia não se apoia
em alguma regra, pois nesse caso não há.
Ciente disso, o professor poderá organizar as tarefas de aprendizagem ortográfica de dois modos: determinando
o que os alunos podem assimilar por regras e/ou o que devem memorizar.
Na língua portuguesa, de acordo com Artur Gomes de Morais, podem ser encontrados três tipos de regularida-
des: a direta, a contextual e a morfológico-gramatical.
A regularidade direta trata dos casos em que há uma relação direta entre a letra e o som que ela representa,
correspondendo à grafia das letras p, b, t, d, f e v. De modo geral, os alunos não encontram muitas dificuldades no
uso dessas letras, porque a cada letra corresponde um som, e vice-versa.
A regularidade contextual ocorre em palavras nas quais há, no sistema alfabético, a possibilidade de mais de uma
letra para um mesmo som. A regra contextual indica em que determinada letra será empregada, de modo que permite
ao usuário do sistema prever qual letra deverá empregar. Por exemplo, para grafar o som /z/, o sistema possibilita o uso
das letras z, s ou x. No entanto, no contexto “início de palavra”, sempre se usará a letra z. A norma restringe, pois, o
uso das letras, formulando regras que se aplicam parcial ou totalmente aos contextos das palavras utilizadas.
A irregularidade na ortografia exige dos alunos a tomada de consciência de que nem sempre há regras para se
grafarem as palavras corretamente. É importante sugerir situações que favoreçam a tomada de consciência das irre-
gularidades e da necessidade de consultar o dicionário para resolver eventuais dúvidas e memorizar a grafia correta
das palavras.
Um expediente de que o professor pode lançar mão e que costuma ser eficiente é o “banco de palavras”. À me-
dida que as palavras, irregulares do ponto de vista ortográfico, surgem nos textos de leitura e nos textos produzidos
pelos alunos, pode-se construir uma lista que deve ficar exposta na sala de aula. Esse banco de palavras não apenas
auxilia os alunos a escrever corretamente, mas também contribui para que eles compreendam que existem palavras
para cuja grafia é necessária a memorização.
Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, os constantes “erros” de grafia devem ser compreendidos e analisa-
dos pelo professor, pois revelam os diferentes níveis de conhecimento em que se encontram os alunos. Tais “erros”
devem ser encarados como indicadores para o professor planejar intervenções que possam favorecer avanços.

[...] Incorporar a norma ortográfica é consequentemente um longo processo para quem se


apropriou da escrita alfabética. Não podemos nos assustar e, em nome da correção ortográ-
fica, censurar ou diminuir a produção textual no dia a dia. Enfatizo que o ensino sistemático
de ortografia não pode se transformar em “freio” às oportunidades de a criança apropriar‑se
da linguagem escrita pela leitura e composição de textos reais. [...] (MORAIS, 2001, p. 22)

CONHECIMENTOS GRAMATICAIS
O aluno deve ter oportunidade de conhecer, desenvolver e aperfeiçoar seus conhecimentos linguísticos, adquirin-
do competências discursivas e apropriando-se de recursos expressivos que o tornem um usuário capaz de adequar
sua linguagem às diferentes situações de uso da língua.

XXVI

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A proposta é levar os alunos a, inicialmente, deduzir as funções de determinadas palavras no contexto frasal,
passando, posteriormente, a conhecer, identificar e conceituar a classe gramatical a que tais palavras pertencem.
De acordo com Travaglia:

[...] nosso objetivo como professores de Português para falantes nativos de Português não é
fazer com que adquiram a língua, como no caso do ensino de língua estrangeira, mas am-
pliar sua capacidade de uso dessa língua, desenvolvendo sua competência comunicativa por
meio de atividades com textos utilizados nas mais diferentes situações de interação comuni-
cativa e que, por isso mesmo, serão construídos e constituídos com recursos próprios: a) dos
tipos de textos adequados aos diferentes tipos de interação comunicativa; b) das variedades
linguísticas utilizadas em cada caso, de acordo com as variáveis determinantes dessas varie-
dades [...]. (TRAVAGLIA, 2006, p. 142)

Uma estratégia para trabalhar aspectos gramaticais é levar os alunos a perceber a importância de observar textos
do mesmo gênero para verificar como autores experientes resolvem questões relacionadas, por exemplo, à coesão e
à coerência de seus textos. Desse modo, pela análise e reflexão, os alunos descobrem como elaborar o próprio texto.
Portanto, o que se pretende é o ensino da gramática de modo reflexivo, expondo os alunos a diferentes gêneros
textuais, com diferentes funções sociocomunicativas e levando-os a refletir acerca de aspectos linguísticos. Nessa
perspectiva, a base do estudo dos conteúdos gramaticais passa a ser o texto.

⊲ 3.2.3. MULTIMODALIDADE
A vida contemporânea está marcada por uma série de transformações constantes nos âmbitos sociais, culturais,
econômicos e históricos. Desde o início do século XX, com a invenção do motor a vapor e da luz elétrica, a velocida-
de das mudanças tornou-se tão dinâmica que tem sido difícil estar a par das infinitas possibilidades que a tecnologia
proporciona para a convivência social. Quando passamos à reflexão mais específica sobre como a tecnologia afeta e,
na mesma medida, auxilia os processos de ensino-aprendizagem, deparamo-nos com uma gama de novos materiais
e meios que modernizam os processos educacionais. Essas transformações e possibilidades no âmbito da educação
estão sendo inseridas dentro do campo da multimodalidade. Ou seja, em uma proposta de ensino-aprendizagem
pautada na perspectiva que leva em consideração as diferentes modalidades em que a linguagem é realizada. Além
disso, leva em consideração as múltiplas competências linguísticas necessárias para as diferentes competências mi-
diáticas e as competências de escrita mais tradicionais (papel impresso, escrita à mão etc.).

[...] O ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita precisam levar em conta, atualmente,


a variedade dos modos de comunicação existentes, o que chamamos de multimodalidade.
(GLOSSÁRIO CEALE, acesso em: 5 jun. 2021)

Nesta coleção, levou-se em consideração a valorização das diversas dimensões da língua, a fim de tornar pos-
sível um processo de ensino-aprendizagem que valorize os eixos organizadores da Língua Portuguesa conforme
a BNCC de forma multimodal.
Contudo, a multimodalidade nesta coleção não é compreendida apenas dentro do escopo das transfor-
mações tecnológicas. Entende-se que ela se dá desde que a competência da linguagem humana faz uso de
imagens, como mapas e hieróglifos, e o texto impresso organiza-se na mancha textual da página, por exemplo,
organizado em parágrafos, com um tipo (letra gráfica impressa) específico. O texto materializado em gênero
textual é, acima de tudo, imagem propícia à análise antes mesmo da decodificação.

XXVII

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⊲ 3.2.4. PONTES ENTRE AS DISCIPLINAS: INTERDISCIPLINARIDADE
No contexto educacional, há uma necessidade cada vez mais premente de integrar as disciplinas e de contextua-
lizar os objetos de ensino de forma mais significativa.
O intuito não é fundir disciplinas, mas, sim, contribuir para que os alunos estabeleçam relações entre os conteú-
dos apresentados.
Nesse sentido, de acordo com Heloísa Lück:

Interdisciplinaridade é o processo que envolve a integração e engajamento de educado-


res, num trabalho conjunto, de interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a
realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos
alunos, a fim de que possam exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de
mundo, e serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da realidade
atual. (LÜCK, 2013, p. 47)

Reconhecendo isso, esta coleção procura, em diferentes momentos, sugerir aproximações e articulações entre as
áreas do conhecimento.
Em relação ao ensino de Língua Portuguesa, a presença dos diferentes gêneros textuais cria possibilidades para a
articulação com outras disciplinas.

⊲ 3.2.5. INCLUSÃO ESCOLAR E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE


Ao pensarmos em inclusão escolar, devemos partir do pressuposto da diversidade como uma característica das
sociedades que deve ser valorizada. A compreensão de que a identidade brasileira é formada por uma pluralidade
de culturas, etnias, religiões, entre outros tantos fatores que nos tornam diversos, está em consonância com os
princípios que orientam as diretrizes da educação brasileira, de busca por uma sociedade democrática e inclusiva,
ancorada em valores de equidade e igualdade.
Mais que característica inerente aos alunos, o respeito à diversidade favorece os processos de aprendizagem, uma
vez que as informações sobre os sujeitos passam a ser consideradas nos planejamentos de ensino:

[...] A ênfase deve recair sobre a identificação de suas possibilidades, culminando com a
construção de alternativas para garantir condições favoráveis à sua autonomia escolar e
social, enfim, para que se tornem cidadãos de iguais direitos. (PRIETO; MANTOAN, 2010, p. 40)

Considera-se, portanto, que o reconhecimento das diferenças enriquece a dinâmica escolar, por considerar cada
aluno como indivíduo com particularidades e necessidades próprias. Nessa abordagem, a diversidade torna-se fator
de inclusão, e não de exclusão, pois se trata de compreender como “as diferenças nos constituem como humanos,
como somos feitos de diferenças”.
Nesse sentido, e em acordo com as premissas apresentadas na BNCC e na PNA, que estabelecem o compro-
misso de promover a igualdade de oportunidades educacionais e de reverter a situação de exclusão histórica que
marginaliza diferentes grupos sociais, bem como o “compromisso com os alunos com deficiência, reconhecendo a
necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular” (BRASIL, 2018, p. 15-16), esta coleção
buscou trabalhar a diversidade como condição a ser respeitada e valorizada.

XXVIII

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3.3. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação requer acompanhamento do que é planejado, das ações em sala de aula e da aprendiza-
gem dos alunos, utilizando-se instrumentos variados que permitem analisar tanto os alunos quanto o próprio traba-
lho docente. Para que isso efetivamente aconteça, é necessário que o professor defina os objetivos de aprendizagem
e leve os alunos a refletir sobre isso.

⊲ 3.3.1. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA


As ações docentes, para que sejam consistentes e ajam no sentido de proporcionar a aprendizagem, pressupõem
necessariamente uma avaliação diagnóstica, ou inicial, para que venha a se conhecer melhor os alunos e, por
conseguinte, organizar o ensino em função da necessidade deles.

A avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um curso, período letivo ou uni-


dade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o domínio dos
pré-requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e habilidades imprescindí-
veis para as novas aprendizagens. É também utilizada para caracterizar eventuais problemas
de aprendizagem e identificar suas possíveis causas, numa tentativa de saná-los. (HAYDT,
1992, p. 16-17)

⊲ 3.3.2. AVALIAÇÃO FORMATIVA


Além da avaliação diagnóstica ou inicial, é importante avaliar o processo em si. Essa avaliação, denominada
avaliação formativa, é contínua e possibilita ao professor, a qualquer momento, rever suas ações e definir novas
estratégias com vistas a proporcionar a aprendizagem efetiva.

[...] o propósito deste tipo de avaliação é formar: fazer o que for preciso para que o aluno
atinja os resultados previstos, ou mesmo para modificar os objetivos, dependendo dos re-
sultados. Ou seja, a avaliação formativa serve para corrigir rumos, rever, melhorar, reformar,
adequar o ensino, de forma que o aluno atinja os objetivos de aprendizagem. Nesse sentido,
ela não avalia apenas o aluno, mas usa o desempenho do aluno para avaliar a adequação e
eficácia do ensino. (OLIVEIRA, 2008, p. 337)

A avaliação formativa pode se utilizar de instrumentos formais (provas, testes, trabalhos, jogos) e/ou informais
(observações e registros diários). O importante é assegurar que:

- os alunos estão atingindo os resultados pretendidos. É importante avaliar tanto os conteú-


dos aprendidos, os processos inferidos, quanto outras características, sobretudo cognitivas e
metacognitivas, inclusive hábitos e ritmo de estudo;
- o professor e o aluno possam identificar corretamente os tipos e causas dos erros e proble-
mas apresentados pelo aluno. (OLIVEIRA, 2008, p. 337)

XXIX

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Dessa forma, o professor, para ajustar o planejamento e as intervenções didáticas, pode analisar e registrar obser-
vações relativas a atividades realizadas pelas crianças, como registros escritos, momentos de leitura e de interação
oral, entre outros. No entanto, nem sempre esses registros são suficientes, sendo necessárias observações plane-
jadas de forma sistemática e regular, as quais geralmente levam em consideração alguns aspectos específicos da
aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos. Nesse caso, é fundamental que o professor defina a melhor forma
de registro dessas observações para que se torne um documento formativo.
Os registros de observação são documentos em formatos predefinidos, como fichas ou diários de campo, por
exemplo. Conjuntamente, os diários e as fichas de observação são materiais que permitem ao professor analisar e,
se necessário, rever sua própria prática ao criar o distanciamento necessário para a reflexão.
Além dos registros de observação, também é interessante recorrer a outros tipos, como fotografias, gravações
de áudio e vídeo, por exemplo, para obter mais informações, contextualizar a aprendizagem, contrastar com suas
percepções, checar suas hipóteses e confirmar ou refutar suas conclusões.
É fundamental que observações e registros sejam feitos regular e sistematicamente ao longo do ano e que consi-
derem diversas atividades e formas de agrupar os alunos, visando garantir avaliações confiáveis e adequadas.
Os portfólios e relatórios são ferramentas úteis, pois contribuem para comunicar as famílias sobre o trabalho de-
senvolvido e são capazes de evidenciar a trajetória dos alunos na escola e apoiar o trabalho pedagógico, incluindo
os momentos de transição, como eventuais mudanças de turma, saída da Educação Infantil para os anos iniciais do
Ensino Fundamental e dos anos iniciais do Ensino Fundamental para os anos finais.

⊲ 3.3.3. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS


Por fim, é necessário realizar uma avaliação de resultados, ou seja, uma avaliação final somativa para verificar
os resultados obtidos no processo, como o aluno chegou a esses resultados (percurso), o que é necessário continuar
desenvolvendo e o que é preciso fazer de novo ou deixar de fazer.

A avaliação somativa é uma decisão que leva em conta a soma de um ou mais resulta-
dos. Ela pode ser baseada numa só prova final (ou num exame vestibular ou concurso) ou no
resultado acumulado de outras provas. Observe-se que os resultados acumulados podem ser
baseados em testes e outros instrumentos e resultados de avaliação formativa. O que muda
é o uso que se faz da informação, e não a sua natureza. (OLIVEIRA, 2008, p. 340)

Para sistematizar o exposto, apresenta-se a seguir um mapa visual sobre a importância da avaliação e seus processos.

POR QUE AVALIAR


• Diagnosticar os conhecimentos dos alunos.
• Planejar e adequar tarefas e atividades às possibilidades dos alunos.
• Acompanhar o desenvolvimento dos alunos.
• Verificar os resultados obtidos e replanejar o processo.
Dessa forma, pode-se afirmar que a avaliação sinaliza a qualidade dos resultados quanto à aprendizagem do
aluno e é um instrumento para aperfeiçoar as propostas do professor. Ou seja, é um processo interativo e dinâmico,
fundamental no ensino-aprendizagem.

XXX

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EVOLUÇÃO SEQUENCIAL
DOS CONTEÚDOS 4O ANO ∙
⊲ PLANEJAMENTO SEMANAL
A seguir, são apresentados quadros programáticos para apoiar o planejamento do professor. Esses quadros in-
dicam, por unidade, os conteúdos, as práticas de linguagem, os objetos de conhecimento, as habilidades da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e os componentes essenciais para a alfabetização da Política Nacional de Alfa-
betização (PNA).
O planejamento proposto organiza as aprendizagens nas semanas dos bimestres. Trata-se de uma sugestão que
considera a média de 9 semanas e 6 aulas semanais de Língua Portuguesa por bimestre, com exceção do 1o bimes-
tre, que foi planejado para 11 semanas.

Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

BNCC
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
• Estratégia de leitura: EF15LP03, EF15LP04, EF35LP06
• Apreciação estética/Estilo: EF15LP17
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
PRIMEIRAS ATIVIDADES (1o bimestre)

Páginas 12 a 15 Oralidade
• Ordem alfabética • Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
• Revisão de relações entre • Contagem de histórias: EF15LP19
grafemas e fonemas
• Substantivos Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
1 • Adjetivos • Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
(1 a 4)
• Verbos
Análise linguística/semiótica (Ortografização)
• Sinais e pontuação
• Pontuação: EF03LP07
• Pronomes
• Bilhete • Morfologia/Morfossintaxe: EF03LP08
• Fábula
PNA
• Consciência fonológica e fonêmica
• Conhecimento alfabético
• Desenvolvimento de vocabulário
• Compreensão de textos
• Produção de escrita

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXI

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

1 Páginas 16 a 23
(5 e 6) • Verbete de dicionário

BNCC

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
EF15LP01
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
Páginas 24 a 29
• Estratégia de leitura: EF15LP02, EF15LP03, EF35LP05, EF35LP04
2 • Criação de regras para cuidar
(7 e 12) bem dos livros • Decodificação/Fluência de leitura: EF35LP01
• Paródia de dicionário • Compreensão: EF35LP03
• Formação do leitor literário: EF15LP15
UNIDADE 1 • PALAVRAS E MAIS PALAVRAS (1o bimestre)

• Formação de leitor: EF35LP02


• Textos dramáticos: EF35LP24

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


Páginas 30 a 35 • Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/
• Substantivo Polissemia: EF04LP03
3
(13 a 18) • Peça teatral • Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF04LP01, EF35LP12
• Produção de dicionário • Forma de composição de textos dramáticos: EF04LP27

Oralidade
• Relato oral/Registro formal e informal: EF15LP13
• Escuta atenta: EF15LP10
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
• Escuta de textos orais: EF35LP18
4 Páginas 36 a 40 • Exposição oral: EF35LP20
(19 a 24) • Causo • Performances orais: EF04LP25

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)


• Planejamento de texto: EF15LP05
• Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
• Escrita autônoma e compartilhada: EF35LP26
• Revisão de textos: EF15LP06
Páginas 41 a 45
PNA
5 • Expressões populares
(25 a 30) • Consciência fonológica e fonêmica
• Substantivo primitivo e
substantivo derivado • Conhecimento alfabético
• Fluência em leitura oral
• Desenvolvimento de vocabulário
• Compreensão de textos
Páginas 46 a 53 • Produção de escrita
• Palavras com ç ou ss • Numeracia: noções de números e operações
• Vida familiar e social: palavras
6 do bem
(31 a 36) • Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXII

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

7 Páginas 54 a 57
(37 a 42) • Resenha crítica BNCC

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


• Estratégia de leitura: EF15LP02, EF15LP04, EF15LP03, EF35LP04,
EF35LP06
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
• Compreensão: EF35LP03
• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
Páginas 58 a 67 EF15LP01
• Palavras que ligam ideias • Formação do leitor literário: EF15LP15
opostas
8 • Leitura colaborativa e autônoma: EF15LP16
(43 a 48) • Pronomes pessoais retos
• Compreensão em leitura: EF04LP10
• Adjetivos e locuções adjetivas
• Anúncio publicitário Oralidade
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
UNIDADE 2 • EM CARTAZ! (1o bimestre)

• Contagem de histórias: EF15LP19


• Relato oral/Registro formal e informal: EF15LP13

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Pontuação: EF04LP05
Páginas 68 a 75
• Palavras terminadas em -oso • Morfologia: EF35LP14, EF04LP08
9 e -osa • Morfossintaxe: EF04LP07
(49 a 54)
• Indicação literária • Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/
• Conto Polissemia: EF04LP03
• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF04LP01, EF35LP13,
EF35LP12
• Morfologia/Morfossintaxe: EF04LP06

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)


• Construção do sistema alfabético/Estabelecimento de relações anafóricas
Páginas 76 a 83 na referenciação e construção da coesão: EF35LP08
• Uso de nós e a gente • Escrita autônoma e compartilhada: EF35LP26
10 • Planejamento de texto: EF15LP05
• Vida familiar e social: respeitar
(55 a 60)
o próximo é viver bem • Indicação literária: EF15LP06
• Substantivos coletivos • Escrita colaborativa: EF04LP11

PNA
• Consciência fonológica e fonêmica
• Conhecimento alfabético
Páginas 84 a 91 • Fluência em leitura oral
• Palavras com g ou j • Desenvolvimento de vocabulário
• Produção de entrevista • Compreensão de textos
11 • Produção de indicação literária • Produção de escrita
(61 a 66) • Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXIII

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

12 Páginas 92 a 100
(67 a 72) • História em quadrinhos

BNCC

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


• Estratégia de leitura: EF15LP04, EF35LP04, EF15LP02, EF35LP05
UNIDADE 3 • HISTÓRIAS QUE DIVERTEM (2o bimestre)

• Leitura de imagens em narrativas visuais: EF15LP14


Páginas 101 a 111
13 • Sinais de pontuação • Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF35LP22, EF15LP18
(73 a 78) • Verbos e concordância • Compreensão em leitura: EF04LP09
• História em quadrinhos
Oralidade
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Pontuação: EF04LP05
• Morfologia/Morfossintaxe: EF04LP06
• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF35LP12

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)


Páginas 112 a 119
14 • Uso do dicionário • Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma): EF35LP25
(79 a 84) • Conto • Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
• Registro formal e informal
PNA
• Desenvolvimento de vocabulário
• Compreensão de textos
• Produção de escrita

Páginas 120 a 129


• Verbos terminados em u
• Criação de elementos em HQ
15 • Educação financeira
(85 a 90) • Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXIV

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

Páginas 130 a 135


16 • Jornal impresso
(91 a 96)
• Título de notícia

BNCC

Páginas 136 a 140 Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


• Sílaba tônica e classificação • Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
das palavras quanto à sílaba EF15LP01
17 tônica • Compreensão em leitura: EF04LP14, EF04LP15
UNIDADE 4 • ACONTECEU, VIROU NOTÍCIA (2o bimestre)

(97 a 102)
• Acentuação de oxítonas • Estratégia de leitura: EF15LP02, EF15LP03, EF15LP04
• Palavras iniciadas com des ou • Leitura de imagens em narrativas visuais: EF15LP14
dez
• Formação do leitor literário: EF15LP15
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF04LP01, EF35LP12
• Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação: EF04LP04
• Forma de composição dos textos: EF04LP18
18 Páginas 141 a 146
(103 a 108) • Notícia Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
• Planejamento de texto: EF15LP05
• Revisão de textos: EF15LP06

Oralidade
• Planejamento e produção de texto: EF04LP17
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
• Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no ato da fala: EF15LP12

PNA
Páginas 147 a 151 • Consciência fonológica e fonêmica
19 • Notícia
(109 a 114) • Conhecimento alfabético
• Palavras com s ou z
• Fluência em leitura oral
• Desenvolvimento de vocabulário
• Compreensão de textos
• Produção de escrita

Páginas 152 a 157


• Produção de notícia
• Apresentação de telejornal
20
(115 a 120) • Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXV

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

21 Páginas 158 a 161


(121 a 126) • Poema

BNCC

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
• Apreciação estética/Estilo: EF35LP23, EF15LP17
• Estratégia de leitura: EF15LP02, EF15LP03, EF35LP04, EF35LP05
• Pesquisa: EF35LP17
• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
22 Páginas 162 a 167 EF15LP01
UNIDADE 5 • POEMAS PARA LER, OUVIR E VER (3o bimestre)

(127 a 132) • Poema • Decodificação/Fluência de leitura: EF35LP01


• Compreensão: EF35LP03
• Compreensão em leitura: EF04LP09

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)


• Escrita autônoma: EF35LP27
• Planejamento de texto: EF15LP05
• Revisão de textos: EF15LP06
Páginas 168 a 171 • Edição de textos: EF15LP07

23 • Palavras terminadas em -esa Oralidade


(133 a 138) ou -eza • Declamação: EF35LP28
• Poema • Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Forma de composição de textos poéticos: EF35LP31
• Pontuação: EF04LP05
• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF35LP12
• Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/
Polissemia: EF04LP03
Páginas 172 a 180
• Poema • Morfologia: EF04LP08
24
(139 a 144) • Poema visual • Forma de composição de textos poéticos visuais: EF04LP26
• Acentuação de paroxítonas • Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação: EF04LP04

PNA
• Consciência fonológica e fonêmica
• Fluência em leitura oral
• Desenvolvimento de vocabulário
Páginas 181 a 189 • Compreensão de textos
• Produção de escrita
• Palavras com lh ou li
25 • Poema visual
(145 a 150) • Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXVI

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

26 Páginas 190 a 197 BNCC


(151 a 156) • Texto instrucional
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
EF15LP01
• Compreensão: EF35LP03
• Estratégia de leitura: EF35LP04, EF15LP04, EF35LP06
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
• Leitura colaborativa e autônoma: EF15LP16
• Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF35LP22
• Leitura de imagens em narrativas visuais: EF15LP14
UNIDADE 6 • EXPERIÊNCIAS NA COZINHA (3o bimestre)

Páginas 198 a 204 • Compreensão em leitura: EF04LP19


• Palavras terminadas em -ram Oralidade
27 ou -rão
(157 a 162) • Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
• Conto
• Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no ato da fala: EF15LP12
• Encontro vocálico e redução
de ditongos na oralidade • Escuta atenta: EF15LP10

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Forma de composição do texto: EF04LP13
• Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/
Polissemia: EF04LP03
• Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação: EF04LP04
• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF04LP02, EF35LP12
• Morfossintaxe: EF04LP07
Páginas 205 a 211 • Morfologia: EF04LP08, EF35LP14
• Encontro vocálico e redução
de ditongos na oralidade • Morfologia/Morfossintaxe: EF04LP06
28
(163 a 168) • Texto instrucional Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
• Palavras terminadas em • Construção do sistema alfabético/Estabelecimento de relações anafóricas
-agem, -igem ou -ugem na referenciação e construção da coesão: EF35LP08
• Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
• Construção do sistema alfabético/Estabelecimento de relações anafóricas
na referenciação e construção da coesão: EF35LP08

PNA
Páginas 212 a 222 • Consciência fonológica e fonêmica
• Pronomes pessoais retos e • Conhecimento alfabético
oblíquos • Fluência em leitura oral
• Linguagem formal e informal • Desenvolvimento de vocabulário
• Criação de receita de slime • Compreensão de textos
29
(169 a 174) • Visualização de vídeo • Produção de escrita
destinado ao público infantil
• Atividades de revisão
• Dicionário ilustrado

Avaliação formativa

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXVII

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

BNCC
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
• Estratégia de leitura: EF15LP04, EF15LP02, EF35LP03, EF35LP04
• Leitura colaborativa e autônoma: EF15LP16
30 Páginas 222 a 229 • Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18, EF35LP22
(175 a 180) • Conto
• Formação do leitor literário: EF35LP21
• Apreciação estética/Estilo: EF35LP23
• Formação de leitor: EF35LP02
• Decodificação/Fluência de leitura: EF35LP01
• Leitura de imagens em narrativas visuais: EF15LP14
Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
• Escrita autônoma e compartilhada: EF35LP26
UNIDADE 7 • ENTRE CONTOS E PARÓDIAS (4 o bimestre)

Oralidade
Páginas 230 a 236
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
• Vírgula em enumeração e
31 vocativo • Declamação: EF35LP28
(181 a 186) • Marcadores temporais • Escuta de textos orais: EF35LP18
• Palavras terminadas em -ansa
ou -ança Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
• Escrita autônoma e compartilhada: EF35LP26
• Leitura de imagens em narrativas visuais: EF15LP14
• Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
• Revisão de textos: EF15LP06
• Edição de textos: EF15LP07
• Utilização de tecnologia digital: EF15LP08
Páginas 237 a 248 Análise linguística/semiótica (Ortografização)
• Conto • Pontuação: EF04LP05
32 • Pronomes pessoais retos
(187 a 192) • Formas de composição de narrativas: EF35LP29
• Pontuação em diálogo
• Discurso direto e indireto: EF35LP30
• Verbos de elocução
• Forma de composição de textos dramáticos: EF04LP27
• Construção do sistema alfabético e da ortografia: EF35LP12
• Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/
Polissemia: EF04LP03
• Morfologia: EF35LP14
• Morfologia/Morfossintaxe: EF04LP06
Páginas 249 a 255
• Criação de final de conto em PNA
1a pessoa • Consciência fonológica e fonêmica
• Apresentação de final de
33 • Conhecimento alfabético
conto
(193 a 198)
• Atividades de revisão • Fluência em leitura oral
• Dicionário ilustrado • Desenvolvimento de vocabulário
Avaliação formativa • Compreensão de textos
• Produção de escrita

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

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Semana
Conteúdos BNCC E PNA
(aulas)

BNCC

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)


34 Páginas 256 a 263
• Estratégia de leitura: EF15LP04, EF35LP04, EF15LP02
(199 a 204) • Artigo de divulgação científica
• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos:
EF15LP01
• Estratégia de leitura: EF15LP02
• Compreensão em leitura: EF04LP19
• Compreensão: EF35LP03
• Leitura colaborativa e autônoma: EF15LP16
UNIDADE 8 • INFORMAÇÕES ANIMAIS! (4 o bimestre)

Páginas 264 a 268


35 • Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica: EF15LP18
• Vírgula em aposto
(205 a 210) • Decodificação/Fluência de leitura: EF35LP01
• Relato de memória
• Imagens analíticas em textos: EF04LP20
• Pesquisa: EF35LP17

Oralidade
• Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula: EF15LP09
Páginas 269 a 275 • Exposição oral: EF35LP20
36 • Plural de palavras terminadas • Compreensão de textos orais: EF35LP19
(211 a 216) em ão • Escuta de textos orais: EF35LP18
• Infográfico • Escuta atenta: EF15LP10

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


• Pontuação: EF04LP05
Páginas 276 a 281 • Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação: EF04LP04
• Verbete de enciclopédia • Morfologia: EF04LP08
37 • Palavras terminadas em -isar • Morfossintaxe: EF04LP07
(217 a 222) ou -izar • Pontuação: EF04LP05
• Produção de um verbete de
Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)
enciclopédia
• Planejamento de texto/Progressão temática e paragrafação: EF35LP09
• Produção de textos: EF04LP21
Páginas 282 a 287
• Exposição oral de resultado de • Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita: EF35LP07
pesquisa PNA
• Convivência: trabalho em • Conhecimento alfabético
38
grupo • Fluência em leitura oral
(223 a 227)
• Atividades de revisão • Desenvolvimento de vocabulário
• Dicionário ilustrado • Compreensão de textos
• Produção de escrita
Avaliação formativa
O QUE APRENDI NESTE ANO? (4 o bimestre)

Páginas 288 a 291 BNCC


• Fábula
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
• Pontuação • Decodificação/Fluência de leitura: EF35LP01
• Verbo
• Tempos verbais Análise linguística/semiótica (Ortografização)
• Pontuação: EF04LP05
• Concordância verbal
• Morfologia/Morfossintaxe: EF04LP06
38 • Concordância nominal
• Morfossintaxe: EF04LP07
(228 e 229) • Pronomes pessoais
• Morfologia: EF35LP14, EF04LP08
• Adjetivo
• Substantivo PNA
• Palavras primitivas e derivadas • Fluência em leitura oral
• Sufixos -isar e -izar • Desenvolvimento de vocabulário
• Relações entre grafemas e • Compreensão de textos
fonemas • Produção de escrita

Todos os campos de atuação social Campo da vida cotidiana Campo da vida pública Campo das práticas de estudo e pesquisa Campo artístico-literário

XXXIX

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5 TEXTOS E MATERIAL DE APOIO
ÀS ATIVIDADES DO LIVRO
A seguir, são apresentados textos complementares com o objetivo de contribuir com o trabalho desenvolvido em
sala de aula e ampliar o repertório dos professores e alunos. O trabalho com esses textos está indicado ao longo das
orientações específicas deste volume (manual em U). O material de apoio é constituído de sugestões de fichas para
o acompanhamento da aprendizagem individual dos alunos.

⊲ UNIDADE 1 – PÁGINA 24 – HORA DA HISTÓRIA

APRECIAÇÃO
DATA TÍTULO GOSTEI NÃO
GOSTEI
MUITO GOSTEI

LIVROS INDICADOS AOS COLEGAS

XL

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AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA LEITORA
A fluência leitora é a habilidade de ler com precisão, de forma ágil e expressiva. Um leitor fluente é aquele capaz
de se concentrar na leitura, de maneira a compreender mais facilmente os significados dos textos.
Em sala de aula, é importante conduzir a avaliação sistemática para observar o desenvolvimento da fluência em
leitura oral dos alunos, no que diz respeito a palavras lidas por minuto e palavras lidas por minuto corretamente,
bem como para analisar a compreensão leitora.
Como sugestão, apresenta-se a seguinte escala de percepção da fluência leitora, na qual o professor deve assina-
lar o enquadramento do leitor, na classificação de 1 a 5, em cada área:

PARCIALMENTE TOTALMENTE
1 NÃO DESENVOLVIDO 2 POUCO DESENVOLVIDO 3 EM DESENVOLVIMENTO 4 DESENVOLVIDO 5 DESENVOLVIDO
FLUIDEZ 1 2 3 4 5
O texto é lido com fluidez. As palavras são reconhecidas automaticamente, dando a sensação de
continuidade entre a leitura de uma palavra e outra.
PAUSAS 1 2 3 4 5
As pausas são utilizadas em harmonia gramatical, ou seja, são utilizadas tanto para marcar as
pontuações gráficas quanto para dividir as unidades de significado.

VELOCIDADE 1 2 3 4 5
Lê com velocidade equivalente à fala espontânea, de forma natural e sem esforço.

ENTONAÇÃO 1 2 3 4 5
Respeita os sinais de pontuação de forma a expressar as suas entonações específicas adequadamente.

EXPRESSIVIDADE 1 2 3 4 5
Lê com variação melódica adequada, lançando mão de recursos expressivos de ênfase, com boa cadência
de ritmo.
São apresentados a seguir os parâmetros de referência para os itens 1 (não desenvolvido), 3 (em desenvolvimento) e 5 (totalmente desenvolvido). As
classificações 2 e 4 acontecerão quando o leitor estiver em um ponto do desenvolvimento intermediário entre as características descritas.
1. O texto é lido em sua maior parte sílaba por sílaba ou palavra por palavra.
3. O texto é lido em pequenos agrupamentos de palavras em sua maior parte descontextualizados de sentido.
FLUIDEZ
5. O texto é lido com fluidez. As palavras são reconhecidas automaticamente, dando a sensação de continuidade entre a leitura de uma
palavra e outra.
1. As pausas aparecem com durações distintas, ora muito longas, ora muito breves. Não estão localizadas nas fronteiras de significado
ou nas marcações de pontuação, e podem aparecer, inclusive, dentro de palavras.
3. As pausas oscilam em duração e nem sempre estão localizadas de forma a marcar fronteiras de significado, mas podem coincidir com
PAUSAS
a pontuação gráfica.
5. As pausas são utilizadas em harmonia gramatical, ou seja, são utilizadas tanto para marcar as pontuações gráficas quanto para
dividir as unidades de significado.
1. Lê de forma muito lenta e com esforço.
3. Lê de forma alternada entre velocidade lenta e acesso mais rápido em alguns trechos, segundo as dificuldades encontradas para
VELOCIDADE decodificar. Pode ler rápido demais, mas com erros que comprometem a compreensão do sentido do texto.
5. Lê com velocidade equivalente à fala espontânea, de forma natural e sem esforço. Ainda podem aparecer algumas regressões,
repetições e autocorreções que não atrapalham o arranjo geral da leitura.
1. Os sinais gráficos de pontuação não são respeitados.
3. Há tentativas de se marcar entonativamente os sinais gráficos de pontuação, mas de forma ainda a confundir uma sentença
ENTONAÇÃO interrogativa com uma declarativa.
5. Respeita os sinais de pontuação de forma a expressar as suas entonações específicas adequadamente. Transmite com facilidade as
modalidades frasais, ou seja, tem excelente diferenciação entre frases declarativas e interrogativas.
1. A leitura é realizada de forma monótona e robotizada, com esforço concentrado na pronúncia das palavras. Não há uma cadência
rítmica.
EXPRESSIVIDADE 3. A leitura é realizada com pouca interpretação expressiva. A cadência rítmica oscila, mas ainda tende a ser descompassada.
5. Lê com variação melódica adequada, lançando mão de recursos expressivos de ênfase, com boa cadência de ritmo. Imprime as
atitudes e emoções relacionadas às diferentes passagens do texto.
Habilidades marcadas em tons de verde (números 4 e 5): bem desenvolvidas
CRITÉRIOS DE Habilidades marcadas em tons de amarelo (número 3): em desenvolvimento
INTERPRETAÇÃO Habilidades marcadas em tons de vermelho (números 1 e 2): constituem as fases iniciais de desenvolvimento da fluência de
leitura, e podem indicar alerta se estiverem presentes em escolares que já não estão mais nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Fonte: ALVES, Luciana Mendonça; CELESTE, Letícia Correa. Escala de percepção de fluência leitora. Formação Docente, Belo Horizonte, v. 11, n. 2, jul./dez. 2019.

XLI

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SUGESTÕES DE FICHAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM
INDIVIDUAL
⊲ FICHA 1
Expressa
Comunica com Realiza Percebe a
suas ideias e
Objetivo clareza suas questionamentos importância do
argumentos de Observações
pedagógico vontades e pertinentes ao diálogo na solução
forma clara e
desejos tema de conflitos
coerente

Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)


• Expressar-se
Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)


oralmente
Não

Não

Não

Não
Nome do aluno

XLII

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FICHA 2

Confirma ou
Faz antecipações Usa ilustrações
refuta hipóteses
Objetivo pedagógico em relação ao como índices de Observações
no decorrer da
texto que será lido leitura
leitura

Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)


Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)


• Desenvolver
comportamento leitor
Não

Não

Não
Nome do aluno

FICHA 3

Identifica elementos Identifica a função


Relaciona texto escrito à
Objetivo pedagógico da estrutura do gênero sociocomunicativa do
imagem
textual em estudo gênero textual em estudo
Sim (sempre, com frequência)

Sim (sempre, com frequência)

• Compreender relações semânticas Sim (sempre, com frequência)


Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)

Parcialmente (às vezes)

entre texto escrito e imagens


• Levantar hipóteses sobre gêneros
textuais
Não

Não

Não

Nome do aluno

XLIII

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⊲ FICHA 4
Organiza palavras
Reconhece o alfabeto e Recita o alfabeto na
Objetivo pedagógico considerando a ordem
nomeia as letras ordem das letras
alfabética

Considera apenas a
• Reconhecer o alfabeto e a ordem

Considera outras
com frequência)

com frequência)
alfabética

letras além da
primeira letra
Sim (sempre,

Sim (sempre,
Parcialmente

Parcialmente
• Organizar palavras em ordem

(às vezes)

(às vezes)
alfabética considerando outras letras

primeira
além da primeira

Não

Não

Não
Nome do aluno

SUGESTÕES DE FICHAS DE AUTOAVALIAÇÃO PELO ALUNO


⊲ FICHA 1 Participação na aula
Sempre Às vezes Nunca Por quê?

Chego à escola na hora certa?

Trago todo o material que preciso para as


aulas?

Faço as lições de casa?

Anoto as explicações dadas pelo professor?

Faço questionamentos quando não entendo a


explicação?
Respeito quando o professor e os colegas estão
falando e espero a vez de falar?

Entrego os trabalhos propostos na data certa?

⊲ FICHA 2 Participação em trabalhos em grupo


Sempre Às vezes Nunca Por quê?

Ajudo o grupo a planejar o trabalho?

Realizo todas as atividades que me foram


atribuídas?

Espero a minha vez de falar?

Deixo meus colegas falarem?

Ouço com atenção e respeito a opinião dos


colegas?
Aceito as decisões da maioria dos membros do
grupo?

XLIV

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. volume, o autor apresenta a importância dos conhecimentos
São Paulo: Scipione, 1997. p. 17. linguísticos para a interpretação e a busca de soluções para
Apresentando práticas pedagógicas relacionadas à literatura questões ligadas à fala, à escrita e à leitura de crianças.
infantil, a autora aborda temáticas que destacam a importância
das histórias, poesias e contos para os alunos. • CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São
Paulo: Scipione, 1998.
• ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São O livro faz uma análise histórica dos métodos de alfabeti-
Paulo: Parábola, 2003. zação para, posteriormente, propor uma forma de trabalhar
Nesta obra, a autora apresenta os principais equívocos no a alfabetização sem o “bá-bé-bi-bó-bu”, fornecendo suporte
estudo da Língua Portuguesa ligados à escrita, à leitura e à técnico para a utilização do método.
gramática. Além disso, sugere atividades a serem desenvol-
vidas, bem como traz orientações sobre como desenvolvê-las • CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo.
em sala de aula. Alfabetização: método fônico. 5. ed. São Paulo: Memnon, 2010.
A obra aborda dados científicos nacionais e internacionais
• BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia
sobre o método fônico e apresenta estratégias sobre como
da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.
adotá-lo em sala de aula.
O livro apresenta, de forma didática, as bases necessárias
para que professores e demais educadores possam abordar • CASTEDO, Mirta Luisa; MOLINARI, María. Enseñar y aprender
conceitos como: variação, mudança, norma-padrão e norma a leer: Jardín de infantes y primer ciclo de la educación básica.
culta, estigma e prestígio etc. A obra também propõe atividades Buenos Aires: Centro de Publicaciones Educativas y Material
práticas para abordar a variação linguística em sala de aula. Didático, 2017. p. 40.
• BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Esta obra reúne diferentes situações didáticas desenvolvidas
Fontes, 2011. em salas de aula de Educação Infantil e de início do Ensino
O livro apresenta uma coletânea de importantes textos Fundamental. Cada capítulo descreve o contexto educacional e
de Bakhtin. apresentam experiências, assim como propósitos comunicativos
e didáticos pretendidos.
• BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora
34, 2016. • FREITAS, Gabriela Castro Menezes de. Consciência fonológica:
O livro apresenta dois ensaios de Bakhtin fundamentais rimas e aliterações no português brasileiro. Letras de Hoje. Porto
para a compreensão de sua abordagem quanto ao texto e à Alegre. v. 38, n. 2, p. 155-170, jun. 2003.
linguagem. Artigo que apresenta pesquisa da consciência fonológica de
crianças referente à consciência de rimas e aliteração; constata
• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base. Brasília: SEB, 2018. a aliteração como elemento mais significativo na aquisição da
Documento normativo objetiva garantir o desenvolvimento escrita.
e o direito à aprendizagem. Para isso, orienta definições curri- • GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São
culares, a partir da progressão de aprendizagens desenvolvidas Paulo: Ática, 1999.
na Educação Básica. Nesta obra, o professor da Unicamp organizou uma coletâ-
• BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Alfabetização nea de textos escritos por autores renomados da área, os quais
(PNA). Brasília: Sealf, 2019. apresentam uma análise de diversos aspectos pedagógicos e
A Política Nacional de Alfabetização se baseia em seis com- sociais do ensino da Língua Portuguesa.
ponentes para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução
• GIACOMOZZI, Gilio et al. Dicionário de gramática. São Paulo:
fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento
FTD, 2004.
de vocabulário, compreensão de textos e produção escrita.
Dicionário gramatical com a norma-padrão e variantes
• BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curri- adequadas a situações sociolinguísticas.
culares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamen-
tal: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. • GLOSSÁRIO CEALE. Multimodalidade. Disponível em: http://
Brasília: MEC, SEF, 1998. www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/
Documento normativo que objetiva propor diretrizes multimodalidade. Acesso em: 5 jun. 2021.
norteadoras comuns de aspectos educativos fundamentais da Glossário on-line com termos relacionados à alfabetização,
disciplina de Língua Portuguesa. leitura e escrita.

• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & linguística. São Paulo: • HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino-apren-
Scipione, 2006. dizagem. São Paulo: Ática, 1992.
A obra faz parte de uma coleção que reúne contribuições Nesta obra, a autora busca abordar o tema da avaliação do
teóricas e práticas fundamentais para todo educador. Neste processo ensino-aprendizagem de maneira prática e sistematizada.

XLV

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• KAUFMAN, Ana María et al. Leer y escribir: el día a día en las • OLIVEIRA, João Batista Araujo; CHADWICK, Clifton. Aprender
aulas. 1. ed. 4. reimp. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2012. e ensinar. 9. ed. Belo Horizonte: Instituto Alfa e Beto, 2008.
A obra fornece ferramentas propositivas para o desen- Trata-se de um livro escrito por professores para professores
volvimento da prática docente para o desenvolvimento da do Ensino Fundamental e Médio que apresenta subsídios para
alfabetização, pautada na premissa de os alunos “aprenderem que planejem, ministrem e avaliem melhor suas aulas.
a ler e escrever textos lendo e escrevendo textos”.
• PRIETO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa. Inclusão escolar.
• KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Summus Editorial, 2010.
Campinas: Pontes, 1998. Neste livro, as autoras abordam a inclusão escolar por meio
A obra esclarece questões sobre como professores de outras de um diálogo em que discorrem sobre pontos polêmicos e
disciplinas colaboram para o desenvolvimento da leitura e da controversos sobre o tema.
compreensão.
• SCHEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos
• LEAL, Telma Ferraz (org.). A oralidade na escola: a investigação na escola. Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales
do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
Autêntica Editora, 2012. A obra apresenta artigos sobre o ensino escolar de gêneros
Baseada em resultados de pesquisas e experiências docente, escritos e orais, bem como encaminhamentos para esse ensino.
a obra reúne artigos que propõem a discussão teórica sobre a
oralidade na escola, bem como que apresentam estratégias • SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução de Cláudia Schilling.
didático-pedagógicas para o desenvolvimento da competência Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 91.
discursiva dos alunos. A autora lança luz sobre os diversos aspectos do complexo
processo de aprendizagem da leitura.
• LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática,
2009. • TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta
A obra se destina a professores de alfabetização e apre- para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2006.
senta fundamentos teóricos baseados na linguística para que Na obra, o autor discorre sobre a gramática como conteúdo
possam compreender os fatos relacionados à língua com que indispensável para a produção e a compreensão textual. Além
se deparam no dia a dia. disso, deixa clara a importância de se trabalhar em sala de aula
• LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o a gramática sob a perspectiva da interação comunicativa e do
necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. funcionamento textual-discursivo para se chegar ao objetivo
A autora reúne artigos que apresentam um panorama primeiro do ensino da língua.
reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo • WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São
parâmetros para a transposição didática. Paulo: Ática, 1999.
• LÜCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teóri- O livro trata de aspectos essenciais em relação ao processo
co-metodológicos. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2013. de ensino-aprendizagem, por meio de reflexões acerca dos
Neste livro, a autora busca analisar e sistematizar reflexões percursos dos alunos para compreender os conteúdos.
sobre o conceito de interdisciplinaridade. • ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Ale-
• MORAIS, Artur Gomes de. Consciência fonológica na educação gre: Artmed, 1998.
infantil e no ciclo de alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica Na obra, o autor propõe a análise sobre a prática educa-
Editora, 2019. tiva, buscando uma prática reflexiva e coerente, bem como a
Nesta obra, o autor apresenta uma proposta didática cons- constante avaliação do trabalho pelo profissional.
trutivista para a alfabetização, pela utilização do lúdico, jogos,
poemas e cantigas.
⊲ SUGESTÕES DE LEITURA
• MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São
Paulo: Ática, 2001.
• JOLIBERT, Josette et al. Formando crianças leitoras. Porto Alegre:
Obra sobre o conceito de ortografia e para o que serve e Artmed, 1992. v. 1.
também princípios e encaminhamentos didáticos relacionados Neste livro são abordadas questões ligadas a como se dá a
à aprendizagem dos alunos a respeito do tema. construção da leitura pelas crianças.

• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São • JOLIBERT, Josette et al. Formando crianças produtoras de textos.
Paulo: Melhoramentos, 2012. Porto Alegre: Artmed, 1994. v. 2.
O autor identifica as especificidades e inter-relações dos A obra apresenta uma proposta de ensino da língua na
processos de alfabetização, propondo o ensino sistemático da qual se compreende a produção de textos como função social
notação alfabética, aliado às práticas de leitura e escrita. da escrita a partir de uma pedagogia de projetos.
• MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: • JOLIBERT, Josette; JACOB, Jeannette et al. Além dos muros da
Penso Editora, 2014. escola: a escrita como ponte entre alunos e comunidade. Porto
Nesta obra, o professor José Morais propõe uma reflexão Alegre: Artmed, 2006.
sobre a alfabetização como caminho para a construção de
O livro apresenta propostas de atividade a partir de uma
uma democracia.
pesquisa executada por um grupo de professores de três escolas
• MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. chilenas.
Barueri: Minha Editora, 2013.
A obra visa orientar pais, professores, educadores e outros • MUNDÓ, Anna Camps et al. Propostas didáticas para aprender
profissionais a compreenderem o que acontece no cérebro a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2006.
quando a criança aprende a ler. Além disso, explora as origens A obra apresenta experiências e propostas didáticas que
das dificuldades que podem surgir nessa fase e sugere estratégias envolvem a aprendizagem da escrita, considerando a diversidade
para superá-las no processo de alfabetização. de gêneros textuais nos diferentes níveis de ensino.

XLVI

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7 CONHEÇA
SEU MANUAL EM U
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
Esta parte do Manual do Professor impresso apresenta a reprodução das miniaturas das páginas do Livro do
Estudante, acompanhadas de respostas, objetivos, habilidades da BNCC e componentes da PNA contemplados e
orientações didáticas específicas. Conheça a seguir as seções que a integram.

⊲ INTRODUÇÃO À UNIDADE ⊲ OBJETIVOS


• Objetivos pedagógicos: indicação dos objeti- Relação dos objetivos de aprendizagem para o
vos pedagógicos gerais trabalhados na unidade. trabalho com cada abertura e seção. Podem servir
• Pré-requisitos: indicação dos pré-requisitos pe- de instrumento para o planejamento das aulas.
dagógicos para o estudo da unidade.

UNIDADE
INTRODUÇÃO OBJETIVOS

6
À UNIDADE
Nesta unidade, serão trabalhados experiencias • Levantar conhecimentos prévios
sobre experimentos científicos.
os aspectos dos gêneros textuais ins- • Levantar conhecimentos prévios
trucionais e do gênero textual conto,
além do reconhecimento e da diferen- na cozinha sobre textos instrucionais.
• Participar de situações de inter-
ciação de verbos terminados em -ram câmbio oral.
e -rão, com atividades que permitirão • Desenvolver coordenação motora
aos alunos refletir sobre a sílaba tôni- e noções espaciais a partir do traça-
ca desses verbos e a conjugação deles do de um trajeto.
em relação ao tempo e à terceira pes-
soa do plural.
ROTEIRO DE AULA
Também será objeto de estudo
desta unidade o reconhecimento e a 1. Inicie a atividade abrindo espaço
grafia de palavras derivadas forma- para que os alunos comentem como
das com os sufixos -agem, -igem e eles imaginam que é um cientista e
-ugem, de modo a contribuir para a como ele trabalha. É importante res-
consolidação da compreensão de re- saltar que o cientista é uma pessoa
lações entre grafemas e fonemas mais curiosa e disposta a estudar e fazer
complexas. experimentos para provar as hipóteses
Outro conteúdo abordado é o re- que cria. Para tanto, ele usa o conhe-
conhecimento de pronomes pessoais cimento existente sobre o assunto de
do caso oblíquo como elementos de sua pesquisa para comparar, proble-
coesão textual. 1. Você já fez algum experimento científico matizar e validar o resultado de seus
A reflexão sobre a diferença entre na escola ou em casa? O que aprendeu experimentos.
oralidade e escrita está presente na com ele? Respostas pessoais. Estimule os alunos a comentar onde
análise da linguagem de vídeos des- imaginam que a criança está na ima-
2. Geralmente, experimentos têm instruções. gem e o que está fazendo. Comente
tinados ao público infantil e no reco-
O que você faria se quisesse fazer um que existem diversos experimentos
nhecimento de ditongos e na identifi-
experimento e não soubesse as instruções simples de fazer em que é possível
cação do fenômeno da possibilidade para realizá-lo? Resposta pessoal.
de redução deles na oralidade. aprender brincando e comprovar diver-
3. Trace o caminho que o líquido do sos fenômenos que envolvem ar, água,
Além disso, são propostas ativida-
experimento percorrerá até o recipiente. luz, plantas etc.
des que envolvem leitura, produção
de textos, orais e escritos, conheci- 2. Antes de propor esta pergunta,
mentos linguísticos e de compreensão questione se eles sabem para que ser-
e fluência leitora, por meio das quais vem instruções e se eles as consideram
ARTHUR FUJITA

os alunos poderão ampliar e consoli- importantes, justificando. Abra espa-


dar suas aprendizagens. ço para que comentem onde é pos-
sível encontrar instruções e onde eles
⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS procurariam textos que dão instruções
sobre como fazer experimentos.
• Compreender o conceito de pro- 190 191
nomes oblíquos. 3. Solicite aos alunos que tracem o ca-
• Compreender o uso de pronomes minho que o líquido deverá percorrer
oblíquos na reescrita textual, evitan- D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 190 08/08/2021 00:43 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 191 08/08/2021 00:43 até chegar ao recipiente transparente.
Ressalte que devem, primeiro, locali-
do a repetição de palavras. ⊲ PRÉ-REQUISITOS As habilidades e os componentes a se- (EF15LP09) Expressar-se em situações de
zar o caminho com o dedo, para, só
• Compreender o uso das termina- • Compreender o conceito de sílaba guir serão trabalhados nesta seção. intercâmbio oral com clareza, preocupan-
depois, traçarem com o lápis.
ções -ram ou -rão em verbos. tônica. do-se em ser compreendido pelo interlo-
Consulte com os alunos o Dicioná-
• Identificar o fenômeno da redu- • Reconhecer substantivos e verbos. ⊲ BNCC cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado. rio ilustrado no final da unidade para
ção de ditongos na oralidade (i, ei (EF15LP01) Identificar a função social de explorar outros significados e exem-
e ou). textos que circulam em campos da vida plos de uso do termo recipiente e
• Registrar palavras com ditongos social dos quais participa cotidianamente ⊲ PNA
ampliar o repertório deles com novo
que tendem a sofrer redução na (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e Desenvolvimento de vocabulário vocabulário.
oralidade. nas mídias impressa, de massa e digital, Compreensão de textos
• Reconhecer encontros vocálicos. reconhecendo para que foram produzi-
dos, onde circulam, quem os produziu e a
quem se destinam.

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⊲ BNCC E PNA ⊲ ROTEIRO DE AULA


Indicação de habilidades da Base Nacional Co- Orientações passo a passo para o desenvolvi-
mum Curricular (BNCC) e componentes essenciais mento das atividades do Livro do Estudante, com
para a alfabetização da Política Nacional de Alfa- explicações práticas para o professor conduzir o
betização (PNA) contemplados no Livro do Estudan- trabalho em sala de aula.
te e/ou no Manual do Professor.

XLVII

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OBJETIVOS Ressalta-se que, nesta atividade, op-
VÍRGULA EM ENUMERAÇÃO 2. Outra reivindicação das princesas é sobre os príncipes. Leia e complete tou-se por apresentar uma enumera-
• Identificar intertextualidade em nossa lingua E VOCATIVO a enumeração escrevendo os nomes de outras profissões.
ção em um contexto lúdico, seguindo
relação à temática dos textos. a mesma temática trabalhada na seção.
• Ampliar a habilidade de identificar Príncipes e heróis
características que revelem motiva-
1. As princesas dos reinos encantados estão em greve. Elas reivindicam A atividade também dará oportuni-
vários direitos. Leia um deles. [...] E que esse herói não precise ser príncipe, nem um poderoso dade de os alunos observarem que os
ções e sentimentos de personagens. guerreiro. Vale poeta e até atleta, dentista e frentista, dois-pontos, além de poderem indicar
• Compreender o uso da vírgula e que um personagem vai falar em um
Princesas em greve! Sugestões de resposta com rimas: vendedor e aviador, merendeiro e açougueiro,
dos dois-pontos em enumerações. diálogo, também podem indicar uma
• Compreender o uso da vírgula Uma princesa poderá ter uma ocupação, visto que ser princesa
veterinário e bibliotecário, advogado e delegado, espião e artesão. Sugestões de enumeração.
em vocativos. não é ocupação nenhuma.
Poderemos ser médicas, merendeiras, advogadas, faxineiras, jar- resposta sem rimas: médico, enfermeiro, eletricista, policial, motorista, cobrador,
As habilidades e os componentes a ⊲ O QUE E COMO AVALIAR
dineiras, babás, escritoras, ilustradoras, policiais, editoras de livros,
seguir serão trabalhados nesta seção.
diretoras de cinema, judocas, astronautas, catadoras de papel, juí- garçom, bancário, balconista, taxista. A fim de verificar a compreensão dos
zas... Qualquer profissão! alunos acerca do uso da vírgula para se-
⊲ BNCC parar elementos em uma enumeração,
Thais Linhares. Princesas em greve! São Paulo: Cortez, 2018. p. 6.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um um gari ou guerreiro tupi, pipoqueiro e quem sabe um seresteiro... sugere-se que proponha aos alunos
texto, conhecimentos linguísticos e A única exigência é que tenha um coração generoso e sonhador. que transformem listas em uma frase.
gramaticais, tais como ortografia, re- Thais Linhares. Princesas em greve! São Paulo: Cortez, 2018. p. 8. Por exemplo, dê uma lista de compras e
gras básicas de concordância nominal peça que criem o texto, como:
e verbal, pontuação (ponto final, pon- • banana
3. Complete o parágrafo a seguir com os nomes que

GRAPHICSRF/SHUTTERSTOCK.COM
to de exclamação, ponto de interro-
desejar. Não se esqueça de usar a vírgula para separá-los. • arroz
gação, vírgulas em enumerações) e
• carne moída
pontuação do discurso direto, quando Você já reparou que nos contos de fadas só as
for o caso. princesas têm nome? Pois é, nós, príncipes, estamos • frango
cansados de sermos chamados apenas de “príncipes encantados”. Eu, • cenoura
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros

ROSOVSKYI/SHUTTERSTOCK.COM
textos versificados, observando rimas, por exemplo, me chamo Cinderelo, mas tenho amigos que se chamam: “Fui ao mercado e comprei: banana,
aliterações e diferentes modos de divi- arroz, carne moída, frango e cenoura.”
Sugestões de resposta: Henrique, Felipe, Guilherme,
são dos versos, estrofes e refrões e seu Outras listas possíveis: materiais es-
efeito de sentido. Augusto, Carlos, Luís, Ernesto, Jorge, Miguel, Pedro, João, colares, convidados de uma festa, itens
(EF35LP28) Declamar poemas, com de um piquenique, nomes de filmes
• Nesse trecho, foram enumeradas as profissões que uma princesa Ricardo, André, Alexandre, Adriano, Humberto etc.
entonação, postura e interpretação pode ter.
adequadas. a) Circule a pontuação usada para separar os elementos dessa e Felisberto. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
(EF04LP05) Identificar a função na enumeração. a) Circule o sinal de pontuação usado antes do primeiro nome que
leitura e usar, adequadamente, na es- b) Escreva o nome desse sinal de pontuação. você escreveu. TEXTO COMPLEMENTAR
crita ponto final, de interrogação, de b) No trecho, os dois-pontos foram usados para:
Vírgula.
exclamação, dois-pontos e travessão Aprender a pontuar é aprender a par-
em diálogos (discurso direto), vírgula indicar que um personagem vai falar. tir e a reagrupar o fluxo do texto de
em enumerações e em separação de forma a indicar ao leitor os sentidos
A vírgula é usada para separar elementos em uma enumeração. X propostos pelo autor, obtendo assim
vocativo e de aposto. indicar que será introduzida uma enumeração.
efeitos estilísticos. O escritor indica
as separações (pontuando) e sua na-
⊲ PNA tureza (escolhendo o sinal) e com isso
230 231 estabelece formas de articulação en-
Desenvolvimento de vocabulário
tre as partes que afetam diretamente
Compreensão de textos as possibilidades de sentido.
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Produção de escrita BRASIL. Ministério da Educação. Parâ-
1. Peça que leiam o trecho e abra espaço Em seguida, peça que circulem esse si- 2. Peça aos alunos que leiam o trecho e Aproveite a oportunidade para verificar metros Curriculares Nacionais: língua
portuguesa. Brasília: SEF, 1997, p. 59.
para que comentem se imaginam que se nal de pontuação toda vez que ele apare- pergunte o que há em comum entre as a compreensão dos alunos quanto ao tre-
ROTEIRO DE AULA trata de um trecho retirado de um conto cer no trecho em que são citadas as profis- palavras poeta e atleta, dentista e frentista, cho lido, observando se perceberam que as
clássico ou não, justificando. Ressalte que sões. O objetivo é possibilitar que reflitam além de nomearem profissões. Espera-se princesas não estão reivindicando príncipes
⊲ NOSSA LÍNGUA o título dá pistas de que não se trata de sobre o uso da vírgula como recurso para que concluam que as palavras rimam entre que sejam graciosos, tampouco poderosos
organizar uma enumeração. si. Certifique-se de que compreenderam guerreiros, pois o que desejam é que sejam
um trecho de um conto tradicional.
VÍRGULA EM ENUMERAÇÃO que devem completar o trecho com nomes pessoas comuns, generosas e sonhadoras,
E VOCATIVO Solicite que verbalizem os nomes das de duplas de profissões que rimem e que
profissões citadas no trecho e que comen- que trabalham em diferentes profissões.
devem separar essas duplas com vírgulas.
ORGANIZE-SE tem se sabem o nome do sinal de pontua- Se achar conveniente, proponha que re- 3. Novamente, mais importante do que a
• Fotocópias com a letra da canção ção usado para separar os nomes das pro- gistrem apenas profissões, mesmo que não escolha dos nomes, é verificar se os alunos
Cantiga do sapo. fissões. Aproveite a oportunidade e peça rimem entre si. O mais importante é que compreendem a função da vírgula. Obser-
• Aparelho de som para reproduzir que comentem o que sabem sobre cada compreendam o uso da vírgula para sepa- ve se utilizam a letra inicial maiúscula no
a canção. profissão citada. rar elementos de uma enumeração. registro dos nomes.
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⊲ ORGANIZE-SE Boxe que visa destacar evidências científicas so-


Lista de materiais que serão utilizados em ativida- bre o tema tratado, bem como referenciais teóricos
des práticas propostas na seção. que embasam atividades e conteúdos propostos.

⊲ SUGESTÃO PARA O ALUNO / ⊲ O QUE E COMO AVALIAR


O PROFESSOR / A FAMÍLIA Orientações para o professor avaliar a compreen-
Indicações de livros, artigos científicos, resenhas, são dos alunos sobre conteúdos abordados no Livro
congressos, vídeos, filmes, sites etc., tanto para o pro- do Estudante e o desempenho deles em atividades
fessor como para alunos e familiares. propostas (engajamento, trocas etc.).

⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA ⊲ ATIVIDADE COMPLEMENTAR


Sugestões de atividades que necessitam de apoio Sugestões de atividades, brincadeiras e jogos –
familiar ou orientações voltadas à literacia familiar. adaptações e variações – para ampliar as propostas
do Livro do Estudante.
Os alunos deverão concluir que essa história, além de divertir, tem uma
EDUCAÇÃO PARA • Responda. função educativa: ensinar a crianças e adolescentes como utilizar o dinheiro
de forma consciente.
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
O CONSUMO
⊲ ARTICULAÇÃO
a) Além de divertir, qual é a função dessa história em quadrinhos? Informe aos pais ou responsáveis
b) Que formas de pagamento Cebolinha sugeriu que o pai utilizasse da atividade que realizarão. Solicite
para comprar o smartphone? Cartão de crédito, cheque especial e cartão da loja. que auxiliem as crianças na coleta
de dados e preenchimento da tabela
QUADRINHOS c) O que você sabe sobre o funcionamento dessas formas de

Orientações sobre atividades que permitem a arti-


de comparação de preços. Ressalte a
pagamento? Resposta pessoal.

⊲ CONCLUSÃO DA UNIDADE
importância de discutirem o assunto
rias especiais para uma campanha. Leia. 2. Observe a fatura de cartão de crédito, comente com os colegas que durante a realização da tarefa.

culação com outros componentes curriculares, temas


informações você identifica nela e responda às questões do professor. É importante ressaltar que a varia-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
ção de preços de um mesmo produto

Possibilidades de avaliação formativa e monitora-


é grande e o que dá poder ao consu-

transversais ou algum tema contemporâneo.


midor é a concorrência. Informe que
economias que parecem pequenas po-

mento da aprendizagem para cada objetivo pedagó-


dem ajudar a família a poupar dinheiro
e assim adquirir algo que se deseja.

Articulação com Educação financeira


gico trabalhado, contribuindo para o professor ob-
O objetivo desta atividade é ensinar
aos alunos a diferença entre preço e
valor.
• Escreva na lousa a cantiga popular
servar e registrar a trajetória de cada aluno e de todo
Ciranda, cirandinha. Chame a aten-
ção para a segunda estrofe, leve a
turma a perceber que há ali uma si-
o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e
tuação que evidencia a diferença en-
tre elementos que possuem preço, tal
qual o anel, e sentimentos que têm
valor, como o amor:
aprendizagens – e para evidenciar a progressão ocor-
rida durante o período observado.
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
(Folclore.)
REPRODUÇÃO/ FATURA
© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.

• Leve os alunos a concluírem que


nem só as coisas que têm preço po-
dem ser importantes, mas que coisas
3. Com a ajuda de um familiar, escolha um produto fácil de ser encontrado com valor devem ser mais apreciadas

XLVIII
em mercados ou supermercados e pesquise o preço desse produto em três do que as que possuem apenas preço.
u bolso feliz. Disponível em: http://meubolsofeliz.com.br/ lojas comerciais da comunidade. Na data combinada, compartilhe com os Preço é uma medida monetária esta-
a-da-monica-uso-do-credito-2/. Acesso em: 14 jun. 2021. colegas o resultado da pesquisa. belecida para o que pode ser pago ou
comprado com dinheiro.
125 Valor é uma característica que re-
presenta o que é importante para al-
guém, mesmo que não seja possível
definir um preço para isso.
08/08/2021 01:22 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 125 07/08/2021 18:09
MODERNELL, Álvaro. Construindo va­
Consulte com os alunos o Dicioná- pode ser paga? Eles devem concluir que lores: educação financeira humana,
rio ilustrado no final da unidade para a fatura pode ser paga por meio do códi- sustentável e cidadã – 3o ano. Brasí-

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explorar outros significados e exemplos go de barras localizado na parte inferior. lia: Mais Ativos Educação Financeira,
de uso dos termos endividado e emer- Ressalte a importância de ler todas as 2016. p. 17.
A P ORT U G UESA
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Área : Língua Po

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA


Pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Instituto AVM – Faculdade
Integrada (RJ).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pelo
Centro de Educação Unificado de Brasília, com habilitação em
Administração Escolar.
Coordenadora pedagógica e elaboradora de material pedagógico
para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental há mais de
25 anos.
Professora em cursos de formação de professores de Educação Infantil
e Ensino Fundamental em vários estados desde 1990.
Assessora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental em
Brasília desde 1984.

1a edição, São Paulo, 2021

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2. Observe os verbetes apresentados nesta página e na próxima.
A conquista – Língua Portuguesa – 4 o ano (Ensino Fundamental – Anos iniciais)
• Em sua opinião, eles Copyright
são verbetes
© Isabella Pessôa de um
de Melo dicionário
Carpaneda, 2021 tradicional? Por quê?
2. • Espera-se que os alunos identifiquem que, mesmo sem uma leitura efetiva do texto, a forma dos
verbetes apresentados Direção-geral
é diferenteRicardo
da dos tradicionais. Além disso, os significados têm um tom humorístico.
3. Leia algunsDireção
verbetes Tavares de Oliveira
para verificar se o que você pensou se confirma.
editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Natalia Taccetti
Edição Luciana Leopoldino (coord.)
A Fernanda Magalhães, Pedro Baraldi
Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)
Acordo: Eu durmo
Adriana tarde,
Périco, Caline você
Devèze, Carina não
de Luca, meRibeiro
Graziele acorda cedo.
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
B Design Daniela Máximo (coord.)
Brinco: Se é verbo,
Bruno está
Attili, Carolina Alvesno parque e na praça; se é substantivo, está
Ferreira
Imagem de capa Guilherme Asthma
na orelha.
Arte e Produção Rodrigo Carraro Moutinho (sup.)
Alline Garcia Bullara, Gislene Aparecida Benedito (assist.)
C Diagramação 2 estúdio gráfico
Calma: ÉCoordenação
o quedeaimagens professora sempre
e textos Elaine Bueno Koga pede para a gente, mas
Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
nunca tem, pois
Iconografia acaba
Erika recolhendo a prova antes de a gente ter
Neves do Nascimento
terminado.
Tratamento de imagens Ana Isabela Pithan Maraschin
Ilustrações Alex Rodrigues, Alexandre Rampazo, Andréa Vilela, Arthur França/Yancom,
D Artur Fujita, Avalone, Beatriz Mayumi, Bentinho, Biry Sarkis, Camila Carrossine, Clara
Discreto:Gavilan,
Aluno
Farias,
Claudia Marianno, Claudio Chiyo, Daniel Bogni, Dayane Raven, Dnepwu, Edson
queEduardo
Edu Ranzoni, pede para
Azevedo, ir ao
Eduardo banheiro
Medeiros, sem Fabiana
Estúdio Ornitorrinco, chamar mui-
to a atenção.
Faiallo, Fabio Eugenio, Felipe Camêlo, Gabriela Molinaro, Getulio Delphim, Glair Arruda,
Guilherme Asthma, Hannah Cardoso, Ilustra Cartoon, Isadora Zeferino, Ivan Coutinho,
E Karyne Kuy, Lassmar, Leonardo Conceição, Lima, Lislley Velani, Luis Moura, Luiz Perez
Lentini, Marcos de Mello, Marcos Machado, Nid Possibilidades Ilustradas, Sandra
Errado: Não deveria,
Lavandeira, mas
Silvia Otofuji, Susan sempre
Morisse, Tânia Ricci, acontece logo
Tel Coelho/Giz de Cera, na primeira
Vicente
Mendonça, Waldomiro Neto, Wanderson Souza, Wandson Rocha, Werllen Holanda
questão da prova da gente!
F
Frangalho: FrangoDados
temperado ao alho.
Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
G Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo
A conquista : língua portuguesa : 4 ano : ensino o

Gênio: Ser sobrenatural,


fundamental : anosmitológico
iniciais / Isabella Pessôa e poderoso, mas que só
de Melo
Carpaneda. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2021.
sabe contar até três (Vocês já notaram que, nas histórias, os
gênios só conseguem atender a três pedidos?).
Área: Língua Portuguesa
Componente: Língua Portuguesa
ISBN 978-65-5742-605-0 (aluno - impresso)
H ISBN 978-65-5742-606-7 (professor - impresso)
ISBN 978-65-5742-615-9 (aluno - digital em html)
Hora: Deveria ser bem espichada
ISBN 978-65-5742-616-6 para
(professor - digitalaemgente
html) ficar mais tempo
no banheiro e na Internet.
1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
I. Título.
I
21-72465 CDD-372.6
Internet: É aquilo que faz você ter a certeza de que a conexão
Índices para catálogo sistemático:
dos outros é sempre mais rápida.
1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6

J Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Japão: País onde a noite é de dia.


K
Em respeito ao meio ambiente, as folhas
KKKKKK:
Reprodução proibida: É Penal
Art. 184 do Código assim que a gente ri na internet... [...] deste
e Lei n 9.610
o livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
com origem certificada.
L EDITORA FTD.
Lição: Aquilo que a gente acha que só é bom para
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
osCNPJoutros.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
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central.relacionamento@ftd.com.br Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375

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DANIEL BOGNI
M

N APRESENTAÇÃO
Meleca: Porcaria deliciosa para algumas crianças.

Nada: O peixe e o preguiçoso sempre fazem isso.


O
Olá!
Obeso: um “o” que engordou muito.
P Você está começando mais uma etapa, um novo ano
Pesadelo: É o que acontece
de descobertas comaprendizado.
e muito alguns alunos na véspera de
uma prova de Matemática.
Q Este livro será seu companheiro no desafio de explorar
Queijo: as
Para o rato formas
diversas é melhordeque um beijo. e compreender cada
se comunicar
R
vez melhor o mundo em que vivemos.
Rima: É quando a prima pratica esgrima na academia da rua
de cima. [...]Nele você vai encontrar diferentes textos, atividades
S
interessantes e imagens atraentes para que você adquira
Saudade: Sentimento que acontece logo depois das férias.
T conhecimentos.
Telefone: Aparelho
Você vaisemelhante ao banheiro:
poder realizar está sempre
essas atividades ocu-
sozinho, em
pado quando a gente mais precisa dele.
U
dupla, em grupo, com a turma toda ou com a ajuda da
sua que
Único: Filho família.
quer um irmãozinho, mas que depois se arrepende.
V
Vitória: Passar com média em todas as matérias: é a glória!!!
W
WWW: VejaEssa
o queé asignificam
teia que os ícones que
emaranha aparecem
todo mundo!no seu livro
X
atividade
Xícara: oral de espanto: “Xi,
Expressão atividade commal
cara, fui usona
de prova!”.
tecnologia
Y atividade em dupla atividade para casa
Yasmin: Menina bonita, uma flor perfumando o jardim.
atividade em grupo
Z
Zíper: Peça do vestuário masculino muito perigosa na hora de se ir
ANNAMIRO/SHUTTERSTOCK.COM

ao banheiro.
José de Castro. Dicionário engraçado: reflexões de um adolescente.
Grande abraço!
São Paulo: Paulinas, 2012. p. 11-38. (Esconde-esconde).

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ORGANIZAÇÃO
DOS VOLUMES
⊲ PRIMEIRAS ATIVIDADES SUMÁRIO
Esta seção abre todos os volumes.
As Primeiras atividades objetivam
realizar, em um primeiro momento primeiras Recordar e avaliar ............................................ 12
(Eu já vi), a revisão de conteúdos atividades
estudados no ano anterior e, em um
segundo momento (Eu já sei), uma 1 EU JÁ VI .....................................................................................14
avaliação diagnóstica dos conheci-
mentos dos alunos esperados para 2 EU JÁ SEI ...................................................................................15
o ano de ensino. A partir dessa son-
dagem, o professor pode definir seu
planejamento anual, elaborando in-
unidade 1 • PALAVRAS E MAIS PALAVRAS .............. 16
tervenções específicas para auxiliar os 1 COLECIONANDO SIGNIFICADOS........................................18
alunos a resolver possíveis faltas de
pré-requisitos. PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ........................................................ 18
LEITURA • Verbete de dicionário ........................................................ 20
⊲ ABERTURA DE UNIDADE HORA DA HISTÓRIA • Combinados para cuidar bem dos livros ................. 24
As aberturas de unidade estão or-
TEXTO POR TODA PARTE • Paródia de dicionário ................................. 25
ganizadas com base em uma imagem
adequada ao trabalho proposto e em RETOMAR E AVANÇAR • Substantivo ................................................. 30
algumas perguntas que objetivam o HORA DA HISTÓRIA • Peça teatral .................................................... 33
levantamento de conhecimentos pré-
vios dos alunos sobre os assuntos ou PRODUÇÃO DE ESCRITA • Dicionário divertido .................................... 35
gêneros que serão estudados.
2 PALAVRAS: TRADUÇÃO POPULAR! .................................. 37
Com as questões iniciais apresenta-
das, espera-se que a discussão em sala PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ........................................................ 37
de aula proporcione aos alunos um es- LEITURA • Causo: O defunto vivo, de Jair Kobe ........................................... 38
teio para prosseguirem com suas infe-
rências e estabelecimento de relações PRODUÇÃO ORAL • Expressões populares .......................................... 43
com situações que já conhecem. NOSSA LÍNGUA • Substantivo primitivo e substantivo derivado ............... 44
ORTOGRAFIA • Palavras com ç ou ss .................................................. 47
DIÁLOGOS • Vida familiar e social • Palavras do bem ............................. 48

VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar....................................50


DICIONÁRIO ILUSTRADO .......................................................... 52

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⊲ PREPARAÇÃO PARA A
unidade 2 • EM CARTAZ! ................................................. 54 LEITURA
Esta seção apresenta atividades de
1 VAMOS ASSISTIR AO FILME? .............................................. 56 pré-leitura. As atividades resgatam os
conhecimentos prévios dos alunos e
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ........................................................ 56
estimulam o levantamento de hipóte-
LEITURA • Resenha crítica: Novo longa do Homem-Aranha é a melhor ses acerca do gênero, do tema ou da
animação de herói já lançada, de Thales de Menezes ................ 57 prática social relacionada a ele. Dessa
RETOMAR E AVANÇAR • Palavras que ligam ideias opostas • Pronomes forma, é possível instigar a curiosi-
pessoais retos .............................................. 60 dade da turma, permitindo que ela
faça inferências. Durante a prática de
NOSSA LÍNGUA • Adjetivos e locuções adjetivas ................................... 63
leitura, etapa seguinte, todos podem
TEXTO POR TODA PARTE • Anúncio publicitário .................................. 67 verificar se o que pensaram vai se
ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -oso ou -osa ............................ 69 confirmando.

⊲ LEITURA
2 VAMOS LER? ............................................................................ 71
Esta seção tem como enfoque a
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ........................................................ 71 investigação do texto em duas pers-
LEITURA • Indicação literária: O 14o peixinho dourado – acredite no pectivas: quanto à compreensão do
impossível, de Marcelo Chaves ............................................ 72 assunto tratado e quanto às carac-
terísticas do gênero textual. Explora
HORA DA HISTÓRIA • Conto ............................................................ 74 capacidades de localização de infor-
RETOMAR E AVANÇAR • Uso de nós e a gente ................................... 77 mação, de inferência, de apreciação
etc. Apresenta também perguntas
DIÁLOGOS • Vida familiar e social • Respeitar o próximo é viver bem ........ 79
que exploram os elementos linguísti-
NOSSA LÍNGUA • Substantivos coletivos .............................................. 81 cos e extralinguísticos relacionados a
ORTOGRAFIA • Palavras com g ou j.................................................... 84 esse texto, como as marcas de forma-
lidade e informalidade e os efeitos de
PRODUÇÃO ORAL • Entrevista .......................................................... 86 sentido. De modo geral, a finalidade
PRODUÇÃO DE ESCRITA • Indicação literária ....................................... 87 desta seção é propor perguntas que
auxiliem os alunos a compreender o
VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar .................................... 88 texto e algumas das características do
gênero textual trabalhado.
DICIONÁRIO ILUSTRADO ...........................................................90
⊲ DIÁLOGOS
Esta seção aborda, de forma
contextualizada, diferentes temas
contemporâneos que permeiam o
contexto social e apresenta ativida-
des que permitem ao aluno com-
preender e refletir sobre aspectos
relacionados a diversidade, variação
linguística, cultura, comunicação,
tecnologia, povos indígenas e afri-
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idosos, educação para o trânsito,
alimentação saudável, entre outros.
Com esse trabalho, objetiva-se con-
tribuir para a construção de atitudes
que favoreçam a convivência e o
exercício da cidadania.

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⊲ RETOMAR E AVANÇAR
unidade 3 • HISTÓRIAS QUE DIVERTEM ................. 92
Esta seção tem o objetivo de esta-
belecer relações entre os conteúdos,
ortográficos, gramaticais ou discur-
1 NA ONDA DOS QUADRINHOS ........................................... 94
sivos, abordados no respectivo volu- PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ........................................................ 94
me e em volumes anteriores, visando LEITURA • História em quadrinhos: Babymouse: gata da praia, de Jennifer L.
consolidar a aprendizagem e remediar Holm e Matthew Holm ................................................................ 95
eventuais defasagens.
RETOMAR E AVANÇAR • Sinais de pontuação .......................................... 101
Assim, apresenta atividades que
retomam conteúdos, permite novas NOSSA LÍNGUA • Verbos e concordância ............................................ 103
reflexões sobre a língua em uso, con-
solida o aprendizado e também am- 2 DIVERSÃO EM QUADRINHOS ........................................... 107
plia o horizonte dos alunos com base
no que já conhecem. PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 107
LEITURA • História em quadrinhos: Calvin e Haroldo: Yukon Ho!,
⊲ NOSSA LÍNGUA de Bill Watterson ............................................................ 108
Esta seção possibilita aos alunos a AS PALAVRAS NO DICIONÁRIO ...................................................... 112
reflexão sobre as práticas de análise
TEXTO POR TODA PARTE • Conto ................................................... 114
linguística e gramatical e os possíveis
efeitos de sentido das construções lin- NOSSA LÍNGUA • Registro formal e informal ...................................... 118
guísticas nela apresentadas. ORTOGRAFIA • Verbos terminados em u ........................................... 120
As atividades propostas, mediadas
PRODUÇÃO DE ESCRITA • Elementos de história em quadrinhos ........... 122
pelo professor, possibilitam aos alunos
uma reflexão sobre as convenções da DIÁLOGOS • Educação para o consumo • Finanças em quadrinhos ......... 124
língua portuguesa segundo a gramá-
tica tradicional. VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar ................................. 126
DICIONÁRIO ILUSTRADO ......................................................... 128
⊲ ORTOGRAFIA
A proposta desta seção é promover
um ensino reflexivo e sistemático das
relações entre grafemas e fonemas,
das convenções gráficas da escrita,
estimulando os alunos a refletir sobre
o sistema de escrita ortográfico e dele
apropriar-se.

FELIPE CAMÊLO
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⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
unidade 4 • ACONTECEU, VIROU NOTÍCIA .......... 130
Esta seção objetiva a prática de
escrita a partir do resgate de discus-
1 CADA ASSUNTO NO SEU CADERNO .............................. 132 sões anteriores sobre o gênero tex-
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 132 tual estudado na unidade. Além disso,
estimula os alunos a refletir sobre o
LEITURA • Jornal ........................................................................... 133
contexto de produção e recepção do
DIVERTIDAMENTE • Título de notícia ............................................... 135 texto a ser produzido, além de suas
características linguístico-discursivas,
RETOMAR E AVANÇAR • Sílaba tônica e classificação das palavras
quanto à sílaba tônica ....................................... 136 desenvolvendo habilidades para que
possam produzir textos com a coesão,
NOSSA LÍNGUA • Acentuação de oxítonas ........................................ 138 a coerência e o nível de informativida-
ORTOGRAFIA • Palavras iniciadas com des- ou dez............................. 139 de adequados.
A seção inclui etapas de planeja-
2 NO PÓDIO DAS NOTÍCIAS .................................................. 141 mento, elaboração, revisão e edição
do texto, explicitadas no Livro do Estu-
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 141 dante ou neste Manual do Professor.
LEITURA • Notícia: Tubos perfeitos coroam o bi de Medina,
de Paulo Favero ....................................................................... 142 REFLETIR E AVALIAR
Neste momento, são apresentadas
TEXTO POR TODA PARTE • Notícia na literatura ................................. 147
questões de autoavaliação para es-
ORTOGRAFIA • Palavras com s ou z ................................................. 149 timular a reflexão dos alunos após a
produção textual.
PRODUÇÃO DE ESCRITA • Notícia ................................................... 152
PRODUÇÃO ORAL • Telejornal ........................................................ 153 ⊲ PRODUÇÃO ORAL
O objetivo desta seção é propor ati-
VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar.................................. 154
vidades que desenvolvam a interação
DICIONÁRIO ILUSTRADO ......................................................... 156 discursiva dos alunos nas mais dife-
rentes situações comunicativas.
Ao longo do Livro do Estudante e
também neste Manual do Professor,
serão propostos seminários, debates,
rodas de discussão, entrevistas e outros
gêneros orais que guiem o aluno a um
sentimento de conforto e tranquilida-
de em relação à apresentação oral.
LEONARDO CONCEIÇÃO

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⊲ DIVERTIDAMENTE
unidade 5 • POEMAS PARA LER, OUVIR E VER .... 158
Esta seção apresenta atividades
lúdicas que permitem uma aborda-
gem mais descontraída dos objetos
1 PRÓXIMA PARADA: POEMAS ............................................ 160
em ensino. O que é proposto pode PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 160
relacionar-se ao gênero textual ou ao
LEITURA • Poema: O ônibus das pulgas, de Sérgio Capparelli ................. 162
tema abordado na unidade. Propõe
atividades que visam desenvolver os DIVERTIDAMENTE • Poema ........................................................... 167
conhecimentos e as práticas de análi- ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -esa ou -eza .......................... 168
se linguística em uma perspectiva pro-
cessual de construção, oferecendo,
sempre que possível, mais uma opor- 2 POEMA É PALAVRA QUE ENCANTA ................................. 171
tunidade de reflexão sobre a língua e PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ..................................................... 171
a linguagem.
LEITURA • Poema: Os nomes das coisas, de Silvana Tavano.................... 172
⊲ TEXTO POR TODA PARTE TEXTO POR TODA PARTE • Poema visual ................................................ 176
Esta seção proporciona um mo- NOSSA LÍNGUA • Acentuação de paroxítonas .................................... 178
mento para construção intertextual
ORTOGRAFIA • Palavras com lh ou li ................................................ 181
com textos de mesmo gênero ou de
gêneros diferentes. O trabalho desen- PRODUÇÃO DE ESCRITA • Poema visual ........................................... 184
volvido tem a finalidade de ampliar a
compreensão dos alunos acerca das VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar ................................. 186
características linguístico-discursivas,
da função social dos gêneros textuais
DICIONÁRIO ILUSTRADO ......................................................... 188
trabalhados e das semelhanças e dife-
renças entre eles. As atividades favo-
recem o estabelecimento de relações
entre os textos.

MARCOS DE MELLO
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QUEM É? BOXE CONCEITO


Em alguns momentos, ao término da seção Os principais conceitos estudados são apre-
Leitura, o aluno tem a oportunidade de conhe- sentados em destaque para facilitar o estudo e
cer uma pequena biografia do autor do texto a retomada durante a realização das atividades.
lido, com informações sobre sua carreira e suas
obras. É uma forma de levar o aluno a reconhe- SAIBA QUE
cer o autor e, com o tempo, a adquirir um reper-
Apresenta informações complementares e/
tório de autores e a perceber suas preferências
ou curiosidades relacionadas ao tema estudado
de leitura.
no capítulo.

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⊲ HORA DA HISTÓRIA
unidade 6 • EXPERIÊNCIAS NA COZINHA ............... 190
O objetivo desta seção é ampliar o
repertório do aluno e despertar nele
1 CIÊNCIA DIVERTIDA ............................................................ 192 o gosto pela literatura por meio da
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 192 escuta atenta de textos literários, le-
vando-o a compreender a dimensão
LEITURA • Texto instrucional: Lâmpada de lava colorida,
de encantamento e expressividade de
de Fernando Pinheiro ...................................................... 193
obras literárias, o que desencadeia o
DIVERTIDAMENTE • Experiência científica maluca ............................... 197 processo de atribuição de sentidos,
ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -ram ou -rão .......................... 198 facilitando a aproximação entre leitor
e texto.
HORA DA HISTÓRIA • Conto .......................................................... 199
NOSSA LÍNGUA • Encontro vocálico e redução de ditongos na oralidade ... 203

2 MÃO NA MASSA! ................................................................. 205


PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 205
LEITURA • Texto instrucional: Slime: 20 receitas tops para botar a mão
na slime!, de Pé da Letra .................................................. 206
ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -agem, -igem ou -ugem .......... 210
NOSSA LÍNGUA • Pronomes pessoais retos e oblíquos .......................... 212
RETOMAR E AVANÇAR • Linguagem formal e informal ............................ 215
PRODUÇÃO DE ESCRITA • Receita de slime ....................................... 216

VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar.................................. 218


DICIONÁRIO ILUSTRADO ........................................................ 220
FELIPE CAMÊLO

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DESCUBRA MAIS GLOSSÁRIO


Apresenta indicações de livros, sites, vídeos, O objetivo do glossário é sanar dificuldades
músicas etc., acompanhadas de uma breve e enriquecer o vocabulário dos alunos. Próximo
sinopse. O objetivo é possibilitar a ampliação ao texto aparecem palavras, possivelmente des-
do repertório de conhecimento dos alunos conhecidas, e seu significado contextualizado.
com sugestões que dialoguem com o que
foi tratado na unidade, seja pela semelhan-
ça temática, seja pela perspectiva do gênero
textual trabalhado. Os materiais indicados
apoiam o trabalho com a competência leitora
e servem também para orientar a escolha de
títulos semelhantes para a Hora da história.

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⊲ AS PALAVRAS NO
DICIONÁRIO
unidade 7 • ENTRE CONTOS E PARÓDIAS ............ 222
As propostas desta seção não ape- 1 PRINCESAS DO BARULHO! ...............................................224
nas dão oportunidade aos alunos de
observarem como o dicionário é or- PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 224
ganizado, mas também apresentam LEITURA • Conto: Princesa Barulhinhos, de Gudule e Marjolein Pottie ........ 226
atividades graduadas de forma que
eles percebam as várias funções do di- NOSSA LÍNGUA • Vírgula em enumeração e vocativo.............................. 230
cionário, uma vez que seu uso não se RETOMAR E AVANÇAR • Marcadores temporais ................................... 234
deve restringir apenas à busca de pa-
ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -ansa ou -ança ...................... 236
lavras cujo significado é desconhecido
e da acepção mais adequada ao tex-
to e ao contexto em que aparece ou 2 O OUTRO LADO DAS HISTÓRIAS .................................... 237
a tirar dúvidas quanto à grafia, mas
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 237
também oferecer informações grama-
ticais, ampliar o léxico e, sobretudo, a LEITURA • Conto: Os três porquinhos, na real!, de Luís Camargo.................. 238
habilidade leitora dos alunos. AS PALAVRAS NO DICIONÁRIO ...................................................... 243
RETOMAR E AVANÇAR • Pontuação em diálogo e pronomes pessoais retos .. 244
⊲ VAMOS RECORDAR?
Visando apoiar a avaliação proces- NOSSA LÍNGUA • Verbos de elocução ............................................... 246
sual, esta seção foi organizada para PRODUÇÃO DE ESCRITA • Final de conto em primeira pessoa ............... 249
que os alunos possam fazer a revisão
PRODUÇÃO ORAL • Apresentação do final do conto ........................... 251
de conceitos estudados na unidade.
As atividades são certificadoras e dão
VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar................................. 252
parâmetro para o professor de quanto
o aluno avançou na aprendizagem. DICIONÁRIO ILUSTRADO ........................................................ 254

⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO
Esta seção apresenta, ao final de
cada unidade, um conjunto de ver-
betes com palavras pertencentes ao
campo semântico explorado na uni-
dade. Os verbetes são ilustrados e
acompanhados de atividades de con-
textualização, que podem ser realiza-
das aos poucos, no momento em que
cada um dos vocábulos aparecer nos
textos e/ou atividades da unidade.
DAYANE RAVEN

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EM DUPLA EM GRUPO
ÍCONES
Atividade que pode ser feita em duplas Atividade que pode ser feita em grupo, pro-
As atividades do livro são orien- a fim de que os alunos discutam ideias e porcionando momentos de discussão e elabo-
tadas por ícones, que indicam como soluções para questões mais complexas e, ração de respostas coletivas. Essa abordagem
elas devem ser realizadas. Esse re- na elaboração conjunta de uma resposta, promove a comunicação oral, a discussão, a
curso auxilia os alunos a fazer leitu- trabalhem o respeito à opinião do outro e a reflexão e a resolução de questões mais com-
ra de símbolos e a se planejar para comunicação. plexas de forma compartilhada e o respeito às
as atividades. ideias e opiniões de outras pessoas.

10

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⊲ O QUE APRENDI NESTE
unidade 8 • INFORMAÇÕES ANIMAIS! .................. 256 ANO?
1 INFORMAÇÕES CASCUDAS ............................................. 258 Ao final de cada volume, são apre-
sentadas atividades que visam reto-
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 258 mar os diagnósticos realizados ao lon-
LEITURA • Artigo de divulgação científica: O que é que a barata tem?, go do ano. Assim, o professor poderá
de Shirley Paradizo..................................................................... 260 analisar os avanços e os resultados
NOSSA LÍNGUA • Vírgula em aposto .......................................................... 264 obtidos acerca dos conhecimentos
adquiridos pelos alunos.
HORA DA HISTÓRIA • Relato de memória......................................... 266
ORTOGRAFIA • Plural de palavras terminadas em -ão .......................... 269 ⊲ REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
2 CRIATURAS ARREPIANTES .................................................271 Apresenta referências bibliográfi-
PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ...................................................... 271 cas comentadas e complementares
para pesquisa ou consulta.
LEITURA • Infográfico: Eles vivem na sua casa!, de Letícia Yazbek.................. 272
TEXTO POR TODA PARTE • Verbete de enciclopédia ................................ 276 ⊲ MATERIAL
ORTOGRAFIA • Palavras terminadas em -isar ou -izar ......................... 278 COMPLEMENTAR
PRODUÇÃO DE ESCRITA • Verbete de enciclopédia ............................. 280 Apresenta materiais recortáveis
para o uso em atividades do livro.
PRODUÇÃO ORAL • Exposição de resultado da pesquisa ...................... 282
DIÁLOGOS • Saúde • Juntos podemos mais! ...................................... 283

VAMOS RECORDAR? • Avaliar e avançar................................. 284


DICIONÁRIO ILUSTRADO ........................................................ 286

o que aprendi
Avaliação final ..................................... 288
neste ano?

parte final
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 292
SUGESTÕES DE LEITURA PARA O PROFESSOR ................ 294
REFLETIR E AVALIAR • Fichas de avaliação ............................. 295
MATERIAL COMPLEMENTAR................................................... 299

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ORAL TECNOLOGIA EM CASA


Atividade para ser respondida oralmen- Trabalha as novas mídias e tecnologias Atividade que pode ser realizada em
te, propiciando momentos de partilha entre digitais, apresentando possibilidades para o casa, individualmente ou com o apoio da
todos os alunos da sala de aula. Por meio uso responsável da internet. Com foco no família, contribuindo para as práticas de
dela, os alunos podem desenvolver a habi- letramento digital, é mais um recurso de literacia familiar.
lidade de falar em público, debater, expor aprendizagem, de forma que o aluno tenha
suas ideias e aprender a respeitar e a ouvir a possibilidade de entrar em contato com
os demais componentes de seu grupo. um mundo cada vez mais tecnológico, de
maneira crítica e ética.

11

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INTRODUÇÃO PRIMEIRAS
À UNIDADE RECORDAR E AVALIAR

O objetivo desta unidade inicial é


atividades
apresentar uma revisão de conteú-
dos abordados anteriormente, bem
como realizar uma avaliação diag-
nóstica a fim de verificar os conhe-
cimentos esperados para o ano de
ensino. Nesse trabalho, será possível
verificar os conhecimentos dos alunos
quanto a aspectos gramaticais, linguís-
ticos, conhecimentos sobre o sistema
de escrita, compreensão de textos e
desenvolvimento da oralidade.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Revisar conteúdos abordados em
volumes anteriores.
• Verificar eventuais defasagens de
aprendizagem.
• Subsidiar o planejamento de aulas.

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Reconhecer letras.
• Reconhecer a ordem alfabética.
DNEPWU

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OBJETIVOS ⊲ BNCC (EF15LP17) Apreciar poemas visuais e


concretos, observando efeitos de sentido
• Reconhecer o alfabeto e a ordem (EF15LP03) Localizar informações explíci-
criados pelo formato do texto na página,
alfabética. tas em textos.
distribuição e diagramação das letras, pe-
• Associar o nome de cada animal (EF15LP04) Identificar o efeito de senti- las ilustrações e por outros efeitos visuais.
à sua letra inicial. do produzido pelo uso de recursos ex-
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustra-
• Recitar o alfabeto. pressivos gráfico-visuais em textos mul-
ções e outros recursos gráficos.
• Pronunciar o som das letras. tissemióticos.
(EF15LP19) Recontar oralmente, com e
• Apreciar poema visual. (EF15LP09) Expressar-se em situações de sem apoio de imagem, textos literários li-
• Escrever título associando-o à te- intercâmbio oral com clareza, preocupan- dos pelo professor.
mática do poema. do-se em ser compreendido pelo interlo-
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto,
As habilidades e os componentes a cutor e usando a palavra com tom de voz
conhecimentos linguísticos e gramaticais,
seguir serão trabalhados nesta seção. audível, boa articulação e ritmo adequado.
tais como ortografia, regras básicas de
12

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ROTEIRO DE AULA

Resposta pessoal. ⊲ PRIMEIRAS ATIVIDADES


RECORDAR E AVALIAR
1. Abra espaço para que os alu-
nos observem as páginas. Chame a
atenção para o poema apresentado.
Pergunte: o que a forma desse poe-
ma lembra? É possível que os alunos
comentem que o poema lembra um
caracol ou um redemoinho. Pergun-
te: na opinião de vocês, há uma or-
dem para ler o poema? É provável
que concluam que a leitura se inicia
da esquerda para a direita, em “A de
arara”, e depois segue em espiral até
a letra z. Leve-os a perceber que são
citados nomes de animais e pergun-
te: poderia fazer parte desse poema
o trecho “C de casa”? Espera-se que
BICHOLETRA, DE MATÉ. 1. ED. SÃO PAULO: EDITORA GLOBO, 2013.

concluam que não, pois foram usa-


dos apenas nomes de animais. Ques-
tione, por fim: qual a relação entre
as letras e os nomes dos animais? Es-
Maté. Bicholetra. São Paulo:
pera-se que os alunos concluam que
Globo, 2013. Não paginado. cada nome de animal se relaciona
com a letra inicial de seu nome.
2. Peça aos alunos que verbalizem os
nomes de animais que não conhecem
e registre-os na lousa. Será interes-
sante apresentar imagens de cada um
1. Os nomes dos bichos seguem uma ordem. Qual? dos animais, especialmente dos mais
Sim, a ordem alfabética. incomuns.
2. Você conhece todos os bichos citados? Circule os 3. Levante com a turma possibilida-
nomes dos que você não conhece. Resposta pessoal.
des de títulos para o poema. Estimule
3. Dê um título ao poema. os alunos a justificarem os títulos es-
colhidos.
4. Com seus colegas, recitem o alfabeto. 4. Em seguida, peça que recitem o al-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
fabeto e pronunciem o som predomi-
nante que cada letra representa.
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concordância nominal e verbal, pontua- ⊲ PNA


ção (ponto final, ponto de exclamação, Consciência fonológica e fonêmica
ponto de interrogação, vírgulas em enu-
Conhecimento alfabético
merações) e pontuação do discurso direto,
quando for o caso. Desenvolvimento de vocabulário
(EF03LP07) Identificar a função na leitu- Compreensão de textos
ra e usar na escrita ponto final, ponto de Produção de escrita
interrogação, ponto de exclamação e, em
diálogos (discurso direto), dois-pontos e
travessão.
(EF03LP08) Identificar e diferenciar, em tex-
tos, substantivos e verbos e suas funções
na oração: agente, ação, objeto da ação.

13

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OBJETIVOS
• Revisar relações entre grafemas e
fonemas estudados. 1 eu ja vi
• Oportunizar a recitação do alfabe-
to e da pronúncia dos sons das letras. 1 Releia o poema da página anterior. Nele foram usados nomes de
• Revisar a ordem alfabética. animais. Essas palavras são:
• Revisar conceitos de substantivo,
X substantivos. adjetivos. verbos.
adjetivo, verbo e pronome.
• Revisar o uso de sinais de pontua-
2 Complete com:
ção (ponto final, ponto de exclama-
ção, ponto de interrogação).
Adjetivos Verbos
• Revisar o uso de letra inicial maiús­ Sugestões de resposta: alegre, Sugestões de resposta: correr,
cula no início de frases. A de animado, agradável. C de comer, cair.
As habilidades e os componentes a Sugestões de resposta: bom, bonito, Sugestões de resposta: dar,
seguir serão trabalhados nesta seção. B de brilhante. D de deixar, dormir.

⊲ BNCC 3 Leia o bilhete.


3. a) Sugestão de resposta: Felipe,
(EF15LP03) Localizar informações ex- Lucas e eu vamos dar plantão hoje à tarde, em frente à casa dos
plícitas em textos. novos vizinhos, para descobrir quem é o dono da bicicleta que
(EF03LP07) Identificar a função na lei- veio junto com a mudança. Ela é radical demais! Quer ir também?
tura e usar na escrita ponto final, pon- Felipe, Artur
to de interrogação, ponto de exclama-
ção e, em diálogos (discurso direto),
Lucas e eu vamos dar plantão hoje à tarde
dois-pontos e travessão. em frente à casa dos novos vizinhos para
(EF35LP06) Recuperar relações entre
partes de um texto, identificando
descobrir quem é o dono da bicicleta que
substituições lexicais (de substantivos veio junto com a mudança ela é radical
por sinônimos) ou pronominais (uso
de pronomes anafóricos – pessoais,
demais quer ir também
possessivos, demonstrativos) que con- Artur
tribuem para a continuidade do texto.

EDITORIA DE ARTE
⊲ PNA
a) Reescreva o bilhete no caderno com a pontuação adequada e as
Conhecimento alfabético letras maiúsculas no início das frases.
Compreensão de textos b) Circule no bilhete os pronomes pessoais e escreva a que substantivos
eles se referem.
ROTEIRO DE AULA Eu – Artur / Ela – bicicleta.

⊲ EU JÁ VI 14
1. Peça aos alunos que releiam o poe-
ma da abertura. Pergunte: nomes de
animais são classificados como subs- D2_012-015-F1-PORT-1100-V4-U0-LA-G23-AVU.indd 14 07/08/2021 15:12 D2_012-0

tantivos, adjetivos ou verbos? Por quê? e indicar pessoas do discurso (eu, tu, ele, no caderno, pontuando-o e usando as le-
Amplie: esses substantivos são pró- ela, nós, vós, eles, elas) às quais se refe- tras iniciais maiúsculas no início de frases.
prios ou comuns? Por quê? Espera-se rem. Exemplifique: Eu estudo o dia todo. / Por fim, peça que releiam o bilhete em voz
que respondam que são substantivos Nós estudávamos o dia todo. etc. Só então alta, com entonação adequada.
comuns, pois nomeiam seres em geral. peça aos alunos que realizem a atividade. 3. b) Peça que digam quais são os pro-
2. Retome os conceitos de adjetivo e Depois, abra espaço para que socializem nomes pessoais do caso reto. Informe que
verbo e suas funções. Explique que suas respostas. deverão localizar e circular no bilhete os
adjetivo é a palavra que modifica o 3. a) Peça que façam a leitura silenciosa do pronomes usados. Solicite que verbalizem
substantivo, dando características a bilhete e abra espaço para que comentem. a que substantivo cada pronome se refere.
ele. Exemplifique: arara colorida. Re- Verifique se percebem que foi escrito, de Leve-os a perceber a função de referencia-
lembre, também, que verbos são pa- propósito, sem alguns sinais de pontuação ção dos pronomes no texto.
lavras que variam para dar ideia de e sem o uso de letras iniciais maiúsculas
tempo (presente, passado ou futuro) no início de frases. Peça que o reescrevam

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CONCLUSÃO
DA UNIDADE
2 eu ja sei
As atividades desta seção visam
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
realizar uma avaliação diagnóstica
1 Ouça a fábula que o professor vai ler. da turma para que você, professor,
possa ter subsídios suficientes para
2 Numere as imagens de acordo com a ordem dos acontecimentos intervir e tomar decisões no que se re­
na história. fere ao seu planejamento.
As informações coletadas nessa ava­
2 1
liação diagnóstica devem ser consi­
deradas até o final do ano, para que
você acompanhe e analise o percurso
dos alunos. É importante que colete
esses dados e compare-os com os da­
dos das avaliações formativas, realiza­
das ao longo do ano letivo, e também
com a avaliação de resultados.

ROTEIRO DE AULA
4 3

⊲ EU JÁ SEI
1. Peça aos alunos que observem as
ilustrações e comentem o que imagi­
nam da história que será lida. Sugere­
-se que leia a fábula que se encontra
na página do programa Conta pra
mim, do Ministério da Educação. Dis­
LISLLEY VELANI

ponível em: http://alfabetizacao.mec.


gov.br/images/conta-pra-mim/livros/
versao_digital/a_cegonha_e_a_raposa
3 Reconte oralmente a fábula. _versao_digital.pdf. Acesso em: 15 jul.
2021.
4 Que ensinamento combina com essa fábula? 2. Desafie-os a numerar as cenas, de
Trate os outros como deseja
1 a 4, na ordem dos acontecimentos,
Devagar se vai ao longe. X para verificar o entendimento sobre a
ser tratado.
progressão temática da fábula.
5 Reescreva a fábula no caderno. 3. Estimule os alunos a recontarem
oralmente a história. Ofereça marca­
15 dores temporais que ajudem a enca­
dear os acontecimentos.
4. Retome com a turma que as fábu­
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las trazem ensinamentos, muitas ve­
OBJETIVOS ções e outros recursos gráficos. zes, em forma de moral. A atividade
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, permitirá que avalie a compreensão
• Diagnosticar os conhecimentos sobre global do texto, pois estarão identifi­
conhecimentos linguísticos e gramaticais,
o sistema de escrita. cando a ideia central da narrativa.
tais como ortografia, regras básicas de
• Diagnosticar as habilidades de com­ concordância nominal e verbal, pontua­ 5. Verifique os conhecimentos dos
preensão de textos. ção (ponto final, ponto de exclamação, alunos acerca do sistema da escrita e
• Recontar fábula oralmente. ponto de interrogação, vírgulas em enu­ da compreensão do texto e se respei­
• Reescrever fábula. merações) e pontuação do discurso direto, tam a progressão temática da fábula,
As habilidades e os componentes a se­ quando for o caso. preservam as ideias e os conteúdos
da fábula original e observam as ca­
guir serão trabalhados nesta seção.
⊲ PNA racterísticas da linguagem escrita e do
registro literário. Ressalte que, antes
⊲ BNCC Compreensão de textos de considerarem o texto concluído,
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustra­ Produção de escrita devem revisá-lo.
15

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UNIDADE

1
INTRODUÇÃO
À UNIDADE
Nesta unidade, serão trabalha- palavras e
dos os aspectos de gêneros textuais
como verbete de dicionário e causo,
além do reconhecimento das letras mais palavras
do alfabeto e da ordem alfabética em
contextos sociais. As atividades pro-
postas permitirão aos alunos retomar
5
e ampliar conteúdos gramaticais, bem
como aspectos ortográficos e de rela- 4
ções entre grafemas e fonemas mais
complexas, proporcionando a conso-
lidação de habilidades já introduzidas
nos volumes anteriores desta cole-
ção. Assim, eles poderão mobilizar,
3
por meio de atividades como leitura,
produção de textos, orais e escritos,
conhecimentos linguísticos e de com-
BEATRIZ MAYUMI

preensão e fluência leitora.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS 2
• Consolidar o conceito de ordem
alfabética.
• Reconhecer aspectos dos gêne-
ros textuais verbete de dicionário
e causo. 1
• Compreender o conceito de subs-
tantivo primitivo e derivado.
• Reconhecer que palavras da mes-
ma família podem ser usadas para
apoiar novas escritas.
• Consolidar a compreensão de
relações entre grafemas e fonemas
Dicionário.
mais complexas.

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Compreender a ordem alfabética.

16

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1. O que você observa na imagem? OBJETIVOS
Os alunos deverão inferir que se trata de
um garoto consultando um dicionário. • Participar de situações de inter-
2. Você costuma consultar o dicionário? câmbio oral.
6 Em que situações? Respostas pessoais.
• Ler e interpretar imagem.
3. Junte a primeira letra do nome de • Formar palavra a partir de pistas.
cada figura e escreva a palavra que
7 você formou. Siga a ordem indicada. ROTEIRO DE AULA
Durante as discussões propostas, é
8 importante criar um ambiente de res-
peito e confiança com os alunos. Para
isso, escute-os e valorize suas ideias.
Esteja atento à participação de cada
um deles.
1. Inicie a atividade estimulando os
alunos a verbalizar o que veem na
imagem. Espera-se que concluam que
9 o menino está em um ambiente seme-
lhante a uma biblioteca e que é prová-
vel que o livro seja um dicionário, com
base na letra em destaque.
2. Incentive os alunos a comentarem
10 sobre a utilidade de um dicionário e
promova uma discussão a respeito do
tema. Incentive-os a perceber a im-
portância do uso do dicionário.
3. Ajude-os a identificar as figuras
(dado, iguana, cachorro, ilha, ovelha,
navio, árvore, raquete, iglu e onça),
começando pela primeira à esquerda.
Registre na lousa uma palavra abaixo
da outra, destacando a primeira letra
de cada uma, para ajudá-los a con-
cluir que as letras iniciais formam a
palavra dicionário.

SUGESTÃO ⊲ PARA O ALUNO


VÍDEO • VIDEOCLIPE – Canção do Di-
cionário. Publicado por: Cocoricó. Dis-
ponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=N_g80q2r9N0. Acesso em: 14
17 jul. 2021. Será interessante iniciar a uni-
dade assistindo à animação que oferece,
de forma lúdica, algumas informações
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As habilidades e os componentes a se- (EF15LP18) Relacionar texto com ilustra-


guir serão trabalhados nesta seção. ções e outros recursos gráficos.
(EF04LP03) Localizar palavras no dicioná-
⊲ BNCC rio para esclarecer significados, reconhe-
(EF15LP01) Identificar a função social de cendo o significado mais plausível para o
textos que circulam em campos da vida contexto que deu origem à consulta.
social dos quais participa cotidianamente
(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e ⊲ PNA
nas mídias impressa, de massa e digital, Conhecimento alfabético
reconhecendo para que foram produzi-
dos, onde circulam, quem os produziu e a Compreensão de textos
quem se destinam. Produção de escrita

17

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1
OBJETIVOS
• Incentivar a expressão oral du-
COLECIONANDO
rante a reflexão e a retomada de
conhecimentos prévios acerca do SIGNIFICADOS
significado das palavras.
• Participar de situações de inter- preparaçao para a leitura
câmbio oral.
• Praticar a fluência em leitura oral.
1. Leia o trecho de um conto e descubra a tarefa que a professora da
• Realizar pesquisa com pessoa da
personagem Menina passou como lição de casa.
família.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. [...] a professora escreveu na lousa uma palavra que todos já
tinham ouvido falar, mas que, na verdade, ninguém ali conhecia.
Quando se virou, disse para a turma:
⊲ BNCC
— Hoje temos uma lição de casa diferente... [...] A tarefa é
(EF15LP02) Estabelecer expectativas simples: vocês precisarão perguntar, para cinco pessoas, aquilo
em relação ao texto que vai ler (pres- que, para cada uma delas, significa “significado”.
suposições antecipadoras dos senti- [...]
dos, da forma e da função social do Cada caderno que havia naquela sala de aula saiu com o de-
texto), apoiando-se em seus conhe- safio escrito, inclusive o caderno de Menina.
cimentos prévios sobre as condições
Eduardo Zugaib. O fantástico significado da palavra significado.
de produção e recepção desse texto, São Paulo: Abajour Books, 2016. Não paginado.
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,

TEL COELHO/ GIZ DE CERA


dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante
a leitura de textos, checando a ade-
quação das hipóteses realizadas.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
comunicativos (solicitar informações,
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender, silen-
ciosamente e, em seguida, em voz
alta, com autonomia e fluência, tex-
tos curtos com nível de textualidade
adequado.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen- 18
são global.

⊲ PNA
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Fluência em leitura oral ROTEIRO DE AULA das, em princípio, têm um estranhamento,


pois nunca haviam parado para pensar em
Desenvolvimento de vocabulário
como definir essa palavra.
Compreensão de textos ⊲ PREPARAÇÃO PARA A
Leia o primeiro trecho do conto e insti-
Produção de escrita LEITURA gue a turma a verbalizar o que imaginam
1. Informe aos alunos que o trecho apre- que vai acontecer e quem imaginam que
sentado é parte de um conto interessan- Menina vai consultar para realizar a tarefa.
te, no qual a personagem Menina recebe Abra espaço para que comentem também
o desafio de encontrar o significado da que pessoas eles consultariam e por quê.
palavra “significado”. Para conseguir cin-
co definições para essa palavra, a garota
questiona diferentes pessoas que encon-
tra em seu dia a dia. As pessoas questiona-

18

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fazendo-lhe companhia. A quarta de-
2. Menina pesquisou com pessoas da família e da comunidade. Leia
finição foi dada pela própria Menina,
quatro significados que ela anotou.
que, ao chegar em casa, foi recebida
com latidos e miados carinhosos dos
seus animais de estimação. Tanto ca-
rinho fez com que ela se lembrasse
de Dona Rita. Menina concluiu então
que significado é fazer parte da vida
das pessoas de quem a gente gosta.
Peça-lhes que registrem, ao lado
de cada item, o nome do personagem
responsável por aquela definição. De-
pois, leve os alunos a perceber que a
lição de casa era dar cinco significados
à palavra “significado” e que na lista
só há quatro definições.
Por fim, discuta com a turma a que
conclusão puderam chegar com a lei-
tura do trecho do conto e das defini-
ções encontradas pela personagem.
Participe da discussão, lembrando-se
de que sua opinião é muito impor-
tante para a turma. Comente que,
além de poderem perceber que uma
mesma palavra pode ter diferentes
significados, geralmente, as pessoas,

ABAJOUR BOOKS
para dar significado às palavras, as
associam às suas experiências vividas.
Eduardo Zugaib. O fantástico significado da palavra significado.
São Paulo: Abajour Books, 2016. Não paginado. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Desafie-os a buscar, também sem
• Para ajudar Menina a completar a lição, consultar o dicionário, mais uma de-
pesquise com uma pessoa da sua família ou Não vale consultar
finição para essa palavra com uma
comunidade o que, para ela, define a palavra o dicionário!
pessoa da família ou da comunidade.
significado e registre.
É importante que essa tarefa antece-
Resposta pessoal. da a leitura da próxima seção. Mar-
que a data em que os alunos devem
apresentar o resultado da pesquisa
para que socializem as definições. Es-
timule-os a verbalizar as reações das
pessoas entrevistadas. Proponha que
montem um mural com os significa-
19 dos encontrados para a palavra.

021 17:01 D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 19 07/08/2021 17:01

2. Leia cada uma das definições encon- quem quer se informar logo cedo sobre
tradas por Menina comentando com os as notícias do mundo, o que confere um
alunos quem foram os personagens que grande significado à sua vida. A terceira
ajudaram Menina na lição: o primeiro a ser pessoa a ser questionada é Dona Rita. Ela
questionado foi o avô, que tentou expli- tentou explicar a definição pelo seu modo
car que a palavra significado poderia ser de viver. Contou que toda manhã leva um
entendida como algo que faz com que as pouco de comida aos passarinhos e que
pessoas se movimentem, tenham um ob- recebe, com esse gesto, carinho e grati-
jetivo. O segundo foi seu Moacir, o dono dão das aves, que se aproximam dela as-
da banca de jornal. Ele dá como exemplo sim que a veem. Com isso, sente que está
o fato de sair todos os dias para traba- fazendo um bem não só para os passari-
lhar sabendo da sua importância para a nhos, mas também para ela própria, pois
comunidade, pois a banca é visitada por os passarinhos retribuem o que recebem

19

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OBJETIVOS
• Participar de situações de inter- leitura VERBETE DE DICIONÁRIO
câmbio oral.
• Identificar o dicionário como um
1. Veja a página do dicionário a seguir.
livro de consulta.
• Reconhecer as diversas funções
do dicionário.
• Retomar conteúdos já aprendidos.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP03) Localizar informações ex-
plícitas em textos.
(EF04LP03) Localizar palavras no dicio-
nário para esclarecer significados, re-
conhecendo o significado mais plau-
sível para o contexto que deu origem
à consulta.

⊲ PNA
Consciência fonológica e fonêmica
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA
VERBETE DE DICIONÁRIO
O trabalho proposto nesta unidade
tem por objetivo levar os alunos a per-

EDITORA MODERNA
ceber que o dicionário reúne palavras
de um idioma, define e identifica seus
Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia (org.). Dicionário Houaiss ilustrado.
significados comuns e específicos, São Paulo: Moderna, 2016. p. 448.
além de informar a grafia correta das
palavras, sua classe gramatical, ori-
gem, entre outras informações perti- 20
nentes à tradição lexicográfica.
Inicie a seção promovendo uma D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 20 07/08/2021 17:01 D2_016-0

discussão sobre a utilidade do dicio-


nário com questões como: quem já superior da página? É importante que os
alunos observem que essa palavra indica
consultou um dicionário? Para que ele
o primeiro verbete da página e que a pa-
serve? Ele funciona apenas para indi-
lavra simpático indica o último. Informe
car o significado das palavras?
que essas palavras auxiliam a procura de
1. Verifique se os alunos sabem o sig- outras, pois indicam que, naquela página,
nificado do termo verbete. Peça-lhes só poderão ser encontrados verbetes que
que observem a diagramação da pá- estão entre elas.
gina do dicionário e notem que as pa- Apesar de as normas da ABNT deter-
lavras estão dispostas em colunas, em minarem outra regra, optamos por usar
ordem alfabética. a ordem direta do nome dos autores nas
Pergunte: qual é a primeira e a úl- referências desta obra, para apoiar o pro-
tima palavra desta página? Por que a cesso de leitura do aluno nos anos iniciais
palavra sigla está escrita na margem do Ensino Fundamental.
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• Circule na página do dicionário todo o texto explicativo da palavra Optou-se por iniciar este volume
significado. com o estudo do gênero verbete de
dicionário devido à sua riqueza e rele-
vância no âmbito escolar e fora dela,
O conjunto de significados e informações relacionados a uma
pois por meio dos dicionários os alu-
palavra no dicionário recebe o nome de verbete.
nos podem refletir sobre questões li-
gadas à gramática, à pronúncia, à va-
2. Quantos verbetes há na página de dicionário reproduzida? 12 verbetes. riação linguística e à aquisição lexical.
Sobre esses aspectos, ressalta-se que:
3. Releia o verbete da palavra significado.
Não há como falar de uso do dicioná-
rio em sala de aula sem considerar
que a aquisição lexical está em jogo. A
leitura e a aquisição de conhecimento

EDITORA MODERNA
são duas atividades cognitivas interli-
gadas e interativas. Por isso, é preciso
que se observem procedimentos bási-
a) Quantos significados há, no verbete, para essa palavra? cos para o uso do dicionário, de modo
a motivar a consulta frequente, autô-
Dois significados. noma e voluntária do dicionário pela
criança em fase escolar. Para tanto,
b) Qual é a função dos números no verbete? estratégias para o uso eficiente do di-
Organizar os diferentes significados da palavra, facilitando cionário devem ser pensadas em ter-
X mos de tipo de prática (em oposição
a consulta.
à quantidade de prática), de sequên-
Determinar qual dos significados é mais importante. cia de procedimentos e de propósito
de aprendizagem. O dicionário, cons-
tituído em seu cerne pela língua em
Esse verbete mostra a separação silábica da palavra significado, desta- seus aspectos lexicais e gramaticais,
cando a sílaba tônica, isto é, a sílaba pronunciada com mais força. funciona como uma obra auxiliar à
tarefa da leitura, porém é um gênero
c) A finalidade de indicar a sílaba pronunciada com mais força é: textual que requer muito mais do que
decodificação: requer aprendizado,
informar que essa palavra tem cinco sílabas. experiência, intimidade e destreza.
CARVALHO, Orlene Lúcia de Sabóia;
X orientar a pronúncia correta da palavra. BAGNO, Marcos (org.). Dicionários es-
colares: políticas, formas & usos. São
Paulo: Parábola, 2011. p. 141-142.
informar que a sílaba em destaque tem duas letras.
EDUARDO MEDEIROS

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2. Ao contar os verbetes, os alunos esta- dicionários não diferenciam as acepções


rão trabalhando o aspecto da numeracia com número, mas com ponto e vírgu-
noções de números e operações. la. É interessante questioná-los se, desse
3. a) Para auxiliar os alunos na identificação modo, a compreensão das fronteiras de
dos recursos formais organizadores de um sentido fica igualmente facilitada.
verbete, é sempre importante lembrar-lhes 3. c) Informe aos alunos que, em alguns
que as palavras podem ter mais de um sig- verbetes, logo após a palavra de entrada,
nificado. Lexicograficamente, cada significa- há uma indicação do modo como devem
do corresponde a uma acepção. Em geral, ser pronunciados alguns vocábulos. Essa
quando há mais de uma acepção, cada uma indicação refere-se à ortoepia, que, nos
é marcada numericamente como meio de dicionários, indica o timbre das vogais
delimitar as fronteiras entre os sentidos. tônicas quando estas não foram expressa-
3. b) Comente com os alunos que alguns mente acentuadas.

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ROTEIRO DE AULA 4. Leia o verbete a seguir.

⊲ LEITURA
VERBETE DE DICIONÁRIO
4. Informe aos alunos que esse trecho
foi retirado da página de dicionário
que observaram. Comente que al-
guns dicionários apresentam imagens
em alguns verbetes. Abra espaço para

EDITORA MODERNA
que comentem.
4. a) e b) Realize as atividades primeiro
a) Qual é o objetivo das imagens nesse verbete?
oralmente. Se achar conveniente, re-
gistre a conclusão da turma na lousa. Espera-se que os alunos concluam que as imagens ilustram o primeiro significado da
4. c) O objetivo da questão é chamar
palavra símbolo: desenho, objeto, pessoa etc. que representa ou sugere outra coisa.
a atenção dos alunos para as abrevia-
turas presentes em verbetes. b) O que essas imagens indicam?
5. Informe que as abreviaturas são re- Espera-se que os alunos concluam que as imagens indicam assentos preferenciais,
duções de palavras por meio das quais
parte(s) da palavra equivale(m) a um neste caso, destinados a grávidas e a idosos, respectivamente.
todo. Desafie os alunos a identificar a
que palavras cada abreviatura equiva-
le. Se achar conveniente, depois desta c) A palavra símbolo é um substantivo masculino ou feminino?
atividade, registre com os alunos al- Substantivo masculino.
• Sublinhe no verbete a parte que confirma sua resposta.
gumas abreviaturas mais comuns em
uma folha de papel-pardo ou cartoli-
na e afixe-a em local visível para servir No dicionário, para economizar espaço são
de consulta. usadas abreviaturas.
Auxilie os alunos a realizar a pes-
quisa em dicionários, levando-os a es-
5. Escreva os significados das abreviaturas a seguir.
tabelecer conexões sobre as relações
entre as abreviaturas, que podem
adj. adjetivo
aparecer de modo diferente daquele dica: se precisar de
apresentado na atividade. ajuda, pesquise em
pl. plural
dicionários a se-
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR ção que explica as
s.f. substantivo feminino
abreviaturas e os
TEXTO COMPLEMENTAR
símbolos.
v. verbo

Estrutura do verbete
De modo geral, há uma regularidade 22
na organização do verbete de dicio-
nário escolar, bem como há indica-
ções formais que funcionam como
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chaves de leitura para os dados que
o dicionário sistematiza. Uma forma
de ajudar o aluno a encontrar as res- o padrão mínimo constitui-se de palavra-
postas a sua consulta é mostrar-lhe -entrada, informação gramatical e infor-
como se constitui um verbete e como mação semântica por meio da definição.
ele deve ser lido. Dessa forma, o alu- O exemplo a seguir ultrapassa o padrão
no pode perceber melhor tudo o que mínimo, trazendo outras informações:
um dicionário oferece, e aproveitar os ma.la sf. 1. Saco de couro ou de pano, em
ensinamentos que estão relacionados geral fechado com cadeado. 2. Espécie de
a informações gramaticais e semânti- caixa para transporte de roupas em via-
cas, além de outros aspectos da pala- gem. 3. Mala (1) para o transporte de cor-
vra em suas múltiplas contextualiza- respondência; mala postal. 4. P. ext. Cor-
ções. Todo verbete tem um padrão de respondência postal. 5. Bras. Gír. Pessoa
estruturação que corresponde a uma maçante. […] (Aurélio, 2001). […]
espécie de código lexicográfico de KRIEGER, Maria da Graça. Dicionário em
larga tradição. Pode haver pequenas sala de aula: guia de estudos e exercícios.
diferenças entre os dicionários, mas Rio de Janeiro: Lexikon, 2012.

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parte da grafia das palavras das quais
Para buscar uma palavra no dicionário, é só seguir a ordem alfabé­ se originam. Exemplos: laranja – laran-
tica. Se diferentes palavras começarem com a mesma letra, consideramos jeira; gelo – geleira.
a ordem alfabética pela segunda letra. Por exemplo: amigo, aranha e As dificuldades mais comuns que
avô. Se a primeira e a segunda letras forem iguais, a ordem alfabética podem surgir na escrita das palavras
ocorrerá pela terceira letra, e assim por diante. são aquelas que envolvem as letras que
têm a mesma pronúncia, como: ss/c
6. Escreva as palavras de cada grupo em ordem alfabética. (passear/acidente); ss/ç (assado/açaí);
s/z (casa/azul); z/x (azedo/exame); s/c
Depois, registre qual letra você observou para colocar as palavras na ordem.
(sinal/ciúme); l/u (calma/pouso); x/ch
(mexer/chinelo); e j/g (jeito/geleia).
furacão • fã • figo 7. b) Espera-se que os alunos reco-
nheçam a importância de consultar
Fã, figo, furacão. dicionários em caso de dúvidas em
relação à grafia e ao significado das
Considerei a segunda letra. palavras.

⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA


escova • escrita • escada Informe aos pais ou responsáveis
as atividades que as crianças estão
Escada, escova, escrita. desenvolvendo com os dicionários.
Ressalte que é fundamental que
Considerei a quarta letra. proponham momentos com elas de
consulta ao dicionário, não só como
7. Junim e Bocão fazem parte da turma do Menino Maluquinho, de forma de verificar o significado, mas
Ziraldo. Leia. também para consultarem a ortogra-
fia das palavras.
7. a) Espera-se que os Deixe claro aos pais ou responsá-
alunos concluam que a veis que devem fazer que as crianças
dúvida surgiu porque
a letra g, antes das percebam que dúvidas quanto ao sig-
vogais e e i, representa nificado e à grafia de palavras tam-
o mesmo som de j. Por bém são comuns para adultos.
isso, o personagem não
soube qual letra usar.

Ziraldo. O Menino
Maluquinho. São Paulo:
ZIRALDO

Globo, n. 2, p. 38, 2007.

a) Por que Bocão teve dúvida em usar g ou j na escrita da palavra jeito?


b) Que livro Bocão poderia ter consultado para resolver essa dúvida?
Um dicionário.

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6. Faça a leitura oral do boxe. Depois, de- exclamação? Espera-se que os alunos per-
safie os alunos a organizarem as palavras cebam que o ponto de exclamação, aqui,
de cada grupo em ordem alfabética. O ob- dá a entender que o personagem também
jetivo da atividade é verificar se os alunos não sabe a resposta, o que é reforçado
compreendem que, em palavras começa- pela sua expressão de perplexidade.
das com as mesmas letras, observa-se a 7. a) Peça aos alunos que deem exem-
segunda, a terceira e assim por diante. plos de outras palavras com j e de pala-
7. Uma vez lida a tirinha, pergunte: o que vras em que o g é seguido de e e i para
as crianças estão fazendo? Onde elas es- que percebam que o som que esta letra
tão? Espera-se que os alunos respondam representa nesses casos é igual ao som
que as crianças estão fazendo pesquisa representado pela letra j. Escreva na lousa
em uma biblioteca. Pergunte: por que, no as palavras propostas e chame a atenção
segundo balão, há somente um ponto de para o fato de algumas delas manterem

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OBJETIVOS
COMBINADOS PARA
• Selecionar livros da biblioteca e/ hora da historia CUIDAR BEM DOS LIVROS
ou do cantinho da leitura da sala de
aula para leitura individual, na esco- Sua turma fará várias rodas de leitura ao longo do ano. Dessa forma, vai
la ou em casa. conhecer muitos livros, autores e ilustradores. Além de serem lidos na escola,
• Recomendar livros aos colegas. os livros poderão ser levados para casa e compartilhados com a família.
• Ler, de forma autônoma, textos Leia alguns combinados para cuidar bem dos livros.
literários de diferentes gêneros e ex-
tensões. 1 3
• Estabelecer preferências por gê-
Manuseie o livro Fique com o livro
neros textuais, temas e autores. durante o tempo
com as mãos
As habilidades e os componentes a limpas e secas. combinado. Se
seguir serão trabalhados nesta seção. precisar de mais
tempo, combine
⊲ BNCC com o professor.
(EF15LP15) Reconhecer que os tex-
tos literários fazem parte do mundo
do imaginário e apresentam uma
dimensão lúdica, de encantamento,
valorizando-os, em sua diversidade
cultural, como patrimônio artístico
da humanidade.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-

DANIEL BOGNI
trações e outros recursos gráficos.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblio-
teca e/ou do cantinho de leitura da sala 2
de aula e/ou disponíveis em meios digi- Não risque
tais para leitura individual, justificando ou dobre as
a escolha e compartilhando com os co- folhas do livro.
legas sua opinião, após a leitura.

⊲ PNA Ao longo do ano, o professor vai abrir espaço para que você recomende,
oralmente ou por escrito, livros de que tenha gostado.
Fluência em leitura oral
Nesses momentos, é importante destacar o que lhe chamou a atenção
Desenvolvimento de vocabulário no livro e que possa despertar o interesse de outras pessoas.
Compreensão de textos • O professor vai distribuir uma ficha de leitura para cada aluno
anotar nela a data em que leu o livro, o título dele e registrar sua
apreciação. Nessa ficha, haverá espaço também para que registre os
ROTEIRO DE AULA livros que indicou aos colegas.

⊲ HORA DA HISTÓRIA 24
COMBINADOS PARA CUIDAR
BEM DOS LIVROS D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 24 07/08/2021 17:01 D2_016-0

As rodas de leitura têm por objetivo


desenvolver uma comunidade leitora; colega. Assim, terão a oportunidade de
assim, deve ser uma ocasião na qual conversar sobre o que leram.
os alunos tenham a oportunidade de • Na página XL deste Manual do Pro-
compartilhar momentos de prazer e fessor, há uma sugestão de ficha de lei-
diversão com os livros que leram, sem tura para ser entregue aos alunos. Essa
que isso se torne uma obrigação ou ficha poderá ser colada no caderno e
uma tarefa monótona. É fundamen- usada durante todo o ano como uma
tal, desse modo, que eles escolham os espécie de “memória do leitor”. Ao final
livros para ler na escola ou em casa, de cada bimestre, é interessante reto-
de modo que sejam possibilitadas prá- mar a ficha e incentivar cada aluno a ler
ticas de literacia familiar. Incentive- os títulos dos livros lidos e a comentar
-os a exercitar a leitura com objetivo; quais consideraram mais interessantes,
por exemplo, indicar uma obra a um justificando a resposta.

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OBJETIVOS
PARÓDIA DE
texto por toda parte DICIONÁRIO • Reconhecer a função de elemen-
tos não verbais como produtores de
sentido.
1. Você vai ler o trecho de um livro. Observe a capa.
• Antecipar informações sobre o
texto que vai ler.
• Reconhecer a diferença entre ver-
betes de um dicionário tradicional e
de um dicionário informal.
• Reconhecer o público-alvo de uma
publicação.

ROTEIRO DE AULA

⊲ TEXTO POR TODA PARTE


PARÓDIA DE DICIONÁRIO
1. Na observação da capa do livro,
chame a atenção para o título, que dá
pistas de que se trata de um dicioná-
rio, porém não convencional. Leve-os
a perceber que o subtítulo transmite a
ideia de que o livro é destinado ao pú-
DICIONÁRIO ENGRAÇADO: REFLEXÕES DE UM ADOLESCENTE. SÃO PAULO: PAULINAS, 2012.

blico infantojuvenil e que as palavras


e o significado atribuído a elas, prova-
velmente, estarão de acordo com esse
universo.
1. c) Espera-se que
os alunos concluam Na exploração da imagem, esti-
que sim, já que o mule os alunos a verbalizar sobre os
personagem da elementos que se referem ao univer-
capa parece ser
adolescente e refletir so infantojuvenil, percebendo a im-
enquanto escreve. portância da ilustração como forma
de transmitir uma mensagem. Nesse
a) O que você descobriu sobre esse livro apenas pela observação
caso, ela passa a ideia de que o me-
da capa? Resposta pessoal.
nino tem gostos comuns a essa faixa
b) Circule o título e sublinhe o subtítulo do livro. etária, como computador, aparelho
c) A ilustração da capa combina com o subtítulo do livro? Explique. para ouvir músicas, celular, fast-food,
jogos etc. Além disso, evidencia tam-
d) Quem escreveu o livro também o ilustrou?
Não. O escritor e o ilustrador estão identificados como pessoas diferentes. bém um comportamento comum às
crianças e jovens: fazer mais de uma
25 atividade ao mesmo tempo.
Chame a atenção da turma para a
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informação: “Ilustrações: Negreiros”,
a qual evidencia que autor e ilustrador
As habilidades e os componentes a se- da própria obra (índice, prefácio etc.), são pessoas diferentes.
guir serão trabalhados nesta seção. confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de tex-
⊲ BNCC tos, checando a adequação das hipóteses
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em realizadas.
relação ao texto que vai ler (pressuposi- (EF15LP03) Localizar informações explíci-
ções antecipadoras dos sentidos, da forma tas em textos.
e da função social do texto), apoiando-se
em seus conhecimentos prévios sobre as ⊲ PNA
condições de produção e recepção desse Desenvolvimento de vocabulário
texto, o gênero, o suporte e o universo
Compreensão de textos
temático, bem como sobre saliências tex-
tuais, recursos gráficos, imagens, dados Produção de escrita

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ROTEIRO DE AULA 2. Observe os verbetes apresentados nesta página e na próxima.
• Em sua opinião, eles são verbetes de um dicionário tradicional? Por quê?
⊲ TEXTO POR TODA PARTE 2. • Espera-se que os alunos identifiquem que, mesmo sem uma leitura efetiva do texto, a forma dos
verbetes apresentados é diferente da dos tradicionais. Além disso, os significados têm um tom humorístico.
3. Leia alguns verbetes para verificar se o que você pensou se confirma.
PARÓDIA DE DICIONÁRIO
2. Comente aos alunos que os ver- A
betes fazem parte do livro cuja capa Acordo: Eu durmo tarde, você não me acorda cedo.
observaram na página anterior. Insti- B
gue-os a levantar hipóteses a partir da Brinco: Se é verbo, está no parque e na praça; se é substantivo, está
observação e análise da capa do livro. na orelha.
3. Após a leitura silenciosa dos ver- C
betes, chame a atenção dos alunos Calma: É o que a professora sempre pede para a gente, mas
para alguns deles e seus significados. nunca tem, pois acaba recolhendo a prova antes de a gente ter
Pergunte: que recurso foi usado para terminado.
explicar a palavra acordo? Leve-os a D
perceber que o autor usou uma frase Discreto: Aluno que pede para ir ao banheiro sem chamar mui-
que exemplifica o significado da pala- to a atenção.
vra – no contexto, é o mesmo que um E
combinado. Errado: Não deveria, mas sempre acontece logo na primeira
Questione-os sobre o que entende- questão da prova da gente!
ram do significado da palavra brinco. F
Espera-se que concluam que o autor Frangalho: Frango temperado ao alho.
se referiu ao verbo brincar, conjuga- G
do no tempo presente, na primeira Gênio: Ser sobrenatural, mitológico e poderoso, mas que só
pessoa do singular (eu brinco), e ao sabe contar até três (Vocês já notaram que, nas histórias, os
enfeite que se coloca na orelha. Se gênios só conseguem atender a três pedidos?).
necessário, retome os conceitos de H
verbo e substantivo. Hora: Deveria ser bem espichada para a gente ficar mais tempo
Consulte com os alunos o Dicio- no banheiro e na Internet.
nário ilustrado no final da unidade I
para explorar outros significados e Internet: É aquilo que faz você ter a certeza de que a conexão
exemplos de uso do termo discreto dos outros é sempre mais rápida.
e ampliar o repertório deles com novo J
vocabulário. Japão: País onde a noite é de dia.
No verbete frangalho, certifique- K
-se de que os alunos compreenderam KKKKKK: É assim que a gente ri na internet... [...]
que o autor brincou com o significado L
da palavra, como se fosse a junção de Lição: Aquilo que a gente acha que só é bom para os outros.
frango e alho.

⊲ O QUE E COMO AVALIAR 26


Desafie-os a procurar no dicionário
o significado da palavra frangalho
para verificar se tem alguma seme- D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 26 07/08/2021 17:01 D2_016-0

lhança com a definição dada pelo SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR empregar ou mesmo reconhecer e com-
autor. Ao propor essa atividade, será
TEXTO COMPLEMENTAR preender todas as palavras de sua língua,
possível avaliar os conhecimentos dos nem dominar todos os recursos de comu-
alunos em relação à organização e à O léxico no dicionário nicação e expressão de que elas dispõem.
estrutura do dicionário. [...] Ninguém se depara, no uso cotidiano Mas é essa experiência individualmente
de uma língua, com todas as suas pala- limitada com os vocábulos que nos per-
vras. O que de fato testemunhamos, nas mite apreender sua natureza e estrutura e
Certifique-se de que os alunos
diferentes situações de comunicação, é entender de que maneira funcionam, em
compreenderam que no verbete Ja- nossa língua, os mecanismos que nos per-
o vocabulário efetivamente empregado
pão o autor se refere à diferença de por cada usuário com que temos conta- mitem criar e utilizar palavras. [...]
horário, que é de 12 horas a mais em to. Nesse vocabulário, há termos de uso BRASIL. Ministério da Educação. Secre-
relação ao horário oficial brasileiro. comum, que todos, em princípio, domi- taria de Educação Básica. Com direito à
nam; outros são usados e/ou conhecidos palavra: dicionários em sala de aula. Ela-
apenas em determinadas circunstâncias boração Egon Rangel. Brasília: Secretaria
[...] Assim, nenhum falante é capaz de de Educação Básica, 2012. p. 11.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Uma teia do tamanho do mundo


A World Wide Web, WWW, W3 ou
M simplesmente Web é o mais vistoso e
Meleca: Porcaria deliciosa para algumas crianças. difundido serviço da Internet, e mui-
N tas vezes é confundido com a própria
Nada: O peixe e o preguiçoso sempre fazem isso. Internet. A ideia da Web surgiu em
1989, quando o físico britânico Tim
O
Berners-Lee estudava uma forma de
Obeso: um “o” que engordou muito. facilitar o compartilhamento de do-
P cumentos de pesquisa com seus co-
Pesadelo: É o que acontece com alguns alunos na véspera de legas no CERN (Centro Europeu de
uma prova de Matemática. Pesquisa Nuclear), na Suíça. O ponto
Q de partida de Tim era o conceito de
hipertexto: um sistema de textos in-
Queijo: Para o rato é melhor que um beijo.
terligados por referências cruzadas
R (mais tarde, o conceito se expandiu
Rima: É quando a prima pratica esgrima na academia da rua para outros meios, como imagens e
de cima. [...] sons, e passou a ser denominado hi-
S permídia). Desse estudo saíram duas
Saudade: Sentimento que acontece logo depois das férias. ideias fundamentais para a WWW: o
URL e o HTML. Ou, em palavras ex-
T pandidas, o Uniform Resource Loca-
Telefone: Aparelho semelhante ao banheiro: está sempre ocu- tor – um sistema de endereçamento
pado quando a gente mais precisa dele. das páginas – e o Hyper Text Markup
U Language — uma linguagem de pro-
Único: Filho que quer um irmãozinho, mas que depois se arrepende. gramação que permite desenhar e in-
terligar as páginas da Web. Para ver se
V
isso tudo funcionava, em dezembro
Vitória: Passar com média em todas as matérias: é a glória!!! de 1991, foi desenvolvido o primeiro
W browser (o programa navegador da
WWW: Essa é a teia que emaranha todo mundo! Internet), cujo nome era “WideWorld-
X Web”. Resumindo a história: as ideias
Xícara: Expressão de espanto: “Xi, cara, fui mal na prova!”. de Tim funcionaram.
Y SOARES, Luiz Zico Rocha. Internet:
Yasmin: Menina bonita, uma flor perfumando o jardim. um mundo paralelo. São Paulo: Me-
lhoramentos, 2007. p. 14.
Z
Zíper: Peça do vestuário masculino muito perigosa na hora de se ir
ANNAMIRO/SHUTTERSTOCK.COM

ao banheiro. Consulte com os alunos o Dicioná-


José de Castro. Dicionário engraçado: reflexões de um adolescente. rio ilustrado no final da unidade para
São Paulo: Paulinas, 2012. p. 11-38. (Esconde-esconde). explorar outros significados e exem-
plos de uso do termo emaranhar e
ampliar o repertório deles com novo
vocabulário.
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Continue o procedimento de chamar a re à internet: www, que é a sigla de World


atenção dos alunos para alguns verbetes e Wide Web (em português, rede de alcance
o modo como são apresentados seus sig- mundial). Aproveite a oportunidade para
nificados. O verbete nada, por exemplo, é retomar com os alunos que as letras k,
um verbo na frase que o exemplifica. Peça w e y foram incorporadas ao alfabeto da
exemplos em que essa palavra tenha o língua portuguesa e que são, geralmente,
sentido de “coisa nenhuma”. usadas em abreviaturas, nomes próprios e
Certifique-se de que os alunos compre- palavras de origem estrangeira.
enderam que o verbete da letra w se refe-

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ROTEIRO DE AULA 4. Qual significado você achou mais interessante? Por quê? Respostas pessoais.

⊲ TEXTO POR TODA PARTE 5. O que o Dicionário engraçado, de José de Castro, tem de parecido com
um dicionário tradicional de Língua Portuguesa?
PARÓDIA DE DICIONÁRIO Espera-se que os alunos concluam que, no Dicionário engraçado, as palavras também estão
4. Instigue os alunos a comentar quais
verbetes chamaram mais a atenção organizadas em ordem alfabética e cada uma delas apresenta uma definição.
deles e por quê. Se possível, leve para
a sala de aula livros em que haja ver-
betes cujas definições sejam poéticas.
Uma sugestão é Mania de explica-
ção, de Adriana Falcão (São Paulo: 6. Você sabe o que é paródia? Leia o verbete.
Salamandra, 2013), em que a autora
“explica” algumas palavras que às ve- Paródia s.f. Texto que imita de maneira engraçada um texto muito
zes são de difícil compreensão para conhecido. > Parodiar v. Pa.ró.dia
aqueles que estão começando a en- Paródia. Em: Geraldo Mattos. Dicionário júnior da língua portuguesa.
tender o mundo. São Paulo: FTD, 2010. p. 549.
5. O Dicionário engraçado, de José
de Castro, explora um dos muitos sen- • O Dicionário engraçado, de José de Castro, pode ser considerado
tidos possíveis de cada palavra. É fun- uma paródia? Por quê?
damental que os alunos percebam que
Espera-se que os alunos respondam que sim, pois apresenta significados de palavras
a função desse dicionário é diferente
da de um dicionário convencional. diferentes dos usuais, com a intenção de divertir o leitor.
6. Chame a atenção dos alunos para
o conceito de paródia apresentado no
verbete e estimule-os a relacionar esse
7. Qual é a intenção do autor do Dicionário engraçado ao criar novos
conceito ao livro de José de Castro.
sentidos para palavras conhecidas?
Divertir o leitor e fazê-lo pensar em sentidos diferentes para as
⊲ O QUE E COMO AVALIAR X
palavras conhecidas.
A fim de avaliar a compreensão dos Discordar dos sentidos das palavras
alunos em relação ao termo paródia, como são apresentados
reserve um momento para realizar nos dicionários.
uma roda de leitura em que sejam
disponibilizados livros de paródias na
sala de aula. Estimule os alunos a ex-
plorar os livros e verbalizar se são pa-
ródias, justificando.

CAMILA CARROSSINE
7. O objetivo da questão é fazer que
os alunos percebam que o autor se
utilizou do gênero textual verbete
28
para compor uma obra literária, cujo
objetivo é entreter e divertir o leitor.
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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Dicionários on-line localização de palavras cuja ortografia


[...] A consulta é extremamente rápida: seja desconhecida. Essas facilidades de
digitada a palavra o usuário tem acesso consulta talvez expliquem por que alguns
imediato ao verbete, sem a necessidade dos dicionários mais tradicionais já sejam
das antigas estratégias de consulta por or- vendidos com a cópia digital acoplada à
dem alfabética. Alguns dicionários inclu- impressa. [...]
sive oferecem opções alternativas caso a BRAGA, Denise Bértoli. Ambientes digi-
palavra tenha sido digitada de uma forma tais: reflexões teóricas e práticas. São Pau-
incorreta, o que pode às vezes facilitar a lo: Cortez, 2013. p. 102.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
8. Releia o verbete a seguir.
TEXTO COMPLEMENTAR
1 Vitória: Passar com média em todas as matérias: é a glória!!!

a) Agora, compare-o com este verbete: ⊲ METALINGUAGEM


Linguagem empregada para expli-
Vitória s.f. 1. Ato de ganhar uma luta – A guerra acabou com a vitória car a própria linguagem. Ocorre, entre
dos aliados. 2. Ato de conseguir o melhor resultado em alguma outras situações, em:
2 atividade – A vitória do time reanimou os torcedores. > Vitorioso am. 1. Verbete do dicionário, por exemplo:
Ant.: derrota Vi.tó.ria.
Vitória. Em: Geraldo Mattos. Dicionário júnior da língua portuguesa. metáfora. [Do gr. metaphorá, pelo lat.
São Paulo: FTD, 2010. p. 763. metaphora.] S.f. Tropo que consis-
te na transferência de uma palavra
b) Sublinhe no verbete do quadro 2 o significado que mais combina para um âmbito semântico que não é
com o que foi usado, para a palavra vitória, no Dicionário o do objeto que ela designa, e que se
fundamenta numa relação de seme-
engraçado de José de Castro.
lhança subentendida entre o sentido
9. Releia outro verbete do Dicionário engraçado. próprio e o figurado; translação. [...]
FERREIRA, Aurélio Buarque de Ho-
Rima: É quando a prima pratica esgrima na academia da rua de cima. landa. Novo Aurélio: o dicionário da
língua portuguesa. Verbete Metáfora.
• Qual recurso foi usado para explicar o significado da palavra rima? Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
p. 1326.
Espera-se que os alunos respondam que o autor usou uma frase com palavras que

rimam para explicar o significado da palavra rima. Toda a explicação que se segue à
palavra metáfora constitui a metalin-
guagem.

10. Releia o verbete. 2. Explicações didáticas sobre deter-


minado fato linguístico, científico,
Xícara: Expressão de espanto: “Xi, cara, fui mal na prova!”. histórico, geográfico, matemático etc.

• Ao definir essa palavra, o autor: Ex.: Célula é a unidade básica estru-


X brincou com a escrita e a pronúncia da palavra para formar uma tural dos seres vivos, composta de nu-
merosas partes, sendo as principais a
expressão comum da linguagem informal, usada, geralmente,
membrana, o citoplasma e o núcleo.
com pessoas com quem temos intimidade. O conceito que se segue à célula
usou um exemplo de situação em que a xícara é utilizada. constitui a metalinguagem.
GIACOMOZZI, Gilio. Dicionário de gra-
mática. São Paulo: FTD, 2004. p. 182.
JOINGATE/SHUTTERSTOCK.COM

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8. O objetivo da atividade é verificar a 10. Registre na lousa a palavra xícara e a


compreensão de textos pelos alunos e se expressão “xi, cara” e leve-os a perceber
conseguem relacionar textos com conte- a diferença de pronúncia entre os termos
údos semelhantes. Aproveite a oportu- e discuta com eles também a diferença de
nidade para reforçar o fato de que uma sentido.
palavra pode ter mais de um significado, a
depender do contexto.
9. É importante ressaltar que, nesse ver-
bete, o autor se utilizou da metalingua-
gem para explicar o significado da palavra
rima, ou seja, que o autor se utilizou de
rimas para explicar o que é rima.

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OBJETIVOS
• Revisar o conceito de substantivo retomar e avançar SUBSTANTIVO
próprio e comum.
• Identificar situações em que são 1. Fale o nome de tudo o que você vê na cena a seguir.
usadas letras iniciais maiúsculas. Os alunos podem citar, entre outros: mulher, cachorro, grama, brinco, coleira, cabelo etc.
• Interpretar imagem.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP03) Localizar informações ex-
plícitas em textos.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
trações e outros recursos gráficos.
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando
regras de correspondência fonema-gra-
fema regulares diretas e contextuais.

⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Produção de escrita

STANDRET/SHUTTERSTOCK.COM
ROTEIRO DE AULA

⊲ RETOMAR E AVANÇAR a) Releia um dos verbetes do Dicionário engraçado, de José de Castro.

Brinco: Se é verbo, está no parque e na praça; se é substantivo,


SUBSTANTIVO
está na orelha.
1. Relembre os alunos de que as pa-
lavras que nomeiam pessoas, plantas, • Circule na cena o objeto citado no verbete.
lugares, objetos, sentimentos e seres • Sublinhe nesse verbete a classe gramatical do nome do objeto
em geral são chamadas substantivos. circulado.
Oriente os alunos a comentar o que
veem na cena. Explore coletivamente
As palavras que dão nomes a pessoas, animais, plantas,
a imagem.
lugares, objetos, profissões, sentimentos e seres em geral são
Desafie-os a identificar onde ima- chamadas de substantivos.
ginam que a fotografia foi tirada,
justificando. É provável que os alunos
infiram que a fotografia foi tirada ao 30
ar livre, pela presença de um gramado
ao fundo.
Depois da exploração, registre na D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 30 07/08/2021 17:01 D2_016-0

lousa os nomes dos objetos e seres Amplie a atividade solicitando aos alu-
presentes na cena e peça aos alunos nos que pesquisem outras palavras escri-
que criem frases sobre o local onde se tas da mesma forma, mas, dependendo
encontra cada um. do contexto, têm significados diferentes.
1. a) Sugere-se que os alunos realizem Sugestões: planta, bananeira, canal, sus-
esta atividade de forma autônoma. No piro e manga.
momento da correção, chame a aten-
ção para o fato de que uma mesma
palavra pode ter significados diferen-
tes, bem como pertencer a diferentes
classes gramaticais.

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b) Complete a frase a seguir com dois substantivos que nomeiam ⊲ O QUE E COMO AVALIAR
elementos representados na cena. Reproduza a tabela a seguir e a dis-
Nessa imagem eu vejo: tribua aos alunos.

Os alunos podem escrever, entre outros: mulher, cachorro, grama, brinco, coleira, cabelo, Substantivo Substantivo
comum próprio
afeto, carinho etc.
A
• Você escreveu esses substantivos com letra inicial maiúscula ou C
minúscula?
L
Com letra inicial minúscula.
P
• As palavras que você escreveu são substantivos comuns. Leia o
R
quadro a seguir e, se necessário, faça a correção da sua resposta
no item anterior. T

Peça que completem a tabela de


Substantivo comum é a palavra que nomeia algo de forma acordo com a letra do alfabeto e com
geral, como seres, alimentos, objetos, sentimentos etc. Exemplos: os substantivos (comuns e próprios)
pessoa, fruta, lápis, amor. Substantivos comuns são escritos com indicados. Ressalte que os substan-
letra inicial minúscula.
tivos escolhidos devem iniciar com a
letra adequada (maiúscula ou minús-
2. Observe novamente a cena da atividade 1. Depois, invente e escreva cula). Depois. verifique se os alunos
um nome para: registram substantivos e se diferen-
ciam substantivos comuns e próprios.
a) a mulher: Resposta pessoal.

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


b) o cachorro: Resposta pessoal.
• Você escreveu as palavras com letra inicial maiúscula ou minúscula? TEXTO COMPLEMENTAR
Com letra inicial maiúscula.
Substantivos
• As palavras que você escreveu são substantivos próprios. Leia o Substantivos são palavras que desig-
quadro a seguir e, se necessário, corrija sua resposta no item anterior. nam os seres. [...] Dividem-se os subs-
tantivos em:
• Comuns
Substantivo próprio é a palavra que nomeia algo específi-
co, como uma pessoa, uma cidade, um rio etc. Exemplos: Paula, Os que designam seres da mesma
espécie: menino, galo, palmeira (há
Aracaju, Solimões. Substantivos próprios são escritos com letra muitos meninos, muitos galos, mui-
inicial maiúscula. tas palmeiras).
• Próprios
3. Na escrita, por que é útil saber se a palavra é um substantivo próprio Os que se aplicam a um ser em par-
ou comum? Espera-se que os alunos concluam que uma das funções da aquisição ticular: Deus, Brasil, Roma, São Paulo,
desse conteúdo é decidir, no momento da escrita, se determinada palavra Gonçalves Dias, Tiradentes, Minerva.
é grafada com letra inicial maiúscula ou minúscula. [...]
31 Palavras substantivadas
Palavras de outras classes gramati-
cais podem ser substantivadas. Para
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isso, antepões-lhes o artigo:
1. b) O objetivo aqui é chamar a atenção 3. É fundamental que os alunos reco- “O morrer pertence a Deus.” (Raquel
de Queirós)
dos alunos para o fato de que os substan- nheçam a importância dessa classe de
Até hoje a polícia não sabe o porquê do
tivos comuns são escritos com letra inicial palavras e a diferenciação entre os subs-
sequestro — se vingança ou extorsão.
minúscula. Esclareça que não é necessário tantivos próprios e substantivos comuns,
“Não deixo o certo pelo duvidoso.”
qualificar os objetos, descrevendo a cor, o tendo em vista, principalmente, o uso de (Graciliano Ramos) […]
tamanho etc. iniciais maiúsculas e minúsculas. No en-
CEGALLA, Domingos Paschoal. No-
2. Chame a atenção dos alunos para o tanto, reconhecer substantivos em textos víssima gramática da língua portu-
fato de eles terem registrado substantivos pode não ser uma tarefa fácil para os alu- guesa. 48. ed. São Paulo: Companhia
próprios, por isso a necessidade de usar nos. Dessa forma, é importante retomar Editora Nacional, 2008.
letra inicial maiúscula. esse conteúdo sempre que possível, para
que os alunos saibam definir quando um
substantivo é próprio ou comum em de-
terminado contexto.

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ROTEIRO DE AULA 4. Leia o trecho da notícia.

⊲ RETOMAR E AVANÇAR Após assustar moradores, invadir casas e pular muros,


onça-parda será solta em reserva ecológica
SUBSTANTIVO
A onça-parda que assustou moradores ao in-
4. O gênero textual notícia foi estu-
vadir casas, pular muros e telhados do bairro
dado no volume 3 desta coleção. A Jardim Ricetti, em São Carlos (SP), será solta em
notícia narra acontecimentos relevan- reserva ecológica pela Polícia Ambiental, na
tes por meio de respostas às seguintes madrugada deste sábado (20).
perguntas: o quê? (refere-se direta- O animal de cerca de 1 ano e meio passou
mente ao fato ocorrido), quem? (trata por exames no Parque Ecológico de São
do(s) envolvido(s) no fato), quando? Carlos, após ser capturado na operação da
(refere-se a quando ocorreu o fato), polícia e dos bombeiros que durou cerca de
onde? (busca informar o local onde

IMAGENS: ANAN KAEWKHAMMUL/SHUTTERSTOCK.COM, TURAN RAMAZANLI/SHUTTERSTOCK.COM, WALDEMAR MANFRED SEEHAGEN/SHUTTERSTOCK.COM


4 horas durante a manhã. [...]
ocorreu o fato), como? (explicita de
Após assustar moradores, invadir casas e pular muros, onça-parda
que maneira o fato ocorreu), por quê? será solta em reserva ecológica. Portal G1. Disponível em: https://
(tenta identificar as causas do fato). g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2019/04/19/apos-assustar
-moradores-invadir-casas-e-pular-muros-onca-parda-sera-solta-em
Inicie a atividade promovendo o le- -reserva-ecologica.ghtml. Acesso em: 10 jun. 2021. 60 centímetros
vantamento de hipóteses pelos alunos: de altura
qual seria a reação de vocês caso se
deparassem com uma onça dentro de
casa? Quais providências vocês acham
que devem ser tomadas em uma situa-
ção como essa? Vocês já viram notícias
de outros animais silvestres ou selva-
gens invadindo espaços urbanos? Por
que vocês acham que esse tipo de fato 1100-POR-V4-U01-LA-F027
está cada vez mais comum?
Solicite a leitura silenciosa do tre-
cho da notícia. Em seguida, leia-a em
voz alta. Depois, pergunte: o que vo-
cês entenderam da leitura da notícia?
Por que o fato de essa onça ter sido
encontrada em uma casa virou notí- a) Sublinhe os substantivos próprios que aparecem nesse trecho da notícia.
cia? Na discussão, é importante levar
b) Escreva outras palavras que foram escritas com letra inicial
os alunos a perceber que se trata de maiúscula e o motivo de estarem grafadas dessa forma.
um fato pouco comum e curioso.
Proceda à exploração da notícia, Espera-se que os alunos concluam que também foram escritas com letra inicial
perguntando: onde o fato aconteceu?
maiúscula as palavras A, O, pois iniciam frases, e após, pois inicia o título.
Quem resgatou a onça? Para onde ela
foi levada? A captura da onça se deu
de forma rápida? Que parte da notícia 32
comprova a resposta de vocês? O ob-
jetivo das questões é verificar a com-
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preensão dos alunos acerca do fato
ocorrido. Comente que a onça foi se- que substantivos próprios são registrados As habilidades e os componentes a se-
dada para que pudesse ser capturada com letra inicial maiúscula. guir serão trabalhados na seção Hora da
sem que houvesse riscos à equipe de 4. b) O objetivo da questão é retomar história.
resgate. Ressalte que o animal foi sol- com os alunos que, além de substantivos
to em uma reserva ecológica. próprios, também são registradas com le- ⊲ BNCC
4. a) Peça aos alunos que leiam nova- tra inicial maiúscula palavras em início de (EF15LP02) Estabelecer expectativas em re-
mente a notícia. Dessa vez para loca- frases. lação ao texto que vai ler (pressuposições
lizar e sublinhar os substantivos pró- Consulte com os alunos o Dicionário antecipadoras dos sentidos, da forma e da
prios que aparecem nela. Estimule-os ilustrado no final da unidade para explorar função social do texto), apoiando-se em
a verbalizar o que esses substantivos seus conhecimentos prévios sobre as con-
outros significados e exemplos de uso do
dições de produção e recepção desse texto,
próprios nomeiam: um jardim, uma termo reserva e ampliar o repertório de-
o gênero, o suporte e o universo temático,
cidade, uma polícia específica e um les com novo vocabulário.
bem como sobre saliências textuais, recur-
parque. É importante que percebam
sos gráficos, imagens, dados da própria
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OBJETIVOS
hora da historia PEÇA TEATRAL • Ouvir com atenção e interesse a
leitura do texto feita pelo professor.
• Reconhecer e identificar os ele-
1. Leia uma história sobre um roubo inusitado.
mentos constitutivos do gênero
peça teatral.
O nome roubado
• Introduzir a prática teatral na sala
Cena: delegacia. Delegado na mesa. Entra investigador. de aula.
* • Identificar funções do texto dra-
Investigador: Seu delegado, tem um caso aí fora que eu não sei resolver. mático e sua organização.
Nunca vi uma coisa dessas. • Participar de interações orais em
Delegado: Manda entrar. sala de aula questionando, sugerin-
Investigador (grita para fora): Psssiu! Ô, seu! Psssiu! do, argumentando e respeitando os
Homem (humilde, entra): Dá licença? momentos de fala.
Investigador: Conta aí pro delegado.
Delegado: Qual é o caso? ROTEIRO DE AULA
Homem: O caso, doutor, é que eu fui assaltado ali na esquina e roubaram
o meu nome.
⊲ HORA DA HISTÓRIA
Delegado: Roubaram o quê?
Homem: O meu nome, doutor. TEXTO TEATRAL
Delegado: Roubaram o seu nome? 1. Solicite a leitura silenciosa do tex-
Homem: Isso mesmo, seu delegado. E eu estou aqui para apresentar
to. Depois, explique que ele foi es-
crito para ser encenado e explore-o
queixa.
com perguntas do tipo: que elemen-
Delegado: Como é o seu nome? tos são característicos de textos te-
Homem: Eu não estou dizendo ao senhor que roubaram o meu nome? atrais? Que personagens aparecem
Delegado (para o investigador): Manda dar uma busca aí pela rua pra no texto? Em que lugar acontece a
gente pegar esse ladrão. história? É importante auxiliar os alu-
nos a perceberem as circunstâncias
Investigador (saindo): Pois não, seu delegado.
externas e internas que envolvem o
Delegado: O senhor tem certeza de que roubaram o seu nome? ambiente/local no qual a cena acon-
Homem: Tenho, doutor. Quando saí de casa eu estava com meu tece e o estado emocional dos perso-
nome. Tanto que, na rua, quando eu passei por um amigo, nagens. Sobre os personagens, além
ele me cumprimentou: “Como vai você, ô... ô...?”. E disse o de identificar as ações executadas, é
meu nome. importante observar como a pontu-
ação contribui para a emoção vivida
Delegado: Sou delegado há mais de vinte anos e nunca vi, nem soube,
por eles. As ações dos personagens
de um caso como esse: roubo de nome. demonstram quem eles são e o papel
deles na história. Chame a atenção
dos alunos para o fato de que, no
33 texto, há trechos com diferentes des-
taques/tons e pergunte: O que essas
palavras e esses trechos representam?
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As palavras em destaque representam
(EF04LP27) Identificar, em textos dramá- nomes e entrada dos personagens; os
obra (índice, prefácio etc.), confirmando
antecipações e inferências realizadas antes ticos, marcadores das falas das persona- trechos em cinza são indicações sobre
e durante a leitura de textos, checando a gens e de cena. cenário, reações dos personagens,
adequação das hipóteses realizadas. marcações de cena; o texto em fonte
(EF35LP24) Identificar funções do tex-
comum representa as falas dos per-
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosa- to dramático (escrito para ser encenado)
sonagens. Lembre-se de reforçar para
mente e, em seguida, em voz alta, com e sua organização por meio de diálogos
os alunos que um texto teatral precisa
autonomia e fluência, textos curtos com entre personagens e marcadores das falas
conter recursos que possibilitem a dis-
nível de textualidade adequado. das personagens e de cena.
tinção, por parte do elenco, de ações,
(EF35LP03) Identificar a ideia central do falas, emoções, reações dos persona-
texto, demonstrando compreensão global. ⊲ PNA
gens e lugares e espaços onde a ação
(EF04LP25) Representar cenas de textos dra- Fluência em leitura
dramática se desenvolve.
máticos, reproduzindo as falas das persona- Desenvolvimento de vocabulário
gens, de acordo com as rubricas de inter- Compreensão leitora
pretação e movimento indicadas pelo autor. Produção de escrita
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ROTEIRO DE AULA
Homem: E o pior, seu delegado, é que meu nome não está no seguro.
Delegado: Relaxo seu. Se estivesse, eles lhe dariam um nome novo.
⊲ HORA DA HISTÓRIA
Homem: Mas eu não ia aceitar. Meu nome já estava usado, mas era de
TEXTO TEATRAL estimação. Foi um presente que minha mãe me deu no dia em
2. A atividade de leitura em voz alta que eu nasci.
alia o ensino da leitura e da oralida- Delegado: Se o senhor ouvir o seu nome, o senhor se lembra?
de. Nessa proposta, os alunos de- Homem: Certamente, doutor.
senvolvem fluência em leitura oral e Delegado: É nome estrangeiro?
interagem com os gêneros escritos,
Homem: Não, senhor. Artigo nacional mesmo.
aprendem a usar recursos expressivos
importantes, tais como: controlar tom Delegado: Será que é Pedro, João, José, Roberto, Paulo...
de voz e ritmo, usar gestos e expres- Homem: Nenhum desses, doutor.
sões faciais para obter efeitos sobre o Delegado: Vai ser difícil descobrir.
público. Além disso, ressalta-se que a Investigador (chega, trazendo o ladrão): Peguei o ladrão ali na esquina!
oralização de textos escritos mobiliza
Homem (reconhecendo): Foi ele, doutor. Foi ele que roubou o meu nome!
conhecimentos relacionados aos gê-
neros, pois não se leem para os outros Delegado: Calma. (Para o ladrão): Como é o seu nome?
um poema, uma piada, um sermão bí- Ladrão: Jorge.
blico ou um cordel da mesma forma. Homem (exultante): Jorge! É esse o meu nome! Eu quero o meu nome
Após a leitura dramatizada, será de volta!
proposta a atividade de representação Delegado: Devolva o nome dele já [...]!
do texto teatral. O ensaio será fun- Ladrão: Está bem, pode ficar com seu nome.
damental para que possam adequar
Homem: Obrigado, seu delegado. Qualquer coisa que o senhor precisar, pode
os gestos, o ritmo e a entonação,
me chamar. Meu nome é Jorge. Passe bem, seu delegado. (Sai.)
pronunciando as frases e as palavras
de forma que os ouvintes consigam Delegado (para o ladrão): Agora vamos conversar. Seu nome todo?
identificar e distinguir os sentimentos Ladrão: Mão de Cabrito.
dos personagens em cada momento Delegado: Perguntei o nome.
da história e o que caracteriza a fala Ladrão: Eu não tenho nome, doutor.
de cada um. Deixe claro que, na re-
Delegado: [...] Quando chegou aqui você não disse que se chamava Jorge?
presentação, não há necessidade de
ler o nome do personagem antes da Ladrão: É que eu tinha roubado aquele nome pra mim. Mas o senhor
respectiva fala, pois, como será defi- mandou devolver...
nido previamente quem representará Max Nunes. O pescoço da girafa: pílulas de humor por Max Nunes. Seleção e
cada personagem, essa percepção da organização Ruy Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 16-18.
mudança ficará evidente. É importan-
te destacar que durante as apresenta- 2. O professor vai organizar a turma em grupos de quatro alunos para
ções o restante da turma participará lerem de forma dramatizada e depois representarem o texto teatral.
como plateia e esta não é uma tare- Cada integrante do grupo representará um dos personagens.
fa menos importante. É fundamen- Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
tal que os alunos façam uma escuta 34
atenta e respeitosa e que compreen-
dam não só aquilo que está sendo
representado, mas também as expres- D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 34 07/08/2021 17:01 D2_016-0

sões faciais, os gestos, as interrupções


na fala e demais recursos expressivos
usados pelos atores. Após a atividade,
é imprescindível abrir espaço para que
os alunos comentem suas impressões
sobre a encenação e o que puderam
observar das reações da plateia.

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OBJETIVOS
produçao de escrita DICIONÁRIO DIVERTIDO • Desenvolver os procedimentos de
escrita: planejamento, escrita, revi-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
Você e seus colegas vão criar um dicionário intitulado Palavras para
são, reescrita e edição.
brincar, parecido com o Dicionário engraçado, de José de Castro, com signi- • Produzir verbete de dicionário lite-
ficados interessantes e engraçados. rário.
O dicionário será doado a uma turma de 3o ano da escola. • Produzir ilustrações pertinentes
ao tema.
1 O professor vai sortear uma letra para cada aluno.
2 Escolha uma palavra que comece com a letra que está com você. ROTEIRO DE AULA
3 Escreva em um rascunho a palavra escolhida e, ao lado dela, um
significado diferente e divertido. ⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
4 Após registrar o rascunho, verifique se: DICIONÁRIO DIVERTIDO
• a palavra e o significado estão adequados aos alunos mais novos;
ORGANIZE-SE
• o significado está de acordo com a palavra escolhida.
• Folhas de papel sulfite.
5 Troque de produção com um colega. Ele poderá dar dicas de como • Cartolinas.
deixar o texto ainda mais interessante. Ressalte que o dicionário que os
alunos farão deverá ficar parecido
com o Dicionário engraçado, de
José de Castro. É fundamental eviden-
ciar que haverá um destinatário real
para a produção, pois isso dará um
objetivo para a produção que vai além
de uma atividade escolar, pois terão
que adequar a linguagem a ser utiliza-
da para uma turma de 3o ano.
1. e 2. Combine coletivamente se a
produção será manuscrita ou feita
direto no computador. Em ambas as
situações, é fundamental que plane-
jem o que irão escrever e as ilustra-
ções que acompanharão cada texto.
As ilustrações podem ser feitas à mão
ou no computador, com fotografias
CLAUDIO CHIYO

ou montagens.
3. Caso a produção seja realizada sem
o auxílio do computador, oriente-os
a escrever as frases no rascunho em
35 uma folha de papel sulfite avulsa e a
fazerem o esboço da ilustração.
4. e 5. Solicite aos alunos que revisem
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as produções antes de passarem o
As habilidades e os componentes a se- meios impressos ou digitais, sempre que texto a limpo. Peça que verifiquem: o
guir serão trabalhados nesta seção. for preciso, informações necessárias à pro- uso de letras iniciais maiúsculas, os es-
dução do texto, organizando em tópicos paços entre as palavras, a pontuação
e a grafia das palavras. Estimule-os a
⊲ BNCC os dados e as fontes pesquisadas.
trocar a produção com um colega e,
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do pro- (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, depois, revise o texto escrito e a ade-
fessor, o texto que será produzido, consi- conhecimentos linguísticos e gramaticais, quação do desenho com cada aluno.
derando a situação comunicativa, os inter- tais como ortografia, regras básicas de Oriente possíveis mudanças.
locutores (quem escreve/para quem escre- concordância nominal e verbal, pontua-
ve); a finalidade ou o propósito (escrever ção (ponto final, ponto de exclamação,
para quê); a circulação (onde o texto vai ponto de interrogação, vírgulas em enu- ⊲ PNA
circular); o suporte (qual é o portador do merações) e pontuação do discurso direto, Desenvolvimento de vocabulário
texto); a linguagem, organização e for- quando for o caso.
Compreensão de textos
ma do texto e seu tema, pesquisando em
Produção de escrita
35

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ROTEIRO DE AULA 6 Passe o texto a limpo. Lembre-se de destacar a palavra, escrever a
definição ao lado dela e ilustrar. Veja os exemplos.
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
Birra: O que faz a pessoa Dedo: Parte do corpo que
DICIONÁRIO DIVERTIDO parecer mais chata ainda. deve ficar longe do nariz.
6. Leia em voz alta cada exemplo
dado no livro. Estimule-os a consul-
tar o dicionário para verificar o sig-
nificado das palavras dos exemplos.
Abra espaço para que comentem as
diferenças entre o significado dado
nos exemplos e o significado dessas
mesmas palavras dado no dicionário
de língua portuguesa tradicional. Só
então peça que passem o texto a lim-
po e ilustrem.
7. No processo de edição do dicioná-
rio, chame a atenção para a organiza- Confiança: Emprestar seu
Elogio: Frase que faz carinho.
ção dos verbetes em ordem alfabéti- brinquedo preferido.
ca, para a disposição deles na página
e para o local onde serão inseridas as
ilustrações.
8. Informe aos alunos que será ne-

GRAPHICSRF.COM/SHUTTERSTOCK.COM, VECTORS BYSKOP/SHUTTERSTOCK.COM


cessário preparar uma capa com car-
tolina cortada no tamanho adequado
e decidir qual será o título do dicio-
nário. Combine com eles quem fará
a ilustração da capa. Deixe claro que
ela deve conter o título escolhido e o
nome da turma. Mais uma vez, fica a
seu critério fazer ou não uso do com-
putador nessa etapa.
7 Reúnam as páginas, colocando as palavras em ordem alfabética.
Monte coletivamente o sumário do
dicionário. Reúna as folhas e a capa 8 Combinem quem fará a capa do dicionário. Ela deverá conter um
para grampeá-las e montar o livro. Se título, uma ilustração e a identificação da turma que o produziu.
for possível, encaderne a produção.
No momento em que forem preen- REFLETIR E AVALIAR
cher a Ficha de avaliação, abra espaço Preencha a avaliação da página 295 para verificar o que é possível apri-
para que eles comentem, caso a pro- morar em outra atividade semelhante.
dução tenha sido feita no computa-
dor, o que aprenderam com os pro-
gramas de edição de texto e de ima- 36
gem. Estimule-os a comentar também
se, na opinião deles, o livro agradará D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 36 07/08/2021 17:01 D2_016-0
aos futuros leitores e por quê.

REFLETIR E AVALIAR
Ao final da atividade, explique aos
alunos que eles vão preencher a ficha
de avaliação da página 295.
As questões de avaliação podem
ser discutidas oralmente para que
mais reflexões e questionamentos so-
bre a produção sejam levantados.

36

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2
OBJETIVOS
PALAVRAS: • Participar de situações de inter-
TRADUÇÃO POPULAR! câmbio oral.
• Inferir informações no texto.

preparaçao para a leitura ROTEIRO DE AULA

1. Observe as capas dos dicionários a seguir e comente com os colegas ⊲ PREPARAÇÃO PARA A
qual é, em sua opinião, a função de cada um deles. Resposta pessoal. LEITURA
1. Inicie a atividade comentando com
os alunos que, apesar de o dicionário
de língua ser o mais conhecido, não
é o único tipo de dicionário. Há uma
variedade de obras que recebem o
nome de dicionário, cada qual com
características específicas.
Na discussão sobre as capas, leve-os
a perceber que todos têm basicamente
a mesma função, que é apresentar de-
EDITORA LIMIAR

EDITORA EDUSP
finições, significados para as palavras.
No entanto, cada um deles possui al-
gumas especificidades. Os dicionários
X X de regionalismos, por exemplo, con-
têm palavras e expressões de uso pre-
dominante em alguma região do país,
com os respectivos significados.
2. Verifique se os alunos sabem o que
DICIONÁRIO BÁ, TCHÊ! LUÍS AUGUSTO FISCHER. PORTO ALEGRE: ARETS

é um causo. Permita que expressem


livremente suas hipóteses, que pode-
rão ser confirmadas ou não na seção
seguinte. O objetivo da atividade é ve-
E OFÍCIOS EDITORA, 2000.

rificar se os alunos relacionam as ca-


pas e os títulos dos dicionários com o
EDITORA AGE

fato de o autor do causo que lerão ter


nascido no Rio Grande do Sul.
2. Você vai ler um causo escrito por Jair Kobe, nascido em Porto Alegre, As atividades propostas nesta pági-
Rio Grande do Sul. na visam contribuir para o desenvol-
• Quais desses dicionários você consultaria se tivesse dúvida sobre o vimento da capacidade de os alunos
significado de alguma palavra usada especialmente na região em realizarem inferências, envolvendo,
que o autor nasceu? Assinale os quadrinhos. assim, um dos quatro processos gerais
de compreensão de leitura. Sobre esse
37 aspecto, vale destacar o que dispõe o
Relatório Nacional de Alfabetização
Baseada em Evidências (Renabe):
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Claramente, a aprendizagem da leitu-


As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA ra não se restringe à aprendizagem da
guir serão trabalhados nesta seção. Desenvolvimento de vocabulário decodificação ou leitura de palavras.
O objetivo da leitura é a compreensão,
Compreensão de textos
⊲ BNCC e aprender a decodificar é apenas um
componente, embora absolutamente
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de essencial, da compreensão leitora. Ela
professores e colegas, formulando per- também pressupõe o desenvolvimen-
guntas pertinentes ao tema e solicitando to de habilidades cognitivas e linguís-
esclarecimentos sempre que necessário. ticas, como o vocabulário, o conheci-
mento gramatical e a capacidade de
(EF35LP04) Inferir informações implícitas fazer inferências.
nos textos lidos. BRASIL. Ministério da Educação. Rela-
tório Nacional de Alfabetização Ba-
seada em Evidências. Brasília: MEC/
Sealf, 2020.

37

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OBJETIVOS
• Ler e interpretar um causo. leitura CAUSO
• Identificar regionalismos. dica: não interrompa a
• Localizar e comparar informações leitura, mesmo que des-
1. Leia o causo O defunto vivo, de Jair Kobe. conheça o significado de
explícitas em textos.
algumas palavras, pois elas
• Localizar palavras no dicionário
podem ser compreendidas
para esclarecer significados.
pelo contexto.
• Respeitar a variação linguística O defunto vivo
como característica de uso da língua Este causo aconteceu em uma cidadezinha do interior gaúcho.
por diferentes grupos regionais. Era tão nanica a cidade, que chamavam o prefeito de síndico.
As habilidades e os componentes a No comércio local, destacavam-se o Bolicho do seu Antenor,
seguir serão trabalhados nesta seção. estabelecimento que abastecia a cidade com tudo que se possa
imaginar, e o velho caminhão do Genésio, que fazia os carretos
⊲ BNCC para a cidade vizinha.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas Dizia-se que o veículo era tão antigo que, se por acaso não
em relação ao texto que vai ler (pres- estivera no dilúvio, pelo menos atolara as rodas no lamaçal.
suposições antecipadoras dos senti- Nem funerária a cidade tinha. Por isso, quando alguém batia
dos, da forma e da função social do as botas, costumavam contratar o Genésio, para buscar o caixão
texto), apoiando-se em seus conheci- na cidade vizinha, com seu velho caminhão.
Certa feita, vinha pela estrada o Genésio em seu caminhão,
mentos prévios sobre as condições de
com uma fúnebre encomenda na caçamba, quando um vivente
produção e recepção desse texto, o
fez sinal, pedindo carona. O Genésio parou.
gênero, o suporte e o universo temá-
— Bom dia, tchê! Se tu não te incomodas de ir na carroceria,
tico, bem como sobre saliências textu-
junto ao caixão, podes subir que te levo de bom grado.
ais, recursos gráficos, imagens, dados O chiru disse que não tinha importância, pois estava apres-
da própria obra (índice, prefácio etc.), sado. Agradeceu a gentileza e trepou no caminhão, mais faceiro
confirmando antecipações e inferên- que mosca em tampa de xarope. E assim a viagem prosseguiu.
cias realizadas antes e durante a lei- Nisto começa uma chuvarada, daquelas que molham até a alma.
tura de textos, checando a adequação O bagual, que viajava ao relento, não tendo onde se abrigar
das hipóteses realizadas. da chuva, vendo o caixão dando sopa, achou boa ideia deitar-se
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala- dentro dele, fechando a tampa, para melhor abrigar-se. Com o
vras ou expressões desconhecidas em balanço da viagem, logo cochilou.
textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
(EF35LP26) Ler e compreender, com cer-
ta autonomia, narrativas ficcionais que
apresentem cenários e personagens,
EDU RANZONI

observando os elementos da estrutura


narrativa: enredo, tempo, espaço, per-
sonagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
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⊲ PNA
Fluência em leitura oral
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Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos mesmo após os alunos já estarem alfabeti- esse texto será lido e trabalhado em sala
zados. Por isso, é indispensável incentivar de aula em momento posterior.
Produção de escrita os pais ou responsáveis a terem momen-
tos em que interajam, conversem e leiam 1. Na sala de aula, informe aos alunos que
ROTEIRO DE AULA em voz alta para as crianças, de modo a causos são narrativas populares da tradi-
estimular o desenvolvimento delas por ção oral que vêm sendo reunidas por pes-
⊲ LEITURA meio de práticas simples que envolvem quisadores de diferentes comunidades.
habilidades fundamentais, como ouvir, fa- Depois da leitura, consulte com os
CAUSO lar, ler e escrever. alunos o Dicionário ilustrado no final da
Nesse sentido, sugere-se pedir aos pais unidade para explorar outros significa-
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA ou responsáveis que leiam o causo O de- dos e exemplos de uso do termo dilúvio
As práticas de literacia familiar con- funto vivo com as crianças e estimulem a e ampliar o repertório deles com novo
tinuam sendo de extrema relevância prática da leitura em voz alta. Ressalte que vocabulário.

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Mais na frente, outro vivente pediu carona. O Ge- no interior do Rio Grande do Sul; se
nésio falou: necessário, informe que gaúcho se re-
— Se tu não te importas de viajar com o outro fere a algo ou alguém desse estado.
que está lá em cima, podes subir. Quais são os personagens? Os alunos
O segundo homem subiu no caminhão. Embora devem identificar o dono do cami-
achasse desagradável viajar na companhia de um nhão, o caroneiro que se abrigou no
defunto em seu paletó de madeira, era melhor que caixão e os demais caroneiros. É pos-
andar a pé até o vilarejo. sível identificar, com precisão, quando
De tempos em tempos, novos caronas subiam na os fatos ocorreram? Espera- se que os
carroceria, sentando-se respeitosos em silêncio, em alunos concluam que não. Qual é o
volta do caixão. clímax da história, ou seja, o momen-
E assim prosseguia o velório ambulante, rumo ao to de maior tensão? Espera-se que os
povoado, mais devagar que tartaruga grávida. alunos identifiquem que é o momen-
Avizinhando-se da cidadezinha, ao passar num to em que o “defunto” abre o caixão.
buraco da estrada, um tremendo solavanco sacudiu Qual é o desfecho da história? Todos
o caixão, despertando o dorminhoco que se escon- saem correndo, assustados.
dera da chuva dentro dele.
Levantando devagarinho a tampa do caixão e
Peça aos alunos que imaginem o
pondo a palma da mão para fora, o gaudério fala em mesmo causo contado assim: uma vez,
voz alta: no interior gaúcho, um caminhoneiro,
— Tchê! Já parou a chuvarada? que carregava um caixão vazio, deu ca-
Foi um corre-corre! O povo apertou o passo, par- rona a um homem. Quando começou
tindo dali mais ligeiro que cavalo de parteira. Não a chover, o homem se protegeu den-
ficou um único corajoso em cima do caminhão. Di- tro do caixão e acabou adormecendo.
zem que tem gente correndo até hoje. O caminhoneiro deu carona a outras
pessoas. De repente, passou por um
Jair Kobe (Guri de Uruguaiana). Elaborado especialmente para esta obra.
buraco e, com o solavanco, o homem
que estava dormindo dentro do caixão
acordou, levantou a tampa e pergun-
Bolicho: mercadinho que fica na beira da estrada.
tou se a chuva já havia passado. Todos
Vivente: pessoa, criatura, indivíduo.
Faceiro: alegre, feliz. levaram um susto e saíram correndo.
Bagual: pessoa simples, rústica. Em seguida, pergunte se o causo
Gaudério: homem, indivíduo sem moradia fixa.
teria a mesma graça se fosse conta-
do dessa maneira, de modo que os
alunos percebam que, em um causo,
mais importante do que o fato conta-
quem e?
do é a forma como ele é contado.
Jair Kobe, natural de Porto Alegre, nascido no dia 6 de setembro de 1959,
criou um personagem muito popular no sul do país: o Guri de Uruguaiana. Por
meio desse personagem, Jair retrata, com humor, encanto e prosa, os costumes
e as tradições do Rio Grande do Sul.

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Contar histórias de acontecimentos para o fato de que podem compreender o


reais ou imaginários é uma diversão po- significado de palavras pelo contexto, dei-
pular, especialmente em algumas regiões xando a consulta ao dicionário como uma
do Brasil. Uma mesma história pode ser etapa posterior à primeira leitura.
contada de várias formas, de acordo com Depois da leitura dos alunos, faça a lei-
a criatividade de quem a conta. O causo é tura oral do causo, de forma que eles per-
uma narração geralmente falada e relati- cebam a importância das palavras, da ento-
vamente curta. nação, do ritmo e até mesmo dos sotaques.
O causo proposto dará a chance de os Abra espaço para que os alunos co-
alunos perceberem o uso de regionalis- mentem suas impressões sobre o causo.
mos. Além disso, como também apresenta Em seguida, explore-o com perguntas do
palavras de uso pouco frequente, será uma tipo: onde se passa o causo? Espera-se
oportunidade de chamar-lhes a atenção que os alunos respondam que se passou
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ROTEIRO DE AULA 2. Em sua opinião, os fatos narrados aconteceram de verdade? Explique.
Resposta pessoal.
⊲ LEITURA 3. Qual é a intenção do narrador no primeiro parágrafo?
Espera-se que os alunos concluam que o narrador informa o local onde o causo
4. Releia um trecho do causo. aconteceu para dar mais veracidade à história.
CAUSO
2. Discuta a questão com a turma. Certa feita, vinha pela estrada o Genésio em seu caminhão,
Aceite todas as respostas desde que com uma fúnebre encomenda na caçamba [...].
justificadas. Se achar conveniente, am-
plie a exploração do causo, perguntan- • Qual era a fúnebre encomenda?
do: o narrador participa como perso-
nagem da história ou apenas narra os Um caixão.
fatos como observador? Como vocês
5. A primeira pessoa resolveu entrar no caixão para:
chegaram a essa conclusão? Espera-se
que os alunos percebam que o texto
pregar um susto nos futuros caroneiros.

EDU RANZONI
é narrado em terceira pessoa e que,
assim, o narrador não tem nenhuma X se abrigar porque começou a chover.
participação na história.
3. Geralmente, o contador de causos
6. Por que o narrador se referiu ao trajeto que Genésio fazia em seu
não presenciou as histórias que narra;
caminhão como um “velório ambulante”?
contudo, quer que os ouvintes acredi-
tem que elas são reais. Assim, utiliza Espera-se que os alunos concluam que essa expressão foi usada porque Genésio fez um
alguns recursos para transmitir credi-
bilidade, informando, por exemplo, trajeto de caminhão carregando várias pessoas e um caixão. Essas pessoas em volta do
quem lhe contou a história e afirman-
caixão davam a impressão de que havia um velório em movimento.
do que ela se passou em um lugar que
os ouvintes conhecem.
Pergunte aos alunos se eles já ou-
viram algum causo ou se conhecem
pessoas que contam causos. Se algum
deles conhecer qualquer causo, peça
que o compartilhe com os colegas. 7. Depois que o caminhão passou sobre um buraco, por que os caronas se
4. O objetivo é verificar se os alunos assustaram?
compreenderam o significado da pa-
Porque o homem que estava dentro do caixão despertou e o abriu; e os caronas
lavra fúnebre. Se necessário, abra es-
paço para que consultem o dicionário. acharam que um morto estava falando com eles.
5. Verifique se os alunos compreen-
deram que o homem que entrou no
caixão nem sabia que o motorista do
caminhão faria outras paradas para
pegar outras pessoas e, portanto, ele
não poderia ter entrado no caixão
40
pensando em dar um susto nos caro-
neiros.
6. O objetivo da questão é levar os alu- D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 40 07/08/2021 17:01 D2_016-0

nos a perceber o efeito de sentido gera-


do pela metáfora empregada no causo. Depois, os alunos poderão comparti-
⊲ CONTE PARA FAMÍLIA
7. Abra espaço para que os alunos ver- lhar esses causos com os colegas da clas-
Informe os pais ou responsáveis das se. Após a contação, abra espaço para que
balizem o que, geralmente, acontece atividades que estão desenvolvendo com
quando meios de transporte passam comentem suas impressões sobre os cau-
causos. Peça que eles compartilhem com sos e a forma como foram narrados.
em buracos. É provável que respon- as crianças causos que conhecem ou in-
dam que o veículo “dá um salto”. Por diquem pessoas da família ou da comuni-
isso, no causo, quando o caminhão dade que costumam contar causos. Dessa
passa por um buraco, o caixão pula e maneira, as crianças poderão observar a
abre a tampa. forma como contadores experientes rea-
lizam a narração.

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11. O objetivo da questão é levar os
8. Releia mais um trecho do causo, observando a comparação feita.
alunos a perceber que é possível com-
preender o significado de algumas pa-
O chiru disse que não tinha importância, pois estava apressa-
do. Agradeceu a gentileza e trepou no caminhão, mais faceiro que
lavras pelo contexto. Assim, chame a
mosca em tampa de xarope. atenção deles para o fato de que não
precisam interromper leituras a todo o
• O que a comparação destacada significa? momento para buscar o significado de
palavras, pois é mais produtivo tentar
Que o chiru estava muito feliz. primeiro compreender o significado
9. • Essas comparações contribuem para dar humor aos fatos narrados. Além disso, a linguagem informal das palavras pelo contexto, para, ao
9. Sublinhe outras comparações que aparecem no causo. usada ajuda a aproximar o final da leitura, consultar o dicionário
leitor ou ouvinte do causo e a
• Com que objetivo essas comparações foram feitas? atribuir verossimilhança a ele. e confirmar as hipóteses levantadas
sobre os significados.
10. Os dicionários digitais são também uma boa opção para pesquisar
palavras. Veja o trecho de um verbete do Dicionário Aulete digital. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Uma cultura da oralidade


A formação social da fronteira sul-
-brasileira está majoritariamente
calcada nas estâncias ou fazendas,
e estas foram e são até hoje, a des-
peito de todas as transformações,
Aulete Digital. espaços onde a oralidade domina
REPRODUÇÃO/ AULETE DIGITAL

Disponível em:
todos os aspectos da vida cotidiana.
http://www.aulete.
com.br/. Acesso Para o historiador Dante de Laytano,
em: 10 jun. 2021. “o falar também se abrigou de forma
típica na estância”, dando origem às
• Além de conhecer significados da palavra chiru e de saber que ela pode diversas formas narrativas utiliza-
ser tanto um adjetivo quanto um substantivo, o que mais é possível das na região. Atualmente, apesar de
verificar sobre esse verbete? Que se trata de um regionalismo do Sul do Brasil. grande parte dos moradores da zona
rural ser alfabetizada, com exceção
11. Copie do causo outras três palavras típicas da região Sul do país. de alguns idosos e de uma ou outra
família, a escrita ainda tem pouca in-
Sugestões de resposta: bolicho, vivente, bagual, tchê e gaudério. serção nesse meio. A maior parte das
informações circula de boca em boca,
e os contadores de causos, trabalha-
dores que muitas vezes transitam
entre uma fazenda e outra, têm um
papel importante na produção e na
Nos dicionários, a identificação de palavras regionais pode ser feita
circulação de narrativas. [...]
com siglas ou abreviaturas. Elas indicam o estado ou a região onde ocor-
MEDEIROS, Fábio Henrique Nunes;
rem com frequência, como BA, para o estado da Bahia, e S. ou Sul, para MORAES, Taiza Mara Rauen (org.).
a região sul do Brasil, por exemplo. Contação de histórias: tradição, poé-
ticas e interfaces. São Paulo: Edições
Sesc São Paulo, 2015. p. 17.
41

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8. Discuta com a turma o significado da a linguagem informal usada ajuda a apro-


comparação. Se necessário, comente que ximar o leitor ou ouvinte do causo e a dar
essa comparação remete ao fato de as veracidade a ele.
moscas ficarem voando em volta de algo 10. O mundo está em constante transfor-
doce, dando a impressão de que estão mação e é papel da escola adequar-se a
felizes. Aproveite a oportunidade para essas mudanças. Assim, da união entre a
destacar o uso da linguagem com compa- importância do uso do dicionário na sala
rações bem-humoradas em causos de hu- de aula e a da utilização de tecnologias e
mor que colaboram para envolver o leitor recursos midiáticos no processo de ensino-
ou o ouvinte. -aprendizagem, temos como ferramenta o
9. É importante levar os alunos a perceber dicionário eletrônico, que é um potencial
que essas comparações contribuem para instrumento didático na exploração de pa-
dar humor aos fatos narrados. Além disso, lavras, suas formações e seus sentidos.

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ROTEIRO DE AULA 12. Releia um parágrafo do causo O defunto vivo.

⊲ LEITURA Nem funerária a cidade tinha. Por isso, quando alguém batia as
botas, costumavam contratar o Genésio, para buscar o caixão na
CAUSO cidade vizinha, com seu velho caminhão.
12. Amplie a questão, perguntando:
na opinião de vocês, por que foi esco- • Escreva de que outra forma o trecho em destaque poderia
lhida a expressão “bater as botas”? É ser escrito.
importante levar os alunos a perceber Quando alguém morria.
que os contadores de causos procu-
ram usar o registro informal, parecido 13. Bater as botas é uma expressão popular de linguagem figurada.
com o que usamos no dia a dia. • As fotografias a seguir fazem uma brincadeira com expressões
• Comente que a linguagem figura- conhecidas da Língua Portuguesa. Quais são elas? O que elas
da, normalmente, é usada como um significam?
recurso estilístico para aumentar a
expressividade da mensagem que se
deseja passar, sendo muito comum
nos textos literários e, também, em
nosso dia a dia. Para exemplificar,
cite a expressão “olha o passari-
nho”, utilizada no momento de tirar
uma foto. Comente que, quando a
fotografia foi inventada, a tecnolo-
gia das câmeras fotográficas ainda
era muito precária e que a impres-
são da imagem no filme era muito Tirar leite de pedra: fazer algo que se Pendurar as chuteiras: deixar de exercer
lenta. Assim, as pessoas deveriam fi- acreditava ser impossível. uma profissão, aposentar-se.
car imóveis por um tempo. Foi então
que surgiu a ideia de pendurar uma

EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS DE AUTORIA DE EVERTON BALLARDIN E MARCELO ZOCCHIO


FOTOS: ©IMAGENS EXTRAÍDAS DO LIVRO PEQUENO DICIONÁRIO ILUSTRADO DE
gaiola de passarinho atrás dos fotó-
grafos para chamar a atenção das
crianças e fazer com que elas não se
mexessem. Essa expressão ainda é
usada nos dias de hoje.
13. Vale ressaltar que é preciso co-
nhecer as peculiaridades da cultura
na qual estamos inseridos para saber
utilizar e entender as expressões idio-
Marcelo Zocchio e Everton Ballardin. Pequeno dicionário ilustrado de expressões idiomáticas.
máticas, pois os significados delas não Chorar pelo leite derramado: São Paulo: DBA, 1999. p. 4, 8, 18, 39.
têm relação com o sentido literal de lamentar-se por algo que já passou. Pisar em ovos: agir cautelosamente, com
seus termos. muito cuidado.
42
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
LEITURA • SILVEIRA, João Gomes da.
Dicionário de expressões populares da D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 42 07/08/2021 17:01 D2_016-0

língua portuguesa. São Paulo: Martins


Fontes, 2010. Esse dicionário apresenta
a riqueza das expressões populares da
língua portuguesa e busca explicar os
significados dessas expressões.

42

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OBJETIVOS
produçao oral EXPRESSÕES POPULARES • Participar das interações orais em
sala de aula, com liberdade, desen-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
voltura e respeito aos colegas.
Você e os colegas vão pesquisar, com familiares, pessoas da comunidade
e na internet, outras expressões de linguagem figurada. • Recuperar as ideias principais em
situações formais de escuta.
Depois, farão uma exposição oral para os colegas sobre o que descobriram.
• Buscar e selecionar informações
1 Ao fazer a pesquisa com familiares ou pessoas da comunidade, é sobre o tema em meios digitais e/ou
importante dar a eles exemplos de linguagem figurada e de situações impressos.
em que ela é usada.
• Ao pesquisar na internet, use boas palavras-chave para buscar a
ROTEIRO DE AULA
informação, como: “expressões figuradas”, “uso de expressões
figuradas”.
⊲ PRODUÇÃO ORAL
2 Durante a pesquisa, anote as expressões e o que elas significam, para
não esquecer o que pretende informar. EXPRESSÕES POPULARES
3 Durante a exposição oral, dê exemplos de 1. Explique aos alunos que realizarão
situações em que as expressões figuradas uma pesquisa em fontes variadas para
que você pesquisou são usadas. selecionar expressões figuradas e ob-
servar os usos delas na língua portu-
4 Depois de ouvir com atenção as guesa. Essa pesquisa e seleção será
apresentações dos colegas, comente: objeto de uma exposição oral para os
• as expressões que você não conhecia colegas da classe. Informe que a ex-
e as que achou mais interessantes; posição terá duração de aproximada-
• se você ficou com alguma dúvida na mente 5 minutos. Durante a exposição
apresentação dos colegas; do conteúdo pesquisado, devem não
• as reações da plateia que puderam só dizer que expressões pesquisaram,
ser observadas. mas também dar exemplos do uso de-
las nas situações comunicativas.
• É importante que os alunos
aprendam a buscar e selecionar in-
formações sobre temas em estudo,
por meio de interações pessoais e
pesquisas em meios eletrônicos.
2. Comente quanto as anotações fei-
tas durante a pesquisa serão impor-
tantes para que eles as usem como
roteiro de fala e apoio à memória.
MARCOS DE MELLO

3. Oriente os alunos, informando que


devem iniciar a exposição saudando a
plateia e explicando como foi realiza-
43 da a pesquisa.
4. A última etapa também é rituali-
021 17:01 D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 43 07/08/2021 17:01 zada, na qual o expositor agradece a
atenção da plateia e abre espaço para
As habilidades e os componentes a se- (EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas perguntas e comentários.
guir serão trabalhados nesta seção. escolares, em sala de aula, com apoio de
recursos multissemióticos (imagens, dia-
⊲ BNCC grama, tabelas etc.), orientando-se por
(EF15LP09) Expressar-se em situações de roteiro escrito, planejando o tempo de
intercâmbio oral com clareza, preocupan- fala e adequando a linguagem à situação
do-se em ser compreendido pelo interlo- comunicativa.
cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado. ⊲ PNA
(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresen- Desenvolvimento de vocabulário
tações de trabalhos realizadas por cole- Compreensão de textos
gas, formulando perguntas pertinentes ao
tema e solicitando esclarecimentos sempre Produção de escrita
que necessário.
43

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OBJETIVOS
SUBSTANTIVO PRIMITIVO
• Retomar o conceito de substantivo. nossa lingua E SUBSTANTIVO DERIVADO
• Reconhecer o conceito de subs-
tantivos primitivo e derivado. 1. Relembrando: substantivos são palavras que servem para nomear
• Empregar adequadamente os pessoas, objetos, lugares, plantas, alimentos, profissões, sentimentos etc.
substantivos primitivo e derivado. • Observe a capa do livro que conta a
As habilidades e os componentes a história de uma menina que gostava
seguir serão trabalhados nesta seção. de colecionar palavras, fossem elas
grandes ou pequenas.
⊲ BNCC a) Quais substantivos formam o título
(EF15LP03) Localizar informações ex- do livro?
plícitas em textos.
Palavras, palavrinhas e palavrões.
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando
regras de correspondência fonema-gra-
fema regulares diretas e contextuais.
b) Qual substantivo dá origem a
palavrinhas e palavrões?
⊲ PNA

EDITORA FTD
Desenvolvimento de vocabulário Palavra.

Produção de escrita c) Escreva uma palavra grande que nomeia algo pequeno.
Sugestões de resposta: formiga/pernilongo/libélula/apontador/percevejo.
ROTEIRO DE AULA d) Agora, escreva uma palavra pequena que nomeia algo grande.

⊲ NOSSA LÍNGUA Sugestões de resposta: sol/lua/boi/trator/jato/mar/céu/rio.

SUBSTANTIVO PRIMITIVO E 2. Leia os substantivos a seguir e pinte os quadrinhos, formando


DERIVADO três grupos.
1. Verifique os conhecimentos prévios
Siga o seguinte critério: agrupar os substantivos que se parecem.
dos alunos sobre o conceito de subs-
tantivo. Explique que existem diferen-
tes formas de classificar os substanti-
vos, entre elas quanto à origem – são festa pesca festança
os chamados substantivos primitivos
(aqueles que não derivam de outra
palavra da língua) e os derivados (for- pescaria festival pedra
mados com base em um substantivo
primitivo da língua).
pedreira pedrinha pescador
Para ampliar a compreensão do
conceito de palavras primitivas e de-
rivadas, registre na lousa a frase a se-
guir e leia-a em voz alta para a classe: 44
O pão daquela padaria é maravilhoso.
Pergunte: na frase, aparece uma pa-
lavra que dá origem a outras palavras D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 44 07/08/2021 17:01 D2_016-0

da língua portuguesa. Qual é? Espera- conclua, registrando na lousa: pão – pa- sobre como avaliar a fluência em leitura
-se que os alunos respondam que é a lavra primitiva; padaria – palavra derivada. oral da turma.
palavra pão. Informe que o substan- Depois, pergunte: a que classe grama-
• Explore com a turma a capa do livro.
tivo que dá origem a outras palavras tical pertencem as palavras lidas? Espera-
Em seguida, informe que o livro conta
é chamado de primitivo. Em seguida, -se que os alunos concluam que todas são
a história de uma menina apaixonada
registre na lousa a palavra pão e algu- substantivos.
pelas palavras e seus significados, que
mas derivadas: padaria, padeiro. Ex-
se questiona sobre o tamanho que apre- Organize a turma em duplas e peça que
plique que as palavras padaria e pa-
sentam. agrupem os substantivos da mesma famí-
deiro tiveram origem na palavra pão.
Essas palavras são derivadas de outra 2. Solicite a leitura oral das palavras, de lia usando cores diferentes. É importante
palavra da língua portuguesa. Então, modo a praticarem a fluência em lei- estimular as duplas a justificar a formação
informe que a palavra que se origina tura oral, com velocidade, precisão e dos grupos de substantivos.
de outra palavra é chamada de pa- prosódia. Na página XVII deste Manual
lavra derivada. Volte à frase inicial e do Professor são apresentadas sugestões

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3. Peça a leitura oral do quadro e
3. Leiam o quadro e concluam o que são substantivos primitivos e
abra a discussão para que formulem
substantivos derivados.
a conclusão de forma coletiva. Seja
o escriba da classe mediando o que
Substantivo já foi dito. Aquilo que falam pode ser
primitivo derivado
escrito na sistematização do conteúdo
abordado.
flor floresta, floreira, florzinha 4. Peça aos alunos para fazerem a
leitura silenciosa do poema. Depois,
jardim jardineiro, jardineira
faça a leitura oral e perguntas como:
chapéu chapelaria, chapelão qual é o melhor pão para o eu lírico
do poema? Por quê? Espera-se que os
alunos respondam que o melhor pão
Espera-se que os alunos concluam que o substantivo que dá origem a outras palavras é
para o eu lírico é aquele feito pela sua
chamado de substantivo primitivo, e o substantivo que se origina de outra palavra mãe, porque ela o faz com carinho e,
como ele sai do forno quente, derrete
é chamado de substantivo derivado. a manteiga.
Depois, peça aos alunos que leiam
as palavras em destaque e pergunte:
essas palavras são da mesma família?
São substantivos? Quais são substan-
4. Leia o trecho do poema a seguir. tivos primitivos? E quais são deriva-
dos? Só então peça que sublinhem as
Mãe padeira palavras de acordo com a legenda.
Nada como cheiro de pão Amplie a atividade pedindo aos
Pra começar bem o dia alunos que falem palavras derivadas
Mamãe sabe fazer pãozinho de manteiga, como manteiguinha,
Melhor que os da padaria. manteigueira, manteigaria, mantei-
gueiro, manteigoso.
Saem do forno com cuidado.
E o primeiro pão que chega,
tão temperado de carinho,
que derrete filho e manteiga.
ESTÚDIO ORNITORRINCO

Barbara Andrade. Mãe padeira. Disponível


em: https://profissaoalfabetizacao.blogspot.
com/2020/09/. Acesso em: 14 jun. 2021.

• Sublinhe os substantivos que estão em destaque de acordo com


a legenda.
Substantivo primitivo. Substantivo derivado.
Os alunos devem sublinhar de verde as duas ocorrências da palavra pão e
sublinhar de azul as palavras pãozinho, padaria e padeira (título). 45

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ROTEIRO DE AULA 5. Complete com uma das letras indicadas.

⊲ NOSSA LÍNGUA Vou fazer um feitiço de primeira,


pois sou ótima cozinheira.
SUBSTANTIVO PRIMITIVO E Esta sopa caseira vai levar:
DERIVADO

SHUTTERSTOCK.COM,
EDITORIA DE ARTE
um punhado de su j eira, (com g ou j?)
5. Peça aos alunos que leiam o texto

ELISA.BETA/
em voz alta. É importante dirigir o olhar um pedaço de lapi s eira (com s ou z?)
deles para o fato de que ter a imagem
mental de algumas palavras primitivas, e um cai x ote de besteira. (com x ou ch?)
especialmente aquelas em que o uso Quer provar?
de uma ou outra letra não é regrado,
auxilia na escrita de palavras que de- Os substantivos que você completou são derivados dos substantivos pri-
las sejam derivadas. Por exemplo, se as mitivos sujo, lápis e caixa.
palavras sujo, lápis e caixa são grafa- • Conhecer os substantivos primitivos das palavras que você completou
das, respectivamente, com j, s e x, as ajuda a decidir com quais letras elas devem ser escritas?
palavras derivadas (sujeira, lapiseira e
caixote) conservarão essas letras. Sim, conhecendo a grafia das palavras sujo, lápis e caixa, é possível perceber que os
Depois de realizada a atividade, substantivos derivados conservam as mesmas letras j, s e x, respectivamente.
peça aos alunos que copiem o tex-
to no caderno, excluindo as dúvidas
que aparecem entre parênteses.
6. Observe as placas a seguir.
6. Se necessário, peça aos alunos que
procurem no dicionário a palavra pri-
X
mitiva. Espera-se que concluam que,
como a palavra gás é escrita com s, a
derivada gasolina mantém o s.
Amplie a questão, perguntando:
na opinião de vocês, é importante que
palavras escritas em faixas, outdoors e
placas sejam grafadas de acordo com
as normas ortográficas? Por quê? Es-
pera-se que os alunos concluam que

FOTOS: ÉRIKA GOMES


sim, pois a língua escrita tem regras.
Aproveite a oportunidade para cha-
mar a atenção para o acento agudo da a) Circule nas placas as três primeiras letras do nome do combustível.
palavra gás. Explique que essa palavra
recebe acento devido à regra de acen- b) Marque um X no quadrinho da placa em que o nome do
tuação dos monossílabos tônicos. combustível está grafado corretamente. Explique sua resposta.
A forma correta é gasolina. A palavra primitiva é gás, com s.

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ROTEIRO DE AULA
ortografia PALAVRAS COM Ç OU SS
⊲ ORTOGRAFIA
1. Leia as palavras a seguir em voz alta. PALAVRAS COM Ç OU SS
Em nosso sistema de escrita, o som
pressa caçula
/s/ pode ser notado por vários grafe-
mas: s, ss, c, x, xc, ç, sc, sç e z. A
miçanga profissional inexistência de uma correspondência
única e direta entre sons e letras se
a) Qual é o som semelhante em todas essas palavras? justifica pelo fato de que a nossa orto-
O som /s/ que aparece nas palavras grafadas com ç e ss. grafia não se baseia somente no regis-
b) O dicionário pode ajudar em caso de dúvidas na escrita de palavras tro da língua falada, mas também no
com ss e ç? Espera-se que os alunos respondam que sim. Em caso de dúvida, é preciso
consultar fontes, como dicionários e gramáticas.
registro e na etimologia das palavras.
2. Observe as palavras primitivas e complete as derivadas com ss ou ç. 1. Ressalte a relevância da consulta ao
dicionário sempre que tiverem dúvida
A na hora de grafar corretamente pala-
pássaro pa ss arada, pa ss arinho, pa ss aredo vras com o som /s/.
2. Mais uma vez, o trabalho com pa-
lavras primitivas e palavras derivadas
B ç ç ç ajuda na hora de decidir que letra(s)
açúcar a ucarar, a ucareiro, a ucarado
usar para representar o som /s/.

C ss ss ss
⊲ O QUE E COMO AVALIAR
grosso engro ar, gro eria, gro eiro
Em outro momento, forneça pala-
vras primitivas com ss e ç e derivadas
• O que você observou para completar as palavras da mesma família?
Espera-se que os alunos respondam que observaram se a palavra primitiva é escrita com sem essas letras para que os alunos
ss ou ç, pois essas letras se conservam nas palavras derivadas. as completem, de forma a verificar se
3. Complete as frases com palavras derivadas das que estão em destaque.
compreenderam o conteúdo aborda-
a) O açúcar do açucareiro já acabou. do. Sugestões: assar (assado, assava,
assou); agressão (agressivo, agressor,
b) Coloquei gesso no braço. Ficarei engessado agressividade); e caça (caçador, caçada).
por um mês.
3. Leia as frases em voz alta sem as
c) Leve a calça azul e o calção de banho, viu? palavras que as completam. Chame a
atenção dos alunos para a palavra em
d) A torta leva 30 minutos para assar. Então, já deve estar destaque em cada frase. Estimule que
completem oralmente, assim, no mo-
assada . mento da escrita, poderão se ocupar
de que letras usar e em que ordem.
47 Amplie a atividade escrevendo na
lousa frases com lacunas e, ao lado,
substantivos primitivos entre parênte-
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ses para que os alunos completem com
OBJETIVOS clarecer dúvida sobre a escrita de palavras, palavras derivadas, ou seja, da mesma
especialmente no caso de palavras com família das que estão entre parênteses.
• Distinguir a relação entre som e grafia relações irregulares fonema-grafema. Consulte com os alunos o Dicio-
do ç e do ss em diferentes contextos.
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando re- nário ilustrado no final da unidade
• Identificar o uso correto do ç e do ss para explorar outros significados e
gras de correspondência fonema-grafema
na escrita. exemplos de uso do termo miçanga
regulares diretas e contextuais.
• Consolidar relações entre grafemas e e ampliar o repertório deles com novo
fonemas mais complexas. vocabulário.
⊲ PNA
As habilidades e os componentes a se-
guir serão trabalhados nesta seção. Consciência fonológica e fonêmica
Conhecimento alfabético
⊲ BNCC Produção de escrita
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para es-

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OBJETIVOS dialogos VIDA FAMILIAR E SOCIAL
• Refletir sobre o significado de
palavras que remetem ao léxico da
cidadania e da paz.
• Participar de situações de inter-
câmbio oral. PALAVRAS DO BEM
• Ler e interpretar verbetes de al- Cultivar alguns comportamentos pode ajudar a transformar o mundo em
manaque com a temática de cida- um lugar melhor para se viver.
dania e paz.
1. Leia um trecho do livro ABC do bem, que apresenta palavras com
As habilidades e os componentes a
significados especiais, criados por Simão de Miranda.
seguir serão trabalhados nesta seção.
Amizade
⊲ BNCC
Ponte colorida em forma de arco-íris
(EF15LP06) Reler e revisar o texto pro- que se une sem se preocupar com as
duzido com a ajuda do professor e a diferenças!
colaboração dos colegas, para corri-
gi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,
Bondade
acréscimos, reformulações, correções
Bem que distribuímos para qualquer
de ortografia e pontuação.
um sem nada pedirmos em troca.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, fa-
las de professores e colegas, formu-
Confiança
lando perguntas pertinentes ao tema
Garantia que damos aos outros, dizendo
e solicitando esclarecimentos sempre
que poderão sempre acreditar na gente!
que necessário.
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
tas nos textos lidos. Dedicação
Dedicar uma boa ação ao
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala- outro e a tudo o que é vivo.

ILUSTRAÇÕES: EDUARDO AZEVEDO


vras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase
ou do texto. Elegância
Gentileza que rima com beleza.
⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário Fraternidade
É nos tratarmos uns aos outros como
Compreensão de textos irmãos, uma grande família do planeta
Produção de escrita Terra!
Simão de Miranda. ABC do bem. Fortaleza: Imeph, 2018. p. 4-9.
ROTEIRO DE AULA

⊲ DIÁLOGOS 48
VIDA FAMILIAR E SOCIAL
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PALAVRAS DO BEM
1. Inicie a discussão falando sobre a Na sequência, faça perguntas como: na considerado bondade? Por quê? Final-
importância do respeito ao próximo. opinião de vocês, por que a palavra ami- mente, leve-os a concluir que o sentimen-
Explique que a palavra respeito tem zade foi comparada com uma ponte em to de fraternidade se relaciona com afeto,
origem em uma palavra do latim que forma de arco-íris? Chame a atenção para irmandade e convivência harmoniosa e
quer dizer “olhar ao redor”. Assim, o fato de um arco-íris ser colorido e alegre, agradável entre as pessoas.
respeitar significa “olhar ao seu redor, como uma amizade deve ser. Além disso,
prestar atenção em quem está à sua a amizade implica o desejo de felicidade à
volta”. Respeitar as pessoas é valorizá- pessoa que queremos bem.
-las como elas são, em sua diversidade. Prossiga com questões sobre cada ver-
Em seguida, peça aos alunos que bete. Por exemplo: o que vocês entende-
façam a leitura silenciosa do trecho do ram do significado dado à palavra bonda-
livro ABC do bem. Depois, peça que de? Se alguém faz algo para outra pessoa
façam a leitura oral. esperando uma retribuição, isso pode ser

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Chame a atenção dos alunos para
a) Que ordem o autor de ABC do bem seguiu para listar as palavras?
a palavra zilhões presente no segun-
O autor seguiu a ordem alfabética. do acróstico. Leve-os a perceber que
essa palavra é um numeral imaginário,
b) Quais outras palavras poderiam fazer parte do livro, seguindo essa
usado na linguagem informal para ex-
ordem? O professor anotará a resposta na lousa.
pressar uma quantidade enorme, in-
Essas palavras devem ser importantes para tornar o mundo um lugar melhor. definida de algo.
3. Oriente as duplas a escrever o
2. Você sabe o que é um acróstico? Leia o verbete. acróstico em uma folha avulsa. Lem-
bre-os da importância de fazer um
rascunho da produção e revisar o que
acróstico <a.crós.ti.co> s.m. Composição literária cujos versos têm letras
escreveram. Participe dessa revisão,
iniciais que, lidas na vertical, formam uma palavra ou uma frase.
sugerindo ideias que possam deixar
Acróstico. Em: Dicionário didático. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2009. p. 27. os trabalhos ainda mais interessantes.
1. b) Sugestões de resposta: generosidade, gentileza,
Só então oriente os alunos a passar as
• Agora, leia os acrósticos. gratidão, honestidade, igualdade, justiça, liberdade, produções a limpo.
otimismo, paciência, paz, persistência, respeito, sinceridade,
Acrósticos para a paz solidariedade, sustentabilidade, tolerância, união. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Sugira aos alunos que façam uma
pesquisa sobre o Profeta Gentileza,
que pregava a gentileza e o amor com
Princípio Pode

ALEX RODRIGUES
mensagens espalhadas por murais nas
Amoroso Abraçar-me
Zeloso. Zilhões de vezes.
ruas do Brasil. Os alunos podem reunir
[...] [...]
as mensagens que coletaram na pes-
quisa para complementar o mural de
acrósticos.
César Obeid e Jonas Ribeiro. Poesias para a paz. São Paulo:
Editora do Brasil, 2016. p. 26.

3. Escolham uma das palavras listadas na lousa e façam um acróstico que


represente bons sentimentos e o desejo de boa convivência.
• Os trabalhos da turma ficarão expostos em um mural fora da sala de aula.

descubra mais
• Pequeno dicionário de palavras ao vento, de Adriana Falcão,
Salamandra, 2003.
Nesse livro, a autora apresenta significados poéticos para várias palavras
do cotidiano. Verifique se o livro faz parte do acervo da biblioteca da escola
para levá-lo à roda de leitura da turma.

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1. a) Retome mais uma vez com a turma Aproveite a oportunidade para nova-
a organização de dicionários em ordem mente chamar a atenção dos alunos para
alfabética. a estrutura e os elementos de um verbete.
1. b) Estimule a participação de todos os A palavra a ser definida aparece em des-
alunos para escolher palavras que pode- taque, seguida da divisão silábica com ên-
riam fazer parte do livro, mas que, consi- fase na sílaba tônica. Pergunte: acróstico
derando a ordem alfabética, seriam apre- é um substantivo masculino ou feminino?
sentadas depois das que foram listadas Que informação do verbete confirma a
pelo autor dos verbetes. resposta? O objetivo é verificar se os alu-
nos compreendem a abreviatura s.m.
2. Antes da leitura do verbete acróstico,
levante os conhecimentos prévios dos alu- Após a exploração do verbete, peça aos
nos sobre o significado dessa palavra, per- alunos que façam a leitura silenciosa dos
mitindo que se expressem livremente. acrósticos formados a partir da palavra paz.

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Consolidar o conceito de ordem recordar?
alfabética.
• Identificar palavras primitivas e 1 Observe as agendas dos celulares e complete as frases, escrevendo
derivadas. que letra foi considerada em cada caso para que os nomes fossem
• Compreender que palavras da organizados em ordem alfabética.
mesma família podem ser usadas
para apoiar novas escritas.
• Consolidar relações entre grafe-
mas e fonemas mais complexas. Foi considerada a segunda letra.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. G
Gabriel
⊲ BNCC
Geovana
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
tas nos textos lidos. Gílson

(EF04LP01) Grafar palavras utilizando Guilherme


regras de correspondência fonema-gra- R
fema regulares diretas e contextuais.
Foi considerada a Robson

⊲ PNA terceira letra.


Rodrigo
Consciência fonológica e fonêmica Romário

ILUSTRAÇÕES: GETULIO DELPHIM


Conhecimento alfabético
Ronaldo
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA
A
⊲ VAMOS RECORDAR? Ana Beatriz
AVALIAR E AVANÇAR
Ana Carolina Foi considerada a primeira letra
1. Inicie a atividade conversando com
do segundo nome.
a turma sobre as funções dos telefo- Ana Luiza
nes celulares. Comente que uma de-
Ana Paula
las é a agenda telefônica. Estimule os
alunos a observarem os três celulares
apresentados e a comentarem qual
aplicativo provavelmente está em fun-
cionamento.
Peça aos alunos que verbalizem o 50
que os nomes de cada telefone têm
em comum. Espera-se que respondam
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que os nomes do primeiro telefone
começam com a letra g, os do segun- qual nome? Onde entraria o nome Ana defasagens, retome outras situações so-
do, com a letra r e os do terceiro, com Laura na terceira agenda? E Ana Patrícia? ciais de uso da ordem alfabética: na lista
a letra a. Só então, peça que verba- Abra espaço para que os alunos regis- de chamada dos alunos, na organização
lizem a ordem que foi utilizada para trem as palavras que completam as frases. dos livros em uma biblioteca, na lista te-
registrar os nomes em cada celular. Verifique se percebem qual letra foi consi- lefônica, nos dicionários, nas agendas te-
Faça perguntas do tipo: por que derada na organização de cada agenda de lefônicas etc. Leve-os a concluir que esse
Gabriel vem antes de Geovana? Que celular. Desafie-os a verbalizar que outro tipo de organização facilita a consulta da-
letra foi observada para determinar instrumento organiza as palavras dessa quilo que procuramos, fazendo com que
a ordem desses nomes? Na ordem forma. Se necessário, retome com a turma reflitam sobre a função da ordem alfabéti-
alfabética, que nome iniciado com a a organização dos dicionários, conteúdo ca no dia a dia.
letra r poderia vir depois de Rodrigo? abordado nesta unidade.
Se Ruan fosse acrescentado à agen- Após analisar as respostas e conclusões
da, poderia ser encontrado depois de dos alunos, a fim de remediar eventuais

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2. e 3. O substantivo é uma classe gra-
2 Você estudou que palavras da mesma família têm a escrita parecida.
matical que possui diversas subclas-
• Escreva palavras da mesma família de: ses: concretos e abstratos; próprios
Sugestões de resposta:
e comuns; primitivos e derivados;
coletivos.
dançarino/dançante Por isso, é fundamental, retomar
sossego sossegado/desassossego dança
essa classe de palavra sempre que
oportuno.
O objetivo das atividades é verificar
os conhecimentos dos alunos sobre as
relações entre grafemas e fonemas já
estudadas e se eles se apoiam em pa-
lavras para a escrita de outras.
faixa enfaixar/enfaixado churrasco churrasqueira/churrascada/ Além disso, será possível avaliar a
compreensão dos alunos sobre subs-
churrascaria/churrasqueiro
tantivos primitivos e derivados.
Caso observe eventuais defasagens,
organize a turma em duplas produtivas
de trabalho e forneça outras palavras
para que registrem suas derivadas.
Dessa forma, poderão discutir sobre a
lanche lancheira/lanchar/lanchonete/ gelo geleira/gelado/geladeira
forma correta de escrever as palavras.

KWITKA/SHUTTERSTOCK.COM
lanchinho Caso lhes ocorra mais de uma palavra,
estimule-os a escrever todas. Isso per-
mite ampliar o repertório de palavras.
Esse conhecimento pode ajudá-los a
3 Complete cada frase com uma palavra derivada da que está em destaque. resolver eventuais dúvidas sobre a ma-
neira de grafar certas palavras.
a) Fui à peixaria e comprei um peixe fresquinho.

b) O azeite foi produzido com azeitonas de


primeira qualidade.

c) Ari vive xeretando a vida dos outros. Que


menino xereta!

d) Perdi o chaveiro com todas as chaves da


casa. E agora?

e) Fui à livraria e comprei o livro que o


Arthur queria.

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B

CHING DESIGN47/SHUTTERSTOCK.COM
cial de dicionários. dilúvio (di.lú.vio) s.m.
C
• Exercitar a pronúncia adequada Chuva muito forte e demorada; temporal:
de palavras novas. D O dilúvio na minha cidade arrastou carros
e árvores.
• Compreender que uma mesma E
palavra pode ter diferentes signifi-
cados a depender do contexto. F
As habilidades e os componentes a G discreto (dis.cre.to) a.
seguir serão trabalhados nesta seção. 1. Algo ou alguém que não chama a atenção; comedido: Isabela sempre se veste de
H
maneira discreta.
⊲ BNCC I 2. Quem sabe guardar segredo, reservado: Laura sempre me conta seus segredos, pois
sabe que sou discreta.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para J
esclarecer dúvida sobre a escrita de ⊲ Tiago e Murilo são amigos, mas têm gostos diferentes. Tiago mais é
palavras especialmente no caso de K discreto e Murilo é mais chamativo. Escreva quem, na sua opinião, é
palavras com relações irregulares fo- Tiago e quem é Murilo. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que o
L rapaz da esquerda é Tiago e o da direita, Murilo.
nema-grafema.
M
⊲ PNA N
Conhecimento alfabético
O
Desenvolvimento de vocabulário

KARYNE KUY
Compreensão de textos P
Produção de escrita Q
R
ROTEIRO DE AULA S

⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO T

Esta seção visa apresentar defini- U


ções e distinções de conceitos para os
V emaranhar (e.ma.ra.nhar) v.
alunos, contribuindo para o desenvol-
vimento do raciocínio, habilidade utili- W 1. Fazer animal, pessoa ou coisa ficar preso em
algo, embaraçar, embaralhar, enredar, enroscar:
zada ao longo de toda a escolaridade.
O gato sapeca sempre emaranha a pata nas

TINA NIZOVA/SHUTTERSTOCK.COM
X
É interessante que o trabalho não lãs da vovó.
seja realizado em um só momento; Y 2. Fazer algo ficar difícil de resolver, complicar:
dessa forma, quando cada um dos O nervosismo emaranhou minhas ideias antes
Z
vocábulos aparecer nos textos e/ou ati- da prova.
vidades, encaminhe os alunos a estas
páginas e explore determinada pala- 52
vra. Assim, utilizará a seção de maneira
semelhante a que ocorre socialmente
com os dicionários. D2_016-053-F1-PORT-1100-V4-U1-LA-G23-AVU.indd 52 07/08/2021 17:13 D2_016-0

Explique aos alunos que, ao lado criar frases orais, empregando essa palavra. No trabalho com a palavra esgrima,
de cada verbete, está indicada a res- Peça aos alunos que observem a ilustração abra espaço para que comentem se já vi-
pectiva classe gramatical, por meio das e façam a descrição dela. Depois, peça que ram pessoas praticando esse esporte. Se
abreviaturas: s.m. ou s.f. – substanti- verbalizem qual delas é uma pessoa dis- achar conveniente, apresente imagens e/ou
vo masculino ou substantivo feminino; creta. É importante que justifiquem suas vídeos desse esporte.
v. – verbo; a. – adjetivo. respostas. Explore a palavra miçanga ressaltando
Ao explorar a palavra dilúvio, Na palavra emaranhar, também será o som /s/ que o ç representa.
chame a atenção dos alunos para o interessante promover o exercício da pro- Chame a atenção da turma para os di-
acento agudo na sílaba lú e promova núncia adequada da palavra. Estimule-os ferentes significados da palavra reserva.
o exercício da pronúncia adequada a comentar se já viram algo emaranhado. Pergunte se já ouviram e/ou utilizaram
da palavra. Abra espaço para que formulem frases essa palavra e com qual sentido. Estimu-
Ao abordar a palavra discreto e orais com essa palavra de acordo com os le-os a verbalizar a qual significado a ilus-
seus significados, estimule a turma a dois sentidos apresentados. tração se refere.

52

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esgrima (es.gri.ma) s.f. CONCLUSÃO
Arte de lutar em dupla utilizando
A DA UNIDADE
diferentes tipos de espadas: A esgrima B No processo de avaliação forma-
é um esporte olímpico.
C tiva e monitoramento da apren-

BLUERINGMEDIA/SHUTTERSTOCK.COM
dizagem, é fundamental retomar os
D principais objetivos pedagógicos tra-
E
balhados ao longo da unidade. As
atividades propostas na seção Vamos
F recordar? Avaliar e avançar são
sugestões para uma avaliação formal
VD AM G
desses objetivos.
AZ VM
miçanga (mi.çan.ga) s.f. VM H No entanto, essas sugestões não
Conta ou bolinha, geralmente de vidro AM AZ I são a única ferramenta a ser utilizada
colorido, bem miúda, usada para fazer para monitorar a aprendizagem dos
colares, bordados, fantasias etc.: Joana fez VD VD J alunos. É fundamental que você use
um lindo colar de miçangas coloridas. AM também seus registros de avaliação
AZ K
⊲ Siga a sequência de cores e informal para coletar dados como: ní-

KARYNE KUY
VM
complete o colar de miçangas VM L vel de interesse dos alunos, ritmo de
de Joana. AM M
introdução dos conteúdos, adequa-
Os alunos devem pintar a sequência VD ção dos exemplos usados para expli-
com as cores indicadas: VM - vermelho; N
AM - amarelo; VD - verde; AZ - azul.
car conceitos, grau de compreensão
de um aluno individual e da turma
O
como um todo, entre outros. Você
reserva (re.ser.va) s.f. P pode ainda se valer da autoavaliação
1. Lugar garantido com antecedência: Já fiz minha reserva do voo para Salvador. oral, pedindo aos alunos que comen-
Q
2. Conjunto de pessoas ou coisas que podem ser usadas para uma atividade: Tenho tem o que aprenderam, em que pon-
uma reserva de dinheiro para a viagem de férias. R tos sentiram mais dificuldade, por que
3. Extensão de terras em que plantas e animais ficam protegidos por lei contra a sentiram mais dificuldade em determi-
invasão e destruição: O Brasil tem muitas reservas florestais. S
nado conteúdo e mais facilidade em
T outro etc.
Assim, será possível reunir dados
U
para a sua tomada de decisão quanto
V às adequações necessárias para o pro-
KARYNE KUY

gresso dos alunos ou para a remedia-


W
ção de eventuais defasagens.
X
Y
Z

53

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UNIDADE
INTRODUÇÃO

2
À UNIDADE

em cartaz!
Nesta unidade serão trabalhados
aspectos de gêneros textuais como
resenha crítica de filme, indicação
literária e anúncio, além do reco-
nhecimento e da diferenciação de ad-
jetivos e locuções adjetivas e sua
função em textos.
As atividades propostas permitirão
aos alunos retomar e ampliar conte-
údos de aspectos ortográficos e de
A Bela e a Fera Como treinar o seu dragão 3
relações entre grafemas e fonemas
mais complexas, como o uso e os
sons que a letra g representa, pro-
TCD/PROD.DB / ALAMY / FOTOARENA

© UNIVERSAL PICTURES / CORTESIA


EVERETTCOLLECTION/FOTOARENA
porcionando a consolidação de ha-
bilidades já introduzidas nos volumes
anteriores desta coleção.
Também será foco de estudo o re-
conhecimento e a grafia de palavras
derivadas com os sufixos -oso e -osa,
O Grinch
de forma a levá-los a perceber que se
trata de uma regularidade ortográfica.

© UNIVERSAL PICTURES / CORTESIA


EVERETTCOLLECTION/FOTOARENA
⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Reconhecer aspectos dos gêneros
textuais resenha crítica e indicação
literária.
• Reconhecer e diferenciar adjeti-
vos e locuções adjetivas. Emoji: o filme WiFi Ralph: quebrando a internet
• Compreender o conceito de
SONY PICTURESANIMATION/ALBUM/FOTOARENA

substantivo coletivo. A.F. ARCHIVE/ALAMY/FOTOARENA

• Compreender a regra de uso de


adjetivos terminados em -oso e -osa.
• Compreender uso das letras g e j.
• Reconhecer que a letra g, quando
seguida das vogais e e i, tem o mes-
SIMONE ZIASCH

mo som representado pela letra j.


• Consolidar a compreensão de
relações entre grafemas e fonemas
mais complexas. 54

⊲ PRÉ-REQUISITOS
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• Compreender o conceito de subs­
tantivo.
• Reconhecer palavras da mesma
família.

54

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OBJETIVOS
1. Observe as cenas. Quais destes filmes • Levantar conhecimentos prévios
você conhece? sobre filmes.
2. De que tipo de filme você gosta mais: • Participar de situações de inter-
aventura, comédia, ficção ou suspense? câmbio oral.
Resposta pessoal. • Realizar a apreciação de filmes
3. Pinte as estrelas de acordo com a nota que tenha assistido.
que você daria a cada filme. A menor • Reconhecer o efeito de sentido
nota é um e a maior é cinco. de recursos gráficos.
Resposta pessoal.

ROTEIRO DE AULA

© SONY PICTURES / IMAGENS DEENTRETENIMENTO/FOTOARENA


Hotel Transilvânia 3
1. e 2. Na discussão sobre os filmes,
instigue-os a verbalizar que tipo de
filmes preferem, qual foi o último fil-
me a que assistiram e suas impressões
sobre ele.
Abra espaço para que comentem
como ficam sabendo quais filmes
estão em cartaz no cinema e na te-
levisão. Será uma oportunidade para
Lego Batman: o filme O bom dinossauro sondar os conhecimentos prévios dos
ANIMAL LOGIC/DCENTERTAINMENT/LEGO SYSTEMA/S/LIN

alunos acerca do gênero resenha crí-

PIXAR ANIMATION STUDIOS/WALTDISNEY


PICTURES/ALBUM / ALBUM /FOTOARENA

PICTURES/ALBUM / ALBUM /FOTOARENA


tica de filme.
3. Chame a atenção dos alunos para
as estrelas próximas a cada imagem.
Pergunte se já viram algum recurso
semelhante relacionado a filmes. Na
discussão, comente que em jornais
Meu malvado favorito 3 Pets: a vida secreta dos bichos (impressos e digitais) e em páginas na
internet destinada à análise e divulga-
UNIVERSAL PICTURES/ALBUM / ALBUM /FOTOARENA

ção de filmes, geralmente, são utiliza-


ILLUMINATION ENTERTAINMENT/UNIVERSAL
PICTURES/ALBUM / ALBUM / FOTOARENA

dos recursos, como estrelas, desenhos


de palmas etc., para evidenciar a nota
que um crítico deu ao filme. Informe
que eles deverão pintar a quantidade
de estrelas de acordo com suas opi-
niões sobre cada filme. Explique que,
1. Resposta pessoal. 1a linha (da esquerda para a direita): A Bela e a Fera, Como treinar o
seu dragão 3, Hotel Transilvânia 3; 2a linha (da esquerda para a direita): O Grinch, Lego caso não tenham assistido a algum
Batman: o filme, O bom dinossauro; 3a linha: Emoji: o filme, WiFi Ralph: quebrando a dos filmes, podem deixar em branco.
internet, Meu malvado favorito 3 e Pets: a vida secreta dos bichos.
Abra espaço para que comparti-
55 lhem suas opiniões justificando a nota
que atribuíram aos filmes.
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As habilidades e os componentes a se- da própria obra (índice, prefácio etc.), (EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
guir serão trabalhados nesta seção. confirmando antecipações e inferências trações e outros recursos gráficos.
realizadas antes e durante a leitura de tex-
⊲ BNCC tos, checando a adequação das hipóteses ⊲ PNA
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em realizadas. Desenvolvimento de vocabulário
relação ao texto que vai ler (pressuposi- (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido
ções antecipadoras dos sentidos, da forma produzido pelo uso de recursos expressivos
e da função social do texto), apoiando-se gráfico-visuais em textos multissemióticos.
em seus conhecimentos prévios sobre as (EF15LP09) Expressar-se em situações de
condições de produção e recepção desse intercâmbio oral com clareza, preocupan-
texto, o gênero, o suporte e o universo do-se em ser compreendido pelo interlo-
temático, bem como sobre saliências tex- cutor e usando a palavra com tom de voz
tuais, recursos gráficos, imagens, dados audível, boa articulação e ritmo adequado.

55

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1
OBJETIVOS
• Levantar conhecimentos prévios VAMOS ASSISTIR
sobre o tema filmes.
• Participar de situações de inter- AO FILME?
câmbio oral.
• Identificar personagens de filmes. preparaçao para a leitura
• Expressar opinião sobre filmes.
As habilidades e os componentes a 1. Você já assistiu a algum filme do Homem-Aranha? Gostou?
seguir serão trabalhados nesta seção. Respostas pessoais.
2. Você assistiu ao filme Homem-Aranha no Aranhaverso? O que você
⊲ BNCC sabe sobre os personagens desse filme? Respostas pessoais.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
Peter Parker
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos Miles Morales
multissemióticos. Peni Parker

⊲ PNA

© COLUMBIA PICTURES / CORTESIA EVERETTCOLLECTION/FOTOARENA


Compreensão de textos
Produção de escrita Porco-Aranha

ROTEIRO DE AULA
Mulher-Aranha Homem-Aranha Noir

⊲ PREPARAÇÃO PARA A
Cena do filme Homem-Aranha no Aranhaverso, dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney
LEITURA Rothman (Estados Unidos, 2018).
Entre os objetivos desta seção está
o de mobilizar os alunos, por meio de 3. Os personagens abaixo são inspirados em mangás.
atividades preparatórias, para a temá-
tica a ser desenvolvida no capítulo a • Escreva que personagem do filme
partir do exercício de alguns dos pro- Homem-Aranha no Aranhaverso é
cessos gerais de compreensão da leitu- inspirado em mangás.
ESCOLHO VOCÊ!. EUA. FOTO: © OLM ANIMATION STUDIO/PIKACHU

ra, como o levantamento de hipóteses Peni Parker.


FILME DE KUNIHIKO YUYAMA. POKÉMON O FILME 20: EU

PROJECT/SHOGAKUKAN SHUEISHA PRODUCTIONS/AFP

e de inferências acerca do texto que


lerão, bem como estimulá-los a, pos-
teriormente, interpretar e relacionar
ideias, informações e opiniões sobre o
filme e a resenha crítica escolhida. Personagens Ash e Pikachu, da série de
animação Pokémon.
1. Abra espaço para que os alunos
comentem se já assistiram a algum
filme ou desenho do Homem-Aranha. 56
Estimule-os a comentar o que sabem
sobre a história e o personagem.
2. Peça aos alunos que observem uma D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 56 07/08/2021 22:16 D2_054-0

cena do filme Homem-Aranha no chamado “Aranhaverso”, o qual possui ralmente apresenta um personagem de
Aranhaverso e comentem o que sa- universos e realidades alternativas diferen- terno e gravata e chapéu escuros.
bem sobre o filme e a relação do título tes. Comente também que o filme ganhou 3. Após a explicação sobre os persona-
do filme com o enredo. Se necessário, o Oscar (prêmio mais importante do cinema gens, peça que observem novamente a
comente que o filme Homem-Aranha mundial) de melhor animação em 2019. cena do filme e pergunte qual dos perso-
no Aranhaverso narra a história de
Comente que os mangás são histórias nagens mais se assemelha ao personagem
Miles, um menino negro que, após
em quadrinhos japonesas, nas quais os Ash, de Pokémon. Estimule-os a observar
ser picado por uma aranha radioativa,
personagens são retratados com olhos, o traço dos desenhos, a aparência dos per-
torna-se o Homem-Aranha, depois da
boca, sobrancelhas e nariz de forma bas- sonagens, como o tamanho dos olhos, o
morte do ídolo Peter Parker. Miles, en-
tante expressiva e exagerada. Informe que cabelo etc. É importante que justifiquem
tão, segue tentando combater o crime
suas respostas.
e, no caminho, encontra cinco outros a estética do film noir está bem represen-
super-heróis de dimensões diferentes. tada pelo personagem Homem-Aranha
A história se passa em um multiverso noir, pois é marcada pela escuridão e ge-
56

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OBJETIVOS
leitura RESENHA CRÍTICA • Ler e interpretar uma resenha.
• Identificar a finalidade de uma
resenha.
1. Leia a resenha crítica do filme Homem-Aranha no Aranhaverso.
• Identificar estratégias argumen-
tativas da resenha.
Novo longa do Homem-Aranha é a melhor animação de herói já lançada
• Refletir sobre os recursos lin-
“Homem-Aranha no Aranhaverso” é a melhor animação de super- guísticos geralmente utilizados em
-herói já produzida, isso é incontestável. [...] resenhas.
Além do visual prodigioso, o filme carrega a ousadia temática que o
Aranhaverso injetou nos quadrinhos de um personagem cinquentão.
Aqui ele surge com Miles Morales, Homem-Aranha negro e adolescen- ROTEIRO DE AULA
te que assume o lugar do herói após a morte de Peter Parker.
Também picado por uma aranha radioativa, Morales vai tentando ⊲ LEITURA
combater o crime. No caminho, encontra outros cinco homens-aranha,
muito diferentes um do outro. RESENHA CRÍTICA
Eles existem em dimensões alternativas. Um deles é o Peter Parker 1. Inicie explorando os conhecimentos
de uma Terra paralela, que será o relutante mentor de Morales.
dos alunos sobre resenhas. Pergunte:
[...]
Os seis Aranhas estão juntos porque o teste de um acelerador de
• “Vocês já leram resenhas críticas
energia desestabilizou as fronteiras entre os mundos. Os heróis preci- de filmes? Onde esta resenha foi pu-
sam enfrentar vilões que têm o controle do aparelho para retornarem blicada? Como vocês descobriram?”.
a suas dimensões. Chame a atenção para os créditos da
Parece complicado, mas não é. A narrativa é fluida e não exige co- resenha. Apesar de as normas da
nhecimento das histórias dos gibis. [...] ABNT determinarem outra regra, op-
Inteligente e sofisticado, “Homem-Aranha no Aranhaverso” prova tamos por usar a ordem direta dos
que ainda há muito a ser inventado na animação. nomes dos autores nas referências
desta obra, para apoiar o processo
Thales de Menezes. Novo longa do Homem-Aranha é a melhor animação de herói já lançada. Folha
de S.Paulo. Guia Folha. Disponível em: https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2019/01/novo-longa-do de leitura do aluno nos anos iniciais
-homem-aranha-e-a-melhor-animacao-de-heroi-ja-lancada.shtml. Acesso em: 11 jun. 2021. do Ensino Fundamental.
• “Pela leitura do título, vocês
Incontestável: que não pode
acham que será feita uma crítica po-
ser negado. sitiva ou negativa? Por quê?”. Cha-
© COLUMBIA PICTURES / CORTESIA EVERETTCOLLECTION/FOTOARENA

Prodigioso: maravilhoso, me a atenção para o uso do adjetivo


admirável. melhor em relação ao substantivo
Cinquentão: aquele que tem
a idade na casa dos 50 anos. animação.
Em seguida, peça que leiam silencio-
samente a resenha e, depois, comen-
Os personagens Peter Parker tem as informações mais importantes.
e Miles Morales em cena de
Homem-Aranha no Aranhaverso. Então, faça sua leitura oral e explo-
re a expressão “novo longa”, que dei-
xa claro que existe outro filme sobre o
57 super-herói.
Pergunte: “O que vocês entende-
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ram por ‘isso é incontestável’, no pri-
meiro parágrafo”. Chame a atenção
As habilidades e os componentes a se- final, de interrogação, de exclamação,
para o fato de a expressão ter sido
guir serão trabalhados nesta seção. dois-pontos e travessão em diálogos (dis-
usada no sentido de que não há dúvi-
curso direto), vírgula em enumerações e
das sobre a qualidade do filme.
⊲ BNCC em separação de vocativo e de aposto.
Siga explorando aspectos como
(EF15LP03) Localizar informações explíci- quais são os personagens menciona-
tas em textos. ⊲ PNA
dos na resenha e, para finalizar este
(EF35LP03) Identificar a ideia central do Desenvolvimento de vocabulário momento de discussão, pergunte:
texto, demonstrando compreensão global. Compreensão de textos “De acordo com a resenha, os espec-
(EF35LP04) Inferir informações implícitas Produção de escrita tadores terão dificuldade para enten-
nos textos lidos. der o enredo?”. O objetivo é chamar
(EF04LP05) Identificar a função na leitura a atenção para a palavra fluida, que
e usar, adequadamente, na escrita ponto indica que a narrativa transcorre sem
dificuldade de compreensão.
57

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ROTEIRO DE AULA 2. Qual é o assunto da resenha que você leu?
O filme Homem-Aranha no Aranhaverso.
⊲ LEITURA 3. Quem escreveu a resenha? Thales de Menezes.

RESENHA CRÍTICA 4. A resenha foi publicada em um jornal impresso ou digital? Como


você descobriu? Espera-se que os alunos concluam que a resenha foi publicada em um
2. O objetivo da questão é verificar se jornal digital, levando em conta os créditos que constam do final dela.
os alunos identificaram a ideia central 5. A leitura da resenha despertou em você a vontade de ver o filme? Por quê?
do texto lido, demonstrando compre- Respostas pessoais.
ensão global.
6. Qual é o nome do protagonista, ou seja, do personagem principal
do filme?
3. Mais uma vez, o objetivo da questão
é chamar a atenção dos alunos para Miles Morales.
os créditos da resenha, levando-os a
localizar informações explícitas no 7. Observe novamente a imagem da página 56. Quais são os nomes dos
texto. Informe aos alunos que o autor personagens coadjuvantes, ou seja, que interpretam papéis secundários
no filme?
é jornalista. Depois, pergunte: “Vocês
acham que é preciso ser jornalista para Homem-Aranha Noir, Porco-Aranha, Mulher-Aranha, Peter Parker e Peni Parker.
escrever resenhas?”, “E se vocês qui-
sessem escrever uma resenha para o
site ou jornal da escola? Poderiam es-
crever?”. O objetivo é fazer com que 8. O problema que o personagem principal precisa enfrentar é:
percebam que podem escrever rese-
nhas, mesmo não sendo jornalistas. trazer novamente à vida seu ídolo, Peter Parker.

4. Peça aos alunos que justifiquem X tomar de volta o acelerador de energia que está em poder dos vilões.
suas respostas verbalizando as estra-
tégias usadas para concluir que se tra- conviver com os outros heróis.
ta de uma resenha publicada em meio
digital. É provável que comentem que 9. Homem-Aranha no Aranhaverso é o primeiro filme sobre o Homem-
nos créditos há a indicação de um en- -Aranha? Copie um trecho da resenha que confirma sua resposta.
dereço de um site. Caso observe al-
guma dificuldade de reconhecimento Espera-se que os alunos concluam
de endereços de páginas na internet, que não, usando como índice o título da
explique que os sites possuem um en-

© COLUMBIA PICTURES / CORTESIA DAEVERETT COLLECTION/FOTOARENA


dereço para serem localizados e aces- resenha: “Novo longa do
sados por meio de um navegador.
Homem-Aranha é a melhor animação
5. Abra espaço para que os alunos
verbalizem suas opiniões, justificando. de herói já lançada”.
Lembre-os de que apesar de terem
opiniões diferentes, todas devem ser
ouvidas e respeitadas.
6. e 7. Explique aos alunos os signifi-
A personagem Mulher-Aranha.
cados de protagonista, coadjuvante e
antagonista: o protagonista é o perso- 58
nagem principal de uma narrativa, é o
ícone do enredo em questão; o antago- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 58 07/08/2021 22:16 D2_054-0
nista é um personagem que representa
a oposição ao protagonista; já os co- mentos característicos de resenhas de
⊲ O QUE E COMO AVALIAR filmes, uma vez que, geralmente, a situ-
adjuvantes são aqueles que colaboram
A fim de avaliar a compreensão dos alu- ação-problema é evidenciada na resenha
para o desenvolvimento da trama, exer-
nos acerca dos termos protagonista, coad- como forma de despertar a curiosidade
cendo uma função que pode, ou não,
juvante e antagonista, apresente títulos de do espectador ou leitor.
estar relacionada à história principal.
histórias conhecidas por eles e estimule-os 9. Verifique as estratégias usadas pelos
a verbalizar que personagens são protago- alunos para justificar as respostas. É pos-
nistas, coadjuvantes e antagonistas nessas sível que utilizem seus conhecimentos
histórias. prévios, uma vez que o filme aborda um
personagem conhecido. No entanto, é
8. A atividade permitirá verificar se os fundamental levá-los a realizar inferências
alunos identificam a situação-problema a partir do texto lido.
apresentada na narrativa, além disso,
será uma oportunidade de ressaltar ele-
58

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10. Esta atividade visa a chamar a
10. A resenha conta qual é o desfecho da história? Para você, por que atenção dos alunos para o fato de
isso acontece?
que o objetivo da resenha é instigar as
É importante que os alunos concluam que não, pois a função da resenha é despertar o pessoas a assistirem ao filme (ler um li-
vro ou assistir a um espetáculo), apre-
interesse dos leitores em assistir ao filme – interesse que se perderia se o texto revelasse sentar a história de modo resumido e
manifestar uma opinião ou avaliação
o final do filme.
do que está sendo analisado. Por isso,
as resenhas de filme apresentam a
história, mas não contam o desfecho
11. Marque os objetivos da resenha do filme dela, pois isso pode tirar a curiosidade
Homem-Aranha no Aranhaverso. dos espectadores (ou leitores).
11. Explique que nem todas as re-
Contar toda a história do filme. senhas são críticas, pois podem ser
também descritivas (quando não há
Informar a data de estreia do filme. nenhum tipo de julgamento, apenas

TCD/PROD.DB / ALAMY / FOTOARENA


a descrição da obra).
X Informar do que o filme trata.
12. Chame a atenção para o fato de
X Motivar o leitor a assistir ao filme. as imagens que ilustram as resenhas
contribuírem para chamar a atenção
12. Escreva V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. dos leitores para o filme e instigar sua
curiosidade em vê-lo.
As resenhas costumam ser ilustradas com imagens do filme
V 13. O objetivo da questão é levar os
de que tratam.
alunos a diferenciar o que é informa-
F As imagens das resenhas devem mostrar o final do filme. ção sobre o filme do que é opinião do
resenhista. Combine com os alunos
As imagens que aparecem em resenhas contribuem para
V que você fará a leitura oral da resenha
despertar no leitor a curiosidade em assistir ao filme.
e que eles devem interromper sua lei-
13. O autor de resenhas críticas de filmes, além de falar do filme de forma tura sempre que identificarem trechos
resumida, apresenta ao leitor comentários e, às vezes, até uma avaliação. em que há a opinião do autor da rese-
• Sublinhe na resenha os trechos em que são apresentadas as nha sobre o filme.
impressões do resenhista sobre o filme. 14. Oriente os alunos a identificar o
14. Qual é a pontuação mais usada no final das frases dessa resenha crítica? final das frases da resenha e verifi-
car qual foi a pontuação empregada.
Ponto final. Além disso, chame a atenção para o
que é o final da frase: onde está o
• Explique o motivo de ser essa a pontuação mais usada.
ponto final ou as reticências, e não
Espera-se que os alunos concluam que seja pelo objetivo principal do texto, que é transmitir após vírgula e/ou travessão, chave, as-
pas etc. Desafie-os a comentar o que
informações, e não emocionar o leitor. indica a pontuação [...]. Explique que
ela indica que um trecho foi retirado
59 da publicação original da resenha.
O objetivo da atividade é levar os
alunos a perceber a função dos sinais
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de pontuação, de modo a observa-
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR rem que, geralmente, sinais como o
⊲ O QUE E COMO AVALIAR ponto de exclamação e as reticências
LEITURA • MACHADO, Anna Rachel (Co-
ord.); LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Para verificar a compreensão dos alu- podem transmitir emoções além de
Lília Santos. Resenha. São Paulo: Parábola, nos, apresente resenhas em diferentes organizar os textos.
2011. suportes e outros textos relacionados a
O segundo volume da coleção “Leitura filmes, como trailers, sinopses e cartazes.
e produção de textos técnicos e acadêmi- Peça que verbalizem quais desses tex-
cos” refere-se à leitura e à produção de tos são resenhas, justificando. É importan-
resenhas, sendo um grande aliado diante te que concluam que a resenha se carac-
da escassez de material sobre o gênero. teriza por apresentar um resumo do que
está sendo analisado e uma avaliação, que
independe do suporte em que é veiculada.

59

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OBJETIVOS
retomar PALAVRAS QUE LIGAM
• Atentar para o uso adequado dos IDEIAS OPOSTAS • PRONOMES
pronomes pessoais no texto. e avançar PESSOAIS RETOS
• Substituir substantivos por pro-
nomes pessoais. 1. Leia um trecho da resenha crítica do filme Pets: a vida secreta dos bichos.
• Reconhecer palavras e expressões
usadas para dar coesão à resenha. Pets: a vida secreta dos bichos
• Retomar conteúdos já aprendidos.
[...] Pets: a vida secreta dos bichos não tem um roteiro muito original
As habilidades e os componentes a
nem piadas espertas para atender ao público adulto. Contudo, fofura e gra-
seguir serão trabalhados nesta seção. ça transbordam dos personagens, e a criançada vibra por causa da aven-
tura em que eles se metem. Protagonista da história, Max é o xodó de sua
⊲ BNCC dona e, quando ela sai para trabalhar, o cãozinho vira um tagarela, assim
(EF35LP06) Recuperar relações en- como outros pets vizinhos, incluindo a cadelinha Gigi. [...]
tre partes de um texto, identificando A rotina de Max, porém,
substituições lexicais (de substantivos sofre uma alteração radical

© UNIVERSAL / CORTESIA EVERETTCOLLECTION/FOTOARENA


por sinônimos) ou pronominais (uso quando um cachorrão peludo
de pronomes anafóricos − pessoais, vem morar no mesmo aparta-
possessivos, demonstrativos) que con- mento. Duke, além de folgado
tribuem para a continuidade do texto. e abusado, quer as atenções
voltadas para ele e, num pas-
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um tex- seio com um dog walker, dá
to, recursos de referenciação (por subs- um jeito de Max ser capturado
tituição lexical ou por pronomes pesso- Cartaz do filme Pets: a vida secreta dos bichos,
pela carrocinha. [...] dirigido por Chris Renaud (Estados Unidos, 2016).
ais, possessivos e demonstrativos), vo-
cabulário apropriado ao gênero, recur- Miguel Barbieri Jr./Abril Comunicações S.A. Pets: a vida secreta dos bichos. Veja São Paulo. Disponível
em: https://vejasp.abril.com.br/atracao/pets-a-vida-secreta-dos-bichos/. Acesso em: 11 jun. 2021.
sos de coesão pronominal (pronomes
anafóricos) e articuladores de relações
de sentido (tempo, causa, oposição, • A resenha que você leu traz apenas comentários positivos sobre o
conclusão, comparação), com nível su- filme? Sublinhe o trecho que confirma sua resposta.
ficiente de informatividade. 2. Circule no primeiro parágrafo a palavra usada para ligar ideias opostas.
(EF35LP14) Identificar em textos e • Que palavras ou expressões a seguir poderiam substituir a que
usar na produção textual pronomes você circulou sem alterar o sentido do trecho? Vale marcar mais
pessoais, possessivos e demonstrati- de uma alternativa. 1. • Espera-se que os alunos concluam que não, pois a resenha
vos, como recurso coesivo anafórico. traz um importante comentário negativo sobre o filme.
X Porém. Finalmente. Por isso.
⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário Afinal. X Mesmo assim. Em suma.
Compreensão de textos
X Mas. X No entanto.
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA 60

⊲ RETOMAR E AVANÇAR D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 60 07/08/2021 22:16 D2_054-0

PALAVRAS QUE LIGAM IDEIAS exemplos de uso do termo transbordar pera-se que eles concluam que estão no
OPOSTAS – PRONOMES PESSOAIS e ampliar o repertório deles com novo vo- fato de que, no começo, o autor critica o
RETOS cabulário. filme afirmando que o roteiro não é origi-
2. Apesar de esse conteúdo ainda não nal, mas, em seguida, afirma que contém
1. Discuta a questão com a turma e
ter sido objeto de estudo sistemático, é muita fofura e graça. Apresente outras
ressalte que há resenhas que avaliam
fundamental que os alunos percebam a conjunções adversativas (porém, todavia,
positivamente o filme, mas que há
função e o sentido de palavras no texto mas, entretanto, senão, que), assim como
aquelas em que o filme é avaliado
de modo que ampliem seu vocabulário e locuções (no entanto, ainda assim, apesar
negativamente. Lembre-os de que a
compreensão de textos. Releia em voz alta disso). Lembre-se de que ainda não é ne-
crítica da resenha dependerá da inter-
o primeiro parágrafo e peça que interrom- cessário utilizar a nomenclatura conjunção
pretação do autor.
pam a leitura quando você pronunciar a adversativa. Estimule-os a fazer frases com
Consulte com os alunos o Dicio- algumas dessas palavras ou expressões.
nário ilustrado no final da unidade palavra que liga ideias opostas. Instigue-os
para explorar outros significados e a verbalizar quais são as ideias opostas. Es-

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3. Oriente os alunos a verificar as pa-
3. Na resenha crítica, que substantivos as palavras em destaque substituem? lavras que se relacionam aos prono-
Eles: personagens mes. Indique quais são as palavras e
em qual linha elas estão. O objetivo
Ela: dona da atividade é levar os alunos a per-
ceber as funções coesiva e anafórica
Ele: Duke de pronomes. Verifique se compre-
endem a relação entre substantivos
e pronomes.
Ele, ela, eles e elas são pronomes pessoais retos.
4. O objetivo da questão é levar os
alunos a perceber que o uso de pro-
4. Com os colegas, leia a resenha em voz alta, substituindo os pronomes nomes evita a repetição de palavras
em destaque pelos substantivos correspondentes. no texto e auxilia na coesão textual.
• Em sua opinião, ficaria melhor se os pronomes fossem substituídos É importante que os alunos concluam
pelos substantivos a que se referem? Por quê? que, ao substituir os pronomes pelos
substantivos a que eles se referem,
É importante que os alunos concluam que, ao substituir o pronome pelo substantivo
haverá uma repetição de palavras,
a que ele se refere, haverá a repetição dos substantivos, tornando a leitura menos tornando a leitura menos agradável.
Neste primeiro momento, o foco
agradável. recai sobre o uso dos pronomes pes-
soais retos, com o acréscimo de você,
pronome originalmente de tratamen-
• Veja o quadro de pronomes pessoais retos. to, indicando as trocas lexicais tu/vós
por você/vocês. Substituição seme-
Pronomes pessoais retos lhante acontece no caso da troca de
nós pela expressão a gente. Seria
Pessoa Singular Plural Exemplos interessante verificar se a turma reco-
nhece essas trocas.
1a pessoa Eu estudei bastante para a prova.
eu nós Explique aos alunos que, em algu-
(quem fala) Nós fomos ao cinema.
mas regiões do país, o pronome pes-
2a pessoa Tu irás à quermesse? soal tu (ou vós, no plural) não é mais
tu vós empregado, sendo substituído pelo
(com quem se fala) Vós ouvistes o barulho do trovão?
pronome você (ou vocês, no plural).
Ela faz aula de vôlei aos
3a pessoa
ele, ela eles, elas fins de semana.
(de quem se fala)
Eles são do 5o ano.

Em alguns lugares do Brasil, é comum utilizar o pronome você em vez de tu


ao se referir à pessoa com quem se fala.

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interações com a criança antes, durante e


⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA após a leitura), a motivação (incentivando
Informe aos pais ou responsáveis das as crianças a terem contato com a escrita)
atividades que estão desenvolvendo com e de atividades diversas, uma vez que por
resenhas de filme. Peça que proponham meio de filmes poderão também ter con-
às crianças que leiam juntos algumas re- tato com a leitura e a escrita.
senhas de filme para escolherem um filme Além disso, ao evidenciar o uso social
para assistirem. do gênero textual em estudo, os alunos
Essa atividade favorecerá o desenvolvi- poderão estabelecer relações entre as
mento de práticas de literacia familiar, pois aprendizagens promovidas e as possibilida-
nesse momento poderão desenvolver a in- des de aplicação prática na vida cotidiana,
teração verbal (por meio de diálogos com possibilitando que eles reconheçam a im-
a criança), a leitura dialogada (por meio de portância dos conhecimentos adquiridos.

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5. b) Respostas pessoais. É provável que os alunos respondam que a existência dessas formas de
ROTEIRO DE AULA tratamento não prejudica a comunicação, pois são pronomes conhecidos pelos falantes de língua
portuguesa e se referem à mesma pessoa do discurso.
5. Leia a tirinha da Turma do Xaxado. Depois, comente com os colegas
⊲ RETOMAR E AVANÇAR que comportamento do ser humano foi criticado.
Espera-se que os alunos percebam que foi o fato de alguém não ter descartado o lixo de forma correta.
PALAVRAS QUE LIGAM IDEIAS
OPOSTAS – PRONOMES PESSOAIS
RETOS
5. Explore a tirinha comentando que a
chuva leva o lixo jogado no chão para

© 2021 CEDRAZ/IPRESS
os rios, que deságuam no mar. Além
da poluição das águas, o lixo pode
atrair animais, provocar mau cheiro, Antonio Cedraz. 1000 tiras em quadrinhos. São Paulo: Martin Claret, 2012. p. 18.
entupir bueiros, causando grandes
a) Na região em que você mora, o mais frequente é o uso do tu ou
transtornos. Então, pergunte: “Que
do você? Resposta pessoal.
atitudes devem ser tomadas no dia
a dia para evitar esses problemas?”. b) Em sua opinião, a existência dessas duas formas de tratamento pode
Discuta a questão chamando a aten- prejudicar a comunicação entre pessoas de regiões diferentes? Por quê?
ção dos alunos para o fato de que 6. Reescreva as informações, substituindo as palavras repetidas por pronomes.
atitudes como sempre jogar o lixo na
lixeira e respeitar a coleta seletiva, nas a) Os cães utilizam a boca para transpirar. Os cães não produzem suor
cidades onde houver, separando o lixo e perdem calor pela língua.
orgânico do não orgânico para reci-
Os cães utilizam a boca para transpirar. Eles não
clagem colaboram para a preservação
do meio ambiente. produzem suor e perdem calor pela língua.
5. a) Retome a explicação sobre tu
e você: lembre os alunos de que, na

XKUNCLOVA/SHUTTERSTOCK.COM
maior parte das regiões brasileiras,
os pronomes pessoais tu e vós são
substituídos pelos pronomes você e
vocês. Cite o exemplo do Rio Grande
do Sul, onde se fala, geralmente, “Tu b) As plantas carnívoras crescem em todo o mundo. As plantas
estiveste?”, por exemplo, enquan- carnívoras digerem pequenos animais, que lhes servem de alimento.
to em São Paulo seria mais comum
As plantas carnívoras crescem em todo o
“Você esteve?”. Vale ressaltar que o
pronome tu é empregado em diversos mundo. Elas digerem pequenos
estados do país. Em alguns estados
ocorre a concordância do verbo com animais, que lhes servem de alimento.

IAN FLETCHER/SHUTTERSTOCK.COM
o pronome, conforme previsto na gra-
mática normativa; já em outros, não.
Nesse momento, é importante frisar o
respeito às variedades linguísticas pre-
sentes no Brasil.
5. b) Participe da discussão dirigindo 62
o olhar dos alunos para o fato de a
existência dessas duas formas de trata- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 62 07/08/2021 22:16 D2_054-0

mento não prejudicar a comunicação. ATIVIDADE COMPLEMENTAR com pronomes. Informe que lerá uma fra-
6. Instigue os alunos a comentar quais O jogo a seguir aborda o conteúdo de se e, ao seu sinal, cada grupo deve levan-
palavras deverão ser substituídas. pronomes pessoais a partir da concordân- tar o cartão que corresponde ao pronome
Chame-lhes a atenção para o gêne- cia. Se possível, proponha que os alunos jo- que completa a frase sem olhar para a res-
ro e número das palavras que serão guem-no. Disponível em: https://wordwall. posta dos demais grupos, ou seja, todos
substituídas por pronomes. net/pt/resource/3847535/pronomes-pes os grupos devem levantar seus cartões ao
soais. Acesso em: 14 jul 2021. mesmo tempo.
Caso sua escola não conte com sala de Ganha o grupo que fizer mais pontos.
informática, será interessante organizar a
turma em grupos e confeccionar cartões
com os pronomes pessoais para cada
grupo. Depois, registre algumas frases na
lousa. Essas frases devem ser completadas

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OBJETIVOS
ADJETIVOS E
nossa lingua LOCUÇÕES ADJETIVAS
• Identificar a função do adjetivo e
da locução adjetiva na construção
do texto.
1. Você já assistiu ao filme Os Incríveis? Ele fez tanto sucesso que • Compreender que os adjetivos e
teve uma continuação. Leia o trecho de uma resenha crítica de locuções adjetivas dão característi-
Os Incríveis 2. cas aos substantivos.
• Aplicar corretamente na escrita
Crítica: Os Incríveis 2 adjetivos e locuções adjetivas.
[...] o cinema nos dá a chance de relembrar momentos marcantes, • Retomar conteúdos já aprendidos.
como a infância e a adolescência, e é exatamente isso que acontece • Consolidar aprendizagens.
com Os Incríveis 2 [...]. Foram 14 anos de espera para ver a continua-
ção da animação de grande sucesso, e posso dizer que a espera valeu
a pena, pois a sequência [...] é nostálgica, atual, ágil, divertida [...]. ROTEIRO DE AULA
Camila Savioli. Em: Pipoca na Madrugada. Disponível em:
https://pipocanamadrugada.com.br/site/critica-os-incriveis-2/. Acesso em: 14 jun. 2021. ⊲ NOSSA LÍNGUA
ADJETIVOS E LOCUÇÕES
ADJETIVAS

© WALT DISNEY STUDIOS MOTION PICTURES /CORTESIA DA EVERETT/FOTOARENA


1. Abra espaço para que os alunos
comentem se já assistiram aos filmes
e verbalizem suas impressões sobre a
história.
Em seguida, peça que leiam o tre-
cho da resenha. Ressalte a importância
de uma resenha apresentar caracterís-
ticas dos elementos ao descrevê-los,
Cena do filme Os Incríveis 2, dirigido por Brad Bird (Estados Unidos, 2018).
pois isso faz com que as pessoas con-
a) Sublinhe na resenha as palavras usadas para caracterizar a sequência sigam imaginar o elemento descrito,
do filme Os Incríveis. mesmo sem ter tido contato com ele;
b) Agora, complete o trecho substituindo o substantivo sequência no caso, o filme.
por filme.

Atenção para a mudança em algumas palavras que caracterizam o filme.

Posso dizer que a espera valeu a pena, pois o filme

é nostálgico , atual ,
ágil , divertido .

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As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA


guir serão trabalhados nesta seção. Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
⊲ BNCC
Produção de escrita
(EF04LP07) Identificar em textos e usar na
produção textual a concordância entre ar-
tigo, substantivo e adjetivo (concordância
no grupo nominal).

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ROTEIRO DE AULA 2. Leia algumas características que o substantivo filme pode ter.

⊲ NOSSA LÍNGUA

KHURUZERO/SHUTTERSTOCK.COM
ADJETIVOS E LOCUÇÕES contagiante para crianças
ADJETIVAS aterrorizante filme de suspense
2. Chame a atenção dos alunos para divertido com efeitos especiais
a concordância nominal em relação
ao gênero do substantivo ao qual os
adjetivos se referem. As palavras do quadro amarelo expressam as características do
substantivo filme e são chamadas de adjetivos. As palavras do quadro
Chame a atenção dos alunos para
azul formam locuções adjetivas.
o fato de o filme ter sido chamado
de sequência. Amplie esta atividade
estimulando os alunos a verbalizarem a) Qual é a semelhança entre os adjetivos e as locuções adjetivas?
outros sinônimos que poderiam subs- Tanto os adjetivos quanto as locuções adjetivas servem para caracterizar os
tituir a palavra filme. Será interessante
instigar os alunos a procurar a palavra substantivos.
filme no dicionário para verificarem se
no verbete encontram sinônimos para
essa palavra. Dessa forma, poderão re- b) Existe diferença entre os adjetivos e as locuções adjetivas? Qual?
fletir sobre outra função que alguns di-
cionários possuem: apresentar sinôni- Espera-se que os alunos respondam que sim. Os adjetivos são formados
mos. Aproveite para comentar que há por uma só palavra, ao passo que as locuções adjetivas são formadas por mais de
dicionários apenas de sinônimos, bem
como há dicionários de antônimos. uma palavra.
3. O objetivo da questão é levar os
alunos a perceber que adjetivos ca-
racterizam substantivos, assim como 3. Leia um trecho da resenha do filme O Grinch.
as locuções adjetivas, e que reconhe-
çam a diferença entre esses termos.
O Grinch
Chame a atenção para a formação de
locuções adjetivas e para a sua fun- De modo irônico e inteligente, o longa mos-
ção. É importante que percebam que tra uma divertida aventura com dois personagens
locuções adjetivas são expressões for- opostos [...]. O lado rabugento de Grinch é um ótimo
madas por preposições e substantivos, ponto trabalhado no filme [...], até porque é atra-
A
vés do sarcasmo do protagonista que o filme brinca
ou advérbios, mas que têm a função

TCD/PROD.DB/ ALAMY/ FOTOARENA


com os exageros natalinos.
de um adjetivo. Ressalta-se que não é
necessário, nesse momento, nomear Michele Lima. O Grinch [Resenha do filme]. Disponível em:
https://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/11/o-grinch-resenha-
classes gramaticais que ainda não te- do-filme.html. Acesso em: 11 jun. 2021.
nham sido objeto de estudo sistemá-
tico. O objetivo, aqui, é que os alunos
reflitam sobre a função dos termos. 64
Consulte com os alunos o Dicioná-
rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exem- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 64 07/08/2021 22:16 D2_054-0

plos de uso dos termos rabugento e


sarcasmo e ampliar o repertório deles
com novo vocabulário.

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a) Sublinhe os adjetivos que aparecem no texto A. ROTEIRO DE AULA
b) Agora leia o texto B e responda. 4. Desafie a turma a sublinhar os ad-
jetivos e circular as locuções adjetivas.
O longa mostra uma aventura com dois personagens. O lado rabu- É fundamental levar os alunos a ver-
B gento de Grinch é um ponto trabalhado no filme, até porque é atra- balizar a que substantivos se referem
vés do sarcasmo do protagonista que o filme brinca com os exageros. cada adjetivo e cada locução adjetiva.
Estimule a turma a verbalizar qual é
• Qual desses textos deixa mais claro do que trata o filme e desperta a função de uma lista de compras. Per-
mais a curiosidade do leitor? Justifique. gunte se, na opinião dos alunos, uma
lista de compras escrita por quem vai
É provável que os alunos digam que o texto A dá mais informações sobre o filme e
consultá-la precisa conter os mesmos
o personagem principal e, portanto, desperta mais curiosidade em assistir ao filme. detalhes de uma lista que será consul-
tada por quem não a escreveu. Com
isso, espera-se que os alunos perce-
bam que a ausência de especificações
4. Sublinhe na lista de compras os adjetivos e as locuções adjetivas. e detalhes pode não esclarecer exata-
mente qual é o produto que deve ser
Adjetivo Leite de coco comprado e gerar confusões, se não
for a mesma pessoa quem escreveu e
Locução P êssego em calda consultou. Já se a pessoa que escre-
adjetiva veu a lista for a mesma que realizará a
Papel higiênico compra, não necessariamente é preci-
Chocolate granulado so que ela especifique que o chocola-
te é granulado, que a azeitona é sem
Azeitona sem caroço caroço, que a farinha é de mandioca,
pois são detalhes que certamente ela
Farinha de trigo não se esquecerá no momento de es-
colher o produto.
Castanha de caju PICSFIVE/SHUTTERSTOCK.COM

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Bolacha recheada A fim de remediar eventuais de-
fasagens de aprendizagem em rela-
ção ao conteúdo abordado, registre
• Qual é a função dos adjetivos e das locuções adjetivas em listas na lousa um quadro semelhante ao
de compras? seguinte, sem que as colunas de ad-
jetivos e locuções estejam completas.
Em listas de compras, os adjetivos e as locuções adjetivas têm a função de
Peça aos alunos que lhe ditem dois
especificar o produto a ser adquirido. adjetivos e duas locuções adjetivas
para os substantivos pipoca e tem-
pestade. É importante que justifi-
quem as respostas.
65 A seguir, algumas sugestões de res-
posta.

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Substantivo Adjetivo
adjetiva
pipoca salgada/ com sal/
doce/ com açúcar/
deliciosa/ de arroz/
saborosa/ com calda/
murcha sem manteiga
tempestade assustado- de areia/de
ra/forte/ neve/com
violenta/ trovões/de
poderosa/ granizo/com
barulhenta vento

65

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ROTEIRO DE AULA 5. Complete o texto com adjetivos e locuções adjetivas, de acordo com
a legenda. As respostas são sugestões.
⊲ NOSSA LÍNGUA
Adjetivo Locução adjetiva
ADJETIVOS E LOCUÇÕES
ADJETIVAS Uma princesa diferente
5. Esta atividade dará oportunidade
de verificar a compreensão dos alunos Era uma vez uma princesa simples/diferente/estranha , nada
acerca do conteúdo abordado.
parecida com as encantadoras/maravilhosas/belas princesas dos contos
Organize a turma em duplas pro-
dutivas de trabalho. Peça às duplas
que leiam o texto todo e pensem de fadas .
quais adjetivos e locuções adjetivas
podem ser usados para preencher as Ela não gostava de vestir roupas apertadas/luxuosas/rodadas , calçar
lacunas. Certifique-se de que compre- de bico fino/de salto/com
enderam as legendas. Ressalte que sapatos cadarço/com fivelas e muito menos de tomar banho.
devem observar a concordância de
Certo dia, ela deixou seu colar de pérolas/de ouro/de brilhante , presente
gênero (feminino e masculino) e nú-
mero (singular e plural) entre adjetivos do rei, cair no lago próximo ao castelo. Como não havia mais ninguém
e locuções com os substantivos a que
se referem. Durante a atividade, circu- por perto, ela pediu ajuda a um sapo grande/feio/nojento/estranho que
le pelas duplas, a fim de observar e estava coaxando por ali.
fazer registros sobre a interação entre
os alunos e suas aprendizagens. Esses — Sapinho, o senhor poderia me fazer um favor?
dados poderão lhe ser úteis para ana-
lisar se será ou não necessário retomar O sapo esperto/malandro/interesseiro avisou
esse conteúdo em outros momentos.
que de graça não faria favorzinho nenhum.
Abra espaço para que as duplas que
desejarem leiam suas produções. Mas que poderia mergulhar naquela água

gelada/fria/suja/poluída em troca de um beijo.


⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
Finalizada a atividade, sugere-se A princesa topou. O sapo demorou, mas

ELENA SCHWEITZER/SHUTTERSTOCK.COM, EGAL/SHUTTERSTOCK.COM


que informe aos pais ou responsáveis
do trabalho realizado. Proponha que conseguiu encontrar o precioso/magnífico/valioso colar. Na hora
estimulem as crianças a lerem o tex-
to que completaram em voz alta para em que o sapo cobrou o esperado/sonhado/desejado beijo, a princesa
eles, de modo que exercitem a prática
da leitura em voz alta. fez uma careta
de arrepiar/de nojo/de
e se mandou.
espanto

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR 66

O adjetivo é essencialmente um mo- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 66 07/08/2021 22:16 D2_054-0

dificador do substantivo. Serve:


1o) para caracterizar os seres, os obje- 2o) para estabelecer com o substanti-
tos ou as noções nomeadas pelo subs- vo uma relação de tempo, de espaço, de
tantivo, indicando-lhes: matéria, de finalidade, de propriedade, de
procedência etc. (adjetivo de relação):
a) uma qualidade (ou defeito):
nota mensal (= nota relativa ao mês)
inteligência lúcida homem perverso
movimento estudantil (= movimento feito
b) o modo de ser: por estudantes)
pessoa simples rapaz delicado casa paterna (= casa onde habitam os pais)
c) o aspecto ou aparência: vinho português (= vinho proveniente de
céu azul vidro fosco Portugal)
d) o estado: CINTRA, Lindley; CUNHA, Celso. Nova
casa arruinada laranjeira florida gramática do português contemporâneo.
Rio de Janeiro: Lexicon, 2017. p. 259.

66

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OBJETIVOS
ANÚNCIO
texto por toda parte PUBLICITÁRIO • Fazer inferências apoiadas em
imagens.
• Analisar as características do gê-
1. Você sabe o que são anúncios publicitários? Qual é a função deles?
Respostas pessoais. nero textual anúncio publicitário.
• Uma rede de hortifrutigranjeiro criou uma série de anúncios • Observar a presença de intertextu-
inspirados em filmes. Observe um deles. 1. a) Espera-se que os alunos concluam alidade em anúncios publicitários.
que não, pois se trata de um anúncio
de produtos de um • Analisar efeitos de sentido de
hortifrutigranjeiro.
recursos gráficos em textos multi-
modais.

ROTEIRO DE AULA

⊲ TEXTO POR TODA PARTE


ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Nesta seção, os alunos serão le-
vados a analisar a intertextualidade
entre a temática desenvolvida na uni-
dade (filmes) e outro gênero textual
(anúncio publicitário).
Ressalta-se que o anúncio foi usa-
do exclusivamente para fins didáti-
cos, de modo que os alunos possa
analisar de forma crítica as múltiplas
formas de linguagem presentes em
nossa sociedade.
Informe aos alunos que o conjunto
de anúncios elaborados pelos profis-
sionais da área de publicidade para
MP PUBLICIDADE

KR
AS
KA
/S H
divulgar os produtos de seus clientes
UT
TER
STO
CK.C
é denominado campanha publicitária.
a) Esse é um anúncio de filme? Como você descobriu isso?
OM

Esses anúncios divulgam eventos,


b) Que produtos costumam ser vendidos em hortifrutigranjeiros? shows, feiras, promoções etc. com o
Principalmente frutas, legumes e verduras. objetivo de persuadir o consumidor a
c) Existe relação entre a imagem do melão e o texto escrito que
aparece em destaque no anúncio? comprar ou aderir a alguma ideia; por
isso, a linguagem precisa ser clara, ob-
d) Nesse anúncio, o que primeiro chamou a sua atenção: a imagem ou
jetiva e atrativa.
o texto escrito? É provável que os alunos digam que foi a imagem.
1. c) Espera-se que os alunos concluam que sim, pois a imagem traz um melão em destaque e 1. Chame a atenção dos alunos para
o texto em primeiro plano fala em “O Rei Melão”, tudo para lembrar o filme O Rei Leão. o slogan da campanha: “Aqui a na-
67
tureza é a estrela”. Pergunte aos alu-
nos qual a relação desse slogan com a
2021 22:16 D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 67 07/08/2021 22:16 campanha publicitária. Comente que
artistas de cinema e televisão com
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido
muita fama são chamados de estrelas,
guir serão trabalhados nesta seção. produzido pelo uso de recursos expressivos
astros, além de celebridades.
gráfico-visuais em textos multissemióticos.
Discuta as questões com a turma,
⊲ BNCC (EF35LP04) Inferir informações implícitas
chamando a atenção dos alunos para
(EF15LP01) Identificar a função social de nos textos lidos.
a referência de um cartaz a outro e
textos que circulam em campos da vida para os recursos gráficos utilizados
social dos quais participa cotidianamente ⊲ PNA para chamar a atenção do leitor. Apro-
(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e Compreensão de textos veite para também chamar a atenção
nas mídias impressa, de massa e digital, para o fato de que a imagem tem um
Produção de escrita
reconhecendo para que foram produzi- forte apelo perante o público.
dos, onde circulam, quem os produziu e a
quem se destinam.

67

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ROTEIRO DE AULA 2. Responda.
a) Em sua opinião, por que foi escolhido um melão nessa peça publicitária?
⊲ TEXTO POR TODA PARTE
Espera-se que os alunos identifiquem que foi escolhido um melão por rimar com leão.
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
b) Que outros produtos poderiam ter sido escolhidos?
2. Explore com os alunos o que eles
puderam perceber quanto ao crité- Sugestões de resposta: mamão, pimentão, feijão, agrião.
rio usado para fazer a adaptação do c) Em sua opinião, o que foi levado em consideração para a escolha
cartaz do filme para o cartaz de um das cores e do formato das letras no anúncio?
anúncio publicitário. Espera-se que
percebam a rima entre as palavras Espera-se que os alunos concluam que houve a preocupação de que o anúncio ficasse o
melão e leão.
mais parecido possível com o cartaz do filme O Rei Leão, para que o leitor associasse
Pergunte quais outros aspectos fo-
ram levados em consideração além da com rapidez o anúncio ao filme.
rima com leão. É provável que o me-
lão também tenha sido escolhido pe- 3. O anúncio a seguir faz parte da mesma campanha. Veja.
los publicitários pelas cores e pelo ta-
manho. Pergunte, também, se acham
que alguns grãos de feijão em cima da
pedra do rei, que aparece no filme Rei
Leão, teriam o mesmo impacto visual
na peça publicitária.

MP PUBLICIDADE
3. O objetivo dessa questão é que os
alunos percebam a importância das a) Que filme pode ser reconhecido nesse anúncio?
rimas nessa campanha publicitária
para facilitar a compreensão do leitor Piratas do Caribe.
quanto à referência feita ao filme, nes- b) Faria diferença se tivessem usado um chuchu em vez da batata?
se caso Piratas do Caribe. Destaque Por quê?
com os alunos que adereços comuns
aos piratas foram introduzidos no Os alunos deverão concluir que sim, pois não manteria a rima de batatas com piratas.
anúncio (facas, bandanas e brinco).
4. Para ampliar a atividade, promova
uma seleção de filmes preferidos da 4. Identifique nos anúncios o slogan da campanha, ou seja, a frase de
turma; cada aluno escolherá um filme efeito, fácil de memorizar, e depois escreva.
e fará um slogan para ele.
“Aqui a natureza é a estrela.”
Retome com a turma as caracte-
rísticas principais do slogan, ou seja, 5. Esses anúncios se dirigem preferencialmente:
uma frase ou expressão concisa, fácil
de lembrar, que é, geralmente, utili- a crianças. a adultos. X à população em geral.
zada em campanhas de publicidade e
propaganda para lançar um produto
ou uma marca. 68

5. Relembre os alunos de que públi-


co-alvo é o grupo de pessoas a que se D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 68 07/08/2021 22:16 D2_054-0

destina uma obra, podendo ser clas-


• texto persuasivo com o objetivo de Estimule os alunos a apresentar os
sificado de acordo com: idade, sexo,
convencimento; anúncios oralmente e abra espaço para
interesse, profissão etc.
• verbos no imperativo ou presente do que expliquem a intertextualidade presen-
ATIVIDADE COMPLEMENTAR indicativo; te no anúncio criado. Depois, exponha os
Peça aos alunos que façam como • uso de expressão de chamamento; trabalhos pela escola, para que mais pes-
os publicitários da rede de hortifruti- • linguagem simples, coloquial, dinâ- soas possam apreciá-los.
granjeiro e utilizem cartazes de filmes mica e acessível;
famosos para criar um anúncio de um • presença de criatividade, humor;
produto que eles escolherem. Lembre • intertextualidade (relação com outros
a turma de quais são as características textos).
importantes que deve haver em um
anúncio publicitário:

68

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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS
ortografia EM -OSO E -OSA • Identificar a função do adjetivo
1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem comportamentos
na construção do texto.
como conversar em voz alta, usar o celular e/ou aparelhos de gravação, • Formar adjetivos a partir de subs-
1. Leia a tirinha. fazer barulho etc. tantivos.
• Utilizar corretamente as regras
ortográficas que regem o uso de

CRIAÇÃO E TEXTO: MARIANA CALTABIANO. ILUSTRAÇÕES: FABIO PEREZ


-oso e -osa.

ROTEIRO DE AULA

⊲ ORTOGRAFIA
Mariana Caltabiano e Fabiano Perez. Tirinhas do Gui & Estopa. Disponível em: https://iguinho.com.br/
diversoes-tirinha.html. Acesso em: 6 jul. 2021.
PALAVRAS TERMINADAS EM
-OSO E -OSA
a) Em sua opinião, que comportamentos são inadequados no cinema? O objetivo da seção é levar os alu-
b) Escreva duas palavras terminadas em -oso que poderiam ser usadas nos a perceber que algumas termina-
para completar a frase. Se necessário, consulte o verbete a seguir. ções que formam novas palavras (su-
fixos) são regularidades ortográficas.
Cinema e pipoca: nada mais Sugestões de resposta: gostoso/delicioso/ Espera-se que concluam que todos os
saboroso/prazeroso. adjetivos terminados em -oso e -osa
são grafados com s.

gostoso: [ô] (gos.to.so) adj. 1. Que tem gosto bom; que agrada ao paladar;
1. a) Solicite que leiam a tirinha. Em
saboroso, delicioso [...] 2. Que causa prazer ou deleite; prazeroso, agradável
seguida, abra espaço para que co-
[...] 3. Alegre, contente [...]. mentem suas impressões. Pergunte:
“Que comportamentos foram ques-
Gostoso. Em: Academia Brasileira de Letras. Dicionário escolar da língua portuguesa. tionados na tirinha? Vocês concordam
2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. p. 642.
que são atitudes inadequadas em sa-
las de cinema e no teatro? Que outros
• O que significa a abreviatura adj., que acompanha a palavra gostoso? comportamentos vocês citariam como
Essa é a abreviatura da palavra adjetivo.
inadequados para esses ambientes?”.
Chame a atenção da turma para ou-
2. Agora leia. tros comportamentos inadequados,
como: chegar atrasado, sair da sala,
Hummmm! A pipoca está deliciosa! usar o telefone celular etc.
1. b) O objetivo da atividade é chamar
a atenção dos alunos para o fato de
substantivo adjetivo poderem usar os adjetivos saboroso
e delicioso, que são apresentados no
verbete como sinônimos para gosto-
69 so, dessa forma poderão refletir sobre
outra função do dicionário: localizar
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sinônimos. Além disso, a atividade
permitirá que retomem as abreviatu-
As habilidades e os componentes a se- (EF04LP08) Reconhecer e grafar, correta- ras presentes em dicionários.
guir serão trabalhados nesta seção. mente, palavras derivadas com os sufixos
-agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares
⊲ BNCC morfológicas).
(EF04LP03) Localizar palavras no dicioná-
rio para esclarecer significados, reconhe- ⊲ PNA
cendo o significado mais plausível para o Consciência fonológica e fonêmica
contexto que deu origem à consulta. Compreensão de textos
(EF04LP07) Identificar em textos e usar na Produção de escrita
produção textual a concordância entre ar-
tigo, substantivo e adjetivo (concordância
no grupo nominal).

69

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ROTEIRO DE AULA • Sublinhe os adjetivos. Depois circule as três últimas letras de cada
um deles.
⊲ ORTOGRAFIA a) Jogador habilidoso. d) Costureira cuidadosa.

PALAVRAS TERMINADAS EM b) Sorvete gostoso. e) Ator famoso.


-OSO E -OSA c) Comida saborosa. f) Aluna curiosa.
2. O objetivo da questão é levar os • Escreva o que esses adjetivos têm em comum.
alunos a perceber que o adjetivo se
relaciona ao substantivo e modifica-o Os alunos devem perceber que os adjetivos terminam em -oso ou -osa.
(semanticamente). Apesar de os alu- 3. Escreva adjetivos derivados dos substantivos a seguir.
nos ainda não terem o conceito de
concordância nominal formado de Todos terminam em -oso ou -osa.
maneira explícita, segundo a norma
culta o substantivo e o adjetivo de-
vem concordar em relação ao gênero
e ao número. Lembre-lhes de que as

ILUSTRAÇÕES: ANDRÉA VILELA


palavras devem “combinar entre si”,
como: carros novos ou princesa feia.
Chame a atenção da turma para a
grafia da terminação desses adjetivos.
3. Estimule os alunos a falarem adje- cheiroso carinhosa
tivos terminados em -oso e -osa. Vá
registrando na lousa as sugestões da • apetite: apetitoso(a) • bondade: bondoso(a)
turma. Exemplos: charmoso (a), estu-
dioso (a), habilidoso (a), carinhoso (a), • capricho: caprichoso(a) • perigo: perigoso(a)
formoso (a), sedoso (a), amoroso (a).
a) Você formou adjetivos terminados em -oso e -osa. Leia-os em voz
Após o registro, pergunte: “Exis- alta, observando o som da letra s. Que som a letra s representa nos
tem adjetivos terminados em -ozo e adjetivos formados? Espera-se que os alunos percebam que, nesses adjetivos,
-oza?”. Espera-se que os alunos con- a letra s representa o som /z/.
b) Existe adjetivo terminado em -ozo ou -oza?
cluam que não.
Se achar conveniente, amplie a Sim. X Não.
atividade, pedindo aos alunos que
copiem os substantivos pedras, per- c) Formule uma regra que ajude a grafar corretamente adjetivos
fumes, noite, brincadeira, gata e, ao terminados em -oso ou -osa.
lado deles, escrevam adjetivos termi- Sugestão de resposta: Todo adjetivo terminado em -oso ou -osa é escrito com s.
nados em -oso e -osa.
Aproveite para lembrá-los de que o
adjetivo deve combinar com o subs-
tantivo em gênero (masculino e fe-
minino) e número (singular e plural).
Sugestões de respostas: pedras pre- 70
ciosas/valiosas; perfumes cheirosos/
famosos; noite tenebrosa/maravilho-
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sa; brincadeira perigosa/gostosa; gata
dengosa/manhosa. nomes representem substantivos. Depois,
É importante que essa regra orto- deixe as figuras viradas para baixo.
gráfica seja formulada coletivamente. 2. Peça a um aluno que pegue uma figu-
Exponha-a em local visível na classe. ra e inicie uma história, empregando um
O objetivo da questão é fixar o enten- substantivo (o nome da figura) acompa-
dimento de que adjetivos não têm a nhado de um adjetivo. Exemplo: se a figu-
terminação -ozo ou -oza. ra for a de um gato, a história pode iniciar
assim: “Era uma vez um gato elegante
ATIVIDADE COMPLEMENTAR que gostava de usar chapéu...”.
Proponha à turma o jogo História 3. Peça a outro aluno que pegue outra fi-
de imagens. gura e dê continuidade à história, usando
1. Convide os alunos a sentar em roda o mesmo procedimento, e assim sucessi-
e mostre-lhes várias imagens, cujos vamente, até todos participarem.
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2
OBJETIVOS

VAMOS LER? • Utilizar conhecimentos prévios


para participar de situações de in-
tercâmbio oral.
• Identificar personagens de livros.
preparaçao para a leitura • Expressar opinião sobre livros.

1. Você gosta de ler? Que tipo de livro você prefere? Respostas pessoais. ROTEIRO DE AULA
2. Como você escolhe um livro para ler? Resposta pessoal.
⊲ PREPARAÇÃO PARA A
3. Marque qual destes livros você escolheria para presentear um colega da LEITURA
turma. Explique sua resposta. Respostas pessoais. A seguir, os alunos ampliarão o
estudo de resenhas, analisando rese-
nhas de livros. O objetivo desta seção
é propor atividades preparatórias e le-
vantar os conhecimentos prévios dos
alunos sobre formas para se escolher
um livro e estimulá-los a argumentar
sobre os motivos de suas escolhas.
1. e 2. Durante a discussão, lembre-
-se de que você é um modelo para
seus alunos, portanto comente sobre
seus livros favoritos. Incentive-os a ob-

EDITORA MODERNA
EDITORA FTD

servar que a capa geralmente traz o


título da obra, o nome do autor e/ou
do ilustrador e da editora. Leve-os a
perceber que o título sempre aparece
mais destacado do que as demais in-
formações. Recupere com eles alguns
dados, como: o autor é quem escre-
ve o livro, o título é o nome do livro,
o ilustrador é o artista que cuida das
imagens e editora é a empresa que
produz o livro. Abra espaço para que
comentem como escolhem livros e se
seguem alguma recomendação, seja
de pessoa da família, de resenhas es-
EDITORA INTRÍNSECA

EDITORA PAULINAS

critas ou orais de livros.


3. O livro Narizinho e o Príncipe
Escamado é um trecho do primeiro
71
episódio do livro Reinações de Nari-
zinho, de Monteiro Lobato. Ararinha
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do bico torto, de Walcyr Carrasco, é
uma história de solidariedade e supe-
As habilidades e os componentes a se- obra (índice, prefácio etc.), confirmando ração. Poesia fora da estante é uma
guir serão trabalhados nesta seção. antecipações e inferências realizadas antes antologia de poemas de consagrados
e durante a leitura de textos, checando a autores nacionais. Já Percy Jackson,
⊲ BNCC adequação das hipóteses realizadas. de Rick Riordan, é uma aventura de
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em re- (EF15LP15) Reconhecer que os textos li- fantasia com a participação de seres
lação ao texto que vai ler (pressuposições terários fazem parte do mundo do imagi- mitológicos. O objetivo da questão é
antecipadoras dos sentidos, da forma e da nário e apresentam uma dimensão lúdica, que os alunos argumentem sobre suas
função social do texto), apoiando-se em de encantamento, valorizando-os, em sua escolhas, mesmo que não tenham
seus conhecimentos prévios sobre as con- diversidade cultural, como patrimônio ar- lido as obras.
dições de produção e recepção desse texto, tístico da humanidade.
o gênero, o suporte e o universo temático,
bem como sobre saliências textuais, recur- ⊲ PNA
sos gráficos, imagens, dados da própria Compreensão de textos

71

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OBJETIVOS
• Ler e interpretar uma indicação leitura INDICAÇÃO LITERÁRIA
1. É importante que os alunos observem que as indicações literárias têm a
literária. função de despertar a curiosidade e o interesse do leitor em ler o livro, uma
• Identificar a finalidade de uma in- vez que trazem informações sobre o tema tratado no livro e sua abordagem.
dicação literária. 1. Em sua opinião, qual é a finalidade das indicações literárias?
• Identificar estratégias de descri- 2. Leia uma indicação literária para saber se ela desperta a sua
ção e argumentação de uma indica- curiosidade em ler o livro.
ção literária.
As habilidades e os componentes a O 14o peixinho dourado – acredite no impossível
seguir serão trabalhados nesta seção.
O 14o peixinho dourado, da premiada autora Jennifer L. Holm,
conta histórias divertidas e simpáticas de Ellie, uma garota de 11
⊲ BNCC anos que sente falta dos amigos da escola em que estudava e mui-
(EF15LP01) Identificar a função social ta saudade do seu peixinho dourado que acabou de ir embora.
de textos que circulam em campos da Enquanto Ellie aprende a vi-
vida social dos quais participa cotidiana- ver perdas e conquistas, o lei-
mente (a casa, a rua, a comunidade, a tor se delicia com as cativantes
escola) e nas mídias impressa, de massa aventuras da criativa persona-
e digital, reconhecendo para que foram gem. Confira!
produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam. Autora: Jennifer L. Holm
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- Tradução: Rosa Amanda Strausz
Editora: Rocco
trações e outros recursos gráficos.
Número de páginas: 190

⊲ PNA
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA Marcelo Chaves. Para leitura dos pequenos.


Jornal de Brasília. Disponível em: http://www.
jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/marcelo
⊲ LEITURA
EDITORA ROCCO

-chaves/para-leitura-dos-pequenos/.
Acesso em: 11 jun. 2021.
INDICAÇÃO LITERÁRIA
1. Retome com a turma o estudo so- 3. A imagem que aparece ao lado da indicação literária é a reprodução:
bre as resenhas de filmes e estimule-
-os a relacionar com indicações literá- de uma página do livro.
rias, levando-os a perceber que, assim
como as resenhas críticas positivas, as X da capa do livro.
indicações literárias têm a função de
despertar interesse no leitor para ler
determinada obra. 72
Ressalte que a indicação literária é
um gênero textual que apresenta par- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 72 07/08/2021 22:16 D2_054-0
te da história de um livro, por meio da
reescrita ou de um resumo, sem que o comentem se ela lhes despertou vontade 3. Chame a atenção dos alunos para o
desfecho da história seja revelado. As de ler ou não o livro. fato de que as indicações literárias vêm
indicações circulam principalmente nos Chame a atenção da turma para um acompanhadas da imagem da capa do
catálogos das editoras, mas também recurso linguístico fundamental do gênero livro, o que facilita a busca da obra em bi-
em revistas, na internet, nos sites de textual, assim como nas resenhas de filmes: bliotecas e livrarias. Além disso, também
editoras, em lojas virtuais, entre outros. o uso de adjetivos, que qualificam aquilo pode servir de atrativo para despertar no
que se descreve: seja o livro, o tema, os per- leitor o interesse pela obra.
Também é importante que reflitam
sobre o público-alvo desse gênero sonagens, o cenário, o autor, as ilustrações. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
textual: pessoas que se interessam por Consulte com os alunos o Dicionário Amplie esta atividade levando outras
livros e desejam informações que as ilustrado no final da unidade para explo- indicações literárias para a sala de aula.
ajudem a decidir que livro ler. rar outros significados e exemplos de uso Chame a atenção dos alunos para seme-
2. Peça aos alunos que leiam a indi- do termo cativante e ampliar o repertório lhanças entre as indicações lidas.
cação literária e abra espaço para que deles com novo vocabulário.
72

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4. Aproveite a oportunidade para re-
4. Sublinhe os adjetivos e as locuções adjetivas que aparecem na tomar com os alunos que os adjetivos
indicação literária. e as locuções adjetivas caracterizam
a) Com os colegas, leia em voz alta a indicação literária, excluindo substantivos. Estimule os alunos a lhe
as palavras e as expressões que foram sublinhadas. ditar os substantivos aos quais os ad-
jetivos e as locuções adjetivas se refe-
b) Qual é a importância dos adjetivos e das locuções adjetivas em rem na indicação literária lida. Regis-
indicações literárias? tre os substantivos na lousa e, ao lado,
os respectivos adjetivos ou as locuções
Eles atribuem características aos substantivos do texto, o que instiga a
adjetivas: autora — premiada; histó-
curiosidade das pessoas em ler o livro. Além disso, os adjetivos e as locuções adjetivas
rias — divertidas e simpáticas; garota
— de 11 anos; amigos — da escola;
ajudam a criar a imagem dos personagens e do enredo. peixinho — dourado; aventuras — ca-
tivantes; personagem — criativa.
5. Em uma indicação literária, o desfecho da história pode ser revelado? É importante que os alunos leiam
Por quê? em voz alta a indicação literária ex-
cluindo os adjetivos e as locuções
Não, pois as indicações literárias têm a finalidade de despertar o interesse e a adjetivas, de forma a perceber a im-
portância do uso dessas palavras e
curiosidade do leitor em ler a obra. Esse objetivo seria prejudicado se elas revelassem o expressões em indicações literárias,
pois essa classe de palavras caracteri-
desfecho da história. za ou qualifica personagens, enredo,
ilustrações e outros aspectos do livro
recomendado, tornando-a indispen-
6. Complete o quadro, comparando as semelhanças e as diferenças entre sável para a composição de textos
desse gênero.
as indicações literárias e as resenhas críticas de filme.
5. É importante chamar a atenção
dos alunos para o fato de as indica-
Indicação Resenha
ções literárias não conterem o final
literária crítica de filme
da história, pois isso tiraria do leitor a
Apresenta um resumo do enredo
x x
oportunidade de por si próprio desco-
sem revelar o final. brir o final e, consequentemente, não
Faz uso de adjetivos e locuções adjetivas para atingiria sua finalidade: despertar o
x x
caracterizar autor, personagens e enredo. interesse no leitor em ler o livro.
Apresenta opinião crítica sobre a obra 6. O objetivo da atividade é levar os
x x
em questão. alunos a estabelecer comparações en-
tre os gêneros textuais estudados, de
Instiga o leitor a ler um livro. x
modo que percebam que a função de
ambos é a mesma de acordo com seus
Instiga o leitor a assistir a um filme. x
contextos de uso.
Leia cada item e estimule os alunos
73 a verbalizar se ele se relaciona com as
indicações literárias, com as resenhas
de filmes ou com ambas. Estabelecer
2021 22:16 D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU1.indd 73 08/08/2021 01:05 relações entre conteúdos já abordados
com novos conteúdos favorece novas
aprendizagens, bem como a consolida-
ção de aprendizagens anteriores.

73

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OBJETIVOS
• Ler e compreender trecho de hora da historia CONTO
conto.
• Levantar hipóteses a partir da lei-
tura do início do conto. 1. Leia um trecho do livro O 14o peixinho dourado.
• Compreender a escolha do nar- • Depois, comente com os colegas suas impressões sobre a história.
Resposta pessoal.
rador como recurso para envolver o
leitor. Douradinho
As habilidades e os componentes a Quando eu estava na pré-escola, tive uma professora chamada
seguir serão trabalhados nesta seção. Estrelinha. Ela usava vestidos hippies tingidos com as cores do ar-
co-íris e sempre trazia biscoitos de granola com linhaça que não
⊲ BNCC tinham gosto de nada.
Estrelinha nos ensinou a ficar sentados na hora do lanche, a
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colocar a mão na frente da boca para espirrar e a não comer mas-
colaboração com os colegas e com a
sinha de modelar (o que a maioria dos meninos achava que era
ajuda do professor e, mais tarde, de opcional). Até que, um dia, ela deu um peixinho dourado para cada
maneira autônoma, textos narrativos um levar para casa. Ela os comprou numa promoção na pet shop.
de maior porte como contos (popula- Na hora da saída, explicou para nossos pais:
res, de fadas, acumulativos, de assom- — O peixinho vai ensinar sobre o ciclo da vida aos seus filhos.
bração etc.) e crônicas. Eles não costumam durar muito.
(EF15LP19) Recontar oralmente, com Levei meu peixe para casa e o chamei
e sem apoio de imagem, textos literá- de Douradinho, como qualquer outra

FOTOS: GOKCE GURELLIER/SHUTTERSTOCK.COM


rios lidos pelo professor. criança no mundo que acha que
está sendo original. Mas, no fim
(EF35LP26) Ler e compreender, com
das contas, Douradinho era mes-
certa autonomia, narrativas ficcionais
mo original.
que apresentem cenários e persona-
Porque ele não morreu.
gens, observando os elementos da
estrutura narrativa: enredo, tempo,
espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e dis-
curso direto.

⊲ PNA
Fluência em leitura oral
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ HORA DA HISTÓRIA
74
CONTO
1. Informe que lerão um trecho do li- D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 74 07/08/2021 22:16 D2_054-0

vro O 14 o peixinho dourado. Peça


que façam a leitura do trecho. Depois, a importância da escolha das palavras para boca para espirrar e a não comer massinha
faça a leitura oral do início do conto. tornar o conto mais divertido e prender a de modelar (o que a maioria dos meninos
É importante que você, professor, pre- atenção dos leitores. Chame a atenção da achava que era opcional).” Em seguida,
pare sua leitura para fazê-la com en- turma para a descrição da professora, em pergunte: “Que pontuação foi usada para
tonação e ritmo adequados, de forma relação às roupas e atitudes. É fundamen- inserir uma explicação no trecho? Qual a
a passar toda a emoção dos persona- tal que os alunos percebam que, muitas intenção dessa explicação?”. É importante
gens e o humor presente no conto. vezes, mais interessante do que o fato em que os alunos concluam que, mesmo sem
Em seguida, abra espaço para que os si, é a forma como ele é contado. nomear esse sinal, os parênteses foram
alunos comentem suas impressões so- Ao dar detalhes sobre a professora, o usados para inserir uma interrupção do
bre a história. Participe dando as suas. leitor é levado a imaginar a figura dela e narrador para dar uma explicação sobre
Após a conversa sobre as impressões sua personalidade. Releia o trecho: “Estre- o trecho. Nesse caso, para informar que
da turma, selecione alguns trechos linha nos ensinou a ficar sentados na hora os colegas de turma achavam que podiam
para reler e levar os alunos a perceber do lanche, a colocar a mão na frente da comer massinha de modelar.

74

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Explore: “Por que Ellie considerava
Mesmo depois de todos os peixes dos meus colegas terem ido para seu peixe original? Ele era, de fato,
o grande aquário celestial, o meu continuava vivo. Ele ainda estava original? Por que vocês acham que
vivo quando eu entrei no Jardim I. Ainda estava vivo no meu primei- a mãe de Ellie substituía os peixinhos
ro ano. Ainda estava vivo no segundo, no terceiro e no quarto. Então, que morriam? O que vocês acharam
finalmente, ano passado, no meu quinto ano, certa manhã, entrei na dessa atitude?”. Discuta a questão
cozinha e vi meu peixe boiando de cabeça para baixo no aquário. com a turma. Aceite todas as respos-
Quando contei para minha mãe, ela suspirou. tas, desde que coerentes e justifica-
— Ele não durou muito — disse ela. das. Chame a atenção da turma para
— Como assim? — perguntei. — Ele durou sete anos! o fato de que provavelmente a mãe
Ela sorriu e disse: de Ellie tinha essa atitude para que
— Ellie, este não era o Douradinho original. O primeiro peixe só du- a filha não se decepcionasse com a
rou duas semanas. Quando ele morreu, comprei outro e o coloquei no perda do peixinho. No entanto, essa
aquário. Nesses anos todos, já tivemos uma porção de peixes. atitude ia de encontro com o que a
— Qual era o número deste? professora pretendia ensinar.
— Décimo terceiro, o azarado — respondeu ela, me olhando de soslaio.
— Todos foram azarados — afirmei. Releia a seguinte frase: “Quando
O Décimo Terceiro Douradinho recebeu um funeral no vaso sanitá- contei para minha mãe, ela suspi-
rio, e perguntei a minha mãe se eu podia ter um cachorro. rou.” Pergunte: “Faria diferença se a
palavra suspirou fosse substituída por
Jennifer L. Holm. O 14o peixinho dourado. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2018. p. 11-13.
‘falou’?”. É fundamental que os alu-
nos percebam que a palavra suspirou
contribui para que o leitor perceba as
De soslaio: de lado. emoções dos personagens. Continue
propondo que os alunos imaginem as
quem e? mudanças na cena caso essa palavra
Jennifer L. Holm é autora de livros infantis e fosse substituída por “gritou”, “sor-
campeã de vendas nos Estados Unidos. Ela já re- riu” etc.
cebeu diversos prêmios por suas obras. Jennifer Continue a exploração perguntan-
trabalha com o irmão, Matthew Holm, em duas
do: “Por que a mãe de Ellie chamou o
séries em quadrinhos que já venderam mais de
último peixinho de azarado?” É pro-
2 milhões de livros.
vável que os alunos concluam que o
último peixinho foi chamado de azara-
do por ser o de número 13, que, para
muitos, é considerado um número de
azar. Por fim, releia o último parágra-
fo e dê a mesma informação. Desta
vez, substituindo o trecho “recebeu
um funeral no vaso sanitário” por “foi
jogado no vaso sanitário”. Pergunte
se essa mudança altera o humor do
trecho. É provável que os alunos con-
cluam que sim, pois o trecho original
75 contém uma ironia.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


⊲ O QUE E COMO AVALIAR
Reserve momentos para que os alunos TEXTO COMPLEMENTAR
leiam o conto em voz alta. Se possível,
grave as leituras, a fim de avaliar a fluên- [...] fica evidente a necessidade da pre- CARVALHO, Maria Angélica Freire de;
cia em leitura oral deles, tomando como sença do professor/leitor como mediador MENDONÇA, Rosa Helena (Org.). Prá-
parâmetro para o final do 4o ano a velo- do processo de iniciação do leitor/crian- ticas de leitura e escrita. Brasília, DF:
ça. Quanto mais evidente ficar para ele MEC, 2006. p. 128-129. Disponível em:
cidade de 100 palavras por minuto, com a importância da leitura literária como http://portal.mec.gov.br/seed/arqui
precisão de 95%, garantida a compreen- poderosa fonte de formação de sensibi- vos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf.
são do texto. Na página XVII deste Manual lidades e de ampliação de nossa visão de Acesso em: 14 jul 2021.
do Professor, são apresentadas sugestões mundo, [...] mais significativas se torna-
sobre como avaliar a fluência em leitura rão as práticas de letramento literário
propostas. [...]
oral da turma.

75

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ROTEIRO DE AULA 2. Nesse conto, o narrador:
apenas narra os fatos sem participar da história.
⊲ HORA DA HISTÓRIA
CONTO X participa da história como personagem.
2. Informe aos alunos que o narrador
3. Por que Ellie chegou a considerar que seu peixinho era original?
é quem conta a história. É ele quem
apresenta os elementos da narrativa: Porque, em relação ao tempo de vida de outros peixes de aquário, o dela durou mais
personagens, ambiente, tempo e ou-
tros aspectos da narrativa. Estimule-os que o esperado.
a justificar suas respostas com trechos
do conto, de forma a levá-los a refle-
tir sobre o fato de que em histórias
cujo narrador é observador os acon-
tecimentos são narrados em terceira 4. O que fez Ellie acreditar que seu peixinho viveu muitos anos?
pessoa, já nas que os narradores são
O fato de a mãe dela ter substituído em segredo o peixe que morria por outro semelhante.
personagens, os fatos são narrados
em primeira pessoa.
3. O objetivo da atividade é verificar
a compreensão leitora dos alunos em 5. Nos contos, a escolha das palavras é muito importante. Leia.
relação ao fato de que a menina não
sabia que sua mãe trocava os peixi- Mesmo depois de todos os peixes dos meus colegas terem
A ido para o grande aquário celestial, o meu continuava vivo.
nhos do aquário. Instigue os alunos
a comentar como seria possível des-
confiar que o peixinho dourado já não Esse mesmo trecho poderia ter sido escrito assim:
era aquele que Ellie tinha ganhado
na escola. Além disso, desafie-os a Mesmo depois de todos os peixes dos meus colegas terem
comentar o que fariam no lugar da B
morrido, o meu continuava vivo.
protagonista.
4. Estimule os alunos a comentar • Qual dos trechos você achou mais interessante? Por quê?
quais foram os indícios do texto que
mostravam que o peixinho da garota 6. Quantos peixinhos Ellie teve? 13
não era mais o que foi dado pela pro- • Por que a mãe de Ellie chamou o último peixinho de azarado?
fessora (por exemplo, o fato de a pro-
fessora ter explicado para os pais que É provável que os alunos concluam que o último peixinho foi chamado de azarado
os peixinhos ensinariam sobre o ciclo
por ser o de número 13, que, para muitos, é considerado um número de azar.
da vida, porque não costumam durar
muito, o fato de os peixes de todos os
colegas de Ellie terem morrido etc.).
5. Explique para os alunos que, às
vezes, usamos expressões sutis para 5. • É provável que os alunos respondam que o trecho A é mais interessante, pois a escolha
falar sobre assuntos sensíveis. Apre- 76 das palavras contribuiu para tornar o trecho mais engraçado.
sente-lhes outras expressões usadas
quando alguém morre, como “bater
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as botas”, “ir dessa para uma me-
lhor”, “descansar”, mas que é prová-
vel que no conto essa expressão tenha
sido usada para evidenciar o bom-hu-
mor da menina.
6. Discuta a questão e registre a con-
clusão da turma na lousa. Explique
aos alunos que popularmente, por
superstição, há números que trazem
sorte e outros, azar.

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OBJETIVOS
retomar e avançar USO DE NÓS E A GENTE • Ler e interpretar o trecho de um
diário ficcional.
• Identificar a adequação de uso de
1. Leia um trecho do livro O diário do Lelê. Nele, o personagem conta o nós e a gente.
que aconteceu com sua cachorrinha Lady.
• Fazer a concordância verbal com
o uso de nós e a gente.
O diário do Lelê
• Retomar conteúdos já abordados.
O meu nome é Leocádio, mas todo • Consolidar aprendizagens ante-
mundo me chama de Lelê. Quer dizer, riores.
todo mundo, não, porque eu tive uma
cachorra que me chamava abanando
o rabo. [...] ROTEIRO DE AULA
[...] Mas um dia a Lady fugiu. O
meu pai abriu o portão para colocar ⊲ RETOMAR E AVANÇAR
o carro na garagem, ela aproveitou e
saiu. A gente correu atrás, mas acho USO DE NÓS E A GENTE
que ela pensou que a gente estava
1. Peça aos alunos que façam a leitu-
brincando de pega-pega e correu ain-
ra em voz alta do trecho. Depois faça
da mais. Aí ela virou algumas esqui-
nas e desapareceu.
perguntas que comprovem a compre-
ensão do texto lido, como: “O narra-
José Roberto Torero. O diário do Lelê. São Paulo: dor é um observador dos fatos ou um
Salamandra, 2009. p. 50-52.
personagem da história? Quem é o
narrador? Como é o apelido de Leo-
cádio? Qual é o principal fato narrado
nesse trecho?”.
O objetivo das perguntas e da ati-
• Nesse trecho, qual é o acontecimento mais importante relatado pelo vidade é verificar se os alunos identifi-
personagem? cam a ideia central do texto demons-
trando compreensão global.
O sumiço da sua cachorrinha Lady.
Aproveite a oportunidade para
conversar com os alunos sobre a ade-
quação da expressão a gente em tex-
2. Que pronome tem o mesmo sentido da tos informais, como nesse diário. Ela
expressão em destaque? deve ser apresentada à turma como
forma de registro informal, não de-
Eu. X Nós. vendo ser considerada errada. É im-
portante mostrar aos alunos que a
Eles. língua possui outras manifestações,
ILUSTRAÇÕES: TÂNIA RICCI

outras variedades, alternativas legíti-


mas de expressão. Comente também
77 que em situações formais o pronome
nós é mais adequado.
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2. O objetivo dessa questão é fazer
com que os alunos percebam que a
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP13) Identificar finalidades da inte-
gente e nós podem ter o mesmo sen-
guir serão trabalhados nesta seção. ração oral em diferentes contextos comu-
tido, porém é importante a explicação
nicativos (solicitar informações, apresentar
de a gente ser uma expressão mais
⊲ BNCC opiniões, informar, relatar experiências
informal.
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras etc.).
de correspondência fonema-grafema regu-
lares diretas e contextuais. ⊲ PNA
(EF04LP06) Identificar em textos e usar Desenvolvimento de vocabulário
na produção textual a concordância entre Compreensão de textos
substantivo ou pronome pessoal e verbo Produção de escrita
(concordância verbal).

77

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ROTEIRO DE AULA 3. Nesse trecho, foi adequado o uso da expressão a gente?

⊲ RETOMAR E AVANÇAR É importante que os alunos concluam que o uso de a gente foi adequado, pois o

objetivo do autor é aproximar o leitor a quem o livro se destina, as crianças, do enredo


USO DE NÓS E A GENTE
3. Discuta a questão e, se necessário, narrado.
registre na lousa a conclusão da clas-
se. Ressalte, mais uma vez, que o uso 4. Leia o trecho de uma carta de reclamação enviada por alunos de uma
de a gente é mais comum no dia a turma de 4o ano ao prefeito da cidade.
dia do que o pronome nós e que não
há uma maneira melhor e outra pior
de usar a língua, o que importa é a
adequação à situação e aos interlocu-
tores da situação comunicativa.
4. Pergunte aos alunos: na opinião
de vocês, essa é uma situação infor-
mal ou mais formal de comunicação
escrita? Por quê? Os alunos poderão Na semana do meio ambiente, a gente estudou a importân-
observar que uma carta a uma auto- cia da água para o planeta e, agora, a gente se preocupa com o
ridade é uma situação mais formal de desperdício de água na cidade, porque na praça que fica pró-
ximo à escola há um cano vazando água há dias.
comunicação.
A gente gostaria de pedir providências para solucionar
Consulte com os alunos o Dicioná-
esse grave problema, pois a gente sabe que preservar esse
rio ilustrado no final da unidade para
bem é fundamental.
explorar outros significados e exem- Além disso, se o cano continuar vazando, corre o risco de
plos de uso do termo desperdício e toda a comunidade ficar sem água, e, por isso, a gente pode
ampliar o repertório deles com novo até ficar sem aula, o que poderia prejudicar o ano letivo.
vocabulário.
Amanda Moraes. Carta coletiva. Cedido especialmente para esta obra.
Chame a atenção dos alunos para a
flexão verbal: utilizando-se a expressão
a gente, o verbo fica no singular. É im-

ILUSTRAÇÕES: BENTINHO
portante realizar a atividade primeiro
Em situações mais formais de comunica-
oralmente, para, no momento da es-
ção, é recomendável substituir a expressão
crita, os alunos se ocuparem mais do
a gente pelo pronome nós.
que escrever e não do como escrever.
É importante ressaltar que ativida-
des de escrita contribuem para a lei-
tura, como preceitua o professor José • Em uma folha avulsa, substitua a expressão em destaque na carta
Morais: pelo pronome nós, fazendo as modificações necessárias.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
[...] o professor deve introduzir a es- Algumas vezes é possível apenas eliminar o pronome, mantendo a concordância.
crita desde o início da aprendizagem
da leitura, como sua parceira de todos
os dias, embora haja sessões de leitu- 78
ra e de escrita distintas. Essa parceria
implica que o professor articule as
duas atividades de maneira que ele D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 78 07/08/2021 22:16 D2_054-0
próprio possa constatar que o treino
da escrita produz efeitos positivos na SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR gente começamos a se entender. (portu-
leitura e vice-versa. guês não padrão)
MORAIS, José. Criar leitores: para pro- TEXTO COMPLEMENTAR [...]
fessores e educadores. Barueri, SP: Mi- Na língua não padrão, nós ocorre com o ver-
nha Editora, 2013. p. 107. [...] Primeira pessoa do plural, nós, bo na terceira pessoa do singular, e a gente
tem sido substituída pela expressão ocorre com o verbo na primeira pessoa do
nominal indefinida a gente, em pro- plural, como em Nós riu muito ontem à noi-
O QUE E COMO AVALIAR cesso de pronominalização. [...] te, e aí a gente começamos a se entender.
Após a reescrita, reserve momentos Exemplo 1 Vê-se que a antiga expressão indetermi-
para que os alunos realizem a leitura a. A gente não está sabendo bem nada a gente penetrou no quadro dos pro-
em voz alta do texto. Verifique se re- como sair desta. (português padrão) nomes pessoais, funcionando basicamen-
alizam a leitura em voz alta com velo- b. Nós rimos muito ontem à noite, e aí te como nós, mas também como eu. [...]
cidade, precisão e prosódia. A prática a gente começou a nos entender. (por- CASTILHO, Ataliba T. de. Pequena gramá-
tuguês padrão) tica do português brasileiro. São Paulo:
de leitura em voz alta favorece a flu-
c. Nós riu muito ontem à noite, e aí a Contexto, 2015. p. 88-89.
ência leitora.
78

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dialogos VIDA FAMILIAR E SOCIAL OBJETIVOS
• Expressar-se em situações de in-
tercâmbio oral.
• Compreender a importância do
respeito ao próximo para a boa con-
RESPEITAR O PRÓXIMO É VIVER BEM vivência.
• Ler e compreender uma carta de
1. Você sabe o que é uma carta de reclamação? Em que situações você reclamação.
acha que ela é enviada? • Identificar a função de cartas de
• Leia. reclamação.
• Identificar a estrutura e o registro
usado nesse gênero textual.
• Planejar e produzir uma carta de
reclamação, considerando a situa-
ção comunicativa e a estrutura do
gênero.

ROTEIRO DE AULA

⊲ DIÁLOGOS
VIDA FAMILIAR E SOCIAL
RESPEITAR O PRÓXIMO
É VIVER BEM
1. Inicie a atividade lembrando os alu-
nos de que já estudaram como são as

REPRODUÇÃO/ WWW.RECLAMEAQUI.COM.BR
cartas pessoais e as cartas de leitor.
Comente que outros tipos de cartas
podem ser enviados, como cartas de
solicitação e de reclamação.
Barulho e engarrafamento. Reclame Aqui, 3 set. 2019. Disponível em: https://www.reclameaqui.com.br/ Informe que muitas situações de
te-vejo-napraia/barulho-e-engarrafamento_MZluCC48crYv-74V/. Acesso em: 25 jul. 2021.
conflito podem ser resolvidas com
2. Responda. uma conversa pessoal ou por telefone.
No entanto, há aquelas em que é pre-
a) Qual é o assunto da carta de reclamação? ciso registrar por escrito o motivo do
Reclamação sobre os transtornos causados por um evento (barulho e trânsito).
b) O autor da carta deu argumentos para justificar sua reclamação? problema, para que consigamos que
Quais? Sim. A necessidade de respeitar o próximo e que o evento gera muito o problema da reclamação seja resol-
barulho e engarrafamento próximo à residência do remetente.
c) Por que o autor da carta inclui argumentos? vido. Depois, informe que as cartas de
A opinião do remetente fica mais forte e tem mais chance de convencer seu destinatário. reclamação podem ser encontradas
em jornais e em sites especializados,
79
como o apresentado na página.
Chame a atenção da turma para
2021 22:16 D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU1.indd 79 09/08/2021 12:28 a estrutura da carta de reclamação:
saudação, corpo do texto (reclamação
As habilidades e os componentes a se- dentre outros gêneros do campo da vida
e argumentos), desfecho (pedido de
guir serão trabalhados nesta seção. cotidiana, de acordo com as convenções
providências), despedida e assinatura.
do gênero carta e com a estrutura própria
Ressalte para os alunos que a carta
⊲ BNCC desses textos (problema, opinião, argu-
apresentada omitiu propositadamen-
(EF04LP10) Ler e compreender, com au- mentos), considerando a situação comu-
te o nome do evento e a assinatura
tonomia, cartas pessoais de reclamação, nicativa e o tema/assunto/finalidade do
para não gerar nenhum constrangi-
dentre outros gêneros do campo da vida texto.
mento aos envolvidos.
cotidiana, de acordo com as convenções
⊲ PNA 2. a) Amplie a atividade, informando
do gênero carta e considerando a situação
que cartas de reclamação são, geral-
comunicativa e o tema/assunto/finalidade Compreensão de textos mente, escritas por quem se sente le-
do texto. Produção de escrita sado e com o direito de reclamar algo
(EF04LP11) Planejar e produzir, com au- e são dirigidas à pessoa ou à instituição
tonomia, cartas pessoais de reclamação, que supostamente lesou o reclamante.
79

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d) Foi solicitado que os produtores do evento diminuíssem o som e consultassem os órgãos de
trânsito para melhorar o engarrafamento no local.
ROTEIRO DE AULA d) Que providências foram solicitadas no encerramento da carta?
e) A carta foi escrita em linguagem formal ou informal? Formal.
⊲ DIÁLOGOS
f) O uso desse registro foi adequado à situação comunicativa?
VIDA FAMILIAR E SOCIAL Justifique. Sim, pois se trata de uma situação formal de comunicação e não há,
necessariamente, proximidade entre o remetente e o destinatário.
RESPEITAR O PRÓXIMO 3. Com os colegas, escreva uma situação de desrespeito ao próximo que
É VIVER BEM tem ocorrido na comunidade e incomodado os moradores.

2. e) e f) O objetivo das questões é le- Os alunos podem citar situações como barulho no comércio, demora no atendimento
var os alunos a perceber que a lingua-
em hospitais, falta de vacina, inadequação ou ausência de recolhimento de lixo, calçadas
gem das cartas de reclamação deve ser
formal em razão da não proximidade esburacadas, asfalto danificado ou inexistente, entre outros.
entre os interlocutores e pelo fato de
poderem servir como provas e docu- 4. Agora, você e os colegas vão escrever uma carta de reclamação para a
mentos nos casos em que a reclama- pessoa responsável pela área em que foi verificado o problema.
ção se torna um processo judicial. O professor será o escriba da turma. A carta pode ser enviada por
4. Se a escola dispuser de projetor, e-mail ou pelo correio.
o ideal é que a digitação da mensa- • Planejem oralmente o que vão escrever.
gem seja vista pelos alunos. Assim, • Lembrem-se de que a carta deve conter:
eles poderão ler, reler, fazer as altera- • saudação;
ções, observando os procedimentos e • motivo da reclamação;
as ferramentas usadas para realizar a • justificativa para convencer o destinatário de que a reclamação é justa;
comunicação em meio digital. Caso • providências que esperam que sejam tomadas;
não seja possível, registre a produção • despedida e assinatura. Veja orientações e encaminhamentos
coletiva na lousa e depois passe para na seção Roteiro de aula.
o computador.
Antes de iniciar a escrita, planeje
oralmente com os alunos o que vão
incluir na mensagem; qual será a sau-
dação que usarão, a despedida, a assi-
natura e o registro usado no corpo da

SIDNEY MEIRELES/ GIZ DE CERA


carta (formal ou informal). Lembre-os
de que o registro usado deve ser for-
mal. Durante esse “rascunho oral”,
tome nota das informações que serão
incluídas na carta e decida com a tur-
ma em que ordem elas aparecerão.
Chame a atenção da turma para
a disposição do texto em parágrafos;
o uso do nós para se referir à turma
toda; a pontuação ao final das frases;
e o uso de letras maiúsculas no início 80
das frases e no nome da entrevistada.
Escreva lentamente à vista de todos D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 80 07/08/2021 22:16 D2_054-0

o que for ditado pelos alunos. Nesse


página. Modifique o escrito de acordo As habilidades e os componentes a se-
processo, não se limite a transcrever o
com as novas observações até conseguir guir serão trabalhados na seção Nossa
que é ditado: evidencie como se rela-
uma versão que satisfaça à turma, ao me- língua.
ciona o texto escrito com o oral e cha-
nos provisoriamente.
me a atenção para o fato de que nem
tudo pode ser escrito tal como eles di- Ressalte que a etapa de revisão deve ser ⊲ BNCC
taram. Mostre diferentes possibilidades realizada em outro momento, quando os (EF04LP01) Grafar palavras utilizando re-
de “dizer” aquilo que foi combinado alunos puderem se distanciar do que es- gras de correspondência fonema-grafema
e convide os alunos a trocar opiniões creveram. regulares diretas e contextuais.
sobre qual opção é a mais conveniente Então, salve a última versão ou passe
de acordo com o planejado. a mensagem registrada na lousa para o ⊲ PNA
Durante a produção, sempre que computador. Compreensão de textos
surgirem dúvidas, leve os alunos a Produção de escrita
consultarem a carta apresentada na
80

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OBJETIVOS
nossa lingua SUBSTANTIVOS COLETIVOS • Observar características do gêne-
ro textual indicação literária.
• Identificar a função dos substan-
1. Você conhece a história de Mowgli, o menino lobo? Resposta pessoal.
tivos coletivos.
• Leia um trecho de uma indicação literária de Os livros da selva.
• Diferenciar substantivos coletivos
de substantivos no plural.
Os livros da selva 1100-POR-V4-U02-LA-F038 • Retomar conteúdos já abordados
[...] o menino Mowgli é adotado pelos lobos, para favorecer novas aprendizagens.
aprende com eles os segredos da selva e enfrenta
o terrível tigre Shere Khan, que, ao descobrir que
o humano vive entre os animais, dá um ultimato ROTEIRO DE AULA
aos lobos: se a alcateia não se livrar de Mowgli, ele
agirá pela força, impondo sua vontade. ⊲ NOSSA LÍNGUA
Marcelo Chaves. Para leitura dos pequenos. Jornal de Brasília.

EDITORA ZAHAR
Disponível em: http://www.jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/ SUBSTANTIVOS COLETIVOS
marcelo-chaves/para-leitura-dos-pequenos/. Acesso em: 11 jun. 2021.
1. Faça a leitura de imagem da capa
com os alunos. Antes de ler a indica-
• A palavra em destaque substitui uma palavra. Qual? Lobos.
ção literária, peça que tentem inferir
2. Na leitura do trecho, faz diferença substituir a palavra alcateia por alguns aspectos para levantar hipó-
lobos? Por quê? teses sobre a história. “Como vocês
imaginam o ambiente em que se
É importante que os alunos percebam que a substituição da palavra alcateia por lobos
passam as histórias?”, “Que perigos
faria com que essa palavra fosse repetida três vezes no trecho, tornando a leitura
vocês imaginam que o personagem
pode correr nesse ambiente?”.
menos agradável. Aproveite a oportunidade para
chamar a atenção da turma para as-
3. Marque o substantivo que está no plural. pectos apresentados na capa do livro:
título do livro, nome do autor, da edi-
tora etc.
MICHAEL ROEDER/SHUTTERSTOCK.COM
KOCHANOWSKI/SHUTTERSTOCK.COM
JIM CUMMING/SHUTTERSTOCK.COM

1. Leve os alunos a perceber o uso de


substantivos coletivos na coesão tex-
tual, uma vez que retomam termos e
evitam a repetição de palavras.
2. O objetivo da atividade é diferen-
lobo X lobos alcateia ciar substantivos no plural de subs-
tantivos coletivos. Ressalte que os
Alcateia é um substantivo coletivo. Substantivo coletivo é a palavra substantivos coletivos, apesar de se-
que, mesmo estando no singular, indica um conjunto de pessoas, ani- rem registrados como uma forma sin-
mais, plantas ou objetos. gular, transmitem a ideia de um con-
junto, muitos elementos. Ressalte a
concordância que deve ser realizada,
81 uma vez que o substantivo coletivo é
uma forma singular.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR da, sem indicação de número, sem indicar c) um grupo de seres de determi-
gramaticalmente a multiplicidade, isto é, nada espécie: boiada (de bois), ra-
TEXTO COMPLEMENTAR com uma forma de singular, consegue-se maria (de ramos).
agrupar maior número ainda de elemen- [...]
Coletivos são os substantivos comuns tos [...].
CINTRA, Lindley; CUNHA, Celso.
que, no singular, designam um conjunto Além desses coletivos que exprimem um Nova Gramática do Português
dos seres ou da mesma espécie. todo, há na língua outros que designam: Contemporâneo. Rio de Janeiro:
Comparam-se, por exemplo, estas duas a) uma parte organizada de um todo, Lexicon, 2010. p. 192-193.
afirmações: como no exemplo, regimento, batalhão,
Cento e vinte brasileiros pensam assim. companhia (partes do coletivo geral exér-
cito);
O povo brasileiro pensa assim.
b) um grupo acidental, como grupo, mul-
Na primeira enuncia-se um número enor-
tidão, bando: bando de andorinhas, bando
me de brasileiros, mas representados com
de salteadores, bando de ciganos;
uma quantidade de indivíduos. Na segun-

81

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ROTEIRO DE AULA 4. Você já brincou de ver formas nas nuvens? Leia a tirinha.
Resposta pessoal.
⊲ NOSSA LÍNGUA
SUBSTANTIVOS COLETIVOS
4. Organize a atividade oral de forma
que os alunos respeitem os turnos de

NÍQUEL NÁUSEA DE FERNANDO GONSALES


fala e ouçam os colegas com atenção.
Proponha as questões orais e outras
que julgar pertinentes. Se achar conve-
niente, amplie a atividade, registrando
na lousa a fala do último balão, com Fernando Gonsales. Níquel Náusea: minha mulher é uma galinha. São Paulo: Devir, 2008. p. 40.
mudança dos sinais de pontuação. • Circule na lista a seguir o substantivo coletivo usado na tirinha.
4. a) Espera-se que os alunos
⊲ O QUE E COMO AVALIAR percebam que o uso do álbum: de fotografias, de figurinhas
substantivo coletivo contribui
Escute com os alunos a canção So- para o efeito de humor, pois, banda: de músicos
mente o necessário, tema do filme se o personagem tivesse se
referido ao grupo de mosquitos cacho: de bananas, de uvas, de cabelos
Mogli – o menino lobo. Peça a eles como “muitos mosquitos”, não
que façam uma lista com os substan- faria referência à brincadeira de discoteca: de discos
tivos comuns presentes na música e encontrar formas nas nuvens,
que estava sendo praticada elenco: de artistas, de atores
pesquisem quais são seus relativos
pelos personagens.
substantivos coletivos. Os substan- fauna: de animais de uma região
tivos comuns presentes na canção,
galeria: de quadros
cujos substantivos coletivos corres-
pondentes podem ser explorados nes- manada: de elefantes
sa atividade, são: abelha (enxame),
nuvem: de insetos
formiga (cordão ou formigueiro), pi-
ca-pau (coletivo de pássaro: bando), pelotão, tropa, batalhão: de soldados
pera (pereiral ou peral).
quadrilha: de ladrões
Canção e letra Somente o neces-
sário. Disponível em: https://www. ramalhete, buquê: de flores

TOM WANG/SHUTTERSTOCK.COM

TOM WANG/SHUTTERSTOCK.COM
vagalume.com.br/disney/mogli-so turma: de estudantes, de trabalhadores
mente-o-necessario.html. Acesso em: 4. b) Os alunos deverão concluir
que ele anteviu o ataque dos vara: de porcos
14 jul. 2021. mosquitos, sugando o sangue,
que eles sofreriam.
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR a) Em sua opinião, por que esse substantivo coletivo foi usado na tirinha?

TEXTO COMPLEMENTAR b) Por que o ratinho azul disse que a nuvem lembrava sangue?

c) O que a expressão dos personagens no último quadrinho evidencia?


[...] A tirinha é uma sequência de Que estão apavorados com o ataque dos mosquitos.
quadrinhos que geralmente faz uma
crítica aos valores sociais. Este tipo 82
de texto humorístico é publicado
com regularidade. Pode-se dizer que
são como as histórias em quadrinhos D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 82 07/08/2021 22:16 D2_054-0
(HQ’s), porém bem mais curtas. As ti-
rinhas podem estar contidas em jor-
nais, revistas e em sites da internet.
[...]
SILVA, Débora. Charge, cartum, tiri-
nha e caricatura: entenda as dife-
renças. EstudoKids. Disponível em:
https://www.estudokids.com.br/char
ge-cartum-tirinha-e-caricatura-en
tenda-as-diferencas/. Acesso em: 15
jul. 2021.

82

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5. Nesta atividade, o objetivo é am-
5. Que tal você e os colegas pesquisarem outros substantivos coletivos e pliar as possibilidades de pesquisa dos
montarem uma lista ilustrada para expor no mural da classe? Essa lista
alunos. Por isso, direcione a consulta
vai servir de consulta para a turma. Informe aos alunos que a consulta à lista será
facilitada se as palavras estiverem em ordem alfabética. da turma, deixando claro como de-
6. Leia um trecho de uma notícia esportiva. vem organizar a lista ilustrada. Forme
duplas de trabalho e desafie os alunos
Jogadores do Paraná lamentam empate com o Cuiabá a encontrarem no dicionário alguns
Os jogadores saíram de campo com a cabeça literalmente quente coletivos. Separe três coletivos para
– a temperatura em Cuiabá, capital do Mato Grosso, passava dos 35º – a pesquisa de cada dupla. Peça que
lamentando o resultado, porém lembrando que em um jogo tão difícil pesquisem, também, imagens que re-
é preciso dar importância ao ponto conquistado longe de casa. [...] presentem os substantivos coletivos.
O time mato-grossense buscou o resultado a todo custo e só não Por fim, monte com a turma uma
marcou antes porque o Paraná Clube contou com a boa atuação do lista ilustrada de coletivos e afixe-a no
goleiro Thiago Rodrigues. mural da classe. Se achar conveniente,
Juliana Fontes. Jogadores do Paraná lamentam empate com o Cuiabá, mas destacam ponto
essa lista poderá, também, ser repro-
somado. Tribuna do Paraná, 12 maio 2019. Disponível em: https://www.tribunapr.com.br/ duzida e colada no caderno de cada
esportes/paranaclube/jogadores-do-parana-lamentam-empate-com-o-cuiaba-mas-destacam
-ponto-somado/. Acesso em: 11 jun. 2021.
aluno. A lista poderá ser consultada
sempre que houver dúvida, especial-
mente em momentos de produção de
a) Sublinhe no trecho o substantivo usado para evitar a repetição de
texto, para auxiliar na coesão textual.
jogadores.
b) Como é classificado esse substantivo? 6. Peça aos alunos que leiam o trecho
da notícia em voz alta. Em seguida,
Substantivo coletivo. proponha questões que comprovem
c) Reescreva a frase em destaque, substituindo time por jogadores. a compreensão da leitura realizada,
Faça as alterações necessárias. como: “Do que trata a notícia? Como
os jogadores estavam se sentindo? Na
Os jogadores mato-grossenses buscaram o resultado a todo custo e só não opinião de vocês, o time ganhou, per-
deu ou empatou com o adversário?”.
marcaram antes porque o Paraná Clube contou com a boa atuação do goleiro
Chame a atenção da turma para os
Thiago Rodrigues. créditos em que é possível encontrar o
título da notícia, o qual explicita que o
time empatou. Só, então, proponha as
questões do livro, que têm por objeti-
vo verificar a compreensão dos alunos
descubra mais acerca do conceito e da concordância
de substantivos coletivos.
• O Pequeno Nicolau e seus colegas, de Jean Sempé, Martins Fontes, 2019.
O livro conta as aventuras de Nicolau, um garotinho muito inteligente,
que narra de um jeito bastante divertido as brincadeiras e encrencas em que
se mete com seus amigos.

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b) O aluno se prepara para os testes.


⊲ O QUE E COMO AVALIAR
Os (alunos) se (preparam) para os testes.
Peça aos alunos que completem as
frases, fazendo as alterações, como no A (turma/classe) se (prepara) para os
exemplo. testes.
O peixe nada contra a correnteza. c) O boi se alimenta no pasto da fazenda.
Os peixes nadam contra a correnteza. Os (bois) se (alimentam) no pasto da
fazenda.
O cardume nada contra a correnteza.
O (rebanho) se (alimenta) no pasto da
a) A abelha voa sobre a flor.
fazenda.
As (abelhas) (voam) sobre a flor.
O (enxame) (voa) sobre a flor.

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OBJETIVOS
• Identificar o jogo de palavras em
anúncios.
ortografia PALAVRAS COM G OU J
• Compreender o uso das letras g
e j nas palavras e a relação com a 1. Leia o anúncio de uma livraria.
palavra de origem.
• Reconhecer que a letra g antes
das vogais e e i tem o mesmo som
representado pela letra j.
• Relembrar os conceitos de subs-
tantivos primitivos e derivados.
• Consolidar relações entre grafe-
mas e fonemas mais complexas.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

JOSÉ CARLOS LOLLO E CÁSSIO ZANATTA


⊲ BNCC
(EF15LP01) Identificar a função social
de textos que circulam em campos da
vida social dos quais participa cotidiana- Espera-se que os alunos concluam que se destina
mente (a casa, a rua, a comunidade, a • A quem se destina esse anúncio? a pais, levando em conta o trecho "Se seu filho
escola) e nas mídias impressa, de massa ficar sem palavras".
e digital, reconhecendo para que foram 2. É possível ter dúvida se a palavra jeito é escrita com g ou com j? Por quê?
produzidos, onde circulam, quem os É importante que os alunos concluam que a dúvida pode existir, porque a letra g antes
produziu e a quem se destinam.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen- das vogais e e i tem o mesmo som da letra j.
tido produzido pelo uso de recursos
3. Você já sabe que os substantivos derivados e o substantivo primitivo
expressivos gráfico-visuais em textos
formam uma família de palavras e que, por isso, têm a grafia parecida.
multissemióticos.
• Escreva o substantivo, primitivo ou derivado, de cada dupla de palavras.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
trações e outros recursos gráficos.
jeito jeitoso
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
tas nos textos lidos. agito agitação/agitado
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando
regras de correspondência fonema-gra- agenda agendamento
fema regulares diretas e contextuais.

SORAD/SHUTTERSTOCK.COM
(EF35LP13) Memorizar a grafia de pa- loja lojinha/lojista
lavras de uso frequente nas quais as
relações fonema-grafema são irregu- queijo queijeira
lares e com h inicial que não represen-
ta fonema.
84
⊲ PNA
Consciência fonológica e fonêmica D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 84 07/08/2021 22:16 D2_054-0

Conhecimento alfabético a comentar o que eles veem na imagem g e j (janela, jeito, jiló, jovem, juventude,
Compreensão de textos e qual é a relação entre a mensagem do gato, gente, gigante, gorila, guloso). Ve-
Produção de escrita anúncio e a época em que ele foi veicula- rifique se os alunos percebem que a letra
do. Explore o texto escrito do anúncio, de g, seguida das vogais e e i, tem o mesmo
ROTEIRO DE AULA modo que percebam o jogo de palavras som representado pela letra j.
para enfatizar o quanto um livro é um óti- 3. Se necessário, relembre os alunos que
mo presente, pois a expressão “ficar sem substantivo primitivo designa um substan-
⊲ ORTOGRAFIA
palavras” significa que alguém não conse- tivo que não vem de outra palavra da lín-
PALAVRAS COM G OU J gue expressar em palavras uma emoção, gua, como pedra, jornal, gato, por exem-
1. Oriente os alunos a realizar a lei- um fato. Nesse caso, refere-se ao fato de plo; já o substantivo derivado designa um
tura multimodal do anúncio. Ressalte que o filho poderia ficar sem palavras pela substantivo formado a partir de um primi-
que esse anúncio foi veiculado pró- felicidade de ganhar um livro. tivo existente no idioma, como pedreiro,
ximo ao dia das crianças. Instigue-os 2. Registre na lousa algumas palavras com jornalista, gatuno, por exemplo.
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4. Esta atividade tem o objetivo de
4. Complete as frases com palavras da mesma família das indicadas chamar a atenção para o fato de que
entre parênteses. muitas palavras são formadas a partir
a) A turma ficou muito agitada depois do de outras, facilitando, assim, uma de-
intervalo. (agitar) cisão ortográfica. Vale ressaltar que,
ao terem de completar as palavras
b) Vi um lindo cajueiro na viagem para o com g ou j, os alunos vão ler e reler
litoral. (caju) as palavras do quadro na busca da
gelada
palavra de origem, que os ajudará na
c) A água da cachoeira estava . (gelo)
tomada de decisão.
5. Solicite aos alunos que façam uma
d) Os alunos derrubaram os potes de tinta, e a sala ficou uma leitura silenciosa das imagens. Abra
espaço para interpretações orais. Per-
sujeira ! (sujo) gunte: “O que vocês estão vendo?”,
5. Copie do quadro de palavras os nomes dos produtos a seguir. “O que esses produtos têm em co-
mum?”, “De qual desses produtos
você gosta?”, “De qual deles não
jiló • berinjela • vagem • jerimum • manjericão • jenipapo
gosta?”, “Por quê?”. O objetivo da
gergelim • gengibre • tangerina • canjica • gelatina • geleia
atividade é que, sabendo o nome das
figuras, os alunos se atenham a onde
está escrita determinada palavra.
6. É importante os alunos concluírem
que há palavras que obedecem a re-
gras ortográficas e outras que necessi-
tam ser memorizadas. Por isso, muitas
vezes podem pensar em palavras da
geleia gelatina gergelim mesma família na hora de escrever ou

FOTOS: ALTER-EGO/SHUTTERSTOCK.COM, ALEXLMX/SHUTTERSTOCK.COM, EL GRECO/SHUTTERSTOCK.COM,


PISUTON'C/SHUTTERSTOCK.COM, BONCHAN/SHUTTERSTOCK.COM, TIGER IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM
consultar o dicionário quando houver
dúvidas.

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

[...]
A representação do som jê (fonema
/Ʒ/)
vagem canjica berinjela a) com j
• em certos vocábulos de origem ára-
be, tupi-guarani, africana:
6. Façam uma lista de palavras com g ou j que vocês usam com frequência acarajé (africana) canjarana (tupi) jê
e exponham no mural da classe. (tupi)
Sugestões de palavras com g ou j: gente, gincana, girafa, gibi, ginástica, gemido, gelatina;
sujeira, jegue, majestade, nojento, jejum, jiboia, jipe. [...] [...] [...]
85 • nos verbos terminados em –jar e em
toda sua conjugação:
arranjar arranjou, arranjem
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despejar despejou, despejem
[...]
• nas palavras derivadas de outras
que já possuam j:
granja granjear
• [...] quando aparece a terminação –
aje: laje, traje.
[...]
LEME, Maria Fernanda Soave. Ortogra-
fia. São Paulo: Atual, 1989. p. 31 e 32.

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OBJETIVOS
• Discutir características das indica- produçao oral ENTREVISTA
ções literárias.
• Considerar a entrevista como ins- Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
Você e os colegas entrevistarão cinco alunos de outras turmas para saber
trumento de pesquisa e obtenção
como eles escolhem um livro de literatura. Usem a ficha a seguir.
de dados e informações.
• Explorar a linguagem oral e escrita.
Na hora de escolher um livro de literatura para ler, o que você leva
As habilidades e os componentes a em consideração?
seguir serão trabalhados nesta seção.
• A autoria da obra.
⊲ BNCC
(EF15LP09) Expressar-se em situações • A capa.
de intercâmbio oral com clareza, pre-
ocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra • O preço do livro.
com tom de voz audível, boa articula-
ção e ritmo adequado. • Críticas de jornais e revistas.

⊲ PNA
• Indicações literárias.
Desenvolvimento de vocabulário
Produção de escrita • Recomendações de amigos.

ROTEIRO DE AULA • O número de páginas.

⊲ PRODUÇÃO ORAL • As ilustrações do livro.


ENTREVISTA
1. Antes de irem a campo, é impor-
1 Planejem a entrevista. Sigam os passos a seguir.
tante simularem a situação da en-
trevista. Abra espaço para a turma • Apresentem-se ao entrevistado, dizendo o objetivo da entrevista.
propor como devem iniciá-la. Co- • Façam a pergunta proposta na ficha, leiam as alternativas da ficha e
mente também que a apresentação pintem os quadrinhos de acordo com a resposta do entrevistado.
do entrevistador a cada entrevistado • Agradeçam a atenção do entrevistado.
pode ser assim: “Meu nome é fulano,
sou aluno do 4o ano do professor tal. 2 Ao apresentarem o resultado da sua entrevista e comentá-lo,
Meus colegas e eu estamos fazendo mantenham a postura ereta, falem em ritmo e tom de voz adequados
uma pesquisa para saber o que alu- e com entusiasmo, para prender a atenção da plateia.
nos de outras turmas da escola levam 3 Ouçam com atenção a apresentação dos colegas.
em consideração na hora de escolher
um livro de literatura. Vou citar as op-
ções para que me diga qual ou quais 86
delas você leva em consideração na
hora de escolher um livro. Pode ser?”.
Lembre-os de fazer uma pergunta por D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 86 07/08/2021 22:16 D2_054-0

vez e, ao final da entrevista, agradecer qual veio a seguir, o que os entrevistados – Avalie os resultados com os alunos,
pela atenção do entrevistado. Informe comentaram sobre os itens e seus livros incentivando-os a destacar o que mais
que também devem observar os ges- preferidos, o que perceberam das expres- gostaram e o que mais aprenderam com
tos e as expressões dos entrevistados, sões e gestos que os entrevistados fizeram. essa atividade.
pois isso ampliará as informações que
– Registre na lousa os resultados para 3. Avalie a postura dos alunos no momen-
darão sobre o resultado da entrevista.
verificação coletiva daquilo que é mais to da apresentação dos resultados aos
Comente sobre o valor de usarem
considerado no momento da escolha de colegas. Abra espaço para que os alunos
palavras que indiquem cordialidade,
um livro de literatura. comentem o ritmo e tom de voz usados
como: por favor, obrigado, por gen-
– Compare os resultados que os gru- durante a apresentação do resultado da
tileza etc.
pos obtiveram, verificando com a turma entrevista e de quais recursos lançaram
2. Ressalte com os alunos a importân- a menor e a maior incidência do motivo mão para prender a atenção da plateia.
cia de avaliarem o resultado das entre- da escolha, criando assim um ambiente de
vistas, de forma a contarem para os discussão e reflexão.
colegas qual foi o item mais votado,
86

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OBJETIVOS
produçao de escrita INDICAÇÃO LITERÁRIA • Desenvolver os procedimentos de
Veja orientações e encaminhamentos na seção escrita: planejamento, escrita, revi-
Roteiro de aula. são, reescrita e edição.
A turma será organizada em duplas para
• Identificar as partes constitutivas
produzir uma indicação literária de um conto in-
de uma indicação literária.
fantil de que tenham gostado, de modo a desper-
tar a curiosidade de alunos de outras turmas do • Reconhecer, na prática, a impor-
4o ano em ler o livro. tância dos adjetivos.
As indicações literárias criadas poderão ser
• Produzir uma indicação literária.
expostas no mural da biblioteca ou divulgadas

DAYANE RAVEN
no jornalzinho ou site da escola.
ROTEIRO DE AULA
1 Releiam o livro escolhido para se lembrar dos personagens, dos
acontecimentos e das ilustrações. ⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
2 Planejem o texto com base nestes pontos: INDICAÇÃO LITERÁRIA
• destaquem os aspectos que servirão para convencer o leitor a ler
1. Definido o livro, as duplas deverão
o livro que vocês estão indicando;
conversar sobre os aspectos mais rele-
• incluam os elementos que permitirão ao leitor entender do que trata
vantes que devem ser ressaltados na
o conto indicado (por exemplo, o tema, os personagens, o enredo);
indicação.
• omitam informações propositalmente,
para que o leitor fique curioso em ler o Lembrem-se de não re- 2. Chame a atenção dos alunos para
livro e saber o final da história. velar o final da história. a necessidade de planejar a escrita.
Oriente-os a fazer algumas anotações
3 Decidam se a produção será feita no computador ou se será que ajudem na escrita da indicação.
manuscrita. O texto deve ser escrito e reescrito até que fique adequado
3. Lembre os alunos de que, durante a
aos futuros leitores.
escrita, devem ficar atentos às informa-
4 Leiam a produção para verificar se ela apresenta um resumo da ções que já foram escritas e o que ain-
história, sem contar o final, e se faz comentários positivos de forma a da falta dizer. Deixe claro que podem
despertar o interesse do leitor em ler o livro. consultar as indicações literárias desta
unidade para observar como escritores
Lembrem-se de usar adjetivos e locuções adjetivas para realçar os aspectos experientes comentam os livros.
do conto que desejam indicar.
4. Peça que revisem a produção para
observar se: ela apresenta um peque-
5 Observem também se a indicação contém: no resumo da história sem contar o
• título do livro • nome do ilustrador • número de páginas do livro final; eles usaram adjetivos para ca-
• nome do autor • nome do tradutor (se tiver) racterizar e qualificar o próprio livro, o
enredo, as ilustrações; os comentários
REFLETIR E AVALIAR tecidos sobre a obra instigam a curio-
sidade em conhecer a obra na íntegra.
Preencha a avaliação da página 295.
5. Deixe clara a importância de revisa-
87 rem mais uma vez a indicação literá-
ria produzida, de modo a verificar se
escreveram os dados da obra; se es-
2021 22:16 D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 87 07/08/2021 22:16 creveram as palavras corretamente; se
As habilidades e os componentes a se- meios impressos ou digitais, sempre que iniciaram as frases e nomes próprios
guir serão trabalhados nesta seção. for preciso, informações necessárias à pro- com letra inicial maiúscula e se as fra-
dução do texto, organizando em tópicos ses terminam com sinal de pontuação.
Ao final da atividade, explique aos
⊲ BNCC os dados e as fontes pesquisadas.
alunos que eles vão preencher a ficha
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do pro- (EF15LP06) Reler e revisar o texto produ-
de avaliação da página 295.
fessor, o texto que será produzido, consi- zido com a ajuda do professor e a cola-
boração dos colegas, para corrigi-lo e As questões de avaliação podem
derando a situação comunicativa, os inter- ser discutidas oralmente para que
locutores (quem escreve/para quem escre- aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
mais reflexões e questionamentos so-
ve); a finalidade ou o propósito (escrever reformulações, correções de ortografia e
bre a produção sejam levantados.
para quê); a circulação (onde o texto vai pontuação.
circular); o suporte (qual é o portador do
texto); a linguagem, organização e for- ⊲ PNA
ma do texto e seu tema, pesquisando em Produção de escrita
87

D2-054-091-POR-F1-1100-V4-U02-MP-G23-AVU.indd 87 14/08/2021 15:08


OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Verificar se compreenderam e re- recordar?
conhecem a função de substantivos
coletivos. 1 Complete o texto com adjetivos e locuções adjetivas, de acordo com
• Verificar se reconhecem e dife- a legenda. As respostas são sugestões.
renciam adjetivos e locuções adje- Adjetivo Locução adjetiva
tivas.
• Verificar se compreenderam a re- O dragão
gra de uso de adjetivos terminados
Enorme/gigantesco/imenso e verde/pegajoso/assustador ,
em -oso e -osa.
• Verificar se reconhecem que a le- este dragão com asas
tra g, quando seguida das vogais e
voa alto e é muito veloz. Sua cauda
e i, tem o mesmo som representado
pela letra j. com espinhos/com escamas/com veneno
• Verificar se utilizam palavras da

VALENTYNA CHUKHLEBOVA/
mesma família para apoiar suas es- funciona como uma arma mortal/perigosa/maligna .

SHUTTERSTOCK.COM
critas.
• Verificar se consolidaram a com- Os dentes afiados/pontiagudos eo
preensão de relações entre grafe-
mas e fonemas mais complexas. longo/pontudo chifre também contribuem para que
As habilidades e os componentes a este seja um dos mais perigosos seres da minha imaginação.
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC Adjetivos e locuções adjetivas dão características a substantivos.


(EF04LP01) Grafar palavras utilizando
regras de correspondência fonema-gra- • Circule os substantivos para os quais você escreveu adjetivos e
fema regulares diretas e contextuais. locuções adjetivas.

2 Leia um trecho de um diário.


⊲ PNA
Consciência fonológica e fonêmica Querido diário,
Conhecimento alfabético Hoje, desobedeci à mamãe e saí sem levar a blusa
Compreensão de textos de frio. Quase congelei conjelei morri de frio!
Produção de escrita
• Saber que gelo se escreve com g ajudaria essa criança a decidir sobre
a grafia da palavra em que ela teve dúvida? Por quê?
ROTEIRO DE AULA
Os alunos deverão concluir que sim, pois a palavra congelei é derivada de gelo,
⊲ VAMOS RECORDAR? que se escreve com g.

⊲ AVALIAR E AVANÇAR
1. O objetivo da atividade é verificar se 88
os alunos compreendem a função dos
adjetivos e das locuções adjetivas no D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 88 07/08/2021 22:16 D2_054-0
texto, além de observar se diferenciam
essas classes gramaticais. Peça que os contos ricos em descrições ou indicações alguma defasagem de aprendizagem,
alunos leiam o texto todo e pensem literárias para retomar esse conteúdo com proponha que façam uma lista de palavras
que adjetivos e locuções adjetivas a turma. É sempre importante levá-los a primitivas e derivadas a partir daquelas
podem ser usados para preencher as observar a função dessas classes grama- que foram usadas nos exercícios da seção
lacunas. Ressalte que devem observar ticais nos textos. Por exemplo, em textos Ortografia desta unidade.
a concordância de gênero (feminino e descritivos, essas classes gramaticais aju-
masculino) e número (singular e plu- dam o leitor a imaginar o ambiente, os
ral), ou seja, se o substantivo estiver personagens ou situações. Já em indica-
no masculino, o adjetivo também ções literárias costumam ser usadas para
deverá estar; por exemplo: “dragão gerar interesse do leitor pela obra.
faminto”, “garra afiada”, “dentes 2. Aproveite este momento para verificar
pontudos”. Caso observe defasagens se os alunos se apoiam em palavras primi-
de aprendizagem, selecione trecho de tivas e/ou famílias de palavras. Caso haja

88

D2-054-091-POR-F1-1100-V4-U02-MP-G23-AVU.indd 88 14/08/2021 15:08


3. O objetivo da atividade é avaliar se
3 Complete as frases com adjetivos que podem substituir as expressões os alunos compreendem que substan-
em destaque. tivos podem originar adjetivos e que
adjetivos terminados em -oso e -osa
a) Uma casa cheia de silêncio é uma casa silenciosa .
são sempre grafados com s.
b) Um restaurante repleto de delícias é um restaurante Caso observe defasagens, será in-
teressante apresentar dicionários de
delicioso .
rimas impressos ou digitais. Assim,
c) Uma comida com muito sabor é uma comida saborosa . poderão observar terminações e criar
uma lista de palavras terminadas em
d) Um lugar cheio de maravilhas é um lugar maravilhoso . -oso e -osa.
4 Complete o quadro com os substantivos que faltam. 4. A atividade visa a verificar se os alu-
nos compreendem que os substanti-
Substantivo singular Substantivo plural Substantivo coletivo vos coletivos, apesar de indicarem um
conjunto de elementos, é escrito no
singular, e o verbo concorda com esse
número. Dessa forma, ao completa-
rem o quadro, estarão distinguindo
substantivos no singular, no plural e
As andorinhas Um bando de coletivos.
A andorinha voa. voam. andorinhas voa.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Para remediar eventuais defasa-
gens, sugere-se que elabore um jogo
da memória de substantivos no plural
e coletivos, no qual os alunos deverão
boi localizar um cartão em que o subs-
O pasta. Os bois pastam. A boiada pasta.
tantivo está no plural e seu par será
o substantivo coletivo. Será, também,
mais uma oportunidade de promover a
ampliação do vocabulário dos alunos.

A alcateia SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


O lobo uiva. Os lobos uivam. uiva. LEITURA • Como ensinar as irregulari-
dades ortográficas. Disponível em: https:
//novaescola.org.br/conteudo/2566/co
mo-ensinar-as-irregularidades-ortografi
cas. Acesso em: 14 jul. 2021.
ILUSTRAÇÕES: EDU RANZONI

Peguei o molho
Peguei a chave. Peguei as chaves. de chaves.

89

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B
cial de dicionários. cativante (ca.ti.van.te) a. 2 gên.
C
• Exercitar a pronúncia adequada Algo ou alguém que ganha a simpatia das
de palavras novas. D pessoas; atraente, simpático: O sorriso de Sofia
é cativante.

WANDSON ROCHA
• Compreender que uma mesma E
palavra pode ter diferentes signifi-
cados a depender do contexto. F
• Identificar a acepção de determi- G desperdício (des.per.dí.cio) s.m.
nada palavra ao contexto de uso. 1. Uso sem necessidade ou proveito: Gustavo, deixar toda essa comida no prato é um
H desperdício de alimento.
As habilidades e os componentes a
2. Gasto de forma exagerada ou sem necessidade: Comprar tantos brinquedos para
seguir serão trabalhados nesta seção. I uma só criança é um desperdício.
⊲ BNCC J ⊲ Ilustre o anúncio da campanha contra o desperdício de alimentos.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- Produção pessoal.
K
trações e outros recursos gráficos.
L
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita M
de palavras, especialmente no caso de N
palavras com relações irregulares fo-
nema-grafema. O
P
⊲ PNA
Conhecimento alfabético Q
Desenvolvimento de vocabulário R

TÉL COELHO/GIZ DE CERA


Compreensão de textos
S
Produção de escrita
T

ROTEIRO DE AULA U
V
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO rabugento (ra.bu.gen.to) a.
W
Entre os objetivos desta seção es- Quem está sempre zangado e reclamando de tudo;
tão o de promover o desenvolvimento X ranzinza, mal-humorado, ranheta: O cliente mal chegou
do vocabulário dos alunos, bem como e já estava reclamando de tudo. Que rabugento!
Y
permitir que façam análises sobre o

LASSMAR
funcionamento da língua. Z
No trabalho com a palavra cativan-
te, estimule os alunos a comentar o
90
que, na opinião deles, faz com que
uma pessoa possa ser considerada
cativante. Estimule a formulação de D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 90 07/08/2021 22:16 D2_054-0

frases com essa palavra.


representa. Amplie ainda mais o vocabu- Na abordagem da palavra sofisticado,
Ao abordar a palavra desperdício, peça aos alunos que citem exemplos de
lário da turma, explorando o termo ra-
aproveite para demonstrar e exercitar coisas que consideram sofisticadas, algo
bugice. Abra espaço para que verbalizem
a pronúncia adequada. Explore, tam- que já tenham visto presencialmente ou em
nomes de personagens que conhecem
bém, os significados dessa palavra, filmes, revistas etc. Na discussão, destaque
que podem ser considerados rabugen-
ressaltando a importância de consu- que a palavra sofisticado pode caracterizar
mirem objetos e alimentos de forma tos, como: Sherek, Lula Molusco (Bob
atitudes simples, como a boa educação.
sustentável, sem desperdício. Abra Esponja), Zangado (A Branca de Neve)
entre outros. No trabalho com a palavra transbordar,
espaço para que comentem atitudes aproveite para destacar o número de letras
que podem ter no dia a dia para não Explore a pronúncia adequada da pa- da primeira sílaba e a separação silábica
desperdiçar alimentos e/ou objetos. lavra sarcasmo. Na discussão sobre o sig- dessa palavra. Pergunte se conhecem ou-
No trabalho com a palavra rabu- nificado da palavra, aproveite para abor- tras palavras que tenham 5 letras em uma
gento, aproveite para destacar a gra- dar a importância de tratar as pessoas sílaba e registre-as na lousa, como: trans-
fia dessa palavra e o som que a letra g com respeito. porte, transparente, transferir, transformar.
90

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sarcasmo (sar.cas.mo) s.m. CERTAMENTE, CONCLUSÃO
Comentário cheio de maldade e ironia que
VOSSA MAJESTADE
É O MAIS ESPERTO
A DA UNIDADE
DOS ANIMAIS...
tem a intenção de ofender, menosprezar ou B No processo de avaliação forma-
magoar: A raposa respondeu ao leão com tiva e monitoramento da apren-
sarcasmo, pois não acredita que ele seja o C
dizagem, é fundamental retomar
mais esperto dos animais.
D os principais objetivos pedagógicos
trabalhados ao longo da unidade. As
E

WANDERSON SOUZA
atividades propostas na seção Vamos
F recordar? Avaliar e avançar são
sugestões para uma avaliação formal
G
desses objetivos.
H No entanto, essas sugestões não
I
são a única ferramenta a ser utilizada
para monitorar a aprendizagem dos
sofisticado (so.fis.ti.ca.do) a. J alunos. É fundamental que você use
Algo ou alguém que tem requinte, também seus registros de avaliação
K
originalidade, bom gosto; fino, requintado: informal para coletar dados como: ní-
Depois da reforma, a loja ficou muito L vel de interesse dos alunos, ritmo de

EKATERINA KONIUKHOVA/SHUTTERSTOCK.COM
sofisticada e moderna. introdução dos conteúdos, adequa-
M
ção dos exemplos usados para expli-
N car conceitos, grau de compreensão
de um aluno individual e da turma
O
como um todo, entre outros. Você
P pode ainda se valer da autoavaliação
transbordar (trans.bor.dar) v. oral, pedindo aos alunos que comen-
Q tem o que aprenderam, em que pon-
1. Sair dos limites das bordas: As chuvas
fortes fizeram o rio transbordar. R tos sentiram mais dificuldade, por que
2. Ter um sentimento com muita sentiram mais dificuldade em determi-
intensidade; ter em excesso; estar repleto: S
nado conteúdo e mais facilidade em
O coração de Joana transbordou de outro etc.
alegria com a chegada dos netos. T
Assim, será possível reunir dados
⊲ Luísa não prestou atenção e U
para a sua tomada de decisão quanto
deixou o suco transbordar do copo. V às adequações necessárias para o pro-
Complete a ilustração para que ela gresso dos alunos ou para a remedia-
combine com a frase. Produção pessoal. W ção de eventuais defasagens.
X
WANDSON ROCHA

Y
Z

91

2021 22:16 D2_054-091-F1-PORT-1100-V4-U2-LA-G23-AVU.indd 91 07/08/2021 22:16

91

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UNIDADE

3
INTRODUÇÃO
À UNIDADE
Nesta unidade, serão trabalhados historias que
os aspectos de gêneros textuais como
história em quadrinhos e conto. Espe-
cificamente, no trabalho com as histó- divertem
rias em quadrinhos, serão abordados
os efeitos de sentido de recursos gráfi-
cos e da pontuação, aspectos marcan-
tes desse gênero textual.
Nas atividades desenvolvidas ao
longo da unidade, os alunos ainda po-
derão refletir sobre concordância ver-
bal em relação ao tempo e às pessoas
do discurso, bem como sobre a grafia
de verbos no pretérito perfeito do in-
dicativo na terceira pessoa do singular
(verbos terminados em u).
Ademais, atividades de leitura, pro-
dução de textos, orais e escritos, co-

EDITORA LTDA
nhecimentos linguísticos e de compre-

© MAURICIO DE SOUSA/MAURICIO DE SOUSA


ensão e fluência em leitura oral am-
pliarão os conhecimentos e favorece-
rão a consolidação de aprendizagens.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Reconhecer aspectos dos gêneros
textuais história em quadrinhos e
conto.
• Compreender o efeito de sentido
de recursos gráficos de histórias em
quadrinhos.
• Compreender a função e os efeitos
de sentido de sinais de pontuação.
• Compreender e usar concordân-
cia verbal.
ROMANYA/SHUTTERSTOCK.COM

• Reconhecer o uso dos verbos ter-

EDITORA PULO DO GATO


minados em u relacionados ao tem-
po verbal a que se referem: passado.

⊲ PRÉ-REQUISITOS 92
• Compreender o conceito de verbo.
D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 92 07/08/2021 18:09 D2_092-1

92

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OBJETIVOS
1. Observe estas capas. De que tipo de publicação você acha • Levantar conhecimentos prévios
que elas são? Explique. Espera-se que os alunos identifiquem que se trata
de publicações de histórias em quadrinhos. sobre histórias em quadrinhos.
Deverão chegar a essa conclusão em razão dos elementos nelas presentes. • Expor preferências, usando argu-
2. Que elementos geralmente compõem capas de publicações
como estas? Espera-se que os alunos citem, entre outros, títulos, nomes mentos.
dos autores, nomes das editoras, ilustrações (personagens e cenários). • Realizar leitura de textos multi-
3. Marque as capas cujos elementos despertam seu interesse. modais.
Resposta pessoal.
• Participar de situações de inter-
câmbio oral.

ROTEIRO DE AULA
Em uma conversa inicial, comente
com os alunos que a maioria das his-
tórias em quadrinhos (HQs) combina
texto verbal (palavras) com texto não
verbal (imagens) para contar uma
história. Essa junção permite transmi-
tir uma mensagem de forma agradá-
vel e persuasiva.
1. Abra espaço para que os alunos res-
EDITORA DRACO, 2017

pondam que se trata de capas de gibis,


usando como argumentos persona-
gens conhecidos, os títulos, a forma de

EDITORA LTDA.
composição e outros recursos gráficos.
2. Pergunte de que forma esses ele-

© MAURICIO DE SOUSA
mentos costumam ser distribuídos na
capa. Será interessante levar para a
sala de aula alguns gibis para que os
alunos observem as capas.
3. Essa atividade contribui para a mo-
bilização dos processos gerais de com-
preensão de textos, uma vez que os
alunos serão levados a relacionar suas
experiências com as informações das
capas apresentadas.

⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA


ZIRALDO

Informe aos pais ou responsáveis o


trabalho que desenvolverão com his-
93 tórias em quadrinhos. Ressalte a im-
portância de participarem do processo
de aprendizagem, lendo histórias em
021 18:09 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 93 07/08/2021 18:09
quadrinhos com as crianças e promo-
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP14) Construir o sentido de histó- vendo práticas como a leitura dialo-
guir serão trabalhados nesta seção. rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan- gada e, quando possível, a leitura em
do imagens e palavras e interpretando re- voz alta.
⊲ BNCC cursos gráficos (tipos de balões, de letras, Peça que enviem para a escola, na
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido onomatopeias). data combinada, um gibi para que a
produzido pelo uso de recursos expressivos turma monte uma gibiteca.
gráfico-visuais em textos multissemióticos. ⊲ PNA
(EF15LP09) Expressar-se em situações de Desenvolvimento de vocabulário
intercâmbio oral com clareza, preocupan- Compreensão de textos
do-se em ser compreendido pelo interlo-
cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado.

93

D2-092-129-POR-F1-1100-V4-U03-MP-G23-AVU.indd 93 14/08/2021 10:41


1
OBJETIVOS
• Apresentar personagem da histó-
NA ONDA DOS
ria em quadrinhos.
• Reconhecer efeito de sentido de
QUADRINHOS
título de história em quadrinhos.
• Realizar deduções sobre a história preparaçao para a leitura
em quadrinhos.
As habilidades e o componente a
1. Você conhece a personagem de histórias em quadrinhos chamada
seguir serão trabalhados nesta seção.
Babymouse? O que sabe sobre ela? Respostas pessoais.
⊲ BNCC
Babymouse é uma ratinha simpática, divertida e muito sonhadora.
(EF15LP14) Construir o sentido de his- Sua história em quadrinhos (HQ) foi inicialmente pensada para ser em
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela- preto e branco, porém os autores logo perceberam que a vida da ratinha
cionando imagens e palavras e inter- tinha um toque cor-de-rosa.
pretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
2. Você vai ler um trecho da história Gata da praia, com a ratinha Babymouse.
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
• Em sua opinião, existe relação entre o título da história e a personagem?
tas nos textos lidos. Resposta pessoal.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala-
vras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
(EF04LP05) Identificar a função na
leitura e usar, adequadamente, na es-
crita ponto final, de interrogação, de
exclamação, dois-pontos e travessão

JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO: EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014. P. 8
em diálogos (discurso direto), vírgula
em enumerações e em separação de
vocativo e de aposto.

⊲ PNA
Compreensão de textos

ROTEIRO DE AULA

⊲ PREPARAÇÃO PARA A
Jennifer L. Holm e Matthew
LEITURA Holm. Babymouse: gata da
praia. São Paulo: Fundamento
O objetivo desta seção é, a partir de Educacional, 2014. p. 8.
atividades preparatórias, familiarizar
os alunos com a personagem principal
94
da história em quadrinhos e oferecer
algumas informações que ajudarão os
alunos a compreender a história. D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 94 07/08/2021 18:09 D2_092-1

1. Informe à turma algumas curiosi- 2. Explore o título da história. É importan- Pergunte se a ratinha é vaidosa e se é
dades, como: a personagem foi criada te chamar a atenção dos alunos para o possível afirmar que Babymouse é autocon-
pelos irmãos Jennifer e Matthew Holm; fato de a palavra gata gerar um jogo de fiante. Espera-se que os alunos concluam
na infância, Jennifer tinha uma casa de palavras, pois tanto pode se referir a uma que a primeira página da HQ evidencia que
bonecas “habitada” por bonequinhas gíria para caracterizar a ratinha, no sen- a ratinha é muito vaidosa e autoconfiante.
em forma de ratinhas; os irmãos iriam tido de ela ser bonita e charmosa, como Apesar de as normas da ABNT deter-
criar as HQs em preto e branco, mas pode se referir a uma ironia pelo fato de minarem outra regra, optamos por usar a
perceberam que a vida da ratinha pre- a personagem ser, na verdade, uma rata. ordem direta dos nomes dos autores nas
cisava de toques cor-de-rosa. Ao explo-
Ressalte a pontuação usada no título, referências desta obra, para apoiar o pro-
rar a HQ, os alunos irão perceber que,
que pode ser interpretada como a fala de cesso de leitura do aluno nos anos iniciais
quando Babymouse usa a sua imagi-
alguém que está surpreendido com a pre- do Ensino Fundamental.
nação, os quadrinhos são coloridos
sença da personagem na praia.
com fundo rosa; quando está na vida
“real”, são preto e branco.
94

D2-092-129-POR-F1-1100-V4-U03-MP-G23-AVU.indd 94 14/08/2021 10:41


OBJETIVOS
leitura HISTÓRIA EM QUADRINHOS • Ler histórias em quadrinhos.
• Observar e interpretar imagens,
1. Nos primeiros quadrinhos desta HQ, Babymouse (a gata da praia) era relacionando-as com o texto escrito.
muito esperada para um concurso de surfe famoso, pois conseguia • Ampliar conhecimentos sobre o
surfar ondas poderosas. gênero textual história em quadri-
• Leia um trecho da HQ e comente suas impressões sobre nhos e sua finalidade.
a história. Resposta pessoal. • Interpretar diferentes linguagens
e recursos gráficos de expressão de
história em quadrinhos.
1

ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
1. Oriente os alunos a ler a HQ e, de-
pois, incentive-os a expressar o que
compreenderam do texto e suas im-
2 pressões; promova um debate sobre
as atitudes dos personagens.
Após a leitura, explore os recursos
da narrativa.
1O quadrinho: pergunte aos alunos:
onde a cena se passa? Por quê? Quem
está com Babymouse? Como vocês
JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO: EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014.P. 9
descobriram? Se a fala do treinador
dela terminasse com ponto final,
como ficaria o sentido? E com ponto
3
de interrogação?
2O quadrinho: chame a atenção para
o balão de grito que representa a fala
de todos os personagens, evidencian-
do a alegria deles enquanto correm
para pegar a onda perfeita. Se neces-
sário, informe o nome desse balão:
uníssono.
3O quadrinho: pergunte: de que cor
é o céu nos três primeiros quadri-
nhos? É fundamental que concluam
95 que o céu cor-de-rosa evidencia fatos
da imaginação da personagem. Per-
gunte também: como a ratinha está
021 18:09 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 95 07/08/2021 18:09
se sentindo nesse quadrinho e por
As habilidades e os componentes a se- gens, dados da própria obra (índice, pre- quê? Leve-os a perceber os recursos
guir serão trabalhados nesta seção. fácio etc.), confirmando antecipações e gráficos usados para evidenciar movi-
inferências realizadas antes e durante a mentos, esforço e cansaço da ratinha:
os traços em volta do corpo dela e da
⊲ BNCC leitura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas. prancha, o uso da repetição da pala-
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em vra rema e o fato de ela estar com a
relação ao texto que vai ler (pressuposi- (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido língua de fora.
ções antecipadoras dos sentidos, da for- produzido pelo uso de recursos expressivos
ma e da função social do texto), apoian- gráfico-visuais em textos multissemióticos.
do-se em seus conhecimentos prévios (EF15LP14) Construir o sentido de histó- ⊲ PNA
sobre as condições de produção e re- rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan-
Desenvolvimento de vocabulário
cepção desse texto, o gênero, o suporte do imagens e palavras e interpretando re-
e o universo temático, bem como sobre cursos gráficos (tipos de balões, de letras, Compreensão de textos
saliências textuais, recursos gráficos, ima- onomatopeias). Produção de escrita
95

D2-092-129-POR-F1-1100-V4-U03-MP-G23-AVU.indd 95 14/08/2021 10:41


ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA 4

HISTÓRIA EM QUADRINHOS
4 O quadrinho: pergunte aos alunos:
o que a cena evidencia? De quem é o
balão de fala? É importante que reco-
nheçam o balão uníssono, que é uma
fala de todos os espectadores. Chame
a atenção para a expressão “Gata da
praia”, que gera ambiguidade porque
Babymouse está se sentindo linda e
pela ironia por ela ser uma rata. Des-
taque que a ratinha está surfando em
uma onda muito grande.
5O quadrinho: pergunte: Babymouse
está se imaginando em um campeo-
nato de surfe? Por quê? É importante
que os alunos concluam que sim, pois
aparecem jurados que dão notas para
a atuação dos participantes. Ressalte
a expressão facial, os gestos e a nota
que os jurados deram, evidenciando
o quanto estão empolgados com a
apresentação da ratinha.
6O quadrinho: pergunte: Babymouse
ainda está surfando a onda? O que le-
vou vocês a essa conclusão? Espera-se 5 6
que os alunos concluam que sim, pois
o fundo do quadrinho tem o mesmo
traço do desenho da onda do quarto

JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO:


quadrinho. Pergunte também: nesse
quadrinho, como Babymouse parece
estar se sentindo? Espera- se que os

EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014. P. 14


alunos concluam que a ratinha parece
muito feliz, provavelmente por con-
seguir pegar a onda e pela nota que
recebeu dos jurados.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

A imagem gráfica utilizada nas histórias Portuguesa. Nos gibis, as crianças conse-
em quadrinhos sempre esteve presente guem deduzir o significado da história,
em nossa historicidade e apresenta inte- que não são capazes ainda de ler direta-
resse ao ser humano nas várias etapas de mente, observando a imagem.
sua vida. As histórias em quadrinhos, ao HAMZE, Amelia. Histórias em quadri­
integrarem figuras e textos, auxiliam as nhos e os Parâmetros Curriculares Na­
crianças a aprender a ler e a progredir li- cionais. Disponível em: https://educador.
geiramente na leitura. [...] brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente
A recomendação de usar histórias em /historia-quadrinhos.htm. Acesso em: 16
quadrinhos nas escolas consta do volume jul. 2021.
dos PCN dedicado ao ensino da Língua

96

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pontuação usada na frase, para dar
ainda mais intensidade e emoção ao
texto verbal da cena.
7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Providencie alguns gibis e promova
a brincadeira Ciranda dos gibis. Dis-
tribua um para cada aluno, que deverá
levar o gibi para casa, ler, fazer uma
ilustração que o represente (em uma
folha avulsa), registrar os dados do
gibi (título, autor, data de publicação,
suporte em que foi publicado) e ela-
borar uma pergunta que será respon-
dida pelo colega que der sequência à
ciranda. Entregue a cada aluno um gibi
diferente. A partir do segundo aluno,
a essas tarefas acrescenta-se a de res-
ponder à pergunta do colega anterior.

JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO:


EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014. P. 15.

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7 quadrinho: Informe que o retângulo


O
8 quadrinho: pergunte: o que esse re-
O

dentro desse quadrinho recebe o nome cordatório indica? Leve os alunos a perce-
de recordatório. Pergunte: o que o texto ber que esse recurso foi usado para evi-
do recordatório indica? Espera-se que os denciar que Babymouse levou um tombo
alunos concluam que o texto indica que com a quebra da onda.
algo dará errado. Leve-os a perceber que, Chame a atenção da turma para os res-
nesse momento, a onda aparenta estar pingos acima da mensagem, que podem
quebrando em direção à ratinha. representar a água que o tombo da rati-
Pergunte: Babymouse parece perceber nha levantou.
que a onda irá alcançá-la, podendo derru- Mais uma vez, destaque o fundo rosa
bá-la? Espera-se que os alunos concluam dos quadrinhos, que será revelado mais
que não, pois a expressão facial da ratinha tarde que representam fatos da imagina-
é de extremo entusiasmo e alegria. ção da personagem. Ressalte, também, a

97

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ROTEIRO DE AULA
9
⊲ LEITURA
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
9O quadrinho: pergunte: a quem se re-
fere o pronome você nesse recordató-
rio? Espera-se que os alunos concluam
que esse pronome se refere ao leitor.
Pergunte também: o que representa
a onomatopeia CRASH? Representa
o som do tombo que Babymouse le-
vou da prancha, sendo derrubada pela
onda ficando apenas com as “pernas”
para fora da água. Chame a atenção
para a cena do banho no desse mesmo
quadrinho. Neste momento, é estabe-
lecida a ligação entre a imaginação da
personagem e a realidade.
Certifique-se de que a turma perce-
beu que o balão de fala aponta para
fora da cena do banheiro, mas que
não está na cena da praia. Pergunte:

JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO: EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014. P 16.
Babymouse demonstra preocupação
por estar sendo chamada do lado de
10 11
fora do banheiro? Não, a expressão
da ratinha evidencia tranquilidade e
alegria.
10O quadrinho: pergunte: quem é
o personagem que aparece na cena?
É o irmão da Babymouse. É possível
descobrir com a leitura do outro balão
desse quadrinho. Mais uma vez, cha-
me a atenção dos alunos para o balão
que aponta para fora do quadrinho.
Ressalte que é provável que seja a fala
de alguém mais velho e provavelmen- Jennifer L. Holm e Matthew Holm. Babymouse: gata da praia.
te próximo dos ratinhos. São Paulo: Fundamento Educacional, 2014. p. 9, 14-16.
Chame a atenção da turma para • Agora, numere os quadrinhos da história na ordem em que devem
a onomatopeia BAM BAM, que re- ser lidos.
presenta o som da batida na porta.
Pergunte: o que é revelado nos três
últimos quadrinhos? Espera-se que 98
os alunos respondam que é revelado
que a ratinha estava imaginando os D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 98 07/08/2021 18:09 D2_092-1
fatos ocorridos na praia. Na verdade,
todo o tempo a personagem estava criar situação humorística. A estratégia 11 quadrinho: pergunte: Babymouse es-
O

narrativa pode ser resumida em uma úni- tava há muito tempo no banho? Por quê?
tomando banho. ca cena. [...] quanto mais condensada é a
Sim, Babymouse teve tempo de imaginar
Ressalte que finais inusitados contri- narrativa, maior tende a ser o volume de
buem para dar humor às HQs, confor- inferências feito pelo leitor. [...] todo o campeonato de surfe; mesmo as-
me ressalta o professor Paulo Ramos: Outra peculiaridade é que nem mesmo sim, não terminou seu banho.
o uso das palavras é obrigatório para a
geração do humor numa tira cômica. Há
A marca central das tiras cômicas vários exemplos de séries e de histórias
[...] está na criação de um desfecho mudas, criadas apenas com o uso das
inesperado que irá levar ao humor. imagens. [...]
Mas há ainda algumas peculiaridades
sobre esse mecanismo que também A leitura é feita apenas com base nos ele-
merecem ser registradas. [...] a his- mentos visuais apresentados no texto. [...]
tória não precisa apresentar obriga- RAMOS, Paulo. Tiras no ensino. São Paulo:
toriamente vários quadrinhos para Parábola, 2017. p. 71-74.

98

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2. c) No 9o quadrinho, em que aparecem duas cenas distintas: a ratinha no mar e a
ratinha tomando banho. O fato de o surfe na praia ser imaginação da ratinha fica 2. a) e b) Peça aos alunos que justifi-
2. Responda. evidente pelas bolinhas que saem da cabeça dela e que indicam que a cena estava quem suas respostas com elementos
a) Em que lugar Babymouse imaginou estar? no balão de pensamento. e quadros da HQ.
Babymouse imaginou estar na praia. 2. c) Destaque a importância do for-
mato dos balões nas histórias em
b) Em que lugar a ratinha realmente estava? quadrinhos, pois a partir deles foi
A ratinha estava em sua casa, tomando banho. possível identificar que a ratinha es-
tava imaginando.
c) Em qual quadrinho fica claro que os acontecimentos na praia foram
3. A cor dos quadrinhos da HQ muda
imaginados pela ratinha? Explique sua resposta.
sempre que a imaginação da ratinha
3. Que recurso gráfico é usado para diferenciar os fatos e o que é fruto começa. Pergunte aos alunos o que
da imaginação da ratinha? acharam desse recurso gráfico.
Espera-se que os alunos percebam que é usada a cor rosa no fundo dos quadrinhos
4. Chame a atenção para o fato de os
desenhistas criarem técnicas para faci-
para evidenciar o que é fruto da imaginação da personagem. Quando as situações são reais, litar o entendimento do leitor.
Consulte com os alunos o Dicio-
as cores são predominantemente preto e branco. nário ilustrado no final da unidade
para explorar outros significados e
4. No quadrinho 3, que recursos foram usados para evidenciar o esforço
exemplos de uso do termo recurso e
da ratinha ao remar com as mãos?
ampliar o repertório deles com novo
A repetição da palavra REMA, a expressão facial da personagem e os traços indicando vocabulário.

movimento em volta dela e da prancha.


5. Peça aos alunos prestarem atenção
aos formatos dos balões e do recorda-
tório nesse fragmento do quadrinho.

5. Releia um trecho da história.


JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO:
EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014.P. 9

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ROTEIRO DE AULA
Nas histórias em quadrinhos e nas tirinhas, o texto escrito, geralmen-
⊲ LEITURA te, é apresentado nos balões, mas também pode aparecer em legendas
ou recordatórios, que apresentam a voz do narrador e são frequente-
HISTÓRIA EM QUADRINHOS mente quadrados ou retangulares.
5. Geralmente, esse pequeno texto do
recordatório descreve algum fato ou a) A que momento esperado por todo surfista o recordatório se refere?
informa algo relacionado ao início da À chegada da onda perfeita.
história ou com ligação entre um qua-
drinho e outro. b) Que recursos foram usados nesse trecho para evidenciar a alegria
dos surfistas?
5. a) Levante os conhecimentos dos
alunos em relação ao surfe. Pergunte Espera-se que os alunos concluam que a alegria é evidenciada pela expressão dos
o que fazem os surfistas e o que pode
deixar um surfista animado. Abra es- personagens na ilustração e pelo conteúdo e formato do balão uníssono de grito (IUPIII!!!).
paço para que comentem o que con-
6. Releia o recordatório do quadrinho 7.
sideram ser uma onda perfeita.
5. b) Chame a atenção para o fato de

BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO PAULO:


EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL,
JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM.
que os dois códigos, texto e desenho,
não podem ser lidos separadamente
em uma história em quadrinhos. O en-

2014. P. 15.
tendimento e o humor só são possíveis
com a observação e a leitura da última • O que o narrador quis dizer com essa informação?
imagem deste trecho do quadrinho.
O narrador quis mostrar que algo ia dar errado.
6. Leve os alunos a perceber o sentido
da informação do recordatório: algo 7. A quem se refere o pronome você no recordatório do quadrinho 9?
deu/vai dar errado. Ao leitor (que o narrador supõe que gostaria de ver a cena que havia sido encoberta no
7. Desafie-os a comentar o que acha- quadrinho anterior).
ram sobre esse recurso utilizado pelo
8. Nos quadrinhos 9 e 10 aparecem onomatopeias.
narrador em 1a pessoa da HQ. É im-
portante explicar que, por vezes, a
narração em 1a pessoa se utiliza des- Onomatopeia é a representação gráfica de sons ou ruídos produzi-
se recurso (digressão, conversa com dos por objetos, animais, pela natureza e pelo ser humano.
o leitor) para aproximar quem lê da
• Escreva o que cada onomatopeia representa.
narrativa ou para envolvê-lo nas ações
do(s) personagem(ns).
8. As onomatopeias podem situar-se
no interior do balão ou independen-
temente dele. Este é o caso mais co- O som do tombo da ratinha. O som da batida na porta.
mum, pois, nas histórias em quadri-
nhos, as onomatopeias nem sempre
são pronunciadas pelos personagens,
100
mas localizam-se exatamente no lugar
de onde provém o ruído que repre-
sentam. Além de sua posição dentro D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 100 07/08/2021 18:09 D2_092-1

do quadrinho, a onomatopeia tam-


bém ganha expressividade de acordo
com a maneira como é desenhada.
Não se trata apenas do fato de que
a onomatopeia imita o ruído de algo,
mas de que também sugere grafica-
mente o tipo de ruído.

100

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OBJETIVOS
retomar e avançar SINAIS DE PONTUAÇÃO • Identificar os efeitos de sentido
causados pelo uso de pontuação.
• Reconhecer e aplicar em gêneros
1. Releia um trecho da HQ de Babymouse.
textuais escritos regras de uso do
ponto final, ponto de exclamação e
ponto de interrogação.

JENNIFER HOLM E MATTHEW HOLM. BABYMOUSE: GATA DA PRAIA. SÃO


• Retomar e consolidar conteúdos

PAULO: EDITORA FUNDAMENTO EDUCACIONAL, 2014.P. 9


já abordados.
• Remediar eventuais defasagens
de aprendizagem.

ROTEIRO DE AULA
a) Que sentimento é evidenciado na fala do treinador?
⊲ RETOMAR E AVANÇAR
X Entusiasmo. Tristeza. Dúvida.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
b) Que sinal de pontuação contribuiu para evidenciar esse sentimento? 1. a) Entre os objetivos da atividade
está o de ampliar o vocabulário dos
O ponto de exclamação.
alunos e verificar a compreensão do
2. Reescreva a frase do treinador, de forma que ela indique: trecho lido. Discuta com a turma o
que significa cada um dos sentimen-
a) uma pergunta. tos registrados. Abra espaço para que
Você consegue? verbalizem, a partir do contexto apre-
sentado, que sentimento pode estar
• Escreva o nome do sinal de pontuação que você usou. associado a esse quadrinho.
Ponto de interrogação. 1. b) Mostre a importância dos sinais
de pontuação nos textos escritos, a
b) uma afirmação. partir da compreensão do sentido do
Você consegue. texto por meio da leitura em voz alta.
Se possível, peça aos alunos que dra-
• Escreva o nome do sinal de pontuação que você usou. matizem a leitura do balão de fala da
Ponto final. HQ “Você consegue!”. Na oralidade,
outros elementos são importantes
para compreendermos o sentido da
Na fala, o tom de voz, as pausas e as expressões do rosto e do corpo exclamação, como a expressão facial,
revelam o que queremos dizer. Na escrita, os sinais de pontuação podem o tom de voz, a ênfase em cada pala-
contribuir para expressar algumas emoções. vra pronunciada. Peça que leiam em
voz alta: “Eu confio em você!”, “Você
é demais!”, “Você surfa bem!”, “Por
101 que você não veio ontem?”, “Qual foi
sua pontuação no campeonato?” e
“Quantas ondas você pegou hoje?”.
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2. Recupere com os alunos o que es-
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA tudaram sobre frases. Estimule os alu-
guir serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos nos a escrever as frases de forma a in-
Produção de escrita dicar uma pergunta e uma afirmação.
⊲ BNCC Em seguida, peça que leiam em voz
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido alta, dando a entonação de acordo
produzido pelo uso de recursos expressivos com os sinais de pontuação.
gráfico-visuais em textos multissemióticos.
(EF04LP05) Identificar a função na leitura e
usar, adequadamente, na escrita ponto fi-
nal, de interrogação, de exclamação, dois-
-pontos e travessão em diálogos (discurso
direto), vírgula em enumerações e em se-
paração de vocativo e de aposto.
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ROTEIRO DE AULA
3. Pontue a HQ, que foi escrita, de propósito, sem alguns sinais
de pontuação.
⊲ RETOMAR E AVANÇAR
SINAIS DE PONTUAÇÃO
.
3. Peça aos alunos que leiam a histó- !/?/.
ria e comentem o que entenderam.
Depois, organize os alunos em duplas
peça que pontuem a história. Como
pode haver diferentes formas de pon-
tuar, leve as duplas a justificarem as
pontuações escolhidas e chame a !/.
./!
atenção para o fato de mais de um !
sinal poder se empregado em alguns !
!
balões. !/.
Registre as falas dos balões na lou-
sa e reescreva-as com pontuações di- ?
ferentes, incluindo ponto de exclama-
ção ou ponto final em alguns trechos.
Discuta os efeitos de sentido provoca-
dos por essas alterações.
Para pontuar as frases, os alunos !
devem considerar o texto escrito e !
as imagens. Por exemplo, no terceiro
balão, a expressão da personagem
Carol revela que ela está empolgada,
animada. Portanto, a pontuação mais !!
adequada para a fala é o ponto de ex-
clamação, porém o ponto final pode
ser utilizado.
A pontuação pode ser expressiva !
e/ou lógica: a expressiva traduz as .
emoções ou estabelece jogos de efei- !/. ?
.
tos dentro do texto; a lógica é de uso
estritamente formal, organizadora das
informações.

LAERTE
Laerte. O grito. Zá!, ano 1, n. 8, mar. 1997. /Jornal Estadão.

102

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Esses sinais procuram indicar primaria- queremos indicar, pode ser usado sozinho
mente a melodia com que devemos ler os ou conjugado com outros sinais [...]. Porém,
períodos (por isso são de natureza fonoló- devemos compreender que eles precisam
gica) e o sentido geral da frase em que são ser compreendidos em consonância com
usados (por isso são, também, de nature- o conteúdo semântico do que está escrito.
za semântica). Alguns desses sinais, como Um ponto não indica “sozinho” que se trata
é o caso do versátil ponto final, também de uma pergunta, afirmação ou ironia.
acabam assumindo outros usos “menos FERRAREZI JUNIOR, Celso. Guia de acen­
nobres”, mas não menos importantes [...] tuação e pontuação em português brasi­
Cada um desses sinais, dependendo do que leiro. São Paulo: Contexto, 2018. p. 57.

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OBJETIVOS
nossa lingua VERBOS E CONCORDÂNCIA • Compreender o conceito de verbo.
• Reconhecer tempos verbais.
• Compreender o conceito e fazer
1. Leia a tirinha.
uso de concordância verbal.

ROTEIRO DE AULA

⊲ NOSSA LÍNGUA
VERBOS E CONCORDÂNCIA
É importante que o conceito de ver-

GARFI ELD, JIM DAVIS © 1994 PAWS, INC.ALL RIGHTS RESERVED / DIST. BY ANDREWSMCMEEL SYNDICATION
bo não seja trabalhado apenas como
palavra que exprime uma ideia de ação.
Isso porque conceituar verbo dessa for-
ma pode trazer sérios prejuízos para o
aprendizado dessa classe gramatical.
Normalmente, as crianças entendem
ação como algo que se faz, uma ideia
ligada a movimento. Dessa forma, se
verbo é ação, verbo é algo que faze-
mos. Seguindo então esse raciocínio,
as crianças podem concluir que, na
Jim Davis. Garfield & seus amigos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2015. p. 112. frase “João fez acrobacias”, o verbo
seria “acrobacias”, pois a ação de João
a) Agora, leia as frases a seguir. foi justamente as acrobacias. Amplian-
do essa lógica, quais seriam os verbos
RX Garfield pula nas rosas. quando se diz que alguém pensou,
parou, permaneceu? Os alunos pode-
AZ Garfield pulou nas rosas. rão concluir que, com certeza, não há
verbos, pois não há movimento. Assim,
LR Garfield pulará nas rosas. para melhor apropriação desse conteú-
do pelos alunos, as atividades devem
• Sublinhe as palavras que diferenciam uma frase da outra. ter por objetivo chamar-lhes a atenção
para o fato de que os verbos indicam
tempo e pessoa.
As palavras que você sublinhou são verbos.
1. Abra espaço para que os alunos
comentem o que sabem sobre o per-
sonagem Garfield. Participe da discus-
são, informando que Garfield é um
103 gato de cor caramelo listrado, pre-
guiçoso, guloso e adora café, lasanha
e televisão. Garfield odeia as segun-
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das-feiras e vive com seu dono Jon e
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA o cãozinho Odie. Só então, peça aos
guir serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos alunos que leiam a tirinha e comen-
tem suas impressões sobre ela, justi-
Produção de escrita
⊲ BNCC ficando. Depois, oriente que leiam as
(EF15LP14) Construir o sentido de histó- frases em voz alta.
rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan- 1. a) É importante que os alunos con-
do imagens e palavras e interpretando re- cluam que em cada frase o verbo está
cursos gráficos (tipos de balões, de letras, flexionado de maneiras distintas.
onomatopeias).
(EF04LP06) Identificar em textos e usar
na produção textual a concordância entre
substantivo ou pronome pessoal e verbo
(concordância verbal).
103

D2-092-129-POR-F1-1100-V4-U03-MP-G23-AVU.indd 103 14/08/2021 10:41


ROTEIRO DE AULA b) Pinte os quadrinhos, relacionando as cores à ideia que cada uma das
frases do item a passa.
⊲ NOSSA LÍNGUA LR O fato vai acontecer (tempo futuro).
VERBOS E CONCORDÂNCIA AZ O fato já aconteceu (tempo passado).
1. b) O objetivo da questão é verificar
se os alunos associam cada flexão ver- RX O fato está acontecendo (tempo presente).
bal ao tempo a que se refere.
Chame a atenção dos alunos para Os verbos não sofrem variação de gênero (masculino ou feminino),
o fato de que os acontecimentos po- como acontece com os substantivos e adjetivos, porém mudam de termi-
dem ocorrer nos tempos presente, nação de acordo com o tempo: passado, presente ou futuro.
passado e futuro. Amplie esta ativida-
de, adicionando marcadores tempo-
rais para mostrar à turma como há pa- 2. Imagine que Garfield saiu para brincar com seu amigo Odie. Complete
lavras e expressões que dão ênfase ao a frase.
tempo em que uma frase está escrita:
“Garfield pula nas rosas agora.”;

RESERVED / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION


GARFIELD, JIM DAVIS © 1999 PAWS, INC. ALL RIGHTS
“Garfield pulou nas rosas ontem.”;
“Garfield pulará nas rosas amanhã.”.
2. O objetivo da questão é verificar
Jim Davis. Garfield. Disponível
se os alunos reconhecem e realizam em: https://www.gocomics.com/
a concordância verbal em relação às garfield/1999/08/17.
pessoas do discurso e não em relação Acesso em: 5 ago. 2021.
ao tempo verbal. Pergunte: que pro-
Garfield e Odie pularam nas rosas.
nome pessoal poderia ser usado em
vez de Garfiel e Odie? E se a frase co-
meçasse com Eu e Odie? E se come- Ao alterar os verbos para adequá-los às pessoas e ao tempo que in-
çasse com Odie? Como ficaria o verbo dicam estamos fazendo a concordância verbal.
de cada frase?
Após a atividade, promova a leitura
3. Escreva uma fala no balão. Use o verbo comer passando a ideia de
do boxe que traz o conceito de con-
tempo futuro.
cordância verbal.
3. Realize a atividade primeiro oral-
mente. Ressalte que, em balões de Sugestões de resposta: Minha
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ração preferida! Vou comer


GARFIELD, JIM DAVIS © 1994 PAWS, INC. ALL RIGHTS

fala, não é usado o travessão para a tudo!/ Minha ração preferida!


indicar a fala. Abra espaço para que Comerei tudo!
os alunos verbalizem suas respostas.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Caso verifique defasagens em re-
lação à aprendizagem de tempos ver-
bais, propõe-se que realize atividades 104
como a seguinte:
1. Leia o poema, observando os ver- D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU1.indd 104 08/08/2021 01:22 D2_092-1

bos em destaque.
a) Esses verbos indicam algo que:
Nina menina
( x ) já aconteceu.
virou foguete, ( ) vai acontecer.
pintou o sete, ( ) está acontecendo.
dançou no roque? b) Esses verbos estão no tempo:
( x ) passado. ( ) presente.
Nina menina ( ) futuro.
tomou sorvete
c) Agora, reescreva esses verbos de forma
lá nas lonjuras
de Nova Iorque?
que indiquem que algo:
Sylvia Orthof. Nina. In: Sylvia Orthof. 1. vai acontecer, ou seja, tempo futuro: vi-
A poesia é uma pulga. São Paulo: Sa- rará; pintará; dançará; e tomará.
raiva, 2005. 2. está acontecendo, ou seja, tempo pre-
sente: vira; pinta; dança; e toma.
104

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
4. Leia a página de um diário e complete-a com uma palavra de cada dupla.
TEXTO COMPLEMENTAR
fui • irei fomos • iremos vieram • virão aproveitei • aproveitarei
Verbos simples [...] são aqueles que
começaram • começarão estudou • estudará fez • fará aparecem na forma de uma só pala-
vra [...]. Verbos em locução, também
chamados de verbos compostos, são
aqueles que aparecem na forma de
Na segunda-feira passada, fui duas palavras verbais funcionando
como se fossem apenas uma. Nesse
ao cinema com meus amigos. Depois do filme, caso, apenas a primeira delas (cha-
mada de verbo auxiliar) é que se mo-
fomos a uma lanchonete. Os meus difica, se flexiona. A segunda palavra
primos também vieram me visitar. de locução (chamada de verbo princi-
pal) está sempre em uma forma fixa.
Ainda bem que aproveitei . Na próxima [...] na locução, é o verbo auxiliar que
passa mais a ideia de tempo (por isso
semana, começarão as provas da escola. é chamado de auxiliar, pois tem uma
função “mais gramatical”) e o verbo
Por isso, na segunda e na terça-feira que vêm, a Gabriela principal passa mais a ideia essencial
do verbo (por isso é chamado de prin-
estudará comigo na biblioteca. Estou cipal, pois tem a função mais semân-
tica, mais ligada à essência do sentido
tranquilo porque a professora

PICSFIVE/SHUTTERSTOCK.COM
fará da locução).
uma revisão dos conteúdos amanhã. FERRAREZI JUNIOR, Celso. O estudo
dos verbos na educação básica. São
Paulo: Contexto, 2014. p. 17-18.
• Circule as palavras que você usou para completar o texto de acordo
com a legenda.
Verbos no tempo passado.
Os alunos deverão circular de azul as formas verbais fui / fomos / vieram / aproveitei.
Verbos no tempo futuro.
Os alunos deverão circular de amarelo as formas verbais começarão / estudará / fará.
5. Reescreva esta frase, alterando as formas verbais conforme os
tempos indicados.

Durante as férias, eu saí da rotina e acordei mais tarde.

a) Presente: Durante as férias, eu saio da rotina e acordo mais tarde.

b) Futuro: Durante as férias, eu sairei da rotina e acordarei mais tarde.

105

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4. Peça aos alunos que leiam a página de que predomina o registro informal, outra
diário silenciosamente. Em seguida, faça possibilidade para os verbos no futuro se-
a leitura em voz alta. Chame a atenção ria sua forma composta, como vai estudar,
para os marcadores de tempo: “na segun- vai fazer etc.
da-feira passada”; “na próxima semana”; 5. Peça aos alunos que leiam a frase em
“na segunda e na terça-feira que vêm”; voz alta. Pergunte quais palavras são ver-
e “amanhã”. Peça aos alunos que digam bos nessa frase.
quais marcadores temporais indicam pas- Em seguida, desafie-os a verbalizar
sado e quais indicam futuro. Explique que em qual tempo esses verbos estão. Rea-
esses marcadores os auxiliarão a saber qual lize a atividade de flexionarem as frases
a forma verbal adequada e a que tempo no presente e no futuro primeiro oral-
ela se refere. Comente com os alunos que, mente. Depois, peça que registrem no
pelo fato de o diário ser um gênero em livro do aluno.

105

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ROTEIRO DE AULA
Além de os verbos poderem indicar tempo presente, passado ou
⊲ NOSSA LÍNGUA futuro, também podem variar para indicar as pessoas às quais se refe-
rem: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
VERBOS E CONCORDÂNCIA
6. Leia o boxe depois promova leitura 6. Leia a frase e faça o que se pede.
da frase. Pergunte aos alunos qual é
o verbo da frase e em que tempo ele Eu coleciono gibis.
está. Depois, pergunte: se a frase co-

CRIAR IMAGEM/FERNANDO FAVORETTO


meçasse com o pronome nós, como a) Sublinhe o verbo dessa frase.
ficaria o verbo? E se começasse com
b) Circule a palavra dessa frase que indica a quem
eles? O objetivo da atividade é levar
o verbo se refere.
os alunos a perceber que os verbos va-
riam não só para indicar ideia de tem- 7. Complete as frases a seguir com o verbo que você sublinhou na
po, mas também para indicar as pes- atividade anterior, combinando com cada pessoa.
soas do discurso às quais se referem.
7. Nas formas verbais, as pessoas do coleciona
Ele gibis.
discurso também são marcadas for-
malmente pela flexão. Assim, uma Nós colecionamos gibis.
forma verbal que faz referência à pri-
meira pessoa do discurso (quem fala) Eles colecionam gibis.
está na 1a pessoa; se fizer referência
à segunda pessoa do discurso, com a) Para completar as frases, você fez alterações na forma verbal
quem se fala, a forma verbal está na coleciono? Por quê? Sim, porque mudou a pessoa. É importante que os alunos
2a pessoa; se fizer referência à terceira concluam que a forma verbal coleciono sofreu alterações para combinar com as respectivas pessoas.
b) Agora, imagine que a frase tivesse sido escrita assim:
pessoa do discurso, de quem se fala,
o verbo está na 3a pessoa. Na maioria
das variedades do português do Brasil, Coleciono gibis.
a segunda pessoa do discurso é indi-
cada pelo pronome você(s), e não por • A qual pessoa a forma verbal coleciono se refere? Explique.
tu/vós. A concordância com o prono- A forma verbal coleciono refere-se a eu. Espera-se que os alunos identifiquem a
me você(s) se dá em 3a pessoa, apesar
de fazer referência à segunda pessoa pessoa pela flexão do verbo.
do discurso (com quem se fala). É im-
portante que os alunos consigam con- 8. Escreva a pessoa à qual os verbos em destaque se referem.
cluir que o verbo teve a conjugação
a) Aprendemos a importância de não desperdiçar água. nós
alterada para concordar com o sujeito
que foi alterado em todas as frases. b) Vesti a blusa que vovó me deu de aniversário. eu
8. O objetivo da questão é verificar se
os alunos compreendem a que pesso- c) Deram uma desculpa e não vieram à festa. eles/elas
as do discurso os verbos se referem a
partir de suas flexões. Caso os alunos 106
apresentem dificuldades para realizar
a atividade, promova a conjugação
de cada um dos verbos destacados de D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 106 07/08/2021 18:09 D2_092-1

modo que os alunos possam observar SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


a qual pessoa cada flexão se refere.
TEXTO COMPLEMENTAR

O verbo na língua portuguesa apresenta ou ordem [...]. Quanto ao tempo, o verbo no


três modos verbais: indicativo, subjuntivo e português apresenta seis tempos: presen-
imperativo. [...], o primeiro modo expressa te, pretérito perfeito, pretérito imperfeito,
afirmação objetiva. O segundo, desejo, pos- pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sibilidade, e o tempo imperativo expressa sente e futuro do pretérito. Esses seis tem-
ordem, pedido. No entanto, essas proposi- pos se resumem nos três tempos básicos: o
ções não podem ser levadas ao pé da le- passado, o presente e o futuro.
tra, uma vez que percebemos na fala e na BORTONI-RICARDO, Stella Maris et al. Por
escrita do brasileiro o uso dos modos indi- que a escola não ensina gramática assim?
cativo e subjuntivo para expressar desejo São Paulo: Parábola, 2014. p. 185-186.

106

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2
OBJETIVOS

DIVERSÃO EM QUADRINHOS • Ler história em quadrinhos.


• Observar e interpretar imagens,
relacionando-as com o texto escrito.
1. Respostas pessoais. Sugestão de • Ampliar os conhecimentos sobre
resposta: Acampamento é um local onde
o gênero textual história em quadri-
preparaçao para a leitura pessoas montam barracas ou tendas,
nhos e compreender sua finalidade.
geralmente próximo à natureza, e toda a
infraestrutura é levada pelos campistas. • Interpretar diferentes linguagens e
1. Você já ouviu falar em acampamento? Sabe o que é? recursos gráficos de expressão carac-
terísticos de história em quadrinhos.
2. Você conhece os personagens Calvin e Haroldo? O que sabe sobre eles?
Respostas pessoais. • Levantar conhecimentos prévios
sobre o tema da história em quadri-
Calvin é um menino de 6 anos cheio de imaginação. Haroldo, nhos e os personagens.
seu tigre de pelúcia, é seu grande companheiro. Juntos vivem di-
vertidas aventuras.
ROTEIRO DE AULA
3. Leia o começo desta história em quadrinhos de Calvin e Haroldo.
⊲ PREPARAÇÃO PARA A
1 2 3 LEITURA
4 Nestas atividades preparatórias,
os alunos terão contato com o tema
acampamento e com os personagens
que fazem parte das histórias em
quadrinhos Calvin e Haroldo.
1. Pergunte se os alunos já acampa-
ram ou como imaginam ser um acam-

CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1987WATTERSON / DIST. BY ANDREWS MCMEELSYNDICATION


pamento. Mostre contos, relatos de
viagem ou manuais cuja temática en-
5 6 7
volva acampamentos.
2. Comente que a maioria das histó-
8 rias em quadrinhos (HQs) combina
texto verbal (palavras) com texto não
verbal (imagens) para contar o que vai
acontecer. Abra espaço para que co-
mentem o que sabem sobre as HQs de
Calvin e Haroldo.
Bill Watterson. Yukon Ho!: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad, 2010. p. 41. 3. Desafie os alunos a tecer uma conti-
• Para onde você acha que a família de Calvin está indo? nuidade para esta HQ. Para isso, peça
Resposta pessoal. que leiam os quadros que aparecem
na página e estimule-os a verbalizar o
107 que acham que vai acontecer, dando
justificativas a partir dos índices que
estão na primeira parte da HQ.
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As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA


guir serão trabalhados nesta seção. Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
⊲ BNCC
(EF15LP04) Identificar o efeito de senti-
do produzido pelo uso de recursos ex-
pressivos gráfico-visuais em textos mul-
tissemióticos.
(EF15LP14) Construir o sentido de histó-
rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan-
do imagens e palavras e interpretando re-
cursos gráficos (tipos de balões, de letras,
onomatopeias).
107

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OBJETIVOS
• Ler e interpretar história em qua- leitura HISTÓRIA EM QUADRINHOS
drinhos.
• Observar e interpretar imagens, 1. Leia a continuação da HQ e descubra para onde a família viajou.
relacionando-as ao texto escrito.
• Ampliar os conhecimentos sobre
9
o gênero textual história em quadri-
nhos e compreender sua finalidade. 10
• Interpretar diferentes linguagens
e recursos gráficos de expressão de
história em quadrinhos.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
11 13
12
⊲ BNCC
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
16
(EF15LP14) Construir o sentido de his- 14
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela- 15
cionando imagens e palavras e inter-
pretando recursos gráficos (tipos de
17 18 20
balões, de letras, onomatopeias).
(EF35LP22) Perceber diálogos em tex-
tos narrativos, observando o efeito
de sentido de verbos de enunciação
19
e, se for o caso, o uso de variedades
linguísticas no discurso direto.

CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1987 WATTERSON / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
(EF04LP05) Identificar a função na
leitura e usar, adequadamente, na es- 23
crita ponto final, de interrogação, de
exclamação, dois-pontos e travessão 22
em diálogos (discurso direto), vírgula 21
em enumerações e em separação de 24
vocativo e de aposto.

⊲ PNA
Compreensão de textos Bill Watterson. Yukon Ho!: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad, 2010. p. 43-44.
Produção de escrita
108

ROTEIRO DE AULA
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Nesse gênero, a observação das ima- Consulte com os alunos o Dicionário


⊲ LEITURA
gens é fundamental para garantir a com- ilustrado no final da unidade para explorar
HISTÓRIA EM QUADRINHOS preensão. No decorrer da leitura, chame outros significados e exemplos de uso do
a atenção dos alunos para as expressões termo fanático e ampliar o repertório de-
1. Uma história em quadrinhos possui
faciais dos personagens, para detalhes dos les com novo vocabulário.
elementos específicos, não perceptí-
cenários de cada quadrinho e para outros
veis em outros textos, pois sua inten-
ção é reproduzir a fala. Por isso, fatores elementos que possam atraí-los e manter
como onomatopeias ou divergências o interesse deles em acompanhar a leitura.
linguísticas em relação à forma escri- Ao trabalhar as falas nos balões, leve
ta da língua podem aparecer. Outro os alunos a observar alguns detalhes,
importante aspecto é o significado de por exemplo as palavras destacadas que
cada tipo de balão, que pode indicar: indicam ênfase na pronúncia dos perso-
pensamento, cochicho, grito etc. nagens.

108

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Ao final da leitura, pergunte: o que
vocês entenderam da história? Vocês
quem e? perceberam alguma diferença entre
William B. Watterson II, mais conhecido como Bill Watterson, nasceu nos os quadrinhos dessa história? Quais?
Estados Unidos, na cidade de Washington. Ele se formou em Ciências Políti- As letras das palavras mudam de ta-
cas em 1980 e começou a trabalhar em um jornal como chargista. As histórias manho? Por quê?
do menino Calvin e seu amigo Haroldo só foram publicadas a partir de 1985. Peça a um aluno que leia em voz
Watterson se aposentou em 9 de novembro de 1995, dedicando-se, atual- alta o texto do boxe que trata do au-
mente, apenas à pintura. tor da HQ lida, Bill Watterson. Pergun-
te se alguém da turma conhece esse
2. Você já viveu alguma situação semelhante à que foi vivida por Calvin autor e se já viu outros trabalhos dele.
no acampamento? Comente. Resposta pessoal. 2. Abra espaço para que os alunos
compartilhem suas experiências. Insti-
3. Numere os quadrinhos da história e responda. gue-os de modo a promover a socia-
a) No início da história, toda a família de Calvin está animada com o lização entre os alunos. O objetivo da
acampamento? Explique. questão é fazer que os alunos relacio-
nem os textos lidos em sala de aula
Não, apenas Calvin e o pai estão animados; a mãe não está, pois ela reclama
com seu dia a dia.
que ficará sem jornal e sem uma xícara de café decente. 3. a) Pergunte aos alunos o que os fez
pensar que a mãe não estivesse anima-
da com o acampamento, estimule-os a
observar minuciosamente cada detalhe
dos quadrinhos. Peça-lhes que descre-
b) Um acontecimento interrompe a alegria inicial da história. Qual é vam oralmente as feições e reações
esse acontecimento? Em que quadrinho aparece? dos personagens.
No sétimo quadrinho, a família ouve um trovão. 3. b) Entre os objetivos da questão
está o de chamar a atenção dos alu-
nos para a onomatopeia BUUM! e ve-
rificar se reconhecem a situação-pro-
c) A chuva causou a mesma reação em todos os membros da família? blema da narrativa.
Explique.
3. c) Chame a atenção da turma para
Não, pois o pai de Calvin manteve o ânimo durante quase todo o acampamento. o 9o quadrinho. Pergunte: o que sig-
nifica o texto do balão de fala do pai
de Calvin? Leve os alunos a perceber
que o pai de Calvin parece estar can-
4. Sublinhe na HQ as frases ditas por Calvin e pelo pai que evidenciam tarolando. Espera-se que os alunos
que a família ficou acampada por muitos dias. Siga as cores concluam que, pelo fato de o pai de
da legenda.
Calvin estar cantarolando, ele não pa-
rece estar incomodado com a chuva.
Calvin Pai
O aluno deve sublinhar O aluno deve sublinhar de azul: 4. Mostre os marcadores temporais
de laranja: “Está “Passamos uma semana sem pernilongos, usados para evidenciar que a família
chovendo há dias”. hein?” e “Que semana horrível!”. 109 ficou acampada por muitos dias.

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ROTEIRO DE AULA 5. Que recurso gráfico foi usado no quadrinho 18 para mostrar que a chuva
estava cada vez mais forte?
⊲ LEITURA
O quadrinho apresenta um número maior de traços para
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
representar a chuva, chegando quase a encobrir os

CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1987 WATTERSON /


5. Leve os alunos a perceber os recur-
sos gráficos usados para evidenciar personagens, de modo que podemos ver apenas as

DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION


que chuva estava mais forte. Chame
a atenção da turma para outros re- silhuetas deles.
cursos gráficos que contribuem para
a compreensão da história, como para
evidenciar que a chuva diminuiu, os
que indicam movimento etc. 6. No início da história, apesar da chuva, o pai de Calvin:
6. A história dá pistas de que o pai es- X estava realmente animado com o acampamento.
tava animado com o acampamento.
No 10o quadrinho, ele fala: “Rapaz, estava apenas querendo que a família não desistisse.
isso é bem melhor do que passar o dia
no escritório!”. O pai estava sozinho estava preocupado com a chuva.
nesse momento. No 16o quadrinho,
ele fala: “Que garoto sortudo esse Cal-
7. Releia as falas do pai de Calvin no quadrinho 16 e responda.
vin! Eu nunca fiz dessas coisas quando
tinha a idade dele!”. A expressão facial a) Por que a fala do segundo balão foi escrita com letras maiores?
do pai nesses quadrinhos demonstra Porque o pai está gritando.
satisfação. No 16o quadrinho, o pai
convida Calvin com euforia para tirar
“a barrigada de peixe”.
b) Você sabe o que significa “tirar a barrigada de peixe”?
7. a) O gênero história em quadrinhos
utiliza recursos visuais e gráficos para Significa limpar o peixe, retirando as vísceras (como estômago, intestino, por exemplo).
indicar alguns aspectos da narrativa,
como as letras destacadas quando o
personagem grita.
7. b) Peça aos alunos que comentem
o que sabem sobre essa expressão
8. Quando o pai de Calvin admite que o acampamento não está tão
popular. Se necessário, informe que
divertido assim?
se trata de uma expressão usada para
indicar que alguém vai limpar o peixe No vigésimo primeiro quadrinho, quando ele diz: “Para mim já deu. Que semana
antes de prepará-lo.
horrível!”.
8. O pai estava tentando fazer com
que o passeio fosse divertido, apesar
da chuva que os impedia de passear
ao ar livre. Porém, acaba se cansando
da chuva que não para. 110

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11. Essa atividade tem como objetivo
9. Calvin tem como amigo um tigre chamado Haroldo, que na realidade é que o aluno consiga transmitir uma
apenas um tigre de pelúcia.
mensagem por meio do desenho. A
• Releia os quadrinhos 1 e 11 e marque a alternativa adequada. consciência desse recurso possibilita
Haroldo só ganha vida quando Calvin: o entendimento e a criação de textos
multimodais.
precisa de um amigo.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
está em apuros. Combine com a turma um pas-
seio a um parque da comunidade. É
X está sozinho, longe de outras pessoas. interessante pesquisar na internet in-
formações sobre o horário de funcio-
10. Leia e responda. namento, a fauna e a flora do local,
a disponibilidade de mapas, além da
a) As histórias em quadrinhos costumam trazer uma surpresa no final.
Qual foi a surpresa dessa história? previsão do tempo. Defina a melhor
data e alguns objetivos para o passeio
A surpresa foi a chuva ter passado justamente quando o pai desistiu do e solicite autorização dos pais ou res-
ponsáveis para fotografar o passeio.
acampamento. Oriente-os a tomar nota. Peça que,
b) Essa surpresa contribuiu para dar humor à tirinha? Por quê? posteriormente, elaborem um relató-
rio sobre a saída a campo. Convide o
Os alunos deverão concluir que sim, pois esse fato quebra a expectativa do leitor professor de Ciências e/ou de Geogra-
e deixa a história mais engraçada.
fia. Registre os momentos de aprendi-
zagem dos alunos e, na volta para a
11. Use, nos quadrinhos a seguir, recursos semelhantes aos que aparecem sala de aula, estimule-os a criar legen-
na história em quadrinhos de Calvin para mostrar que: das informativas para as fotos.
a) está chovendo pouco. b) está chovendo muito.
Sobre saídas a campo é importante
destacar que:

o trabalho de campo é o momento em


que podemos visualizar tudo o que foi
discutido em sala de aula, em que a
teoria se torna realidade, se “materia-
liza” diante dos olhos estarrecidos dos
estudantes, daí a importância de pla-
nejá-lo o máximo possível, de modo
a que ele não se transforme numa
“excursão recreativa” sobre o territó-
GAN CHAONAN/SHUTTERSTOCK.COM

rio, e possa ser um momento a mais


no processo ensino/aprendizagem/
produção do conhecimento. [...] [é] o
momento em que o tema de estudo
se desvenda diante dos olhos e obri-
Espera-se que os alunos preencham o segundo quadrinho com mais traços, que ga a estarmos atentos, de modo a que
representam a chuva mais intensa, deixando, por consequência, o quadrinho mais escuro. nada fuja à investigação.
111
MARCOS, V. de. Trabalho de campo
em Geografia: reflexões sobre uma
experiência de pesquisa participante.
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Boletim Paulista de Geografia, São
9. Verifique se a turma sabe que Haroldo os alunos comentem se já tiveram amigos Paulo, n. 84, p. 106, jul. 2006. Disponí-
vel em: https://issuu.com/teramatsu/
é um tigre de pelúcia e que ele “ganha imaginários. docs/bpg84. Acesso em: 16 jul. 2021.
vida” na imaginação de Calvin. Abra es- 10. a) Pergunte qual foi a reação de Calvin
paço para que os alunos verbalizem que e seu pai quando a chuva parou. Espera-se
recursos são usados para evidenciar os que os alunos respondam que os persona-
momentos em que Haroldo ganha vida. Se gens ficaram frustrados, decepcionados.
necessário, chame a atenção para o traço Abra espaço para que comentem o que
do desenho e para o tamanho de Haroldo, isso tem de inusitado, de acordo com o
que muda de acordo com a presença ou contexto da história.
não de outras pessoas. Essa “brincadei-
10. b) Discuta sobre o humor na HQ. Per-
ra” de faz de conta é importante para o
gunte o que acharam mais engraçado e
desenvolvimento cognitivo, emocional e
por quê.
social na infância. Abra espaço para que

111

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OBJETIVOS
• Usar o dicionário para consultar as palavras no dicionario
a escrita de palavras que pertencem
ou não à mesma família.
• Consultar o dicionário de forma
1. Leia e comente com seus colegas o que deu humor à tirinha.
Resposta pessoal.
autônoma.
• Identificar palavras primitivas e
derivadas como estratégia para a
escrita ortográfica.
• Retomar e consolidar aprendiza-
gens anteriores.
• Remediar eventuais defasagens.
A habilidade e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita
de palavras, especialmente no caso de
palavras com relações irregulares fo-
nema-grafema.

⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


⊲ AS PALAVRAS NO Mauricio de Sousa.
Chico Bento. São Paulo:
DICIONÁRIO Mauricio de Sousa Editora:
Panini Comics, n. 22,
1. Peça que os alunos façam a leitura, p. 66, fev. 2017.
de forma individual, da tirinha. Após
esse momento, pergunte a eles o que • Responda com apenas uma palavra.
acontece em cada um dos quadros.
Instigue-os a comentar qual seria o a) No início, o que Chico Bento queria pescar? peixão

motivo que fez Chico Bento mudar de


b) E no final da pescaria? peixinho
ideia na hora da pescaria.
• Aproveite a oportunidade para
112
explorar os recursos usados para
evidenciar qual o tamanho do pei-
xe que Chico Bento queria pescar D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU1.indd 112 08/08/2021 01:22 D2_092-1

quando iniciou a pescaria e no fi-


nal. Explore outros recursos gráficos ao rosto dele, que representam o suor,
com perguntas do tipo: no segundo e o fato de ele se levantar indicam que
quadrinho, o que evidencia que a Chico Bento está fazendo enorme esfor-
vara de pescar está se movimentan- ço para tirar o peixe da água.
do? Chame a atenção dos alunos 1. a) e b) A atividade dará oportunidade
para os traços paralelos à vara que de retomar o conteúdo de substantivos
indicam que ela está sacudindo. aumentativos e diminutivos. Pergunte: as
No terceiro quadrinho, que recur- palavras que vocês escreveram são subs-
sos foram usados para evidenciar o tantivos ou adjetivos? Por quê? Que pala-
esforço de Chico Bento para puxar vras vocês usaram para se referir a um pei-
o peixe? É provável que os alunos xe grande? E a um peixe pequeno? Peixão
concluam que a expressão facial do está no grau aumentativo ou diminutivo?
personagem, as gotículas próximas E peixinho?

112

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verbos? Fechar, desligar, apagar, lim-
No dicionário, substantivos e adjetivos são geralmente registrados par, ser e agir.
no singular e na forma masculina, quando houver. Assim, se você estiver 2. Leia a lista de compras observando
procurando o substantivo menina, deverá procurar o verbete menino. os substantivos em destaque.
Os dicionários também não registram os diminutivos e os aumentati- Asinha de frango
vos mais comuns. Para saber o significado de peixinho ou peixão, você
deverá procurar pelo grau normal dessas palavras: peixe. Docinho de coco
Carvão
2. Escreva como estas palavras são registradas no dicionário. Feijão carioca
Coxinha de frango
fortão minhoquinha a) Quais substantivos destacados
você encontraria no dicionário na
forma como foram grafados na lista?
forte minhoca Carvão, feijão e coxinha.
b) Como seriam encontrados os
anzóis bananas
demais substantivos destacados? Asa
e doce.
Durante a realização das atividades,
anzol banana observe se os alunos precisam consul-
tar o dicionário para verificar quais
3. No dicionário, não encontramos as formas conjugadas dos verbos. palavras estão registradas da mesma
• Escreva como os verbos a seguir estão registrados no dicionário. forma como foram apresentadas nos
textos e quais sofreram modificações.
pescaremos vencemos
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

pescar vencer TEXTO COMPLEMENTAR

3.1 Estrutura do verbete


estudarão comprarei De modo geral, há uma regularidade
na organização do verbete de dicio-
nário escolar, bem como há indica-
estudar comprar ções formais que funcionam como
chaves de leitura para os dados que
o dicionário sistematiza. Uma forma
de ajudar o aluno a encontrar as res-
caminharam dormiremos postas a sua consulta é mostrar-lhe
como se constituiu um verbete e
como ele deve ser lido. Dessa forma,
o aluno pode perceber melhor tudo
caminhar dormir o que um dicionário oferece e apro-
veitar os ensinamentos que estão
relacionados a informações gramati-
113 cais e semânticas, além de outros as-
pectos da palavra em suas múltiplas
contextualizações.
2021 01:22 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 113 07/08/2021 18:09 KRIEGER, Maria da Graça. Dicioná­
rio em sala de aula: guia de estudos
2. e 3. Nestas atividades, os alunos se- os alunos copiem as seguintes atividades: e exercícios. Rio de Janeiro: Lexikon,
rão desafiados a utilizar o dicionário para 1. Leia e sublinhe os verbos. 2012.
identificar a grafia das palavras a partir da
Se abrir, feche.
análise de outras que pertencem à mesma
família. Além disso, será possível verificar se Se ligar, desligue.
os alunos compreendem a forma como as Se acender, apague.
palavras são apresentadas no dicionário. Se sujar, limpe.
O mundo será melhor se todos agirem
⊲ O QUE E COMO AVALIAR assim!
A fim de verificar a compreensão dos a) Quais verbos você encontraria no
alunos acerca da maneira como as pala- dicionário na forma como foram grafados
vras são registradas em dicionários, pro- no texto? Abrir, ligar, acender e sujar.
põe-se que registre e na lousa e peça que b) Como seriam encontrados os demais
113

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OBJETIVOS
• Localizar e comparar informações texto por toda parte CONTO
explícitas em textos.
• Inferir informações implícitas em
textos. 1. Você vai ler um conto de Luis Fernando Verissimo.
• Inferir, em textos, o sentido de a) O que você sabe sobre esse autor? Resposta pessoal.
palavras e expressões. b) Você já leu algum texto desse autor? Gostou? Respostas pessoais.
• Inferir o tema e o assunto, demons- • Nesta história, o narrador conta fatos acontecidos quando sua família
trando compreensão global do texto. resolveu acampar. Será que a história é divertida? Leia e confira.
• Comparar informações apresen-
tadas em gráficos e tabelas. Minhas férias
As habilidades e os componentes a Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman)
seguir serão trabalhados nesta seção. fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque
disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já
⊲ BNCC que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em
apartamento, e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!”, e corria para avisar um guar-
tas nos textos lidos. da; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala- preço dos hotéis, apesar de a minha mãe avisar que, na primeira vez
vras ou expressões desconhecidas em que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a minha
textos, com base no contexto da frase irmã (Su) insistir em levar o aparelho de som e toda a coleção de CDs
ou do texto. dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria cor-
rente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque,
⊲ PNA se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo?
Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai dis-
Compreensão de textos
se que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no
Produção de escrita fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é
confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta
do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e per-
ROTEIRO DE AULA
guntando “será que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e
disse “entra no carro e vamos embora”, porque nós ainda nem tínha-
⊲ TEXTO POR TODA PARTE mos saído da garagem do edifício.
Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós
CONTO atrasamos, e quando chegamos no local do camping já era noite, e o
meu pai disse “este parece ser um bom lugar, com bastante grama
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA e perto da água”, e decidimos deixar para armar a barraca no dia
seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos
Proponha aos pais ou responsáveis
dormir porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira que-
que leiam o conto Minhas férias
rendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta,
em casa com as crianças, de modo
com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um ho-
a contribuir para práticas de literacia
mem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o
familiar e para o desenvolvimento da
fluência em leitura oral. Ressalte a im-
114
portância de motivarem as crianças
para a leitura que farão e de estabe-
lecerem uma leitura dialogada, por D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 114 07/08/2021 18:09 D2_092-1

meio da qual, antes, durante e após


as leituras em voz alta, devem estimu- Na página XVII deste Manual do Profes-
⊲ O QUE E COMO AVALIAR sor são apresentadas sugestões sobre como
lar a criança a verbalizar expectativas,
sentimentos e sensações sobre a leitu- Na sala de aula, organize momentos avaliar a fluência em leitura oral da turma.
ra, por meio de perguntas e respostas para que os alunos façam a leitura oral do
conto. Grave a leitura dos alunos, com au- 1. Apesar de Luis Fernando Verissimo ser
e compartilhamento de interesses.
torização dos pais ou responsáveis, a fim popularmente conhecido por suas crô-
de avaliar se realizam a leitura oral do nicas, em O Santinho o autor compilou
conto, com velocidade, precisão e pro- alguns contos voltados para o público in-
sódia, tomando como parâmetro para o fantojuvenil. Explique aos alunos que, em-
final do 4o ano a velocidade de 100 pa- bora este seja um conto, escrito em prosa,
lavras por minuto, com precisão de 95%. eles poderão perceber semelhanças, em
Proponha questões de interpretação para relação à temática, com a história em qua-
certificar-se de que na leitura ficou garan- drinhos de Calvin e Haroldo lida anterior-
tida a compreensão do texto. mente, no início do capítulo.
114

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Ao final da leitura do conto, propo-
carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a pis- nha uma roda de conversa. Dê oportu-
cina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom nidade para que os alunos discutam o
lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para conto que acabaram de ler. Pergunte a
armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de ins- eles: vocês já leram histórias desse tipo
truções para limpar umas porcarias que o meu cachorro (Dogman) antes? Gostaram da leitura? O que
fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da por- vocês entenderam da história? Quais
ta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse personagens aparecem nessa história?
que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro Todos os personagens estavam anima-
ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinha- dos com o passeio? É importante que
do, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu mui- os alunos justifiquem as respostas.
to, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra casa flutuando, o que
Leve os alunos a perceber que a
foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada; quer dizer
forma com que o narrador-persona-
que no fim tudo deu certo.
gem fala se dá pelo fato de o menino
Luis Fernando Verissimo. Minhas férias. Em: O santinho. ainda estar aprendendo a melhor for-
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. p. 61-63.
© by Luis Fernando Verissimo. ma de contar uma história. Pergunte
aos alunos: o conto foi de fato escrito
por uma criança ou apenas quis repre-
sentar a forma como o menino escre-
quem e? veria o conto? O objetivo da questão
Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de é chamar a atenção dos alunos para o
1936. É escritor, humorista, cartunista, tradutor, roteirista de televisão e autor fato de que o narrador e o autor não
de teatro. Sua obra é internacionalmente reconhecida. são os mesmos. Assim, o conto foi es-
crito por uma pessoa (Luis Fernando
Verissimo) para representar outra (o
2. Quem são os personagens dessa história? menino, narrador da história).
Os personagens são: o menino (narrador), a mãe, o pai, a irmã (Su)
e o cachorro (Dogman). 2. O objetivo da atividade é verificar
um aspecto da compreensão do texto.
É interessante que proponha outros
questionamentos relativos à compre-
ensão de textos.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Peça aos alunos que façam uma
ilustração do conto, retratando o mo-
mento de que mais gostaram da his-
tória. Explique que ilustração são de-
senhos ou figuras que acompanham
um texto.
FELIPE CAMÊLO

Quando as ilustrações estiverem


prontas, monte um mural na sala de
aula para que os alunos possam com-
115
partilhar e socializar suas experiências.

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Explore a ilustração da página pergun- Depois da leitura feita pelos alunos,


tando aos alunos o que eles conseguem escolha alguns deles para fazer a leitu-
inferir a partir dos desenhos. Faça pergun- ra em voz alta para o restante da turma.
tas como: quantas pessoas aparecem na Oriente-os a fazer a leitura com entonação
ilustração? Quem são essas pessoas? O e ritmo adequados à história, de modo a
que elas estão fazendo? Eles vão viajar? provocar nos ouvintes as emoções inten-
Aonde será que elas vão? Na opinião de cionadas pelo autor.
vocês, a família vai acampar, assim como O significado de palavras desconheci-
fez a família de Calvin? Chame a atenção das muitas vezes se esclarece pelo contex-
dos alunos para a vara de pescar e para os to em que aparecem. Caso os alunos ain-
objetos amarrados em cima do carro na da tenham alguma dúvida de vocabulário,
ilustração. Será que nessa história também oriente-os quanto ao processo de buscar o
vai chover? Por quê? significado no dicionário.

115

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ROTEIRO DE AULA 3. Compare as semelhanças e as diferenças entre os textos Calvin e Haroldo
e Minhas férias, marcando um X nas características de cada um.
⊲ TEXTO POR TODA PARTE

ILUSTRAÇÕES: FELIPE CAMÊLO


CONTO Calvin e Minhas
Haroldo férias
3. Peça aos alunos que recontem a
história em quadrinhos de Calvin e
o conto Minhas férias. Estimule-os É um conto. X
a justificar as respostas do quadro. É
importante que os alunos concluam É uma HQ. X
que as duas histórias tratam de um
acampamento em família, têm a fun- Conta uma história. X X
ção de divertir o leitor e em ambas o
acampamento não deu certo. O tema é acampamento em família. X X

4. e 5. Relembre-os de que o narra-


Há narrador. X
dor é quem transmite a mensagem, é
quem conta a história. Pergunte se no
conto Minhas férias o narrador parti- A história é narrada com ilustrações e falas em balões. X
cipa dos fatos como personagem ou
apenas narra os fatos. Leve-os a per- Na história, quem mais se diverte é o pai. X
ceber as diferenças entre os tipos de
narrador: o narrador-personagem Na história, quem mais se diverte é o menino. X
narra os fatos em 1a pessoa, faz par-
te da história, conta os fatos sob seu 4. O narrador é aquele que conta a história.
ponto de vista, ou seja, a narrativa • No conto Minhas férias, quem é o narrador?
é parcial; o narrador-observador
apenas conta a história, narra em 3a Uma criança (o menino).
pessoa, é uma espécie de testemunha
dos fatos relatados. 5. O narrador pode ou não participar da história como personagem.
O narrador do conto Minhas férias é:
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
X narrador-personagem.
TEXTO COMPLEMENTAR
narrador-observador.
Norman Friedman sistematiza os
principais pontos sobre o narrador
com as questões: 1) quem conta a his-
tória?, é um narrador de 1a ou de 3a
pessoa?, 2) de que posição ele narra?,
3) que canais de informação usa para
chegar ao receptor?, 4) a que distância
ele coloca o leitor da história?; Gerard
Genette, crítico francês, atribui várias
funções ao narrador, estabelecendo, 116
com maior precisão, uma distinção
entre quem fala na narrativa, a voz,
e quem vê, a perspectiva. [...] o que o
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professor de ensino fundamental [...]
precisa enfatizar a respeito da voz da narração, o sujeito é o narrador, e não o
narrativa junto a seus alunos? [...] o autor. O narrador, entretanto, pode ceder
narrador não é sinônimo de autor, a voz às personagens. Outra questão im-
uma vez que se trata de uma abstra- portante é saber que o narrador apresenta
ção, um ser ficcional, criador de um os fatos a partir de um ponto de vista, que
mundo imaginário e a ele confinado; pode ser o seu, o de uma personagem, ou
e que o autor é uma figura um tanto ainda o de uma outra testemunha, que
diferente – um homem de ofício – que não participa diretamente dos aconteci-
joga todo seu conhecimento de mun- mentos. Esse recurso [...] recebe o nome
do na elaboração de uma obra, po- de focalização e pode variar no transcor-
dendo, muitas vezes, surgir por detrás rer da narrativa, emergindo tanto do inte-
do narrador. No mundo narrado, por- rior como do exterior da história.
tanto, a palavra é do narrador e, por BENITES, Sonia Aparecida Lopes; PEREIRA,
essa razão, não se deve indagar ‘O que Rony Farto (org.). À roda da leitura: língua
o autor narra neste texto?’, sob pena e literatura no jornal Proleitura. São Pau-
de se confundirem as instâncias: na lo: Cultura Acadêmica; Assis: ANEP, 2004.

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6. Chame a atenção da turma para o
6. Releia um trecho do conto, observando a linguagem infantil usada. fato de que a linguagem usada pelo
narrador contribui para tornar a his-
Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai tória engraçada, mais próxima deles,
disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pesca- crianças, criando uma ligação entre
do no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu o narrador e o leitor. Para causar o
gosto é confusão.
efeito de humor, o autor se valeu de
recursos, como: uso de frases muito
• Que efeito a linguagem infantil dá ao texto? longas, reiteração de vírgulas e das
Espera-se que os alunos concluam que a linguagem infantil deixa o texto engraçado. conjunções (e, mas), próprias da lin-
guagem oral; repetição de nomes e
pronomes, com redundância de in-
formações: eu, minha irmã (Su), meu
cachorro (Dogman), meu pai e minha
mãe; inserção das falas de persona-
gens em continuidade em relação à
fala do narrador (eu), recurso pró-
prio da linguagem oral; expressões e
construções consideradas inadequa-

FELIPE CAMÊLO
das à gramática normativa.
7. a) Explique aos alunos que uma
mesma língua pode ter várias formas
7. Releia mais um trecho da história.
de registro igualmente importantes.
O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos 7. b) Discuta a questão com a turma,
já saiu da água cozinhado, mas não deu para comer, e o melhor de estimulando-os a justificarem suas res-
tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra postas. Registre a conclusão na lousa.
casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esbu-
racada; quer dizer que no fim tudo deu certo.

a) Qual é a palavra usada de propósito para dar a esse trecho um ar


de linguagem infantil? Como essa palavra deveria ser escrita em
linguagem formal?
A palavra é cozinhado; em linguagem formal, deveria ser escrita cozido.

b) O que o narrador quis dizer com o trecho em destaque?


Espera-se que os alunos concluam que o narrador quis dizer que, mesmo depois

de muita confusão, a viagem foi muito divertida.

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OBJETIVOS
REGISTRO FORMAL
• Analisar textos verbais e não nossa lingua E INFORMAL
verbais.
• Estabelecer relação entre textos
O Menino Maluquinho, personagem criado pelo cartunista Ziraldo, cos-
verbais e não verbais. tuma falar e se vestir de forma descontraída, vive despenteado e às vezes usa
• Deduzir informações relaciona- uma panela na cabeça.
das ao personagem a partir da aná-
lise de textos verbais e não verbais.
• Compreender diferenças entre
registros com maior grau e menor
grau de monitoramento.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
trações e outros recursos gráficos.
(EF35LP22) Perceber diálogos em tex-
tos narrativos, observando o efeito
de sentido de verbos de enunciação
e, se for o caso, o uso de variedades
linguísticas no discurso direto.

ZIRALDO
⊲ PNA Ziraldo. O Menino Maluquinho. São Paulo: Abril Jovem, 2000. p. 12.

Desenvolvimento de vocabulário
1. Observe que, na história em quadrinhos a seguir, Maluquinho está com
Compreensão de textos a aparência bem diferente. Por que será? Leia e descubra.
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ NOSSA LÍNGUA
REGISTRO FORMAL E INFORMAL
Peça aos alunos que compartilhem
o que sabem sobre o personagem
Menino Maluquinho, suas principais
características físicas e emocionais,

ZIRALDO
quem são os seus amigos e quem Ziraldo. O Menino Maluquinho. Folha de S.Paulo, São Paulo, jan. 1992.
criou essa turma. O criador do Meni-
no Maluquinho é Ziraldo Alves Pinto. 118
1. Só então peça aos alunos que leiam
silenciosamente a história em qua- D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 118 07/08/2021 18:09 D2_092-1

drinhos apresentada na página. Em


seguida, estimule-os a comentar o
que deu humor a ela. Espera-se que
os alunos concluam que o que deu
humor à história foi a surpresa de o
Menino Maluquinho estar vestido de
um jeito formal, bem diferente da ma-
neira como se veste e fala no dia a dia.
O objetivo é levar os alunos a per-
ceber que é possível alterar a forma-
lidade tanto com relação às roupas,
ao modo de agir, como em relação ao
modo de usar a língua.

118

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5. b) Participe da discussão, levando
2. O que surpreendeu a turma do Menino Maluquinho? os alunos a perceber que no registro
O jeito formal como o menino está se vestindo e falando.
3. Como Maluquinho justificou a sua mudança? informal, como em bilhetes, mensa-
Ele justificou dizendo: “Ano novo... vida nova!!!”, o que sugere que a passagem de ano (ou o ano-novo) gens de celular ou e-mails para ami-
4. Que tipo de roupa usamos no dia a dia, em ocasiões informais? é uma época de gos, é possível usar gírias, expressões
No dia a dia, em ocasiões informais, usamos roupas descontraídas. mudanças.
de intimidade e palavras abreviadas,
5. Observe o quadrinho a seguir e releia a gíria usada pela como tá e né, por exemplo.
personagem Julieta.
No ensino-aprendizagem dos di-
ferentes registros, o que se deseja é
que os alunos ampliem o leque de
possibilidades comunicativas, de for-
ma que possam adequar os recursos
expressivos à variedade de língua e o
estilo às diferentes situações comuni-
cativas. Ademais, com as atividades
propostas, pretende-se que os alunos

ZIRALDO
percebem que a variação linguística
pode se dar até mesmo em relação a
a) Você costuma usar gírias? Em que situações?
um mesmo indivíduo, conforme expli-
Respostas pessoais. ca o linguista Marcos Bagno:

a variação linguística não ocorre so-


mente no modo de falar das diferen-
b) Podemos usar gírias quando queremos nos comunicar por escrito?
tes comunidades, dos grupos sociais,
Em que situações de comunicação? quando a gente compara uns com
os outros. Ela também se mostra no
Espera-se que os alunos percebam que é possível usar gírias em situações
comportamento linguístico de cada
indivíduo, de cada falante da língua.
informais de comunicação escrita quando temos intimidade com o interlocutor,
Nós variamos o nosso modo de falar,
individualmente, de maneira mais
como em bilhetes ou mensagens por celular, por exemplo. consciente ou menos consciente, con-
forme a situação de interação em que
nos encontramos.
A maneira como nos expressamos, por escrito ou oralmente, pode [...] Cada um desses tipos de situa-
seguir o registro formal ou o registro informal da língua. ção vai exigir do falante um contro-
O registro formal é adequado para situações como apresentação de le, uma atenção e um planejamento
seminários, em texto de jornais, revistas, em grande parte dos livros, en- maior ou menor do seu comporta-
tre outros. Ele é ensinado na escola para que as pessoas saibam usá-lo em mento em geral, das suas atitudes
e, evidentemente, do seu compor-
situações formais.
tamento verbal. Tudo isso pode ser
O registro informal aparece em situações mais descontraídas de co- sintetizado no conceito de monito-
municação, por exemplo, na interação com pessoas com quem temos ramento estilístico. O monitoramen-
proximidade (familiares e amigos) em bilhetes, e-mails, chats, mensagens to estilístico é uma escala contínua,
eletrônicas, recados etc. que vai do grau mínimo ao grau má-
ximo, a depender de todos os fatores
que acabamos de elencar.
119 BAGNO, Marcos. Nada na língua é por
acaso: por uma pedagogia da varia-
ção linguística. São Paulo: Parábola,
2021 18:09 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 119 07/08/2021 18:09 2007. p. 44-45.
2. Enfatize que o Menino Maluquinho cos- 5. a) Comente que eles já dominam algu-
tuma vestir roupas informais, usa gírias e mas variedades da língua, como a falada
reduções de palavras. na família, na rua, no bairro. Mas é na es-
3. Verifique se os alunos inferem que, cola que aprenderão em quais situações
geralmente, depois do ano novo, as pes- devem monitorar mais ou menos a língua
soas tendem a fazer promessas ou tentar utilizada e as regras da ortografia oficial e
mudar de comportamento e que Maluqui- da gramática normativa, que são indispen-
nho, por ser muito levado, tentou mudar sáveis em nossa vida social e profissional.
sua personalidade. Faça a leitura do quadro explicativo sobre
registro formal e registro informal, res-
4. O objetivo é levar os alunos a perceber
saltando a importância de observarmos
que Maluquinho também tentou eviden-
como utilizar adequadamente essas for-
ciar sua mudança de comportamento por
mas de expressão.
meio da mudança de suas roupas.

119

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OBJETIVOS
• Reconhecer o uso dos verbos ter- ortografia VERBOS TERMINADOS EM U
minados em u relacionados ao tem-
po verbal a que se referem: passado.
• Utilizar corretamente os verbos.
1. Você sabe qual é a principal característica de Magali? O cartunista
Mauricio de Sousa usa essa característica para dar humor às histórias
• Refletir sobre regularidades e ir- dessa personagem. Leia. A principal característica de Magali é ser comilona.
regularidades ortográficas da língua
portuguesa.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP14) Construir o sentido de his-
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela-
cionando imagens e palavras e inter-
pretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
(EF04LP06) Identificar em textos e
usar na produção textual a concor-
dância entre substantivo ou pronome
pessoal e verbo (concordância verbal).

⊲ PNA
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ ORTOGRAFIA
VERBOS TERMINADOS EM U

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


Nesta seção, os alunos perceberão
que é importante saber se palavra que
desejam escrever, quando terminada
em l ou u, é um verbo ou um subs-
tantivo. Se necessário, retome com os Mauricio de Sousa. Coleção Historinhas de uma página, São Paulo, Globo, n. 8, p. 72.
alunos as flexões dos verbos em pas-
sado, presente e futuro trabalhadas • Comente com os colegas o que deu humor à história.
Espera-se que os alunos concluam que o que deu humor à história foi o fato de o poço
na seção Retomar e avançar desta dos desejos dar o mesmo balão de pensamento da Magali em vez de dar as frutas que ela
unidade. Ao final, deverão compreen- 120 pensou em ganhar.
der que, se as palavras forem verbos
no passado (pretérito perfeito do in-
dicativo) serão escritas com u no final. D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU1.indd 120 08/08/2021 01:22 D2_092-1

1. Incentive os alunos a verbalizar a recursos gráficos que ajudam a contar a peia estar escrita dentro de uma “nuvem”
história que leram. Espera-se que con- história. Leve-os a perceber, no primeiro também ressalta a magia.
cluam que a personagem viu um poço quadrinho, as linhas verticais acima do No último quadrinho, é possível per-
dos desejos e pensou em frutas que poço para indicar que se trata de algo es- ceber que Magali está furiosa por sua
gostaria de ganhar. Então, jogou uma pecial. Chame a atenção, também, para o expressão facial e pelas linhas em espiral
moeda e esperou que o poço realizas- recurso usado para evidenciar que Magali acima de sua cabeça.
se seu desejo. No entanto, ficou sur- estava salivando só de pensar nas frutas
presa e com raiva quando o poço lhe que gostaria de ganhar. No terceiro qua-
deu o mesmo balão de pensamento e drinho, as linhas pontilhadas mostram o
não as frutas. O final inusitado contri- percurso da moeda no ar. Já no quarto
bui para dar humor ao quadrinho. quadrinho, as estrelas em volta da ono-
Aproveite a oportunidade para matopeia evidenciam o caráter mágico do
chamar a atenção dos alunos para os poço. Além disso, o fato de a onomato-

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com os verbos flexionados no passado
2. Copie a onomatopeia que aparece na história e escreva o que ela significa. (pretérito perfeito), a fim de que no-
PLIM – representa o som da mágica do poço sendo realizada, ou seja, a materialização tem mais uma vez que, nesses casos,
utiliza-se a letra u ao final deles.
do pedido da Magali. 4. • Ressalte que essa regra não se
aplica a verbos irregulares, como fa-
3. Se a história de Magali fosse contada em frases, o início poderia ser assim:
zer, dizer, ir e vir.
Magali viu um poço dos desejos. Então, ela pensou em frutas
que gostaria de ganhar, jogou uma moeda dentro do poço e espe- ⊲ O QUE E COMO AVALIAR
rou o desejo se realizar. Para verificar a compreensão dos
alunos acerca da grafia de verbos no
a) Observe as palavras em destaque e marque V para verdadeira ou F pretérito perfeito do indicativo, suge-
para falsa nas afirmativas a seguir. re-se que registre na lousa ou repro-
duza uma fábula que possua verbos
F São substantivos. com essa flexão.
É possível registrar o texto com la-
Referem-se à palavra Magali e cunas para o aluno completar com os
V
ao pronome ela. verbos flexionados. Para isso, registre

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


os verbos no infinitivo ao lado da linha
V São verbos.
entre parênteses, conforme o modelo.
Na correção, é importante que os
V Terminam com a letra u.
alunos justifiquem suas respostas.

V Indicam tempo passado. O cão e o osso


Um dia, um cão, carregando um osso
b) Haveria diferença nos verbos destacados se Magali fosse substituída na boca, ia atravessando uma ponte.
por Cebolinha nas frases? Olhando para baixo, viu (ver) sua
própria imagem refletida na água.
Sim. X Não. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe
logo o osso e pôs-se a latir. Mas, po-
rém, abriu (abrir) a boca, seu pró-
4. Complete o final da história com verbos no passado. prio osso caiu (cair) na água e per-
deu-se para sempre.
O poço dos desejos Sugestão de resposta: deu para O mundo da criança em quinze vo-
lumes. Tradução e adaptação de Vera
Magali o mesmo balão de pensamento com as frutas. Ela Braga Nunes. Rio de Janeiro: Delta
S.A., 1949. p. 236.
Sugestão de resposta: ficou furiosa.

• Você escreveu os verbos com l ou com u no final? Por quê? SUGESTÃO ⊲ PARA O ALUNO
O professor vai registrar a conclusão na lousa. Espera-se que os VÍDEO • QUINTAL da Cultura. Ono-
alunos respondam que escreveram os verbos com u no final, porque, no tempo passado matopeias. Disponível em: https://tvcul
(pretérito perfeito), a maioria dos verbos (todos os verbos regulares) termina em u quando
se refere aos pronomes ele e ela. tura.com.br/videos/39604_onomato
121 peias-quintal-da-cultura-06-12-13.html.
Acesso em: 16 jul. 2021. Neste vídeo,
Doroteia ensina seus alunos sobre as
2021 01:22 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 121 07/08/2021 18:09
onomatopeias, comuns em histórias em
2. Chame a atenção dos alunos para a 3. b) O objetivo da questão é levar os alu- quadrinhos. No canal Quintal da Cultu-
onomatopeia presente na HQ. Se neces- nos a perceberem que os verbos permane- ra, é possível encontrar vídeos educati-
sário, retome com eles o conceito de ono- ceriam da mesma forma, pois podem se vos e divertidos para crianças.
matopeia: palavra usada para representar referir aos pronomes ele e ela e continuar Consulte com os alunos o Dicioná-
um som ou ruído. grafados com a letra u, uma vez que os rio ilustrado no final da unidade para
3. Leia o boxe e pergunte aos alunos a que verbos não variam em gênero. explorar outros significados e exemplos
classe gramatical pertencem as palavras de uso do termo poço e ampliar o re-
4. Saber que a grande maioria dos verbos
em destaque. Depois, estimule-os a verba- pertório deles com novo vocabulário.
no passado que se referem aos pronomes
lizar o que elas têm em comum. ele e ela terminam com u vai ajudar os
3. a) Só então, leia cada uma das afirma- alunos a grafar inúmeras palavras. Nes-
tivas e solicite que os alunos marquem V se momento, não é necessário abordar a
para verdadeiras e F para falsas. É impor- nomenclatura verbos regulares e irregula-
tante que justifiquem suas respostas. res. Os alunos devem completar a história

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OBJETIVOS
• Criar personagens, falas e onoma- produçao ELEMENTOS DE HISTÓRIA
topeias de história em quadrinhos. de escrita EM QUADRINHOS
• Aprimorar a escrita: planejamen- Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
to, escrita, revisão, reescrita e edição. Você vai completar a HQ do príncipe coelho que está nas páginas 299 a
• Relembrar o que aprenderam so- 302, criando personagens, falas, onomatopeias e alguns cenários.
bre história em quadrinhos. Sua história vai ser compartilhada com a turma. Depois, você vai poder
A habilidade e os componentes a presentear um amigo, uma pessoa da sua família ou alguém da comunidade,
seguir serão trabalhados nesta seção. para que se divirta com sua HQ.

1
⊲ BNCC
(EF35LP25) Criar narrativas ficcio-
nais, com certa autonomia, utilizando
detalhes descritivos, sequências de Recorte as páginas
eventos e imagens apropriadas para 299 a 302 e leia
sustentar o sentido do texto, e marca- toda a história. 2
dores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Planeje como você vai
completar cada página,
⊲ PNA seguindo as orientações
Compreensão de textos que aparecem ao redor
Produção de escrita da HQ.
3

ROTEIRO DE AULA
Escreva o que você
planejou para
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
completar cada
ELEMENTOS DE HISTÓRIA EM página primeiro em
QUADRINHOS um rascunho.
4
ORGANIZE-SE
• Grampeadores de papel.
• Folhas de papel sulfite. Passe a produção

T-FLEX/SHUTTERSTOCK.COM
Relembre com os alunos o que a limpo nas páginas
aprenderam sobre histórias em qua- 299 a 302.
drinhos. Informe que chegou a hora
de colocarem esse conhecimento em
prática.
1. Peça aos alunos que destaquem as
páginas 299 a 302 e leiam a história na 122
íntegra, observando atentamente cada
cena. Abra espaço para que verbali-
zem o que perceberam em cada cena e D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 122 07/08/2021 18:09 D2_092-1

imaginem o que vai acontecer no final. necessário, distribua folhas de papel sulfi- cenário, ações etc. e fazendo perguntas
2. Para o sucesso da produção, ressal- te –, incluindo as onomatopeias, cenários sobre as cenas. Só então, oriente-os a fa-
te com a turma a importância do pla- e os textos dos balões. Incentive-os a gra- zer, primeiro no rascunho, tanto o texto
nejamento. Comente que é importan- far as palavras usando letras maiúsculas de escrito quanto o desenho. Deixe claro que
te planejar cada cena, cada fala dos imprensa e a escrevê-las de forma homo- o desenho, nesse momento, poderá ser
balões, o que vai ser ilustrado e quais gênea. Deixe claro que, em um primeiro apenas um esboço.
cores serão usadas etc. momento, trabalharão no rascunho. Por 3. e 4. Com os alunos, revise as histórias
Ressalte a importância de pensa- isso, os desenhos podem ser apenas esbo- e decida o que priorizará em seus comen-
rem na sequência dos fatos, de forma ços que transmitam a ideia do que preten- tários, que são importantes para que eles
que levem a um final inusitado, que dem contar. compreendam quais aspectos podem ser
surpreenda o leitor. Antes de propor a criação no rascunho, aprimorados.
Oriente os alunos a fazerem um es- explore cada página com a turma, cha-
boço a lápis da história completa – se mando a atenção para os personagens,

122

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6 Depois, abra espaço para que os
5
alunos comentem o que acharam da
Depois de ver as atividade, em que momentos senti-
Escreva o histórias dos outros ram mais facilidade e em quais sen-
título da história na colegas, comente tiram mais dificuldade. Estimule-os a
página 299, assine seu quais você achou comentar sobre a importância do pla-
nome na página 302 e mais interessantes, nejamento e das sucessivas revisões,
grampeie as folhas da justificando sua opinião. de modo a tornar a história ainda
história na ordem. mais interessante para os futuros lei-
tores. Questione-os se o fato de haver
muitos leitores para suas histórias os
estimulou a escrever cada vez melhor.

REFLETIR E AVALIAR
7
Ao final da atividade, explique aos
alunos que eles vão preencher a ficha
Presenteie a pessoa de avaliação da página 296. As ques-
que você escolheu tões de avaliação podem ser discuti-
para se divertir das oralmente para que mais reflexões
com a sua HQ. e questionamentos sobre a produção

WWW.USBORNE.COM.BR COPYRIGHT © 2014


sejam levantados.

USBORNE PUBLISHING LTD’.


• Peça a quem leu que comente o que achou da história que você criou.

REFLETIR E AVALIAR
Preencha a avaliação da página 296.

descubra mais
• Como fazer histórias em quadrinhos, de Louie Stowell, Edições Usborne, 2015.
Esse livro dá dicas sobre como criar sua própria HQ. Entre no universo dos
quadrinhos com ideias cheias de aventura!
Se o livro fizer parte do acervo da biblioteca da escola, será uma ótima
opção para auxiliar você no momento de produzir sua história.

123

2021 18:09 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 123 07/08/2021 18:09

Com cada aluno, leia as produções, a 5. Disponibilize grampeadores e peça


cada momento colocando um foco de re- que deem um título à história e assinem
visão: primeiro para que observem a coe- a produção.
rência da história; depois para que revisem 6. Organize a turma para que as produ-
aspectos notacionais que estiverem ao al- ções sejam compartilhadas. Após a so-
cance deles nesse momento. cialização das histórias, estimule-os a co-
Em seguida, corrija aspectos que os alu- mentar quais histórias consideraram mais
nos ainda não alcançam neste momento. interessantes, justificando. Lembre-os da
Depois que tiverem revisado o texto dos importância de respeitar as opiniões dos
balões e feito as mudanças sugeridas por colegas, falar um de cada vez e em tom de
você, informe que devem passar a produ- voz que todos possam ouvir.
ção a limpo e caprichar nas ilustrações. Os 7. Reforce a importância de pedirem à
alunos poderão usar caneta preta para fa- pessoa presenteada que comente suas im-
zer o contorno dos desenhos. pressões sobre a HQ.
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OBJETIVOS
dialogos EDUCAÇÃO PARA
• Refletir sobre práticas acerca de O CONSUMO
educação financeira.
• Participar de situações de inter-
câmbio oral.
• Identificar práticas positivas FINANÇAS EM QUADRINHOS
para a vida financeira.
A habilidade e os componentes a 1. Mauricio de Sousa criou histórias especiais para uma campanha. Leia.
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF04LP09) Ler e compreender, com
autonomia, boletos, faturas e car-
nês, dentre outros gêneros do cam-
po da vida cotidiana, de acordo com
as convenções do gênero (campos,
itens elencados, medidas de con-
sumo, código de barras) e conside-
rando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.

⊲ PNA
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ DIÁLOGOS
EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO
Além de estimular a imaginação
das crianças, as histórias em quadri-

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


nhos podem servir para levá-las a
relacionar a própria realidade com
os fatos narrados. Portanto, cons-
tituem-se instrumento de grande
importância para o aprendizado do
Turma da Mônica: uso do crédito 2. Meu bolso feliz. Disponível em: http://meubolsofeliz.com.br/
aluno pelo seu poder de conectar e artigos-do-mauricio-de-sousa/turma-da-monica-uso-do-credito-2/. Acesso em: 14 jun. 2021.
discutir a vida real e suas problema-
tizações por meio do lúdico.
124
1. Peça aos alunos que façam a leitu-
ra silenciosa da história. Em seguida,
abra espaço para que comentem suas D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU1.indd 124 08/08/2021 01:22 D2_092-1

impressões, justificando cada uma objeto chamou a atenção de Cebolinha pai indicam? Indicam que o pai está pas-
delas. Explore os recursos da tirinha e seu pai? Um smartphone. Que recursos sando um ensinamento.
com perguntas do tipo: que infor- gráficos foram usados para passar a ideia No penúltimo quadrinho, aparece uma
mações traz o retângulo incluído no de que o smartphone é um produto mui- onomatopeia, o que ela indica? Indica que
primeiro quadrinho? Se necessário, to atraente? É importante que os alunos o pai se engasgou com o fato de o filho
explique que nesse retângulo apare- percebam que os traços verticais acima dizer que queria o patinete. No último
ce o nome da campanha Meu bolso do aparelho foram usados para passar quadrinho, o que a expressão do pai indi-
feliz, o endereço eletrônico onde po- essa ideia. O que o pai alegou para não ca? Indica que ele ficou feliz pelo fato de
dem ser encontradas outras tirinhas, adquirir o produto? Ele alegou que não o filho ter entendido o ensinamento que
a logomarca da campanha (um bolso tinha dinheiro no momento. Que formas ele passou. Por que em algumas falas do
de calça com um sorriso) e o nome de pagamento foram citadas na história Cebolinha aparecem palavras em desta-
da empresa com a qual Mauricio de em quadrinhos? Cartão de crédito, che- que? O objetivo da questão é evidenciar
Sousa participa da campanha. que especial e o cartão da loja. No 5o as palavras em que há a troca do r pelo l,
Pergunte: no 1o quadrinho, que quadrinho, o que o gesto e a postura do característica comum desse personagem.
124

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Os alunos deverão concluir que essa história, além de divertir, tem uma
• Responda. função educativa: ensinar a crianças e adolescentes como utilizar o dinheiro ⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
de forma consciente.
a) Além de divertir, qual é a função dessa história em quadrinhos? Informe aos pais ou responsáveis
b) Que formas de pagamento Cebolinha sugeriu que o pai utilizasse da atividade que realizarão. Solicite
para comprar o smartphone? Cartão de crédito, cheque especial e cartão da loja. que auxiliem as crianças na coleta
de dados e preenchimento da tabela
c) O que você sabe sobre o funcionamento dessas formas de de comparação de preços. Ressalte a
pagamento? Resposta pessoal.
importância de discutirem o assunto
2. Observe a fatura de cartão de crédito, comente com os colegas que durante a realização da tarefa.
informações você identifica nela e responda às questões do professor. É importante ressaltar que a varia-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
ção de preços de um mesmo produto
é grande e o que dá poder ao consu-
midor é a concorrência. Informe que
economias que parecem pequenas po-
dem ajudar a família a poupar dinheiro
e assim adquirir algo que se deseja.

Articulação com Educação financeira

O objetivo desta atividade é ensinar


aos alunos a diferença entre preço e
valor.
• Escreva na lousa a cantiga popular
Ciranda, cirandinha. Chame a aten-
ção para a segunda estrofe, leve a
turma a perceber que há ali uma si-
tuação que evidencia a diferença en-
tre elementos que possuem preço, tal
qual o anel, e sentimentos que têm
valor, como o amor:
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
(Folclore.)
REPRODUÇÃO/ FATURA

• Leve os alunos a concluírem que


nem só as coisas que têm preço po-
dem ser importantes, mas que coisas
3. Com a ajuda de um familiar, escolha um produto fácil de ser encontrado com valor devem ser mais apreciadas
em mercados ou supermercados e pesquise o preço desse produto em três do que as que possuem apenas preço.
lojas comerciais da comunidade. Na data combinada, compartilhe com os Preço é uma medida monetária esta-
colegas o resultado da pesquisa. belecida para o que pode ser pago ou
comprado com dinheiro.
125 Valor é uma característica que re-
presenta o que é importante para al-
guém, mesmo que não seja possível
definir um preço para isso.
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MODERNELL, Álvaro. Construindo va­
Consulte com os alunos o Dicioná- pode ser paga? Eles devem concluir que lores: educação financeira humana,
rio ilustrado no final da unidade para a fatura pode ser paga por meio do códi- sustentável e cidadã – 3o ano. Brasí-
explorar outros significados e exemplos go de barras localizado na parte inferior. lia: Mais Ativos Educação Financeira,
de uso dos termos endividado e emer- Ressalte a importância de ler todas as 2016. p. 17.
gência e ampliar o repertório deles com informações de faturas como essa antes
novo vocabulário. de quitá-las.
Estimule a reflexão dos alunos, pe-
2. Peça aos alunos que observem a fatu- 3. Ressalte que, antes de comprar um dindo a eles que citem coisas que têm
ra do cartão. Faça perguntas como: de produto, é necessário, entre outras coisas, valor e coisas que têm preço. Se achar
que modo está estruturada? O que são pesquisar em vários lugares e comparar conveniente, anote na lousa.
os itens do campo chamado demonstra- os preços para saber onde o produto está
tivo? O que significa vencimento? Como mais barato e, assim, economizar.

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Avaliar se reconhecem o efeito de recordar?
sentido de recursos gráficos de his-
tórias em quadrinhos.
1 Leia a tirinha e comente o que deu humor a ela. Resposta pessoal.
• Avaliar se compreendem os efeitos
de sentido pelo uso de pontuação.
• Verificar a compreensão acerca
da concordância verbal.
• Verificar a compreensão acerca

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


da grafia de verbos no pretérito per-
feito do indicativo na terceira pes-
soa do singular (verbos terminados
em u).
As habilidades e os componentes a Mauricio de Sousa. Almanaque do Cebolinha, São Paulo, n. 82, p. 82, 2008.
seguir serão trabalhados nesta seção.
2 Escreva que ações Cebolinha fez em cada quadrinho. Use os verbos em
⊲ BNCC destaque no tempo passado. As respostas são sugestões.
(EF15LP14) Construir o sentido de his- 1 Cebolinha correu no trampolim. (correr)
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela-
cionando imagens e palavras e inter- 2 Cebolinha pulou do trampolim. (pular)
pretando recursos gráficos (tipos de
3 Cebolinha ultrapassou a linha demarcatória do quadrinho. (ultrapassar)
balões, de letras, onomatopeias).
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um 3 Os sinais de pontuação são muito importantes
texto, conhecimentos linguísticos e para transmitir as emoções dos personagens.
gramaticais, tais como ortografia, re-

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


a) Leia o quadrinho final de uma tirinha.
gras básicas de concordância nominal
e verbal, pontuação (ponto final, ponto • Que emoções de Cascão foram evidenciadas?
de exclamação, ponto de interrogação,
Sugestões de resposta: surpresa, indignação, raiva.
vírgulas em enumerações) e pontuação
Mauricio de Sousa. Cascão,
do discurso direto, quando for o caso. São Paulo, n. 298, p. 34, 1998.
(EF04LP06) Identificar em textos e
usar na produção textual a concor- b) Se as pontuações usadas nesse quadrinho fossem substituídas
dância entre substantivo ou pronome pelo ponto final, as emoções transmitidas para o leitor seriam as
pessoal e verbo (concordância verbal). mesmas? Por quê?
Não, pois o ponto final daria a ideia de que Cascão está apenas informando
⊲ PNA
sobre a goteira e que vai reclamar com o Mauricio.
Compreensão de textos
Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA 126

⊲ VAMOS RECORDAR? D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 126 07/08/2021 18:09 D2_092-1

AVALIAR E AVANÇAR
1. Verifique se os alunos compreendem o tuação das falas e repitam-nas oralmente,
Relembre que a narrativa das histó-
final inusitado da história. O humor está dando a entonação necessária.
rias em quadrinhos se desenvolve pela
na surpresa da ação. Caso observe dificuldades dos alunos
estrutura das vinhetas. Linhas contí-
2. Certifique-se de que os alunos conse- em relação ao conteúdo relativo à pon-
nuas, sólidas, envolvendo as imagens,
guem descrever o que ocorre em cada tuação, como sugestão será interessante
indicam que a ação ocorre em um mo-
quadrinho. Depois, peça que registrem as selecionar algumas HQs e propor a leitura
mento real, presente. Linhas pontilha-
frases. O objetivo é verificar se compreen- coletiva com auxílio de um retroprojeto
das indicam um fato passado ou sonho.
dem que verbos no passado (pretérito per- também para analisar a pontuação e ou-
Os sonhos também são representados
feito do indicativo) que se referem à ter- tros recursos gráficos utilizados em HQs.
com contornos ondulados. Comente,
também, que muitas HQs brincam com ceira pessoa do singular terminam em u.
as linhas demarcatórias dos quadri- 3. a) e b) Instigue os alunos a comentar a
nhos, isto é, a linha que marca o espaço pontuação empregada nas falas de Cas-
onde a história é desenhada. cão. Peça aos alunos que troquem a pon-

126

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Foi bom falar o tanto de coisas que
4 Leia o relato de um gato no trecho a seguir. eu faço por aqui: cato fruta no pé,
ando de barco, jogo tarrafa, nado
no rio, invento brinquedos, pesco,
Moro do lado de fora de um prédio de apar-
ando de bicicleta e ouço histórias
tamentos, que se chama Jatobá. Não na rua, à noite.

CLARA GAVILAN
como um mendigo, mas também não den-
Precisava ver a cara dela!
tro, como um verdadeiro morador.
Lambendo o pé, pensando muito, cheguei Em seguida, organize os alunos em
à conclusão de que sou um gato comunitário. duplas e peça que reescrevam o texto,
É como se eu fosse uma praça: pertenço a todo mundo, e ao começando assim:
mesmo tempo não pertenço a ninguém.
[...] sou um gato bonito, tigrado, com cara de bola e orelhas pon- Querido diário,
tudas, olhos verdes e focinho curto. Hoje, eu e meu irmão...

Ana Suzuki. Dancha Tamim. São Paulo: Paulinas, 1995. p. 7-9. Deixe claro que, ao iniciar o trecho
“foi bom falarmos...” podem inventar
a) Em que pessoa é feito esse relato? um nome para o irmão do dono diário
e que podem também omitir o prono-
Na 1a pessoa do singular: eu. me que substituirá o pronome eu, fa-
b) Circule no trecho os verbos que comprovam sua resposta. zendo apenas a conjugação do verbo.
O aluno deve circular: moro, cheguei, sou, pertenço. Ressalta-se que, nesse momento, é
5 Agora, reescreva o trecho como se dois gatos estivessem fazendo esse importante que justifiquem suas esco-
relato. Lembre-se de substituir o pronome eu por nós. lhas e façam a concordância adequa-
da. Portanto, é possível que utilizem a
Moramos do lado de fora de um prédio de apartamentos, que se chama Jatobá.
gente em vez de nós devido ao fato
Não na rua, como mendigos, mas também não dentro, como verdadeiros moradores. de, na fala, esse termo ser mais utili-
zado. O foco dessa atividade está na
Lambendo o(s) pé(s), pensando muito, chegamos à conclusão de que somos (dois) gatos concordância que deve ser feita.
comunitários. É como se nós fôssemos uma praça: pertencemos a todo mundo, e ao mesmo Durante a atividade, observe as tro-
cas e discussões sobre as possibilida-
tempo não pertencemos a ninguém. des de reescrita do texto.

Somos (dois) gatos bonitos, tigrados, com caras de bola e orelhas pontudas, olhos verdes

e focinhos curtos.

127

2021 18:09 D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 127 07/08/2021 18:09

4. Verifique se os alunos identificam a ATIVIDADE COMPLEMENTAR


pessoa do discurso a qual os verbos se re- Caso constate dificuldades dos alunos
ferem, observando a conjugação e a con- com relação à compreensão da concor-
cordância no texto. Para isso, peça que su- dância verbal, propõe-se que realize a se-
blinhem os verbos e depois que observem guinte atividade:
se há pronomes antes de cada verbo. Caso
não haja, observe se usam como índice Registre o texto na lousa ou providen-
para a resposta a conjugação dos verbos cie cópias para os alunos. Informe que
de acordo com a pessoa do discurso. se trata da página de um diário de uma
criança caiçara.
6. Primeiro, instigue os alunos a conjugar
todos os verbos que se referem ao gato na Querido diário,
1a pessoa do plural e, só depois, reescrever Hoje, eu conversei com uma jornalista
o trecho do relato. Verifique se registram que está fazendo uma reportage m so-
os verbos na 1a pessoa do plural. bre crianças caiçaras.

127

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B
cial de dicionários. emergência (e.mer.gên.cia) s.f.
C
• Exercitar a pronúncia adequada 1. Situação grave, perigosa, de risco: A cidade ficou em estado de emergência após
de palavras novas. D as fortes chuvas.
2. Caso de urgência, que precisa de atendimento médico imediato: Fábio foi levado
• Compreender que uma mesma E para o hospital em emergência: sofreu um acidente de moto.
palavra pode ter diferentes signifi-
cados a depender do contexto. F
• Identificar a acepção de determi- G
nada palavra ao contexto de uso.
H
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. I

⊲ BNCC J

(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- K

ILUSTRA CARTOON
trações e outros recursos gráficos.
L
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita M
de palavras especialmente no caso de N
palavras com relações irregulares fo-
nema-grafema. O
endividado (en.di.vi.da.do) a.
P
⊲ PNA Alguém cheio de contas a pagar: A reforma do
Q apartamento deixou Tiago endividado.
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos R

LIMA
Produção de escrita S
T fanático (fa.ná.ti.co) a.
ROTEIRO DE AULA Alguém que tem gosto ou admiração exagerada por algo: Beto é fanático pelo time
U
dele. Não perde um jogo!
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO V
No trabalho com a palavra emer- ⊲ Você ou alguém que você conhece é fanático por
W
gência, promova o exercício da pro- algum esporte? Escreva quem é a pessoa e qual
núncia adequada da palavra. Abra
ARTHUR FRANÇA / YANCOM

X o esporte.
espaço para que os alunos comentem
Y Respostas pessoais.
situações que tenham passado que
consideram que foram emergências. Z
Ao explorar a palavra endividado,
será interessante conversar mais uma
vez com a turma sobre Educação Fi- 128
nanceira. Converse sobre a importân-
cia de organizar as contas, planejar D2_092-129-F1-PORT-1100-V4-U3-LA-G23-AVU.indd 128 07/08/2021 18:09 D2_092-1
os gastos, estabelecer prioridades,
não gastar mais do que se ganha e Na palavra poço, demonstre e estimule Ao explorar a palavra recurso, também
outras atitudes fundamentais para a o exercício da pronúncia adequada dessa é fundamental que proponha o exercício
saúde financeira. palavra. Em seguida, abra espaço para da pronúncia adequada da palavra. Em se-
que comentem se conhecem a crença po- guida, abra espaço para que comentem se
Na palavra fanático, instigue os
pular citada e se acham que se trata de já ouviram essa palavra e em que situações.
alunos a verbalizar a pronúncia ade-
quada da palavra, destacando o acen- algo verdadeiro. Ressalte mais uma vez a No trabalho com a palavra servir, abra
to agudo. Desafie-os a responder qual importância de respeitarem a opinião dos espaço para que comentem com qual
a classificação dessa palavra de acor- outros, mesmo que contrárias às suas. Só sentido já ouviram ou usaram essa pala-
do com a sílaba tônica: oxítona, paro- então, proponha a atividade de registra- vra. Estimule-os a relacionar a ilustração
xítona ou proparoxítona, de forma a rem um desejo que gostariam de ter reali- apresentada com um dos significados,
retomar conteúdos já abordados. zado pelo poço dos desejos. justificando.

128

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poço (po.ço) s.m. CONCLUSÃO
1. Buraco profundo e estreito, natural ou escavado, de onde se
A DA UNIDADE
retira água ou outro líquido, como o petróleo: A água do poço B No processo de avaliação forma-

ESTÚDIO ORNITORRINCO
deve ser fervida antes do consumo. tiva e monitoramento da apren-
2. Abertura estreita e profunda: Nossa! A chave do carro caiu no C
dizagem, é fundamental retomar
poço do elevador.
D os principais objetivos pedagógicos
⊲ Há uma crença popular de que, se atirarmos uma moeda no poço, trabalhados ao longo da unidade. As
E
um desejo será atendido. Registre seu pedido. atividades propostas na seção Vamos
F recordar? Avaliar e avançar são
Resposta pessoal.
sugestões para uma avaliação formal
G
desses objetivos. No entanto, essas
H sugestões não são a única ferramenta
a ser utilizada para monitorar a apren-
I dizagem dos alunos. É fundamental
J que você use também seus registros
recurso (re.cur.so) s.m. de avaliação informal para coletar da-
1. Meio, modo ou instrumento utilizado K dos como: nível de interesse dos alu-
para resolver ou construir algo: O jogo nos, ritmo de introdução dos conteú-
pode ser usado como recurso para L
dos, adequação dos exemplos usados
aprender regras sociais. M
2. (s.m.pl.) Riqueza que a pessoa tem;
para explicar conceitos, grau de com-
bens, posses: Meu tio usou parte de N preensão de um aluno individual e da
seus recursos para comprar uma casa. turma como um todo, entre outros.

ARTUR FUJITA
O Você pode ainda se valer da autoa-
P valiação oral, pedindo aos alunos que
comentem o que aprenderam, em
servir (ser.vir) v. Q que pontos sentiram mais dificuldade,
1. Levar comida ou bebida para uma pessoa: Papai serviu um almoço delicioso. por que sentiram mais dificuldade em
R
2. Ter o tamanho exato para se usar: Bruna experimentou o uniforme e serviu direitinho. determinado conteúdo e mais facili-
3. Fazer o serviço militar ou ser militar: Meu primo está servindo ao Exército. S dade em outro etc.
T Assim, será possível reunir dados
para a sua tomada de decisão quanto
U às adequações necessárias para o pro-
V gresso dos alunos ou para a remedia-
ção de eventuais defasagens.
W
X
MARCOS DE MELLO

Y
Z

129

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129

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UNIDADE

4
INTRODUÇÃO
À UNIDADE
Nesta unidade serão trabalhados os aconteceu,
aspectos do jornal impresso, com foco
no gênero textual notícia. Também se-
rão abordados os gêneros paródia de virou noticia
notícia, de anúncio, tendo como tema
contos clássicos. As tirinhas também
serão objeto de reflexão.
As atividades propostas nesta uni-
dade têm por objetivo propiciar a
consolidação de aprendizagens ante-
riores e ampliar os conhecimentos dos
alunos sobre sílaba tônica, classifica-
ção de palavras quanto à posição da
sílaba tônica e acentuação de palavras
oxítonas. Além disso, será abordada a
formação de palavras com os prefixos
des- e dez- e de palavras derivadas
grafadas com s ou z.
Outras atividades que envolvem
leitura, produção de textos, orais e
escritos, conhecimentos linguísticos e
de compreensão de textos e fluência
leitora, também favorecerão a amplia-
ção das aprendizagens dos alunos.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Reconhecer aspectos dos gêneros
textuais notícia, tirinha e paródia
de conto.
• Compreender a formação de pa-
lavras com os sufixos que compõem
o diminutivo. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
• Identificar a sílaba tônica das pa- escrevam uma fala que noticie ao público a
abertura de uma nova exposição de arte.
lavras e as classificar quanto à posi-
ção dela.
• Compreender a regra de acentua-
DAYANE RAVEN

ção de palavras oxítonas.


• Desenvolver a fluência leitora.
130
⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Segmentar palavras em sílabas.
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• Compreender o conceito de síla-
ba tônica. ⊲ BNCC ⊲ PNA
(EF15LP01) Identificar a função social de Compreensão de textos
OBJETIVOS textos que circulam em campos da vida Produção de escrita
social dos quais participa cotidianamente
• Levantar conhecimentos prévios (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
sobre notícias e seus meios de vei- nas mídias impressa, de massa e digital,
culação. reconhecendo para que foram produzi-
• Levantar conhecimentos prévios dos, onde circulam, quem os produziu e a
sobre fatos que podem virar notícia. quem se destinam.
• Registrar fala em balão de acordo (EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos,
com a situação proposta. participantes, local e momento/tempo da
As habilidades e os componentes a ocorrência do fato noticiado.
seguir serão trabalhados nesta seção.

130

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ROTEIRO DE AULA
1. Você costuma ler, ouvir ou assistir a 1. Abra espaço para que os alunos co-
notícias em telejornais? Resposta pessoal. mentem se costumam ler notícias, se
2. Em sua opinião, uma exposição de arte leem notícias impressas ou por meios
poderia ser tema de uma notícia? Por quê? digitais, se ouvem notícias em rádios
ou assistem a telejornais.
3. Escreva, no balão de fala, o que o repórter Participe da discussão e instigue-
poderia estar falando. -os a verbalizar qual acreditam ser a
2. Espera-se que os alunos afirmem que sim, pois se trata função de uma notícia. Espera-se que
de um fato que interessa a muitas pessoas.
concluam que notícias têm a finali-
dade de informar o público. Trata-se,
então, de um texto informativo sobre
fatos recentes. Pergunte: “Quais são
as últimas notícias da escola?”, “O que
aconteceu aqui recentemente poderia
ser notícia de um jornal impresso, tele-
visivo ou digital? Por quê?”. O objetivo
é levar os alunos a perceber que um
fato só se torna notícia quando é rele-
vante para determinada comunidade.
2. Em seguida, estimule-os a comen-
tar o que veem na imagem. É provável
que os alunos concluam que a imagem
representa uma cena que se passa em
um museu e que há um repórter com
microfone e, por isso, é provável que
esteja dando informações sobre a ex-
posição do museu. Questione-os so-
bre as impressões deles em relação às
obras expostas. Se achar conveniente,
informe aos alunos que são obras do
movimento pop art.
Esse movimento artístico surgiu por
volta dos anos 1950, nos Estados Uni-
dos, e tinha por objetivo desconstruir
imagens das culturas de massa. As
obras são inspiradas, principalmente,
em personalidades e elementos da cul-
tura pop e buscam ironizar aspectos
materiais e consumistas da população.
Estimule-os a verbalizar se já leram
131 ou ouviram alguma notícia sobre ex-
posições de arte. Leve-os a perceber
que essas exposições podem se tor-
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 131 07/08/2021 15:40 nar notícia, principalmente quando as
obras expostas são, por algum motivo,
relevantes para determinado público.
3. Realize a atividade primeiro oral-
mente, levando os alunos a socializar
suas opiniões. É importante que justi-
fiquem suas respostas. Na discussão,
comente que o repórter pode estar
falando sobre o tema da exposição,
o local onde a exposição está sendo
feita, o horário de funcionamento do
local da exposição, o artista responsá-
vel pelas obras, as reações do público,
quantidade de pessoas que têm visita-
do a exposição etc.
131

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1
OBJETIVOS
• Antecipar conhecimentos prévios CADA ASSUNTO NO
relativos ao texto que será lido.
• Identificar o jornal como um dos SEU CADERNO
portadores de diferentes textos.
• Identificar os diferentes gêneros preparaçao para a leitura
textuais que compõem o jornal.
• Reconhecer a organização de um
jornal por cadernos.
1. Você ou alguém da sua família costuma ler jornal? Qual? Respostas pessoais.
• Participar de situações de inter- 2. Sobre quais assuntos você gosta de ler ou ouvir notícias? Resposta pessoal.
câmbio que requeiram: ouvir com
atenção, intervir sem sair do assun- 3. Geralmente, os jornais são divididos em cadernos que tratam de
to, formular e responder perguntas, assuntos específicos. Esses cadernos têm títulos diferentes de acordo
explicar, ouvir e manifestar opiniões. com o jornal. Leia a tirinha.
• Ler e interpretar tirinha.
As habilidades e o componente a PEANUTS, CHARLES SCHULZ © 1989 PEANUTS WORLDWIDE LLC. /

seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

(EF15LP02) Estabelecer expectativas


em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do Charles M. Schulz. Peanuts. Disponível em: https://blog.estantevirtual.com.br/2011/05/26/
texto), apoiando-se em seus conheci- livros-tambem-sao-tema-de-tirinhas/. Acesso em: 21 jul. 2021.

mentos prévios sobre as condições de


VM RX AZ LR VD
produção e recepção desse texto, o
gênero, o suporte e o universo temá-
• Pinte os quadrinhos relacionando os possíveis títulos dos cadernos
tico, bem como sobre saliências tex-
que cada personagem está lendo.
tuais, recursos gráficos, imagens, da-
dos da própria obra (índice, prefácio VD Cotidiano
etc.), confirmando antecipações e in-
ferências realizadas antes e durante a AZ Cultura e arte
leitura de textos, checando a adequa-
ção das hipóteses realizadas. RX Esportes
(EF15LP03) Localizar informações ex-
LR Holofote dos famosos
plícitas em textos.

LEONARDO CONCEIÇÃO
VM Divirta-se
⊲ PNA
Compreensão de textos

ROTEIRO DE AULA 132

⊲ PREPARAÇÃO PARA A
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LEITURA
3. Comente que, apesar de as seções te- os alunos localizem o índice e avaliem
As atividades preparatórias que an-
rem nomes diferentes de acordo com o a sua utilidade na procura da notícia ou
tecedem o texto têm como objetivo
jornal, os temas tratados nos cadernos do assunto. Vale destacar que alguns
averiguar se os alunos e seus familia-
costumam ser os mesmos: política, espor- jornais não possuem índice. Nesse caso,
res têm o hábito de ler, assistir a jor-
te, cultura, diversão, saúde, classificados, é comum que o número da página em
nais ou ouvir rádio.
entre outros. que se encontra a notícia apareça en-
1. e 2. Abra espaço para que a tur- tre parênteses após seu título. Auxilie
ma compartilhe as respostas. É im- • Aproveite a oportunidade e comente
os alunos a realizar essa investigação e
portante estimular a interação entre que alguns jornais trazem o índice (su-
leve-os a comentar as vantagens e des-
os alunos, mas você, professor, tam- mário) que, geralmente, se encontra na vantagens de cada forma.
bém pode participar desse momento, primeira página do jornal e serve para
contando para os alunos quais jornais localizar os assuntos com mais facilida-
costuma ler ou a que costuma assistir, de. Pergunte se o jornal que estão ana-
qual assunto preferem etc. lisando tem índice. É interessante que
132

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 132 14/08/2021 15:27


OBJETIVOS
leitura JORNAL • Ler e analisar o jornal impresso.
• Identificar os diferentes gêneros
textuais que compõem o jornal.
1. Escolha um jornal que circula na sua cidade ou na sua região e traga-o
para a sala de aula, na data marcada pelo professor. • Participar de situações de inter-
câmbio que requeiram: ouvir com
• Investiguem os jornais trazidos e respondam oralmente.
atenção, intervir sem sair do assun-
a) Quais têm tiragem diária? E semanal? E quinzenal? Respostas pessoais. to, formular e responder perguntas,
b) Que jornal mais se repetiu na sala? O que isso indica? explicar, ouvir e manifestar opiniões.
Respostas pessoais. Indica que é um dos jornais mais lidos na comunidade.
c) Quais são os jornais com maior quantidade de páginas? Qual
poderia ser o motivo disso? É provável que os alunos respondam que são os jornais
que circulam aos domingos, pois costumam ter mais ROTEIRO DE AULA
cadernos e mais anúncios.
2. Selecionem um dos jornais trazidos e escrevam:
⊲ LEITURA
a) o nome do jornal.
JORNAL
Resposta pessoal.
Optou-se por permitir que os alu-
b) a data de publicação. nos manuseiem jornais que eles mes-
mos levem para a sala. Assim, eles
Resposta pessoal.
terão a oportunidade de estudar o
3. Leia e responda. gênero textual notícia com base em
fontes de informação que façam parte
de seus cotidianos.
Manchete é o título que recebe maior destaque na pri-
1. Participe levando alguns exem-
meira página de um jornal. Esse título é escrito com letras
plares de jornais sem esquecer o de
maiores que os demais.
domingo, que costuma conter mais
cadernos. Isso também evitará o ris-
• Qual é a manchete do jornal que você e o colega estão analisando? co de terem como fonte de pesquisa
Resposta pessoal.
exemplares de um só jornal.
2. Com os jornais em mãos, reúna a
turma em duplas ou pequenos gru-
pos; o ideal é que cada equipe tenha
4. Também na primeira página, com letras um pouco menores que a pelo menos dois jornais. Leve os alu-
manchete, encontram-se os títulos das principais notícias do jornal. nos a perceber algumas informações
contidas na primeira página do jornal.
• Que título mais chamou sua atenção no jornal analisado? Por quê?
Pergunte: “Seu jornal sai de quanto
Respostas pessoais. em quanto tempo?”; “Que outras
informações aparecem ao redor do
nome do jornal?”. Pergunte aos alu-
nos em que página encontraram as
informações que respondem às per-
guntas desta atividade.
133 3. e 4. Chame-lhes a atenção para o
fato de aparecerem vários tamanhos
de letra. Pergunte: “O que está escrito
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 133 07/08/2021 15:40
com letra maior?”. Informe que, em
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido letra maior, aparece a manchete, que,
guir serão trabalhados na seção Leitura. produzido pelo uso de recursos expressi- geralmente, é o título principal no alto
vos gráfico-visuais em textos multissemi- da primeira página, indicando o fato
⊲ BNCC óticos. jornalístico de maior importância entre
(EF15LP01) Identificar a função social de (EF15LP14) Construir o sentido de histó- as notícias contidas na edição, ou o tí-
textos que circulam em campos da vida rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan- tulo de maior destaque no alto de cada
social dos quais participa cotidianamente do imagens e palavras e interpretando re- página. Peça aos alunos que leiam as
(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e cursos gráficos (tipos de balões, de letras, manchetes. Sugere-se ampliar a ques-
nas mídias impressa, de massa e digital, onomatopeias). tão, elegendo a manchete que mais
reconhecendo para que foram produzi- chamou a atenção da turma. Abra es-
dos, onde circulam, quem os produziu e a paço para que comentem, também, os
quem se destinam. ⊲ PNA
assuntos em destaque de cada jornal.
(EF15LP03) Localizar informações explíci- Desenvolvimento de vocabulário
tas em textos. Compreensão de textos
133

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 133 14/08/2021 15:27


ROTEIRO DE AULA 5. Nesta tirinha, o pai da Mafalda está lendo um jornal. Observe as
expressões dele.
⊲ LEITURA
1 2 3 4
JORNAL
5. Chame a atenção dos alunos para

JOAQUÍN SALVADOR LAVADO (QUINO) TODA MAFALDA/FOTOARENA


os elementos paralinguísticos, para as
expressões do pai e de Mafalda, pe-
dindo que comentem como os per-
sonagens se sentem em cada quadri-
nho, justificando.
Amplie esta atividade, levando para
a sala de aula manchetes inusitadas Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 223.
para que os alunos leiam. Divida-os • Escreva que sentimento ele expressa em cada quadro.
em grupos para que as leiam fazendo
expressões faciais que combinem com 1 surpresa/estranheza/preocupação 2 tristeza/desapontamento
o “sentimento” que a manchete trans-
mite. Depois dessa primeira dinâmica, 3 surpresa 4 raiva
peça aos alunos que repitam a leitura,
dessa vez combinando-a com expres- 6. Escolham um dos quadros numerados da tirinha.
sões que indiquem o oposto do “sen-
a) Pesquisem no jornal um título de notícia que combine com a
timento” transmitido pela manchete. fisionomia do pai da Mafalda no quadro escolhido. Registre-o.
6. Oriente os alunos a identificar as
Resposta pessoal.
seções mais comuns em uma página
de jornal, nomeando-as.
Abra espaço para que os alunos
leiam os títulos das notícias seleciona-
das, justificando o motivo de terem as As notícias têm um parágrafo curto, introdutório, também cha-
escolhido e por que combinam com mado de lead (ou lide), que traz o resumo da notícia.
determinado quadrinho da tirinha.
Por fim, permita que os alunos socia- b) Escreva do que trata a notícia que você e o colega selecionaram.
lizem do que trata a notícia escolhida. Resposta pessoal.

134

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OBJETIVOS
divertidamente TÍTULO DE NOTÍCIA • Compor títulos para notícias.
• Participar de situações de inter-
câmbio oral.
1. O título de uma notícia contribui para que o leitor se interesse por lê-la.
Escreva um título atrativo para cada um dos assuntos das notícias a
seguir. Leia as dicas também.
ROTEIRO DE AULA

⊲ DIVERTIDAMENTE
TÍTULO DE NOTÍCIA
Título: 1. Será interessante que, durante a
Título: análise do jornal na seção Leitura, os
Resposta pessoal.
alunos tenham a oportunidade de ler
Resposta pessoal. e comentar alguns títulos. Leve-os a
perceber que em jornais os títulos,
Assunto: seu time de fute- muitas vezes, possuem diferentes fon-
bol ganhou do principal ad- Assunto: um animal selvagem tes, tamanhos e cores. Podem apa-
versário. foi visto nos arredores de sua recer em caixa alta, em caixa baixa,
comunidade. negritados, ou seja, com traços mais
Será que foi de goleada?
grossos que o comum. Apresentar
Uau! Qual terá sido a fera? essa variedade de tipos existentes
possibilitará que os alunos percebam
a importância da parte gráfica na co-
municação escrita.
Ressalte, também, que os títulos
devem indicar a temática geral da
Título: notícia e fazer um resumo do aconte-
Título:
Resposta pessoal. cimento mais relevante a ser relatado
Resposta pessoal. de modo a chamar a atenção do leitor
para a leitura da notícia na íntegra.
Nesse sentido, é possível afirmar que,
Assunto: tem feito muito com as imagens, o título é o que re-
calor em sua cidade. Assunto: sua cidade vai se-
cebe mais destaque nas páginas dos
diar um importante evento
Que temperatura assustou jornais, pois é ele que será o primeiro
cultural.
os moradores? foco do leitor, que passa os olhos pela
É um evento ligado às primeira página e “salta” de título em
KANATE/SHUTTERSTOCK.COM

artes plásticas, à literatura, título até que pare em algo que lhe
às artes cênicas? prenda a atenção. Por isso, o fato de o
leitor se interessar ou não pela leitura
de uma notícia se deve, em boa parte,
à escolha de um título claro, atrativo
e conciso.
135
Vale destacar que há títulos que,
por vezes, contam mais do que as
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 135 07/08/2021 15:40 próprias notícias ou, ao contrário,
não informam nada relacionado com
A habilidade e os componentes a seguir ⊲ PNA o que de fato foi noticiado. Por isso,
serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos no momento de elaborarem o título
Produção de escrita devem atentar fielmente ao assunto
⊲ BNCC tratado na notícia.
(EF15LP03) Localizar informações explíci- Por fim, abra espaço para que so-
tas em textos. cializem as produções, justificando os
títulos criados.
Consulte com os alunos o Dicioná-
rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exem-
plos de uso do termo feito e sediar
e ampliar o repertório deles com novo
vocabulário.
135

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OBJETIVOS
retomar SÍLABA TÔNICA E
• Identificar diferenças entre pala- CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
vras iguais, mas com sílabas tônicas e avançar QUANTO À SÍLABA TÔNICA
diferentes.
• Recordar o que são sílabas tônicas. 1. Leia os títulos das notícias, observando as palavras sublinhadas.
• Recordar a classificação de pa-
lavras quanto à posição de sílabas
tônicas. “Sabiá do Piauí”:
• Retomar e consolidar conteúdos
Sabia que a girafa dorme Menino imita vários
já abordados. em pé? Conheça mais pássaros e impressiona

SAHARA PRINCE/SHUTTERSTOCK.COM
• Remediar eventuais defasagens sobre o sono dos animais O vídeo do garoto tem feito sucesso na internet
de aprendizagem. pela facilidade com que ele imita alguns pássaros.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. O Povo Online, 20 dez. 2020. Disponível Portal O Dia, 23 jun. 2020. Disponível em:
em: https://www.opovo.com.br/noticias/ https://www.portalodia.com/noticias/piaui/sabia
curiosidades/2020/12/20/sabia-que-a-girafa -do-piaui-menino-imita-varios-passaros-e
⊲ BNCC -dorme-em-pe--conheca-mais-sobre-o-sono-dos -impressiona-377715.html. Acesso em: 2 jul. 2021.
-animais.html. Acesso em: 2 jul. 2021.
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando
regras de correspondência fonema- a) Você já estudou que toda palavra com mais de uma sílaba tem
-grafema regulares diretas e contex- uma sílaba tônica, ou seja, uma sílaba que é pronunciada com
tuais. mais força.
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu- • Circule a sílaba tônica das palavras sublinhadas nos títulos
do ou circunflexo) em paroxítonas ter- das notícias. Os alunos devem circular a sílaba bi da palavra sabia
e a sílaba á da palavra sabiá.
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). b) A posição da sílaba tônica mudou o sentido das palavras?

⊲ PNA X Sim. Não.


Consciência fonológica e fonêmica
2. Complete as frases com uma das palavras dos quadros.
Compreensão de textos
Produção de escrita secretária • secretaria

ROTEIRO DE AULA a) Neste sábado, a secretaria da escola vai


funcionar normalmente.
⊲ RETOMAR E AVANÇAR
b) A secretária da dentista confirmou meu
SÍLABA TÔNICA E CLASSIFICAÇÃO horário de consulta.
DAS PALAVRAS QUANTO À SÍLABA
TÔNICA 3. Você conhece outras palavras que têm o sentido alterado com a
mudança da sílaba tônica? Liste-as com seus colegas. Respostas pessoais.
1. a) e b) Peça aos alunos que leiam
os títulos em voz alta. É importante
que percebam que a mudança da po-
136
sição da sílaba tônica também muda o
sentido das palavras sublinhadas.
2. Promova a leitura oral das palavras D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 136 07/08/2021 15:40 D2_130-1

dos retângulos. Peça que os alunos toma notas, marca entrevistas, recebe re- frases. Sugestões de palavras: médico/
identifiquem a sílaba tônica de cada cados de uma empresa. medico; bebe/bebê; pais/país; coco/cocô;
palavra. Solicite que verbalizem o sig- baba/babá; Roma/ romã; carne/carnê; du-
nificado de cada palavra. Só então, peça que leiam as frases si-
lenciosamente e as complete com a pala- vida/dúvida; forró/forro; público/ publico;
Secretaria: local onde se faz o tra- baía/baia.
vra adequada.
balho escrito de uma administração e
onde estão arquivados os documen- 3. Desafie os alunos a verbalizar outras
tos. Também pode ser: cada uma das palavras que tenham o sentido alterado
divisões de um ministério ou cada com a mudança da sílaba tônica. Monte
uma das divisões da administração es- uma lista com a turma, destaque a sílaba
tadual ou municipal. Já secretária sig- tônica de cada palavra e exponha a lista
nifica pessoa que organiza e escreve a no mural da classe. Será interessante con-
correspondência, cuida dos negócios, textualizar oralmente essas palavras em

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4. Registre alguns nomes de alunos na
4. Observe as sílabas em destaque nos nomes das frutas e assinale o lousa e peça que identifiquem a sílaba
quadrinho adequado.
tônica de cada um deles. Desafie-os
a verbalizar a posição delas em cada
Sílaba tônica nome e registre abaixo dos nomes: úl-
Antepenúltima Penúltima Última tima, penúltima, antepenúltima.
Só então, leia as palavras do qua-
maçã X dro e peça aos alunos que verbalizem
qual a sílaba tônica de cada palavra.
laranja X Espera-se que identifiquem que a síla-
ba tônica de cada palavra é a que está
tâmara X em destaque.

BIGACIS/SHUTTERSTOCK.COM, TIM UR/SHUTTERSTOCK.COM, KHUMTHONG/SHUTTERSTOCK.COM


Relembre que toda palavra com

FOTOS: ARTEM KUTSENKO/SHUTERSTOCK.COM, VALERY121283/SHUTTERSTOCK.COM,


uva X mais de uma sílaba tem uma sílaba
tônica.
goiaba X
Por fim, peça que completem o
quadro fazendo a correspondência
entre a palavra e a posição da sílaba
tônica dessa palavra.
5. Peça que os alunos observem as
palavras do quadro e circulem a sílaba
tônica de cada uma delas, comentan-
5. Circule a sílaba tônica das palavras do quadro. do se a posição dela é a última, a pe-
núltima ou a antepenúltima. Só então
escada • médico • árabe • abacaxi os alunos devem registrar as palavras
no quadro de oxítonas, paroxítonas e
açúcar • mesa • árvore • anel • boletim
proparoxítonas. O objetivo da ativida-
de é retomar a classificação das pa-
• Copie as palavras de acordo com sua classificação quanto à posição lavras em relação à posição da sílaba
da sílaba tônica.
tônica.
Oxítonas: Paroxítonas: Proparoxítonas: No momento da correção, solicite
a sílaba tônica a sílaba tônica é a a sílaba tônica é a a eles que registrem os acertos e erros
é a última penúltima antepenúltima que tiveram no preenchimento da ta-
bela. Utilize esses dados para realizar
anel escada árvore uma atividade extra de classificação
de palavras acentuadas.
boletim mesa árabe

abacaxi açúcar médico

137

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR b. ele indica a sílaba tônica da palavra.


Por isso, em português, apenas marcamos
TEXTO COMPLEMENTAR com acento a sílaba tônica de uma pala-
vra e nunca a subtônica ou sílabas átonas.
Por isso, também, na escrita do português
ACENTOS: AGUDO E CIRCUNFLEXO
não existem palavras com dois acentos.
Mas, “bênção” não tem dois acentos? E
[…] na escrita do português só há dois “acórdão”? Não, não tem dois acentos [...]
acentos: acento agudo (´) e acento cir- Essas palavras e quaisquer outras do por-
cunflexo (^). O que é um acento, então? tuguês só podem ter um único acento que,
nos dois casos, marca a sílaba tônica da
O acento é um diacrítico que tem dupla palavra (“bên” e “cór”, respectivamente) e
função nas palavras em que é usado: o timbre das vogais acentuadas (fechado
a. ele define o timbre (aberto ou fechado) (ê) e aberto (ó), respectivamente). (FERRA-
das vogais sobre as quais ele é aplicado. REZI JUNIOR, Celso. Guia de acentuação e
Assim, em “vovó”, a pronúncia do último pontuação em português brasileiro. São
“o” é aberta e em “vovô”, é fechada; Paulo: Contexto, 2018. p. 32)
137

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OBJETIVOS
• Retomar o estudo da acentuação nossa lingua ACENTUAÇÃO DE OXÍTONAS
das palavras. Os alunos deverão sublinhar de azul as palavras parabéns, mocotó, jiló, cajá, café, trenós,
• Identificar as regras de acentua- armazém e de vermelho as palavras urubu, sucuri, caqui, tambaqui, chuchu, pequi, bambu.
1. Todas as palavras a seguir são oxítonas, ou seja, sua sílaba tônica
ção das palavras oxítonas.
é a última. Separe-as em dois grupos, sublinhando-as de acordo com
• Retomar conteúdos já aprendidos a legenda.
e ampliar as aprendizagens.
A habilidade e os componentes a oxítonas acentuadas oxítonas não acentuadas
seguir serão trabalhados nesta seção.
parabéns • urubu • mocotó • sucuri
⊲ BNCC caqui • jiló • cajá • café • tambaqui
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu- chuchu • trenós • pequi • bambu • armazém
do ou circunflexo) em paroxítonas ter-
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). a) Circule a última sílaba das palavras oxítonas acentuadas.
b) Conte aos colegas o que você descobriu sobre a acentuação de
⊲ PNA palavras oxítonas. Espera-se que os alunos identifiquem a regularidade das
terminações das oxítonas acentuadas.
Consciência fonológica e fonêmica
Produção de escrita Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas
em a(as), e(es), o(os), em, ens.

ROTEIRO DE AULA
2. Leia um cartaz de uma barraca de frutas.
⊲ NOSSA LÍNGUA
ACENTUAÇÃO DE OXÍTONAS
Retome com os alunos que oxíto-
nas são as palavras cuja sílaba tônica
é a última.
1. a) e b) Peça que organizem as pa-
lavras em duas colunas, uma de oxí-
tonas acentuadas e outra de oxítonas
não acentuadas. Antes de os alunos

ERIKA GOMES
concluírem as descobertas sobre acen-
tuação de palavras oxítonas, amplie
a atividade, pedindo a eles que pes-
a) Circule os nomes das frutas que não deveriam ser acentuados.
quisem em jornais e revistas palavras Os alunos devem circular as palavras caju, umbu, cupuaçu e murici.
oxítonas acentuadas. Na data combi- b) Em sua opinião, por que é comum encontrarmos em placas, faixas
nada, monte com a turma um cartaz e cardápios palavras acentuadas como essas, ou seja, em desacordo
com as palavras pesquisadas divididas com as regras de acentuação de oxítonas? Resposta pessoal.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
em 5 grupos: oxítonas terminadas em
a(as), e(es), o(os), em, ens. Chame 138
a atenção para o fato de que as oxíto-
nas terminadas em i(s) e u(s) não são
acentuadas. D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 138 07/08/2021 15:40 D2_130-1

2. Explore a imagem da banca de que a vendedora está usando luvas e tou- se aplicam a regra de acentuação de pala-
frutas com perguntas do tipo: “Que ca?”. Espera-se que os alunos reconhe- vras oxítonas, ou seja, se reconhecem que
palavras formam o nome da banca?”. çam o uso de touca e luva como medidas oxítonas terminadas em u não são acentu-
Espera-se que os alunos concluam de higiene. “No momento de comprar adas. Consulte com os alunos o Dicionário
que são as palavras suco e delícia. algum alimento, vocês prestam atenção ilustrado no final da unidade para explorar
“Então, o que é vendido nessa banca: a essas medidas? Por quê?”. Participe da outros significados e exemplos de uso do
frutas ou sucos de frutas?”. Os alu- discussão, informando sobre a importân- termo umbu e ampliar o repertório deles
nos deverão responder que são ven- cia de observar a higiene do local antes de com novo vocabulário.
didos sucos. “Que sabores de suco adquirir algum produto comestível, pois 2. b) Participe da discussão, levando os
são encontrados nessa banca?”; “Dos alimentos contaminados podem acarretar alunos a perceber que o fato de a vogal
sabores de suco da banca, quais você doenças. ser pronunciada com mais força nessas
já provou? De quais gostou? De quais 2. a) O objetivo da atividade é verificar se palavras leva as pessoas a pensar que elas
não gostou?”; “Na sua opinião, por os alunos reconhecem palavras oxítonas e são acentuadas.

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OBJETIVOS
PALAVRAS INICIADAS COM DES-
ortografia OU DEZ • Reconhecer a formação de pala-
vras com o prefixo des-.
• Identificar antônimos formados
1. Jornais costumam ter cadernos em que são publicadas tirinhas. Leia com o prefixo des-.
uma tirinha do personagem Armandinho.
• Reconhecer palavras derivadas
formadas com dez-.

ROTEIRO DE AULA

ARMANDINHO, DE ALEXANDRE BECK


⊲ ORTOGRAFIA
PALAVRAS INICIADAS COM DES
Alexandre Beck. Armandinho dois. Florianópolis: A. C. Beck, 2014. p. 77. OU DEZ
• Em tirinhas e HQs, geralmente o final é inusitado, o que provoca 1. Abra espaço para que os alunos
humor. Isso aconteceu nessa tirinha? Explique. Sim. A reação do personagem façam a leitura silenciosa da tirinha.
ao pedir um abraço depois de levar bronca do adulto quebra a expectativa Em seguida, estimule-os a verbalizar o
2. Leia as frases. do leitor e, por isso, provoca humor. que deu humor a ela. Se necessário,
participe da discussão, chamando a
O quarto de Armandinho está todo arrumado. atenção dos alunos para a reação de
Armandinho depois de ser repreendi-
O quarto de Armandinho está todo desarrumado. do pelo pai. Os alunos deverão perce-
ber que o menino em vez de se justi-
• As palavras arrumado e desarrumado são: ficar pelas atitudes inadequadas lista-
das pelo pai, exalta que lhe dará um
sinônimas, ou seja, têm sentido semelhante.
abraço, mudando o foco da conversa
na tentativa de amenizar a situação.
X antônimas, ou seja, têm sentido contrário.
2. e 3. O objetivo destas atividades é
3. Complete as frases com os antônimos das palavras em destaque. chamar a atenção dos alunos para o uso
do prefixo des- para indicar oposição.
a) A sala está organizada, mas a biblioteca está É importante levar os alunos a per-
desorganizada ceber que o prefixo des- dá a ideia de
.
negação, oposição. O objetivo é levá-
b) Disseram que essa cola é ótima. Quando gruda, não -los a perceber o significado do prefi-
xo des- a partir das palavras citadas.
desgruda . São também exemplos de prefixos
c) Paulo está muito animado para sair, mas o cansaço me fez ficar
de negação: i- (moral – imoral, mortal
– imortal); in- (culto – inculto, certo
desanimado . – incerto); im- (paciente – impaciente,
previsível – imprevisível).
139
⊲ O QUE E COMO AVALIAR
A fim de verificar a compreensão dos
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alunos acerca da formação de antôni-
A habilidade e os componentes a seguir SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR mos com acréscimo do prefixo des-,
serão trabalhados na seção Ortografia. registre na lousa outras palavras para
TEXTO COMPLEMENTAR que os alunos escrevam seus antôni-
⊲ BNCC mos acrescentando o prefixo des-. Su-
(EF15LP14) Construir o sentido de histó- O prefixo des- pode ter diferentes valores. gestões de palavras: leal – desleal, do-
rias em quadrinhos e tirinhas, relacionan- Pode expressar separação (despedaçar), brar – desdobrar, amarrar – desamarrar.
do imagens e palavras e interpretando re- transformação (desfazer), intensidade
cursos gráficos (tipos de balões, de letras, (dessangrar), ação contrária (desobede-
onomatopeias). cer), negação ou privação (desumano,
desacordo). Serve, também, em alguns
⊲ PNA casos, para reforço [...]. É bom lembrar tilar e outras. Em nenhuma dessas
que nem toda palavra que começa com palavras, é possível entender a nega-
Consciência fonológica e fonêmica des é formada por acréscimo de prefixo.
Desenvolvimento de vocabulário ção de algo. (CIPRO NETO, Pasquale.
Em muitos casos, des faz parte do radical, Nossa língua em letra e música. São
Compreensão de textos como em desejo, descida, descrever, des- Paulo: Publifolha, 2003. p. 18)
Produção de escrita
139

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ROTEIRO DE AULA 4. Resolva as operações. Depois, escreva os resultados por extenso.

⊲ ORTOGRAFIA 10 + 6 = 16 dezesseis

PALAVRAS INICIADAS COM DES 10 + 7 = 17


OU DEZ dezessete

4. Nesta atividade, os alunos são de-


10 + 8 = 18 dezoito
safiados a perceber de que forma é a
escrita dos números derivados do nu-
meral 10 (dez). 10 + 9 = 19 dezenove
Atividades com números pequenos
são uma boa oportunidade para exer- • Essas palavras têm em comum um numeral. Qual é ele?
citar as noções de números e ope-
rações com alunos dessa faixa etária. O numeral dez.

5. Vale ressaltar que há também as 5. Pesquise no dicionário palavras que começam com dez e não são
palavras (1) dezembrada e (2) de- numerais. Registre-as.
zembrino, que significam respectiva-
mente: (1) guerra do Paraguai, série Sugestão de resposta: dezena e dezembro.
de operações realizadas pelo exército
6. O que você pôde concluir sobre a escrita de palavras que começam com
brasileiro sob o comando de Duque
des- e dez?
de Caxias durante o mês de dezembro
de 1868; e (2) referente a ou o pró- É importante que os alunos concluam que são escritas com dez as palavras que possuem
prio mês de dezembro. No entanto,
são palavras derivadas de dezembro. em sua composição o numeral dez; as demais são escritas com des-.
A palavra “dezena”, ainda que expri-
ma ideia de número, é substantivo de
sentido coletivo, e não numeral.
6. Incentive os alunos a comentar o saiba que
que percebem de diferente no uso das A palavra dezembro começa
palavras em que há o prefixo dez- e com dez porque, antigamente, o
des-. É importante que eles concluam ano tinha 304 dias e era dividido
que as palavras em cuja escrita há a em dez meses, sendo dezembro o

ARTUR FUJITA
letra z são numerais derivados de 10 décimo mês.
(dez) e que as outras são registradas
com s.
Se achar conveniente, registre na
lousa a seguinte frase e peça aos alu-
nos que identifiquem a palavra que
indica um antônimo e a palavra que
indica uma quantidade: “Ela estava
desatenta porque tinha que resolver
uma dezena de coisas.” 140
No boxe Saiba que é importante
abrir espaço para que os alunos co- D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 140 07/08/2021 15:40 D2_130-1

mentem a descoberta. O objetivo da


questão é levar os alunos a concluir
que há poucas palavras que começam
com dez- e que a maioria deriva de
dez (10), exceto dezembro, que co-
meça com dez porque, antigamente,
considerava-se dezembro o 10o mês do
ano, uma vez que o ano correspondia
a 304 dias, divididos em 10 meses.

140

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2
OBJETIVOS

NO PÓDIO DAS NOTÍCIAS • Analisar a primeira página de um


jornal impresso.
• Identificar as seções comuns
da primeira página de um jornal
impresso.
preparaçao para a leitura
• Deduzir as informações de
uma notícia a partir da leitura da
1. Observe a reprodução da primeira página de um jornal. manchete.

A primeira página dos jornais traz as chamadas que resumem


os assuntos de maior destaque naquela edição e que são publicados
ROTEIRO DE AULA
integralmente nas páginas internas.
⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA
Neste momento, os alunos serão
convidados, por meio de atividades
Gabriel Medina preparatórias, a analisar a primeira pá-
gina de um jornal para refletir sobre
é bi mundial sua função e sobre qual o motivo de
Surfista brasileiro algumas notícias serem selecionadas
comemora nas para compor a primeira página.
ondas de Pipeline,
no Havaí. Ele 1. Aproveite a oportunidade para tra-
disputou suas balhar as informações desse trecho
baterias sempre da primeira página do jornal. Faça
ACERVO/ESTADÃO CONTEÚDO

com bom perguntas como: “Qual é o nome do


desempenho, jornal?”, “Qual é a data de publica-
confirmou o ção do jornal?”, “De que estado é o
favoritismo
e levou o bi jornal?”, “Na opinião de vocês, que
mundial. fatos são noticiados?”.
ESPORTES/ 1. a) Leve os alunos a perceber que
PÁG. A16
por se tratar de uma notícia que in-
O Estado de S. Paulo, 18 dez. 2018. forma que um brasileiro ganhou um
campeonato mundial, é algo que
a) Por que a notícia sobre Gabriel Medina foi considerada tão pode ser considerado relevante para
importante a ponto de ser destaque na primeira página muitas pessoas.
desse jornal? Porque Gabriel Medina, surfista brasileiro, tornou-se bicampeão
mundial de surfe. 1. b) Chame a atenção dos alunos
b) Se o leitor quiser mais informações sobre esse assunto, em que para a informação “página A16”, que
página ele encontrará a notícia completa? Explique. Na página A16. indica a página onde a notícia pode
Os alunos deverão mencionar a indicação da página na chamada da notícia.
ser lida na íntegra. É importante cha-
141 mar a atenção dos alunos para o fato
de que a primeira página do jornal
anuncia as informações importantes,
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mas que, para saber mais, é preciso
A habilidade e o componente a seguir ⊲ PNA ler toda a notícia em uma das páginas
serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos internas.
Pergunte aos alunos em qual ca-
⊲ BNCC derno a notícia sobre Gabriel Medi-
(EF15LP03) Localizar informações explíci- na foi publicada. Espera-se que eles
tas em textos. respondam que o resumo da notícia
deixa claro que ela foi publicada no
caderno ESPORTES do jornal.

141

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OBJETIVOS
• Reconhecer e identificar os ele- leitura NOTÍCIA
mentos do gênero textual notícia.
• Ler e interpretar notícia.
1. Leia a notícia com os colegas e o professor.
• Identificar verbos e reconhecer o
tempo verbal.
• Reconhecer as aspas como uma Tubos perfeitos coroam o bi de Medina
das formas de marcar falas de entre- Brasileiro dá show nas ondas de Pipeline, no Havaí, conquista seu segundo
vistados em notícias. título mundial e prova ser um dos principais atletas nacionais
As habilidades e os componentes
a seguir serão trabalhados na seção
Leitura.

⊲ BNCC
(EF04LP14) Identificar, em notícias,
fatos, participantes, local e momento/
tempo da ocorrência do fato noticia-
do.

BRIAN BIELMANN//AFP /GETTY IMAGES


(EF04LP15) Distinguir fatos de opi-
niões/sugestões em textos (informati-
vos, jornalísticos, publicitários etc.).
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen- Festa. Gabriel Medina é carregado pela torcida de amigos e familiares na praia de Pipeline, no Havaí,
após conquistar seu segundo título mundial de surfe.
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos Paulo Favero ontem durante a disputa do
multissemióticos. “Espaço reservado para o Billabong Pipe Masters, no Ha-
troféu do bicampeonato mun- vaí. Ele confirmou o favoritismo
⊲ PNA dial”. Na sala de conquistas do ao passar suas baterias sempre
Desenvolvimento de vocabulário surfista Gabriel Medina, no Ins- com bom desempenho enquan-
tituto que criou com seu nome to seus adversários, o brasileiro
Compreensão de textos Filipe Toledo e o australiano Ju-
em Maresias, no litoral paulista,
Produção de escrita a mensagem servia de motiva- lian Wilson, não tiveram como
ção antes do embarque para o pará-lo na última edição.
Havaí. E, como uma profecia, o
ROTEIRO DE AULA
atleta brasileiro cumpriu à risca
Profecia: anúncio que prevê um
o que dizia o bilhete e garantiu acontecimento futuro.
⊲ LEITURA seu mais novo troféu no surfe. Baterias: períodos em que dois ou
três surfistas entram no mar para as
NOTÍCIA O brasileiro conquistou o bi- disputas entre si.
campeonato mundial de surfe
1. Antes de iniciar a leitura, pergun-
te aos alunos o que eles sabem sobre
o surfe e sobre Gabriel Medina. Leve
142
para a sala de aula textos informativos
sobre esse esporte e sobre o surfista
Gabriel Medina, assim eles poderão D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 142 07/08/2021 15:40 D2_130-1

conhecer mais sobre esse atleta.


• do lide. Chame a atenção da turma • da foto. Analise a foto com a turma
No momento da leitura, explore para o uso das palavras show, conquista e pergunte se a consideram um bom re-
primeiramente os elementos paratex- e principais atletas nacionais. Para isso, gistro para dar suporte à divulgação do
tuais da notícia. Analise, com os alu- faça a leitura do lide e, depois, pergun- que está sendo noticiado.
nos, os efeitos de sentido: te aos alunos de que forma as palavras
• da manchete. Pergunte aos alu- destacadas anteriormente reforçam a
nos o que tubo significa no contexto ideia de que o bicampeonato de Medina
da notícia em estudo. É importante foi, de fato, um feito muito importante
que concluam que tubo é o nome para o esporte;
de uma manobra no surfe. Além • da legenda da foto. Leia a legenda e
disso, explore o contexto da palavra pergunte aos alunos se ela está descre-
bi, chamando a atenção da turma vendo a cena retratada na foto e/ou se, a
para o fato de que o atleta já tinha partir da leitura desse texto, é possível ter
sido campeão uma vez; mais detalhes sobre o assunto da notícia;
142

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No momento da leitura, será inte-
ressante fazer pausas para conversar
“Trabalhei muito duro neste Um dos trunfos do surfista é
com a turma sobre detalhes importan-
ano. Foi intenso, mas tudo va- ter desde cedo o apoio da fa-
tes da rotina de treinos do surfista e
leu a pena. Não consigo encon- mília. Quando ainda era crian-
trar palavras. Estou muito feliz.
como foi a preparação para o campe-
ça, falou para o padrasto Char-
Quero agradecer aos amigos e onato. No primeiro parágrafo, há uma
les Saldanha que queria ser
familiares que vieram e me de- menção ao instituto do atleta e sobre
campeão mundial. Foi daí que
ram força. Sempre venho fazer um dos elementos que o motivaram a
surgiu a parceria que dura até manter o foco durante a preparação
o meu melhor. Tive fé, tentei ao
hoje, com Charles atuando para o campeonato que aconteceria
máximo até o final. Vi que os ri-
como técnico e principal men- no Havaí.
vais estavam conseguindo boas
tor do garoto. A mãe de Gabriel,
notas, mas mantive a calma, Converse com os alunos sobre o
mantive a concentração e con- Simone, é a grande incentiva-
sentido da palavra profecia e da ex-
segui novamente”, afirmou o bi- dora e torcedora número um
pressão cumprir à risca.
campeão mundial de surfe. do filho. O irmão Felipe é gran-
de parceiro e a irmã Sophia já No segundo parágrafo estão infor-
[...]
segue os passos no surfe e de-
mações sobre o campeonato e o local
Medina abraçou a mãe assim
onde ele aconteceu. Antecipe-se e leve
que saiu da água. Ela chorou. monstra ter talento.
informações sobre esse campeonato
de surfe para os alunos e/ou leve-os
posteriormente para a sala de infor-
mática para que pesquisem sobre Billa-
bong Pipe Masters, no Havaí.
A partir do terceiro parágrafo, a
notícia tem como foco o depoimento
de Medina e algumas descrições de
como a vitória foi comemorada pelo
atleta e por sua família. Leve os alu-
nos a perceber a importância de o re-
pórter explicitar esses detalhes para o
leitor da notícia, devido ao objetivo de
aproximar o público do bicampeão.
Explore as palavras que estão no
glossário com a turma. Solicite aos
alunos que criem frases com essas
palavras.
KOJI HIRANO/GETTY IMAGES

Consulte com os alunos o Dicioná-


rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exem-
Paulo Favero. Tubos perfeitos coroam o bi de Medina. O Estado de S. Paulo, plos de uso dos termos mentor e
18 dez. 2018. Caderno Esportes. p. A16. intenso e ampliar o repertório deles
com novo vocabulário.
143 Apesar de as normas da ABNT de-
terminarem outra regra, optamos por
usar a ordem direta dos nomes dos
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 143 07/08/2021 15:40
autores nas referências desta obra,
ATIVIDADE COMPLEMENTAR Chame a atenção dos alunos para os para apoiar o processo de leitura
Leve para a sala de aula algumas ima- créditos (nome do fotógrafo e da agência do aluno nos anos iniciais do Ensino
gens que acompanham o texto escrito de notícias que produziu a imagem) levan- Fundamental.
de notícias. É importante que as imagens tando os conhecimentos prévios dos alu-
possuam créditos. nos para esse elemento, pois, geralmente,
ao recortar fotos de jornais e/ou revistas
Apresente as imagens e instigue os alu-
para usá-las em trabalhos escolares é co-
nos a comentar o possível tema da notícia
mum que os alunos acabem cortando os
da qual a imagem foi retirada, justificando
créditos. Conteúdo, é importante familia-
as estratégias que usaram para chegar à
rizá-los a indicar essas fontes das informa-
determinada conclusão.
ções, pois também se trata de um conteú-
Depois, comente com os alunos sobre do elaborado por determinada pessoa.
o tema de cada notícia da qual cada ima-
gem foi retirada.
143

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ROTEIRO DE AULA 2. Responda.
a) Onde as notícias escritas costumam ser publicadas?
⊲ LEITURA Em jornais impressos ou em sites.
b) Que fatos costumam se tornar notícia publicada em jornal?
Geralmente se tornam notícia fatos sobre um tema atual e de relevância para o público-alvo.
NOTÍCIA c) As notícias apresentam fatos ou histórias imaginárias?
Fatos.
2. a) Estimule os alunos a comentar d) Como o texto da notícia sobre Medina foi organizado na página?
quais são os suportes em que as no- Em duas colunas.
tícias circulam. É importante levar 3. No título, aparece uma palavra reduzida. Qual é essa palavra? Circule-a.
exemplos de jornais para a sala, as- • O que essa palavra reduzida significa?
sim como os alunos explorarem sites
Espera-se que os alunos concluam que a palavra bi, no título, refere-se ao
especializados em notícias para que
reconheçam mais aspectos sobre esse bicampeonato de Gabriel Medina.
gênero textual. Ressalte que, atual-
mente, notícias também costumam
ser veiculadas em redes sociais.
2. b) É importante que os alunos com- 4. O início de uma notícia geralmente responde à maioria das questões
a seguir.
preendam que fatos que se destacam
do cotidiano comumente viram notícia.
2. c) Chame a atenção dos alunos O quê? Por quê? Onde?
para o fato de que as notícias publi- Com quem? Quando? Como?
cadas em veículos de comunicação
responsáveis são, comumente, verda-
deiras. Aproveite a oportunidade para • Responda às questões a seguir com informações do início da notícia.
comentar com a turma o que são fake
a) O que aconteceu?
news e como é possível identificá-las.
Comente que é fundamental conferir Gabriel Medina conquistou o bicampeonato de surfe.
a fonte e a veracidade de uma notícia
antes de compartilhá-la com alguém,
pois é preciso ter responsabilidade
com aquilo que se divulga.
2. d) Leve para a sala de aula outras b) Quando o fato aconteceu?
notícias veiculadas em jornais impres- No dia 17 de dezembro de 2018.
sos e, com a turma, analise de que
forma esse gênero é organizado no
suporte “página física de jornal”. Am- c) Onde o fato aconteceu?
plie a atividade apresentando outros
suportes em que notícias são veicula- Na praia de Pipeline, no Havaí.
das, de modo que comparem a forma
de apresentação do texto.
3. Explore com a turma outras expres-
sões que poderiam substituir a ideia
de bi, como: dobradinha, sequência 144
de vitórias etc.
4. a), b) e c). As atividades propostas D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 144 07/08/2021 15:40 D2_130-1

possibilitarão verificar a compreensão


Espera-se que os alunos infiram a in- SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
de textos dos alunos. Alguns alunos
formação a partir do marcador temporal LEITURA • ALVES FILHO, Francisco. Gêneros
podem perceber a presença do acento
presente no trecho: “O brasileiro con- jornalísticos: notícias e cartas de leitor no en-
na palavra quê da frase “O quê?” e
quistou o bicampeonato mundial de sur- sino fundamental. São Paulo: Cortez, 2011.
a ausência desse acento nessa palavra p. 102-103. O livro apresenta importantes
fe ontem durante a disputa do Billabong
na frase “O que aconteceu?”. Expli- informações sobre o tempo na notícia.
Pipe Masters, no Havaí”. Dessa forma, os
que-lhes que a diferença está no fato
alunos deverão concluir que a competição
de que a forma com o acento circun-
aconteceu no dia anterior à publicação do
flexo somente é empregada ao final
jornal, pois se trata de um jornal impresso.
de frases e, por isso, é sempre acom-
panhada por um sinal de pontuação.
Discuta as questões com a turma e
estimule-os a justificar suas respostas
lendo trechos da notícia.
144

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5. Verifique se os alunos conseguem
5. Releia um trecho do terceiro parágrafo da notícia. inferir que se trata de uma fala de Ga-
briel Medina. Estimule-os a justificar
“Trabalhei muito duro neste ano. Foi intenso, mas tudo valeu a as estratégias usadas para chegar a
pena. [...] Vi que os rivais estavam conseguindo boas notas, mas man- essa conclusão. É provável que citem
tive a calma, mantive a concentração e consegui novamente” [...]. os verbos conjugados na primeira
pessoa do singular. Chame a atenção
a) De quem é essa fala? dos alunos para a forma como a pon-
tuação está empregada. Abra espaço
Do surfista brasileiro Gabriel Medina. para que os alunos verbalizem que
outra pontuação poderia ser utilizada
para marcar a fala de um entrevistado.
b) Que sinal gráfico foi usado para marcar a fala? 6. Explique que, não podendo expres-
As aspas.
sar o seu ponto de vista, o autor da
notícia seleciona pontos de vista de tes-
temunhas. Por isso, pode-se dizer que
Nas notícias, podem-se usar as aspas ou o travessão para uma notícia equilibrada e isenta con-
marcar a fala dos entrevistados. templará os pontos de vista de diferen-
tes indivíduos. Ressalte que são tam-
6. Nessa notícia, o autor: bém características do gênero textual
notícia: a linguagem objetiva. Para isso,
relata os fatos e dá sua opinião sobre eles. são usadas frases curtas, demandan-
do pouco tempo de leitura, e registro
X apenas relata os fatos, sem dar opinião sobre eles. predominantemente formal da língua,
evitando gírias e vícios de linguagem.
Os fatos contidos nas notícias não
Uma das características da notícia é a impessoalidade, ou seja,
relatam experiências pessoais nem
quem a escreve não emite opinião sobre o assunto para que o leitor
expressam crenças e opiniões do re-
possa fazer seu próprio juízo de valor sobre os fatos relatados.
dator e, por isso, o “eu” pode estar
presente apenas como um observador
7. Leia os títulos das notícias, observando as palavras em destaque. imparcial e um mediador dos fatos ou
quando aparece no comentário de
Nathalie e Guilherme Toldo uma testemunha.
FEITO INÉDITO
alimentam chances de medalha Sobre o aspecto impessoal da lin-
ETIENE É OURO NA NATAÇÃO inédita na esgrima guagem empregada nas notícias,
O Globo, 28 jul. 2017. Caderno de Esportes, p. 32. Folha de S.Paulo, 7 maio 2021. Disponível em: https://
cumpre esclarecer que:
www1.folha.uol.com.br/esporte/2021/05/nathalie-e
-guilherme-toldo-alimentam-chances-de-medalha No Brasil, os jornais de grande circu-
-inedita-na-esgrima.shtml. Acesso em: 23 jun. 2021. lação nacional [...] possuem os seus
manuais de redação e estilo, os quais
• As palavras destacadas nesses títulos estão no tempo:
devem ser seguidos à risca por seus
X presente. passado. futuro. redatores. Esse tipo de funcionamen-
to faz com que as notícias sejam es-
critas de um modo um tanto impes-
145 soal, não podendo o redator deixar
marcas de seu estilo pessoal: o estilo
que deve prevalecer é o estilo da no-
tícia, conforme concebida em tal em-
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presa, e não o do seu redator. Por esta
razão é que é quase impossível, fora
do contexto de edição e publicação,
conseguir descobrir se uma notícia x
foi escrita pelo redator y ou z. (ALVES
FILHO, Francisco. Gêneros jornalísti-
cos: notícias e cartas de leitor o en-
sino fundamental. São Paulo: Cortez,
2011. p. 97-98)

7. Chame a atenção para o fato de


que, mesmo se tratando de aconteci-
mentos já ocorridos, os verbos dos tí-
tulos das notícias costumam aparecer
no tempo presente para passar a ideia
de que são fatos recentes.
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ROTEIRO DE AULA 8. Discuta a questão seguinte com os colegas. O professor vai registrar as
conclusões da turma.
⊲ LEITURA • Por que, mesmo se referindo a fatos já ocorridos, nos títulos das
notícias são usados verbos nesse tempo?
NOTÍCIA
8. Discuta a questão do tempo verbal Geralmente, nos títulos é usado o verbo no tempo presente, pois isso contribui para
da notícia. Estimule a turma a, mais aproximar o leitor do acontecimento, que, assim, parece ainda mais recente.
uma vez, folhear o jornal, agora com
o objetivo de observar o tempo ver-
bal usado nos títulos. Registre alguns
títulos na lousa e desafie os alunos 9. Imagine que você está procurando em um jornal impresso ou on-line
a identificar os verbos. Selecione um notícias que lhe interessem.
título e reescreva- o usando o verbo
no presente e no passado. Pergunte: Vale marcar mais de uma alternativa.
“Na opinião de vocês, qual dos títulos
dá a impressão de que o fato é mais • O que você faria para selecionar essas notícias?
Resposta pessoal. É possível que os alunos marquem as seguintes alternativas:
atual?”. X Leria as manchetes para escolher o assunto do meu interesse.
9. Chame a atenção dos alunos para
o fato de que, normalmente, ao ler Leria o primeiro parágrafo das notícias que me chamassem a
X
um jornal, as pessoas usam diferentes atenção para saber quais gostaria de ler na íntegra.
estratégias para selecionar o que de- Leria todas as notícias.
sejam ler na íntegra. Uma delas é per-
correr os olhos pelas páginas, lendo Observaria as imagens que
X
os títulos, os subtítulos e o primeiro acompanham as notícias.
parágrafo das matérias, selecionando
as notícias e/ou as reportagens que

A
interessarem mais. Abra espaço para

/ GIZ DE CER
comentarem o que entenderam por

TEL COELHO
“ler na íntegra”. É importante que
concluam que é o mesmo que “ler o
texto inteiro”.
No boxe Descubra mais, há uma
sugestão interessante de leitura para
os alunos. Caso essa obra seja selecio- descubra mais
nada, promova momentos de leitura e • O jornal, de Patricia Auerbach, Brinque-Book, 2012.
discussão em classe. O que um jornal tem de tão especial? Um menino vê que o pai não larga
o jornal e começa a imaginar o que pode haver nele. E acaba descobrindo
que um simples pedaço de papel cheio de textos e de imagens pode ser
também fonte de ideias para grandes aventuras.

146

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OBJETIVOS
NOTÍCIA NA
texto por toda parte LITERATURA • Participar de situações de inter-
câmbio oral.
• Ler e interpretar uma notícia in-
1. Observe a primeira página de um jornal.
ventada.
• Identificar intertextualidade entre
gêneros textuais escritos.

ROTEIRO DE AULA

⊲ TEXTO POR TODA PARTE


NOTÍCIA NA LITERATURA

⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA


Informe aos pais ou responsáveis
que nesta seção as crianças serão
levados a refletir sobre a relação de
intertextualidade entre gêneros tex-
tuais, pois lerão uma notícia fictícia
retirada de uma paródia de um conto,
de modo a relacionarem aspectos do

SÃO PAULO: BRINQUE-BOOK, 2017. PÁGINAS NÃO NUMERADAS.


gênero notícia com o texto literário
apresentado.
Solicite que propiciem momentos
para praticarem, com os alunos, a lei-
tura em voz alta. É interessante que
leiam primeiro para as crianças de for-
Sandro Natalini. A verdadeira história de Chapeuzinho Vermelho.
ma a se tornarem modelos de leitor.
São Paulo: Brinque-Book, 2017. Não paginado. Informe que é importante discutirem
questões sobre a apresentação do
quem e? texto, sua estrutura, recursos gráficos,
linguagem e conteúdo.
Sandro Natalini vive e trabalha em Bolonha, na Itália, onde alterna ativida-
des de ensino em oficinas para crianças e cursos de atualização para professo-
1. Na sala de aula, solicite a leitura
res em escolas e bibliotecas.
dos alunos e depois faça a leitura oral
O autor publicou diversas obras infantojuvenis e ganhou vários prêmios com expressividade. Leve os alunos
nacionais e internacionais.
a perceber que se trata de um jornal
fictício, que faz parte de um livro de
literatura infantil. Ressalte que, além
147
da notícia, a página apresenta um
anúncio. Chame a atenção da turma
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para as semelhanças entre a estrutura
de uma notícia real e a ficcional apre-
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA sentada. Pergunte: “Como o texto
guir serão trabalhados na seção Texto por Fluência em leitura oral da notícia foi dividido?”. Espera-se
Toda Parte. que os alunos percebam que o texto
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos foi dividido em colunas, assim como
⊲ BNCC em jornais reais impressos. “A no-
(EF15LP15) Reconhecer que os textos li- Produção de escrita tícia e o anúncio citam personagens
terários fazem parte do mundo do imagi- de contos tradicionais infantis. Quais
nário e apresentam uma dimensão lúdica, são eles?”. Espera-se que os alunos
de encantamento, valorizando-os, em sua identifiquem o lobo mau e a vovó do
diversidade cultural, como patrimônio ar- conto Chapeuzinho Vermelho, os três
tístico da humanidade. porquinhos e a Branca de Neve (assina
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustra- a notícia).
ções e outros recursos gráficos.
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ROTEIRO DE AULA a) A notícia apresenta um fato ou uma história imaginada?
Espera-se que os alunos respondam que apresenta uma história criada pela imaginação do autor.
b) O objetivo dessa notícia é:
⊲ TEXTO POR TODA PARTE
informar o leitor de um
X divertir o leitor.
NOTÍCIA NA LITERATURA acontecimento relevante.

1. a) Estimule os alunos a comentar se 2. De acordo com a notícia, o Lobo do conto Chapeuzinho Vermelho
essa notícia poderia ser publicada em ainda pode ser considerado um vilão? Por quê?
um jornal como os que são publicados
Não, porque o Lobo é descrito na notícia como um personagem bom, amigo, vegetariano
e vendidos nas bancas.
Aproveite o trabalho com essa (não come carne), que adora crianças e sempre ajuda as pessoas.
questão para propor aos alunos que
pesquisem notícias cujos temas são
inusitados.
3. Releia.
1. b) Leve os alunos a comentar o
porquê de esta notícia ser publicada Ele faz visitas frequentes à Vovó Vermelho, 82, que nos disse [...].
em O Jornal da Floresta, uma vez que
as histórias dos personagens citados
• O que significa o numeral que aparece entre vírgulas?
se passam em florestas, e observar
os elementos que estão na página do A idade da Vovó Vermelho.
jornal (mesmo que seja um jornal “de
mentirinha”). 4. Circule, de acordo com a legenda, as falas dos entrevistados que
aparecem na notícia.
2. Peça aos alunos que releiam o título
da notícia, pois ele deixa claro que o Fala do Lobo Fala da Vovó Vermelho
Lobo, nessa notícia fictícia, foi consi-
• Que sinal gráfico foi utilizado para marcar essas falas?
derado um herói, e não um vilão.
Aproveite a oportunidade para As aspas.
chamar a atenção da turma para a
ilustração da notícia, que simula uma 5. Existe relação entre este anúncio do jornal e o conto Os três
porquinhos? Explique.
foto do lobo com a avó da Chapeu-
zinho Vermelho. Nessa foto, os dois
estão abraçados, o que evidencia o Espera-se que os alunos concluam que sim, pois se trata de um
carinho entre esses personagens, dife-
anúncio em que os porquinhos oferecem serviços de construção de
rente do que ocorre no conto original.
SÃO PAULO: BRINQUE-BOOK, 2017. PÁGINAS NÃO NUMERADAS.

3. Ressalte para a turma que, geral- casas, e, no conto, esses personagens constroem as próprias casas.
mente, em notícias, quando uma pes-
Além disso, os tipos de material de construção citados no anúncio
soa é entrevistada, é comum citar o
nome e a idade dela. Comente que são os mesmos que os porquinhos usaram para construir suas
esse recurso possivelmente foi usado
para imprimir mais características des- casas no conto.
se gênero textual, contribuindo, tam-
bém, para dar humor ao texto.
148
4. Peça aos alunos que releiam a notí-
cia, agora para identificar as falas do
lobo e da avó. Comente que as aspas D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 148 07/08/2021 15:40 D2_130-1

são sinais de pontuação que comu- SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


mente aparecem nesse gênero tex-
tual, marcando a fala de entrevista- TEXTO COMPLEMENTAR
dos. Esse conteúdo será retomado no
5o ano desta coleção. ASPAS
5. Discuta a questão com a turma, Aspas indicam que o conteúdo que está sendo escrito:
levantando os conhecimentos prévios a. deve ser entendido de uma forma diferenciada;
dos alunos sobre o conto Os três por- b. deve receber uma atenção especial do leitor;
quinhos. Depois, estimule-os a verba- c. é uma citação, ou seja, não é de autoria de quem está escrevendo;
lizar a resposta e registre a conclusão
d. é uma palavra estranha à língua portuguesa.
da turma na lousa.
[...]
(FERRAREZI JUNIOR, Celso. Guia de acentuação e pontuação em português brasileiro.
São Paulo: Contexto, 2018. p. 107)

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OBJETIVOS
ortografia PALAVRAS COM S OU Z • Memorizar palavras de uso fre-
quente para, a partir delas, escrever
outras palavras.
1. Leia outro anúncio de O Jornal da Floresta. • Reconhecer a formação de pala-
vras com os sufixos que compõem
o diminutivo.
• Consolidar relações entre grafe-
mas e fonemas mais complexas.

ROTEIRO DE AULA

⊲ ORTOGRAFIA
PALAVRAS COM S OU Z
1. Informe à turma que este trecho foi
1. a) Espera-se que retirado do jornal da floresta. Estimule-
SÃO PAULO: BRINQUE-BOOK, 2017. PÁGINAS NÃO NUMERADAS.

os alunos concluam -os a ler e comentar o que entenderam


que, no conto Os e o que acharam desse trecho. Mais
três porquinhos, o Sandro Natalini. uma vez, o objetivo das questões é
Lobo derruba a casa A verdadeira história
de dois porquinhos abordar as relações de intertextualida-
de Chapeuzinho
e, no anúncio, ele Vermelho. São Paulo: de, de modo que os alunos serão le-
se oferece para Brinque-Book, 2017. vados a inferir informações implícitas a
demolir casas. Não paginado. partir de seus conhecimentos prévios.
a) Qual é a relação entre o personagem Lobo Mau e o serviço que ele 2. O objetivo da questão é verificar os
oferece no anúncio? conhecimentos dos alunos em relação
b) A que momento do conto Os três porquinhos o telefone do anúncio ao fato de o s, entre vogais, represen-
remete? Espera-se que os alunos reconheçam a onomatopeia que representa o som do sopro tar o som / z /. Se necessário, amplie a
do Lobo no momento em que ele vai derrubar as casas de palha e de madeira dos porquinhos. questão fornecendo outros exemplos
2. Releia em voz alta duas palavras do anúncio. de modo que os alunos possam obser-
var o som que a letra s tem quando
casa quase está entre vogais.
Em seguida, retome com os alunos
a) Circule as letras que vêm imediatamente antes e depois da letra s que existem substantivos que não se
nessas palavras. originam de nenhuma palavra existente
b) As letras que você circulou são: na Língua Portuguesa, eles são chama-
dos substantivos primitivos. Há também
X vogais. consoantes. os substantivos derivados, que, como o
próprio nome já nos revela, derivam de
c) Escreva que som representa a letra s entre vogais.
outras palavras que já existem.
O mesmo som representado pela letra z. O conhecimento de palavras pri-
mitivas pode ajudar no momento de
149 grafar palavras irregulares, ou seja,
que não seguem qualquer princípio
explicativo que justifique sua notação.
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 149 07/08/2021 15:40 Em caso de dúvida, é preciso consul-
tar o dicionário ou memorizar a escrita
A habilidade e os componentes a seguir ⊲ PNA das palavras. Por isso, para que os alu-
serão trabalhados na seção Ortografia. Consciência fonológica e fonêmica nos dominem a ortografia, é preciso
Conhecimento alfabético propor um trabalho em duas frentes.
⊲ BNCC No caso das regularidades, o foco é
Desenvolvimento de vocabulário
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando re- a observação e a reflexão sobre elas.
gras de correspondência fonema-grafema Compreensão de textos Entre as irregularidades, o caminho é
regulares diretas e contextuais. Produção de escrita a memorização da grafia das palavras
de maior uso. Dessa forma, é impor-
tante chamar a atenção dos alunos
para o fato de que podem se apoiar
em famílias de palavras para definir
que letra usar no momento da escrita.
Incentive-os a memorizar as palavras
de uso frequente.
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ROTEIRO DE AULA 3. Você já estudou que existem palavras derivadas, isto é, que têm
origem em uma palavra primitiva.
⊲ ORTOGRAFIA a) Circule a palavra primitiva em cada dupla de frases.
PALAVRAS COM S OU Z A pisada do elefante deve ser muito pesada.
3. a), b) e c) O objetivo desta questão O piso do apartamento está rangendo.
é levar os alunos a perceber que os
sons representados por s e z podem
ser iguais quando o s estiver entre O azul do mar é muito belo.
vogais. Aproveite este momento para O lago está azulado.
mostrar aos alunos que a semelhan-
ça entre os sons pode gerar algumas b) Marque a alternativa adequada.
confusões na hora de escrever e que Nas palavras destacadas, as letras s e z representam
X
não há nenhum problema nisso. Le- o mesmo som.
ve-os a perceber que eles precisam va- Nas palavras destacadas, as letras s e z representam
lorizar os momentos de leitura assim sons diferentes.
como as ferramentas que os ajudarão
c) Observando as palavras da mesma família, o que é possível afirmar
a escrever, como o dicionário, o voca-
em relação ao uso do s e do z? Espera-se que os alunos concluam que as letras s
bulário ortográfico e outra ferramenta e z permanecem nas palavras da mesma família.
de pesquisa. 4. Complete as frases, utilizando palavras derivadas das palavras primitivas
Além disso, os alunos poderão re- entre parênteses, conforme o exemplo. Depois, responda.
fletir sobre o fato de as letras s e z
se mantêm em palavras da mesma O bebê está risonho como nunca. (riso)
família.
4. Auxilie os alunos a perceber qual a) Os convidados não foram avisados do
palavra completará cada espaço ade- cancelamento da festa. (aviso)
quadamente, conforme o sentido dela
na sentença. Ainda que os alunos não b) A vizinhança organizou uma feira na praça.
tenham consciência formal das classes (vizinho)
de palavras, pelas sentenças é possível
c) Depois da festa, a menina esvaziou os balões.
deduzir qual palavra derivada com- (vazio)
pleta o espaço em branco. Amplie
esta atividade, escrevendo no quadro d) O cozinheiro faz uma pamonha deliciosa.
outras palavras derivadas a partir das (cozinha)
primitivas entre parênteses e, depois,
escreva frases para que os alunos pos- e) Os visitantes do museu não tiraram fotos com
sam ver os efeitos de sentido produzi- flash. (visita)
dos por cada uma. • Ao escrever as palavras derivadas, que informação ajudou você a
decidir usar a letra s ou a letra z? Perceber que a palavra primitiva é escrita
ATIVIDADE COMPLEMENTAR com s ou z ajuda no momento de grafar a palavra derivada. Por exemplo, a palavra primitiva
A fim de remediar eventuais defa- aviso se escreve com s, e as derivadas dela também.
sagens de aprendizagem quanto ao o 150
uso do s e do z em palavras derivadas,
crie uma lista de palavras juntamente
com a turma. Sugira aos alunos algu- D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 150 07/08/2021 15:40 D2_130-1

mas palavras primitivas nas quais o s


e o z aparecem entre vogais. Anote-as
em uma folha de papel pardo e peça
aos alunos que digam quais são as de-
rivadas dessas palavras. Sublinhe o s e
o z com uma cor diferente, gerando
assim um destaque para essas letras
nas palavras. Ao final, afixe o cartaz no
mural da sala para que os alunos pos-
sam consultá-lo sempre que tiverem
dúvidas. Sugestão de palavras: riso,
casa, azar, buzina, beleza, cozinha etc.

150

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5. a) e b) Ajude os alunos a perceber
5. Complete o quadro com as palavras que dão origem aos diminutivos. que, para escrever as palavras com s
ou z, terão de observar a palavra de
Diminutivo Palavra de origem origem. Eles podem compreender que
as palavras primitivas que tinham s
mesinha mesa na última sílaba permanecerão com s
no diminutivo. Se as palavras primiti-
asinha asa vas não tiverem s, o diminutivo será
formado com z. Abra espaço para os
lisinho liso alunos falarem e escreverem exemplos
de palavras com s e z.
albunzinho álbum O diminutivo, por vezes, é utilizado
para expressar depreciação. Por exem-
cafezinho café plo: jornalzinho poderia ser sinônimo
de jornaleco, jornal de segunda cate-
pezinho pé goria. O mesmo aconteceria com a
palavra pobrezinho.
a) O que as palavras mesa, asa e liso têm em comum? 6. A fim de explicitar a regra do uso
do s e do z no diminutivo, crie com a
Todas são escritas com s.
turma uma lista de palavras. Proponha
• Essa letra é mantida nos diminutivos dessas palavras? aos alunos algumas palavras para que
eles formem o diminutivo. Registre-as
X Sim. Não. em uma folha de papel pardo e peça
aos alunos que digam as formas no
b) As palavras álbum, café e pé têm a letra s? diminutivo dessas palavras. Sublinhe o
s e o z com cores diferentes, gerando
Sim. X Não.
assim um destaque para essas letras
nas palavras. Ao final, escreva a regra
• Os diminutivos dessas palavras são escritos com s ou z?
na folha de papel pardo e afixe o car-
São escritos com a letra z. taz no mural da sala para que os alu-
nos possam consultá-lo sempre que
6. Para saber se o diminutivo de uma palavra é escrito com s ou z, é tiverem dúvidas.
importante observar a palavra primitiva. Agora, complete as frases.
• Se a última sílaba da palavra tiver s, o diminutivo se faz com: ⊲ O QUE E COMO AVALIAR
-sinho/-sinha. A fim de avaliar a compreensão dos
alunos sobre a formação de diminuti-
• Se a última sílaba da palavra não tiver s, o diminutivo se faz com: vos com s ou z, registre na lousa algu-
-zinho/-zinha. mas palavras e solicite aos alunos que
escrevam seus diminutivos. Depois,
peça que justifiquem os motivos de
terem grafado as palavras com s ou z.
151 Espera-se que concluam que, quando
a palavra de origem tiver o s na úl-
tima sílaba, o diminutivo se faz com
2021 15:40 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 151 07/08/2021 15:40 -sinho/-sinha; e, quando não tiver s
na última sílaba, o diminutivo se faz
com -zinho/-zinha.
Sugestões de palavras: raso, liso,
inglesa, pobre, jornal, irmão.

151

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 151 14/08/2021 15:28


OBJETIVOS
• Planejar a produção textual de produçao de escrita NOTÍCIA
uma notícia.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
• Compor uma notícia a partir dos Notícias são veiculadas em diversos tipos de mídia: jornais e revistas (im-
estruturantes desse gênero textual. pressos e digitais), rádio, televisão e internet.
• Desenvolver procedimentos de re- A turma será organizada em duplas para pesquisar, selecionar e registrar
visão, edição e reescrita de notícias. uma notícia para ser apresentada aos colegas em forma de telejornal, na data
As habilidades e os componentes a marcada pelo professor. Cada dupla terá cinco minutos para a apresentação.
seguir serão trabalhados nesta seção.
1 Na semana anterior às apresentações, você e o colega deverão assistir a
⊲ BNCC telejornais, discutir e responder às questões que o professor vai passar.
• Levem as questões para casa e tragam as anotações na data definida
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
pelo professor.
professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicati- 2 Lembrem-se de que a notícia deve responder a estas questões:
va, os interlocutores (quem escreve/
para quem escreve); a finalidade ou • O que aconteceu? • Quando aconteceu?
o propósito (escrever para quê); a cir- • Com quem aconteceu? • Por que aconteceu?
culação (onde o texto vai circular); o • Onde aconteceu?
suporte (qual é o portador do texto);
a linguagem, organização e forma do
3 Revisem e passem o texto a limpo, com as alterações que julgarem
texto e seu tema, pesquisando em
meios impressos ou digitais, sempre necessárias.
que for preciso, informações necessá-
rias à produção do texto, organizando
em tópicos os dados e as fontes pes-
quisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto pro-
duzido com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, para corri-
gi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,

ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK.COM
acréscimos, reformulações, correções
de ortografia e pontuação.

⊲ PNA
Compreensão de textos
Produção de escrita REFLETIR E AVALIAR
Preencha a avaliação da página 296 para verificar quais etapas foram
ROTEIRO DE AULA concluídas com sucesso e as que podem ser aprimoradas.

152
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
NOTÍCIA
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1. Reproduza ou registre na lousa e


peça que os alunos copiem as seguin- mo ritmo ou a entonação mudava confor- 3. Oriente as duplas a revisar o texto. Pe-
tes questões e tragam para a sala de me o assunto da notícia? ça-lhes que verifiquem se organizaram
aula na data combinada: e) As notícias a que você assistiu podem o texto em parágrafos; se, após o ponto
ser consideradas longas ou curtas? final, usaram a letra inicial maiúscula na
a) Quantos apresentadores havia nos
Oriente a dupla a selecionar uma notí- frase; se é necessário corrigir a ortografia
telejornais a que você assistiu?
cia que tenha lhes interessado e a buscar de alguma palavra.
b) Em sua opinião, os apresentadores em outros meios (impressos ou digitais)
criaram o texto da notícia enquanto informações que possam complementar o REFLETIR E AVALIAR
falavam ou prepararam o texto com texto que será produzido. Ao final da atividade, explique aos
antecedência? alunos que eles vão preencher a ficha de
2. Para a escrita da notícia, lembre os alu-
c) Que tipo de registro foi usado, pre- nos de que o texto deverá responder às avaliação da página 296. As questões de
dominantemente: formal ou informal? perguntas e apresentar os elementos da avaliação podem ser discutidas oralmente,
d) Como era o jeito de falar dos apre- notícia: o título; o lide; o corpo; a imagem; para que mais reflexões e questionamen-
sentadores do jornal: sempre no mes- e a autoria. tos sobre a produção sejam levantados.
152

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OBJETIVOS
produçao oral TELEJORNAL • Planejar a apresentação de notí-
cia simulando um telejornal.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
Sua turma foi organizada em duplas para escrever uma notícia. Ago- • Simular um telejornal a partir da
ra, chegou o momento de apresentar aos colegas essa notícia em formato oralização das notícias escritas.
de telejornal.
1
ROTEIRO DE AULA
Decidam que parte da notícia caberá a cada integrante.
2 Cada dupla terá cinco minutos para apresentar a notícia. ⊲ PRODUÇÃO ORAL
3 Ensaiem o que vão informar. Pronunciem bem as palavras, olhando TELEJORNAL
para a plateia e dando a entonação adequada aos sentimentos ou
As duplas que fizeram a produção
sensações que desejam despertar no público.
escrita da notícia serão mantidas para
4 Criem um nome para o telejornal da turma. a simulação do telejornal. Se possí-
vel, grave as apresentações no celular
5 Ao término do telejornal, comentem quais notícias despertaram mais para, posteriormente, realizar uma
interesse e o que manteriam ou mudariam na forma da apresentação avaliação do simulado do telejornal.
caso realizassem outra atividade semelhante.
1. Oriente as duplas a decidir que par-
te da notícia cada um apresentará.
Lembre-os da importância de prestar
atenção no colega que está falando e
identificar o momento certo de tomar

SANDRA LAVANDEIRA
a palavra. O revezamento dos apre-
sentadores deve ser combinado antes.
2. e 3. Combine com os alunos os dias
em que realizarão os ensaios. Ressalte
a importância de, durante o processo
de produção, assistirem à telejornais,
de forma a analisarem o padrão en-
tonacional e a expressão facial e cor-
poral de âncoras de jornais, para que
saibam como se portar durante as
apresentações. Ressalte que os apre-
sentadores de telejornais, geralmente,
transmitem aos telespectadores as
emoções por meio da expressão fa-
cial, por isso é necessário usar o olhar,
os gestos e os movimentos da cabeça
e das mãos durante a apresentação.
O tom de voz é outro aspecto impor-
tante, a pronúncia de palavras e frases
153 de forma clara também contribui para
que a mensagem chegue de forma
adequada ao público.
2021 15:41 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 153 09/08/2021 12:32
4. e 5. Incentive-os a sugerir nomes
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP09) Expressar-se em situações para o telejornal, liste-os na lousa e
guir serão trabalhados nesta seção. de intercâmbio oral com clareza, preo- faça uma votação. O nome que ti-
cupando-se em ser compreendido pelo ver o maior número de votos será o
⊲ BNCC interlocutor e usando a palavra com tom nome do telejornal da turma. Após as
(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos de voz audível, boa articulação e ritmo apresentações, abra espaço para que
ou televisivos e entrevistas veiculadas em adequado. a turma avalie os aspectos positivos e
rádio, TV e na internet, orientando-se por (EF15LP12) Atribuir significado a aspectos negativos da simulação do telejornal.
roteiro ou texto e demonstrando conheci- não linguísticos (paralinguísticos) observa-
mento dos gêneros jornal falado/televisivo dos na fala, como direção do olhar, riso,
e entrevista. gestos, movimentos da cabeça (de concor- ⊲ PNA
(EF04LP18) Analisar o padrão entonacio- dância ou discordância), expressão corpo-
Fluência em leitura oral
nal e a expressão facial e corporal de ân- ral, tom de voz.
coras de jornais radiofônicos ou televisivos Desenvolvimento de vocabulário
e de entrevistadores/entrevistados. Compreensão de textos
153

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Avaliar a compreensão acerca do recordar?
gênero textual notícia.
• Avaliar a compreensão acerca da 1 Leia a notícia.
formação de palavras com os sufi-
xos que compõem o diminutivo.
Cachorro passa por tratamento após incidente com porco-espinho
• Avaliar se identificam a sílaba
tônica das palavras e as classificam Cãozinho foi tratado e teve todos os espinhos retirados
quanto à posição dela. REDAÇÃO – O ESTADO DE S. PAULO – 26/10/2018, 15:59

• Avaliar se utilizam a regra para


acentuar ou não palavras oxítonas. Um cão da raça São Bernardo chamado Ruckus se viu em apuros
após se deparar com um porco-espinho nos Estados Unidos. [...]
• Avaliar a fluência leitora.
De acordo com a equipe de veterinários que cuidou de Ruckus,
As habilidades e os componentes a
é relativamente fácil que os espinhos se desprendam do corpo do
seguir serão trabalhados nesta seção.
porco-espinho, mas é difícil tirá-los da pele dos animais que en-
frentem o problema.
⊲ BNCC O cãozinho foi tratado e teve todos os espinhos retirados. De
(EF04LP01) Grafar palavras utilizando acordo com o site da instituição, ele já está melhor e se recupe-
regras de correspondência fonema-gra- rando, e em breve estará disponível para adoção.
fema regulares diretas e contextuais. A recomendação [...]
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu- é de que, em casos as-
do ou circunflexo) em paroxítonas ter- sim, os donos dos pets
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). ajam com cuidado. É
preciso reduzir os movi-
(EF04LP14) Identificar, em notícias, fa-
mentos do animal, para
tos, participantes, local e momento/
evitar que os espinhos
tempo da ocorrência do fato noticiado.
se aprofundem, e não
tentar tirar os espinhos
⊲ PNA por si só, para evitar
Compreensão de textos que eles se quebrem.

RITA_KOCHMARJOVA/SHUTTERSTOCK.COM
Fluência em leitura oral O ideal é entrar em
contato com um vete-
Desenvolvimento de vocabulário
rinário especializado o
mais rápido possível.
ROTEIRO DE AULA
Cachorro passa por tratamento após incidente com porco-espinho. O Estado de S. Paulo,
⊲ VAMOS RECORDAR? 26 out. 2018. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,cachorro
-passa-por-tratamento-apos-incidente-com-porco-espinho,70002565970. Acesso em: 2 jul. 2021.
AVALIAR E AVANÇAR
Nesta seção, as atividades propostas
visam avaliar os objetivos de aprendiza-
gem listados no início da unidade. No
entanto, é importante ter em mente 154
que é preciso avaliar outros aspectos,
como habilidades afetivas, de lógica,
de observação, entre outras. D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 154 07/08/2021 15:41 D2_130-1

O objetivo neste momento é forne- minuto, com precisão de 95%, uma vez virou notícia por ser curioso. É importante
cer um dos instrumentos para a coleta que este é o parâmetro para o final do 4o que a turma conclua que a notícia foi pu-
de dados referentes às aprendizagens ano. Na página XVII deste Manual do Pro- blicada em um jornal digital, levando em
dos alunos, de modo que você, pro- fessor são apresentadas sugestões sobre conta os créditos. Aproveite a oportuni-
fessor, possa interpretá-los, junto com como avaliar a fluência em leitura oral da dade para verificar se os alunos compre-
outros registros e observações, e ava- turma. enderam que as notícias, em um jornal
lie a possibilidade de ampliar, reforçar Avalie também a compreensão de tex- impresso, são, geralmente, organizadas
ou mudar rotas. tos e do gênero textual com perguntas em mais de uma coluna e que em jornais
como: “Na opinião de vocês, por que esse digitais são escritas em apenas uma. Con-
1. A fim de avaliar a fluência leitora
fato virou uma notícia?”, “A notícia foi tinue a verificação da compreensão sobre
dos alunos, reserve momentos para
publicada em um jornal impresso ou digi- a estrutura do gênero textual e do con-
que grave a leitura em voz alta para
tal?”, “Como vocês descobriram?”. Espe- teúdo da notícia perguntando: “O que
verificar se a realizam com a velocida-
ra-se que os alunos concluam que o fato aconteceu?”, “Com quem aconteceu?”,
de aproximada de 100 palavras por

154

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 154 14/08/2021 15:28


2. Estas atividades darão oportunidade
2 Copie da notícia duas palavras de acordo com cada classificação quanto de verificar se alunos identificam a síla-
à posição da sílaba tônica. ba tônica das palavras e as classificam
a) Oxítona: Sugestões de resposta: após; adoção; animal; evitar; ideal; reduzir. quanto a sua posição. É importante
que compreendam que toda palavra
b) Paroxítona: Sugestões de resposta: veterinários; espinhos; aprofundem; preciso; contato. com mais de uma sílaba possui uma
delas pronunciada com mais inten-
c) Proparoxítona: rápido. sidade e que essa sílaba é chamada
3
sílaba tônica. Também é fundamen-
Acentue as palavras oxítonas quando necessário.
tal que a turma perceba que só pode
parabens • cafe • pequi • gamba
haver uma sílaba tônica por palavra e
que ela se encontra sempre em uma
croche • bambu • ninguem • xodo
das três últimas sílabas, nunca antes.
Na correção, verifique se os alunos
• Escreva a regra que justifica o uso da acentuação dessas palavras.
compreendem que quando a sílaba
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em a, as, e, es, o, os, em, ens. tônica é a última, a palavra é oxítona,
quando é a penúltima, é paroxítona,
e quando e antepenúltima é paroxíto-
4 Escreva os diminutivos das palavras dos quadros. Depois, justifique o na. É importante que os alunos assi-
uso das letras s ou z nos diminutivos. milem este conteúdo, uma vez que é
a base para as regras de acentuação
cão lugar gráfica das palavras.
3. Por saberem que as palavras des-
cãozinho lugarzinho tacadas são oxítonas, os alunos te-
rão de mobilizar seus conhecimen-
• O diminutivo é escrito com a letra z porque a palavra tos acerca da regra de acentuação
de oxítonas apresentada na unidade
primitiva não tem s na última sílaba. para decidir quais palavras vão acen-
tuar e qual não vão. Além disso, o
vaso casa registro da justificativa dará oportu-
nidade de avaliar a compreensão dos
vasinho casinha alunos acerca da regra.
4. O objetivo da atividade é verificar se
• O diminutivo é escrito com a letra s
os alunos compreendem que para gra-
porque a palavra primitiva tem s na última sílaba. far palavras no diminutivo com s ou z, é
preciso que observem a palavra de ori-
5 Escreva o antônimo das palavras usando o prefixo des-. gem. Ao completar as frases, os alunos
poderão sistematizar esse conteúdo.
cuidar descuidar
5. O objetivo desta atividade é chamar
prender desprender a atenção dos alunos para o uso do
prefixo des- para indicar oposição.
155

2021 15:41 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 155 07/08/2021 15:41 Informe que ditará uma palavra e
cada dupla deverá preencher a tabela
“Onde o fato aconteceu?”, “A notícia ATIVIDADE COMPLEMENTAR
informa como é preciso agir em uma si- o mais rápido possível. Ganha o ponto
Caso observe alunos que ainda não
tuação como essa?”, “O cãozinho se recu- da rodada a dupla que preencher a ta-
compreenderam os conteúdos de sílaba tô-
perou do incidente?”, “O cãozinho tinha bela adequadamente primeiro, ou seja,
nica, posição da sílaba tônica e classificação
dono?”, “Como vocês descobriram?”, en- devem registrar a palavra, depois, a sí-
das palavras quanto à posição da sílaba tô-
tre outras perguntas. laba tônica dessa palavra, a posição da
nica, sugere-se que proponha a realização
sílaba tônica e a classificação da pala-
Consulte com os alunos o Dicionário de um jogo: Stop das sílabas tônicas.
vra em relação à sílaba tônica (oxítona,
ilustrado no final da unidade para explorar Organize os alunos em duplas e distri- paroxítona ou proparoxítona).
outros significados e exemplos de uso do bua ou peça que os alunos copiem uma
termo apuro e ampliar o repertório deles As trocas entre as duplas possibili-
tabela como a seguinte:
com novo vocabulário. tarão que argumentem acerca de seus
Posição conhecimentos. Também é possível
Sílaba Classificação
Palavra
tônica
da sílaba
da palavra realizar cada rodada do jogo por blo-
tônica cos de palavras.
155

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 155 14/08/2021 15:28


OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B

BENTINHO
cial de dicionários. apuro (a.pu.ro) s.m.
C
• Exercitar a pronúncia adequada 1. Qualidade de vestir-se bem; elegância,
de palavras novas. D requinte: Aos sábados meu avô se veste
com apuro.
• Compreender que uma mesma E 2. Falta de tempo; pressa: O apuro em que
palavra pode ter diferentes signifi- vivo não me permite visitar meus primos
F
cados a depender do contexto. em outra cidade.
• Identificar a acepção de determi- G 3. Situação de dificuldade imprevista; aperto: Entrei na casa do vizinho e não sabia que
nada palavra ao contexto de uso. ele tinha cachorro. Passei o maior apuro.
H
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. I feito (fei.to) a.
J 1. Algo que se fez; acabado, pronto: O grupo recebeu elogios pelo trabalho feito.
⊲ BNCC 2. Algo que se compra pronto: Mamãe só compra bolo de aniversário feito.
K 3. s.m. Ação de muita coragem; façanha, proeza: Pisar na Lua foi um grande feito
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
da humanidade.
trações e outros recursos gráficos. L
⊲ Desenhe o que para você foi um grande feito da humanidade.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário M
para esclarecer dúvida sobre a escrita
de palavras especialmente no caso de N
palavras com relações irregulares fo- O
nema-grafema.
P
⊲ PNA Q Produção pessoal.
Desenvolvimento de vocabulário R
Compreensão de textos
S
Produção de escrita
T

ROTEIRO DE AULA U
V intenso (in.ten.so) a.
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO 1. Que se faz sentir com muita força: Este ano o frio
W
Entre os objetivos desta seção es- está intenso.
X 2. Que ultrapassa a medida comum; excessivo:
tão o de promover o desenvolvimento
Os jogadores fizeram treinamentos intensos

CLAUDIA MARIANNO
do vocabulário dos alunos, bem como Y antes da partida final.
permitir que façam análises sobre o
funcionamento da língua. Z
Explore a palavra apuro e seus sig-
nificados. Abra espaço para que os 156
alunos comentem se já ouviram essa
palavra e com qual dos significados.
Estimule-os a formular frases orais com D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 156 07/08/2021 15:41 D2_130-1

essa palavra de acordo com cada um Para a trabalhar intenso, aproveite para Ao explorar a palavra sediar, questione
dos significados. Instigue-os também a destacar o som da letra s nessa palavra, os alunos se sabem o que significa a pala-
relacionar um dos significados com a chamando a atenção dos alunos para o vra sede. Chame a atenção para a diferen-
imagem que acompanha o texto. fato de vir antecedida por uma consoante. ça na pronúncia da palavra, pois acarreta
Na palavra feito, é importante des- No trabalho com a palavra mentor, a mudança de significado.
tacar a mudança de classe gramatical promova uma discussão acerca do signifi- Ao trabalhar a palavra umbu, optou-
dessa palavra a depender do contexto cado dessa palavra e instigue os alunos a -se por evidenciar os sinônimos. É provável
em que é empregada, conforme pode verbalizar o nome de pessoas que podem que os alunos não marquem todas as pa-
ser observado no verbete. Chame a considerar como suas mentoras. lavras como sinônimos de umbu. No en-
atenção para o artigo que acompanha Estimule-os também a relacionar a ima- tanto, com a sua leitura, perceberão que,
a palavra quando ela é um substanti- gem que acompanha o verbete com a pala- todas podem ser usadas com o mesmo
vo, mesmo que ainda não use a no- vra, também justificando o motivo de con- sentido, a depender da região do país em
menclatura artigo com a turma. siderarem que ela representa um mentor. que são usadas.

156

D2-130-157-POR-F1-1100-V4-U04-MP-G23-AVU.indd 156 14/08/2021 15:28


CONCLUSÃO
A DA UNIDADE
B No processo de avaliação forma-
mentor (men.tor) s.m. tiva e monitoramento da apren-
C
Pessoa que inspira, estimula ou orienta: dizagem, é fundamental retomar
Meu avô é um mentor para mim e D os principais objetivos pedagógicos

CLAUDIA MARIANNO
minhas irmãs. trabalhados ao longo da unidade. As
E
atividades propostas na seção Vamos
F recordar? Avaliar e avançar são
sugestões para uma avaliação formal
G
desses objetivos.
H No entanto, essas sugestões não
sediar (se.di.ar) v.

GUILHERME ASTHMA
Servir de sede a algo; acolher, receber: I são a única ferramenta a ser utilizada
O Brasil sediou a Copa do Mundo duas para monitorar a aprendizagem dos
vezes: em 1950 e em 2014. J alunos. É fundamental que você use
K também seus registros de avaliação
informal para coletar dados como: ní-
L vel de interesse dos alunos, ritmo de
M introdução dos conteúdos, adequa-
ção dos exemplos usados para expli-
N car conceitos, grau de compreensão
O de um aluno individual e da turma
como um todo, entre outros. Você
P pode ainda se valer da autoavaliação
oral, pedindo aos alunos que comen-
umbu (um.bu) s.m. Q
tem o que aprenderam, em que pon-
Fruta de forma arredondada, casca em tons de
R tos sentiram mais dificuldade, por que
amarelo e verde, com apenas um caroço. Sua
polpa é mole e azeda: O umbu é uma fruta sentiram mais dificuldade em determi-
S
típica da Caatinga. nado conteúdo e mais facilidade em
T outro etc.
HANNAH CARDOSO

U Assim, será possível reunir dados


para a sua tomada de decisão quanto
V às adequações necessárias para o pro-
⊲ Marque outros nomes que o umbu pode receber em diferentes regiões gresso dos alunos ou para a remedia-
W
do Brasil. Resposta pessoal. ção de eventuais defasagens.
X
ambu ciriguela jique
Y
ciruela seriguela taperebá Z

157

2021 15:41 D2_130-157-F1-PORT-1100-V4-U4-LA-G23-AVU.indd 157 07/08/2021 15:41

157

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UNIDADE
INTRODUÇÃO

5
À UNIDADE
Nesta unidade serão abordados as- Poemas para
pectos dos gêneros textuais poema e
poema visual, como estrofes, versos,
rimas (internas e externas), figuras de ler, ouvir e ver
linguagem e recursos gráficos que
contribuem para a construção dos
sentidos do texto.
Além de visar a consolidar apren-
dizagens anteriores, as atividades
propostas têm por objetivo ampliar os
conhecimentos dos alunos sobre síla-
ba tônica, classificação de palavras
quanto à posição da sílaba tônica
e acentuação de palavras paroxí-
tonas. Também serão objeto de estu-
do as regras de regularidades ortográ-
ficas para a escrita de palavras termi-
nadas em -eza ou -esa, bem como a
semelhança sonora e as diferenças na
escrita de palavras com lh e li.
Ao longo da unidade também são
propostas atividades que envolvem a
compreensão de textos e a fluência
em leitura oral, a produção de textos,
orais e escritos, e conhecimentos lin-
guísticos de modo a favorecer a con-
solidação e a ampliação das aprendi-
zagens dos alunos.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Reconhecer e explorar aspectos
do gênero textual poema e poema
visual.
• Compreender as semelhanças na
pronúncia e as diferenças na escrita
Contando um segredo para a vovó,
COLEÇÃO PARTICULAR

de palavras com li e lh. de Victor Nizovtsev, c. 2008. Óleo sobre


• Compreender as regras de acen- tela, 50,8 cm × 76,2 cm.

tuação de palavras paroxítonas.


• Compreender a regra ortográfica 158
referente à escrita de palavras termi-
nadas em -esa e -eza.
• Desenvolver a fluência leitora. D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 158 07/08/2021 16:09 D2_158-1

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Compreender os conceitos de
substantivo e adjetivo.
• Compreender o conceito de síla-
ba tônica.

158

D2-158-189-POR-F1-1100-V4-U05-MP-G23-AVU1.indd 158 14/08/2021 17:33


OBJETIVOS
1. Que impressões a tela de Victor Nizovtsev • Ler e interpretar obra de arte.
lhe transmite? Resposta pessoal. • Relacionar poema e tela.
2. Em sua opinião, esta tela retrata uma • Reconhecer que a obra de arte
cena real ou criada pela imaginação não retrata uma cena real.
do artista? Espera-se que os alunos comentem que
se trata de uma criação da imaginação
do artista.
3. Comente com os colegas como o trecho ROTEIRO DE AULA
do poema Falando de livros se relaciona
com a imagem. 1. Inicie a atividade informando que
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula. Victor Nizovtsev é um pintor russo, que
atualmente mora nos Estados Unidos.
Em seguida, abra espaço para que os
alunos comentem suas impressões so-
bre a tela do artista. Instigue-os com
Falando de livros perguntas do tipo: “A cena retratada
O livro é a casa se passa de dia ou de noite? O que le-
onde se descansa vou vocês a essa conclusão?” Chame
do mundo. a atenção da turma para elementos
como a lua, o céu escuro e o fato de as
Roseana Murray. Casas. Belo
Horizonte: Formato, 1994. p. 4. luzes das casas estarem acesas.
2. É provável que os alunos concluam
que se trata de uma cena criada pela
imaginação do artista, pois retrata uma
senhora sentada em um peixe que está
voando e uma criança dentro de uma
xícara gigante, que também está voan-
do e bolhas de sabão grandes.
3. Faça a leitura do poema Falando de
livros, de Roseana Murray na íntegra.

Falando de livros
O livro é a casa
onde se descansa
do mundo.
O livro é a casa
do tempo
é a casa de tudo.
Mar e rio
no mesmo fio
água doce e salgada.
O livro é onde
159 a gente se esconde
em gruta encantada.
MURRAY, Roseana. Casas. Belo Hori-
2021 16:09 D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 159 07/08/2021 16:09 zonte: Formato Editorial, 1994. p. 4.
As habilidades e o componente a seguir (EF35LP27) Ler e compreender, com certa
serão trabalhados nesta seção. autonomia, textos em versos, explorando Em seguida, estimule a turma a re-
rimas, sons e jogos de palavras, imagens lacionar o poema com a tela. Ressal-
te que a leitura pode nos transportar
⊲ BNCC poéticas (sentidos figurados) e recursos vi-
suais e sonoros. para mundos mágicos, o que permite
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustra- relacionar a cena à primeira estrofe do
ções e outros recursos gráficos. poema.
⊲ PNA
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos Apesar de as normas da ABNT de-
versificados, observando rimas, aliterações e Compreensão de textos
terminarem outra regra, optamos por
diferentes modos de divisão dos versos, es- usar a ordem direta dos nomes dos
trofes e refrões e seu efeito de sentido. autores nas referências desta obra,
para apoiar o processo de leitura do
aluno nos anos iniciais do Ensino Fun-
damental.
159

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1
OBJETIVOS
• Deduzir aspectos textuais a partir PRÓXIMA PARADA:
da análise de imagens.
• Identificar e interpretar o concei- POEMAS
to e o uso de charges.
• Participar de situações de inter- preparaçao para a leitura
câmbio oral.
• Refletir sobre o significado de ex-
pressões populares. 1. Observe a charge.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. Charge é uma ilustração humorística que tem por objetivo criticar
algum acontecimento atual.
⊲ BNCC
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conheci-
mentos prévios sobre as condições de
produção e recepção desse texto, o
gênero, o suporte e o universo temá-
tico, bem como sobre saliências textu-
ais, recursos gráficos, imagens, dados
da própria obra (índice, prefácio etc.),
confirmando antecipações e inferên-
cias realizadas antes e durante a lei-
tura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações ex-
plícitas em textos.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de

BRUNO GALVÃO
interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em Bruno Galvão. Transporte público em SJC. Disponível em: https://chargesbruno.blogspot.com/
meios impressos ou digitais. 2011/05/#312797493222438542. Acesso em: 28 jun. 2021.

Espera-se que os alunos concluam que a charge faz uma


a) O que essa charge critica? crítica à má qualidade do transporte público.
⊲ PNA
b) Como os passageiros e o motorista parecem estar se sentindo?
Desenvolvimento de vocabulário
Explique. Espera-se que os alunos respondam que a expressão facial evidencia
Compreensão de textos que eles estão extremamente incomodados e desconfortáveis com a
superlotação do ônibus.
Produção de escrita 160

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1. Estimule a turma a observar a charge. 1. b.) O objetivo da questão é levar os alu-


⊲ PREPARAÇÃO PARA A Comente que a charge é um texto consi- nos a observar as expressões faciais dos
LEITURA derado opinativo e crítico, pois satiriza e personagens e demais recursos gráficos
A proposta desta seção é que, por expõe situações do cotidiano. As charges utilizados para evidenciar a superlotação e
meio de atividades preparatórias, os são geralmente publicadas em jornais, re- o desconforto e desespero dos passageiros
alunos conversem sobre seus conheci- vistas e sites na internet. Informe que o e do motorista com a situação. “Na opinião
mentos acerca de transportes públicos profissional que produz charges é chama- de vocês, a charge retrata a realidade dos
e as situações que podem ocorrer no do chargista. transportes públicos do nosso país? Por
dia a dia quando eles estão lotados. 1. a) Após a discussão sobre o gênero tex- quê?”. É provável que os alunos concluam
Dessa forma, no momento em que le- tual, explore a compreensão do texto com que sim, pois na maioria das cidades bra-
rão o poema da seção Leitura, terão perguntas do tipo: “Que crítica é ressalta- sileiras, o transporte público é insuficiente
mais facilidade para compreendê-lo e da nessa charge?”. A superlotação e pre- e precário, fato noticiado constantemente
interpretá-lo. cariedade dos transportes públicos. nos meios de comunicação.

160

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2. Estimule os alunos a justificarem
2. Qual das expressões poderia ser usada para se referir à imagem da charge? oralmente a escolha feita. Na discus-
Os passageiros parecem: são, é importante que a turma perceba
que “sardinha em lata” é uma expres-
arroz de festa.
são usada quando muitas pessoas es-
tão em um mesmo espaço, bem perto
X sardinhas em lata. umas das outras, de modo que o espa-
ço se torna pequeno e apertado para
estar com a pulga atrás da orelha. tantas pessoas. Peça que façam frases
orais com essa expressão. Por exemplo:
3. Escreva nos balões o que o motorista e esta passageira poderiam “O show estava tão cheio que me senti
estar falando. Respostas pessoais. uma sardinha em lata.”; “No horário
de maior movimento, os passageiros do
metrô viajam feito sardinha em lata.”.
Se necessário, comente que a ex-
pressão arroz de festa é usada, sobre-
tudo, para se referir a uma pessoa que
é vista em todas as festas, o mesmo
que “figurinha fácil”.
Já a expressão “com a pulga atrás
da orelha” é usada em situações em
que alguém está com grande descon-
fiança ou preocupação com algo ou
alguém, quer dizer: duvidar, desconfiar
de algo ou alguém.
3. Estimule os alunos a verbalizar o
que cada personagem poderia estar
falando. Sugestões:
— motorista: “Minha nossa! E

BRUNO GALVÃO
pensar que ainda é a primeira corri-
da!”/“Para ser motorista, é preciso ter
nervos de aço!”/ “Essa lata de sardi-
nha é uma verdadeira sauna!” etc.
— passageira: “Não estou sentin-
do meus pés!”/“Ai meu pé! Não puxa
meu cabelo!”/ “Meu ponto está che-
4. Você vai ler um poema intitulado O ônibus das pulgas. gando. Como vou descer?”.
• Pelo título, como você imagina esse ônibus? Relembre a turma de que em ba-
Resposta pessoal. lões não se usa travessão ou aspas
para marcar a fala do personagem.
4. Informe que irão ler um poema in-
titulado O ônibus das pulgas. Explore
161 os conhecimentos prévios dos alunos
sobre pulgas e estimule-os a levantar
hipóteses
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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Charge: palavra de origem francesa que gens envolvidas no fato político-social contundente, o cartum retrata situações
significa carga, ou seja, algo que exagera que lhe serve de tema mais corriqueiras do dia a dia da socie-
traços do caráter de alguém ou de algo [...]. dade.
para torná-lo burlesco ou ridículo. Por ex- COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de
Geralmente é um texto de opinião, ex-
tensão, trata-se de uma ilustração ou de- gêneros textuais. 2. ed. Belo Horizonte:
presso em dimensão verbal e não verbal
senho humorístico, com ou sem legenda Autêntica, 2009. p. 60-62.
[...]
ou balão, veiculado pela imprensa, que
tem por finalidade satirizar e criticar al- Apesar de ser confundido com o cartum,
gum acontecimento do momento. Foca- palavra de origem inglesa, são dois gêne-
liza, por meio de caricatura gráfica, com ros textuais diferentes, pois, ao contrá-
bastante humor, uma ou mais persona- rio da charge, que sempre é uma crítica

161

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OBJETIVOS
• Ler e interpretar poemas. leitura POEMA
• Identificar o poema como gênero
textual e seus contextos de produção.
1. Leia o poema. Depois, comente se o ônibus do poema é como
• Reconhecer a finalidade do gêne- você imaginou. Resposta pessoal.
ro textual poema.
• Compreender os elementos que O ônibus das pulgas
compõem um poema: versos, estro-
fes, rimas, disposição gráfica, pala- O ônibus Não tem porta,
Dispara, Só tem pelo,
vras e expressões, jogos de sentido,
Passa o ponto Não tem roda,
eu lírico.
E não para. Só tem pata.
As habilidades e os componentes
a seguir serão trabalhados na seção Muita atenção! Que desgraça!
Leitura. Muita atenção! Que desgraça!

⊲ BNCC Ele entra Olha, para,


(EF15LP01) Identificar a função social Numa poça, Agora,
de textos que circulam em campos da Espirra água Com a língua
E se coça. De fora.
vida social dos quais participa cotidia-
namente (a casa, a rua, a comunida-
Minha nossa! São que horas?
de, a escola) e nas mídias impressa, de
Minha nossa! São que horas?
massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, Impossível As pulgas
quem os produziu e a quem se des- Reclamar, Vão caindo,
tinam. Pois só para Muito fracas,
(EF15LP03) Localizar informações ex- Se quiser. Pelo chão.
NOTKOO/SHUTTERSTOCK.COM

plícitas em textos.
Como assim?! Confusão!
(EF35LP01) Ler e compreender, silen- Como assim?! Confusão!
ciosamente e, em seguida, em voz
alta, com autonomia e fluência, tex-
tos curtos com nível de textualidade
adequado.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
são global.
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
tas nos textos lidos.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
textos versificados, observando rimas, 162
aliterações e diferentes modos de divi-
são dos versos, estrofes e refrões e seu
efeito de sentido. D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 162 07/08/2021 16:09 D2_158-1

(EF35LP27) Ler e compreender, com (EF04LP05) Identificar a função na leitura e ROTEIRO DE AULA
certa autonomia, textos em versos, usar, adequadamente, na escrita ponto fi-
explorando rimas, sons e jogos de nal, de interrogação, de exclamação, dois-
⊲ LEITURA
palavras, imagens poéticas (senti- -pontos e travessão em diálogos (discurso
dos figurados) e recursos visuais e direto), vírgula em enumerações e em se- POEMA
sonoros. paração de vocativo e de aposto. Antes da leitura do poema, peça aos
(EF35LP28) Declamar poemas, com alunos que leiam o título e levantem hi-
entonação, postura e interpretação ⊲ PNA póteses para o tema que será abordado.
adequadas. 1. Na sala de aula, leia o poema em voz
Fluência em leitura oral
(EF35LP31) Identificar, em textos ver- alta, pedindo que prestem atenção à so-
Desenvolvimento de vocabulário
sificados, efeitos de sentido decor- noridade e ao ritmo. Comente que os poe­
rentes do uso de recursos rítmicos e Compreensão de textos mas, quanto à estrutura, geralmente são
sonoros e de metáforas. Produção de escrita escritos em versos, que são as linhas do
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vez, leve-os a refletir de que tipo é o
ônibus do poema em estudo.
• 7a estrofe: as palavras “pelo” e
“pata”, além de deixarem claro que
Qual o tempo E tropeçam, o ônibus do poema não se trata do
Pra descanso, E se juntam, veículo convencional, revelam o ani-
Nesse ônibus E se sentam. mal comparado ao meio de trans-
Pirracento? E se levantam. porte.
• 9a estrofe: instigue-os a comentar
Não tem tempo! Quem ajuda? novamente o animal que poderia
Não tem tempo! Quem ajuda? estar servindo de transporte, já que
o poeta afirma que o “veículo” está
Para o ônibus, As pulgas “Com a língua/ De fora”.
Seu Guarda, Vão
• 11a estrofe: a palavra “pulgas”
Gritam elas, De cabelos
aparece pela primeira vez. É possí-
Das janelas. Ao vento.
vel que os alunos concluam que o
Não adianta! Num ônibus sarnento! ônibus é um cachorro, devido ao
Não adianta! Num ônibus sarnento! fato de esse animal possivelmente
ter pulgas.
• 13a estrofe: o poeta provavel-
Sérgio Capparelli. Minha sombra. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 13.
mente usou “pirracento” para ca-
racterizar o ônibus, porque ele não
para; se move muito; e pisa na poça,
Sarnento: que tem sarna, uma molhando as “passageiras”.
doença que causa coceira. • 15a estrofe: quando o ônibus
para, as pulgas tentam chamar o
guarda: “seu guarda/gritam elas/
quem e? das janelas”.
Sérgio Capparelli nasceu em Minas Gerais. É jornalista e escri- • 17a estrofe: o uso dos verbos “tro-
tor, com dezenas de livros publicados, especialmente para o pú- peçam”, “se juntam”, “se sentam”
blico infantil. Ganhou diversos prêmios, entre eles quatro vezes o e “se levantam” pode ser compre-
Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira. endido como os movimentos que o
cachorro faz e, por isso, as pulgas os
fazem também.
• 19a estrofe: instigue os alunos a
comentar o porquê de o poeta ter
escrito que “As pulgas/ vão/ de ca-
REFLUO/SHUTTERSTOCK.COM

belos/ ao vento”, explicando que


isso por ser associado ao fato de as
pulgas pularem nos pelos do cão e,
depois, caírem (ou pularem nova-
163 mente) no chão.
Após a leitura, abra espaço para que
os alunos expressem as sensações que
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poema, e estrofes, que são o conjunto de ponto”. Instigue os alunos a refletir que Consulte com os alunos o Dicio-
versos. Podem se diferenciar quanto a as- essa palavra e expressão foram usadas, nário ilustrado no final da unidade
pectos relacionados à métrica (contagem possivelmente, para dar a ideia de que o para explorar outros significados e
de sílabas poéticas de cada verso), às rimas “ônibus” estava andando muito rápido. exemplos de uso dos termos espirrar
e aos temas. • 3a estrofe: o uso do verbo reflexivo e ponto e ampliar o repertório deles
Durante a leitura, peça aos alunos que com novo vocabulário.
“coçar-se” indica que o ônibus deste
comentem os sentidos gerados pelo uso poema é, de alguma forma, diferente
das palavras nos versos de algumas estrofes. dos convencionais. Instigue os alunos
Chame-lhes a atenção para o fato de que as a imaginar que tipo de ônibus é o do
palavras não foram escolhidas ao acaso, mas, poema.
sim, para fazer uso da linguagem poética. • 5a estrofe: pergunte aos alunos se os
• 1a estrofe: o uso da palavra “dispara” ônibus que usamos no cotidiano param,
e também o uso da expressão “passa o se os passageiros reclamam. E, mais uma
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ROTEIRO DE AULA 2. Com seus colegas, releia o poema em voz alta, seguindo a legenda.
Meninos. Meninas. Todos juntos.
⊲ LEITURA
3. Escreva o que é, na sua opinião, o ônibus das pulgas.
POEMA
É provável que os alunos respondam que se trata de um cachorro.
2. No momento da declamação, peça
aos alunos que empreguem o ritmo e • Sublinhe no poema os versos que levaram você a essa conclusão.
a entonação adequados.
4. Leia o verbete de dicionário.
⊲ O QUE E COMO AVALIAR sarna (sar.na) subst. fem. med Doença de pele que provoca muita
Será interessante gravar esses mo- coceira. A sarna é causada por um tipo de ácaro.
mentos para avaliar a fluência em lei- Sarna. Em: Dicionário Houaiss ilustrado. São Paulo: Moderna, 2016. p. 438.
tura oral dos alunos. Tome como pa-
râmetro para o final do 4o ano a velo-
• Por que o “ônibus” foi chamado de sarnento?
cidade de 100 palavras por minuto e a
precisão de 95%. Na página XVII des- Porque o ônibus é, na verdade, um cachorro que se coça muito.
te Manual do Professor são apresen-
tadas sugestões sobre como avaliar a
fluência em leitura oral da turma.

ILUSTRAÇÕES: REFLUO/SHUTTERSTOCK.COM,
Cada linha do poema é chamada de

NOTKOO/SHUTTERSTOCK.COM
3. Instigue os alunos a comentar o verso. Um conjunto de versos é chamado
porquê de o poema se referir a um ca- de estrofe.
chorro e não a outro animal. Leve-os
a perceber que os cães são os animais
mais próximos dos seres humanos que 5. Todas as estrofes têm o mesmo número de versos? Explique.
geralmente têm pulgas. Espera-se que os alunos concluam que não, pois há estrofes com quatro versos e
4. É fundamental que os alunos che-
guem à conclusão de que no poema estrofes com dois versos.
o animal foi considerado “sarnento”
por se coçar muito. 6. Marque a alternativa adequada.
5. O objetivo da atividade é verificar O ônibus das pulgas está:
a compreensão dos alunos acerca do X em alta velocidade. em baixa velocidade.
conceito de verso. Após a leitura do
conceito, oriente os alunos a, se ne- • Copie do poema um trecho que confirma sua resposta.
cessário, alterar a resposta. O poema
foi composto alternadamente por es- Sugestões de resposta: “O ônibus / Dispara”; “Com a língua / De fora”; ”De cabelos /
trofes de 4 e de 2 versos. Aproveite a Ao vento.”
oportunidade e promova a contagem
de versos e de estrofes do poema.
6. Retome a primeira estrofe. Chame
a atenção para o verbo “dispara”. É 164
importante que os alunos associem o
verbo ao sentido de “andar com velo-
cidade”, “correr”. D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 164 07/08/2021 16:09 D2_158-1

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


TEXTO COMPLEMENTAR

Poesia: é, na realidade, a qualidade presen- poema obrigatoriamente é ou contém poe-


te em certos artefatos culturais, capaz de sia. Assim como a boa prosa de ficção só é
despertar o sentimento do belo e provocar boa porque está carregada de poesia.
o encantamento estético. Dessa forma, a MORAES, J. V. de. Versificação – definições:
poesia pode estar em um conto, na cena de Poesia ou poema? Uol. Disponível em:
um filme, ou de uma telenovela; nas artes https://educacao.uol.com.br/disciplinas/
plásticas, como a pintura, a escultura; ou, portugues/versificacao---definicoes-poesia
como reconhecia Bandeira, nas ruas. [...] -ou-poema.htm#:~:text=Versifica%C3%
Poema: é o texto composto em versos (li- A7%C3%A3o%20ou%20metrifica%C3%A7
nhas breves) e estrofes, numa oposição ao %C3%A3o%20%C3%A9%20o,das%20s%
texto composto em prosa (linhas longas) C3%ADlabas%20de%20um%20verso. Aces-
[...]. Sendo assim, é evidente que nem todo so em: 23 jul. 2021.

164

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7. O que há em comum nas estrofes de dois versos?
ROTEIRO DE AULA
7. Solicite aos alunos que voltem ao
Essas estrofes são formadas por versos que se repetem.
texto do poema e leiam as estrofes de
• Marque as alternativas adequadas. duas linhas. Espera-se que concluam
A repetição nas estrofes de dois versos ajuda a passar a ideia de que: que essas estrofes são compostas por
o cachorro está correndo, incomodado com a presença das versos que se repetem, com o objetivo
X
pulgas. de transmitir a ideia do desespero das
pulgas devido ao fato de o “ônibus”
as pulgas estão em um ônibus de verdade.
(cachorro) estar em alta velocidade.
as pulgas estão agitadas e nervosas, sendo jogadas de um lado
X 8. O objetivo da questão é chamar
para o outro.
a atenção dos alunos para o fato de
o cachorro está tranquilo com a presença das pulgas. que as estrofes de dois versos foram
pontuadas com ponto de exclamação
8. Circule no poema a pontuação usada nas estrofes de dois versos. e ponto de interrogação. Mais uma
• Escreva o que essa pontuação evidencia. vez, ressalte o possível sentimento das
O uso dessa pontuação ajuda a passar o estado de agitação e nervosismo das pulgas. pulgas representado nessas estrofes.
9. Comente com os alunos que, geral-
mente, em textos jornalísticos e cien-
tíficos, a linguagem clara e objetiva
9. Releia a estrofe. deve predominar; por isso, utiliza-se
majoritariamente o sentido próprio,
Para o ônibus, literal das palavras. Já em textos lite-
Seu Guarda, rários, o sentido das palavras pode
Gritam elas,
ser ampliado ou alterado, fazendo-se
Das janelas.
uso do sentido figurado. É o caso das
expressões “gritam elas, das janelas”,
• Marque um X no quadrinho da ilustração que evidencia a que para se referir ao espaço entre os pe-
janelas o poema se refere. los dos cachorros, pelos quais as pul-
gas podem ver a paisagem. Leve os
alunos a perceber a diferença de pala-
vras usadas no sentido figurado e no
sentido próprio, literal.
Caso observe que os alunos apre-
ILUSTRAÇÕES: ALEXANDRE RAMPAZO

sentam dificuldades para compre-


ender a diferença entre palavras e
expressões com sentido figurado e
sentido literal, amplie as explicações,
oferecendo outros exemplos.
X Registre, na lousa, frases do tipo:
“As flores sorriem no campo.”; “Meus
avós sorriem para mim com muito cari-
165
nho.”; “O dia demorou a nascer, o sol
não parava de se espreguiçar até que
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resolveu raiar.”; “Eu sempre me espre-
guiço antes de sair da cama.”; “Adoro
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR o sonho feito na padaria do Manoel.”;
TEXTO COMPLEMENTAR “O sonho que tive essa noite parecia
muito real.”; “Meu sonho é viajar pelo
O POEMA mundo.”.
Texto literário, geralmente escrito em ver- tos, suas emoções, sua versão da realida-
so [...]: as linhas curtas e os agrupamentos de, ou para criar atmosferas de mistério
em estrofe dão relevância aos espaços em de surrealismo, relatar epopeias (como
branco; [...] nos prepara para sermos in- nos romances tradicionais), ou, ainda,
troduzidos nos misteriosos labirintos da para apresentar ensinamentos morais
linguagem figurada. Pede uma leitura em (como nas fábulas). [...]
voz alta, para captar o ritmo dos versos KAUFMAN, Ana Maria; RODRIGUEZ, Ma-
[...] pretende extrair a significação dos re- ria Elena. Escola, leitura e produção de
cursos estilísticos empregados pelo poeta, textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
quer seja para expressar seus sentimen- p. 23.

165

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ROTEIRO DE AULA 10. Releia as estrofes a seguir.

⊲ LEITURA Ele entra


Numa poça,
POEMA Espirra água
10. Retome com os alunos os conhe- E se coça.
cimentos sobre as rimas. Caso ob-

ALEXANDRE RAMPAZO
serve eventuais defasagens quanto Minha nossa!
a esse conteúdo, leve para a sala de Minha nossa!
aula outros exemplos de poemas com
rimas em diferentes posições para que • Sublinhe, nessas estrofes, as palavras que rimam.
percebam como as rimas podem ser
dispostas neste gênero textual.
Rima é a repetição de sons idênticos ou semelhantes no final de
11. No poema, o verso se destaca a palavras ou em sílabas poéticas. As rimas mais frequentes geralmen-
partir da disposição gráfica. Cada te aparecem no final de versos e são chamadas rimas externas.
verso ocupa uma linha marcada por
um ritmo específico. O conjunto de
versos compõe a estrofe. Os poemas 11. Em sua opinião, as rimas têm de estar sempre no final dos versos?
Resposta pessoal.
nem sempre têm o mesmo número • Leia o poema para ver se o que você pensou se confirma.
de versos em cada estrofe. Esse fato
é exemplificado pelo poema A lua. A lua
Leia-o em voz alta com entonação e
A lua pinta a rua de prata
ritmo adequados. Deixe que os alunos
E na mata, a lua parece
façam a atividade e realize a correção
Um biscoito de nata.
coletiva oralmente. É importante que
os alunos percebam que nem sem- Quem será que esqueceu
pre as rimas estão no final dos versos A lua acesa no céu?
(rimas externas), pois há poemas em

MARCOS DE MELLO
que elas aparecem dentro dos versos
(rimas internas). Se achar convenien-
te, leia para os alunos outros poemas Roseana Murray. Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 1996. p. 78.
que tenham rimas internas.
Leia os conceitos de rima, rima ex- a) Sublinhe no poema as palavras que rimam. Use cores diferentes
terna e de rima interna. Peça aos alu- para cada grupo de rimas.
nos que apontem as rimas externas e b) As rimas têm sempre de estar no final dos versos? Responda usando
as internas do poema. Caso seja ne- como argumento o poema A lua. Espera-se que os alunos respondam que não,
cessário, mostre que a palavra rua rima pois, no poema, as palavras lua e rua rimam e estão ambas no meio do verso.
com a palavra lua e que as duas estão
no meio dos versos, sendo chamadas Em alguns poemas, as rimas aparecem no meio dos versos. São
de rimas internas, e que as palavras chamadas rimas internas.
prata e nata rimam entre si, tratando-
se de rimas externas. Chame a atenção 166
para a palavra mata, que está no meio
do segundo verso e rima com as últi-
mas palavras do primeiro (prata) e do D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 166 07/08/2021 16:09 D2_158-1

terceiro verso (nata).


Consulte com os alunos o Dicioná-
rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exemplos
de uso do termo nata e ampliar o re-
pertório deles com novo vocabulário.

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ROTEIRO DE AULA
divertidamente POEMA
⊲ DIVERTIDAMENTE
1. Algumas coisinhas simples deixam a gente feliz. Leia o trecho de POEMA
um poema. 1. Abra espaço para que os alunos fa-
çam a leitura do trecho do poema. Em
Uma tarde de verão seguida, faça a sua leitura oral. Per-

ALEKSANDR BRYLIAEV/SHUTTERSTOCK.COM
gunte: “Vocês concordam que os ver-
Manteiga dentro do pão
sos tratam de coisas simples, singelas
que podem deixar uma pessoa feliz?
Bandeirinhas de São João
Por quê?”. É provável que os alunos
respondam que sim, pois são coisas
comuns do dia a dia, mas que podem
trazer tranquilidade, felicidade.
Desafie os alunos a falarem outras
Ruth Rocha. Mais duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz:
à moda de Otavio Roth / Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2016. p. 8-11. coisinhas simples que poderiam fa-
zer parte da primeira estrofe e da se-
gunda estrofe. Observe se os alunos
• Sublinhe as palavras que rimam.
concluem que para que faça parte de
2. Agora é a sua vez! Escreva três versos contando quais coisinhas simples cada estrofe, devem verbalizar versos
deixam você feliz. Resposta pessoal. em que a última palavra de cada ver-
so rime com as últimas dos versos do
poema original.
Sugestões: 1a estrofe: observar
a maré cheia/ descobrir furinho na
meia/ fazer bola de meia/.
2a estrofe: fazer bolha de sabão/
comer arroz com feijão/ brincar de
roda pião/ cheirinho de limão/ história
• Leia para os colegas os versos que você produziu. Depois, copie os de dragão/ coçar o dedão.
versos produzidos por um colega da turma. Resposta pessoal.
Esse livro faz parte de uma coleção.
Será interessante verificar se algum
dos livros faz parte do acervo da bi-
blioteca para levá-lo para a roda de
leitura da turma e promover a prática
de leitura oral, com velocidade, preci-
são e prosódia.
2. Explique aos alunos que para criar
os versos é preciso pensar em três pa-
167 lavras que rimem e que possam se en-
caixar em coisas simples de que eles
gostem. Por exemplo: “Cheirinho de
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creio e conversa fiada”; “Brigadeiro
OBJETIVOS e diferentes modos de divisão dos versos,
estrofes e refrões e seu efeito de sentido. na panela/Sol entrando pela janela/
• Ler e interpretar poema. Pão com mortadela”; “Bife à milane-
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa sa/Festa surpresa/Sorvete de framboe-
• Participar de situações de intercâmbio
oral. autonomia, textos em versos, explorando sa”; “Fazer uma careta/Admirar uma
rimas, sons e jogos de palavras, imagens borboleta/Bagunçar a gaveta”.
• Refletir sobre os próprios sentimentos.
poéticas (sentidos figurados) e recursos vi- Para essa atividade, será interessan-
• Produzir estrofes de poemas.
suais e sonoros. te apresentar para os alunos dicioná-
As habilidades e os componentes a se-
rios de rimas. Atualmente, há dicio-
guir serão trabalhados nesta seção.
⊲ PNA nários de rima impressos e digitais,
Desenvolvimento de vocabulário online. Ressalte que, em dicionários de
⊲ BNCC rimas impressos, a busca é diferente da
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos Compreensão de textos de um dicionário tradicional, pois se
versificados, observando rimas, aliterações Produção de escrita deve buscar a terminação da palavra.
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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS EM
• Identificar a regra ortográfica re- ortografia -ESA OU -EZA
ferente à escrita de palavras termi-
1. • Resposta pessoal. Leve os alunos a perceberem que a sonoridade
nadas em -esa ou -eza.
• Utilizar corretamente as regras 1. Leia o poema. gerada pelos nomes das árvores lembra um batuque. É provável que o
título do poema tenha sido escolhido em razão disso.
ortográficas para a escrita de pala-
vras terminadas em -esa ou -eza. Baticum
• Compreender a importância de EMBAÚBA Só o nome
revisar a escrita de palavras. BAOBÁ dessas árvores
As habilidades e os componentes MANGABEIRA dá beleza
a seguir serão trabalhados na seção JATOBÁ dá cadência
Ortografia. AROEIRA dá leveza
TAPIÁ dá balanço
OLIVEIRA dá vontade
⊲ BNCC

FABIO EUGENIO
JERIBÁ de sambar.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita Neusa Sorrenti. Poemas empoleirados no fio do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. p. 53.
de palavras, especialmente no caso de
palavras com relações irregulares fo-
• Em sua opinião, existe relação entre o título e a sonoridade do
nema-grafema.
poema? Explique.
(EF04LP03) Localizar palavras no dicio-
nário para esclarecer significados, re- 2. No poema, existem duas palavras terminadas em -eza. Escreva
conhecendo o significado mais plau- essas palavras.
sível para o contexto que deu origem
Beleza e leveza.
à consulta.
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor- • Marque um X no quadrinho da classe gramatical a que essas palavras
retamente, palavras derivadas com os pertencem.
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
X Substantivo. Adjetivo.
(regulares morfológicas).
3. Observe como se formam as palavras que você escreveu e responda.
⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário belo beleza leve leveza

Compreensão de textos

ROTEIRO DE AULA palavra de origem palavra de origem

⊲ ORTOGRAFIA • A que classe gramatical pertencem as palavras belo e leve?


Adjetivo.
PALAVRAS TERMINADAS
EM -ESA OU -EZA
1. Solicite a leitura silenciosa do po- 168
ema. Depois, leia-o em voz alta, com
entonação e ritmo adequados, de
forma a enfatizar a sonoridade pro- D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 168 07/08/2021 16:09 D2_158-1

vocada pela repetição de palavras que 2. Verifique se os alunos localizam as pala-


Baticum
apresentam o som /b/, que transmite vras e as transcrevem no espaço adequa-
Subs. Masculino
a ideia de um batuque. Em seguida, do. Aproveite este momento para retomar
organize a leitura em coro. Peça aos [Brasil] Barulho de palmas e sapateados,
como nos batuques.
com a turma a acentuação de oxítonas
alunos que marquem a cadência com terminadas em -a, uma vez que há muitas
o bater de palmas, levando-os a per- BATICUM. Dicio.com. Disponível em: https:
//www.dicio.com.br/baticum/. Acesso em: palavras acentuadas de acordo com essa
ceber que o ritmo do poema lembra
23 jul. 2021. regra no poema.
um batuque. É provável que o título
do poema (Baticum) tenha sido esco- 3. Chame a atenção para o fato de as pa-
lhido em razão disso. Consulte com os alunos o Dicionário lavras primitivas serem adjetivos e as deri-
Leve para os alunos a definição da ilustrado no final da unidade para explorar vadas serem substantivos. Elabore com a
palavra baticum. Após a leitura da de- outros significados e exemplos de uso do turma, um cartaz com a seguinte regras:
finição, pergunte-lhes se o título tem termo balanço e ampliar o repertório de- substantivos terminados em -eza, deriva-
relação com o significado. les com novo vocabulário. dos de adjetivos, são escritos com z.
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4. Certifique-se de que os alunos com-
4. Escreva os adjetivos e substantivos para completar o quadro a seguir, preenderam como devem completar o
fazendo a correspondência. Veja o exemplo.
quadro. O objetivo da questão é, mais
uma vez, levar os alunos a refletir sobre
Adjetivos Substantivos
a formação de substantivos a partir de
belo beleza adjetivos.
Leia o exemplo (belo – beleza) e
gentil gentileza desafie-os a completar o quadrinho
com as palavras que faltam. Na cor-
triste tristeza
reção, pergunte: “Com quais letras
limpo limpeza terminam os substantivos que vocês
completaram?”. Mais uma vez, o ob-
nobre nobreza jetivo é contribuir para que os alunos
memorizem a regra da regularidade
firme firmeza
ortográfica apresentada. Amplie a ati-
esperto esperteza vidade, propondo que os alunos regis-
trem frases no caderno com os subs-
5. O que há em comum nesses substantivos formados a partir de adjetivos? tantivos da atividade. Dê um tempo
adequado para que eles componham
Todos terminam com -eza. as frases e faça a correção coletiva.
• Agora, complete a frase a seguir com s ou z. 5. Chame a atenção da turma para
Substantivos terminados em -eza, derivados de adjetivos, são escritos o fato de que adicionaram o sufixo
-eza, que é escrito com a letra z e não
com z . com a letra s, apesar de a letra s, entre
vogais, representar o som /z/.
6. Leia a fala do balão, circule as palavras que indicam lugar de origem e
Será interessante redigir a regra
sublinhe as palavras que indicam título de nobreza.
ortográfica em uma folha de papel
Sonhei que era pardo e afixá-la em um local visível da
uma princesa tailandesa. sala para que os alunos possam con-
E para o baile do reino, convidei princesas de sultá-la.
várias nacionalidades: holandesa, libanesa,
portuguesa, japonesa, chinesa, sudanesa... 6. O objetivo da questão é levar os
Cada uma com sua beleza! alunos a perceber que palavras que
Dei título de nobreza a todas as minhas indicam lugar de origem ou título de
amigas, que viraram marquesas, nobreza são escritas com -esa, com
duquesas e baronesas! a letra s. Chame a atenção da turma
para o fato de as terminações -esa e
INSTA_PHOTOS/SHUTTERSTOCK.COM

-eza terem o mesmo som, mas grafias


diferentes a depender da classe gra-
matical a que pertencem.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR mente, deem exemplos de substantivos e


A fim de averiguar se os alunos se re- adjetivos retirados do conto lido.
cordam do que seja o substantivo e o adje- Individualmente, peça que voltem ao
tivo, proponha esta avaliação. Se você per- texto lido e que busquem três substantivos
ceber que há alunos com dificuldades de e três adjetivos e registrem no caderno.
identificar esses conteúdos, sugere-se que Promova a correção coletiva. Essa é uma
sejam aplicadas mais atividades para que excelente maneira de verificar o aprendi-
as dúvidas sejam sanadas definitivamente. zado dos alunos, além de proporcionar a
Proponha a leitura de um conto conhe- eles uma forma de esclarecer dúvidas sem
cido da turma. Peça aos alunos que, oral- sentir vergonha ou receio.

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ROTEIRO DE AULA 7. Observe as palavras do balão que indicam lugar de origem e marque as
alternativas adequadas.
⊲ ORTOGRAFIA a) A classe gramatical dessas palavras é:
PALAVRAS TERMINADAS verbo. substantivo. X adjetivo.
EM -ESA OU -EZA
b) Elas são escritas com:
7. e 8. As atividades propostas enca-
minham a construção de regras de re- X -esa. -eza.
gularidades ortográficas.
c) Essas palavras estão:
As palavras com terminações -ês/-
-esa e -ez/-eza seguem alguns pa- no masculino. X no feminino.
drões. Veja algumas dicas para facilitar
a memorização do uso desses sufixos. • Agora, complete a frase.
• Escrevem-se com -ês/-esa os ad-
Adjetivos no feminino que indicam
jetivos pátrios: francês – francesa,
chinês – chinesa, português – portu- lugar de origem são escritos com -esa.
guesa. Quando temos o feminino de
alguns substantivos e adjetivos que 8. Observe as palavras que indicam título de nobreza e responda.
indicam pessoas, usamos o sufixo a) A classe gramatical dessas palavras é:
-esa: barão – baronesa, camponês –
camponesa, príncipe – princesa. verbo. X substantivo. adjetivo.
• Escrevemos com -esa alguns
b) Elas são escritas com:
substantivos que provêm de verbos
que terminam em -der: despender X -esa. -eza.
– despesa, empreender – empresa,
defender – defesa. c) Essas palavras estão:
• Escrevemos com -z os substanti- no masculino. X no feminino.
vos abstratos derivados de adjetivos:
belo – beleza, bravo – braveza, certo • Agora, complete a frase.
– certeza.
Substantivos no feminino que indicam
Explore com os alunos o boxe Des-
cubra mais, sobre o livro de Sergio título de nobreza são escritos com -esa.
Caparelli. Fale do teor do livro e esti-
mule-os a se manifestar a respeito dos
poemas. descubra mais
• 111 Poemas para crianças, de Sérgio Capparelli, L&PM, 2003.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Essa obra é uma coletânea de poemas que o autor selecionou de seus
Peça aos alunos que pesquisem ou- livros. Será interessante levar o livro para a roda de leitura para que todos
tros adjetivos pátrios terminados em possam conhecer mais poemas do autor.
-esa. Junto com os alunos, pesquise
as bandeiras das nacionalidades cujas
escritas contenham -esa para criar 170
uma lista ilustrada com esses adjetivos
pátrios. Transcreva as regras para fo-
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lhas de papel pardo e afixe-as em um
local visível da sala para que os alu-
nos possam consultá-las sempre que
necessário.

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2
ROTEIRO DE AULA
POEMA É PALAVRA
QUE ENCANTA ⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA
Estas atividades preparatórias permi-
preparaçao para a leitura tirão que os alunos reflitam sobre a for-
ma de composição do poema que lerão
na próxima seção, favorecendo a com-
1. Você já pensou que uma palavra pode lembrar outra? Leia os grupos preensão sobre o conteúdo do texto.
de palavras e entre no jogo Palavra puxa palavra.
1. Solicite aos alunos que leiam em
voz alta os grupos de palavras, de
modo propiciar o desenvolvimento da
verão água fluência em leitura oral. Em seguida,
leia-os em voz alta. Explique que a
sol sede
brincadeira consiste em escrever uma
sorvete suco palavra que lembre a primeira, depois
outra palavra de acordo com a que
praia fruta escreveu, e assim por diante, até for-
mar um grupo de cinco palavras. A di-
mar abacaxi versão está em registrar palavras que
aparecem imediatamente à mente a
partir da primeira palavra exposta.
Antes de propor que completem os
dois grupos, estimule-os a verbalizar
fazenda escola
outros grupos de palavras que possam
Sugestões de resposta: Sugestões de resposta: vir a partir das palavras verão e água,
como:
vaca mato aula professor
Verão
leite mosquitos recreio lições Calor Férias
MALIJA/SHUTTERSTOCK.COM/ EDITORIA DE ARTE

queijo picada conversa livro Suor Diversão


Sede Amigos
pão coceira amigos histórias
Água Bola
Sol Mar
Protetor solar Imensidão
2. O professor vai abrir espaço para que você e seus colegas compartilhem Piscina Paz
os resultados do jogo. Todos escolheram as mesmas palavras? Por que
Boia Harmonia
você acha que isso aconteceu? Respostas pessoais.
Água
171 Planeta Rio
Terra Peixe
2021 16:09 D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 171 07/08/2021 16:09 Brasil Anzol
OBJETIVOS (EF15LP09) Expressar-se em situações de Futebol Minhoca
intercâmbio oral com clareza, preocupan- Chuva Vida
• Ampliação de vocabulário. do-se em ser compreendido pelo interlo-
• Brincar de palavra puxa palavra. cutor e usando a palavra com tom de voz Frio Amor
• Participar de situações de intercâmbio audível, boa articulação e ritmo adequado. Casaco Amizade
oral. Gorro Cumplicidade
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA
guir serão trabalhados nesta seção. 2. É provável que não haja coincidên-
Fluência em leitura oral
cia geral na seleção de palavras. Leve os
Desenvolvimento de vocabulário
⊲ BNCC alunos a perceber que a escolha das pa-
Produção de escrita lavras tem relação com as experiências
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou
de cada um. Aproveite para comentar
expressões desconhecidas em textos, com
que podemos atribuir qualidades e dar
base no contexto da frase ou do texto.
sentidos diferentes para as palavras.
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OBJETIVOS
• Ler e interpretar poema. leitura POEMA
• Identificar o poema como gênero
textual e seus contextos de produção.
1. Sobre o que você imagina que vai tratar o poema intitulado Os nomes
• Reconhecer a finalidade do gêne- das coisas? Leia. Resposta pessoal.
ro textual poema.
• Compreender os elementos que
compõem um poema: versos, estro-
fes, rimas, disposição gráfica, pala-
vras e expressões, jogos de sentido,
eu lírico.
• Relacionar texto com ilustrações.
As habilidades e os componentes
a seguir serão trabalhados na seção
Leitura.

⊲ BNCC
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
trações e outros recursos gráficos.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de divi-
são dos versos, estrofes e refrões e seu
efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com
certa autonomia, textos em versos,
explorando rimas, sons e jogos de pa-
lavras, imagens poéticas (sentidos fi-
gurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF04LP26) Observar, em poemas con-
cretos, o formato, a distribuição e a
diagramação das letras do texto na
página.

POEMA (PRIMEIRA PARTE): SILVANA TAVANO. A POESIA


DAS COISAS. SÃO PAULO: SESI-SP EDITORA, 2017.
⊲ PNA Estripulia: bagunça, travessura.
Fabula: inventa, imagina.
Desenvolvimento de vocabulário Cumplicidade: parceria, proximidade.
Compreensão de textos
Produção de escrita

172
ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 172 07/08/2021 16:09 D2_158-1

exemplo: sol — brilhar; solidão — ilha; mú-


POEMA sica — canta; etc. Pergunte-lhes o que acha-
1. Antes da leitura, peça aos alunos ram desse recurso, se concordam ou não e
que falem sobre o que imaginam se se fariam alguma comparação diferente.
tratar o poema Os nomes das coisas Instigue os alunos a comentar o que
e de que forma o texto vai se relacio- acharam das imagens escolhidas pela
nar com o título. poetisa para representar as palavras que
Chame a atenção para o fato de estão na segunda página do poema. Peça-
que a poetisa explica, na primeira par- -lhes que comentem e expliquem por que
te, cada um dos nomes de acordo com acham que a escritora associou os dese-
uma característica ou uma ação. Por nhos aos nomes.

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SUGESTÕES ⊲ PARA O PROFESSOR
LEITURA • LOPES, Ana Maria. A lin-
quem e?
guagem poética com ilustrações
Silvana Tavano é jornalista e escritora e trabalhou em jornais e revistas. como forma de incentivo à leitura
Escreve livros para crianças e jovens, alguns dos quais premiados e publicados e produção textual. Disponível em:
em diversos países. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.
br/portals/cadernospde/pdebusca/
producoes_pde/2013/2013_ufpr_
port_artigo_ana_maria_vieira_lopes.
pdf. Acesso em: 23 jul. 2021.
O artigo aborda a questão das ilus-
trações em gêneros poéticos na edu-
cação básica.
• GREGORIN FILHO, José Nicolau
(org.). Literatura infantil em gêne-
ros. São Paulo: Mundo Mirim, 2012.
p. 119.

A POESIA DAS COISAS. SILVANA TAVANO. SÃO PAULO: SESI-SP


EDITORA, 2017. PÁGINAS NÃO NUMERADAS.

Silvana Tavano. A poesia das coisas. São Paulo: Sesi-SP, 2017. Não paginado.

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2. Espera-se que os alunos concluam que não, pois o poema apresenta palavras que lembram
ROTEIRO DE AULA umas às outras, e não o significado real delas.
2. O poema apresenta o significado real das palavras? Explique.

⊲ LEITURA
Ao ler um poema, podemos imaginar a voz de
POEMA alguém que fala conosco. Esse alguém é chamado
eu lírico.
2. Chame a atenção dos alunos para
o fato de que neste poema as palavras
assumem o significado que o eu lírico 3. Escreva por que, na sua opinião, o eu lírico relacionou as seguintes
dá a elas. Instigue-os a entender que palavras entre si.
o fazer poético é repleto de liberdade a) Sol e brilho.
para a expressão dos sentidos das pa-
lavras. Em seguida, leia o boxe com a O sol brilha/possui brilho próprio.
definição de eu lírico.
3. Instigue os alunos a comentar que
a relação entre as palavras é muito b) Solidão e ilha.
parecida com a que fizeram no jogo Uma ilha pode ser um lugar isolado, sem pessoas, e solidão é condição de quem
Palavra puxa palavra. E que essa as-
sociação foi fundamental para criar o vive ou se sente sozinho.
jogo poético no poema em estudo.
4. Retome com os alunos a ideia do fa-
zer poético, levando-os a considerar a c) Música e cantar.
importância de compor um poema de Música é o ato de combinar sons para serem tocados ou cantados.
forma que o sentido das palavras possa
ser aproveitado ao máximo, ainda que
estejam relacionadas a algum tipo de
suporte de imagem, cor ou som. 4. As imagens acompanhadas de palavras podem ser consideradas uma
5. Será interessante pedir aos alunos continuação do poema? Explique.
que consultem a palavra imensidão É provável que os alunos concluam que sim, pois a autora continua estabelecendo
no dicionário e a justificarem suas res-
postas a partir da definição encontra- comparações; porém, em vez de comparar palavras, ela passa a comparar palavras com
da no dicionário.
imagens que se relacionam.

5. No poema, com o que foi comparada a palavra imensidão?


Com o mar.
• Em sua opinião, foi uma boa comparação? Por quê?
É provável que os alunos respondam que sim, pois o mar é grande, imenso, vasto.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


TEXTO COMPLEMENTAR

No sentido etimológico, “poesia” vem ema de forma fixa. Tem quatro estrofes,
do grego poiesis, que pode ser traduzido ndo que as duas primeiras se constituem
como a atividade de produção artística ou de quatro versos, cada uma, os quartetos,
a de criar ou fazer. [...] a poesia pode não e as duas últimas de trê s versos, cada
estar só no poema, mas também em pai- uma, os tercetos. [..]
sagens e objetos. PORTILHO, Gabriela. Qual a diferença en-
Já o poema também é uma obra de poe- tre poema, poesia e soneto? Disponível em:
sia, mas que usa palavras como matéria- https://novaescola.org.br/conteudo/200/
-prima. Na prática, porém, convencio- qual-a-diferenca-entre-poema-poesia
nou-se dizer que tanto o poema quanto -e-soneto#:~:text=Na%20pr%C3%A1tica
a poesia são textos feitos em versos, que %2C%20por%C3%A9m%2C%20conven
são as linhas que constituem uma obra cionou%2D,um%20poema%20de%20
desse gênero. Por fim, o soneto é um po- forma%20fixa. Acesso em: 23 jul. 2021.
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6. Nesta atividade, os alunos são desa-
6. Relacione as palavras a seguir com pessoas que convivem com você no fiados a comparar pessoas a sentimen-
dia a dia.
tos positivos. Explique-lhes que esse
Sabedoria: Respostas pessoais. tipo de comparação, comum no dia a
dia, é poesia.
Delicadeza: 7. Certifique-se de que os alunos co-
nhecem os cinco sentidos do corpo
7. Releia as estrofes.
humano: visão, olfato, paladar, audi-
ção e tato. Se necessário, lembre-lhes
é como se tivesse olhos,
de que esses sentidos fazem parte do
boca, ouvidos e nariz
sistema sensorial, que é responsável
cada palavra
por enviar as informações do meio

SHUTTERSTOCK.COM
externo para o sistema nervoso cen-

VALENTIN DRULL/
dá um rosto
a tudo que se diz tral e que nos permite interagir com
o mundo exterior. Ressalte que esses
sentidos se relacionam com partes do
• O eu lírico quis dizer que:
corpo: visão — olhos; olfato — nariz;
toda palavra tem um rosto, com olhos, boca, ouvidos e nariz. paladar — boca; audição — ouvidos;
e tato — pele.
cada palavra aguça um ou mais sentidos, fazendo-nos lembrar
X 8. Comente com os alunos que, ao
de algo, um sentimento, um momento.
lermos um poema, imaginamos a voz
8. Você estudou que a voz de quem fala no poema é chamada eu lírico. de quem nos fala. Nos poemas, essa
a) Em sua opinião, essa voz equivale sempre à do poeta? voz é chamada de eu lírico. Ressalte
que o eu lírico não é o poeta, pois
Sim. X Não.
poeta é aquele que produz o poema.
b) Leia o poema e comente se o que você pensou se confirma. O eu lírico expressa sentimentos que
Resposta pessoal. nem sempre o poeta sentiu, o que
significa que as ideias, as emoções e
Fiquei de castigo
as sensações presentes nesse gênero
Não sei por que estou aqui, literário não são necessariamente do
trancado nesse quarto! autor. O autor cria uma espécie de
Eu só deixei a geladeira aberta, “personagem” para expor esses sen-
a cama sem coberta,
timentos. Consulte com os alunos o
uma tarefa incompleta,
Dicionário ilustrado no final da unida-
uma mentirinha encoberta,
de para explorar outros significados e
e não achei a palavra certa
VICENTE MENDONÇA

exemplos de uso do termo encoberta


pra inventar uma história esperta!
e ampliar o repertório deles com novo
Celso Sisto. Emburrado. São Paulo: Paulus, 2005. Não paginado. vocabulário.
Sobre a definição de eu lírico, cum-
Algumas vezes, o poeta pode narrar as próprias experiências por meio do eu lírico. pre esclarecer que:

[...] o “eu” que fala nos versos é “líri-


175 co”. Ou seja, é um termo que se re-
fere, dentro do contexto da teoria
da literatura, à análise de textos
2021 16:09 D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 175 07/08/2021 16:09 escritos em verso; pode ser enten-
dido como a expressão de um “eu”
do autor ou de um “eu” fictício, po-
tencializando dinâmicas que con-
ferem, naturalmente, duas avalia-
ções influentes na análise literária.
SILVA, Fabio Mario da. Eu lírico.
Disponível em: http://edtl.fcsh.unl.
pt/encyclopedia/eu-lirico/. Acesso
em: 23 jul. 2021.

175

D2-158-189-POR-F1-1100-V4-U05-MP-G23-AVU1.indd 175 14/08/2021 17:33


OBJETIVOS
• Ler e interpretar poema visual. texto por toda parte POEMA VISUAL
• Participar de situações de inter-
câmbio oral.
1. Observe o poema a seguir.
• Estabelecer relação entre texto
verbal e não verbal.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais
e concretos, observando efeitos de
sentido criados pelo formato do texto
na página, distribuição e diagramação
das letras, pelas ilustrações e por ou-
tros efeitos visuais.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
textos versificados, observando rimas,

POESIAS VISUAIS, DO AUTOR MIGUEL FRIAS. SÃO PAULO: SESI-SP, 2015. P. 38 E 39


aliterações e diferentes modos de divi-
são dos versos, estrofes e refrões e seu
efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com
certa autonomia, textos em versos,
explorando rimas, sons e jogos de pa-
lavras, imagens poéticas (sentidos fi-
gurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF04LP26) Observar, em poemas con-
cretos, o formato, a distribuição e a
diagramação das letras do texto na
Miguel de Frias. Pipas. Em: Poesias visuais. São Paulo:
página. Sesi-SP, 2015. p. 38-39.

⊲ PNA 2. O que o poema lembra?


Desenvolvimento de vocabulário
Pipas empinadas.
Compreensão de textos
Produção de escrita
Diferentemente dos poemas que você leu nesta unidade, esse poema
é para ser lido e visto. É um poema visual.
ROTEIRO DE AULA

⊲ TEXTO POR TODA PARTE 176

POEMA VISUAL
1. e 2. Espera-se que os alunos rela- D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 176 07/08/2021 16:09 D2_158-1

cionem a imagem do poema com um


campo em que muitas pessoas estão
empinando pipas. Chame-lhes a aten-
ção para o fato de que cada uma das
letras pode representar uma pipa e
que as linhas poderiam ser as rabiolas.
Ressalte a posição de cada letra e das
linhas abaixo das letras, que parecem
estar amarradas às letras.

176

D2-158-189-POR-F1-1100-V4-U05-MP-G23-AVU1.indd 176 14/08/2021 17:34


3. Ressalte para os alunos o fato de
3. O que foi usado para representar as pipas? que a fonte das letras escolhida é bas-
As letras que compõem a palavra pipas. tante reta, dando a impressão de que
a letra, assim como a pipa, tem lados
retos.
4. Chame a atenção para o efeito usa-
4. As pipas parecem estar em movimento? O que levou você a essa
do nas letras. Além de coloridas elas
conclusão?
estão inclinadas, dando a impressão
Os alunos deverão concluir que sim, pois a posição das letras passa a ideia de de que estão voando no ar.
5. Instigue os alunos a comentar do
movimento das pipas no ar.
que se lembram quando pensam em
5. O poema Os nomes das coisas associa palavras a objetos, pipas. Será interessante apresentar
sentimentos, sensações. imagens de pessoas empinando pipas
• Escreva palavras que, em sua opinião, lembram a palavra pipa. para que os alunos possam se inspirar
no momento em que forem escrever.
Sugestões de resposta: alegria/cores/vento/crianças/infância/brincadeira/liberdade. 6. É importante que os alunos valori-
zem a questão da representação grá-
fica do poema na página branca. Por
6. Em sua opinião, faria diferença se todas as letras usadas para isso, leve-os a concluir que as cores,
representar as pipas fossem escritas em preto? Por quê? formas das letras, tamanho das pala-
vras, ilustrações e outros recursos são
É importante que os alunos concluam que o uso das cores contribui para lembrar fundamentais para a construção de
sentidos dentro do texto.
o objeto a que se refere (pipa), pois geralmente as pipas são coloridas.
7. Oriente os alunos a primeiro escre-
Além disso, o uso das cores remete à ideia de alegria. ver as palavras em uma folha avulsa;
inclusive, a tentar organizá-las no for-
7. Use palavras e cores para formar a rabiola da pipa. mato em que aparece no livro para
Produção pessoal.
que, depois, as transcrevam para a
página do livro.
FABIANA FAIALLO

177

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SUGESTÕES ⊲ PARA O PROFESSOR


LEITURAS • O texto indicado fala sobre
como a poesia visual é uma forma de ex-
pressão artística que se caracteriza qua-
se sempre pela combinação de palavra e
imagem:
• BACELAR, Jorge. Poesia visual. Uni-
versidade da Beira Interior. Disponível
em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/bacelar
-jorge-poesia-visual.pdf. Acesso em: 23
jul. 2021.

177

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OBJETIVOS
ACENTUAÇÃO DE
• Ler e interpretar poema visual. nossa lingua PAROXÍTONAS
• Localizar e classificar a sílaba tôni-
ca das palavras.
1. Observe o poema visual ao lado.
• Retomar conteúdos já abordados.
• Consolidar aprendizagens ante- • Que palavra foi usada para
riores. sugerir a imagem dos pingos
que caem?
• Compreender a regra de que pa-
lavras paroxítonas terminadas em l, Chuva.
n, r, x, i/is, ã/ão são acentuadas.
As habilidades e os componentes
a seguir serão trabalhados na seção
Nossa Língua.

⊲ BNCC
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu-
do ou circunflexo) em paroxítonas ter- Fernando Nuno. O livro que
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). não queria saber de rimas. São
Paulo: Companhia das Letrinhas,
(EF04LP26) Observar, em poemas con- 2016. Não paginado.
cretos, o formato, a distribuição e a
diagramação das letras do texto na
página.

ILUSTRAÇÃO DE CRIS EICH/EDITORA COMPANHIA DAS LETRINHAS


⊲ PNA
Compreensão de textos A sílaba tônica é a sílaba pronun-
Desenvolvimento de vocabulário ciada com mais força na palavra. De
acordo com a posição da sílaba tônica,
as palavras são classificadas em oxíto-
ROTEIRO DE AULA nas, paroxítonas e proparoxítonas.

⊲ NOSSA LÍNGUA 2. Marque.


ACENTUAÇÃO DE PAROXÍTONAS a) A posição da sílaba tônica da palavra chuva é a:
1. Comente com os alunos que, nos última. X penúltima. antepenúltima.
poemas visuais, a construção do sen-
tido se dá a partir da utilização da b) Então, essa palavra é:
linguagem verbal e não verbal, que,
relacionadas, formam o sentido do oxítona. X paroxítona. proparoxítona.
poema. Assim, as imagens e as pala-
vras se completam. Abra espaço para
verbalizem qual a relação entre a pala- 178
vra chuva repetida e a mensagem que
o poema transmite.
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2. Retome com os alunos os conceitos


de sílaba tônica e de palavras oxíto-
nas, paroxítonas e proparoxítonas, re-
lacionando as sílabas tônicas à regra
de acentuação que já estudaram.

178

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3. Estimule os alunos a pronunciar as
3. Circule a sílaba tônica das palavras a seguir. palavras do quadro, enfatizando a sí-
laba tônica. Em seguida, leia em voz
alta as palavras e enfatize as sílabas
tônicas das palavras.
Consulte com os alunos o Dicio-
nário ilustrado no final da unidade
para explorar outros significados e
visível caráter abdômen útil tênis
exemplos de uso do termo pulôver e
ampliar o repertório deles com novo
mochila têxtil formidável caderno livro vocabulário.
O objetivo das questões é levar os
caneta ímpar casa sensível bênção alunos a perceber que palavras paro-
xítonas terminadas em o e a não são
acentuadas. Explique que algumas
clímax líder órgão tórax táxi
palavras paroxítonas não são acentu-
adas e que, para distingui-las, é im-
perfume difícil canjica móvel pulôver portante que conheçam as regras que
determinam a acentuação de palavras
oxítonas.

ILUSTRAÇÕES: GLAIR ARRUDA


É provável que, neste momento,
os alunos não memorizem a regra de
acentuação de paroxítonas. No entan-
to, espera-se que, ao acentuá-las e
justificarem o motivo do acento, apro-
a) Qual é a posição da sílaba tônica nessas palavras? priem-se naturalmente dessas regras
A sílaba tônica está na penúltima sílaba.
internalizando-as espontaneamente,
ou seja, será um conteúdo que deve
b) Como são classificadas essas palavras quanto à tonicidade? ser trabalhado por meio de aproxima-
Paroxítonas.
ções sucessivas.

c) Todas as palavras paroxítonas são acentuadas?


Sim. X Não.

d) Copie duas palavras: Sugestões de resposta:

• com acento agudo. clímax caráter

• com acento circunflexo. pulôver tênis

• não acentuadas. mochila perfume

179

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


TEXTO COMPLEMENTAR
REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO

• Monossílabas tônicas terminadas em a(s): lá; e(s): pés; o(s): pós.


• Oxítonas terminadas em a(s): Paraná; e(s): igarapés; o(s): robô; em(ns): vintém, vinténs.
• Paroxítonas terminadas em l: frágil; i(s): oásis; n: hífen; u(s): bônus; r: pôster; x: fênix;
ps: fórceps; ão(s): órfão; ã(s): órfã; um/uns: fórum; ditongo:(+s): fósseis.
• Proparoxítonas: todas (náufrago, tônico, cibernético, âncora, acadêmico).
FERREIRA, Mauro. 360º: aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 2015. p. 159.

179

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ROTEIRO DE AULA 4. Releia estas palavras paroxítonas acentuadas.

⊲ NOSSA LÍNGUA
túnel • júri • clímax • açúcar
ACENTUAÇÃO DE PAROXÍTONAS pólen • hífen • órfã • tórax
4. Peça aos alunos que leiam as pala- míssil • caráter • sótão • lápis
vras em voz alta. Em seguida, pergun-
te: “O que essas palavras têm em co-
mum em relação à grafia?”. Espera-se • Copie essas palavras no quadro, organizando-as em seis grupos.
que os alunos concluam que todas as
palavras são acentuadas. Questione: Palavras paroxítonas terminadas em:
“Essas palavras são oxítonas, paroxí-
tonas ou proparoxítonas?”. É impor- l túnel míssil
tante que justifiquem suas respostas.
Depois, peça que dividam essas pala- r açúcar caráter
vras de acordo com a letras finais de
cada uma. O objetivo das atividades é
n pólen hífen
levá-los a perceber que palavras paro-
xítonas terminadas em l, r, n, x, i/is, ã/
x tórax clímax
ão são sempre acentuadas.
i/is júri lápis
⊲ O QUE E COMO AVALIAR
5. e 6. O objetivo das questões é ava- ã/ão órfã sótão
liar a compreensão dos alunos acerca
5. A regra pode ser formulada da seguinte maneira: As palavras paroxítonas terminadas
da regra de acentuação de paroxíto-
em l, n, r, x, i/is, ã/ão são acentuadas.
nas. Caso observe eventuais defa- 5. Converse com os colegas e o professor e formulem uma regra que
sagens em relação a esse conteúdo, explique quando uma palavra paroxítona deve ser acentuada.
sugere-se que proponha a atividade
complementar a seguir. 6. Complete as frases com adjetivos. Observe o exemplo.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR a) O que não é possível é impossível.
A fim de avaliar a compreensão
dos alunos acerca da acentuação de b) O que se pode acessar é acessível.

palavras paroxítonas, proponha aos


c) O que oferece conforto é confortável.
alunos que realizem uma pesquisa de
palavras paroxítonas terminadas em l,
d) O que não se pode suportar é insuportável.
r, n, x, i/is, ã/ão e ditongo em jornais
e revistas. Na data combinada, sociali- • Explique por que as palavras que completam essas frases foram
ze as palavras pesquisadas, montando acentuadas. Espera-se que os alunos respondam que todas as palavras usadas
um cartaz, dividindo essas palavras para completar essas frases foram acentuadas porque são paroxítonas
em grupos de acordo com suas termi- terminadas em l.
nações. Por fim, peça que verbalizem 180
o que essas palavras têm em comum
em relação à acentuação.
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O estudo de palavras paroxítonas
acentuadas, bem como a acentuação tagens que os interessem e levem para a vras que deveriam ser grifadas. É impor-
de palavras oxítonas, será aprofunda- sala na data combinada. tante estimular as trocas entre os alunos,
do no próximo ano letivo. Peça que leiam as reportagens em voz de modo que percebam o quanto podem
alta, justificando os motivos da escolha, aprender uns com os outros.
onde e quando foi publicada. Por fim, peça que registrem as palavras
⊲ O QUE E COMO AVALIAR
Em seguida, peça que encontrem nessa acentuadas no caderno, justificando os
Para verificar se os alunos fixaram motivos de serem acentuadas.
reportagem palavras paroxítonas, desta-
tanto o conceito de palavras paroxíto-
cando em azul as acentuadas e em verde
nas quanto as regras de acentuação
as não acentuadas.
dessas palavras, sugere-se a seguinte
atividade: Peça que troquem a reportagem com
as palavras marcadas com um colega para
Peça aos alunos que selecionem
que verifiquem se elas estão agrupadas de
em jornais impressos ou on-line repor-
acordo com as regras e se há outras pala-
180

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OBJETIVOS
ortografia PALAVRAS COM LH OU LI • Perceber a semelhança de som na
pronúncia de palavras grafadas com
lh e li.
1. Observe o poema visual e comente
o que ele lembra. • Assinalar as diferenças na escrita
Espera-se que os alunos identifiquem que o de palavras com lh e li.
poema visual lembra abelhas voando. • Consolidar a compreensão de

POESIAS VISUAIS. SÃO PAULO: SESI-SP, 2015. P. 20 E 21, MIGUEL FRIAS.


relações entre grafemas e fonemas
mais complexas.

ROTEIRO DE AULA

Miguel de Frias. Poesias visuais.


⊲ ORTOGRAFIA
São Paulo: Sesi-SP, 2015. p. 20-21.
PALAVRAS COM LH OU LI
• O que foi usado para representar o corpo dos insetos? 1. e 2. Explore o poema visual com
Espera-se que os alunos identifiquem que foi usado um código de barras.
2. Observe a imagem a seguir e escreva por que o corpo dos insetos foi perguntas do tipo: “O que a imagem
representado dessa forma no poema visual. lembra? Que recursos foram usados
para compor esse poema visual? Onde
mais é possível encontrar códigos de
Espera-se que os alunos concluam que foi usado um código de barras? Por que vocês acham que fo-
DANIEL PRUDEK/SHUTTERSTOCK.COM

ram usados códigos de barras para


barras para representar o corpo das abelhas porque algumas
compor o corpo das abelhas?”. Ape-
espécies desses insetos têm listras amarelas e marrons no abdome. sar de a resposta ser pessoal, espera-se
que os alunos concluam que o código
de barras se parece com o corpo da
abelha por ser representado com listras
e, nesse caso, ter fundo amarelo.
saiba que
Código de barras é o conjunto de linhas pretas e TOTEMART/SHUTTERSTOCK.COM
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
brancas que existem em todas as embalagens. Funcio-
na assim: as linhas do código representam algarismos Informe os pais ou responsáveis da
que vêm impressos logo abaixo delas. [...] É como se atividade que desenvolverão: analisar
fosse um RG: não existem dois produtos diferentes com o mesmo código. textos que possuem códigos de bar-
Cada cor, sabor ou variação de um produto precisa de um código diferente. ras. O objetivo é levar as crianças a ler
Como funciona o código de barras? Recreio. Disponível em: https://recreio.uol.com.br/
e compreender esses gêneros textuais
tecnologia/como-funciona-codigo-de-barras.phtml. Acesso em: 16 jun. 2021. da vida cotidiana, a partir da reflexão
sobre a situação comunicativa em que
• Pesquise e traga, na data combinada, embalagens, boletos, faturas e são utilizados e suas finalidades.
carnês. O professor vai explicar a atividade. Peça que auxiliem as crianças na
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula. pesquisa e conversem com elas sobre
181 a função de cada texto.

Na data combinada, abra espaço


2021 16:09 D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU1.indd 181 08/08/2021 01:32 para que os alunos apresentem o re-
As habilidades e os componentes a gênero (campos, itens elencados, medidas sultado da pesquisa comentem a fun-
seguir serão trabalhados na seção Orto- de consumo, código de barras) e conside- ção de cada texto selecionado e qual
grafia. rando a situação comunicativa e a finali- a função do código de barras naquele
dade do texto. contexto.
⊲ BNCC (EF04LP26) Observar, em poemas concre-
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para es- tos, o formato, a distribuição e a diagra-
clarecer dúvida sobre a escrita de palavras, mação das letras do texto na página.
especialmente no caso de palavras com
relações irregulares fonema-grafema. ⊲ PNA
Consciência fonológica e fonêmica
(EF04LP09) Ler e compreender, com auto-
nomia, boletos, faturas e carnês, dentre Desenvolvimento de vocabulário
outros gêneros do campo da vida coti- Compreensão de textos
diana, de acordo com as convenções do Produção de escrita
181

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ROTEIRO DE AULA 3. Leia as palavras em voz alta.

⊲ ORTOGRAFIA
abelha família
PALAVRAS COM LH OU LI Sim.
a) A última sílaba dessas palavras tem sons semelhantes?
3. É importante chamar a atenção dos
alunos para a semelhança de som na b) E são escritas com as mesmas letras? Não.
pronúncia do final das palavras famí-
lia e abelha. Ressalte que é comum 4. Agora, leia os nomes a seguir e responda.
as pessoas terem dúvidas ao escrever
palavras com essa grafia em razão da Cecília Júlio Amélia Marília Túlio
proximidade na pronúncia do dígrafo
lh e da sílaba li.
Anália Célia Rubélio Hélio Atílio
4. Chame a atenção da turma para o
fato de que, quando tiver dúvidas na
• Se você tivesse dúvida em usar li ou lh ao escrever um nome de
escrita de palavras, pode-se utilizar o
pessoa, que opção faria? Por quê?
dicionário para resolvê-las. No entan-
to, para nomes de pessoas, não é pos- Respostas pessoais. Espera-se que os alunos concluam que, se houver dúvida na grafia de
sível empregar esse recurso. nomes de pessoas em relação às letras li ou lh, devem optar por li, pois dificilmente
haverá nomes grafados com lh seguido de a ou o.
5. Incentive os alunos a utilizar o di-
cionário. A consulta ao dicionário é 5. Escreva os nomes das figuras. Se precisar, consulte o dicionário.
uma oportunidade para os alunos
que já conhecem a ordem das letras

ILUSTRAÇÕES: NID POSSIBILIDADES ILUSTRADAS, EDSON FARIAS, NATYKACH NATALIIA/SHUTTERSTOCK.COM, AVALONE, LUIS MOURA, INSPIRING/SHUTTERSTOCK.COM
no alfabeto compreenderem como o
material é útil para informar a grafia
correta das palavras e também para
aprenderem a consultá-lo mesmo sem
saber como se escreve determinado
termo. Quando as crianças buscarem
por “sandalha” e não encontrarem,
provavelmente dirão que a palavra agulha sandálias medalha
não existe no dicionário. Esse é o mo-
mento para o professor perguntar de
que forma os colegas procuraram o
termo e se aquela é a única sugestão
de como ele pode ser escrito. O ideal
é fazer o mapeamento ortográfico,
levantando as palavras grafadas de
forma errada e pedir à classe que as
busque no dicionário. Outra possi- pilha cílios rolha
bilidade é a consulta aos dicionários
eletrônicos ou on-line. Eles oferecem 182
sugestões de correção. Essa facilidade
não invalida o trabalho em sala. Sua
missão nesse caso é fazer que os es- D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 182 07/08/2021 16:09 D2_158-1

tudantes percebam o erro e ganhem ATIVIDADE COMPLEMENTAR


agilidade. Além disso, muitos ofere-
Elabore um cartaz com palavras irregu-
cem a origem etimológica dos termos
lares utilizadas pelos alunos em contextos
buscados, o que, na maioria das ve-
de sala de aula, como palavras que apare-
zes, ajuda a compreensão da grafia
cem em um texto lido pela turma. Suges-
convencional.
tão de palavras: milionário, filial, auxílio,
cambalhota, ilha, ovelha, bilhete, ampu-
lheta, atrapalhar, bisbilhotar, brilhante,
utensílio.
É interessante que os alunos organizem
as palavras em dois grupos: palavras com
lh e palavras com li.

182

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6. Abra espaço para que os alunos ob-
6. Observe as bandeiras de alguns países e comente com os colegas qual servem as bandeiras e comentem qual
você achou mais interessante. Justifique sua resposta.
bandeira acharam mais interessante.
O objetivo de propor que os alunos
comentem suas impressões sobre as

ALVINDOM/SHUTTERSTOCK.COM
JULINZY/SHUTTERSTOCK.COM

Austrália Argélia bandeiras fazer com que pronunciem


o nome dos países de maneira natural.
Em seguida instigue-os a ler em voz
alta os nomes dos países. Eles devem
perceber que existe uma semelhan-

GRAPHIC-ICONS/SHUTTERSTOCK.COM
MEDIA HOME/SHUTTERSTOCK.CPM

Itália Somália
ça entre os sons de palavras escritas
com lh, como toalha, ou com li, como
Itália. Essas palavras, no entanto, são
grafadas de formas diferentes.
a) A última sílaba dos nomes desses países tem sons semelhantes? Sim. Explique que a combinação lh for-
b) Os nomes desses países são escritos com lh ou li? São escritos com li. ma um dígrafo, isso quer dizer que
as consoantes l e h, quando combi-
c) Se você tivesse dúvida em usar li ou lh ao escrever um nome de
nadas, representam um único som. A
país, que opção faria? Por quê?
Respostas pessoais. Espera-se que os alunos concluam que, se houver dúvida na grafia de combinação ch representa o som de
nomes de países em relação às letras li ou lh, devem optar por li, pois praticamente não há x; a combinação de ss representa o
países cujos nomes sejam grafados com lh, exceto os que têm a palavra ilha no nome (Ilhas som de s; a combinação de am repre-
Marshall e Ilhas Salomão). senta o som de ã, por exemplo. No
caso do dígrafo lh, a unidade sonora
7. Escreva o diminutivo das palavras. nem sempre é vista com facilidade por
conta da semelhança com a sílaba li.
Palavras com l Palavras com lh
7. O objetivo de escrever o diminutivo
grau normal diminutivo grau normal diminutivo das palavras é levar os alunos a per-
mala malinha malha malhinha
ceber que elas conservam a mesma
grafia (lh ou li) que quando escritas
bola bolinha bolha bolhinha em seu grau normal.
8. Comente com os alunos que co-
galo galinho galho galhinho
nhecer a grafia das palavras de uso
mais frequente contribui para a escrita
8. Agora, com os colegas e o professor, elabore uma conclusão sobre a de variações dessas mesmas palavras.
escrita de palavras com l e com lh no diminutivo.
Os alunos deverão concluir que palavras com lh conservam o lh no diminutivo e que

palavras com l, seguido de vogal, conservam o l no diminutivo.

183

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OBJETIVOS
• Produzir um poema de acordo produçao de escrita POEMA VISUAL
com a função social proposta.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
• Compreender os elementos que Você vai criar um poema visual, em que imagem e texto se complemen-
compõem um poema. tam para criar significados. Os poemas poderão ser publicados em um blog
• Expressar-se por escrito com efi- e/ou expostos em um mural fora da sala de aula. O importante é que muitas
ciência e de forma adequada a di- pessoas possam conhecer os poemas criados.
ferentes situações comunicativas,
1 Escolha uma imagem para servir de inspiração para sua produção.
interessando-se pela correção orto-
gráfica e gramatical. As imagens a seguir são apenas sugestões.
• Refletir sobre a sua produção es-
crita, ampliando o vocabulário.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do

FOTOS: VENIAMIN KRASKOV/SHUTTERSTOCK.COM, PELFOPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM, STUDIOVIN/SHUTTERSTOCK.COM, QUANG HO/SHUTTERSTOCK.COM


professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa,
os interlocutores (quem escreve/para
quem escreve); a finalidade ou o pro-
pósito (escrever para quê); a circulação
(onde o texto vai circular); o suporte
(qual é o portador do texto); a lingua-
gem, organização e forma do texto e
seu tema, pesquisando em meios im-
pressos ou digitais, sempre que for pre-
ciso, informações necessárias à produ-
ção do texto, organizando em tópicos
os dados e as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto pro-
duzido com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, para corri-
gi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções 2 Registre no caderno palavras que lembrem características, sensações e
de ortografia e pontuação. ações relacionadas à imagem que você escolheu.
(EF15LP07) Editar a versão final do 3 Pense em desenhos que você pode criar a partir do objeto e das
texto, em colaboração com os colegas palavras que listou.
e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte
184
adequado, manual ou digital.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais
e concretos, observando efeitos de D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 184 07/08/2021 16:09 D2_158-1

sentido criados pelo formato do texto


ROTEIRO DE AULA com poemas visuais ou, ainda, poemas vi-
na página, distribuição e diagramação suais publicados em sites na internet.
das letras, pelas ilustrações e por ou-
tros efeitos visuais. ⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA 2. e 3. Oriente os alunos para que, duran-
te a produção do rascunho, registrem, no
(EF04LP26) Observar, em poemas con- POEMA VISUAL caderno, palavras ou frases relacionadas
cretos, o formato, a distribuição e a
1. Ressalte com a turma a importância do à imagem ou ao objeto escolhido. Por
diagramação das letras do texto na
planejamento para a produção de textos. exemplo, para um cata-vento: gira (para
página.
Deixe claro que devem escolher uma das ressaltar o movimento que ele faz de acor-
imagens apresentadas no livro ou outra do com o vento); vento; cores; onomato-
⊲ PNA
que acharem interessante como inspira- peias etc.
Desenvolvimento de vocabulário ção para a produção. Estimule-os a pensar em desenhos que
Compreensão de textos Durante o planejamento, será interes- podem se relacionar o texto escrito e com
Produção de escrita sante apresentar para a turma outros livros a imagem escolhida.
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4. Durante a produção, sempre que
4 Faça um rascunho da sua produção. Ocupe o papel da forma que achar necessário, auxilie os alunos nas
mais adequada para passar a mensagem do seu poema, relacionando questões que estejam impedindo a
imagem e palavras. continuidade da produção. Traga
5 Troque sua produção com um colega para verificar:
sugestões ou soluções alternativas.
Lembre-os de que, nos poemas, são
• se o poema relaciona imagem e palavras;
explorados os sentidos das palavras,
• o que compreendeu do poema. de modo a despertar no leitor diferen-
6 Com o professor e os colegas, decida se vão expor os poemas em um tes emoções e sensações.
mural fora da sala de aula, se criarão o blog ou se optarão pelos dois. Incentive os alunos a reler as pro-
duções para observar se conseguiram
REFLETIR E AVALIAR passar as emoções e as sensações pre-
tendidas. Estimule-os a consultar o di-
Com tudo pronto, preencha a avaliação da página 297. cionário em caso de dúvida em relação
à grafia ou ao significado de alguma
palavra. Comente que a autoavaliação
é uma etapa imprescindível das pro-
duções de texto. Essa etapa contribui
para o processo de revisão, uma vez
que o autor pode avaliar se conseguiu
cumprir o que planejava no início da
produção.
5. Oriente-os a comentar por escrito o
poema do colega em uma folha à par-
te. Depois de receberem as produções
com os comentários, oriente-os a ler
e analisar quais mudanças julgam ser
necessárias.
Chame a atenção dos alunos para
o fato de que, como autores, eles têm
autonomia para acatar ou não as su-
gestões dos colegas.
6. Como as produções terão destina-
tários reais, é fundamental que você,
professor, tenha a oportunidade de
revisá-las com os alunos. Observe as
HAUZ ARQUITETURA

relações que os alunos estabelecerem


entre objeto, imagem, palavras, ocu-
Hauz Arquitetura. Em: Profissão Alfabetização, 22 dez. 2020. Disponível em: pação do espaço no papel, entre ou-
https://profissaoalfabetizacao.blogspot.com/. Acesso em: 28 jun. 2021. tras. Se necessário, dê sugestões que
enriqueçam as produções.
185
REFLETIR E AVALIAR
Ao final da atividade, explique aos
2021 16:09 D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 185 07/08/2021 16:09 alunos que eles vão preencher a ficha
de avaliação da página 297.
As questões de avaliação podem
ser discutidas oralmente para que
mais reflexões e questionamentos so-
bre a produção sejam levantados.

185

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Verificar a compreensão dos alu­ recordar?
nos acerca de aspectos do gênero
textual poema: rima, versos e es- 1 Leia o poema.
trofes.
• Verificar se diferenciam na escrita Libélula
palavras com li e lh.
Asas longas, transparentes,
• Verificar se assimilaram a regra de
revelam certa leveza.
acentuação de palavras paroxítonas. O corpo fino e comprido
• Verificar se compreendem a re- sugere a delicadeza
gularidade contextual de palavras que o mosquito distraído,
terminadas em -eza. prestes a ser engolido,

AGRITECH/SHUTTERSTOCK.COM
• Verificar o nível de fluência em não concorda, com certeza!
leitura oral.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC Maria Augusta de Medeiros. Tamanduá Dodói e outros animais ameaçados


de extinção no Brasil. São Paulo: Cuore, 2016. p. 15.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita
a) De acordo com o poema, os mosquitos consideram as libélulas
de palavras, especialmente no caso de
delicadas? Por quê?
palavras com relações irregulares fo-
nema-grafema. Não, porque as libélulas comem os mosquitos.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de divi- b) Copie do poema os substantivos a que se referem os adjetivos
são dos versos, estrofes e refrões e seu a seguir.
efeito de sentido.
• leve: leveza
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu-
do ou circunflexo) em paroxítonas ter- • delicado: delicadeza
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).
• certo: certeza
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor-
retamente, palavras derivadas com os c) Circule as letras finais iguais de todos os substantivos que
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar você escreveu.
(regulares morfológicas). d) Agora, complete a frase.
Substantivos terminados em -eza, derivados de adjetivos, são
⊲ PNA
Consciência fonológica e fonêmica escritos com z .
Fluência em leitura oral
186
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
Produção de escrita D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 186 07/08/2021 16:09 D2_158-1

a trajetória da turma, de modo a revelar a turma a formas substantivos terminados


progressão de cada um. em -eza, como firme – firmeza/limpo –
ROTEIRO DE AULA
1. a) Solicite que os alunos façam a lei- limpeza/ rico – riqueza/ belo – beleza.
tura do poema. Em seguida, observe se 1. d) O objetivo da atividade é verificar se
⊲ VAMOS RECORDAR? os alunos sistematizaram a regra de uso
realizam a inferência na compreensão de
AVALIAR E AVANÇAR informações do texto. do sufixo -eza em alguns substantivos de-
1. b) O objetivo da atividade é verificar se rivados de adjetivos.
O propósito desta seção de avalia-
ção formativa e monitoramento da os alunos identificam os substantivos deri- SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
aprendizagem é revisar os principais vados dos adjetivos listados. LEITURA • GREGORIN FILHO, José Nicolau
objetivos de aprendizagem trabalha- 1. c) Verificar se os alunos identificam a (org.). Literatura infantil em gêneros. São
dos ao longo da unidade. A partir des- terminação -eza nos substantivos que re- Paulo: Mundo Mirim, 2012. p. 118.
sas atividades, será possível observar o gistraram. Caso observe eventuais defasa-
desenvolvimento dos alunos e registrar gens, forneça outros adjetivos e desafie a
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2. Solicite a leitura oral das palavras,
2 Copie as palavras abaixo nos grupos correspondentes. a fim de avaliar a fluência em leitura
oral dos alunos. Desafie-os a circular
a sílaba tônica das palavras. Pergunte:
biquínis • bônus • órgãos • órfã • álbuns
“Todas essas palavras são paroxíto-
fórum • júri • ímãs • Vênus • sótão nas? Por quê?”. Observe se os alunos
concluem que todas as palavras são
paroxítonas porque a sílaba tônica é
Palavras paroxítonas terminadas em:
a penúltima.
Certifique-se de que compreende-
i(is) biquínis júri ram que devem registrar as palavras
no quadro de acordo com suas termi-
us bônus Vênus nações. Por fim, analise se compre-
enderam a regra de acentuação que
um (uns) álbuns fórum
justifica o fato de essas palavras serem
acentuadas.
ão(s) órgãos sótão 3. A atividade visa avaliar se os alu-
nos compreendem que além das pa-
ã(s) órfã ímãs lavras com terminações em i (is), us,
um (uns), ão (ãos), ã (âs), conforme as
que registraram na atividade anterior,
3 Complete as frases com adjetivos. Observe o exemplo. também são acentuadas as paroxíto-
O que se pode dobrar é dobrável. nas terminadas em l.
4. Verifique se os alunos percebem
a) O que se consegue vender é vendável. .
a semelhança sonora das sílabas que
b) O que dura muito é durável. . possuem li e lh e a diferença na gra-
fia dessas palavras. Observe, também,
• As palavras que você escreveu são acentuadas? Por quê? se reconhecem que palavras primiti-
Sim, pois as palavras paroxítonas terminadas em l são acentuadas. vas que possuem li e lh mantêm essa
grafia no diminutivo. Nesse caso, os
alunos deverão observar a grafia do
diminutivo para registrar as palavras
4 Escreva as palavras abaixo no grau normal. no grau normal.
palhinha sandalinha Caso observe defasagens quanto a
esse conteúdo, ofereça outros exem-
palha. sandália. plos, como migalhinha (migalha),
• Circule as letras que você observou para escrever as palavras no castelinho (castelo), telhinha (telha),
grau normal. telinha (tela), velinha (vela), velhinha
(velha).

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B

ANGKRIT/SHUTTERSTOCK.COM
cial de dicionários. balanço (ba.lan.ço) s.m.
C
• Exercitar a pronúncia adequada 1. Ato de se mover de um lado para o outro:
de palavras novas. D O balanço deixou Bárbara enjoada.
2. Verificação do registro das contas de pessoa
• Compreender que uma mesma E ou empresa: O gerente faz o balanço
palavra pode ter diferentes signifi- mensal da loja.
cados a depender do contexto. F
3. Brinquedo com assento preso por duas
• Identificar a acepção de determi- G cordas, para balançar: Paulo empurrou
nada palavra ao contexto de uso. Carine no balanço.
H
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. I
encoberto (en.co.ber.to) a.
J
⊲ BNCC Que se encobriu, oculto, escondido: O Sol quase ficou encoberto pelas nuvens.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- K


1100-POR-V4-U05-LA-F027
trações e outros recursos gráficos. L
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
M
para esclarecer dúvida sobre a escrita
de palavras especialmente no caso de N
palavras com relações irregulares fo-
O
nema-grafema.
P
⊲ PNA

BRAIN_FIX/SHUTTERSTOCK.COM
Q
Desenvolvimento de vocabulário
R
Compreensão de textos
Produção de escrita S
T
ROTEIRO DE AULA U
espirrar (es.pir.rar) v.
1. Jogar algo líquido em pessoa ou coisa;
V borrifar, esguichar: Pedro espirrou água
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO nas plantas.
É importante relacionar cada pala- W 2. Soltar um espirro: Paulo estava resfriado
vra abordada nesta seção ao contexto e não parava de espirrar.
X

KSENIA ZVEZDINA/SHUTTERSTOCK.COM
em que ela aparece na unidade, bem ⊲ Complete a ilustração até
como a outras situações do cotidiano Y
que haja 30 gotas espirrando
dos alunos.
Z da mangueira.
Leia a palavra balanço seguida de Produção pessoal de 23 gotas.
seu significado. Depois, solicite a lei-
tura em voz alta dos alunos, levando- 188
-os a exercitar a pronúncia adequada
dessa palavra. Explore a ilustração e
os recursos utilizados para evidenciar D2_158-189-F1-PORT-1100-V4-U5-LA-G23-AVU.indd 188 07/08/2021 16:09 D2_158-1

o movimento do barco. sabem de alguma receita que leve nata. tre dois furos da agulha, com o fio que
No trabalho com a palavra enco- Em seguida, pergunte se já ouviram essa passa por eles; unidade de valor em jo-
berto, estimule os alunos a relacio- palavra no segundo significado. Na ativi- gos; cada uma das partes de um assunto;
ná-la com a ilustração e a formarem estado a que alguma coisa chega; expres-
dade proposta, abra espaço para que ver-
novas frases com essa palavra. sões, como: ponto cardeal, ponto final,
balizem nomes de atletas que são a nata
Ao explorar a palavra espirrar, do esporte. Ressalte que podem ser atletas ponto de exclamação, ponto de inter-
solicite aos alunos que formulem fra- rogação, ponto e vírgula, ponto morto,
que não estão mais em atividade, como
ses orais empregando a palavra com ponto de vista.
os dois significados apresentados. Se Pelé, Ayrton Sena, Guga etc. Para a escri-
ta, escrevam o nome do atleta e ao lado o Ao abordar a palavra pulôver, instigue
achar conveniente, proponha que
nome do esporte que pratica ou praticava. os alunos a comentar se já viram e/ou usa-
consultem o dicionário para verificar o
ram um pulôver.
significado da palavra espirro. Na exploração da palavra ponto, será
Abra espaço para que comentem interessante fornecer outros significados
se já viram alguém retirar a nata e se que essa palavra possui, como espaço en-
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nata (na.ta) s.f. CONCLUSÃO
1. Camada de gordura que se forma na superfície do leite; creme: Vovó está separando
A DA UNIDADE
a nata do leite para fazer biscoitos. B
2. Grupo dos melhores ou mais poderosos de um conjunto: Na vitrine estava exposta No processo de avaliação for-
apenas a nata das mercadorias. C
mativa e monitoramento da apren-
⊲ Escreva o nome de três atletas que, na sua opinião, representam a nata D dizagem, é fundamental retomar os
do esporte. Resposta pessoal. principais objetivos pedagógicos tra-
E balhados ao longo da unidade. As
F atividades propostas na seção Vamos
recordar? Avaliar e avançar são
G sugestões para uma avaliação formal
H desses objetivos.
No entanto, essas sugestões não
I
são a única ferramenta a ser utilizada
J para monitorar a aprendizagem dos
alunos. É fundamental que você use
K também seus registros de avaliação

MARCOS MACHADO
L informal para coletar dados como: ní-
vel de interesse dos alunos, ritmo de
M introdução dos conteúdos, adequa-
ponto (pon.to) s.m. N ção dos exemplos usados para expli-
1. Marca arredondada feita com algum objeto pontudo: Júlia apontou o lápis e encheu car conceitos, grau de compreensão
a folha de pontos. O de um aluno individual e da turma
2. Lugar assinalado para algo – ponto de P como um todo, entre outros. Você
partida, ponto de chegada, ponto de pode ainda se valer da autoavaliação
ônibus, ponto de encontro: Carlos se Q oral, pedindo aos alunos que comen-
atrasou porque ficou duas horas no tem o que aprenderam, em que pon-
ponto de ônibus. R
STO
CK.C
OM
tos sentiram mais dificuldade, por que
3. Registro de entrada e de saída de HUT
TER

SIK
O R K A/S S sentiram mais dificuldade em determi-
trabalhadores feito em empresas: GOL
DEN

Camila bateu o ponto assim que chegou nado conteúdo e mais facilidade em
T
ao trabalho. outro etc.
U Assim, será possível reunir dados
V para a sua tomada de decisão quanto
às adequações necessárias para o pro-
W gresso dos alunos ou para a remedia-
pulôver (pu.lô.ver) s.m.
TRUBOCHNOVA_NATASHA/SHUTTERSTOCK.COM

X ção de eventuais defasagens.


Agasalho de malha ou de lã que se usa sobre outra roupa
e se veste pela cabeça: João sempre usa pulôver quando Y
o tempo esfria.
Z

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UNIDADE
INTRODUÇÃO

6
À UNIDADE
Nesta unidade, serão trabalhados experiencias
os aspectos dos gêneros textuais ins-
trucionais e do gênero textual conto,
além do reconhecimento e da diferen- na cozinha
ciação de verbos terminados em -ram
e -rão, com atividades que permitirão
aos alunos refletir sobre a sílaba tôni-
ca desses verbos e a conjugação deles
em relação ao tempo e à terceira pes-
soa do plural.
Também será objeto de estudo
desta unidade o reconhecimento e a
grafia de palavras derivadas forma-
das com os sufixos -agem, -igem e
-ugem, de modo a contribuir para a
consolidação da compreensão de re-
lações entre grafemas e fonemas mais
complexas.
Outro conteúdo abordado é o re-
conhecimento de pronomes pessoais
do caso oblíquo como elementos de
coesão textual.
A reflexão sobre a diferença entre
oralidade e escrita está presente na
análise da linguagem de vídeos des-
tinados ao público infantil e no reco-
nhecimento de ditongos e na identifi-
cação do fenômeno da possibilidade
de redução deles na oralidade.
Além disso, são propostas ativida-
des que envolvem leitura, produção
de textos, orais e escritos, conheci-
mentos linguísticos e de compreensão
e fluência leitora, por meio das quais
ARTHUR FUJITA

os alunos poderão ampliar e consoli-


dar suas aprendizagens.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Compreender o conceito de pro- 190
nomes oblíquos.
• Compreender o uso de pronomes
oblíquos na reescrita textual, evitan- D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 190 08/08/2021 00:43 D2_190-2

do a repetição de palavras. ⊲ PRÉ-REQUISITOS


• Compreender o uso das termina- • Compreender o conceito de sílaba
ções -ram ou -rão em verbos. tônica.
• Identificar o fenômeno da redu- • Reconhecer substantivos e verbos.
ção de ditongos na oralidade (i, ei
e ou).
• Registrar palavras com ditongos
que tendem a sofrer redução na
oralidade.
• Reconhecer encontros vocálicos.

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OBJETIVOS
• Levantar conhecimentos prévios
sobre experimentos científicos.
• Levantar conhecimentos prévios
sobre textos instrucionais.
• Participar de situações de inter-
câmbio oral.
• Desenvolver coordenação motora
e noções espaciais a partir do traça-
do de um trajeto.

ROTEIRO DE AULA
1. Inicie a atividade abrindo espaço
para que os alunos comentem como
eles imaginam que é um cientista e
como ele trabalha. É importante res-
saltar que o cientista é uma pessoa
curiosa e disposta a estudar e fazer
experimentos para provar as hipóteses
que cria. Para tanto, ele usa o conhe-
cimento existente sobre o assunto de
sua pesquisa para comparar, proble-
1. Você já fez algum experimento científico matizar e validar o resultado de seus
na escola ou em casa? O que aprendeu experimentos.
com ele? Respostas pessoais. Estimule os alunos a comentar onde
imaginam que a criança está na ima-
2. Geralmente, experimentos têm instruções. gem e o que está fazendo. Comente
O que você faria se quisesse fazer um que existem diversos experimentos
experimento e não soubesse as instruções simples de fazer em que é possível
para realizá-lo? Resposta pessoal. aprender brincando e comprovar diver-
3. Trace o caminho que o líquido do sos fenômenos que envolvem ar, água,
experimento percorrerá até o recipiente. luz, plantas etc.
2. Antes de propor esta pergunta,
questione se eles sabem para que ser-
vem instruções e se eles as consideram
importantes, justificando. Abra espa-
ço para que comentem onde é pos-
sível encontrar instruções e onde eles
procurariam textos que dão instruções
sobre como fazer experimentos.
191
3. Solicite aos alunos que tracem o ca-
minho que o líquido deverá percorrer
2021 00:43 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 191 08/08/2021 00:43 até chegar ao recipiente transparente.
Ressalte que devem, primeiro, locali-
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP09) Expressar-se em situações de
zar o caminho com o dedo, para, só
guir serão trabalhados nesta seção. intercâmbio oral com clareza, preocupan-
depois, traçarem com o lápis.
do-se em ser compreendido pelo interlo-
Consulte com os alunos o Dicioná-
⊲ BNCC cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado. rio ilustrado no final da unidade para
(EF15LP01) Identificar a função social de explorar outros significados e exem-
textos que circulam em campos da vida plos de uso do termo recipiente e
social dos quais participa cotidianamente ⊲ PNA
ampliar o repertório deles com novo
(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e Desenvolvimento de vocabulário vocabulário.
nas mídias impressa, de massa e digital, Compreensão de textos
reconhecendo para que foram produzi-
dos, onde circulam, quem os produziu e a
quem se destinam.

191

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1
OBJETIVOS
• Levantar hipóteses sobre o texto
instrucional que será lido. CIÊNCIA DIVERTIDA
• Assistir a vídeo que apresenta ins-
truções de um experimento.
• Interpretar informações dadas preparaçao para a leitura
em vídeo.
• Compreender as características
do gênero textual instrucional, ins- 1. Você sabe o que é uma lâmpada de lava? Já viu uma? Respostas pessoais.
truções de experimento. 2. Os vídeos do canal Manual do Mundo ensinam experiências
• Analisar a linguagem usada em interessantes, divertidas e fáceis de fazer.
um texto instrucional oral.
https://youtu.be/TU4aS5KgVxU
As habilidades e o componente a
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP12) Atribuir significado a as-
pectos não linguísticos (paralinguísti-
cos) observados na fala, como direção
do olhar, riso, gestos, movimentos da
cabeça (de concordância ou discordân-

REPRODUÇÃO/MANUAL DO MUNDO
cia), expressão corporal, tom de voz.
(EF04LP13) Identificar e reproduzir,
em textos injuntivos instrucionais
(instruções de jogos digitais ou im- Cena do vídeo A quase lâmpada de lava, do canal Manual do Mundo.
pressos), a formatação própria desses • Com os colegas e o professor, assistam ao vídeo que ensina como fazer
textos (verbos imperativos, indicação uma experiência muito semelhante a uma lâmpada de lava, disponível
de passos a ser seguidos) e formato em: https://youtu.be/TU4aS5KgVxU (acesso em: 15 jun. 2021).
específico dos textos orais ou escritos
desses gêneros (lista/apresentação de 3. Marque um X no que você achou da experiência. Resposta pessoal.

ILUSTRAÇÕES: CASTLESKI/
SHUTTERSTOCK.COM
materiais e instruções/passos de jogo).

⊲ PNA
Compreensão de textos 4. Por que, na experiência, existe uma divisão nítida entre a água
e o óleo?

ROTEIRO DE AULA Porque água e óleo não se misturam.

⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA
Nesta seção, os alunos farão ativi- 192
dades preparatórias, como assistir e
analisar um vídeo no qual são dadas D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 192 08/08/2021 00:43 D2_190-2
as instruções, de forma oral, do ex-
perimento cujo texto escrito lerão na destacar que, no vídeo, Iberê Thenório se assistirem ao vídeo. É importante que jus-
seção Leitura. refere à diferença de densidade usando os tifiquem suas respostas.
termos “leve” e “pesado” para facilitar a 4. Explique aos alunos que, quando a pas-
1. Abra espaço para que os alunos
compreensão por aqueles que não pos- tilha efervescente entra em contato com
verbalizem se sabem o que é uma
suem o conhecimento acerca de termos a água, ela libera gás carbônico. Como o
lâmpada de lava. Comente que se tra-
da Física, como o de densidade e peso. gás carbônico é mais “leve” que a água e
ta de uma luminária que é chamada
A fim de abordar os aspectos paralin- o óleo, ele vai subir. Ao subir, o gás trans-
assim, pois o movimento dos líquidos
guísticos, pergunte aos alunos sobre as porta um pouco da água colorida. Quan-
coloridos produzem um efeito que
expressões faciais ou corporais do apre- do o gás carbônico chega ao topo, ele é li-
lembra a lava de um vulcão.
sentador. berado para o ar, fazendo com que a água
2. Ressalta-se a importância de os alu- colorida retorne ao fundo do recipiente,
nos assistirem ao vídeo. Dessa forma, 3. Mesmo que os alunos já conheçam e gerando o movimento da água.
terão a oportunidade de comparar utilizem os emojis, auxilie-os a identificar
um texto escrito e um texto oral. Vale o que melhor expressa a reação deles ao
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OBJETIVOS
leitura TEXTO INSTRUCIONAL • Ler e interpretar texto instrucional.
• Realizar experimento científico a
partir de procedimentos prescritos.
1. Leia as instruções para fazer uma lâmpada de lava caseira. • Identificar a estrutura e a funcio-
nalidade de um texto instrucional.
• Reconhecer diferenças entre lin-
Lâmpada de lava colorida guagem oral e escrita.
• Perceber que o verbo apresenta
Ingredientes valor central na composição e na
• Água
compreensão de textos instrucionais.

• 1 pote alto e transparente com tampa


ROTEIRO DE AULA
• 1 litro de óleo
⊲ LEITURA
• Corante na cor que desejar
TEXTO INSTRUCIONAL
• 2 pastilhas de bicarbonato de sódio
1. Inicie a atividade, estimulando os
alunos a observar o título, a estrutura
Modo de preparo do texto e a imagem que o acompa-
1 Encha o pote com 1 litro de óleo. nha. Se necessário, peça que consul-
tem o dicionário para verificar o signi-
2 Encha o resto do pote com água. ficado da palavra lava.
Relembre a turma dos elementos
3 Pingue algumas gotas de corante
característicos do gênero texto instru-
no líquido.
cional. Só então abra espaço para que
4 Coloque as duas pastilhas de bicarbonato os alunos leiam o texto silenciosamente.
de sódio. Explore as instruções com pergun-
tas sobre elas. Chame a atenção dos
5 Quando o líquido parar de borbulhar,
alunos para que o experimento só será
tampe o pote.
visível com a transparência do pote e
DOTTA2

6 Divirta-se com o espetáculo das bolhas! que o corante de alimento não é um


ingrediente indispensável para o suces-
Fernando Pinheiro. Em: Brisas Educativas. Disponível em: https://brisaseducativas.wordpress.
so do experimento.
com/2018/07/13/experiencias-divertidas/. Acesso em: 15 jun. 2021. • Os alunos podem apontar como
semelhanças a presença de elemen-
tos característicos do gênero instru-
• Agora, comente as semelhanças e as diferenças entre as instruções cional, como ingredientes, modo de
escritas e as transmitidas no vídeo. preparo, os verbos que orientam as
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula. ações etc. Entre as diferenças, po-
dem apontar o fato de que o apre-
sentador do vídeo dá explicações
193 mais completas sobre os ingredien-
tes, mostra imagens do passo a pas-
so, apresenta explicações científicas
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para a experiência etc.
As habilidades e os componentes a se- texto, demonstrando compreensão global.
guir serão trabalhados nesta seção. (EF35LP04) Inferir informações implícitas
nos textos lidos. formato específico dos textos orais ou
⊲ BNCC escritos desses gêneros (lista/apresen-
(EF15LP01) Identificar a função social de (EF04LP03) Localizar palavras no dicioná-
tação de materiais e instruções/passos
textos que circulam em campos da vida rio para esclarecer significados, reconhe-
de jogo).
social dos quais participa cotidianamente cendo o significado mais plausível para o
(a casa, a rua, a comunidade, a escola) e contexto que deu origem à consulta. ⊲ PNA
nas mídias impressa, de massa e digital, (EF04LP13) Identificar e reproduzir, em Desenvolvimento de vocabulário
reconhecendo para que foram produzi- textos injuntivos instrucionais (instruções Compreensão de textos
dos, onde circulam, quem os produziu e a de jogos digitais ou impressos), a formata-
Produção de escrita
quem se destinam. ção própria desses textos (verbos imperati-
(EF35LP03) Identificar a ideia central do vos, indicação de passos a ser seguidos) e
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4. a) Os movimentos da lava e do líquido da lâmpada são semelhantes (pois na lâmpada o líquido
sobe, parecendo ferver como a lava no vulcão, inclusive com textura parecida com a da lava). Além
ROTEIRO DE AULA disso, no caso dessa luminária, a cor do líquido que forma bolhas é semelhante à cor da lava.
2. Qual é a função do texto Lâmpada de lava colorida? Espera-se que os
alunos respondam que o texto tem o objetivo de instruir, orientar o leitor a realizar uma experiência.
⊲ LEITURA
Textos que ensinam a fazer experiências, preparar um alimento,
TEXTO INSTRUCIONAL
montar um objeto, jogar um jogo, entre outros, são chamados textos
2. Aproveite a oportunidade para co- instrucionais.
mentar com os alunos que não são
apenas os cientistas que realizam ex-
perimentos, leem ou escrevem instru- 3. Qual é a importância do título em textos como Lâmpada de lava
ções. Todos nós podemos recorrer a es- colorida? Espera-se que os alunos percebam a importância do título em textos instrucionais
para que o leitor saiba desde o início o que está sendo proposto confeccionar, preparar ou realizar.
sas anotações quando utilizamos uma
4. Observe a imagem de um vulcão com a lava escorrendo e a de uma
receita ou o manual de algum produto
luminária de lava.
ou equipamento (brinquedo, tablet,
celular, eletrodoméstico etc.) para sa-
ber como funcionam, por exemplo.
3. Auxilie os alunos a estabelecer uma
relação de sentido entre o título e o
texto instrucional. Instigue-os a co-
mentar que outros textos também
têm como título o nome do que será
produzido ao final. É possível que ci-

STEVE BOWER/SHUTTERSTOCK.COM
FBOUDRIAS/SHUTTERSTOCK.COM
tem receitas culinárias, por exemplo.
4. a) Será interessante apresentar
imagens de vulcões em erupção e das
luminárias ligadas para que os alunos
possam observar o movimento dos a) O que há em comum entre a lava do vulcão e a luminária?
líquidos coloridos, compará-lo com
o do resultado da experiência e com b) Escreva por que, em sua opinião, o experimento se chama lâmpada
o movimento das lavas de um vulcão de lava.
em erupção. Porque forma bolhas que se movem no líquido, lembrando a textura e o movimento
4. b) Participe da discussão, chaman-
do a atenção dos alunos para o fato da lava no vulcão.
de o movimento das substâncias ser
semelhante na lâmpada e no vulcão
5. As luminárias de lava, além de enfeitar, iluminam espaços. O resultado
da experiência também tem essa função? Por quê?
em erupção. Além disso, é possível
que digam que a textura de ambas Espera-se que os alunos concluam que não, pois, apesar de o resultado da experiência
também se assemelha.
ser semelhante a essas luminárias, o produto final não ilumina espaços e as bolhas
5. Nesta atividade, observe se os alu-
nos conseguem inferir a diferença permanecem se movendo por um tempo limitado, diferentemente da luminária.
entre a luminária e o experimento.
Leve-os a perceber que o experimento
tem um resultado parecido com o das
luminárias de lava, porém o resultado 194
não é duradouro.

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8. Espera-se que os alunos percebam que a garrafa plástica poderia ser substituída por outro
recipiente transparente, como um pote de vidro ou um tubo de ensaio grande, sem que isso
causasse prejuízos à execução e ao resultado final da experiência. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
6. Escreva a função de cada um destes itens no texto que você leu. Inicie a atividade perguntando aos
alunos se já brincaram de Ordem (ou
a) Ingredientes: relação de material a ser utilizado na experiência. Bola no muro).
Se possível, brinque com eles para
que compreendam os gestos que de-
b) Modo de preparo: orientações do passo a passo da experiência. vem ser feitos durante a brincadeira e
os relacionem com as instruções que
construirão.
7. Por que as etapas das instruções são numeradas? Registre na lousa o trecho a seguir
(os destaques ajudam a localizar as
Espera-se que os alunos concluam que, geralmente, as etapas de textos instrucionais são
palavras que serão observadas pelos
numeradas para evidenciar a ordem a ser seguida, ou seja, o que deve ser feito primeiro, alunos).

o que deve ser feito depois etc. [...]


A criança tem que jogar a bola na
8. No item Ingredientes, algum material poderia ser substituído sem parede e pegá-la de volta sem deixá-
prejuízo à experiência? Por quê? -la cair no chão. A cada rodada, uma
pessoa tem que jogar a bola seguindo
9. As afirmativas abaixo têm informações incorretas. Reescreva cada uma, o que está sendo falado pelos outros
participantes. Por exemplo:
corrigindo-as.
“Ordem” – Joga a bola e a segura de
a) É possível fazer a experiência lendo apenas uma parte das instruções. volta;
Sugestão de resposta: Não é possível fazer a experiência lendo apenas uma parte “Seu lugar” – Joga a bola e a segura
sem sair do lugar;
das instruções. “Sem rir” – Joga a bola e a pega de vol-
ta sem rir; [...].
b) Uma pessoa que não conheça a experiência não entenderia o passo MAPA do brincar. Folha de S.Paulo.
a passo, pois ele não é ilustrado. Ordem. Disponível em: http://mapa
dobrincar.folha.com.br/brincadeiras/
Sugestão de resposta: Uma pessoa que não conheça a experiência entenderia o passo
bola/49-ordem. Acesso em: 12 ago. 2021.
a passo, mesmo não sendo ilustrado.
Leia as instruções e leve os alunos
10. As palavras encha, pingue, coloque e tampe indicam: a perceber que as palavras destacadas
não necessariamente são ordens ou
nomes. características. instruções diretas. Desafie os alunos
a fazer oralmente as alterações de
X ações, orientações a serem seguidas. forma que as ações transmitam ins-
truções e não possibilidades: jogue;
segure e pegue.
Nos textos instrucionais, há palavras que indicam ações, ordens,
orientações a serem seguidas. Essas palavras são verbos.

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6. Ressalte para a turma que textos ins- que a ordem dessas instruções é funda- instruções devem ser lidas na íntegra.
trucionais propõem, aconselham, reco- mental para o êxito da experiência. Desse 9. b) Chame a atenção dos alunos
mendam ou instruem uma ação. Por isso, modo, nenhuma etapa pode ser adianta- para o fato de que textos instrucionais
a linguagem deve ser clara e objetiva, com da ou suprimida. podem vir ou não acompanhados de
verbos no imperativo e no infinitivo. 7. Destaque o fato de a numeração facili- ilustrações, pois muitas vezes elas fa-
Aproveite a oportunidade para ressaltar tar a consulta e a releitura das instruções cilitam a compreensão dos passos a
que, em textos instrucionais, também po- no transcorrer do experimento. serem seguidos, mas nem sempre são
dem aparecer expressões ou palavras que 8. Discuta a questão, observando se os essenciais.
marcam a ordem cronológica em que as ins- alunos conseguem inferir que poderia ser 10. O objetivo da atividade é verificar
truções devem ser seguidas. Exemplos: “pri- utilizado outro recipiente transparente e se os alunos compreenderam que, nas
meiro”; “em seguida”; “logo depois”; “de- outro ingrediente para substituir o coran- instruções, as palavras que indicam
pois”; “só então”; “por fim”; “por último”. te, assim como foi afirmado no vídeo. ações (verbos) devem dar ordens ou
Explique, também, que um experimen- instruções.
9. a) O objetivo da questão é chamar a
to trata de instruções a serem seguidas e atenção dos alunos para o fato de que as
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OBJETIVOS
• Ler e interpretar conselhos. saiba que
• Verificar a importância de seguir • Escreva um cuidado que, em sua opinião, deve ser tomado no momento de
instruções para realizar experimentos. realizar uma experiência científica.
As habilidades e os componentes a
Resposta pessoal.
seguir serão trabalhados nesta seção.

⊲ BNCC
(EF15LP10) Escutar, com atenção, fa- Agora, leia as informações a seguir para verificar se o cuidado que você citou
foi listado.
las de professores e colegas, formu-
lando perguntas pertinentes ao tema
e solicitando esclarecimentos sempre
que necessário. Para fazer qualquer experiência,
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, é importante seguir alguns conselhos:
em textos injuntivos instrucionais
(instruções de jogos digitais ou im-
Ponto 1: NÃO SE ESQUEÇA DE USAR UMA ROUPA APROPRIADA.
pressos), a formatação própria desses Experiências provocam manchas!
textos (verbos imperativos, indicação
de passos a ser seguidos) e formato
Ponto 2: EM MUITAS DESSAS EXPERIÊNCIAS VOCÊ VAI PRECISAR DA
específico dos textos orais ou escritos AJUDA DE UM ADULTO. Afinal, usamos alguns produtos que não devem
desses gêneros (lista/apresentação de ser manipulados sem conhecimento.
materiais e instruções/passos de jogo).
Ponto 3: USE PROTEÇÃO QUANDO FOR NECESSÁRIO. Principalmente
⊲ PNA óculos e luvas.
Compreensão de textos
Produção de escrita Ponto 4: CUIDADO PARA NÃO SE QUEIMAR. Em algumas das experiências
usamos materiais em altas temperaturas. Não toque neles: chame um adulto.

ROTEIRO DE AULA Ponto 5: USE RECIPIENTES APROPRIADOS. Não pegue nada sem pedir
permissão. Afinal, nem todos os recipientes podem ser usados. Pergunte primeiro.
⊲ SAIBA QUE
O trabalho com gêneros textuais per- Ponto 6: ABRA SUA MENTE. A ciência não é definitiva, está em constante
mite colocar o aluno em contato com pesquisa e exige muita observação.

TORTOON/SHUTTERSTOCK.COM
textos produzidos fora da escola, em
diferentes áreas de conhecimento e nas
mais diversas situações sociais. Desse
modo, esse trabalho favorece que ele re- Minhas primeiras experiências: transforme-se em um pequeno grande cientista!
São Paulo: Girassol, 2018. Não paginado.
conheça particularidades de uma imensa
variedade de gêneros e, assim, possa,
cada vez mais usá-los de modo compe-
tente dentro e fora da escola. 196
Sobre a importância do trabalho
com gêneros textuais, ressalta-se que:
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[...] o aluno a dominar melhor um gênero de


Peça aos alunos que comentem e com-
De acordo com Schneuwly e Dolz texto, permitindo-lhe escrever ou falar de partilhem com a turma os conselhos que
(2004), é dever da escola auxiliar o uma maneira mais adequada numa dada acharam mais interessantes e expliquem
aluno a dominar as características situação de comunicação. [...] por quê.
específicas de determinados gêneros MOTA, Ana Beatriz Gama da. Alfabetiza-
de texto. Para tanto, eles propõem um
Por fim, peça que comparem o texto
ção e letramento: as concepções e as prá- instrucional da seção Leitura com este.
trabalho realizado por sequências di-
ticas educativas de uma professora do 2o
dáticas, com base em gêneros textu-
ano do ensino fundamental. Dissertação
É importante que percebam que ambos
ais diversos, especialmente os mais apresentam verbos no imperativo e tratam
elaborados. Uma sequência didática (Mestrado em Educação) – Unesp, Presi-
“é um conjunto de atividades escola- dente Prudente, 2011, p. 61-62. Disponível do tema experiências científicas. Porém,
res organizadas, de maneira sistemá- em: http://www.athena.biblioteca.unesp. apesar de as dicas estarem numeradas,
tica, em torno de um gênero textual br/exlibris/bd/bpp/33004129044P6/2011/ não é preciso necessariamente segui-las
oral ou escrito”. (p. 97) Segundo os au- mota_abg_me_prud.pdf. Acesso em: 12 na ordem em que foram listadas, dife-
tores, esta tem a finalidade de ajudar ago. 2021.
rentemente do texto Lâmpada de lava
196

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OBJETIVOS
EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA
divertidamente MALUCA • Participar de situações de inter-
câmbio oral.
• Utilizar a imaginação para criar e
1. Nesta unidade, você é um pesquisador. nomear um experimento.
• Desenhe uma experiência científica maluca e dê um nome a ela.

Produção pessoal.
ROTEIRO DE AULA

⊲ DIVERTIDAMENTE
EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA MALUCA
1. Oriente os alunos a buscar inspi-
ração em filmes e livros que já viram
e leram. Além disso, peça-lhes que
usem uma folha de rascunho para no-
mear o experimento e dar-lhe função.
Amplie a atividade, pedindo aos
alunos que descrevam o experimento.
Para isso, organize a turma em du-
plas para que os alunos expliquem os
experimentos aos colegas. Peça que
cada integrante da dupla tome nota
do experimento que o colega descre-
veu. Por último, solicite aos integran-
tes das duplas que compartilhem os
experimentos dos colegas.

⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA


Informe aos pais ou responsáveis
o trabalho que as crianças estão de-
senvolvendo sobre o gênero textual
instrucional. Proponha que pesquisem
e conversem com elas sobre os textos
instrucionais que já utilizaram ou que
costumam utilizar no dia a dia (recei-
tas culinárias, receitas médicas, bulas
de remédios, instruções de uso de
IVAN COUTINHO

aparelhos, instruções de montagem,


instruções de experiências etc.).
Ressalte a importância de conver-
197
sarem com as crianças sobre a função
e a estrutura desses textos, chamando
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a atenção para como são construídos.
colorida. Consulte com os alunos o Di- guntas pertinentes ao tema e solicitando Na sala de aula, organize um mo-
cionário ilustrado no final da unidade para esclarecimentos sempre que necessário. mento para lerem e discutirem cada
explorar outros significados e exemplos de texto pesquisado. Na discussão, esti-
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustra- mule os alunos a comentar sobre as
uso do termo apropriado e ampliar o re- ções e outros recursos gráficos.
pertório deles com novo vocabulário. características dos textos. Observe se
percebem aspectos composicionais
⊲ PNA do gênero textual e semelhanças e
Compreensão de textos diferenças entre os textos. Chame a
As habilidades e os componentes a se- atenção da turma também para os
Produção de escrita
guir serão trabalhados nesta seção. diferentes suportes em que esse gê-
nero circula.
⊲ BNCC
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de
professores e colegas, formulando per-
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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS
• Refletir sobre o uso das termina- ortografia EM -RAM OU -RÃO
ções -ram ou -rão em verbos.
• Identificar que verbos terminados
em -ram se referem ao tempo pas- 1. Leia as frases e escreva que ideia de tempo elas indicam: presente,
sado e que aqueles terminados em passado ou futuro.
-rão se referem ao tempo futuro. Cientistas descobrem vacinas. Presente.
• Identificar que a sílaba tônica das
palavras auxilia no momento de gra- Cientistas descobriram vacinas. Passado.
fá-las de acordo com a ortografia
oficial. Cientistas descobrirão vacinas. Futuro.
A habilidade e os componentes a a) Agora, leia os verbos em voz alta.
seguir serão trabalhados nesta seção.
descobriram
⊲ BNCC
des co bri ram
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu-
do ou circunflexo) em paroxítonas ter-
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). descobrirão

⊲ PNA des co bri rão


Consciência fonológica e fonêmica
Compreensão de textos • Separe as sílabas dos verbos nos quadrinhos.
Produção de escrita • Pinte com cor clarinha a sílaba tônica de cada um.
b) A sílaba tônica ocupa a mesma posição nesses verbos? Não.
ROTEIRO DE AULA c) Descobriram é uma palavra:

⊲ ORTOGRAFIA oxítona. X paroxítona. proparoxítona.

PALAVRAS TERMINADAS EM -RAM


RAM d) Descobrirão é uma palavra:
RÃO
OU -RÃO
X oxítona. paroxítona. proparoxítona.
As terminações -am e -ão podem
ser facilmente comparadas com ver-
bos terminados em -am que não este-
2. A frase a seguir está no tempo presente. Reescreva-a, no caderno,
mudando o verbo para passar a ideia de tempo passado e, depois,
jam no passado (passam, ajudam) ou
para passar a ideia de tempo futuro. Os alunos deverão escrever: Passado:
com verbos terminados em -ão que Os alunos pesquisaram no computador. Futuro: Os alunos pesquisarão no computador.
não estejam no futuro (são, vão). Essa
é uma referência possível, mas a regra Os alunos pesquisam no computador.
para o uso das duas terminações é:
• Usa-se -am se a palavra for verbo
e for paroxítona (falam, disseram). 198
• Usa-se -ão se a palavra for verbo
e for oxítona ou monossílaba tônica
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(dirão, dão).
• Usa-se -ão se a palavra for um temporais e, assim, concluírem a que tem- tona (a sílaba tônica é a penúltima), usa-se
substantivo e for oxítona (Simão, po cada frase se refere, como: Cientistas a terminação -ram.
corrimão). sempre descobrem vacinas. Ontem, cien- 2. O objetivo da questão é levar os alu-
• Usa-se -ão se a palavra for subs- tistas descobriram vacinas. Certamente, nos a perceber que, quando o verbo está
tantivo e for paroxítona (órgão, até o ano que vem, cientistas descobri- no tempo passado, usa-se a terminação
Cristóvão). rão vacinas. -ram, e que, quando o verbo está no fu-
As questões propostas têm por objetivo turo, usa-se a terminação -rão, bem como
1. Leia as frases, com a entonação
levar os alunos a perceber que as sílabas verificar se realizam a concordância verbal
adequada e desafie os alunos a ver-
tônicas das palavras auxiliam no momento adequada de acordo com o tempo que o
balizar qual tempo cada uma indica.
de registrar palavras terminadas em -ram verbo indica.
Caso observe defasagens quanto a
e -rão. Assim, quando a palavra é oxítona
esse aspecto, sugere-se que forneça
(a sílaba tônica é a última), usa-se a termi-
outros exemplos, de forma que os
nação -rão e, quando a palavra é paroxí-
alunos possam observar marcadores
198

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OBJETIVOS
hora da historia CONTO • Ler e interpretar um conto.
• Antecipar sentidos e ativar conhe-
cimentos prévios relativos ao texto.
1. Leia o título do conto e observe as ilustrações. O que você imagina que
• Identificar alguns elementos ca-
vai acontecer nessa história? Resposta pessoal.
racterísticos do gênero textual conto.
• Agora, acompanhe a leitura do conto.
• Reconhecer e compreender o uso
da onomatopeia como recurso para
Experiências do primeiro dia de aula construção de texto.
Meu primeiro dia na escola foi bem ruim. Hoje em dia as crianças • Participar de interações orais em
não sabem direito como é o primeiro dia em que a gente entra na es- sala de aula, questionando, sugerin-
cola. Elas começam muito pequenas, com três anos estão no maternal. do, argumentando e respeitando os
Comigo foi diferente. Eu já era meio grande. Tinha seis anos. momentos de fala.
Até que chegou o dia de entrar na escola. Eu estava de uniforme.
• Desenvolver a fluência leitora.
Calça curta azul, camisa branca.
Eu tinha uma camisa branca que me dava sorte. Era uma com uma pin-
tinha no colarinho. Gostava daquela pintinha preta. Mas no primeiro dia de ROTEIRO DE AULA
aula justo essa camisa tinha ido lavar. Fui com outra. Que não dava sorte.
Bom, daí a aula começou, teve o recreio, eu não conhecia ninguém.
⊲ HORA DA HISTÓRIA
Tirei um sanduíche da lancheira, o lanche sempre ficava com um gosto
de plástico por causa da lancheira, mas eu não sabia disso ainda, por- CONTO
que era a primeira vez que eu usava a lancheira, então tocou o sinal e
fui de novo para a classe.
Até que deu certo no começo. A pro- ⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
fessora começou a aula dizendo que Informe aos pais ou responsáveis
iria fazer uma experiência bem legal. as atividades que as crianças irão de-
Pegou uma bacia com água, uma cane- senvolver a partir da leitura do conto.
ca e uma garrafa plástica com tampa, Propõe-se que a primeira leitura seja
cheia de furinhos embaixo. realizada em casa, junto com pais ou
Toda entusiasmada, usou a caneca responsáveis, de modo a contribuir
para encher metade da garrafa com a para práticas de literacia familiar. Res-
água da bacia. Só aí suspendeu a garra- salte a importância de eles motivarem
fa. A água passou por cada buraquinho. as crianças para a leitura que farão e
Então, ela tampou a garrafa e a de estabelecerem uma leitura dialoga-
água parou de cair. A turma fez um da, por meio da qual, antes, durante
barulho de surpresa. Parecia até que e após as leituras em voz alta, devem
a professora tinha se transformado estimulá-las a verbalizar expectativas,
num mágico, daqueles que vêm em sentimentos e sensações sobre o con-
FELIPE CAMÊLO

festa de aniversário para entreter to, por meio de perguntas e respostas


crianças. Ao mesmo tempo, ela pare- e compartilhamento de interesses.
cia a aniversariante, dona da festa. Incentive que façam a leitura oral e
que peçam às crianças que também a
199 façam, para praticar a leitura em voz alta.

1. Na sala de aula, realize a leitura


2021 00:43 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 199 08/08/2021 00:43 oral, com velocidade, precisão e pro-
As habilidades e os componentes a se- de verbos de enunciação e, se for o caso, o sódia conforme o parâmetro para o
guir serão trabalhados na seção Hora da uso de variedades linguísticas no discurso final do 4o ano, a velocidade de 100
História. direto. palavras por minuto, com precisão de
95%. Na página XVII deste Manual do
⊲ PNA Professor, são apresentadas sugestões
⊲ BNCC
sobre como avaliar a fluência em leitu-
(EF15LP16) Ler e compreender, em colabo- Fluência em leitura oral ra oral da turma.
ração com os colegas e com a ajuda do Compreensão de textos Proponha questões de interpreta-
professor e, mais tarde, de maneira au- Produção de escrita ção para certificar-se de que na leitura
tônoma, textos narrativos de maior porte ficou garantida a compreensão do tex-
como contos (populares, de fadas, acumu- to. Durante a leitura, chame a atenção
lativos, de assombração etc.) e crônicas. dos alunos para a linguagem predomi-
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos nantemente informal que o narrador
narrativos, observando o efeito de sentido usa, frases curtas e bastante objetivas.
199

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ROTEIRO DE AULA Foi aí que ela perguntou:
— Alguém sabe por que a água parou de cair quando eu tampei a
⊲ HORA DA HISTÓRIA garrafa?
O fato é que eu tinha mania de assistir a vídeos de experimentos e
CONTO de truques de sobrevivência, por isso sabia a resposta, e gritei:
Continue explorando o texto. Peça — É por causa do ar que entra quando a garrafa está destampada.
aos alunos que verbalizem o que en- A professora me olhou. Naquele momento, as gengivas grandes e
tenderam da expressão estava boian- cor de rosa desapareceram do rosto dela. Será que eu respondi rápido
do, em “a turma toda estava boian- demais? Dava pra ver que a turma toda estava boiando.
do”. É provável que respondam que Como se nada tivesse acontecido, a professora continuou naquele
abre e fecha da garrafa. Quando abria, lá vinha o chuveirinho.
essa expressão significa “não compre-
Mas aí vieram os problemas.
ender o que está sendo dito”. Pergun-
Fui ficando com a maior vontade de fazer xixi.
te, também, por que imaginam que o
Segurei.
menino foi ficando com mais vontade
A professora continuava com a experiência e repetia sem parar
de fazer xixi cada vez que a professora que, se a gente fosse fazer a experiência em casa, os furos da garrafa
repetia o experimento. É provável que tinham que ser feitos por um adulto.
associem a vontade de fazer xixi ao E a vontade de fazer xixi ia aumentando.
momento em que se escuta o som de Cruzar as pernas não adianta nessa hora.
água caindo. Olhei para um coleguinha
Pergunte: por que vocês acham que no banco da frente. Tive inveja
a professora pedia ao menino que es- dele. Ele estava ali, tranquilo.
perasse um pouco para ir ao banheiro? Sem nenhum aperto. Como é
Na discussão, comente que é provável que seria estar no lugar dele?
que a professora queria que todos os Pedir pra ser ele, pedir empres-
alunos ficassem na sala durante o ex- tado o corpo dele por algum
perimento. tempo? Como alguém pode fi-
car sem vontade de fazer xixi?
Sem nem pensar no problema?
Eu estava ficando meio de-
sesperado. Eu era tímido tam-
bém. Levantei a mão. A profes-
sora perguntou o que eu queria.
— Posso ir ao banheiro?
— Espera um pouco, tá?
Ela devia estar achando
muito importante aquela his-
tória sobre o ar ocupar o espa-
FELIPE CAMÊLO

ço da água, fazendo pressão, e


o aguaceiro descer.

200

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Continue a exploração, perguntan-
Levantei a mão de novo. do: como vocês acham que o menino
— Preciso ir no banheiro, professora... estava se sentindo neste trecho: “Na
Ela nem respondeu. Fez só um gesto com a mão. Para eu esperar mais. certa, ela estava pensando que, no
Na certa, ela estava pensando que, no primeiro dia de aula, é impor- primeiro dia de aula, é importante não
tante não facilitar. Não dar moleza. Devia imaginar que todo mundo facilitar. Não dar moleza. Devia imagi-
inventa que quer ir ao banheiro só para passear um pouco e não ficar nar que todo mundo inventa que quer
assistindo à aula. ir ao banheiro só para passear um
Levantei a mão pela terceira vez. pouco e não ficar assistindo aula.”?
Eu realmente não aguentava mais. É provável que os alunos comentem
Só que a professora nem precisou responder. que o menino estava incomodado
Tinha tocado o sinal. Fim da aula. com o fato de querer e não poder ir
ao banheiro e começou a pensar nos
motivos pelos quais a professora não
o deixava sair, achando que ela estava
fazendo de propósito. Continue com
a pergunta: na opinião de vocês, o
fato de os alunos terem de sair em fila
dificultou a ida do menino ao banhei-
ro? É provável que concluam que sim,
pois, ao sair em fila, ele teria de es-
perar todos os colegas que estavam a
sua frente saírem, caso não precisasse
seguir essa regra, poderia correr para
o banheiro.
Chame a atenção dos alunos para
o trecho em que o narrador ressalta o
FELIPE CAMÊLO

tamanho do xixi e usa a onomatopeia


“CHUÁÁÁ...”. Leve-os a perceber o
efeito de sentido gerado por esses re-
Era só correr até o banheiro.
cursos. Se o narrador apenas afirmas-
Levantei da carteira. A gente era obrigado a sair em fila.
se que fez muito xixi não teria dado a
Faltava pouco.
mesma ênfase ao volume. O objetivo
Claro que não deu.
é que percebam a importância da es-
Fiz o maior xixi. Dentro da classe. Logo eu, que nunca fui de fazer
grandes xixis. Mas aquele foi fenomenal. Coisa de fazer barulho no chão.
colha das palavras e dos recursos uti-
CHUÁÁÁ... lizados na construção de sentido em
A professora chegou perto de mim. textos literários.
— Você estava apertado? Por que não me avisou? Por fim, abra espaço para que os
alunos compartilhem como eles re-
Marcelo Coelho. Experiências do primeiro dia de aula. Elaborado especialmente para esta obra.
solveriam o problema do menino do
conto. Na discussão, comente que é
muito comum isso acontecer com vá-
201 rias crianças durante as aulas ou com
adultos, em reuniões, por exemplo.
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Comente, também, que é provável
que o menino não tenha ressaltado
SUGESTÃO ⊲ PARA O ALUNO Muitas respostas vieram de diversos luga- que estava realmente apertado para ir
SITE • PLENARINHO. Confira como ficou a his- res do Brasil, e o próprio Akanni escolheu o ao banheiro.
tória: O primeiro dia de aula. Disponível em: resultado. O ganhador foi Gabriel Sanches
Diniz. Será interessante mostrar esse conto Consulte com os alunos o Dicioná-
https://plenarinho.leg.br/index.php/2018
/10/continue-historia-o-primeiro-dia-de aos alunos e as versões enviadas da conti- rio ilustrado no final da unidade para
-aula/. Acesso em: 23 jul. 2021. Em 2018, nuação da história. Informe que o site Ple- explorar outros significados e exem-
o site Plenarinho lançou um desafio para narinho tem diversas atividades que apro- plos de uso do termo fenomenal e
que os leitores continuassem a história ximam as crianças do dia a dia da Câmara ampliar o repertório deles com novo
escrita pelo escritor mirim Akanni Alves. dos Deputados. vocabulário.

201

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ROTEIRO DE AULA 2. Qual problema o menino teve durante a explicação da professora?
O menino ficou com vontade de fazer xixi enquanto ouvia o barulho de água caindo da garrafa.
• O que o menino fez para tentar resolver esse problema?
⊲ HORA DA HISTÓRIA Ele pediu à professora permissão para ir ao banheiro.
3. Em sua opinião, a professora percebeu que o menino realmente
CONTO
estava com muita vontade de fazer xixi? Explique.
2. Estimule os alunos a comentar o
• Você já passou por alguma situação semelhante? Conte como
que fez que o menino, durante a ex- 3. Não, pois, no final do texto, a professora pergunta
você resolveu.
periência com a água, sentisse mais Resposta pessoal. ao menino por que ele não avisou que estava
vontade de ir ao banheiro. Pergunte 4. Releia um trecho do conto. apertado (pois ela não tinha percebido).
se acham que a forma como ele pediu
para ir ao banheiro evidenciou que es- Bom, daí a aula começou, teve o recreio, eu não conhecia
tava realmente apertado. ninguém. Tirei um sanduíche da lancheira, o lanche sem-
3. Os alunos podem chegar à conclu- pre ficava com um gosto de plástico por causa da lancheira,
são de que a professora não permitiria mas eu não sabia disso ainda, porque era a primeira vez
que o menino saísse, porque, na visão que eu usava a lancheira, então tocou o sinal e fui de novo
dela, ele só queria sair da sala. Contu- para a classe.
do, também é provável que concluam
que a professora estava tão empolga- • Nesse trecho, a repetição da palavra lancheira contribui para:
da com a experiência que, na verdade,
que o leitor saiba que o sanduíche Você pode marcar mais
nem prestou atenção no que o meni-
estava mesmo na lancheira. de uma alternativa.
no estava tentando dizer.
• Aproveite esse momento para re- X passar a ideia de que o narrador é uma criança.
tomar os combinados da turma so-
bre a permissão para ir ao banheiro,
beber água e outras situações em X dar mais humor ao conto.
que é necessário sair da sala de aula.
4. Chame a atenção dos alunos para o
5. Sublinhe no conto a onomatopeia que remete ao barulho do xixi.
Os alunos deverão sublinhar: CHUÁÁÁ.
fato de que as crianças, quando che- • Por que uma letra aparece repetida na onomatopeia?
gam à escola pela primeira vez, ain-
Para ressaltar que foi um longo xixi.
da estão conhecendo as palavras que
compõem o vocabulário. Além disso,
é comum que elas repitam as palavras
para dar ênfase à informação associa- descubra mais
da a essa palavra. Por isso, é provável
• A professora de desenho, de Marcelo Coelho, Companhia das Letrinhas, 1995.
que o autor tenha usado a repetição
Se você se divertiu com o conto Experiências do primeiro dia de aula, vai
da palavra lancheira para evidenciar
gostar ainda mais desse livro.
que o narrador era uma criança. Tam-
bém é possível que marquem a alter- Verifique se ele faz parte do acervo da biblioteca da escola e leve-o para a
roda de leitura da turma.
nativa: “dar mais humor ao conto”.
5. Se necessário, retome o conceito de
onomatopeia com a turma. Aproveite
a oportunidade para chamar a aten- 202
ção da turma para o fato de a letra x
e o dígrafo ch poderem representar o
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mesmo som.
Explore com os alunos o boxe Des- Proponha que busquem, em jornais, SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
cubra mais, sobre o livro de Marcelo revistas, gibis ou no meio digital, exem-
plos de onomatopeias e, depois, abra TEXTO COMPLEMENTAR
Coelho. Caso ele esteja disponível na
biblioteca da escola, reserve um mo- espaço para que compartilhem oralmen-
te com os colegas as onomatopeias en- Onomatopeia. Figura sonora, modalidade
mento para ler com os alunos. de figura de linguagem, que consiste na
contradas e suas funções nos textos. Se formação de palavras que imitam ou su-
ATIVIDADE COMPLEMENTAR achar oportuno, amplie a atividade so- gerem determinados sons ou ruídos. Ex.:
Caso observe que os alunos apre- licitando que, em grupos, escolham al- pingue-pongue, miau, miar, mugir. Recur-
gumas onomatopeias para que a turma so muito usado em histórias em quadri-
sentam dificuldades quanto ao reco-
identifique que som ou ruído está sendo nhos com finalidade de sonorizar a tira.
nhecimento e à função de onoma-
representado. GIACOMOZZI, Gilio. Dicionário de gramá-
topeias, sugere-se que realize esta tica. São Paulo: FTD, 2004. p. 203.
atividade a fim de remediar eventuais
defasagens.

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ROTEIRO DE AULA
ENCONTRO VOCÁLICO E REDUÇÃO
nossa lingua DE DITONGOS NA ORALIDADE
⊲ NOSSA LÍNGUA
1. Releia um trecho do conto Experiências do primeiro dia de aula. ENCONTRO VOCÁLICO E REDUÇÃO
DE DITONGOS NA ORALIDADE
Nesta seção, além de os alunos se-
rem apresentados ao conceito de en-
Tinha tocado o sinal. Fim da aula.
contro vocálico, também poderão re-
Era só correr até o banheiro.
fletir sobre a redução de ditongos na
Levantei da carteira. A gente era obrigado
oralidade, uma vez que se trata de um
a sair em fila.
aspecto da linguagem oral que comu-
Faltava pouco.
Claro que não deu.
mente aparece na escrita, conforme
ressalta o professor Marcos Bagno:

FELIPE CAMÊLO
[...] Quanto à grafia pêxe, ela quer
simplesmente retratar outro traço
a) Copie desse trecho as palavras que possuem dois ou mais sons gradual, presente na fala de todos
vocálicos juntos. os brasileiros de norte a sul do país:
a eliminação da semivogal [1] dos di-
aula, banheiro, levantei, carteira, sair, pouco, não, deu tongos quando ela precede uma con-
soante palatal – como as que escre-
vemos com J ou X – ou uma vibrante
simples (um R). Por isso é que nós,
b) Circule as letras que representam dois ou mais sons vocálicos juntos BRASILEIROS, nos designamos como
nas palavras que você copiou. brasilêros. Por isso também é tão co-
mum, na música popular, rimar dese-
jo com beijo. [...]
O encontro vocálico é a junção de dois ou mais sons vocálicos em
BAGNO, Marcos. Sete erros aos qua-
uma mesma palavra.
tro ventos: a variação linguística no
ensino de português. São Paulo: Pará-
bola, 2013. p. 85.
2. É comum, ao pronunciar algumas palavras com encontros vocálicos,
omitirmos os sons de algumas letras.
1. Certifique-se de que os alunos
• Leia em voz alta as palavras a seguir e circule a letra que, por vezes, compreenderam que devem localizar
é omitida ao pronunciar cada palavra. Os alunos deverão circular a letra u em
besouro, vassoura, tesoura; e a letra i em caixa, baixo, peixe, mamadeira, carneiro, dinheiro. no trecho palavras que possuem dois
ou mais sons vocálicos juntos, não ne-
besouro • vassoura • caixa
cessariamente na mesma sílaba.
baixo • peixe • mamadeira
2. Peça aos alunos que leiam as pa-
carneiro • tesoura • dinheiro lavras em voz alta. Comente que, na
oralidade, é comum não pronunciar-
• As letras que você circulou podem ser omitidas ao escrever essas mos alguma letra nas situações em
palavras? Por quê? que acontecem encontros vocálicos.
Espera-se que os alunos concluam que não, pois só há uma forma correta de Na escrita, por outro lado, é preciso
grafar essas palavras.
203 grafar todas as letras.
Na língua portuguesa, no Brasil e
em outros países onde ela também é
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falada, quase sempre pronunciamos
OBJETIVOS ⊲ BNCC o ditongo /ou/ como /o/. Dizemos:
“estô” em vez de “estou”; “tesoro”
• Comparar informações explícitas em (EF04LP02) Ler e escrever, corretamente,
em vez de “tesouro”; “otro” em vez
textos. palavras com sílabas VV e CVV em casos
de “outro” etc. É preciso ficar bem
nos quais a combinação VV (ditongo) é re-
• Reconhecer encontros vocálicos. atento para a grafia dessas palavras,
duzida na língua oral (ai, ei, ou).
• Identificar o fenômeno da redução de pois os alunos poderão escrevê-las
ditongos na oralidade (i, ei e ou). como as pronunciam, reduzindo o
⊲ PNA ditongo. Também os ditongos /ei/ e
A habilidade e os componentes a se-
guir serão trabalhados na seção Nossa Consciência fonológica e fonêmica /ai/ tendem a ser reduzidos, mas a
Língua. Produção de escrita supressão do fonema /i/ só ocorre em
certas palavras, como “caixa”, “bei-
jo”, “queixo”, “ribeirão”. Em palavras
como “peito” e “seiva” o fonema /i/
tende a se conservar.
203

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ROTEIRO DE AULA 3. Complete os nomes das figuras com encontros vocálicos.

⊲ NOSSA LÍNGUA
ENCONTRO VOCÁLICO E REDUÇÃO
DE DITONGOS NA ORALIDADE
3. Nessa fase de escolaridade, optou-

FOTOS: PIXFICTION/SHUTTESRTOCK.COM, MAYAKOVA/SHUTTERSTOCK.COM, GMSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK.COM,


-se por não nomear vogal e semivogal

BEEBOYS/SHUTTERSTOCK.COM, CRIAR IMAGEM/FERNANDO FAVORETTO, JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS


para os alunos. No entanto, se achar
conveniente, algumas informações
podem ser repassadas para a turma: ou ro lapis ei ra bebed ou ro
• Vogal é o som (fonema) que re-
sulta da passagem do ar pela boca
e pelas cavidades nasais sem encon-
trar obstáculos. Esses sons são re-
presentados pelas letras a, e, i, o, u.
Na formação das sílabas, a vogal é
fundamental e não há mais de uma
vogal em uma sílaba. As vogais são
classificadas quanto à intensidade
em tônicas ou átonas. ei ei ei
torn ra chuv ro f ra
• As vogais tônicas são pronuncia-
das com mais intensidade. Já as vo- 4. Use as palavras do quadro para completar a lista de coisas que alegram
gais átonas são pronunciadas com a gente.
menos intensidade.
• As semivogais, por sua vez, são sexta-feira • brigadeiro • queijo
representadas pelas vogais i e u,
mangueira • travesseiro • geladeira
cujos fonemas são átonos, e apa-
recem apoiadas em uma vogal, por
exemplo: mais, mau, ateu, boi. As • Feriado na sexta-feira .
vogais e e o podem assumir o valor
de semivogais, como em mãe, põe e • Tomar banho de mangueira .
mão. Assim, a junção de uma vogal e
uma semivogal origina um encontro • Fazer guerra de travesseiro .
vocálico: ditongo, tritongo e hiato.
Os ditongos são formados pelo • Panelada de brigadeiro .
encontro de uma vogal e uma semi-
vogal ou de uma semivogal e uma vo- • Comer pão de queijo quentinho.
gal em uma mesma sílaba, como em:
silêncio, régua, chapéu, lição. • Abrir a geladeira no escurinho.
Os tritongos formam-se quando
há a junção de uma semivogal, uma 204
vogal e outra semivogal em uma
mesma sílaba, como em: enxaguou,
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saguão.
O hiato forma-se na sequência de 4. Peça aos alunos que leiam as palavras
duas vogais pertencentes a sílabas di- do quadro e informe que devem comple-
ferentes, como em: saúde. tar cada frase com uma das palavras que
se relaciona com a frase. O objetivo da ati-
Escreva as palavras na lousa e subli-
vidade, além de verificar a capacidade de
nhe os encontros vocálicos, pedindo
inferência dos alunos, é ressaltar a grafia
aos alunos que as pronunciem em voz
correta de palavras que na oralidade é co-
alta. Mostre que, nessas palavras, é
mum sofrerem a redução de ditongos.
comum que algumas letras não sejam
pronunciadas.

204

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2
OBJETIVOS

MÃO NA MASSA! • Deduzir informações sobre o tex-


to instrucional que será lido.
• Analisar capa de livro.
• Realizar leitura multimodal.
preparaçao para a leitura 1. Resposta pessoal. Slime é o nome • Participar de situações de inter-
dado a um brinquedo que é uma câmbio oral.
espécie de massa de modelar caseira,
1. Você já brincou com slime? Sabe o que é? mas mais grudenta, podendo ter
diferentes cores, texturas e brilhos. ROTEIRO DE AULA
2. Observe a capa de um livro que tem receitas para fazer slimes de
vários tipos.
⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA
A proposta, neste momento, é
que, como atividades preparatórias,
os alunos leiam a capa do livro do
qual o texto instrucional que lerão na
seção Leitura foi retirado e observem
os recursos linguísticos e gráficos uti-
lizados na construção do sentido do
texto, bem como levantem hipóteses
acerca de seu conteúdo.
1. Participe da discussão. Se necessá-
2. • Espera-se rio, informe que slime significa algo
que os alunos
concluam que sim,
viscoso ou pegajoso.
pois o tipo de letra 2. Abra espaço para que os alunos
do título lembra comentem se a imagem que ilustra a
algo pegajoso, que
escorre, como são capa do livro ajuda na compreensão
os produtos das do que é uma slime. Chame a aten-
receitas que o livro ção da turma para o título do livro e
apresenta. Além
o modo como foi escrito. Abra espaço
PÉ DA LETRA EDITORA

disso, a letra do
título e as receitas para que verbalizem se isso contribui
são divertidas. para passar a ideia de como é a tex-
• Existe relação entre o formato das letras do título e o que as receitas
tura de uma slime. O objetivo é levá-
apresentadas no livro ensinam a preparar? Explique. -los a perceber como recursos gráficos
contribuem para a construção de sen-
3. Sublinhe na imagem da capa os verbos que indicam ordens, tido do texto.
orientações, instruções. Aproveite a oportunidade para re-
• Com que intenção esses verbos foram usados? lacionar o título com uma expressão
Espera-se que os alunos concluam que esses verbos foram usados para despertar no leitor popular muito conhecida: “botar a
o interesse em conhecer as receitas do livro.
205 mão na massa”. Abra espaço para
que comentem por que imaginam
que essa expressão foi usada no tí-
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Leve-os a perceber que “botar a mão
As habilidades e o componente a seguir ⊲ PNA
serão trabalhados nesta seção. na massa” quer dizer iniciar uma ati-
Compreensão de textos vidade, colocar algo em prática.
⊲ BNCC 3. Certifique-se de que compreende-
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido ram que devem sublinhar os verbos
produzido pelo uso de recursos expressivos no modo imperativo. O objetivo é le-
gráfico-visuais em textos multissemióticos. vá-los a perceber que o emprego do
modo imperativo possibilita chamar a
(EF04LP07) Identificar em textos e usar na
atenção do leitor, envolvendo-o e le-
produção textual a concordância entre ar-
vando-o a fazer o que o texto propõe,
tigo, substantivo e adjetivo (concordância
assim perceberão o uso desse modo
no grupo nominal).
verbal como recurso de persuasão.

205

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OBJETIVOS
• Ler texto instrucional. leitura TEXTO INSTRUCIONAL
• Compreender as características
do gênero textual instrucional.
1. Leia uma das receitas de slime que está no livro Slime: 20 receitas
• Identificar a estrutura e a funcio-
tops para botar a mão na slime!
nalidade de um texto instrucional,
aplicando esse conhecimento na lei-
tura e na interpretação. Slime unicórnio
• Distinguir texto instrucional de
demais textos cujas estruturas e Ingredientes
funcionalidades tenham sido conhe-
cidas previamente.
• Perceber que o verbo apresenta  100 g de cola branca

valor central na composição e na


compreensão de textos instrucionais.
As habilidades e os componentes  1 colher de sobremesa de
espuma de barbear
a seguir serão trabalhados na seção

TEXTO E ILUSTRAÇÕES “SLIME UNICÓRNIO”, DO LIVRO: SLIME: 20 RECEITAS TOPS


PARA BOTAR A MÃO NA SLIME! COTIA: PÉ DA LETRA, 2020. P. 24-25. E P. 40.
Leitura.
 1 colher de sobremesa de
sabonete líquido
⊲ BNCC
(EF15LP01) Identificar a função social
de textos que circulam em campos da
 1 colher de sobremesa
de talco
vida social dos quais participa cotidia-
namente (a casa, a rua, a comunida-
de, a escola) e nas mídias impressa, de  1 colher de café de
óleo corporal
massa e digital, reconhecendo para
3 cores de corante alimentício
que foram produzidos, onde circulam,
quem os produziu e a quem se des-  (sugestão: rosa, amarelo e verde)
tinam.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
 Ativador

expressivos gráfico-visuais em textos


multissemióticos.
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, Dica: Escolha as cores com cuidado. Tons pastéis costumam ser
em textos injuntivos instrucionais
uma boa pedida. Nesta slime você pode combinar duas, três ou
(instruções de jogos digitais ou im-
até quatro cores. Quanto mais, melhor!
pressos), a formatação própria desses
textos (verbos imperativos, indicação
de passos a ser seguidos) e formato
específico dos textos orais ou escritos
desses gêneros (lista/apresentação de 206
materiais e instruções/passos de jogo).
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⊲ PNA
Dessa forma, podem associar os gêneros ressalte os recursos gráficos usados na lista
Produção de escrita
textuais que aprendem na escola a gêne- de ingredientes. Leve os alunos a perceber
Compreensão de textos ros textuais que encontram socialmente. a relação de sentido entre os recursos e as
Desenvolvimento de vocabulário ações de verificação e conferência. É pro-
1. Inicie a atividade estimulando os alunos
vável que esse recurso tenha sido usado
a observar o título, a estrutura do texto e
também para tornar o texto mais atraente
ROTEIRO DE AULA a imagem que o acompanha.
para o leitor.
Relembre a turma dos elementos ca-
⊲ LEITURA racterísticos do gênero texto instrucional.
Registre-os na lousa para, posteriormente,
TEXTO INSTRUCIONAL checarem se o texto contém esses elemen-
A opção por trabalhar com receitas tos. Só então abra espaço para que os alu-
de slime se deu devido ao fato de este nos leiam o texto.
ser um tema atrativo para as crianças. Explore as instruções com perguntas e
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⊲ O QUE E COMO AVALIAR
Com antecedência, selecione uma
receita simples que pode ser prepara-
da com os alunos.
Digite a receita e providencie fo-
tocópias para todos os alunos ou, se
preferir, registre-a na lousa.
Proponha algumas perguntas com
o objetivo de averiguar se os alunos
1 Despeje a cola em um 2 Coloque aos poucos os demais compreenderam as características e
recipiente. ingredientes, mexendo sempre. os elementos que, geralmente, com-
põem o gênero textual receita culi-
3 Vamos ativar sua base. Goteje nária. Seguem algumas sugestões de
o ativador na mistura e mexa perguntas que podem ser feitas:
bem. Repita esse procedimento
1. Leia com bastante atenção a receita
até a slime começar a desgru-
a seguir.
dar do fundo do pote.
2. Em quantas partes essa receita está
4 Quando a slime desgrudar, pe- organizada?
gue-a com as mãos e, num mo- 3. O modo de preparo contém todos
vimento de “esticar e unir a os alimentos citados na parte de in-
massa”, dê o ponto até que ela gredientes?
solte completamente dos dedos. 4. Nessa receita, há a indicação dos
utensílios que devemos usar para pre-
pará-la?

TEXTO E ILUSTRAÇÕES “SLIME UNICÓRNIO”, DO LIVRO: SLIME: 20 RECEITAS TOPS


PARA BOTAR A MÃO NA SLIME! COTIA: PÉ DA LETRA, 2020. P. 24-25. E P. 40.
5. Localize os verbos no texto. Circule
de verde os verbos que apenas dão a
ideia de ação e, de azul, os verbos que
exprimem a ideia de dar ordem ou fa-
zer pedido.

5 Divida a base em quatro partes


iguais. Agora é só colorir. Para 6 Coloque as partes sobre a
isso, coloque apenas duas go- mesa, uma ao lado da outra,
tas de corante e manuseie cada e comece a misturar todas as
parte até a cor ficar uniforme. cores. Prontinho! Ficou linda!

Slime: 20 receitas tops para botar a mão na slime! Cotia: Pé da Letra, 2020. p. 24-25.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Gêneros instrucionais informações (a alteração dos comandos tes”, “depois”, “em seguida”, “por último”
[...] pode refletir no processo de sua execu- etc. [...]
ção). Gêneros instrucionais com maior SANTOS, Leonor Werneck dos; FABIANI,
Pela objetividade do gênero instrucional corporeidade textual (receitas, manu- Sylvia J. S. do Nascimento. Gêneros ins-
(o comando procura ser o mais claro pos- ais) costumam apresentar articuladores trucionais nos livros didáticos: análise
sível, para que a execução seja cumprida textuais que explicitam a hierarquia de e perspectivas. Revista de Letras, n. 31,
conforme o esperado), os textos sob essa execução de cada microcomando a ser v. 1/2, jan./dez. 2012. Disponível em:
organização genérica costumam apre- cumprido, para que o macrocomando http://www.revistadeletras.ufc.br/revista
sentar linguagem precisa, frases curtas seja realizado, promovendo, assim, a pro- 30_arquivos/10_Artigo%208_Rev_Letras_
e uma ordenação relativamente fixa das gressão textual: “primeiramente”, “an- 31_1_2_20123.pdf. Acesso em: 12 ago. 2021. p. 66.

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ROTEIRO DE AULA 2. Onde, geralmente, são publicados textos instrucionais? Espera-se que os alunos
respondam que textos instrucionais geralmente são encontrados em livros, revistas e sites.
⊲ LEITURA 3. Existe relação entre o título da receita e o que ela ensina a preparar?
Explique. Sim, pois a receita ensina a fazer uma slime usando cores que, geralmente,
TEXTO INSTRUCIONAL são relacionadas a unicórnios em desenhos animados.
4. Marque as alternativas adequadas.
2. Comente que convivemos com uma • Nessa receita, as imagens:
infinidade de textos instrucionais,
como: regras de jogos, montagem de X contribuem para que o leitor compreenda o passo a passo.
brinquedos, experimentos, receitas
culinárias, bulas de medicamentos, evidenciam que slime é um brinquedo apenas para crianças.
entre outros. Aproveite a oportunida-
de para levantar com a turma outros X contribuem para deixar o texto mais atraente.
suportes em que podem ser encontra-
dos textos instrucionais, como: emba- X mostram o resultado final da receita.
lagens de alimentos, rótulos, caixas de
remédio, cartazes etc. 5. Releia os trechos a seguir, observando as palavras em destaque.
3. Estimule os alunos a criar outros tí-
tulos para substituir Slime unicórnio,
a fim de verificar se compreenderam  1 colher de sobremesa de talco

que o título deve ter relação direta


com o produto final da receita. Aceite  1 colher de café de óleo corporal

outras respostas, desde que coerentes.


4. Comente que as imagens funcio- a) A receita tem café como ingrediente?

K.COM
TTERSTOC
nam como suporte para a leitura e é
Sim. X Não.

CTOR/SHU
fundamental que combinem com o

REAL VE
texto escrito e estejam próximas ao
b) Qual a função das palavras em destaque?
item da lista de ingredientes ou aos
passos a que se referem. Espera-se que os alunos respondam que elas indicam o tamanho das colheres que serão
5. O objetivo das questões é verificar
usadas para acrescentar os ingredientes indicados.
se os alunos compreenderam que as
palavras sopa e café são utilizadas 6. Marque qual destas cores é de tom pastel.
para nomear os tipos de colher. Além
disso, a questão visa levá-los a inter- X
pretar os modos de dimensionar as
quantidades dos ingredientes. Infor- 7. Sublinhe na receita os verbos que indicam as ações que devem ser
me que é possível encontrar as medi- realizadas para fazer a slime.
das indicadas por peso (por exemplo: • Agora, escreva como esses verbos são encontrados no dicionário.
gramas, quilograma etc.). Verifique
se sabem a diferença entre os ta- Despejar, colocar, gotejar, repetir, pegar, dar, dividir, manusear, começar.
manhos das colheres. Se necessário,
apresente esses utensílios aos alunos,
diferenciando-os. 208
Amplie a atividade perguntando aos
alunos se eles sabem por que é neces- D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 208 08/08/2021 00:44 D2_190-2

sário seguir todos os passos de uma


7. Além de chamar a atenção dos alunos
receita culinária e o que poderia acon-
para a presença de verbos no imperativo,
tecer com o produto final caso se meça
a questão também permite que os alunos
um dos ingredientes de forma errada.
retomem um conteúdo abordado em vo-
6. Chame a atenção dos alunos para lumes anteriores: a forma como os verbos
as imagens da slime pronta que acom- são apresentados no dicionário.
panham o texto. Abra espaço para
que comentem quais cores foram usa-
das na slime de exemplo. Pergunte:
nessa slime, as cores são vibrantes ou
suaves? Observe se inferem, a partir
da análise das imagens, que cores
pastéis são aquelas mais suaves, com
menos saturação e vibração.
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8. a) Chame a atenção da turma para
8. Releia um dos passos da receita e observe novamente a imagem. a imagem que acompanha as orien-

TEXTO E ILUSTRAÇÕES “SLIME UNICÓRNIO”, DO LIVRO:

SLIME! COTIA: PÉ DA LETRA, 2020. P. 24-25. E P. 40.


SLIME: 20 RECEITAS TOPS PARA BOTAR A MÃO NA
tações dessa etapa. Em cada parte
5 Divida a base em quatro partes iguais. é usada uma cor de corante e que
Agora é só colorir. Para isso, coloque ape- apenas se deve pingar duas gotas em
nas duas gotas de corante e manuseie cada parte e não despejar o corante.
cada parte até a cor ficar uniforme.
8. b) Instigue-os a relacionar o termo
uniforme a outros contextos, levando-
a) Os corantes devem ser acrescentados em toda a base? Explique.
-os a inferir o significado dessa pala-
Não, a base deve ser dividida em quatro partes. Deve-se pingar, em apenas três delas, duas vra. Se achar conveniente, peça aos
alunos que procurem o significado no
gotas do corante escolhido para cada parte. dicionário.
9. Peça aos alunos que leiam nova-
mente a receita e verifique se compre-
b) O que você entende por cor uniforme? endem que a massa deve ser dividida
Espera-se que os alunos concluam que cor uniforme significa que a cor tem apenas um quando não estiver mais grudando
nas mãos.
tom em toda a massa, ou seja, não há partes mais escuras ou mais claras. 10. Na discussão, comente que esse
sinal é utilizado para confirmar algo,
indicar que algo foi visto, verificado
9. Em que momento é necessário dividir a massa? No momento em que ela estiver etc. Aproveite a oportunidade para
em um ponto que não gruda nos dedos. comentar que esse sinal também é
10. Explique o significado do símbolo  , usado na lista de ingredientes utilizado em aplicativos de mensagem
da receita. O símbolo indica que aquele passo ou aquela tarefa listada foi cumprida. para indicar que determinada mensa-
• Vamos verificar o que você já fez hoje? Leia a lista e indique. gem foi enviada, entregue e lida.

Resposta pessoal.

Tomei banho.

Escovei os dentes. [...]


Nesse sentido, o uso de elementos e
Brinquei no recreio. recursos multimodais na construção
textual enseja a extensão das poten-
cialidades de produção e, em especial,
Fiz a lição de casa. de compreensão de texto. A compre-
DAYANE RAVEN

ensão textual não é algo resultante


Arrumei minha cama. apenas do texto verbal, mas abarca
um grande leque de elementos se-
mióticos. Ora, o leitor dá sentido ao
texto tendo o respaldo não apenas de
signos alfabéticos, mas de elementos
209
imagéticos e visuais. Ou seja, os leito-
res envolvem-se em uma nova forma
de ler marcada por documentos tex-
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tuais materializados por elementos
tanto verbais como visuais. A leitura e
SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
a escrita vão, então, adquirir um novo
formato e uma nova moldagem. A es-
TEXTO COMPLEMENTAR crita, nesses documentos, está imersa
entre um amplo contingente de ele-
Textos multimodais: a nova tendência fontes diferenciadas em um mesmo texto, mentos imagéticos. Isso torna o texto
na comunicação o tamanho da fonte, o itálico, o negrito, o multimodal ou multissemiótico.
[...] sublinhado etc. Para os autores, a predomi-
PORFIRIO, Silvio; SOUZA, Francisco E.
Os arcabouços teóricos de Nascimento et nância da linguagem escrita em um dado B. de; CIPRIANO, Luis Carlos. Textos
al. (2011) defendem que nenhum texto é texto não significa dizer que este é mono- multimodais: a nova tendência na co-
monomodal e/ou monossemiótico. Pelo modal. Ainda que um dado texto seja mar- municação. Observatório da Impren-
contrário, todo texto é multimodal e mul- cado pela supremacia da linguagem escrita sa, 29 jul. 2015. Disponível em: http://
tissemiótico. Há textos que são materiali- e, conseguintemente, pelos elementos alfa- www.observatoriodaimprensa.com.
zados unicamente através da escrita. Ainda béticos, ele pode materializar traços mul- br/diretorio-academico/textos-multi
assim, esses textos trazem consigo marcas timodais. Isso acontece quando [...] altera- modais-a-nova-tendencia-na-comu
e traços multimodais, tais como: cores e mos a cor, a fonte ou o tamanho das letras. nicacao/. Acesso em: 12 ago. 2019.

209

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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS EM
• Ler com autonomia uma história ortografia -AGEM, -IGEM OU -UGEM
em quadrinhos. 1. a) O humor da tirinha decorre do fato de Armandinho ter sugerido que tem bagagem, pois está com
• Praticar a ortografia. uma mala, e depois falar em figura de língua (imagem de uma língua) no lugar de figura de linguagem.
1. Leia uma tirinha do personagem Armandinho.
• Consolidar a compreensão de
relações entre grafemas e fonemas
mais complexas.
• Refletir sobre regularidades mor-
fológicas da ortografia.

ARMANDINHO, DE ALEXANDRE BECK


• Refletir sobre a grafia de substan-
tivos formados com sufixos -agem,
-igem ou -ugem.
As habilidades e os componentes a Alexandre Beck. Armandinho. Elaborado especialmente para esta obra.
seguir serão trabalhados nesta seção.
a) O que deu humor à tirinha?
⊲ BNCC b) Sublinhe no verbete a seguir o sentido em que a palavra bagagem
(EF15LP14) Construir o sentido de his- foi usada pelo pai de Armandinho.
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela-
cionando imagens e palavras e inter- Bagagem sf. 1. Conjunto de objetos de uso pessoal de um viajante, arru-
pretando recursos gráficos (tipos de mados para o transporte – A bagagem vai no porta-malas. 2. Conjunto de
balões, de letras, onomatopeias). obras de um autor – a bagagem literária de um escritor. 3. Conjunto de co-
nhecimentos de alguém – É grande a bagagem cultural daquele professor. [...]
(EF04LP03) Localizar palavras no dicio-
nário para esclarecer significados, re- Bagagem. Em: Geraldo Mattos. Dicionário júnior da língua portuguesa.
São Paulo: FTD, 2010. p. 97.
conhecendo o significado mais plau-
sível para o contexto que deu origem
à consulta. 2. Escreva palavras nos quadrinhos conforme as dicas.
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor- a) Nome do lugar onde o carro fica guardado.
retamente, palavras derivadas com os
g a r a g e m
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
(regulares morfológicas).
b) Transformação que a umidade provoca no ferro.

⊲ PNA f e r r u g e m
Conhecimento alfabético
c) O mesmo que procedência.
Consciência fonológica e fonêmica

WALDOMIRO NETO
Compreensão de textos o r i g e m
Produção de escrita
As palavras terminam com -agem, -ugem ou -igem.

ROTEIRO DE AULA
210
⊲ ORTOGRAFIA
PALAVRAS TERMINADAS EM D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 210 08/08/2021 00:44 D2_190-2

-AGEM
AGEM, -IGEM
IGEM OU -UGEM
UGEM assunto, e não a um conjunto de bens
pessoais organizados para uma viagem.
ORGANIZE-SE
Ao ler o verbete de dicionário, chame a
• Cópias impressas da letra “Januá-
ria”, de Chico Buarque. atenção dos alunos para o fato de que uma
palavra pode ter mais de um significado, a
1. Abra espaço para que os alunos
depender do contexto em que é utilizada.
façam a leitura silenciosa da tirinha.
Pergunte: o que o pai de Armandinho 2. É importante que os alunos tenham a
quis dizer com “é preciso bagagem oportunidade de realizar a atividade oral-
para entender tudo isso”? Espera-se mente antes de registrarem as respostas.
que os alunos infiram que ele utilizou O objetivo da questão é que os alunos per-
a palavra bagagem em sentido figu- cebam que substantivos terminados em
rado, referindo-se a um conjunto de -agem, -ugem e -igem são geralmente
conhecimentos sobre determinado escritos com g.
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tecedida por um artigo, pronome ou
• Todas as palavras que você usou para completar os quadrinhos são:
um termo que a defina: a, uma, esta,
X substantivos. verbos. adjetivos. essa, aquela, boa. Já viajem com j é
uma das conjugações do verbo via-
jar, que indica uma ação. Amplie a
Geralmente, usa-se a letra g nas palavras terminadas em -agem, questão registrando na lousa outras
-igem e -ugem. frases semelhantes:
• A viagem foi muito cansativa.
3. Descubra quais letras faltam nas palavras entre parênteses e, depois, • Mamãe quer fazer uma viagem
complete as frases com elas. de trem nessas férias.
• Como foi a sua viagem?
a) A paisagem do quadro é linda! (pais ) • É provável que os atletas viajem
de avião.
b) Cinderela foi ao baile em uma carruagem . (carru )
• Mamãe quer que eu e meu irmão
c) A filmagem de A Bela e a Fera foi longa. (film ) viajemos nessas férias.
• Prefiro que vocês viajem durante
d) O leão é um animal selvagem . (selv ) o dia, é mais seguro!
4. Leia os quadros. ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Ofereça aos alunos cópias impres-
sas com a letra da canção “Januária”,
Viagem Viajar de Chico Buarque de Hollanda, lança-
da em 1968, e peça que observem o
uso do g e o do j no trecho.
Pergunte: em que palavras o g e o
Substantivo Verbo j têm o mesmo som? Que letras vêm
Espero que vocês façam Espero que vocês viajem depois do g quando ele tem o mes-
boa viagem. em segurança. mo som de j? Espera-se que os alunos
concluam que a letra g seguida de e e
i tem o mesmo som de j.
• Complete as frases com viagem ou viajem.

a) Viajem tranquilos, eu cuidarei do Rex.

b) A viagem que fiz no Ano-Novo foi ótima!

c) Vocês fizeram boa viagem ?

d) É provável que meus primos viajem hoje


à noite.

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3. Realize a atividade primeiro oralmente, corrigem, vertigem, dirigem, fuligem, exi-


para se certificar de que os alunos conse- gem, mugem, penugem, rugem. Se achar
guiram descobrir quais são as palavras que conveniente, peça aos alunos que montem
completam as frases. Em seguida, antes de um diagrama com as palavras da lista para
registrarem as palavras, lembre-os de que que o colega ao lado as encontre e as cir-
palavras terminadas em -agem, -igem cule.
e -ugem são geralmente escritas com g. 4. Viagem e viajem são palavras homó-
Após a atividade, desafie a turma a falar fonas, ou seja, possuem a mesma pronún-
outras palavras terminadas com -agem, cia e geralmente causam dúvida quanto
-igem e -ugem. Registre-as na lousa. Su- ao emprego das letras g e j. Explique-lhes
gestões: plumagem, espionagem, massa- que a palavra viagem com g é um subs-
gem, enfermagem, decolagem, clonagem, tantivo que nomeia o ato de partir de um
aprendizagem, armazenagem, friagem, lugar para o outro e geralmente vem an-
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OBJETIVOS
PRONOMES PESSOAIS RETOS
• Retomar conteúdos anteriores a nossa lingua E OBLÍQUOS
fim de consolidar aprendizagens.
• Recordar os pronomes pessoais.
1. Leia algumas dicas para tornar a brincadeira com slime ainda mais divertida.
• Reconhecer e diferenciar prono-
mes pessoais do caso reto e do caso
oblíquo. Mais dicas
• Classificar e empregar adequa- • A decoração, além de deixar sua slime
damente os pronomes pessoais linda demais, acrescenta textura. Ela
oblíquos. fica ainda mais gostosa de mexer.
• Compreender o uso dos pronomes Capriche!

BOLKINS/SHUTTERSTOCK.COM
pessoais dos casos retos e oblíquos. • O corante em gel é mais fácil de ma-
nusear, mas preste atenção: coloque
As habilidades e os componentes
pouquinho! Algumas gotas costumam ser suficientes. Se exage-
a seguir serão trabalhados na seção
rar, a tinta sairá nas suas mãos. Para removê-la, você pode lavar
Nossa Língua.
as mãos com creme dental.

⊲ BNCC Slime: 20 receitas tops para botar a mão na slime! Cotia: Pé da Letra, 2020. p. 40.

(EF35LP06) Recuperar relações en-


tre partes de um texto, identificando • O que você entendeu por acrescenta textura?
substituições lexicais (de substantivos Espera-se que os alunos concluam que acrescentar textura quer dizer que a slime deixará
por sinônimos) ou pronominais (uso
de pronomes anafóricos – pessoais, de ser lisa.
possessivos, demonstrativos) que con-
tribuem para a continuidade do texto. 2. Leia.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um tex-
to, recursos de referenciação (por subs- Palavras como eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas são prono-
mes pessoais retos.
tituição lexical ou por pronomes pesso-
ais, possessivos e demonstrativos), vo-
cabulário apropriado ao gênero, recur- a) Sublinhe o pronome pessoal reto usado na primeira dica.
sos de coesão pronominal (pronomes b) A que substantivo esse pronome se refere?
anafóricos) e articuladores de relações
Ao substantivo slime.
de sentido (tempo, causa, oposição,
conclusão, comparação), com nível su- 3. A que se refere a palavra la, em removê-la, na segunda dica?
ficiente de informatividade.
(EF35LP14) Identificar em textos e Refere-se à palavra tinta.
usar na produção textual pronomes
pessoais, possessivos e demonstrati- Na dica sobre como tirar a tinta das mãos, aparece a palavra la, que,
vos, como recurso coesivo anafórico. nesse caso, é um pronome pessoal oblíquo.
(EF04LP06) Identificar em textos e
usar na produção textual a concor-
dância entre substantivo ou pronome 212
pessoal e verbo (concordância verbal).

⊲ PNA
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ber que essa palavra se refere ao tato e que substantivo tinta, mas, caso alguém tenha
Compreensão de textos
é possível inferir que a decoração a qual o dificuldade de identificar e compreender
Produção de escrita texto se refere deve ser feita com materiais essa substituição, registre o trecho subs-
Desenvolvimento de vocabulário como glitter, miçangas, areias, ou seja, ma- tituindo o pronome oblíquo la pelo subs-
teriais que alteram a textura da slime. tantivo tinta. Então, pergunte: e agora,
vocês percebem que palavra esse termo la
ROTEIRO DE AULA 2. Faça a leitura do trecho substituindo o
está substituindo? Por que o autor optou
pronome ela pelo termo a que esse prono-
por substituir o substantivo tinta pelo ter-
⊲ NOSSA LÍNGUA me se refere. Nessa leitura, os alunos terão
mo la? Espera-se que os alunos digam que
a chance de perceber a importância do uso
é para evitar a repetição de palavras.
PRONOMES PESSOAIS RETOS E de pronomes nos textos para retomar ele-
OBLÍQUOS mentos, evitando a repetição de palavras.
1. Discuta o significado da palavra tex- 3. O objetivo é que os alunos observem
tura com a turma, levando-os a perce- que o pronome la está substituindo o
212

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oblíquos devido ao fato de ainda não
4. O professor vai reler as dicas sobre slimes em voz alta, substituindo os terem estudado preposições. Além dis-
pronomes pelos substantivos a que se referem. Veja orientações e encaminhamentos so, da forma como foi apresentado,
na seção Roteiro de aula.
• O uso dos pronomes em destaque nas dicas sobre slimes é não exclui outras possibilidades.
importante? Por quê? 7. O objetivo da atividade é verificar
Espera-se que os alunos concluam que o uso do pronome ela e da partícula la evita a se os alunos realizam a concordância
em relação ao número, empregando
repetição das palavras slime e tinta, o que contribui para tornar o texto mais agradável na adequadamente pronomes oblíquos
no plural.
leitura.

5. Qual sinal foi usado para acrescentar o pronome oblíquo ao verbo? ⊲ O QUE E COMO AVALIAR
Para verificar se os alunos com-
O hífen. preendem quais são os pronomes
pessoais retos e oblíquos, escolha o
6. Conheça outros pronomes pessoais oblíquos. trecho de um texto em que apare-
Pronomes pessoais oblíquos çam alguns desses pronomes e pro-
Pessoas videncie uma cópia desse texto para
Singular Plural
cada aluno ou transcreva-o na lousa
Primeira me, mim, comigo nos, conosco e peça-lhes que copiem no caderno.
Segunda te, ti, contigo vos, convosco Depois, solicite-lhes que encontrem
Terceira o, a, lhe, se, si, consigo os, as, lhes, se, si, consigo e selecionem os pronomes pessoais
que aparecem no texto.
Os pronomes o, a, os, as têm também as formas lo, la, los, las / no, na, Proceda à correção coletiva e peça
nos, nas. aos alunos que justifiquem o motivo
do uso desses pronomes. É importan-
te que eles percebam que os prono-
7. Reescreva as dicas da atividade 1, que foram alteradas para se referir a
mes substituem um substantivo.
mais de uma slime e a mais de uma tinta.

• A decoração, além de deixar suas slimes


SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

lindas Elas ficam TEXTO COMPLEMENTAR


demais, acrescenta textura.

ainda mais gostosas de mexer. Capriche! O hífen (-) é um diacrítico que serve
para indicar ligação entre palavras ou
parte de uma palavra (como ocorre na
• O corante em gel é mais fácil de manusear, mas preste atenção:
translineação). O hífen, sem dúvida
alguma, é o símbolo de uso mais com-
coloque pouquinho! Algumas gotas costumam ser suficientes. Se
plexo, mais complicado mesmo, que
exagerar, as tintas sairão nas suas mãos. Para temos em nossa escrita. A quantidade
de regras, exceções e recomendações
removê-las , você pode lavar as mãos com creme dental. subjetivas que definem sua aplicação
é quase impossível de decorar. Aí fica
valendo mesmo ter [...] um bom cor-
213 retor ortográfico digital para saber se
o hífen é aplicável ou não.
FERRAREZI JUNIOR, Celso. Guia de
2021 00:44 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 213 08/08/2021 00:44 acentuação e pontuação em portu-
guês brasileiro. São Paulo: Contexto,
4. O seguinte texto deve ser lido em voz sinal gráfico hífen: fazer a junção entre 2018. p. 42.
alta: “A decoração, além de deixar sua pronomes oblíquos e verbos. Ressalte
slime linda demais, acrescenta textura. aos alunos que esse sinal possui outras
A slime fica ainda mais gostosa de mexer. funções, como: ligar palavras compostas,
Capriche!”. separar sílabas quando há a quebra de li-
O corante em gel é mais fácil de ma- nha em um texto, ligar prefixos a palavras,
nusear, mas preste atenção: coloque pou- entre outras.
quinho! Algumas gotas costumam ser su- 6. Promova a leitura do quadro. Se achar
ficiente. Se exagerar, a tinta sairá nas suas conveniente, confeccione coletivamen-
mãos. Para remover a tinta, você pode la- te um cartaz com os pronomes oblíquos
var as mãos com creme dental”. e afixe-o em local visível na sala de aula.
5. O objetivo da questão é chamar a aten- Ressalta-se que o quadro do Livro do Estu­
ção dos alunos para uma das funções do dante não apresenta todos os pronomes
213

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ROTEIRO DE AULA 8. Você sabia que a língua tem funções importantes?
Leia as informações a seguir e descubra.
⊲ NOSSA LÍNGUA
Para conservar os dentes fortes e com saúde é
PRONOMES PESSOAIS RETOS E preciso escová-los depois de cada refeição e
OBLÍQUOS tirar o resíduo alimentar que fica entre
8. Antes de os alunos lerem o texto eles. A língua ajuda a mover o alimen-
da atividade, pergunte-lhes: pela ima- to dentro da boca e a empurrá-lo
gem, é possível saber de que assunto para a garganta. Ela também serve

MONSTERSTOCK/SHUTTERSTOCK.COM
o texto tratará? Por quê? Espera-se para articular as palavras, partici-
que os alunos respondam que prova- pando do processo da fala.
velmente o assunto será sobre a esco- Gilson Barreto. O livro mágico do corpo humano. São Paulo:
vação dos dentes. Só então peça-lhes Caramelo, 2005. p. 49.
que leiam o texto.
8. a) e b) Verifique se os alunos identi- a) Sublinhe os pronomes que aparecem no texto.
ficam tanto os pronomes retos quanto b) Copie os pronomes que você sublinhou e escreva a que palavra cada
os oblíquos e se compreendem a re- um deles se refere.
lação deles com os substantivos, bem
como se reconhecem a função dessa los: dentes / eles: dentes / lo: alimento / ela: língua
classe gramatical em textos.
8. c) O objetivo da questão é, mais
uma vez, verificar se os alunos reali- • Os pronomes foram usados para:
Você pode marcar mais de
zam a concordância quanto ao núme- uma alternativa.
X retomar palavras do texto.
ro adequadamente.

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR X evitar a repetição desnecessária de palavras.

TEXTO COMPLEMENTAR não confundir as palavras dentes, língua e alimento.

c) Releia.
[...]
No segundo ciclo, o trabalho com a A língua ajuda a mover o alimento dentro da boca e a
linguagem oral e escrita precisa ser
planejado de maneira a garantir a
empurrá-lo para a garganta.
continuidade do que foi aprendido no
ciclo anterior e a superação de dificul- • Reescreva o trecho passando o substantivo em destaque para o
dades que eventualmente se tenham plural e fazendo as alterações necessárias.
acumulado no período. Para tanto, é
necessário que o professor investigue A língua ajuda a mover os alimentos dentro da boca e a empurrá-los para a garganta.
quais conhecimentos o aluno já cons-
truiu sobre a linguagem verbal para
poder organizar a sua intervenção
de maneira adequada. Esse procedi-
mento precisa ser garantido não só
no início dos ciclos, mas durante todo 214
o processo de ensino e aprendizagem:
não é, portanto, esporádico. Após a re-
alização das atividades, é possível (e D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 214 08/08/2021 00:44 D2_190-2
desejável) saber o que foi aprendido
pelos alunos para poder identificar
tros (ou não). Isso pode fornecer informa-
Consulte com os alunos o Dicionário
o que é necessário ser trabalhado a ilustrado no final da unidade para explorar
ções mais precisas para modificar a sua
seguir, tendo em vista os objetivos outros significados e exemplos de uso dos
intervenção – caso seja necessário –, do-
propostos. No entanto, a análise da-
tando sua prática de maior qualidade. […] termos articular e resíduo e ampliar o re-
quilo que foi o não aprendido precisa
A progressiva autonomia que se espera no pertório deles com os novos vocabulários.
ser realizada num contexto em que
desempenho dos alunos depende tanto de
se considere também o que foi de fato
suas possibilidades cognitivas como da
ensinado e a maneira pela qual isso
complexidade dos conteúdos ensinados.
foi feito. É a partir da relação estabe-
lecida entre ensino e aprendizagem [...]
que se torna possível ao professor BRASIL. Secretaria de Educação Funda-
compreender melhor por que alguns mental. Parâmetros Curriculares Nacio-
aspectos dos conteúdos abordados nais: língua portuguesa. Brasília: MEC,
foram mais bem aprendidos que ou- 1997. p. 79.

214

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OBJETIVOS
LINGUAGEM FORMAL
retomar e avançar E INFORMAL • Identificar aspectos comuns aos
registros informal e formal.
• Refletir sobre as situações socio-
1. Leia o trecho de um artigo de divulgação científica. comunicativas em que se utilizam os
registros informal e formal.
Limpeza na boca • Retomar conteúdos já abordados.

INCOMIBLE/SHUTTERSTOCK.COM
Olhando os dentes em um microscópio, a • Remediar eventuais defasagens
gente se assusta com a quantidade de ger- de aprendizagem.
mes que podem grudar neles quando há res-
tos de alimentos na nossa boca. Para se livrar
desses visitantes chatos, que causam doenças ROTEIRO DE AULA
e mau cheiro, é preciso escovar bem os dentes.
Já para o chuveiro! Recreio: corpo humano. São Paulo: Abril, p. 112, 2011. ⊲ RETOMAR E AVANÇAR
LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL
Esse artigo foi escrito em uma revista para crianças, por isso foi usado
um registro mais informal da língua, com expressões típicas de uma 1. É importante chamar a atenção dos
linguagem descontraída. alunos para o fato de o registro predo-
minantemente informal estar adequado
• Sublinhe exemplos dessa linguagem.
a uma revista destinada especialmente
2. Imagine que esse artigo fosse divulgado em outro tipo de publicação e ao público infantil, pois o uso desse re-
fosse exigido o uso de um registro mais próximo do formal. gistro aproxima o leitor do texto.
• Junte-se a um colega e reescrevam esse trecho 2. A reescrita será uma oportunidade
Quando necessário,
substituindo as palavras ou as expressões que de verificar se os alunos compreende-
usem o dicionário.
vocês sublinharam. ram que os visitantes chatos são os
germes. Além disso, poderão observar
Sugestão de resposta: Olhando os dentes em um microscópio, nós nos assustamos
as mudanças ao se fazer a concordân-
com a quantidade de germes que aderem a eles quando há restos de alimentos na nossa cia com o pronome nós.

boca. Para eliminar esses germes/micróbios/microrganismos, que causam


ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A proposta desta atividade é que os
doenças e mau cheiro, é preciso escovar bem os dentes. alunos dramatizem uma situação em
que usem o registro linguístico infor-
mal e outra em que usem o registro lin-
guístico formal. Para isso, organize-os
em grupos. Defina as duas situações
(de registro formal e de registro infor-
mal) que cada grupo vai dramatizar.
Os grupos reunidos devem definir
como vão encenar, pensando o con-
texto, o ambiente, o tema, as falas e o
grau de intimidade entre os falantes.
215 Auxilie os alunos nessa fase.
Disponibilize um tempo das aulas
2021 00:44 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 215 08/08/2021 00:44 para promover os ensaios e agende
um dia para que os grupos se apre-
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA sentem. Se preferir, programe dias di-
guir serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos ferentes para as apresentações.
⊲ BNCC Produção de escrita Ao término de cada dramatização,
Desenvolvimento de vocabulário abra espaço para que os alunos com-
(EF04LP03) Localizar palavras no dicioná-
partilhem o que foi produzido; aborde
rio para esclarecer significados, reconhe-
principalmente aspectos relacionados
cendo o significado mais plausível para o ao registro linguístico formal e informal.
contexto que deu origem à consulta.
(EF04LP19) Ler e compreender textos ex-
positivos de divulgação científica para
crianças, considerando a situação comuni-
cativa e o tema/assunto do texto.

215

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OBJETIVOS
• Reconhecer a estrutura de um produçao de escrita RECEITA DE SLIME
texto instrucional.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
• Desenvolver os procedimentos de
Você e os colegas vão assistir a um vídeo que ensina a fazer slime.
escrita: planejamento, escrita, revi-
Depois, o professor vai organizar a turma em trios para que escrevam a
são, reescrita e edição.
receita de slime, acrescentando um ingrediente novo.
• Produzir texto instrucional.
As receitas serão reunidas no livro As mais incríveis receitas de slime, que
• Assistir a um vídeo destinado ao será doado para uma turma de 5o ano à escolha de vocês.
público infantil com instruções para
confecção de slime. 1 Acessem o vídeo que ensina a fazer slime, disponível em: https://youtu.
As habilidades e os componentes a be/1CnK21iOTvk (acesso em: 15 jun. 2021).
seguir serão trabalhados nesta seção. • Enquanto assistem ao vídeo, prestem atenção aos ingredientes e
às instruções.
⊲ BNCC 2 Escolham um ingrediente novo e diferente que poderiam adicionar
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um à receita apresentada no vídeo. Pode ser, por exemplo, lantejoulas,
texto, conhecimentos linguísticos e miçangas, pompons, bolinhas coloridas, olhos de monstro, areia etc.
gramaticais, tais como ortografia, re-
gras básicas de concordância nominal
e verbal, pontuação (ponto final, ponto
de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação
do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um tex-
to, recursos de referenciação (por subs-
tituição lexical ou por pronomes pesso-
ais, possessivos e demonstrativos), vo-
cabulário apropriado ao gênero, recur-
sos de coesão pronominal (pronomes

DADO PHOTOS/SHUTTERSTOCK.COM
anafóricos) e articuladores de relações
de sentido (tempo, causa, oposição,
conclusão, comparação), com nível su-
ficiente de informatividade.
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, 3 Planejem o texto. Lembrem-se de que a receita deve conter:
em textos injuntivos instrucionais • título, ingredientes e modo de fazer;
(instruções de jogos digitais ou im- • palavras como mexa, misture, coloque, para indicar as ações que
pressos), a formatação própria desses devem ser realizadas;
textos (verbos imperativos, indicação
• palavras e expressões como depois, antes, para marcar a sequência
de passos a ser seguidos) e formato
de ações.
específico dos textos orais ou escritos
desses gêneros (lista/apresentação de
materiais e instruções/passos de jogo). 216

⊲ PNA
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Compreensão de textos
ao vídeo com os alunos, explique à turma o contexto de produção e de recepção do
Produção de escrita como fazer o slime ou ainda que conver- texto a ser produzido. Além disso, podem re-
Desenvolvimento de vocabulário sem com alguém que saiba fazer. fletir sobre as características do gênero texto
A atividade dará oportunidade de os instrucional enquanto produzem o texto.
ROTEIRO DE AULA alunos produzirem um texto injuntivo, Para ampliar a atividade, enquanto as-
com verbos no imperativo e indicação de sistem ao vídeo, peça a eles que observem
passos a serem seguidos. É importante as expressões faciais e corporais da pessoa
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA que está ensinando a receita: o olhar, o
ressaltar que saber que vão escrever um
riso, os gestos, o tom de voz (são os as-
RECEITA DE SLIME texto para alunos mais velhos permitirá
que definam como será linguagem a ser pectos não verbais, os paralinguísticos).
1. e 2. O link apresentado na ativida-
de é apenas uma sugestão. Se prefe- utilizada no texto.
rir, escolha outro vídeo com receita de 3. Esta etapa permite aos alunos planejarem
slime. Caso não seja possível assistir a atividade, estimulando-os a refletir sobre
216

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4. Os alunos devem assistir ao vídeo
4 Em uma folha avulsa, anotem os ingredientes e as quantidades novamente, dessa vez com o objetivo
necessárias para fazer a slime. de anotar os ingredientes utilizados
no preparo da receita. É comum que
5 Decidam quem será o escriba do trio e escrevam primeiro esses ingredientes apareçam durante
o rascunho. o modo de preparo. Ressalte que cada
6 Preparem a slime usando também o novo ingrediente escolhido. slime pode ter uma consistência e uma
aparência diferente, a depender dos in-
• Tirem fotos que auxiliem na compreensão de cada passo do preparo
gredientes usados. O desafio nessa pro-
da receita e mostrem o resultado da slime.
dução será escolherem um ingrediente
7 Combinem quem do trio ficará encarregado de passar a receita a limpo diferente para tornar a slime exclusiva.
e onde incluirão as fotos. É importante que os trios combinem
entre si antecipadamente qual ingre-
8 Com o professor, reúnam as receitas, façam a capa e montem o livro de diente irão incluir em cada receita, para
receitas de slimes para doar para a turma escolhida. que não proponham slime repetidas.
Afinal, as receitas irão compor um livro.
REFLETIR E AVALIAR Lembre os alunos de que o corante a ser
usado deve ser o alimentício.
Preencha a avaliação da página 297 para analisar o processo e o resulta-
5. Convém chamar a atenção para
do da receita.
o fato de que as receitas orais apre-
sentam, geralmente, características
próprias da oralidade. No entanto, ao
escrever, é preciso deixar o texto fácil
para a compreensão do leitor. Orien-
te os trios a prestar atenção nas falas
dos colegas e também para que haja
organização enquanto ditam a receita
para o escriba do grupo.
6. 7. e 8. Diga aos alunos que as eta-
pas de reler e revisar o texto são de
extrema importância, pois é nesse mo-
mento que o escritor, além de checar a
ortografia, a concordância verbal e no-
minal, a pontuação, verifica também a
necessidade de reformular, acrescentar
ou cortar alguma informação. Combi-
ne com os trios uma data para prepa-
rarem as slime e tirarem fotos do re-
sultado. Informe que cada trio deverá
JARABEE123/SHUTTERSTOCK.COM

escolher um nome para sua slime.


No procedimento de revisão, além
de abordar os aspectos mencionados
no Livro do Estudante, é importante
que a turma reflita sobre a disposição
217 gráfica: onde ficará o título, onde vai
incluir a autoria, os ingredientes apa-
recerão com marcador (“•”, chamado
2021 00:44 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 217 08/08/2021 00:44
de bullet) ou não, os subtítulos serão
REFLETIR E AVALIAR diferenciados por algum recurso gráfi-
Ao final da atividade, explique aos alu- co (negrito, itálico, cor da fonte, uma
nos que eles vão preencher a ficha de ava- linha colorida etc.).
liação da página 297. Se for possível usar a sala de infor-
As questões de avaliação podem ser mática da escola, utilize o software
de texto para a versão final do texto
discutidas oralmente para que mais refle-
e montagem das imagens. O ideal é
xões e questionamentos sobre a produção
que a receita e as fotos ocupem duas
sejam levantados. páginas, de preferência espelhadas.
Será interessante fazer uma apre-
sentação coletiva para o livro, contan-
do os passos do processo de produção
e o prazer que estão tendo em com-
partilhar as produções.
217

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Verificar se reconhecem prono- recordar?
mes oblíquos.
• Verificar se aplicam pronomes 1 Leia o trecho de um artigo de divulgação científica que conta o que
oblíquos na reescrita textual, evitan- era feito para conservar os alimentos antes da invenção da geladeira.
do a repetição de palavras.
• Verificar se compreendem o uso
Como fazíamos sem... GELADEIRA
das terminações -ram e -rão em
verbos. Na Europa, para aumentar a va-
lidade dos alimentos, as pessoas
• Verificar se registram palavras
salgavam as carnes [...], secavam
com ditongos que tendem a sofrer
as frutas e deixavam tudo em um
redução na oralidade. quartinho escuro, longe da luz e do
As habilidades e os componentes a calor [...]. Já no Brasil, a abundância
seguir serão trabalhados nesta seção. de frutas frescas em qualquer épo-
ca do ano tornava o estoque des-
⊲ BNCC necessário. Quanto às carnes, em
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um vez de guardar as carnes em locais
escuros, os brasileiros deixavam as
texto, conhecimentos linguísticos e
carnes expostas ao sol. O costume
gramaticais, tais como ortografia, re-
deu origem à carne de sol, que é
gras básicas de concordância nominal
muito comum no Nordeste do país.
e verbal, pontuação (ponto final, ponto
de exclamação, ponto de interrogação, Bárbara Soalheiro. Como fazíamos sem...
São Paulo: Panda Books, 2006. p. 22-24.

BIRY SARKIS
vírgulas em enumerações) e pontuação Adaptado para fins didáticos.
do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um tex- a) Uma palavra foi repetida de propósito nesse trecho. Sublinhe todas
to, recursos de referenciação (por subs- as ocorrências dela.
tituição lexical ou por pronomes pesso-
b) Agora, reescreva o trecho a seguir, substituindo as repetições
ais, possessivos e demonstrativos), vo-
por pronomes.
cabulário apropriado ao gênero, recur-
sos de coesão pronominal (pronomes Quanto às carnes, em vez de guardar as carnes em locais escuros,
anafóricos) e articuladores de relações os brasileiros deixavam as carnes expostas ao sol.
de sentido (tempo, causa, oposição, Sugestão de resposta: Quanto às carnes, em vez de guardá-las em locais escuros,
conclusão, comparação), com nível su-
ficiente de informatividade. os brasileiros deixavam-nas / as deixavam expostas ao sol.
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor-
retamente, palavras derivadas com os
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
(regulares morfológicas).

⊲ PNA
218
Consciência fonológica e fonêmica
Conhecimento alfabético
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Compreensão de textos
Produção de escrita No texto original não existe a repetição Informe que, ao juntar o pronome as
da palavra carnes. A repetição foi feita com o verbo guardar, este sofre modifi-
para fins didáticos. cação: a letra r é eliminada, acrescenta-se
ROTEIRO DE AULA o hífen seguido do pronome la e acentu-
1. a) O objetivo da atividade é verificar se
os alunos reconhecem a repetição da pa- a-se a vogal a. Comente também que, ao
⊲ VAMOS RECORDAR? lavra carnes e que essa repetição tornou a juntar o pronome as com a forma verbal
AVALIAR E AVANÇAR leitura repetitiva e desagradável. deixavam, acrescenta-se o hífen seguido
1. b) Desafie a turma a eliminar as repe- do pronome na. Dê outros exemplos.
1. Antes de ler o texto com os alunos,
pergunte se eles têm alguma ideia de tições desnecessárias da palavra carnes. Consulte com eles o Dicionário ilus-
como as pessoas faziam para estocar os Verifique se realizam a substituição usan- trado no final da unidade para explorar
alimentos quando não existia geladeira. do pronomes retos ou oblíquos. Na cor- outros significados e exemplos de uso do
Depois, peça à turma que preste aten- reção, chame a atenção dos alunos para termo abundância e ampliar o repertório
ção na leitura que você fará do texto. a escrita de guardá-las e deixavam-nas. deles com novo vocabulário.
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2. Chame a atenção dos alunos para a
2 Complete as frases com o verbo do quadro, fazendo as alterações escrita dos verbos e para como o sen-
necessárias. Depois, responda à pergunta. tido de uma frase pode ser comple-
tamente mudado, caso as grafias do
futuro simples e do pretérito perfeito
RAD K/SHUTTERSTOCK.COM
sejam confundidas.
usar
3. Amplie a atividade perguntando:
na primeira frase, a palavra que vo-
cês registraram é um substantivo ou
usavam um verbo? Por quê? E na segunda, é
Antigamente, as pessoas quase não
um substantivo ou um verbo? Caso
o avião como meio de transporte.
observe que há alunos que ainda não
• Que tipo de transporte você imagina que as pessoas compreenderam esse conteúdo, é in-
teressante oferecer outros exemplos.
usarão no futuro?
4. Peça aos alunos que verbalizem o
Resposta pessoal. nome das figuras. Em seguida, per-
mita que registrem o nome de cada
3 Complete o diálogo usando as palavras viagem e viajem. uma. Na correção, estimule os alunos
a lhe ditarem como registraram as pa-
— Vamos fazer uma viagem para o Rio de lavras, letra por letra.
Janeiro este mês? Observe se registraram os diton-
viajem gos que geralmente são reduzidos
— Este mês eu não posso, mas
na oralidade. Mais uma vez, ressalte
vocês e aproveitem!
que, apesar de, ao falarmos, poder-
4 Escreva os nomes das figuras. mos omitir algumas letras, na escrita é
preciso seguir as regras de ortografia.
A fim de remediar eventuais defa-
sagens de aprendizagem, proponha
que elaborem coletivamente uma lista
de palavras de uso frequente que pos-
suem ditongos que geralmente são
besouro caixote
reduzidos na oralidade.
FOTOS: YULIA SHE/SHUTTERSTOCK.COM, BELANDER/
SHUTTERSTOCK.COM, ZORAN MILIC/SHUTTERSTOCK

mamadeira

219

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR Incentive a análise coletiva da escrita.


Caso observe defasagens de apren- É importante que os alunos expliquem
dizagem em relação à grafia de verbos como escreveram as palavras, letra por
terminados em -ram e -rão, dite o texto letra. A cada palavra soletrada, faça per-
a seguir para que os alunos o registrem guntas como: como escreveram? Por que
no caderno: “No mês passado, os alunos colocaram tal letra? Retome as regras e as
fizeram a experiência da germinação do exponha no mural da classe.
feijão. Observaram as mudanças que ocor- Será uma ótima oportunidade de rever
reram a partir da semente e aprenderam a ideia de tempo passado e futuro e ex-
a importância da água e da luz para as plicar o uso de -ram e -rão no final dos
plantas. Gostaram tanto que, na próxima verbos.
semana, apresentarão a experiência para
outras turmas. Farão cartazes, ensaiarão
as falas e abrirão espaço para perguntas.”.
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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B
cial de dicionários. abundância (a.bun.dân.cia) s.f.
C
• Exercitar a pronúncia adequada Condição daquilo que existe em grande

GABRIELA MOLINARO
de palavras novas. D quantidade; fartura: Na festa havia abundância
de quitutes deliciosos.
• Compreender que uma mesma E
palavra pode ter diferentes signifi-
cados, a depender do contexto. F
apropriado (a.pro.pri.a.do) a.
• Identificar a acepção de determi- G Algo ou alguém que serve perfeitamente
nada palavra ao contexto de uso. para alguma coisa; adequado, conveniente:
H

VECTOR TRADITION/SHUTTERSTOCK.COM
As habilidades e os componentes a O marceneiro tem uma caixa de ferramentas
seguir serão trabalhados nesta seção. I apropriada para o serviço.

J ⊲ O dia amanheceu frio e chuvoso. Circule


⊲ BNCC as roupas apropriadas para esse clima.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- K
trações e outros recursos gráficos. L
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
M
para esclarecer dúvida sobre a escrita
de palavras especialmente no caso de N

NATAKA/SHUTTERSTOCK.COM
palavras com relações irregulares fo-
O
nema-grafema.
P
⊲ PNA Q
Conhecimento alfabético articular (ar.ti.cu.lar) v.
R
Desenvolvimento de vocabulário 1. Fazer os movimentos necessários para falar alguma coisa; pronunciar: John não fala
Compreensão de textos S português, por isso precisei articular bem as palavras para ele entender.
2. Juntar coisas, combinando umas com as outras; montar: Lucas não teve dificuldade
Produção de escrita T para articular as peças e montar o berço.
3. Combinar elementos necessários para produzir algo; compor: Já tenho um plano
U
articulado para convencer minha mãe a acamparmos no fim de semana.
ROTEIRO DE AULA
V

⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO W
Mais uma vez, ressalta-se a impor- X
tância de relacionar cada palavra abor-
Y

GABRIELA MOLINARO
dada ao contexto em que ela aparece
na unidade, bem como a outras situ- Z
ações do cotidiano dos alunos. Além
disso, é relevante que o trabalho destas
páginas seja desenvolvido de maneira 220
concomitante aos textos em que elas
aparecem, de modo a aproximá-los do D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 220 08/08/2021 00:44 D2_190-2
uso de um dicionário convencional.
e acessórios apropriados para um dia frio Leia a palavra recipiente e instigue os
Leia a palavra abundância seguida
e chuvoso. É importante que justifiquem alunos a verbalizar em que situações já ou-
de seu significado. Explore a ilustração
suas respostas. Verifique se os alunos viram essa palavra e se costumam usá-la
e chame a atenção para a quantidade
compreenderam os diferentes significados ou se usam sinônimos.
de quitutes apresentada. O objetivo
da questão é chamar a atenção dos que a palavra articular pode ter. Abra es- No trabalho com a palavra resíduo,
alunos para a presença do sinônimo paço para que comentem se ouviram essa aproveite a oportunidade para conversar
no verbete: fartura. palavra em outras situações. Estimule-os a com a turma sobre sustentabilidade e reci-
formar outras frases com essa palavra. clagem. Ressalte que, atualmente, há lixei-
Ao explorar a palavra apropria- ras adequadas para separar os diferentes
do, demonstre e promova o exercício Ao explorar a palavra fenomenal, abra
tipos de resíduos, de forma a dar a melhor
da pronúncia adequada da palavra e espaço para que verbalizem coisas que
destinação.
chame a atenção dos alunos para sua consideram fenomenais, justificando. Es-
grafia. Na atividade proposta, desa- timule-os a relacionar a ilustração com o
fie os alunos a identificar as roupas significado da palavra.
220

D2-190-221-POR-F1-1100-V4-U06-MP-G23-AVU.indd 220 14/08/2021 11:49


fenomenal (fe.no.me.nal) a. 2 gên. CONCLUSÃO
Algo ou alguém que é fora do comum;
A DA UNIDADE
assombroso, espantoso, surpreendente: B
O jogo foi fenomenal, com emoção No processo de avaliação formati-
até o último minuto. C
va e monitoramento da aprendiza-
D gem, é fundamental retomar os prin-

GABRIELA MOLINARO
cipais objetivos pedagógicos trabalha-
E dos ao longo da unidade. As atividades
F propostas na seção Vamos recordar?
Avaliar e avançar são sugestões para
G uma avaliação formal desses objetivos.
recipiente (re.ci.pi.en.te) s.m.

HAPPYPICTURES/SHUTTERSTOCK.COM
H No entanto, essas sugestões não
Objeto feito para guardar algo; receptáculo: Depois de
são a única ferramenta a ser utilizada
lavar as verduras e os legumes, é importante guardá-los I
em um recipiente adequado para mantê-los conservados. para monitorar a aprendizagem dos
J alunos. É fundamental que você use
também seus registros de avaliação in-
resíduo (re.sí.duo) s.m. K formal para coletar dados como: nível
Coisa que sobra depois de um processo de L de interesse dos alunos, ritmo de intro-
transformação ou de consumo; resto: Os resíduos dução dos conteúdos, adequação dos

GABRIELA MOLINARO
da festa foram guardanapos e copos descartáveis. M exemplos usados para explicar con-
N ceitos, grau de compreensão de um
⊲ Escreva exemplos de resíduos que devem ser descartados em cada lixeira. aluno individual e da turma como um
O todo, entre outros. Você pode ainda
P se valer da autoavaliação oral, pedin-
do aos alunos que comentem o que
Q aprenderam, em que pontos sentiram
PLÁSTICO PAPEL METAL VIDRO ORGÂNICO
mais dificuldade, por que sentiram
R
mais dificuldade em determinado con-
S teúdo e mais facilidade em outro etc.
ESTÚDIO ORNITORRINCO

T Assim, será possível reunir dados


para a sua tomada de decisão quanto
U às adequações necessárias para o pro-
V gresso dos alunos ou para a remedia-
Sugestão: Garrafa PET. Sugestão: Caixas de papelão. ção de eventuais defasagens.
W

Sugestão: Lata de refrigerante. Sugestão: Garrafa de vidro. X


Y

Sugestão: Restos de alimento. Z

221

2021 00:44 D2_190-221-F1-port-1100-V4-U6-LA-G23-AVU.indd 221 08/08/2021 00:44

221

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UNIDADE
INTRODUÇÃO

7
À UNIDADE
Nesta unidade, serão abordados entre contos
aspectos dos gêneros textuais conto
e anedota. Especificamente no tra-
balho com conto, serão abordadas e parodias
relações de intertextualidade presen-
tes em paródias de contos clássicos
e demais recursos linguísticos e es-
tilísticos utilizados na construção de Resposta pessoal. Os alunos podem citar três destes contos:
sentido dos textos.
As atividades propostas na unidade
Branca de Neve, Os três porquinhos, Chapeuzinho Vermelho,
visam à consolidação de aprendiza-
gens anteriores e à ampliação dos co-
nhecimentos linguísticos dos alunos, Cinderela, A princesa e o sapo e Peter Pan.
por meio da identificação e do reco-
nhecimento da função de verbos de
elocução, de alguns usos da vírgula e
dos dois-pontos. Em relação à grafia
das palavras, serão abordados os su-
fixos -ança e -ansa, de modo que os
alunos reflitam sobre as semelhanças
sonoras e o número restrito de vocá-
bulos terminados em -ansa.
Ao longo da unidade, também são
propostas atividades que envolvem a
compreensão e a fluência leitora, as-
sim como a produção de textos orais
e escritos de modo a favorecer a con-
solidação e a ampliação das aprendi-
zagens dos alunos.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Compreender o uso da vírgula e
dos dois-pontos em enumerações.
• Compreender o uso da vírgula para
isolar vocativos.
• Identificar e reconhecer a função
DNEPWU

de verbos de elocução.
• Empregar a pontuação adequada
em diálogos. 222
• Reconhecer a semelhança sonora
dos sufixos -ança e -ansa.
• Reconhecer a diferença na grafia D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 222 07/08/2021 22:42 D2_222-2

de palavras com os sufixos -ança e


-ansa.
• Consolidar relações entre grafe-
mas e fonemas mais complexas.
• Desenvolver a fluência em leitura
oral.

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Compreender o conceito de verbo.
• Conhecer contos clássicos.

222

D2-222-255-POR-F1-1100-V4-U07-MP-G23-AVU.indd 222 14/08/2021 14:37


1. Na imagem, há o Lobo Mau, a Chapeuzinho Vermelho, a Cinderela, o Capitão
Gancho, o Pinóquio, os Três Porquinhos, o Príncipe Sapo e a Branca de Neve.
OBJETIVOS
1. Que personagens dos contos tradicionais você observa • Identificar personagens de histó-
na imagem? Escolha o nome de três desses contos e rias clássicas.
escreva na página ao lado. 2. Eles estão se divertindo, • Levantar conhecimentos prévios
aparentemente tirando uma selfie, em um gramado próximo a um castelo.
2. Para você, o que eles estão fazendo? Onde eles estão? sobre contos clássicos.
• Reconhecer que a cena não retrata
3. A imagem parece mostrar uma cena de alguma das uma situação de um conto clássico.
histórias desses personagens? Por quê?
3. Não, a imagem não mostra a cena de nenhuma das ROTEIRO DE AULA
histórias dos personagens. Ela parece mostrar uma
versão divertida dos personagens. 1. Abra espaço para que os alunos
descrevam a cena e nomeiem algu-
mas histórias clássicas cujos persona-
gens aparecem retratados. Peça que
escolham três títulos e registrem no
espaço adequado.
2. Continue a exploração da cena,
chamando a atenção da turma para o
bastão presente na imagem. Pergun-
te: o que vocês acham que os perso-
nagens estão fazendo? Por que vocês
acham que o Lobo está segurando
esse bastão? Qual a função dele?
Abra espaço para que comentem se
já usaram um bastão retrátil para tirar
fotografias com câmera fotográfica
ou com celular. Na discussão, comen-
te que esse bastão permite posicionar
a câmera a uma certa distância para
ampliar o espaço de captura da ima-
gem. Assim, é possível que mais pes-
soas apareçam na foto.
3. O objetivo desta questão é levar os
alunos a interpretarem a informação
subentendida na imagem: os perso-
nagens são de diferentes contos tra-
dicionais e, aparentemente, não estão
envolvidos nos enredos atribuídos a
eles. É importante dirigir a atenção
dos alunos para esse aspecto contido
nas entrelinhas da imagem. Afinal, é
223 ele que dá certo humor e um traço de
ironia à imagem.
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 223 07/08/2021 22:42

As habilidades e os componentes a ⊲ PNA


seguir serão trabalhados nesta seção. Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
⊲ BNCC
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido
produzido pelo uso de recursos expressivos
gráfico-visuais em textos multissemióticos.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de
intercâmbio oral com clareza, preocupan-
do-se em ser compreendido pelo interlo-
cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado.

223

D2-222-255-POR-F1-1100-V4-U07-MP-G23-AVU.indd 223 14/08/2021 14:37


1
OBJETIVOS
• Realizar atividades de predição e
inferência. PRINCESAS DO BARULHO!
• Identificar aspectos de intertex-
tualidade presentes em paródias de
contos clássicos. preparaçao para a leitura
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
1. Você vai ler um conto de uma princesa nada tradicional.
⊲ BNCC
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do A história se passa em um reino encantado, muito distante,
texto), apoiando-se em seus conhe- no tempo do Era uma vez. Há muito tempo, nesse reino, nasceu
cimentos prévios sobre as condições essa tal princesinha, linda! Mas por todos passou a ser chamada
de princesa Barulhinhos.
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te- Aposto que sua curiosidade está grande para saber o motivo
mático, bem como sobre saliências desse apelido, não é mesmo?
textuais, recursos gráficos, imagens, Pois bem, a graciosa princesa tinha um probleminha, na
dados da própria obra (índice, prefá- verdade, um problemão: fazia estranhos barulhos sempre que
cio etc.), confirmando antecipações e se emocionava.
inferências realizadas antes e durante Se ficava sem graça, espirrava.
a leitura de textos, checando a ade- Se levava susto, a barriga roncava.
quação das hipóteses realizadas. Se a alegria era grande, soluçava.
(EF15LP16) Ler e compreender, em co- Se a tristeza batia, fungava.
laboração com os colegas e com a aju-
da do professor e, mais tarde, de ma-
neira autônoma, textos narrativos de
maior porte como contos (populares,
de fadas, acumulativos, de assombra-
ção etc.) e crônicas.
(EF35LP26) Ler e compreender, com cer-
ta autonomia, narrativas ficcionais que
apresentem cenários e personagens,
observando os elementos da estrutura
narrativa: enredo, tempo, espaço, per-
ARTUR FUJITA

sonagens, narrador e a construção do


discurso indireto e discurso direto.
224
⊲ PNA
Fluência em leitura oral
D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 224 07/08/2021 22:42 D2_222-2
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos 1. Solicite aos alunos que comentem o um pequeno problema para resolver: ela
que sabem sobre a estrutura do conto faz estranhos barulhinhos quando se emo-
(introdução, desenvolvimento, conflito, ciona. Aproveite a oportunidade para ex-
ROTEIRO DE AULA clímax e desfecho) para que possam le- plorar as onomatopeias que aparecem na
vantar os conhecimentos prévios sobre o cena. Desafie os alunos a identificarem os
⊲ PREPARAÇÃO PARA A assunto. Em seguida, abra espaço para sons que elas representam.
LEITURA que observem as ilustrações das páginas Peça que leiam o primeiro trecho do con-
e comentem sobre o que imaginam que to, com velocidade, precisão e prosódia, e
Nesta seção, a partir de atividades comentem suas impressões sobre ele.
preparatórias, os alunos serão convi- será o tema da história, quem será o per-
dados a ler o início da história para sonagem principal e que problema essa
que façam o levantamento de hipó- personagem vai enfrentar na história. Só
teses sobre o enredo, os personagens, então, informe que lerão um conto que
o ambiente e o desfecho da história. narra a história de uma princesa que tem
224

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2. Peça aos alunos que descrevam al-
Asituação piorava quando as gumas situações embaraçosas que
emoções vinham todas de uma vez. imaginam que a princesa vivenciou por
Aí era ATCHIM, ROOOONC, HIC HIC, “fazer” tantos barulhos. Depois, abra
SNIF SNIF pra todo lado! espaço para que levantem hipóteses
O rei e a rainha quase morriam sobre o que imaginam que poderá
de preocupação, pois esses sons acontecer no desfecho da história. Se
esquisitos espantavam qualquer achar conveniente, registre as hipóte-
pretendente. ses dos alunos para que possam con-
Foi então que Vossa Majestade frontá-las após a leitura do conto na
resolveu fazer uma festança para íntegra.
comemorar o aniversário da Prince-
sa Barulhinhos. Foram convidados SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
todos os jovens nobres solteiros VÍDEO • CONTA pra mim. Disponí-
de reinos próximos e distantes, vel em: https://www.youtube.com/
na certeza de que a Princesinha watch?v=WNF2fwX6Yn0&list=PL9
finalmente encontraria o Príncipe nJ11ynWg3fH9HOK2sp-QBBaM
Encantado para se casar e ser feliz Df3iTBH. Acesso em: 20 jul. 2021.
para sempre. O programa Conta Pra Mim, do Mi-
nistério da Educação, apresenta uma
série de vídeos explicativos sobre as
práticas de Literacia Familiar. É inte-
ressante assisti-los e compartilhá-los
com os pais ou os responsáveis dos
alunos, de modo a estimulá-los a de-
senvolver essas práticas.

TEXTO COMPLEMENTAR

A narrativa apresenta: 1. uma suces-


são de acontecimentos: há sempre
algo a narrar; 2. De interesse humano:
pois é material de interesse humano,
de nós, para nós, acerca de nós: “e é
em relação com um projeto humano
que os acontecimentos tomam signi-
ficação e se organizam em uma série
temporal estruturada”; 3. e tudo “na
unidade de uma mesma ação”. [...] O
contar (do latim computare) uma es-
tória, em princípio, oralmente, evolui
para o registrar as estórias, por escri-
2. Será que os barulhinhos da princesa vão estragar a festa? Ou será que to. Mas o contar não é simplesmente
ela vai se livrar deles? Dê sua opinião. Respostas pessoais. um relatar acontecimentos ou ações.
Pois relatar implica que o acontecido
225 seja trazido outra vez, isto é: re (outra
vez) mais latum (trazido), que vem de
fero (eu trago). [...] O conto, no entan-
to, não se refere só ao acontecido. Não
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 225 07/08/2021 22:42
tem compromisso com o evento real.
Nele, realidade e ficção não têm limi-
tes precisos.
GOLTILIB, Nádia Battella. Teoria do
conto. São Paulo: Ática, 2006, p. 11-12.

225

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OBJETIVOS
• Compreender aspectos relaciona- leitura CONTO
dos ao gênero textual conto.
• Identificar o gênero textual conto
1. Leia a continuação da história para saber o que aconteceu com a
e seus contextos de produção.
princesa e seus barulhinhos.
• Compreender os elementos que
compõem um conto.
Princesa Barulhinhos
• Reconhecer a função das onoma-
Imagine a felicidade da princesa quando, desfilando com seu mais
topeias nos textos.
belo vestido, entrou no salão do baile.
• Desenvolver a leitura crítica. Ela nunca tinha visto tantos príncipes encantadores! Foi tanta
• Desenvolver a fluência em leitura emoção que não conseguiu se controlar, soltando um enorme soluço
oral. de alegria. Mas todos já estavam olhando para ela...
As habilidades e os componentes a A princesa então ficou morta de vergonha, espirrou com tanta for-
seguir serão trabalhados nesta seção. ça que as plumas dos chapéus dos convidados saíram voando por
todo o palácio.
⊲ BNCC Atchiiim!
Os príncipes se entreolhavam meio assustados.
(EF15LP14) Construir o sentido de his- Tamanho furacão poderia ser realmente uma princesa? Uma prin-
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela- cesa de verdade? Para mudar o clima, o rei olhou para a orquestra e
cionando imagens e palavras e inter- deu um sinal dizendo: “Maestro, uma valsa para levantar o astral”.
pretando recursos gráficos (tipos de Um príncipe mais valente que os outros decidiu se aproximar e tirou
balões, de letras, onomatopeias). a princesa Barulhinhos para dançar. Ela logo aceitou, mas diante de
(EF15LP16) Ler e compreender, em tanta emoção os roncos de seu estômago encobriram a música.
colaboração com os colegas e com a Ronc! Ronc!
ajuda do professor e, mais tarde, de “Mas que som horrível!”, exclamaram os príncipes, indignados.
maneira autônoma, textos narrativos “Esse barulho é insuportável! É uma agressão a nossos preciosos
ouvidos!”
de maior porte como contos (popula-
E juntos todos começaram a gritar:
res, de fadas, acumulativos, de assom-
Hooooou, Hooooou, Hooooou, Hooooou, Hooooou, Hooooo...
bração etc.) e crônicas.
... para a princesa, que fugiu a toda, tapando os ouvidos.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- A coitada estava saindo fungando do castelo, quando apareceu um
trações e outros recursos gráficos. príncipe que tinha se atrasado. Ele corria a todo vapor e, mesmo esba-
(EF35LP03) Identificar a ideia central forido, era tão lindo que a princesa parou de chorar para vê-lo melhor.
do texto, demonstrando compreen- “Meu nome é Olho de Veludo”, disse para a princesa, fazendo uma
são global. reverência. “Peço que perdoe meu atraso, maravilhosa princesa, mas
meu cavalo decidiu encrencar.”
(EF35LP04) Inferir informações implíci- Barulhinhos tentou dizer que isso não tinha importância, mas foi
tas nos textos lidos. só abrir a boca e sua barriga começou a roncar:
(EF35LP21) Ler e compreender, de “Ronc, ronc...”
forma autônoma, textos literários de
diferentes gêneros e extensões, in-
clusive aqueles sem ilustrações, esta-
226
belecendo preferências por gêneros,
temas, autores.
(EF35LP26) Ler e compreender, com D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 226 07/08/2021 22:42 D2_222-2

certa autonomia, narrativas ficcionais


que apresentem cenários e persona-
ROTEIRO DE AULA gerando suspense e criando interesse pelo
desenvolvimento da narrativa.
gens, observando os elementos da
estrutura narrativa: enredo, tempo, ⊲ LEITURA Aproveite a oportunidade para comen-
espaço, personagens, narrador e a tar sobre o narrador do conto, que é quem
CONTO apresenta os personagens e os aconteci-
construção do discurso indireto e dis-
curso direto. 1. Inicie o trabalho, lendo novamente o tí- mentos.
tulo do conto, explore as imagens e abra Desafie os alunos a responderem à se-
⊲ PNA espaço para que imaginem o que pode guinte questão: o narrador participa da
acontecer na história. história como personagem? Espera-se que
Fluência em leitura oral
Peça-lhes que leiam o conto e, após a lei- os alunos concluam que não, pois se trata
Desenvolvimento de vocabulário
tura, abra espaço para que comentem suas de um narrador observador, que apenas
Compreensão de textos impressões sobre ele. Só então faça a leitu- narra os fatos e não participa da história
Produção de escrita ra oral, com entonação e ritmo adequados, como personagem.
226

D2-222-255-POR-F1-1100-V4-U07-MP-G23-AVU.indd 226 14/08/2021 14:37


Pergunte aos alunos o que a prin-
O príncipe sorriu. Não parecia se importar. cesa poderia ter sentido toda vez que
Mas a princesa ficou transtornada e começou a espirrar. soluçava ou espirrava em frente aos
“À sua saúde”, respondeu Olhos de Veludo. E acrescentou baixinho: convidados.
“Ou quem sabe... Aos nossos amores?” Chame a atenção da turma para
O príncipe tinha se apaixonado por Barulhinhos à primeira vista, e as espécies de comparações criadas
algo lhe dizia que o sentimento era recíproco.
ao longo do conto com a princesa e
Um “HIC” apaixonado serviu de confirmação. O príncipe lhe per-
o príncipe Olhos de Veludo: “Tamanho
guntou: “Quer se casar comigo?”.
Os soluços da princesa ficaram tão frenéticos que ela começou a
furacão poderia ser realmente uma
pular como um cabrito. princesa de verdade?...”, o espirro foi
Hic! Hic! Hic! Hic! Hic! tão forte que se parece com um fura-
Apesar do pula-pula, a princesa Barulhinhos disse “Ssiiiimmmm” cão. “Os soluços da princesa ficaram
de todo o coração. tão frenéticos que ela começou a pular
Foi a vez do nosso príncipe ficar vermelho como pimentão. Ele fran- como um cabrito...”, quando se soluça
ziu a testa, apertou os lábios e soltou um pum tão forte que pareceu é comum que se tenha espasmos e o
um trovão! Depois desse desastre o príncipe, meio sem graça, disse: corpo se mova involuntariamente. “Foi
“Não... não foi por querer: eu solto pum sempre que fico feliz”. a vez do nosso príncipe ficar vermelho
Foi assim que Barulhinhos e Olhos de Veludo souberam que foram feitos como pimentão. Ele franziu a testa,
um para o outro. apertou os lábios e soltou um pum tão
Gudule e Marjolein Pottie. Princesa Barulhinhos. Tradução de Álvaro Faleiros. São Paulo: Berlendis & forte que pareceu um trovão!”, o ba-
Vertecchia, 2015. Não paginado. rulho do pum foi comparado ao baru-
lho de um trovão.
Proponha momentos para avaliar
a fluência leitora dos alunos. Tome
como parâmetro a velocidade de 100
palavras por minuto, com precisão de
95%. Na página XVII deste Manual do
Professor são apresentadas sugestões
sobre como avaliar a fluência em leitu-
ARTUR FUJITA ra oral da turma.
Consulte com os alunos o Dicio-
nário ilustrado no final da unidade
para explorar outros significados e
exemplos de uso dos termos frenéti-
co e recíproco e ampliar o repertório
deles com novo vocabulário.
Apesar de as normas da ABNT de-
terminarem outra regra, optamos por
usar a ordem direta dos nomes dos
autores nas referências desta obra,
para apoiar o processo de leitura do
227 aluno nos anos iniciais do Ensino Fun-
damental.

2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 227 07/08/2021 22:42

Consulte com os alunos o Dicionário


ilustrado no final da unidade para explo-
rar outros significados e exemplos de uso
dos termos entreolhar-se e indignado e
ampliar o repertório deles com os novos
vocabulários.

227

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ROTEIRO DE AULA 2. Afinal, a princesa desse conto se parece ou não com as princesas dos
contos de fadas tradicionais? Por quê?
Espera-se que os alunos concluam que não, pois em contos de fadas tradicionais as princesas não
⊲ LEITURA passam por situações como as que a princesa Barulhinhos enfrentou, pois faz barulhos estranhos.
3. A seção Preparação para a leitura apresentou o ambiente e alguns
CONTO personagens do conto.
2. É importante que os alunos justi-
fiquem suas respostas com exemplos Os contos são narrativas curtas que se iniciam com uma introdução,
histórias clássicas que tenham prince- na qual são apresentados os personagens, o ambiente da história e o
sas como personagens principais, de tempo ou a época em que ela se passa.
modo a evidenciar que compreende-
ram que essas princesas geralmente a) A expressão Há muito tempo é comum em contos tradicionais.
não passam por situações cômicas Essa expressão marca um tempo:
como as descritas nesse conto.
definido. X indefinido.
3. Nos contos tradicionais infantis, o
tempo é vago, impreciso, o leitor não b) Que outras expressões poderiam indicar tempo indeterminado?
pode dizer exatamente quando, no
passado, a história aconteceu. Isso X Há muitos anos. Há dois anos.
evidencia que o tempo da narrati-
va é imaginário. As expressões que X No tempo de reis e rainhas. X Em um tempo distante.
abrem os contos tradicionais infantis
destinam-se a provocar no leitor um
4. Leia e responda.
afastamento do mundo cotidiano e
levá-lo para um mundo fantasioso, no Nos contos, há um conflito gerador, ou seja, uma situação-problema
qual histórias cheias de magia podem que surge para quebrar a calma inicial da história.
acontecer.
4. e 5. O objetivo destas questões é • Qual é o conflito gerador nessa história?
fazer uma análise microtextual dos O fato de a princesa fazer barulhos quando ficava tímida, emocionada, feliz ou triste.
elementos que compõem o enredo
da história em um passo a passo com 5. Leia e marque a alternativa adequada.
os alunos. Por isso, leia as questões
em voz alta dando ênfase às informa- Há nos contos um clímax, ou seja, o momento de maior tensão
ções que são chave para cada um dos na narrativa.
elementos.
• O clímax desse conto se dá no momento em que:

o rei decide fazer o baile para comemorar o aniversário da princesa.


a princesa entra no baile e vê muitos príncipes
encantadores.
X a princesa sai apavorada do castelo.

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STOLIAROVA DARIA/
6. Relembre as principais características
6. Leia e responda. dos contos de fadas tradicionais para
enfatizar as diferenças existentes no
Todo conto apresenta a resolução do problema, ou seja, o momento conto lido. Ressalte as características
em que é dada uma solução ao conflito da história narrada. do conflito narrativo: situação-proble-
ma que gera tensão, conduz ao clímax
a) No conto Princesa Barulhinhos, o conflito foi resolvido? Sim. e ao desfecho da história.
b) O conto teve um final feliz? Explique.
7. Ressalte que, além das aspas, o
sinal de pontuação dois-pontos (:)
Sim, pois a princesa encontrou um príncipe que não se importava com os barulhos também pode indicar um enunciado;
o travessão (—) costuma ser empre-
que ela fazia e que também fazia barulhos quando ficava feliz. gado, entre outros usos, no discurso
direto, para indicar a fala do perso-
nagem ou a mudança de interlocutor
c) Que expressão é comum aparecer no final dos contos tradicionais infantis? nos diálogos.
Os contos tradicionais infantis têm um jeito bem próprio de finalizar a narrativa. 8. Aproveite esta oportunidade para
explicar alguns recursos de lingua-
Em geral, terminam com a expressão “e viveram felizes para sempre”. gem para expressar emoção. Solicite
• O conto que você leu poderia terminar assim? Por quê? aos alunos que criem, em uma folha
avulsa, frases que expressem alegria/
Sim, pois o conto termina com a princesa e o príncipe apaixonados e felizes, animação e que utilizem a repetição
de letras.
como geralmente terminam os contos tradicionais infantis.
9. Aproveite a oportunidade para cha-
7. Que sinal gráfico foi usado para marcar as falas dos personagens? mar a atenção da turma para o fato de
que comparações como esta permitem
As aspas.
que o leitor consiga imaginar melhor
• Sublinhe no conto um trecho que confirme sua resposta. cenas e situações em textos escritos.
7. • Os alunos devem sublinhar um dos trechos que indica
Nesse caso, é possível compreender
8. Releia este trecho do conto. a fala de algum personagem entre aspas, por exemplo,
“Mas que som horrível!”. como eram os soluços acompanhados
Apesar do pula-pula, a princesa Barulhinhos disse “Ssiiiimmmm” de pequenos pulos da princesa. Além
de todo o coração. disso, essa comparação contribui para
dar humor ao conto.
• A forma como a palavra em destaque foi escrita evidencia que a
princesa estava: SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

X TEXTO COMPLEMENTAR
envergonhada. muito feliz. indiferente.

9. Circule neste trecho a palavra utilizada para introduzir uma comparação. Clímax
Trata-se do momento da ação dra-
Os soluços da princesa ficaram tão frenéticos que ela começou mática em que a tensão atinge o seu
a pular como um cabrito. mais elevado grau, articulando-se ge-
ralmente com um ponto de viragem
decisivo (turning point), na sequência
229 do qual ocorre o desenlace.
O crítico alemão Gustav Freytag, na
obra intitulada Técnica do Drama
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(l863), a propósito das peças em cin-
co atos, considerou a existência de
uma estrutura piramidal, com uma
ação ascendente, um clímax e uma
ação descendente. A ação ascendente
começa com a exposição e intensifica-
-se através da complicação até atingir
o clímax.
BARBUDO, Maria Isabel. Clímax. In:
CEIA, Carlos (coord.). E-Dicionário
de termos literários (EDTL). (Texto
adaptado ao português brasileiro).
Disponível em: https://edtl.fcsh.unl.
pt/encyclopedia/climax/. Acesso em:
20 jul. 2021.

229

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OBJETIVOS
VÍRGULA EM ENUMERAÇÃO
• Identificar intertextualidade em nossa lingua E VOCATIVO
relação à temática dos textos.
• Ampliar a habilidade de identificar
características que revelem motiva-
1. As princesas dos reinos encantados estão em greve. Elas reivindicam
vários direitos. Leia um deles.
ções e sentimentos de personagens.
• Compreender o uso da vírgula e
Princesas em greve!
dos dois-pontos em enumerações.
• Compreender o uso da vírgula Uma princesa poderá ter uma ocupação, visto que ser princesa
em vocativos. não é ocupação nenhuma.
Poderemos ser médicas, merendeiras, advogadas, faxineiras, jar-
As habilidades e os componentes a
dineiras, babás, escritoras, ilustradoras, policiais, editoras de livros,
seguir serão trabalhados nesta seção.
diretoras de cinema, judocas, astronautas, catadoras de papel, juí-
zas... Qualquer profissão!
⊲ BNCC
Thais Linhares. Princesas em greve! São Paulo: Cortez, 2018. p. 6.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um
texto, conhecimentos linguísticos e
gramaticais, tais como ortografia, re-
gras básicas de concordância nominal
e verbal, pontuação (ponto final, pon-
to de exclamação, ponto de interro-
gação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando
for o caso.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros

ROSOVSKYI/SHUTTERSTOCK.COM
textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de divi-
são dos versos, estrofes e refrões e seu
efeito de sentido.
(EF35LP28) Declamar poemas, com • Nesse trecho, foram enumeradas as profissões que uma princesa
entonação, postura e interpretação pode ter.
adequadas. a) Circule a pontuação usada para separar os elementos dessa
(EF04LP05) Identificar a função na enumeração.
leitura e usar, adequadamente, na es- b) Escreva o nome desse sinal de pontuação.
crita ponto final, de interrogação, de
Vírgula.
exclamação, dois-pontos e travessão
em diálogos (discurso direto), vírgula
em enumerações e em separação de
A vírgula é usada para separar elementos em uma enumeração.
vocativo e de aposto.

⊲ PNA
230
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
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Produção de escrita
1. Peça que leiam o trecho e abra espaço Em seguida, peça que circulem esse si-
para que comentem se imaginam que se nal de pontuação toda vez que ele apare-
ROTEIRO DE AULA trata de um trecho retirado de um conto cer no trecho em que são citadas as profis-
clássico ou não, justificando. Ressalte que sões. O objetivo é possibilitar que reflitam
⊲ NOSSA LÍNGUA o título dá pistas de que não se trata de sobre o uso da vírgula como recurso para
um trecho de um conto tradicional. organizar uma enumeração.
VÍRGULA EM ENUMERAÇÃO
E VOCATIVO Solicite que verbalizem os nomes das
profissões citadas no trecho e que comen-
ORGANIZE-SE tem se sabem o nome do sinal de pontua-
• Fotocópias com a letra da canção ção usado para separar os nomes das pro-
Cantiga do sapo. fissões. Aproveite a oportunidade e peça
• Aparelho de som para reproduzir que comentem o que sabem sobre cada
a canção. profissão citada.
230

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Ressalta-se que, nesta atividade, op-
2. Outra reivindicação das princesas é sobre os príncipes. Leia e complete tou-se por apresentar uma enumera-
a enumeração escrevendo os nomes de outras profissões.
ção em um contexto lúdico, seguindo
a mesma temática trabalhada na seção.
Príncipes e heróis
A atividade também dará oportuni-
[...] E que esse herói não precise ser príncipe, nem um poderoso dade de os alunos observarem que os
guerreiro. Vale poeta e até atleta, dentista e frentista, dois-pontos, além de poderem indicar
Sugestões de resposta com rimas: vendedor e aviador, merendeiro e açougueiro, que um personagem vai falar em um
diálogo, também podem indicar uma
veterinário e bibliotecário, advogado e delegado, espião e artesão. Sugestões de enumeração.

resposta sem rimas: médico, enfermeiro, eletricista, policial, motorista, cobrador,


⊲ O QUE E COMO AVALIAR
garçom, bancário, balconista, taxista. A fim de verificar a compreensão dos
alunos acerca do uso da vírgula para se-
parar elementos em uma enumeração,
um gari ou guerreiro tupi, pipoqueiro e quem sabe um seresteiro... sugere-se que proponha aos alunos
A única exigência é que tenha um coração generoso e sonhador. que transformem listas em uma frase.
Thais Linhares. Princesas em greve! São Paulo: Cortez, 2018. p. 8. Por exemplo, dê uma lista de compras e
peça que criem o texto, como:
• banana
3. Complete o parágrafo a seguir com os nomes que

GRAPHICSRF/SHUTTERSTOCK.COM
desejar. Não se esqueça de usar a vírgula para separá-los. • arroz
• carne moída
Você já reparou que nos contos de fadas só as
princesas têm nome? Pois é, nós, príncipes, estamos • frango
cansados de sermos chamados apenas de “príncipes encantados”. Eu, • cenoura
por exemplo, me chamo Cinderelo, mas tenho amigos que se chamam: “Fui ao mercado e comprei: banana,
arroz, carne moída, frango e cenoura.”
Sugestões de resposta: Henrique, Felipe, Guilherme,
Outras listas possíveis: materiais es-
Augusto, Carlos, Luís, Ernesto, Jorge, Miguel, Pedro, João, colares, convidados de uma festa, itens
de um piquenique, nomes de filmes
Ricardo, André, Alexandre, Adriano, Humberto etc.

e Felisberto. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


a) Circule o sinal de pontuação usado antes do primeiro nome que
você escreveu. TEXTO COMPLEMENTAR
b) No trecho, os dois-pontos foram usados para:
Aprender a pontuar é aprender a par-
indicar que um personagem vai falar. tir e a reagrupar o fluxo do texto de
forma a indicar ao leitor os sentidos
X propostos pelo autor, obtendo assim
indicar que será introduzida uma enumeração.
efeitos estilísticos. O escritor indica
as separações (pontuando) e sua na-
tureza (escolhendo o sinal) e com isso
231 estabelece formas de articulação en-
tre as partes que afetam diretamente
as possibilidades de sentido.
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BRASIL. Ministério da Educação. Parâ-
2. Peça aos alunos que leiam o trecho e Aproveite a oportunidade para verificar metros Curriculares Nacionais: língua
portuguesa. Brasília: SEF, 1997, p. 59.
pergunte o que há em comum entre as a compreensão dos alunos quanto ao tre-
palavras poeta e atleta, dentista e frentista, cho lido, observando se perceberam que as
além de nomearem profissões. Espera-se princesas não estão reivindicando príncipes
que concluam que as palavras rimam entre que sejam graciosos, tampouco poderosos
si. Certifique-se de que compreenderam guerreiros, pois o que desejam é que sejam
que devem completar o trecho com nomes pessoas comuns, generosas e sonhadoras,
de duplas de profissões que rimem e que
que trabalham em diferentes profissões.
devem separar essas duplas com vírgulas.
Se achar conveniente, proponha que re- 3. Novamente, mais importante do que a
gistrem apenas profissões, mesmo que não escolha dos nomes, é verificar se os alunos
rimem entre si. O mais importante é que compreendem a função da vírgula. Obser-
compreendam o uso da vírgula para sepa- ve se utilizam a letra inicial maiúscula no
rar elementos de uma enumeração. registro dos nomes.
231

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ROTEIRO DE AULA 4. Faça a leitura silenciosa do poema. Depois, leia-o com os colegas em
voz alta, de acordo com a legenda.
⊲ NOSSA LÍNGUA
Meninas. Meninos.
VÍRGULA EM ENUMERAÇÃO
E VOCATIVO
Seu Lobo
4. Antes de os alunos fazerem a leitura
jogralizada, leia o poema em voz alta, Seu Lobo, por que esses olhos tão grandes?
evidenciando o vocativo “Seu Lobo”.
Lembre-se de que sua leitura servirá Pra te ver, Chapeuzinho.
de modelo para a leitura dos alunos. [...]
Após a leitura, pergunte aos alunos:
Seu Lobo, por que esses braços tão fortes?
por que demos ênfase ao chamamen-
to “Seu Lobo”? Espera-se que os alu- Pra te pegar, Chapeuzinho.
nos falem que isso ocorre porque Cha-
Seu Lobo, pra que essas patas tão grandes?
peuzinho precisa fazer com que suas
dúvidas fiquem claras ao interlocutor: Pra te apertar, Chapeuzinho.
Seu Lobo. Leve os alunos a refletir
Seu Lobo, por que esse nariz tão grande?
sobre a importância, principalmente

ISADORA ZEFERINO
para a leitura jogralizada, da marca- Pra te cheirar, Chapeuzinho.
ção de ênfase na fala, por meio de Seu Lobo, por que essa boca tão grande?
uma pausa, do vocativo Seu Lobo. A
repetição desse vocativo mostra tam- Ah, deixa de ser enjoada, Chapeuzinho.
bém que Chapeuzinho Vermelho, a Sérgio Capparelli. Minha sombra. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 32.
todo instante, quer chamar a atenção
de Seu Lobo. O mesmo fenômeno de • Que passagem da história da Chapeuzinho Vermelho é parodiada
pontuação ocorre quando Seu Lobo
nesse poema? A passagem em que a Chapeuzinho encontra o Lobo deitado na cama
fala. Além disso, leve os alunos a per- da vovó e vestido com as roupas dela.
ceberem que a repetição do vocativo é 5. Escreva a quem se dirigem os versos seguintes.
um recurso estilístico usado pelo autor
e contribui para dar humor ao poema. • O primeiro verso: ao Lobo .
5. O objetivo desta questão é levar os à Chapeuzinho
• O segundo verso: .
alunos a analisarem microtextualmen-
te o poema a fim de identificar quem 6. Que pontuação foi usada para separar o chamamento do restante da frase?
é o interlocutor de cada um dos ver-
sos. Leve os alunos a refletirem sobre A vírgula.
como o gênero textual materializado
em diálogo, que é um gênero da ora- A vírgula é usada para separar o nome chamado do
lidade, se dá fora do texto. Faça com restante da frase.
eles uma tabela na lousa para compa-
rar, por meio do que eles podem se
lembrar, como falamos espontanea- 232
mente em um diálogo e como Cha-
peuzinho e Lobo se comunicaram no
poema lido. Espera-se que eles falem: D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU1.indd 232 08/08/2021 01:44 D2_222-2

• no diálogo entre Lobo e Chapeuzi- 6. Os sinais de pontuação têm a maior rente de escrever “Não quero!”. Por isso,
nho, expresso no poema, eles repe- importância na compreensão de um texto é necessário saber em que casos devemos
tem o nome um do outro em todas escrito. Alguns sinais são imprescindíveis, usar a vírgula e como aplicá-la.
as estrofes; sob pena de comprometer o sentido do
• no diálogo, que geralmente ocorre texto ou de uma de suas partes; outros
no cotidiano, os interlocutores não são facultativos, tendo função enfática ou
precisam repetir com frequência os servindo para exprimir um ponto de vista.
nomes uns dos outros; A vírgula constitui um marcador sintático
• no diálogo, que geralmente ocorre importante e, se não for corretamente
no cotidiano, os interlocutores uti- usada, pode alterar completamente o sen-
lizam diversas gírias para chamar a tido de uma frase. Observe, por exemplo,
atenção um do outro. que escrever: “Não, quero!” é bem dife-

232

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7. Após a leitura, aproveite a oportu-
7. Agora, leia um trecho do poema Oi, observando os versos em destaque. nidade para abordar questões relacio-
nadas ao gênero textual poema. Per-
Oi gunte aos alunos: esse poema está or-
Oi, dona Maria. ganizado em quantas estrofes? Quan-
Como vai sua tia? tos versos tem cada estrofe? Espera-se
que os alunos identifiquem que o po-
Oi, dona Salomé. ema está organizado em quatro estro-
Como vai seu pé? fes, de dois versos cada uma. Depois,
[...] pergunte: o que dá ritmo ao poema?
Os alunos devem identificar que as ri-
Oi, dona Nazaré. mas dão ritmo ao poema.
Dá para fazer um café? 8. Chame a atenção da turma para o
[...] fato de que o poema faz uma brin-
cadeira com nomes e palavras que ri-

CAMILA CARROSSINE
Oi, seu Lima.
mam com eles. Por isso, sugere-se que
Agora acabou a rima.
os alunos sejam orientados a realizar
a atividade da mesma forma, rimando
James Misse. Poesias, rimas e outras coisas mais... São Paulo: Pé da Letra, 2016. p. 14. nomes a palavras que contenham os
a) Sublinhe a quem se dirige o cumprimento oi em cada um dos versos. mesmos sons finais.
9. Peça aos alunos que completem es-
b) Que sinal de pontuação foi usado entre o cumprimento e os nomes
das pessoas? sas frases de forma individual. Chame-
-lhes a atenção para o uso da vírgula ao
A vírgula. separar o chamamento (vocativo) do
restante da frase.
8. Faça uma paródia de uma estrofe do poema de James Misse: alguém
dizendo “oi” a uma pessoa de uma forma engraçada. Não se esqueça de ATIVIDADE COMPLEMENTAR
usar a vírgula entre o cumprimento e o nome escolhido e de criar uma rima. Caso observe dificuldades em rela-
Respostas pessoais. Sugestão de resposta: “Oi, tia Margarida. / Como vai a sua vida?”. ção à compreensão dos alunos acerca
do conteúdo, peça que identifiquem
as pessoas que compõem o vocativo
e em quais trechos o vocativo pode-
9. Complete as frases com nomes à sua escolha. Use a pontuação adequada ria ser explicitado na letra da canção
para separar os nomes que você escrever do restante das frases.
Respostas pessoais. Cantiga do sapo (1960), de autoria
a) , você viu a Márcia? de Jackson do Pandeiro e Buco do
Pandeiro. Além disso, explore com
b) Gosto tanto de você, ! a turma a pessoa do discurso que é
utilizada para referir-se ao vocativo
c) Não me amole, ! nessa letra: tu. Explique-lhes que o tu
é usado em alguns estados do Brasil,
d) , vocês querem lanchar agora?
como o Pará e o Rio Grande do Sul.
Aproveite a oportunidade para mudar
233 a conjugação dos verbos da 2a para a
3a pessoa do singular, usando prono-
me de tratamento você.
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233

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OBJETIVOS
MARCADORES
• Retomar o uso de marcadores tem- retomar e avançar TEMPORAIS
porais.
• Retomar o conceito e o uso de ono-
1. Você vai ler mais um trecho de um conto de fadas às avessas. Mas,
matopeias.
antes, leia somente o título e responda.
• Compreender os processos de
criação do conto parodiado. a) O título desse conto lembra uma expressão popular. Qual é ela?
O que ela significa? A expressão é “a vaca foi pro brejo”, que significa
• Compreender o uso de provérbios que algo ou alguma situação ficou muito ruim.
populares. b) Será que essa história de príncipe e princesa vai ter um final como
• Compreender os processos de os dos contos tradicionais? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que não, já que a expressão “foi pro brejo” não indica um desfecho positivo.
criação da narrativa ficcional. 2. Agora, leia o trecho do conto e comente com os colegas e o professor
• Inferir informações a partir de a relação entre o título e os acontecimentos narrados no conto.
elementos paratextuais do conto. Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. ... E o príncipe foi pro brejo!
O príncipe e a princesa se casaram e
⊲ BNCC não foram felizes para sempre...
Tudo começou quando o príncipe gri-
(EF35LP29) Identificar, em narrativas,
tou e a princesa fingiu que nem escutou...
cenário, personagem central, conflito Logo depois, à noite, ele roncou...
gerador, resolução e o ponto de vista RONC! RONC! RONC! RONC! RONC!
com base no qual histórias são narra- No dia seguinte, à mesa, ele arrotou.
das, diferenciando narrativas em pri- BUUUUUURP!
meira e terceira pessoas. Certa vez, a princesa colocou seu vesti-
(EF35LP30) Diferenciar discurso indire- do novo e ele nem notou.
to e discurso direto, determinando o [...]
efeito de sentido de verbos de enun- Saiu, nem a beijou, e até um pum ele
ciação e explicando o uso de varie- soltou! [...]

SUSAN MORISSE
dades linguísticas no discurso direto, Foi assim que tudo acabou.
quando for o caso. Suppa. ... E o príncipe foi pro brejo! São Paulo:
Folia de Letras, 2014. Não paginado.
⊲ PNA
Compreensão de textos • Esse príncipe se parece com os dos contos tradicionais? Por quê?
Produção de escrita 3. Circule as onomatopeias e explique o que cada uma delas significa.
RONC representa o som de ronco e BUUUUUURP representa o som de arroto.
ROTEIRO DE AULA

⊲ RETOMAR E AVANÇAR
2. • Não, pois os príncipes dos contos tradicionais são, geralmente, educados, gentis e
ORGANIZE-SE atenciosos. Nesse conto, o príncipe é retratado como alguém sem educação e que não dá
• Cartolinas. 234 atenção para a princesa.
• Canetas hidrocor.
• Giz de cera. D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 234 07/08/2021 22:42 D2_222-2

1. Leia o título do conto em voz alta concluam que sim, pois, nesse caso, seria
e instigue os alunos a verbalizarem a com entonação e ritmo adequados, ressal-
feita uma pergunta. tando os marcadores temporais.
que expressão popular esse título re-
1. a) A expressão popular faz referência Espera-se que os alunos concluam após
mete. Chame a atenção dos alunos
a tempos de seca, quando o gado parte a leitura que o título passa a ideia de que
para o uso das reticências e do pon-
em direção a brejos ou terrenos pantano- algo ruim aconteceu com o príncipe e o
to de exclamação presentes no título.
sos em busca de água. Havia risco de esses trecho do conto relata que o casamento
Se necessário, informe que o uso das
animais ficarem atolados no brejo. do príncipe com a princesa não deu certo.
reticências passa a ideia de que fatos
aconteceram antes de o príncipe ter 1. b) Estimule a participação oral da tur- 3. Retome com os alunos o conceito de
se dado mal e a exclamação passa a ma, incentivando-os a justificarem suas onomatopeia e abra espaço para que co-
ideia de surpresa. Pergunte: se o ponto respostas. mentem o que cada onomatopeia circula-
de exclamação fosse substituído pelo 2. Peça aos alunos que façam a leitura da representa.
ponto de interrogação, faria diferença? silenciosa e incentive-os a comentar suas
Por quê? É importante que os alunos impressões. Só então faça a leitura oral
234

D2-222-255-POR-F1-1100-V4-U07-MP-G23-AVU.indd 234 14/08/2021 14:37


de reflexão. Peça que se organizem e
4. A história se passa em apenas um dia? Escreva o trecho que justifica distribua cartolinas, canetas hidrocor
sua resposta.
e giz de cera para que componham
Não, a história dura mais de um dia: “No dia seguinte, à mesa, ele arrotou.”. a lista.
Essa lista será um excelente ma-
terial de consulta para as produções
• Sublinhe no trecho do conto as expressões que mostram a passagem textuais. Por meio dessa pesquisa e
de tempo na história. seleção de marcadores temporais, os
5. Você conhece a história de Cinderela, a jovem que foi impedida de alunos poderão identificar de maneira
ir ao baile, mas que, com a ajuda de sua fada madrinha, conseguiu mais clara a função desses elementos
encontrar seu príncipe encantado? Resposta pessoal. em textos.
• Leia um trecho do conto e complete-o com marcadores temporais,
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
de forma a mostrar a passagem do tempo.
Como forma de remediar eventu-
ais defasagens, podem ser oferecidas
Certo dia Depois de alguns anos Uma semana antes
atividades que deem oportunidade
aos alunos de colocar em ordem pa-
rágrafos recortados de uma história;
Cirandela preencher lacunas de um texto com
marcadores temporais com base em
[...] Depois de alguns anos/Certo dia , o pai de Cinderela
um banco de palavras organizadas
morreu. Ela se sentiu muito sozinha, pois a madrasta e
anteriormente pela turma; e compa-
suas filhas a tratavam muito mal. Além disso, exi-
rar como diferentes autores abordam
giam que ela fizesse sozinha todos os serviços

SUSAN MORISSE
domésticos.
o passado, o presente e o futuro.

Certo dia/Depois de alguns anos , SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


houve uma grande agitação no reino. Foi
TEXTO COMPLEMENTAR
anunciado que haveria um baile no palácio e o
príncipe escolheria uma jovem para se casar. Todas as
Onomatopeia
moças do reino foram convidadas.
A partir deste fenômeno, surgiram
Uma semana antes do baile, a madrasta e suas filhas alguns vocábulos com uma configu-
ração onomatopaica, que são aqueles
começaram a se preparar e não deram um minuto de sossego para a que têm o poder de sugerir uma ima-
pobre Cinderela. gem mais ou menos aproximada do
Sâmia Rios. Cinderela. São Paulo: Scipione, 2009. p. 5 e 6.
fato que exprimem, a partir da exis-
tência de certos fonemas, cuja natu-
reza faz lembrar o fato designado. É
6. Combine com os colegas e o professor uma data para pesquisar na este onomatopeísmo que dá expres-
biblioteca da escola mais exemplos de marcadores temporais em contos. sividade às palavras que designam
fenômenos sonoros (clique, crepitar, es-
• Montem uma lista com essas palavras e expressões e afixem no mural talido, estrondo, matraquear, murmúrio,
da sala. Resposta pessoal. sussurro, tilintar), às que designam vo-
zes de animais (cacarejar, coaxar, gru-
nhir, miar, piar, uivar, zurrar), ou atos
235 sonoros produzidos pelas cordas vo-
cais e afins (assobiar, cochichar, fungar,
roncar, tossir).
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 235 07/08/2021 22:42 TRILHO, Lurdes Aguiar. Onomatopeia.
In: CEIA, Carlos (coord.). E-Dicionário
4. e 5. Situar os acontecimentos de uma 6. Durante a pesquisa em livros, os alunos de termos literários (EDTL). (Texto
história no tempo é uma competência a ser terão oportunidade de refletir como au- adaptado ao português brasileiro).
adquirida e aprimorada ao longo do Ensino Disponível em: https://edtl.fcsh.unl.
tores experientes usam esses marcadores
pt/encyclopedia/onomatopeia/. Aces-
Fundamental, de forma que os alunos pos- temporais. Incentive-os com questões que so em: 23 jul. 2021.
sam usar esse conteúdo em suas produções os ajudem a identificar e a refletir sobre a
para indicar sucessão, duração e simulta- função dessas palavras e expressões.
neidade. Junto de datas e tempos verbais, A proposta de elaboração, pelos pró-
os advérbios dão pistas sobre quando os prios alunos, de uma lista que será afixada
fatos relatados aconteceram. É importante no mural da classe é fundamental, pois
dar oportunidade aos alunos de analisar es- é assim que perceberão a função desses
sas expressões antes de propor a produção marcadores e ampliarão seu vocabulário,
e durante os momentos de planejamento bem diferente de o professor entregar
do texto e revisão da escrita. uma lista pronta, sem dar oportunidade
235

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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS
• Compreender a contextualização ortografia EM -ANSA OU -ANÇA
dos sufixos -ansa e -ança.
• Reconhecer a similaridade de sons
1. Leia.
com grafias diferentes.
A habilidade e os componentes a A princesa não cansa de se olhar no espelho.
seguir serão trabalhados nesta seção. A princesa fez uma linda trança no cabelo!

⊲ BNCC

SUSAN MORISSE
a) As palavras em destaque terminam com os
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um mesmos sons? Espera-se que os alunos concluam que sim.
texto, conhecimentos linguísticos e b) Essas palavras terminam com as mesmas letras? Não.
gramaticais, tais como ortografia, re-
gras básicas de concordância nominal 2. Com os colegas, fale palavras terminadas em -ansa e -ança.
e verbal, pontuação (ponto final, pon- O professor vai registrá-las na lousa. Depois, copie.
to de exclamação, ponto de interro-
-ansa -ança
gação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando Sugestões de resposta: gansa/mansa confiança/liderança/perseverança/
for o caso.
amansa/cansa/descansa poupança/dança/festança/ trança/
⊲ PNA
lembrança/andança/lança/cobrança/
Conhecimento alfabético
Desenvolvimento de vocabulário finança/vingança/comilança/
Produção de escrita
criança/desconfiança/fiança/esperança/

ROTEIRO DE AULA herança/pujança/aliança/semelhança/

lambança/segurança/mudança/avança
⊲ ORTOGRAFIA
PALAVRAS TERMINADAS EM a) Há mais palavras terminadas em -ansa ou em -ança?
ANSA OU -ANÇA
-ANSA ANÇA Há mais palavras terminadas em -ança.
1. Dirija a atenção dos alunos para o b) Saber isso pode ajudar quando você tiver dúvida se a palavra é
fonema /s/. Pergunte-lhes: em que escrita com -ansa ou -ança? Por quê?
outras palavras este som aparece? É
provável que eles digam: cedo, sapo, Sim, pois na dúvida é mais provável que a palavra termine com -ança, uma vez que há
surpresa, sábado, saudade etc. Leve-os
muito mais palavras terminadas assim. Além disso, é possível memorizar as palavras
a perceber que as letras c, s e ç podem
representar o mesmo som, assim como terminadas em -ansa, pois são poucas.
o ss.
2. Como o som final das palavras é
236
o mesmo, é possível que, ao ditar, o
aluno pense que a palavra possa ser
registrada no grupo inadequado. Con- D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 236 07/08/2021 22:42 D2_222-2

tudo, ele vai verificar que o registro além disso, são poucas palavras termina-
foi feito em um grupo diferente do das com -ansa. Sugere-se que monte um
que ele pensava. Durante a atividade, quadro com as palavras terminadas em
pergunte: então, será que alguém vai -ansa e afixe-o no mural da classe.
encontrar mais palavras terminadas em
-ansa? Vale ressaltar que você poderá
participar dando exemplos de palavras
desse grupo.
O importante é que, ao final da
atividade, percebam que há muito
mais palavras terminadas em -ança.
No momento de dúvida, saber desse
fato contribui para que os alunos ar-
risquem escrevendo palavras com ç,
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2
OBJETIVOS
O OUTRO LADO • Realizar atividades de predição e

DAS HISTÓRIAS inferência.


• Identificar aspectos de intertex-
tualidade presentes em paródias de
contos.
preparaçao para a leitura • Realizar leitura multimodal.
• Reconhecer elementos composi-
1. Com seus colegas, relembre os principais fatos do conto cionais de capa de livro.
Os três porquinhos.

2. Observe a capa de um dos livros que contam essa história. ROTEIRO DE AULA
1. Espera-se que os 2. a) Espera-se que
alunos falem, por os alunos observem
exemplo, sobre: os o título da história, ⊲ PREPARAÇÃO PARA A
personagens (os três escrito com letras LEITURA
porquinhos e o lobo), maiores, os nomes da
o fato de o lobo querer autora, do ilustrador e Nesta seção, a partir de atividades
devorar o trio, as da editora. preparatórias, os alunos retomarão os
diferenças entre as conhecimentos prévios sobre o conto
casinhas (palha, madeira
e cimento), o fato de clássico Os três porquinhos, terão
o lobo tentar derrubá- oportunidade de recontar essa histó-
-las assoprando-as, o ria a fim de compreenderem a paródia
fato de os porquinhos que lerão na seção leitura.
escaparem etc.
1. Incentive os alunos a verbalizarem
Ana Maria Machado. o que conhecem da versão do conto
EDITORA FTD

Os três porquinhos. clássico Os três porquinhos e o que


São Paulo: FTD, 2004.
acham dela. A história tradicional dos
a) Que informações sobre o livro é possível obter pela leitura de sua capa? três porquinhos faz parte da memória
social dos estudantes.
b) O que significa a expressão Recontado por que aparece na capa?
A história não é originalmente de autoria de Ana Maria Machado. Ela recontou uma história tradicional. Em seguida, registre na lousa os
3. Que personagens da história foram ilustrados na capa do livro? seguintes provérbios: “Mais vale um
pássaro na mão do que dois voando”.
Os três porquinhos e parte do corpo do Lobo Mau. “É melhor prevenir do que remediar”.
• Que sentimento as expressões dos porquinhos demonstram? “Quando um não quer, dois não bri-
gam”. Estimule a turma a comentar
Demonstram medo, pavor. qual dos provérbios combina com a
história clássica Os três porquinhos. É
4. Você e os colegas vão conhecer uma versão do lobo para essa famosa importante que justifiquem a resposta.
história. No conto tradicional, ele é o vilão. Será que nessa versão ele 2. Pergunte aos alunos se conhecem
vai ser malvado? Resposta pessoal. outra versão dessa história. Será inte-
ressante levar para a sala de aula al-
237 guns livros com diferentes versões des-
se conto, de forma que percebam que
uma história pode ser recontada de
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diversas maneiras. Só então, explore a
As habilidades e os componentes a se- antecipações e inferências realizadas antes capa apresentada na questão. Desafie
guir serão trabalhados nesta seção. e durante a leitura de textos, checando a os alunos a verbalizarem o que enten-
adequação das hipóteses realizadas. deram da expressão “recontado por”.
⊲ BNCC (EF15LP03) Localizar informações explíci- 3. Continue a exploração da capa, cha-
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em re- tas em textos. mando a atenção dos alunos para a ilus-
lação ao texto que vai ler (pressuposições (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido tração que mostra apenas parte do lobo
antecipadoras dos sentidos, da forma e da produzido pelo uso de recursos expressi- e o rosto dos porquinhos assustados.
função social do texto), apoiando-se em
vos gráfico-visuais em textos multissemió- 4. Abra espaço para que comentem
seus conhecimentos prévios sobre as con-
ticos. se imaginam que na versão da história
dições de produção e recepção desse texto,
contada pelo lobo ele também será o
o gênero, o suporte e o universo temático,
bem como sobre saliências textuais, recur-
⊲ PNA vilão ou não, justificando.
sos gráficos, imagens, dados da própria Compreensão de textos
obra (índice, prefácio etc.), confirmando Produção de escrita
237

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OBJETIVOS
• Ler e compreender paródia de con- leitura CONTO
to clássico.
• Identificar o gênero textual conto
1. Leia o conto Os três porquinhos, na real! para saber se o que você
e seus contextos de produção.
pensou se confirma. Depois, comente com os colegas suas impressões
• Identificar o tipo de narrador do sobre a história.
conto.
• Analisar os elementos organiza- Os três porquinhos, na real!
cionais e estruturais do conto. Mermão, eu vou te dizer que vida de lobo não é moleza! Eu sei
• Compreender os elementos que que sou mal falado, que nem aquele bode, sabe qual? O bode ex-
compõem um conto (personagens, piatório, que leva culpa de tudo. Esse, pelo menos, tem vida man-
narrador, conflito, lugar e tempo de- sa, dono e tal, refeição garantida e cama quentinha. Pra ele tanto
finidos, clímax e desfecho). faz se é benquisto, xingado, odiado!

VICENTE MENDONÇA
• Desenvolver a leitura crítica. Já eu tenho que malhar o dia inteiro pra ter o que comer, e ain-
As habilidades e os componentes a da querem ditar meu cardápio. Querem que eu coma ca-
seguir serão trabalhados nesta seção. pim, cogumelo ou ervas daninhas, aquelas que não
servem pra nada, muitas vezes até intoxicam.
⊲ BNCC Tô te contando isso pra ver se você en-
tende meu lado, o lado do sofredor, pas-
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen- sando fome, frio e humilhação!
são global. Pois veja se minha história real, essa
que vou te contar, bate com aquilo que já
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
ouviu por aí...
tas nos textos lidos.
Então, um dia frio em que não encon-
(EF35LP21) Ler e compreender, de for- trei nem uma lagartixa pro café, fui andan-
ma autônoma, textos literários de di- do à beira de um rio pra ver se algum peixe
ferentes gêneros e extensões, inclusive pulava da água na minha boca... Daí avistei
aqueles sem ilustrações, estabelecen- uma moita de flores brancas, cheguei perto e
do preferências por gêneros, temas, elas pareciam bem carnudas. A fome apertou e
autores.
nhoct!, abocanhei uma. Hum, meio amarga!
(EF35LP22) Perceber diálogos em tex- Imediatamente comecei a babar, minha gar-
tos narrativos, observando o efeito ganta foi se fechando, as pernas cambaleando.
de sentido de verbos de enunciação Eu precisava de socorro! Mas quem ia me aju-
e, se for o caso, o uso de variedades dar, no meio da floresta? Minha visão ficou
linguísticas no discurso direto. embaçada e comecei a andar em zigue-zague.
(EF35LP26) Ler e compreender, com cer- Finalmente, avistei uma casinha que —
ta autonomia, narrativas ficcionais que juro! — eu nem tinha ideia de quem morava
apresentem cenários e personagens, lá. Comecei a gritar:
observando os elementos da estrutura
narrativa: enredo, tempo, espaço, per-
sonagens, narrador e a construção do 238
discurso indireto e discurso direto.

⊲ PNA D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 238 07/08/2021 22:42 D2_222-2

Fluência em leitura oral conto e pergunte: de acordo com o título, Peça-lhes que leiam o conto. Depois,
Desenvolvimento de vocabulário vocês acham que a história será parecida abra espaço para que comentem suas im-
com o conto Os três porquinhos? Por pressões sobre ele.
Compreensão de textos quê? Espera-se que os alunos concluam Só então, leia o conto para a turma,
Produção de escrita que não, pois a expressão “na real” dá com velocidade, precisão e prosódia.
pistas de que a história será contada sob
outro ponto de vista. Consulte com os alunos o Dicionário
ROTEIRO DE AULA ilustrado no final da unidade para explo-
Instigue os alunos a verbalizar se ima-
rar outros significados e exemplos de uso
ginam que vão ler uma história clássica.
⊲ LEITURA do termo cambalear e ampliar o repertó-
Se necessário, leve-os a perceber que a
expressão “na real” é uma expressão mo- rio deles com novo vocabulário.
CONTO derna, muito utilizada por jovens e que,
1. Abra espaço para que os alunos portanto, é provável que leiam uma versão
façam a leitura silenciosa do título do mais moderna da história.
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em alguém, falar mal de alguém e fa-
Tóxica: que tem zer muita ginástica.
— Socorro, alguém me ajude! alguma coisa que Releia a frase: “A fome apertou e
prejudica ou mata os
Lá de dentro veio uma voz: nhoct!”. Relembre o que são onoma-
seres vivos; venenosa.
— Quem é? O que foi? topeias: representações gráficas de
— Acho que engoli uma flor envenenada... sons ou ruídos. Pergunte: o que vocês
— Era uma flor branca? acham que aconteceu nesse momen-
— Isso mesmo! to? Espera-se que os alunos infiram
— Ah!, é a que se chama copo-de-leite, que o lobo abocanhou algo, nesse
todo mundo acha uma gracinha, mas
caso, a flor.
ninguém sabe que é tóxica. Chega mais
perto que eu tenho aqui o antídoto. Releia o sexto parágrafo e pergunte:
— O quê?... pelos sintomas que o lobo apresentou,
— O antídoto, o remédio contra o o que vocês acham que estava aconte-
veneno dessa flor. cendo com ele? É provável que o lobo
Fui cambaleando em direção à casa, sem enxergar tenha tido uma reação alérgica, pois
nada! De repente, tudo desmoronou na minha frente e ele apresentou sintomas típicos (ficar
eu caí espatifado sobre uma espécie de colchão. Colchão tonto, babar e dificuldade de respirar).
que nada! Não é que a casa era de palha? E não tinha
ninguém lá dentro!
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA
Pois é, naquela história mentirosa que contam, quem
morava nessa casa era um porquinho, e as más-línguas Informe aos pais ou responsáveis
dizem que eu o comi! Que tinha alguém lá dentro, tinha, que estão lendo paródias de contos
pois me respondeu, mas deve ter se apavorado e fugiu. clássicos. Ressalte que praticar a lite-
Também, faz uma casa de palha e quer o quê? racia familiar consiste em levar para o
Voltou tudo à estaca zero! Eu, com uma tremenda dor ambiente familiar o hábito da leitura
de barriga e sem enxergar nada, continuei andando em zi- e outras atividades com o objetivo de
gue-zague, até que avistei outra casa, então pedi novamente estimular o aprendizado.
socorro. Peça que leiam o conto com as crian-
Uma voz respondeu: ças, de modo a estimular a prática de
— Quem é?
leitura em voz alta. Ressalte que, após
— Acho que engoli uma flor envenenada!
a leitura, é interessante que proponham
— Já caí uma vez nessa conversa, conta outra!
questões a fim de verificar as impres-
— Não é conversa, não, preciso do antídoto!
sões e a compreensão do conto pelas
— O quê?
crianças.
— O antídoto, o remédio contra o veneno
daquela flor!
— Aqui não é o Instituto Butantan! SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
— Então me arruma um pouco de água pra LEITURA • GOLTILIB, Nádia Battella. Teo­
beber, quem sabe alivia! ria do conto. São Paulo: Ática, 2006. O
livro apresenta aspectos textuais do gê-
nero conto.

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Explore o conto com questões objeti- sempre os culpados pelos acontecimentos


vas, mas que exijam que os alunos sigam ruins na vida dos protagonistas.
pistas que o texto oferece para respon- Releia o trecho: “Já eu tenho que ma-
dê-las, e com questões em que eles pos- lhar o dia inteiro pra ter o que comer, e
sam interagir com o conto. Por exemplo: ainda querem ditar meu cardápio”. Per-
por que o lobo disse que “vida de lobo gunte: qual é o sentido da palavra malhar
não é moleza”? Leve os alunos a percebe- nesse trecho? Vocês conhecem outro sen-
rem que o lobo quer que o leitor recorde tido em que essa palavra pode ser usada?
histórias clássicas, em que o personagem Explique que malhar foi usada no sentido
lobo é sempre o vilão. Questione o que de ter de se esforçar para conseguir se
compreenderam por “não é moleza”, que alimentar. Comente que também signifi-
se refere, nesse trecho, à vida difícil que os ca: bater com martelo em metal em brasa
lobos levam como vilões de histórias – são para lhe dar a forma desejada, bater muito
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ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA Você acredita que a criatura que morava naquela casa mandou um
baita esguicho de água pra cima de mim? Tive que sair correndo pra
CONTO não pegar uma pneumonia!
Pergunte aos alunos: o que vocês A boa notícia é que aquela água realmente me deu alívio e assim
consegui, pelo menos, voltar para a minha toca, bem longe daquele
entenderam por antídoto? No conto,
lugar horroroso.
antídoto é um remédio contra vene-
Se você prestou atenção, percebeu que nessa história toda a vítima
no, nesse caso, a substância tóxica da
fui eu! Pois é, dizem que a casa do esguicho era do irmão do primeiro
flor. Explique que antídoto é um re- porquinho, que a construiu com madeira. Que eu teria derrubado
médio contra o que prejudica a saúde também essa casa e comido o segundo porquinho! Eu estava
ou mata quando entra no organis- fraco e quase cego... Estou indignado!
mo de um ser vivo. Depois, pergunte Mas a calúnia não termina aí! Ainda dizem que eu
também: qual vocês acham que é a fui até à casa de um terceiro porquinho, irmão dos
relação entre antídoto, veneno e Insti- primeiros, que tentei entrar lá e comer mais esse.
tuto Butantan? Será interessante levar Que só não consegui porque ele era mais esperto e

NÇA
os alunos à sala de informática para construiu a casa com tijolos!

E MENDO
que pesquisem informações sobre o É por mentiras desse tipo que o mundo vai cada

VICENT
Instituto Butantan. Esse instituto é um vez pior. Tem mais: bichos como esses porqui-
centro de pesquisa biológica localiza- nhos não têm moral pra criticar ninguém... Na
do em São Paulo e é responsável por minha humilde toca sempre cabe mais um!
grande parte da produção de vacinas E esses porquinhos, não podiam morar juntos?
e de soros do Brasil. Onde já se viu deixar irmão morar em casa de
palha, hein?...
Releia: “Se você prestou atenção, Bicho que não sabe o que é família!...
percebeu que nessa história toda a ví- Bicho que não sabe o que é fraternidade!...
tima fui eu! Pois é, dizem que a casa Bicho que não sabe o que é solidariedade!...
do esguicho era do irmão do primeiro Na real, até parece gente!
porquinho, que a construiu com ma-
Luís Camargo. Os três porquinhos, na real!
deira. Que eu teria derrubado tam- Elaborado especialmente para esta obra.
bém essa casa e comido o segundo
porquinho! Eu estava fraco e quase
cego... Estou indignado.”. Chame a
atenção para o tempo verbal da pa- quem e?
lavra teria. Pergunte: que sentido a O escritor e ilustrador de livros infantis Luís Camargo nasceu
palavra teria dá ao trecho? Faria di- em São Paulo, em 1954. Desenvolve projetos de incentivo à lei-
ferença se o lobo tivesse dito: “Que tura com professores de vários estados brasileiros. Recebeu o
eu derrubei”? Espera-se que os alu- prêmio Jabuti, na categoria ilustração, pelo livro O cata-vento
nos percebam que, ao usar o verbo e o ventilador, em 1986.
no futuro do pretérito, a intenção do
lobo é ressaltar o quanto as pessoas
falam sem ter certeza, pois esse tem-
po verbal pode indicar probabilidade, 240
incerteza, ou não comprometimento
do falante com o que está sendo dito.
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Releia o antepenúltimo parágrafo


implícitos e subentendidos do texto, pois,
e pergunte: o que vocês entenderam
por calúnia? Depois, consulte com nesse trabalho, a identificação do texto
os alunos o Dicionário ilustrado no original possibilita trazer para a interpre-
final da unidade para explorar outros tação um conteúdo ideológico essencial
significados e exemplos de uso do ter- para a compreensão do todo. Durante o
mo calúnia e ampliar o repertório de- processo de ensino-aprendizagem, a esco-
les com novo vocabulário. lha de práticas para elaborar paráfrases e
A paródia é uma ocorrência linguís- paródias exige uma postura crítica e refle-
tica ligada à leitura e à reconstrução xiva do professor e do aluno. Além disso,
de determinado texto, de acordo com atividades com paródias e paráfrases pos-
cada situação, contexto e realidade. A sibilitam o trabalho com a intertextualida-
leitura e a produção de paródias per- de, propiciando a análise dos mais varia-
mitem explorar também os elementos dos gêneros textuais.
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2. a) Sim, é uma paródia porque reconta uma história já conhecida, mas de uma forma diferente,
divertida e bem-humorada. 2. d) Chame a atenção dos alunos
2. Você já estudou que paródia é uma versão bem-humorada de algum texto, para o fato de o lobo ser humaniza-
que pode ser, por exemplo, um conto, um filme ou uma letra de música.
do: ele quer ter uma cama quentinha,
a) O conto Os três porquinhos, na real! é uma paródia? Por quê? quer ser benquisto e amado, perde
b) Em sua opinião, o conto Os três porquinhos, na real! teria a mesma a paciência, pede socorro, sente-se
graça se o leitor não conhecesse o conto tradicional Os três porquinhos? injustiçado e caluniado etc. O lobo
emprega a visão dele sobre os irmãos
c) Que sentido a expressão na real dá ao título da paródia? Explique.
porquinhos, atribuindo-lhes caracte-
d) Depois de conhecer a versão do lobo, você acha que ele é culpado rísticas negativas, como não se impor-
ou inocente? Por quê? 2. c) É importante que os alunos percebam que a expressão na tarem com a família e não mostrarem
Respostas pessoais. real sugere que a versão original está incorreta ou é falsa.
3. Você já estudou que o narrador é quem conta a história. É ele quem solidariedade nem espírito de frater-
apresenta os elementos da narrativa: personagens, ambiente, tempo, nidade – esses aspectos o aproximam
fatos. do leitor, que pode ter um novo jul-
2. b) Não, pois a compreensão desse conto depende de gamento sobre os fatos. Peça que so-
• Nesse conto, o narrador é: conhecimentos sobre o conto original dos porquinhos.
cializem e justifiquem suas respostas,
observador, ou seja, narra os fatos sem fazer parte da história. comentando se acreditaram ou não
na versão do lobo.
X personagem, ou seja, narra os fatos sob o seu ponto de vista. 3. Peça que os alunos verbalizem
quem conta os fatos nesse conto, ou
4. Em sua opinião, qual foi a intenção do autor em escolher esse tipo de
narrador para contar os fatos da história?
seja, quem é o narrador. Espera-se que
respondam que nesse conto o narra-
A escolha de um narrador-personagem dá oportunidade ao narrador de não só narrar dor é o lobo. Desafie-os a justificarem
suas respostas com trechos do conto.
os fatos, mas também de mostrar suas emoções diante dos acontecimentos, na tentativa
4. Discuta a questão com a turma. Leve
de convencer o leitor de que seu ponto de vista é o correto. Além disso, o fato de a os alunos a perceberem o efeito de hu-
mor gerado pela escolha do narrador.
história ser narrada pelo “vilão” do conto clássico contribui para dar humor à versão. Instigue-os a imaginar se o conto teria
o mesmo humor caso não fosse nar-
5. Na história original, o lobo vai até a casa dos porquinhos com o intuito de rado pelo lobo, usando a linguagem
comê-los. De acordo com essa versão, foi isso que aconteceu? Explique. descontraída e irônica que ele utiliza.
Espera-se que os alunos respondam que não. Nessa versão, o lobo diz que foi à casa dos 5. Realize as questões primeiro oral-
mente. Desafie os alunos a localiza-
porquinhos para buscar socorro, pois havia comido uma planta (copo-de-leite) que o rem no conto os trechos que eviden-
intoxicou.
ciam os motivos de o lobo ter ido às
casas dos porquinhos e as destruído.
• Que justificativa o lobo deu para o fato de a casa do primeiro
porquinho ter caído?
Ele justificou dizendo que, como estava sem enxergar direito e cambaleando,

caiu sobre ela e tudo desmoronou.

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2. Ao ler o comando da questão, dê mais tradicional do conto Os três porquinhos.


explicações sobre o que é uma paródia Eles devem perceber os indícios da versão
para os alunos. Se possível, mostre a eles parodiada que levam o conto narrado pelo
alguns exemplos de paródias de músicas e lobo ser divertido, como: o uso de registro
outras versões de histórias famosas para informal e até gírias (mermão); o contra-
que experimentem outros exemplos além ponto do ficcional com a realidade: “Aqui
dos que lerão e/ou terão acesso por este não é o Instituto Butantan”; a personifica-
Livro do Aluno. ção do lobo: “Imediatamente comecei a
2. a) É importante que os alunos justifi- babar, minha garganta foi se fechando, as
quem a resposta. pernas cambaleando”.
2. b) A resposta pessoal do aluno deve 2. c) Leve os alunos a perceberem que a ex-
considerar os fatos apresentados na ver- pressão visa levar o leitor a acreditar que a
são do lobo e, também, na narrativa mais outra versão da história não é a verdadeira.
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6. Espera-se que os alunos sublinhem algumas expressões (como "mermão"), a linguagem
ROTEIRO DE AULA ("tô te contando isso pra ver") e palavras dirigidas diretamente ao leitor.
6. No conto Os três porquinhos, na real!, o lobo se vale de estratégias
para se aproximar e conquistar a confiança do leitor. Sublinhe no texto
⊲ LEITURA exemplos em que isso acontece.

CONTO 7. A linguagem utilizada no conto Os três porquinhos, na real! é mais


6. O objetivo da questão é chamar a próxima da informal, por esse motivo apresenta expressões comuns do
atenção dos alunos para o fato de o dia a dia, na comunicação com pessoas com quem temos intimidade.
lobo se referir ao leitor na tentativa de • Escreva o significado das expressões sublinhadas a seguir.
ganhar sua simpatia. Assim, ele testa a) “[...] as más-línguas dizem que eu o comi!”
a comunicação com o leitor por meio
As pessoas que costumam falar mal dos outros.
do canal fático. Chame a atenção dos
alunos para esse recurso. Peça a eles b) “Voltou tudo à estaca zero!”
que grifem no livro, pois eles poderão
usar esse recurso na produção textual Começou tudo de novo.
que farão. c) “— Já caí uma vez nessa conversa, conta outra!”
7. a), b) e c) Leve os alunos a socia-
Acreditei nessa história uma vez.
lizarem as respostas e registre-as na
lousa. O registro informal é utiliza- 8. A quem o lobo faz uma crítica no último parágrafo do conto? Explique.
do pelo lobo para empregar um tom
amistoso, como em uma conversa, Espera-se que os alunos concluam que o lobo faz uma crítica aos seres humanos que
para tentar convencer o leitor sobre a
não são solidários e, muitas vezes, não demonstram sentimentos de amor ao próximo.
sua versão da história.
8. Releia em voz alta o último parágra- 9. Releia.
fo e verifique se os alunos compreen-
deram a crítica à falta de solidariedade Uma voz respondeu:
dos seres humanos. — Quem é?
9. O objetivo da questão é retomar — Acho que engoli uma flor envenenada!
com os alunos os sinais de pontuação
utilizados em diálogos. • Circule no trecho:
a) de azul o sinal de pontuação que indica
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
que alguém vai falar.
Verifique se é possível encontrar Os alunos devem circular de azul os dois-pontos.
na biblioteca ou sala de leitura de b) de verde o sinal de pontuação que
sua unidade escolar algum livro que indica que alguém está falando.
Os alunos devem circular de verde os travessões.
apresente uma paródia de um conto VICENTE MENDONÇA

conhecido. Se puder, leia o livro na ín-


tegra para os alunos. Antes da leitura,
mostre a capa, o título, a editora, o
autor. Explore as ilustrações (se elas
aparecem em todas as páginas ou
não, se o texto se mistura com elas
ou não, se são coloridas ou não), a ex- 242
tensão do texto (quantas páginas tem
a história) e, ainda, se no mesmo livro
há apenas uma ou várias histórias. Es- D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 242 07/08/2021 22:42 D2_222-2

ses dados podem despertar o interes-


se pelos livros literários.

242

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OBJETIVOS
as palavras no dicionario • Usar o dicionário para consultar
palavras que geram dúvidas na grafia.
• Usar adequadamente palavras
1. Leia um trecho de um diário. com x e ch; j e g; z e ss; e lh.
• Retomar e consolidar relações en-
Querido diário, tre grafemas e fonemas mais com-
Sempre que começo um diário novo, gosto de explicar quem plexas.

é quem. Vou logo avisando que não sou do tipo princesa, às


ROTEIRO DE AULA
vezes gosto de ficar descabelada, falar alto, pular feito doida e
comemorar os gols do meu time. ⊲ AS PALAVRAS NO
DICIONÁRIO
Tenho um irmão muito empricante empli chato pra caramba!
ORGANIZE-SE
a) Esse diário é de um menino ou de uma menina? Sublinhe as • Dicionários variados.
palavras que confirmam sua resposta. As palavras descabelada e doida
1. a) Chame a atenção dos alunos
identificam que o diário é de uma
b) Que palavra gerou dúvida na escrita? menina. para a flexão de gênero dos adjetivos,
que evidenciam que se trata de um di-
A palavra implicante.
ário de uma menina.
c) Que livro poderia ter sido consultado para resolver essa dúvida na escrita? 1. b) Ressalte o recurso gráfico utili-
O dicionário. zado para evidenciar que a dona do
diário teve dúvida na escrita da pala-
2. Existem palavras que dão origem a outras. vra implicante. Abra espaço para que
Além da consulta ao dicionário, as palavras de origem também podem comentem se utilizam esse recurso e
ajudar na hora de escrever palavras cuja escrita não tem regra. Veja em que situações.
os exemplos. 1. c) O objetivo da questão é retomar
com a turma uma das funções dos
chato chatear chateação chateado dicionários. Sugere-se levar dicioná-
rios para a sala de aula e solicitar aos
filho afilhado filhinho filhote
alunos que deem explicações sobre:
funções, características e organização
• Agora, escreva as letras que completam as palavras. As palavras entre
parênteses dão pistas da grafia. do dicionário.
2. Retome com os alunos que, espe-
a) exce ss ivo (excesso) d) feli z mente (feliz) cialmente em irregularidades ortográ-
ficas, palavras da mesma família dão
b) a g ilidade (ágil) e) j eitoso (jeito)
pistas sobre a escrita.
c) enge ss ado (gesso) f) pa lh inha (palha) ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Forme duplas de alunos para que
243 folheiem livremente o dicionário, com
o objetivo de explorar suas caracte-
rísticas. Nesse momento, circule pela
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 243 07/08/2021 22:42
sala de aula, incentivando os alunos a
As habilidades e os componentes a se- ⊲ PNA olharem para elementos como: dife-
guir serão trabalhados nesta seção. Conhecimento alfabético renciação no tamanho das letras, pa-
lavras no alto e no canto das páginas,
⊲ BNCC Desenvolvimento de vocabulário
o que está escrito ao lado de cada
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para es- Compreensão de textos palavra etc. Incentive-os a identificar
clarecer dúvida sobre a escrita de palavras, Produção de escrita o motivo de cada um desses recursos.
especialmente no caso de palavras com Por fim, junto com a turma, elabore
relações irregulares fonema-grafema. um cartaz com papel pardo com essas
(EF04LP03) Localizar palavras no dicioná- características.
rio para esclarecer significados, reconhe-
cendo o significado mais plausível para o
contexto que deu origem à consulta.

243

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OBJETIVOS
• Retomar o uso adequado de si- retomar e PONTUAÇÃO EM DIÁLOGO E
nais de pontuação. avançar PRONOMES PESSOAIS RETOS
• Retomar o conceito e o uso dos
pronomes. 1. As piadas a seguir foram escritas sem os parágrafos, sem os sinais de
• Empregar adequadamente pará- pontuação e sem a letra inicial maiúscula no início das frases.
grafos, letras iniciais maiúsculas e • Reescreva-as, pontuando-as.
sinais de pontuação.
As habilidades e os componentes a o professor pergunta ao aluno por que você
seguir serão trabalhados nesta seção. chegou atrasado novamente é que estou com um
problema nas costas está doendo não professor é
⊲ BNCC que eu não consigo tirá-las dos lençóis

E
SSIN
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um

RRO
365 piadinhas para crianças. Barueri: Girassol, 2010. p. 73.

CA
MI

LA
CA
texto, conhecimentos linguísticos e
gramaticais, tais como ortografia, re- O professor pergunta ao aluno:
gras básicas de concordância nominal
e verbal, pontuação (ponto final, pon- — Por que você chegou atrasado novamente?
to de exclamação, ponto de interro-
— É que estou com um problema nas costas.
gação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando — Está doendo?
for o caso.
(EF35LP14) Identificar em textos e — Não, professor, é que eu não consigo tirá-las dos lençóis.
usar na produção textual pronomes
pessoais, possessivos e demonstrati- o aluno pergunta ao professor de matemática de que número podemos ti-
vos, como recurso coesivo anafórico. rar a metade e não restará nada o professor pensa e não encontra resposta
(EF04LP06) Identificar em textos e muito simples professor tire a metade de baixo do número 8 e terá um 0
usar na produção textual a concor- 365 piadinhas para crianças. Barueri: Girassol, 2010. p. 89.
dância entre substantivo ou pronome
pessoal e verbo (concordância verbal). O aluno pergunta ao professor de matemática:

— De que número podemos tirar a metade e não restará nada?


⊲ PNA
Compreensão de textos O professor pensa e não encontra resposta.
Produção de escrita
— Muito simples, professor, tire a metade de baixo do número 8 e terá um 0.

a) Que sinal de pontuação foi usado para indicar que alguém vai falar?
ROTEIRO DE AULA
Os dois-pontos.
⊲ RETOMAR E AVANÇAR b) Que sinal de pontuação foi usado para indicar a fala dos personagens?

PONTUAÇÃO EM DIÁLOGO E O travessão.


PRONOMES PESSOAIS RETOS 244
1. Peça que leiam as piadas e comen-
tem suas impressões. Abra espaço
D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 244 07/08/2021 22:42 D2_222-2
para que comentem como elas pode-
riam ser escritas, de forma que o texto ponto de interrogação (?), dois-pontos (:) SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
fique mais claro para o leitor. e ponto de exclamação (!). Informe aos LEITURA • DACANAL, José Hildebrando.
Na correção, aceite diferentes pos- alunos que o sinal de pontuação dois- Manual de pontuação: teoria e prática. Por-
sibilidades de pontuar o texto, desde -pontos (:), além de outros usos, indica to Alegre: Edições BesouroBox, 2016. O livro
um prenúncio de que se aproxima um indicado oferece informações sobre a natu-
que coerentes, pois nem sempre exis-
reza e função da pontuação.
te uma única forma de se pontuar um enunciado. E o travessão (—) é um traço
texto. Contudo, mostre aos alunos as horizontal maior que o hífen e costuma
diferenças no sentido de cada uma ser empregado, entre outros usos, no dis-
das pontuações empregadas por eles. curso direto, para indicar a fala do perso-
Por isso, lembre-lhes que só podem nagem ou a mudança de interlocutor nos
utilizar ponto final (.), travessão (—), diálogos.

244

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Sobre a opção de se propor uma
2. Duas amigas que viviam no reino da Cinderela não foram convidadas atividade contextualizada em que os
para o famoso baile em que a personagem perdeu seu sapatinho de
alunos identifiquem os termos substi-
cristal. Leia o bilhete de uma delas.
tuídos, ressalta-se o que afirma a pro-
fessora Irandé Antunes:
Nazarina,
Nesse âmbito, vale ter em conta a
Você não para em casa! Eu tenho novidade

GRUMBUS/SHUTTERSTOCK.COM
função referenciadora dos pronomes,
daquelas para contar! Sabe o baile chiquérrimo que o tal como acontece com os substanti-
príncipe deu e não nos convidou? Bem feito! Deu tudo vos. Vale a pena também percebê-los
como recurso das retomadas coesivas
errado pra ele. Dizem que, à meia-noite, a moça que (das voltas que se faz a segmentos
estava dançando com o príncipe largou o coitado no salão e disparou anteriores do texto, por exemplo, as
porta afora, deixando o sapato do pé direito (ou do esquerdo, tanto faz) chamadas anáforas), considerando-
-se, ainda, as condições textuais e
caído na escadaria do palácio. contextuais que tais retomadas re-
No outro dia, o príncipe saiu com uma comitiva, disposto a querem, a fim de que as referências
feitas no texto não fiquem ambíguas
enfrentar de chulé a bicho-de-pé das donzelas, só para que todas ou imprecisas. Muitas são as ativida-
elas provassem o tal sapatinho. A promessa era que ele se casaria des que podem ser feitas na explora-
com quem o sapato servisse. Será que esse príncipe tem problema de ção das condições de uso dos prono-
mes no percurso do texto. Saber que
memória? Imagina, não se lembrar do rosto da moça com quem um ELE, por exemplo, é um pronome
dançou a noite inteira! Eu, heim?! pessoal do caso reto é muito pouco,
é pouquíssimo. O que é comunicati-
Quando chegou a vez da Cinderela, minha vizinha (nós duas vamente relevante é conhecer as re-
sabemos o quanto é estabanada), ela sentou, tirou aquele tênis velho gularidades de uso dos pronomes no
texto, para que se possa assegurar a
e fedido, bateu com o pé no sapatinho de cristal e ele voou longe, se
clareza, a precisão referencial, a in-
espatifando em mil pedacinhos. O pior é que a minha casa seria terpretação coerente. Exercícios para

GRAPHICS/SHUTTERSTOCK.COM
a pró�ima a ser visitada pelo príncipe. Aquele sapato ia servir em identificar os termos substituídos pe-
los pronomes, bem como outros de
mim nem que eu tivesse que encurtar os dedos! Teria vida de princesa! identificação dessas retomadas, para
Aquela desastrada me paga! se estabelecer as cadeias referenciais
de um texto seriam uma forma de ex-
Beijos, plicitar, para o aluno, os mecanismos
Candinha intuitivos da construção de textos co-
esos e, por essa via, coerentes.
Barbara Andrade. Bilhete de Candinha para Nazarina. Elaborado especialmente para esta obra. ANTUNES, Irandé. Aula de portu-
Disponível em: https://profissaoalfabetizacao.blogspot.com/2020/06/. Acesso em: 26 jul. 2021. guês: encontro & interação. São Pau-
lo: Parábola, 2003.
• Copie os pronomes destacados no bilhete e escreva os substantivos a
que se referem.
Você: Nazarina; Eu: Candinha; ele: príncipe; elas: donzelas; ele: príncipe; nós:

Nazarina e Candinha; ela: Cinderela; ele: sapatinho de cristal; eu: Candinha.

245

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2. Peça aos alunos que façam a leitura Espera-se que os alunos notem que no
silenciosa do bilhete. Em seguida, per- bilhete foi usado predominantemente o
gunte: na opinião de vocês, esse bilhete é registro informal e que esse uso foi ade-
real? A que história tradicional infantil o quado por se tratar de uma comunicação
texto do bilhete faz referência? Espera-se entre amigas, que têm muita intimidade.
que os alunos concluam que o bilhete é Além disso, a linguagem descontraída foi
fictício, pois se refere à história da Cinde- usada como recurso estilístico para trans-
rela. Quem são o remetente e o destina- mitir humor.
tário do bilhete? Candinha é a remetente O objetivo da atividade é retomar com
do bilhete e Nazarina é a destinatária. os alunos o uso de pronomes como recur-
Depois, pergunte: no bilhete apresenta- so de referenciação e coesão. Verifique se
do, foi usado o registro mais formal ou percebem a relação de concordância entre
informal? Esse tipo de registro foi ade- os pronomes e os substantivos aos quais
quado à situação comunicativa? Por quê? se referem.
245

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OBJETIVOS
• Ler e interpretar uma anedota. nossa lingua VERBOS DE ELOCUÇÃO
• Compreender o uso de verbos de
elocução. 1. As paródias de contos são, geralmente, bem-humoradas.
• Identificar os verbos de elocução. • Agora, você também vai se divertir, desta vez lendo uma anedota.
As habilidades e os componentes a Você sabe o que é uma anedota? Resposta pessoal.
seguir serão trabalhados nesta seção.
A busca
⊲ BNCC Desesperado, o chefe olha para o relógio, e, já não acreditando que um
(EF35LP02) Selecionar livros da bi- funcionário chegaria a tempo de fornecer uma informação importantíssi-
blioteca e/ou do cantinho de leitura ma para uma reunião, liga para o cara:
da sala de aula e/ou disponíveis em — Alô! — atende uma voz de criança, quase sussurrando.
meios digitais para leitura individual, — Alô. Seu papai está?
justificando a escolha e compartilhan- — Tá... — ainda sussurrando.
do com os colegas sua opinião, após — Posso falar com ele?
a leitura. — Não — disse a criança, bem baixinho.

FABIO EUGENIO
(EF35LP26) Ler e compreender, com Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
— E a sua mamãe? Está aí?
certa autonomia, narrativas ficcionais
— Tá.
que apresentem cenários e persona-
— Ela pode falar comigo?
gens, observando os elementos da
— Não. Ela tá ocupada.
estrutura narrativa: enredo, tempo,
— Tem mais alguém aí?
espaço, personagens, narrador e a
— Tem... — sussurra.
construção do discurso indireto e dis-
— Quem?
curso direto.
— O “puliça”.
(EF04LP06) Identificar em textos e Um pouco surpreso, o chefe continua:
usar na produção textual a concor- — O que ele está fazendo aí?
dância entre substantivo ou pronome — Ele? Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o “bombelo”...
pessoal e verbo (concordância verbal). Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta
assustado:
⊲ PNA — Que barulho é esse?
Desenvolvimento de vocabulário — É o “licópito”.
— Um helicóptero?
Compreensão de textos
— É. Ele “tlosse” uma equipe de busca.
Produção de escrita — Minha nossa! O que está acontecendo aí? —
o chefe pergunta, já desesperado.
ROTEIRO DE AULA E a voz sussurra, com um risinho safado:
— Eles tão me “ploculando”.

⊲ NOSSA LÍNGUA Paulo Tadeu. Proibido para maiores: as melhores piadas para crianças.
São Paulo: Matrix, 2007. p. 11.

VERBOS DE ELOCUÇÃO
246
O gênero textual anedota geral-
mente não apresenta título nem au-
tor, pois tem origem na oralidade. É D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 246 07/08/2021 22:42 D2_222-2

possível encontrar a mesma piada em


o narrador emprega, geralmente, verbos uma criança causar tanto rebuliço por estar
diversas versões, principalmente por
de elocução para introduzir ou finalizar a escondida. Escolha três alunos para fazer
propagar-se entre as pessoas ao longo
fala dos personagens e indicar o estado de a leitura oral da anedota, de forma a pro-
do tempo, por meio da oralidade e da
espírito deles. Cabe ressaltar que existem mover práticas que desenvolvam a fluência
escrita. Atualmente, difunde-se ainda leitora. Informe que um lerá a fala do nar-
mais em virtude do uso da internet. piadas sem narrador, constituídas somen-
te por um diálogo em discurso direto. Por rador, o outro, a da criança, e o terceiro, a
Nele, mais importante que o assunto fala do chefe. Deixe claro que devem ficar
é a forma como é abordado. O humor esse motivo, nesse caso, não haverá a pre-
sença de verbos de elocução. atentos para seguir as informações dadas
se dá especialmente pelo emprego do pelo narrador sobre o tom de voz dos per-
duplo sentido de palavras ou expres- 1. Abra espaço para a leitura silenciosa sonagens e sobre o estado de espírito deles.
sões, pela ironia ou por um aconteci- dos alunos. Depois, incentive-os a comen-
mento inesperado no final da história. tar o que deu humor à história. Como se
Na maioria das piadas, há o diálogo constata, essa piada mostra uma situação
em discurso direto. Nessa construção, improvável e provoca surpresa o fato de
246

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1. a) Espera-se que os alunos concluam que se trata de uma criança bem pequena, pelo modo como
pronuncia algumas palavras e pela ingenuidade/inocência da travessura que ela fez. 1. a) Instigue os alunos a justificarem
a) Que idade você acha que tem a criança? Explique.
suas respostas com passagens do tex-
b) Por que algumas palavras do texto foram escritas entre aspas? to, de forma a ressaltar a linguagem
Para indicar que elas foram escritas da forma como foram pronunciadas, ou seja, incorretamente.
c) As anedotas normalmente apresentam no final uma surpresa que empregada para evidenciar que se tra-
causa humor. Nessa anedota, qual é a surpresa? ta de uma criança pequena.
Descobrir que a criança havia simulado o próprio desaparecimento.
1. b) Aproveite a oportunidade para
2. Releia alguns trechos retirados da anedota observando as palavras e as
destacar que as aspas foram usadas
expressões em destaque.
com outra função que não a de mar-
car a fala de alguém. Dessa vez, foram
[...] Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
usadas para evidenciar palavras grafa-
das da forma como foram faladas pela
[...] Um pouco surpreso, o chefe continua: criança.
1. c) O objetivo da questão é chamar
[...] Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe per- a atenção para uma característica
gunta assustado: marcante desse gênero textual: ter fi-
nal que surpreende o leitor.
2. Chame a atenção dos alunos para o
— Minha nossa! O que está acontecendo aí? — o chefe pergunta, já
fato de algumas palavras e expressões
desesperado.
indicarem a gradação da preocupação
do chefe, que ficou cada vez maior. O
narrador informa que a fala do che-
fe começa em tom meio sem graça e
termina já desesperado. É importante
levá-los a perceber que esses recursos
auxiliam no momento de definir a en-
tonação da leitura e na compreensão
da situação descrita.
O objetivo é levar os alunos a con-
cluir em que esse recurso linguístico
ajuda a transmitir ao leitor o estado
FABIO EUGENIO

de espírito dos personagens.

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR


LEITURA • CALVET, Louis-Jean. Tradi-
ção oral & tradição escrita. São Pau-
lo: Parábola, 2011. Na obra, tradição
oral e tradição escrita designam duas
a) O que as palavras e expressões em destaque indicam nesses trechos? formas de sociedade. Formula-se
Elas indicam o estado emocional do chefe.
b) Na leitura em voz alta, essas palavras e expressões ajudam o leitor a nos seguintes termos o problema
dar entonação às falas do chefe? Explique. constante com que se confrontam
Sim, pois elas indicam as emoções que devem ser expressas nas falas do chefe. as sociedades de tradição oral: como
247
manter a memória da experiência
humana e torná-la presente em um
lugar e em um tempo dos quais ela
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 247 07/08/2021 22:42 está efetivamente ausente? Esse pro-
blema da memória social é muito
bem desenvolvido neste livro.

247

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ROTEIRO DE AULA 3. Sublinhe na anedota as falas dos personagens e as intervenções do
narrador de acordo com a legenda a seguir.
⊲ NOSSA LÍNGUA
fala do narrador fala do chefe fala da criança
VERBOS DE ELOCUÇÃO
4. Procurem em um dicionário o significado dos verbos a seguir.
3. O objetivo da atividade é comprovar
• Depois, criem frases com esses verbos, procurando expressar o mesmo
a compreensão da leitura realizada, sentido que aparece no dicionário. Vejam o exemplo.
verificando se os alunos distinguem as
falas dos personagens e do narrador. Berrar Os jogadores berraram: As respostas são sugestões.
4. O objetivo da atividade é que os — O ouro é nosso!
alunos percebam que as entonações
das falas dependem dos verbos de a) Responder Perguntei pela chave e mamãe respondeu:
elocução e/ou outras indicações utili-
— Está no potinho da cômoda.
zadas pelo autor do texto. Ao criar as
frases, os alunos desenvolvem a per- b) Pedir Chamei o garçom e pedi:
cepção das falas que podem seguir os
verbos utilizados. — Por favor, poderia trazer um pouco de gelo?
5. É importante reservar um bom tem-
po para que os alunos leiam os contos c) Dizer A professora entrou na sala e disse:

na biblioteca. É possível separar, ante- — Hoje teremos uma visita especial: um mágico!
cipadamente, livros que explorem esse
recurso. Em determinado momento, d) Perguntar Não aguentei a curiosidade e perguntei:
peça que identifiquem e anotem as pa-
lavras que apresentam as falas dos per- — O que vou ganhar de presente no meu aniversário?
sonagens; ou informem o modo como
os personagens se expressam ou o se 5. Diferentes verbos podem ser usados em
sentem. Por fim, em sala de aula, regis- um texto para apresentar as falas de
tre as palavras escolhidas pelos alunos personagens ou informar o modo como eles
em uma lista e exponha-a na classe. estão falando ou se sentindo. O professor vai
marcar um dia para uma visita à biblioteca
da escola. Vocês poderão ler alguns contos e
⊲ CONTE PARA A FAMÍLIA identificar esses verbos.
• Registre no caderno os que você
Informe aos pais ou responsáveis da
encontrar. Depois, coletivamente,
atividade que realizaram a partir da lei-
elaborem uma lista com esses verbos.
tura de uma anedota. Peça a ajuda de- Resposta pessoal. VOCÊ PODERÁ

RICHARD BAILEY/GETTY IMAGES


les para que selecionem com as crian- CONSULTAR ESSA LISTA
ças anedotas adequadas à faixa etária QUANDO ESCREVER DIÁLOGOS
delas para que pratiquem a leitura em EM SEUS TEXTOS, VIU?
voz alta e a apresentem na sala de aula
na data combinada. Ressalte, também,
que as anedotas não devem ser ofensi-
vas ou desrespeitosas. 248

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248

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OBJETIVOS
FINAL DE CONTO
produçao de escrita EM PRIMEIRA PESSOA • Ler e entender trecho de uma his-
tória.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula. • Planejar e produzir o final de
Você e os colegas vão recortar a página 303, ler o começo da história
Chapeuzinho Vermelho: fatos e, em duplas, criar um final para ela.
uma história.
Os finais produzidos serão compartilhados na sala e, depois, cada aluno
• Reler e editar a versão final de
levará seu conto completo para casa e presenteará uma pessoa da família ou texto produzido.
da comunidade.
ROTEIRO DE AULA

⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
FINAL DE CONTO EM PRIMEIRA
PESSOA
Nesta produção, os alunos terão a
oportunidade de criar o final de uma
narrativa ficcional em primeira pessoa,
desenvolvendo um enredo, com per-

CRIAR IMAGEM/FERNANDO FAVORETTO


sonagens e cenários.
Ao sugerir a produção de um texto,
é imprescindível oferecer aos alunos
informações sobre o gênero textual a
ser produzido, a função comunicativa,
1
o assunto, o destinatário e a finalidade
Leiam o início do conto para observar os fatos do conto original que já
que se pretende alcançar com a escrita.
foram apresentados.
1. e 2. Nessa etapa de planejamento,
2 Planejem a sequência dos fatos da história. é interessante incentivar os alunos a
refletirem sobre questões do tipo: qual
Em uma produção em duplas, é preciso conversar e discutir com o colega
será o fato marcante em torno do qual
até chegarem a um acordo sobre o que e como escrever.
será organizada a história? Como os
eventos vão se suceder até o fim da
3 Decidam se a produção será digitada ou manuscrita. história? Tudo vai acontecer no mesmo
dia, no mesmo momento ou haverá
Se tiverem dúvida na escrita de alguma palavra, não deixem de consultar o uma passagem de tempo? Que pala-
dicionário para se certificarem da grafia correta. vras podem ser usadas para passar a
ideia de que as coisas não acontecem
4 Observem se os fatos narrados dão sequência à história e se o final na mesma hora?
escolhido por vocês está de acordo com o conto original. 3. Decida com os alunos se o con-
to será manuscrito ou produzido no
computador. Se for manuscrito, orien-
249 te-os a escrever pulando linhas para
que possam inserir marcas de revisão.
Se o conto for feito direto no com-
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putador, peça que salvem as diversas
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP08) Utilizar software, inclusive pro- versões para que você possa acompa-
guir serão trabalhados nesta seção. gramas de edição de texto, para editar e nhar o desenvolvimento do trabalho.
publicar os textos produzidos, explorando
os recursos multissemióticos disponíveis. 4. Peça que releiam o texto para verifi-
⊲ BNCC car se os fatos foram narrados em uma
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com
(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido sequência que combina com o final
certa autonomia, utilizando detalhes des-
com a ajuda do professor e a colaboração escolhido e se descreveram os cenários
critivos, sequências de eventos e imagens
dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, apropriadas para sustentar o sentido do tex- e os personagens conforme as ilustra-
fazendo cortes, acréscimos, reformulações, to, e marcadores de tempo, espaço e de fala ções. Solicite que usem palavras como
correções de ortografia e pontuação. de personagens. depois, em seguida, meses depois,
(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em para marcar a passagem de tempo.
colaboração com os colegas e com a ajuda
⊲ PNA
do professor, ilustrando, quando for o caso, Compreensão de textos
em suporte adequado, manual ou digital. Produção de escrita
249

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ROTEIRO DE AULA
5 Mostrem a produção ao professor e fiquem atentos às orientações que
ele pode dar para tornar a história ainda mais interessante.
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA
6 Passem a produção a limpo em uma folha avulsa. Deixem espaço para
FINAL DE CONTO EM PRIMEIRA as ilustrações. Lembrem-se de que elas podem contribuir para contar a
PESSOA história e deixar o conto mais atraente.
5. Dois ou três dias após a textualiza- 7 Criem uma capa para a produção: pensem nas ilustrações, destaquem
ção dos contos, proponha o início da o título do conto e escrevam os nomes dos componentes da dupla.
revisão. Com o distanciamento do tex- A seguir, alguns exemplos de capas.
to, é mais provável que os alunos con-
sigam trocar de papéis, passando de
escritores a leitores do próprio texto,
identificando, assim, problemas que
antes não foram observados, como
repetições desnecessárias de palavras
ou de conectores, marcadores tempo-
rais, descrições, concordâncias etc. É
importante observar se os alunos usa-
ram palavras como eu e meu, para
mostrar que os fatos narrados estão
em primeira pessoa; se usaram pala-
vras para marcar a passagem de tem-

EDITORA SALAMANDRA
po; e se a pontuação está adequada.

V&R EDITORAS
Em outro momento, os alunos se
dedicarão a outros aspectos, como:
se o texto foi todo narrado em primeira REFLETIR E AVALIAR
pessoa, se utilizaram de forma coeren-
Preencham a avaliação da página 298 para analisar o processo e o resul-
te os marcadores temporais, se a pon-
tado da produção.
tuação ajudou a passar a emoção dos
personagens, entre outros aspectos.
Como parte da revisão, é interes-
sante que os alunos troquem suas
descubra mais
produções com outras duplas e deem • A verdadeira história dos três porquinhos!, de Jon Scieszka,
sugestões que ajudem a tornar o con- Companhia das Letrinhas, 1993.
to mais claro e cativante para o leitor. Vale a pena conhecer a versão do lobo sobre o que realmente aconteceu
A última revisão deve ser sua e seu com os três porquinhos.
papel como mediador do processo é Se esse livro estiver disponível na biblioteca da sala ou da escola, ele pode-
muito importante. rá fazer parte da roda de leitura da turma. Assim, você e os colegas poderão
lê-lo e recomendá-lo para outras turmas da escola!
6. e 7. Solicite aos alunos que passem
a produção a limpo, fazendo as corre-
ções necessárias, e finalizem a ilustra-
ção que acompanhará o conto. 250

REFLETIR E AVALIAR
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Ao final da atividade, explique aos
alunos que eles vão preencher a ficha A leitura é um processo de interação
de avaliação da página 298. Informe entre o leitor e o texto que visa satisfazer
que você fará algumas perguntas para a um propósito ou a uma finalidade, ou
que reflitam sobre os passos que se- seja, no dia a dia, lemos com determinado
guiram durante a produção e eles de- objetivo, como devanear, preencher um
vem assinalar o quadrinho que corres- momento de lazer, obter uma informação,
ponde ao desempenho em cada item entre outras coisas.
da avaliação.

250

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OBJETIVOS
APRESENTAÇÃO DO
produçao oral FINAL DO CONTO • Ler oralmente o conto produzido
na seção Produção de escrita.
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula. • Participar das interações orais em
As mesmas duplas que escreveram o final do conto Chapeuzinho Verme-
lho: fatos vão voltar a se reunir para fazer a leitura oral do texto que criaram.
sala de aula, com liberdade, desen-
voltura e respeito aos colegas.
1 Com seu colega de dupla, decidam que parte da história cada um vai ler. • Desenvolver a fluência em leitura
oral.
2 Ensaiem a leitura em voz alta.
ROTEIRO DE AULA
Para o sucesso da atividade, é importante dedicar
um tempo aos ensaios.
⊲ PRODUÇÃO ORAL
3 É importante que: APRESENTAÇÃO DO FINAL
• falem em tom de voz adequado para que todos possam ouvi-los; DO CONTO
• pronunciem bem as palavras; A atividade de leitura só será mo-
tivadora se o conteúdo estiver ligado
• considerem os sinais de pontuação, principalmente os que marcam aos interesses do leitor e, naturalmen-
os diálogos e as emoções dos personagens; te, se a tarefa em si corresponder a
• leiam em um ritmo adequado, ou seja, nem muito rápido nem um objetivo. Por esse motivo, é muito
muito devagar; importante estabelecer objetivos de
leitura a cada texto proposto.
• façam gestos e expressões faciais de acordo com o que estiverem
narrando, para transmitir os sentimentos dos personagens; 1. Com base nesses aspectos acerca
do processo de leitura, a proposta
• fiquem atentos à postura corporal.
é de que os alunos leiam um conto
4 criado por eles e, portanto, conhecido
Ouçam com atenção a apresentação das outras duplas.
e compreendido. Assim, poderão se
preocupar em como fazer uma leitu-
ra fluente, com entonação adequada,
gestos e expressões faciais, de forma a
envolver a plateia. Informe aos alunos
que, por se tratar de uma atividade
em dupla, devem discutir e chegar a
um acordo sobre qual parte cada alu-
no lerá.
2. e 3. Reserve momentos para que os
alunos realizem os ensaios e aprimo-
CAMILA CARROSSINE

rem a fluência em leitura oral. Se pos-


sível, peça que gravem os ensaios para
que possam avaliar o que é preciso
251 melhorar nas apresentações e refletir
sobre o uso de gestos, expressões fa-
ciais e demais recursos paralinguísticos.
2021 22:42 D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 251 07/08/2021 22:42
4. Por fim, peça aos alunos que assis-
As habilidades e os componentes a se- (EF35LP18) Escutar, com atenção, apre- tam atentamente à apresentação dos
guir serão trabalhados nesta seção. sentações de trabalhos realizadas por colegas. Posteriormente, será solicita-
colegas, formulando perguntas pertinen- do a eles que deem opiniões pertinen-
⊲ BNCC tes ao tema e solicitando esclarecimentos tes em relação aos outros trabalhos
sempre que necessário. apresentados. Solicite que anotem as
(EF15LP09) Expressar-se em situações de
intercâmbio oral com clareza, preocupan- considerações acerca do conto apre-
do-se em ser compreendido pelo interlo- ⊲ PNA sentado por cada dupla e sugira-lhes
cutor e usando a palavra com tom de voz Fluência em leitura oral que prestem atenção nos aspectos da
audível, boa articulação e ritmo adequado. Compreensão de textos narrativa. Isso os auxiliará na última
pergunta: o que pode ser melhorado
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosa- em uma próxima apresentação?
mente e, em seguida, em voz alta, com
autonomia e fluência, textos curtos com
nível de textualidade adequado.
251

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Verificar a compreensão acerca recordar?
do uso da vírgula e dos dois-pontos
em enumerações. 1 Observe a capa do gibi e responda.
• Verificar a compreensão acerca do a) Que conto tradicional infantil foi parodiado
uso da vírgula para isolar vocativos. nessa capa?
• Verificar se identificam e reconhe-
Chapeuzinho Vermelho.
cem a função de verbos de elocução.
• Deduzir informações por meio de b) Pontue o texto a seguir, separando os
análise multimodal. elementos da enumeração.
• Avaliar o emprego de pontuação
em diálogos. A mãe de Magali preparou delicio-

©MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


• Verificar se reconhecem a seme- sos quitutes: bolo, pães, suco de aba-
lhança sonora dos sufixos -ança e caxi, geleia, requeijão e biscoitos. Tudo
-ansa. para a filha levar para a vovó.
• Verificar se reconhecem a dife-
rença na grafia de palavras com os 2 Imagine que você vai levar uma cesta com lanches deliciosos para
sufixos -ança e -ansa. um piquenique.
As habilidades e os componentes a a) Complete a frase com os nomes de quatro guloseimas.
seguir serão trabalhados nesta seção.
Preparei uma cesta de piquenique com: Resposta pessoal.
⊲ BNCC
(EF15LP14) Construir o sentido de his-
tórias em quadrinhos e tirinhas, rela-
cionando imagens e palavras e inter-
b) Na frase que você completou, os dois-pontos foram usados para:
pretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias). indicar que um personagem vai falar.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
trações e outros recursos gráficos. X iniciar uma enumeração.
(EF04LP05) Identificar a função na
leitura e usar, adequadamente, na es- c) Circule a palavra usada antes do último item da enumeração
crita ponto final, de interrogação, de do texto. Os alunos deverão circular a palavra e.
exclamação, dois-pontos e travessão
em diálogos (discurso direto), vírgula 3 Escreva duas palavras terminadas em:
em enumerações e em separação de
vocativo e de aposto. • -ança Sugestões de resposta: trança, lança, criança, esperança etc.

⊲ PNA • -ansa Sugestões de resposta: mansa, cansa, gansa, descansa etc.


Consciência fonológica e fonêmica
Conhecimento alfabético 252
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 252 07/08/2021 22:42 D2_222-2

Produção de escrita
cena? De que forma essa característica foi vírgula para separar elementos de uma enu-
evidenciada? Espera-se que os alunos res- meração e se reconhecem o uso dos dois-
ROTEIRO DE AULA pondam que a característica evidenciada -pontos para iniciar uma enumeração.
da Magali é a gulodice, porque a cesta está 3. Estimule os alunos a escreverem pa-
⊲ VAMOS RECORDAR? vazia, o que sugere que ela tenha comido lavras terminadas em -ança e -ansa. Na
AVALIAR E AVANÇAR tudo o que levaria para a vovó, uma vez correção, abra espaço para que falem as
que a capa evidencia que o gibi traz uma palavras que grafaram com -ansa. Ao
1. Explore a capa, observando se os compartilharem suas respostas, verifique
paródia do conto Chapeuzinho Verme-
alunos enumeram os elementos que se percebem que apenas gansa, mansa,
lho. Continue fazendo indagações sobre a
aparecem na capa. Por exemplo: na amansa, cansa e descansa são grafadas
cena aparece: a Magali, o lobo, uma capa para que os alunos explorem seus ele-
mentos antes de responderem à atividade. com s. As demais palavras, são grafadas
árvore, maçãs, uma cesta, grama e co- com ç.
gumelos. Depois, pergunte: que carac- 2. A atividade dará oportunidade de verificar
terística da Magali foi evidenciada na a escrita dos alunos, bem como se utilizam a
252

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4. Na correção, aceite diferentes pos-
4 Complete o diálogo e numere os parágrafos. sibilidades de pontuar o texto, desde
Durante o passeio na floresta, Magali não resistiu e comeu que coerentes, pois nem sempre exis-
1 te uma única forma de pontuar. Con-
todo o lanche que sua mãe havia preparado.
tudo, mostre aos alunos as diferenças
2 Ao encontrar o Lobo esfomeado, a menina disse: no sentido de cada uma das pontu-
ações empregadas por eles. Por isso,
Resposta pessoal. lembre-lhes que só podem utilizar tra-
3
vessão (—), ponto de interrogação (?),
dois-pontos (:) e ponto de exclamação
(!).
4 Muito irritado, o Lobo respondeu: 4. a) O objetivo da atividade é verifi-
car se os alunos reconhecem e identi-
5 Resposta pessoal. ficam a função de verbos de elocução
presentes, predominantemente, em
diálogos.
4. b) e c) O objetivo da questão é
6 Magali deu muitas explicações, mas que não convenceram verificar se os alunos reconhecem os
o Lobo, e ele nem pestanejou: vocativos no texto. Na correção, esti-
— Magali, você não me deixa outra opção a não ser virar mule-os a verbalizar que pontuação
7 foi usada para isolar o vocativo nesses
meu almoço!
trechos.
8 Sem dar muita confiança, a menina propôs: 4. d) Verifique se os alunos compreen-
dem que os dois-pontos têm funções
9 — Deixa disso, seu Lobo! Vamos lá em casa que a mamãe diferentes: indicar que será introduzi-
vai preparar panquecas para a gente! da a fala de um personagem e indicar
que será iniciada uma enumeração.
a) Circule os verbos que introduzem as falas dos personagens.
Caso observe defasagens de apren-
b) A quem se dirige a fala do: dizagem, forneça textos que apresen-
tem os dois-pontos iniciando uma
• 7o parágrafo? Magali. .
enumeração e que indiquem que um
• 9o parágrafo? Lobo. . personagem falará, levando-os a dife-
renciar os usos desse sinal de pontua-
c) Que sinal de pontuação foi usado para separar o nome chamado do
ção de maneira contextualizada.
restante da frase?
A vírgula. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
LEITURA • MARCUSCHI, Luiz Antônio.
d) Que sinal de pontuação foi usado para indicar que os personagens
iriam falar?
Produção textual, análise de gêne-
ros e compreensão. São Paulo: Pará-
Dois-pontos. bola Editorial, 2008. O livro aborda
os limites da compreensão textual e
a importância dos conhecimentos in-
253
dividuais na leitura.

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253

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Aproximar os alunos do uso so- B
cial de dicionários. calúnia (ca.lú.nia) s.f.
C
• Exercitar a pronúncia adequada Afirmação mentirosa feita sobre uma pessoa:
de palavras novas. D Disseram que Ana não sabia desenhar, mas
era calúnia.
• Compreender que uma mesma E

DAYANE RAVEN
palavra pode ter diferentes signifi-
cados a depender do contexto. F
As habilidades e os componentes a G cambalear (cam.ba.le.ar) v.
seguir serão trabalhados nesta seção.
H Balançar-se ou mover-se de um lado para o outro, quase caindo: O bebê estava
cambaleando ao dar os primeiros passos.
⊲ BNCC I
⊲ Desenhe como você imagina que o bebê estava andando. Produção pessoal.
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
J
trações e outros recursos gráficos.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário K
para esclarecer dúvida sobre a escrita
L
de palavras especialmente no caso de
palavras com relações irregulares fo- M
nema-grafema.
N

⊲ PNA O
Conhecimento alfabético P
Desenvolvimento de vocabulário
Q
Compreensão de textos
R
Produção de escrita
S
ROTEIRO DE AULA T
U
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO entreolhar-se (en.tre.o.lhar-se) v.p.
V
Sugere-se que esta seção seja traba- Olhar um ao outro: As girafas entreolharam-se
lhada no decorrer da unidade, quando W durante o passeio pela savana.
cada vocábulo aparecer em determina-
do texto ou atividade. Assim, os alunos X

ARTHUR FRANÇA / YANCOM


terão a chance de observar o contexto Y
em que essa palavra foi empregada e
que, muitas vezes, uma palavra pode Z
ter outro significado a depender do
contexto.
254
Dessa forma, é possível aproximar
os alunos do uso social do dicionário,
uma vez que se trata de um material D2_222-255-F1-PORT-1100-V4-U7-LA-G23-AVU.indd 254 07/08/2021 22:42 D2_222-2

de consulta.
acompanha o verbete é v.p. que indica núncia adequada dessa palavra. Abra es-
Leia para a turma a palavra calúnia que o verbo é pronominal, ou seja, acom- paço para que comentem o exemplo, ver-
e abra espaço para que comentem panhado de pronome. Leve-os a perceber balizando por que imaginam que o leão
que palavra tem significado seme- ficou indignado com o motorista.
que se trata de um verbo o qual o sujeito
lhante, que, geralmente, é usada com
executa e sofre a ação ao mesmo tempo. Peça aos alunos que realizem a ativida-
mais frequência. Verifique se compre-
No trabalho com a palavra frenético, de proposta primeiro oralmente. Dê exem-
endem a relação de sinonímia entre os
chame a atenção da turma para a relação plos de situações que podem indignar as
termos calúnia e mentira. pessoas: maus-tratos a animais, desrespei-
Na palavra cambalear, abra espa- entre o significado dessa palavra e a ilus-
to no trânsito, furar filas etc.
ço para que comentem se já sentiram tração que acompanha o verbete. Abra
Leia a palavra recíproco e chame a aten-
a sensação de cambalear de sono. espaço para que comentem por que ima-
ção dos alunos para o significado dela, res-
Ao explorar o verbo entreolhar-se, ginam que a torcida está frenética.
saltando outros exemplos, como: o amor, o
chame a atenção para a forma de Ao abordar a palavra indignado, apro- carinho e o respeito são melhores quando
composição dessa palavra. A sigla que veite para demonstrar e exercitar a pro- são recíprocos.
254

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frenético (fre.né.ti.co) a. CONCLUSÃO
Muito agitado, quase
A DA UNIDADE
incontrolável: A torcida ficou B
frenética quando o time ganhou No processo de avaliação formati-
o campeonato. C va e monitoramento da aprendiza-
gem, é fundamental retomar os prin-
D
cipais objetivos pedagógicos trabalha-
E dos ao longo da unidade. As atividades
propostas na seção Vamos recordar?

FABIO EUGENIO
F
F Avaliar e avançar são sugestões para
G uma avaliação formal desses objetivos.
indignado (in.dig.na.do) a. No entanto, essas sugestões não
H são a única ferramenta a ser utilizada
Com sentimento de raiva por um ato que
ofende ou humilha; revoltado: O leão I para monitorar a aprendizagem dos
ficou indignado com os ratinhos que o alunos. É fundamental que você use
acordaram de seu sono. J também seus registros de avaliação

BENTINHO
informal para coletar dados como: ní-
⊲ Escreva e justifique uma situação K
vel de interesse dos alunos, ritmo de
que deixa você indignado.
L introdução dos conteúdos, adequa-
ção dos exemplos usados para expli-
M car conceitos, grau de compreensão
Eu fico indignado(a) Resposta pessoal. de um aluno individual e da turma
N
como um todo, entre outros. Você
O pode ainda se valer da autoavaliação
P
oral, pedindo aos alunos que comen-
tem o que aprenderam, em que pon-
porque Resposta pessoal. Q tos sentiram mais dificuldade, por que
sentiram mais dificuldade em determi-
R nado conteúdo e mais facilidade em
S outro etc.
Assim, será possível reunir dados
T
para a sua tomada de decisão quanto
U às adequações necessárias para o pro-
gresso dos alunos ou para a remedia-
V ção de eventuais defasagens.
recíproco (re.cí.pro.co) a.
De cada um para o outro; mútuo: O respeito W
recíproco é a base de uma boa amizade.
X
Y
TEL COELHO / GIZ DE CERA

255

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255

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UNIDADE
INTRODUÇÃO

8
À UNIDADE
Nesta unidade serão trabalhados informaçoes
os aspectos de gêneros textuais como
artigo de divulgação científica,
infográfico e relato de memória. animais!
As atividades propostas na unida-
de visam à consolidação de aprendi-
zagens anteriores e à ampliação dos
conhecimentos linguísticos dos alu- 1
nos, por meio do reconhecimento e
da função do emprego de vírgulas em
apostos e para separar elementos de
uma enumeração. Em relação à or-
tografia, serão abordados os sufixos
-isar e -izar, de modo que os alunos
reflitam sobre as semelhanças sonoras
e o processo de derivação de palavras,
promovendo, também, a ampliação
de vocabulário.
Assim, eles poderão mobilizar, por
meio de atividades como a leitura
CORNEL CONSTANTIN/SHUTTERSTOCK.COM

e produção de textos, seus conhe-


cimentos a respeito das regras de
ortografia, de novo vocabulário, da
utilização do contexto para com-
preender palavras e das relações
entre texto e imagem, presentes em 2
CORNEL CONSTANTIN/SHUTTERSTOCK.COM, S_MARIA/SHUTTERSTOCK.COM, NAIBANKFOTOS/SHUTTERSTOCK.COM

diversos gêneros textuais para produ-


zir um artigo de divulgação científica
para posterior apresentação oral para
uma turma de 3o ano.

⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Compreender o uso da vírgula
para isolar o aposto e para marcar
elementos de uma enumeração.
• Compreender a regra ortográfica
referente à escrita de palavras termi-
nadas em -izar e -isar.
• Empregar adequadamente o plural 256
de substantivos terminados em -ão.
• Desenvolver a fluência em leitura
oral. D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 256 08/08/2021 00:13 D2_256-2

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Compreender o conceito de subs-
tantivo.
• Compreender o conceito de verbo.
• Reconhecer palavras primitivas e
derivadas.

256

D2-256-287-POR-F1-1100-V4-U08-MP-G23-AVU.indd 256 14/08/2021 16:49


1. Que insetos você vê na cena? OBJETIVO
Os alunos deverão responder: abelha, formiga, borboleta e mosca. • Participar de situações de inter-
2. Onde você poderia encontrar informações sobre cada um
câmbio que requeiram: ouvir com
desses insetos? Espera-se que os alunos comentem que as informações
podem ser obtidas em livros, revistas, na internet e em documentários. atenção, intervir sem sair do assun-
3. Relacione as imagens ampliadas aos respectivos insetos. to, formular perguntas e responder
a elas, explicar, ouvir e manifestar
3 opiniões.

ROTEIRO DE AULA
1. Permita aos alunos que verbalizem
quais insetos veem na cena e o que
sabem sobre eles. Comente que há
2 imagens ampliadas de partes do cor-

ANEST/SHUTTERSTOCK.COM
po e imagens de corpo inteiro.
2. Participe da discussão chamando
a atenção dos alunos para suportes
onde é possível encontrar artigos de
divulgação científica. Será interessante
fazer uma roda de leitura com enci-

CORNEL CONSTANTIN/SHUTTERSTOCK.COM
clopédias, livros e revistas que tenham
1
textos informativos em geral. Também
ROBERT PICKETT/ALAMY/FOTOARENA

será oportuno propiciar momentos em


que os alunos acessem páginas para a
pesquisa de informações sobre inse-
tos. Selecione previamente alguns sites
em que as fontes sejam confiáveis.

BIEHLER MICHAEL/SHUTTERSTOCK.COM
BIEHLER MICHAEL/SHUTTERSTOCK.COM

4 3. Na imagem ampliada da borboleta,


4
é possível observar um prolongamen-
to da boca (probóscide). Esse órgão é
um tubo enrolado em forma de espi-
ral que, quando se desenrola, permite
que elas aspirem o néctar das flores
ou o líquido das frutas.
CHRISTOPHE LEHENAFF/ALAMY/FOTOARENA

Na imagem ampliada da abelha,


3 percebem-se os pelos, os olhos e as
antenas, que captam o cheiro das
flores. Os grandes olhos servem para
guiar a navegação de seus voos e dis-
tinguir as cores das flores.
Na imagem da mosca, o que está
257 evidente são os olhos. Esses insetos
possuem mais de 4 mil unidades de
2021 00:13 D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 257 08/08/2021 00:13
olhos, que capturam imagens e for-
mam uma imagem única após uma
As habilidades e o componente a seguir ⊲ PNA análise no cérebro. Com essa visão
serão trabalhados nesta seção. Compreensão de textos panorâmica, a mosca enxerga em to-
das as direções, até mesmo para trás,
⊲ BNCC por isso é tão difícil pegá-la.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido Na imagem da formiga, comente
produzido pelo uso de recursos expressivos que se trata de uma formiga cortadei-
gráfico-visuais em textos multissemióticos. ra. Essas formigas cortam e transpor-
(EF15LP09) Expressar-se em situações de tam vegetais para seus ninhos. Esses
intercâmbio oral com clareza, preocupan- vegetais produzem fungos, que são
do-se em ser compreendido pelo interlo- o seu alimento. No mundo, existem
cutor e usando a palavra com tom de voz cerca de 18 mil espécies de formigas
audível, boa articulação e ritmo adequado. e no Brasil já foram catalogadas 2 mil
espécies.

257

D2-256-287-POR-F1-1100-V4-U08-MP-G23-AVU.indd 257 14/08/2021 16:49


1
OBJETIVOS
• Ler textos e atividades com auto-
nomia. INFORMAÇÕES CASCUDAS
• Antecipar sentidos e ativar co-
nhecimentos prévios relativos ao
texto que será lido.
preparaçao para a leitura
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção. 1. Leia o sumário de uma revista.

⊲ BNCC
(EF15LP01) Identificar a função social
de textos que circulam em campos da
vida social dos quais participa cotidia-
namente (a casa, a rua, a comunidade,
a escola) e nas mídias impressa, de mas-
sa e digital, reconhecendo para que fo-
ram produzidos, onde circulam, quem
os produziu e a quem se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
tex­
tuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações e

RECREIO. SÃO PAULO: PERFIL BRASIL COMUNICAÇÕES EIRELI, N. 702, ANO 13, P. 13, 22 AGO. 2013.
inferências realizadas antes e durante
a leitura de textos, checando a ade-
quação das hipóteses realizadas.

⊲ PNA
Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos

ROTEIRO DE AULA Recreio. São Paulo: Abril, n. 702, ano 13, p. 3, 22 ago. 2013.
258
⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 258 08/08/2021 00:13 D2_256-2

Nesta seção, os alunos observarão,


subtítulos indicam. Espera-se que os alunos
em atividades preparatórias, o sumário
concluam que o sumário foi organizado em
de uma revista que possui artigos de
duas partes e por assuntos. Leve-os a per-
divulgação científica destinados ao pú-
ceber que o primeiro título indica as seções
blico infantojuvenil, de forma a explo-
que aparecem apenas naquela edição da re-
rarem os elementos composicionais do
vista, enquanto o segundo indica as seções
sumário e a levantarem hipóteses sobre
que estão permanentemente na revista, as-
a linguagem e as possíveis informações
sim como os números que acompanham os
que lerão no artigo na seção Leitura.
títulos se referem às páginas de cada seção.
1. Estimule os alunos a analisarem
o sumário da revista, pergunte como o
sumário foi organizado, o que significa
cada um dos dois títulos do sumário e
o que os números que acompanham os
258

D2-256-287-POR-F1-1100-V4-U08-MP-G23-AVU1.indd 258 14/08/2021 17:59


1. a) Espera-se que os alunos concluam que o sumário serve para localizar o que se deseja ler e
para informar sobre o conteúdo da revista ou do livro. conteúdo, respondendo a questões,
a) Converse com os colegas e o professor sobre qual é a função do
como: “Este tema me interessa? Des-
sumário em revistas e livros.
perta minha curiosidade? O que sei
b) Sublinhe o título do artigo que traz informações sobre baratas. sobre ele?”.
Os alunos deverão sublinhar O que é que a barata tem?.
2. Releia o título deste artigo da revista. 2. a) Resposta pessoal. Aceite respostas
2. b) Peça que releiam o título da se-
que sejam coerentes e acrescente que ção e chame a atenção da turma para
a autora provavelmente se inspirou na o texto que o acompanha, ressaltan-
canção O que é que a baiana tem?, do a forma como a palavra muito
de autoria de Dorival Caymmi, para
criar o título do artigo. foi registrada. Abra espaço para que
a) Em sua opinião, por que a autora do artigo escolheu esse título? comentem por que imaginam que a
vogal u foi repetida. Espera-se que
b) Com que objetivo a vogal u foi repetida na palavra muito, no texto
abaixo do título? Espera-se que os alunos concluam que a vogal u foi repetida na concluam que essa vogal foi repetida
palavra com o objetivo de intensificar o quanto o inseto é nojento. com o objetivo de demonstrar inten-
c) Uma das funções do título é despertar a curiosidade para a leitura sidade, ou seja, o quanto o inseto é
do texto. Em sua opinião, o título desse artigo cumpre essa função? nojento. Comente que se trata de um
3. Responda ao desafio proposto ao lado do sumário. Circule a sombra registro que não está adequado às
que é igual ao bicho. Os alunos devem circular a sombra rosa. normas gramaticais. No entanto, por
se tratar de uma revista destinada ao
4. Mais um desafio! Observe a imagem da barata e circule a sombra que público infantojuvenil, optou-se por
corresponde a ela. utilizar uma linguagem mais infor-
Justifique sua resposta. Resposta pessoal. mal, de modo a chamar a atenção do
público-alvo.
3. Peça aos alunos que tentem respon-
der ao desafio proposto ao lado do
sumário, circulando a sombra que ima-
ginam ser igual ao do bicho. Pergunte:
MAGICLEAF/SHUTTERSTOCK.COM

“Em que seção da revista é possível


encontrar a resposta desse desafio?
Como vocês descobriram?”. O objeti-
vo da questão é verificar se os alunos
relacionam a informação “Resposta
na página 34” ao sumário, observan-
do que a seção “Tirinhas” fica na pá-
gina 34. Dessa forma, espera-se que
concluam que na página 34 há tanto
tirinhas quanto a resposta do desafio.
4. A atividade dará oportunidade de
levantar os conhecimentos prévios
dos alunos sobre as baratas, levará os
alunos a observarem e refletir a respei-
2. c) É provável que os alunos concluam que sim, pois, nesse caso, o título faz uma
pergunta dirigida ao leitor, instigando-o a buscar a resposta no texto e conhecer to das partes do corpo desse inseto,
curiosidades sobre as baratas. por exemplo, antenas, quantidade de
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patas etc.

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1. a) Leve-os a perceber que os sumários car portar algo etc.) e, então, voltem ao
facilitam a localização de seções e permi- texto para verificarem a relação do título
tem ao leitor inferir os conteúdos tratados com o artigo e com as imagens. Mostre
na obra (livro, revista, trabalho etc.). aos alunos a intertextualidade do título do
1. b) É importante que os alunos justifi- artigo lido com a canção: O que é que a
quem suas respostas apontando os ele- baiana tem? (se possível mostre a letra e/
mentos que os levaram a concluir que de- ou a reproduza com um aparelho de som.)
terminado subtítulo se refere a uma seção Foque no título e informe os alunos sobre
que aborda a barata. a intertextualidade (a referência a um tex-
2. a) Deixe que os alunos falem em voz to). Os títulos dos artigos de divulgação
alta o porquê da escolha deste título. Leve- científica podem ser um caminho para que
-os a perceber o sentido do verbo ter (que os leitores comecem a formular suas pri-
é sinônimo de possuir, que pode signifi- meiras hipóteses e a se questionar sobre o
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OBJETIVOS
• Ler e compreender um artigo de leitura ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
divulgação científica.
• Identificar informações explícitas 1. Que informação você gostaria de saber sobre as baratas? Resposta pessoal.
em artigo de divulgação científica.
• Leia o texto para ver se ele responde à sua curiosidade.

O QUE É QUE A
• Inferir informações implícitas no
texto e palavras ou expressões con-
siderando o contexto do texto.

BARATA TEM?
• Observar as imagens do texto re-
lacionando-as com algumas passa-
gens e com o título.
• Compreender aspectos relaciona-
dos à composição do gênero textual
artigo de divulgação científica.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
Eca, que nojo!
⊲ BNCC Já reparou que, ao esmagar uma
(EF04LP19) Ler e compreender textos barata, sai de dentro dela uma massa
expositivos de divulgação científica branca e nojenta? Essa meleca é gordu-
para crianças, considerando a situa- ra. Além de proteger os órgãos internos,
ção comunicativa e o tema/assunto a gordura acumulada ali permite que a
do texto. barata fique dias sem comer.
SUPASART MEEKUMRAI/SHUTTERSTOCK.COM, DEJAWU/SHUTTERSTOCK.COM, KITTIPHONG PHONGAEN/SHUTTERSTOCK.COM, GAN CHAONAN/SUTTERSTOCK.COM,

(EF35LP03) Identificar a ideia central


HALIMQD/SHUTTERSTOCK.COM, KAZAKOV MAKSIM/SHUTTERSTOCK.COM, PHOKIN/SHUTTERSTOCK.COM, AEDKA STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

do texto, demonstrando compreen-


são global.
(EF35LP04) Inferir informações implíci-
tas nos textos lidos.
Desorientado: confuso,
Olha a booomba desnorteado.
⊲ PNA
Ao contrário do que se
Desenvolvimento de vocabulário
pensa, a barata não sobrevive
Compreensão de textos a uma bomba nuclear. Se es- Que difícil
Produção de escrita tivesse muito perto da deto-
O veneno de alguns in-
nação, morreria queimada.
seticidas deixa a barata
Se longe, não resistiria à ra-
ROTEIRO DE AULA diação — a não ser que con-
desorientada. Então, ela
vira de barriga para cima.
seguisse um lugar seguro
Sem ter onde se agarrar,
⊲ LEITURA para se esconder.
acaba morrendo.
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO
260
CIENTÍFICA
1. São muitas as razões para se es-
timular os alunos a lerem artigos de D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 260 08/08/2021 00:15 D2_256-2

divulgação científica, pois esse tipo de barata tem?. Pergunte se, na opinião Liste-as na lousa. O objetivo é chamar a
informação é alvo de descobertas a dos alunos, o texto vai contar a história de atenção dos alunos para o fato de que,
todo momento. Ao se concentrarem uma barata ou trazer informações sobre geralmente, buscamos respostas ao ler um
na leitura de um determinado tema, ela, e que informações eles acham que o artigo de divulgação científica.
os alunos acabam por sentir que com-
texto pode trazer. Permita que os alunos Sugere-se que a primeira leitura seja
preendem um pouco mais o mundo
se comuniquem entre si e explicitem o que feita silenciosamente. Peça aos alunos que
a seu redor. Nesse sentido, artigos de
sabem sobre esse inseto. Faça a mediação acompanhem a leitura que você, professor,
divulgação científica podem provocar
da conversa e, se achar necessário, regis- fará. Prepare-se com antecedência, lembre-
novas descobertas, tanto de ideias
tre aspectos e tópicos que considerar rele- -se de que você é o modelo-leitor para eles.
quanto de linguagem, envolvendo o
leitor da mesma maneira que um con- vantes para retomar posteriormente. Após a leitura do texto verbal, explore
to, por exemplo. Estimule-os a verbalizar uma curiosida- a imagem da barata que acompanha o
de que gostariam que fosse respondida texto escrito.
Informe aos alunos que irão ler
o texto cujo título é O que que a sobre as baratas com a leitura desse artigo.
260

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Dessa forma, o artigo de divulgação
No mundo todo científica introduz esses esclarecimen-
Existem cerca de 5 mil espécies de ba- tos, por meio de operadores, como:
ratas no mundo: verdes, marrons, grandes, isto é, ou seja e quer dizer. Alguns tex-
voadoras... Só no Brasil, vivem mais de mil tos valem-se de termos de linguagem
tipos. Os únicos lugares livres desses insetos familiar, com o objetivo de entreter o
são as calotas polares. A dona baratinha não leitor e aproximar-se dele.
sobrevive em temperaturas muito baixas. Vale a pena apresentar artigos de
divulgação científica aos alunos. Eles
são criados por especialistas e edi-
Você sabia que...
... a barata pode vi- tores, que dedicam um bom tempo
Hora do lanche até encontrar a melhor maneira de
ver dias sem cabeça?
As baratas comem de tudo: pele, É que os órgãos vitais transmitir determinado conhecimento
cocô, papel, couro, doces, salgados não estão na cabeça, de forma compreensível para os leito-
e até alimentos estragados. Como mas ao longo do cor- res. Esses pesquisadores, pedagogos
não têm dentes, elas usam a forte po e no abdome. e ilustradores trabalham em equipe
mandíbula para raspar a comida. para que as crianças tenham uma ex-
periência de lazer durante a leitura.
Consulte com os alunos o Dicioná-
Bicho antenado rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exem-
As baratas têm duas antenas bem
plos de uso do termo mandíbula e
longas, que captam cheiros e gostos.
ampliar o repertório deles com novo
Elas ajudam o inseto a encontrar água
vocabulário.
ou alimentos, principalmente durante
o dia. Por ter hábitos noturnos, o bicho Apesar de as normas da ABNT de-
enxerga bem à noite, quando costuma terminarem outra regra, optamos por
sair do esconderijo atrás de comida. usar a ordem direta dos nomes dos
autores nas referências desta obra,
para apoiar o processo de leitura do
aluno nos anos iniciais do Ensino Fun-
Tipos bizarros
damental.
Barata-rinoceronte: com Barata-gigante-de-mada- Megaloblatta: as baratas
8 centímetros de com- gascar: nativa de Mada- desse gênero vivem na SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
primento, essa barata da gascar (África), ela produz América do Sul e na Amé- LEITURA • Para saber mais sobre os
Austrália tem esse nome um som, parecido com rica Central. Chegam a 8 tipos de leitura e a importância da lei-
por causa dos chifres (que assobio, quando amea- centímetros de compri- tura em sala de aula, leia o artigo A
surgem só nos machos). çada ou para chamar a mento e voam!
importância da leitura em sala de
atenção do parceiro.
aula para a fluência leitora, do site
Nova Escola. Disponível em: https://
Shirley Paradizo. O que é que a barata tem? Recreio. São Paulo:
Abril, n. 702, ano 13, p. 14-15, 22 ago. 2013. novaescola.org.br/conteudo/136/a
-importancia-da-leitura-em-sala-de
-aula-para-a-fluencia-leitora. Acesso em:
261
19 jul. 2021.

2021 00:15 D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 261 08/08/2021 00:15

O artigo de divulgação científica uti- o conteúdo exposto anteriormente, por


liza diversos recursos linguísticos, como: meio da apresentação de causas, efeitos,
a definição, a nomeação, a exemplifica- exemplos, comparações, dados estatísti-
ção, a paráfrase, a analogia, a compa- cos, entre outros aspectos. Muitas vezes,
ração e as figuras de linguagem. Esse o último parágrafo faz o fechamento, no
gênero textual pode conter, ainda, o qual é retomada a questão abordada e fei-
lead (ou lide), geralmente presente no ta uma avaliação.
primeiro parágrafo, que visa expor um O gênero emprega uma linguagem de
resumo do fato científico a ser apresen- fácil compreensão para o leitor, aproximan-
tado no decorrer do texto. do-se da jornalística. Pode, também, utilizar
Nos parágrafos iniciais, o artigo de termos específicos, pertinentes ao tema,
divulgação científica apresenta a ques- mas evita o excesso de palavras que seriam
tão norteadora. Na sequência, detalha compreendidas apenas por especialistas.
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ROTEIRO DE AULA 2. O texto O que é que a barata tem? é um artigo de
divulgação científica.

SUPASART MEEKUMRAI/SHUTTERSTOCK.COM
⊲ LEITURA
a) Esse artigo de divulgação científica foi escrito especialmente para
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO crianças ou para adultos? O que levou você a essa conclusão?
CIENTÍFICA Espera-se que os alunos concluam que se trata de um artigo de divulgação científica
2. a) Participe da discussão. Comen- escrito especialmente para crianças. Podem ser utilizados como argumento o suporte no
qual o texto foi originalmente publicado (revista infantojuvenil) e a linguagem informal e
te com os alunos que os títulos dos descontraída.
artigos de divulgação científica são a
primeira informação que recebemos
sobre o tema e, muitas vezes, pela for-
ma como eles são escolhidos, podem b) Qual é a função das imagens nesse artigo?
funcionar como um convite para nos
aproximarmos deles, como é caso do Espera-se que os alunos percebam que as imagens, além de despertar o interesse pela
título do artigo estudado. Informe aos
alunos que os textos cujo público-alvo leitura do artigo, contribuem para dar informações sobre a anatomia (corpo) do animal.
são as crianças brincam com os sons.
No caso deste estudo, a repetição da 3. Releia este trecho do artigo.
conjunção que no título O que é que
a barata tem? gera uma sonoridade A dona baratinha não sobrevive em temperaturas muito baixas.
interessante com o som /k/. Peça que
os alunos repitam em voz alta e bem • Essa maneira de se referir à barata remete a uma cantiga de um
rápido para que percebam a repetição conto infantil. Escreva o título desse conto.
do som (a leitura soará mais ou menos O casamento da Dona Baratinha.
assim: “U ke é ke a barata teim?”).
2. b) Chame a atenção dos alunos 4. Marque a alternativa verdadeira.
para a relação das imagens com o tex- Existem baratas em todos os lugares do mundo.
to sobre a barata. Foque na imagem
acima do trecho “Hora do lanche”. X Os únicos lugares onde não existem baratas são as calotas polares.
3. Se achar conveniente, cante com
seus alunos: “Quem quer casar com a
5. Se a barata tiver a cabeça arrancada, ela morre imediatamente?
Marque.
Dona Baratinha que tem fita no cabe-
lo e dinheiro na caixinha?”. Também Sim. X Não.
chame a atenção dos alunos para o • Copie do artigo o trecho que confirma sua resposta.
som /k/. Leve os alunos a perceberem
o ritmo da música, o que a torna fá- “É que os órgãos vitais não estão na cabeça, mas ao longo do corpo e no abdome.”
cil de ser cantada – o que não ocorre
com o artigo de divulgação científi-
ca. Leve a turma a perceber que na 6. Você já ouviu a expressão estar antenado? O que ela quer dizer?
canção há vários elementos (estrofe Resposta pessoal. Estar antenado significa estar atento ao que acontece no seu
e versos) que a diferenciam do texto entorno ou mesmo no mundo.
262
informativo (título, blocos de infor-
mação escritos em prosa). No quadro,
você pode fazer uma tabela que expli- D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 262 08/08/2021 00:15 D2_256-2

cite essas diferenças. Aproveite os gê-


5. O objetivo da atividade é verificar se
neros textuais já estudados e o artigo
os alunos localizam informações explícitas
informativo para fazer uma revisão e
no texto.
salientar as diferenças, principalmen-
te, a macroestrutura (distribuição do 6. É possível que os alunos respondam
texto pela página). que sim. Se necessário, explique que essa
expressão é usada ao se referir a alguém
4. Um dos objetivos da atividade é
atento, bem informado, ligado. Dê exem-
comprovar a compreensão da leitura
plo: Mariana é muito antenada. Está sem-
realizada, bem como levar os alunos a
pre por dentro das novidades.
perceberem a função desse gênero tex-
tual, pois, dessa forma, poderão perce-
ber que por meio da leitura do artigo
podem confirmar informações que já
sabiam e adquirir novas informações.
262

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7. O objetivo da atividade é verificar
7. Releia o subtítulo e uma informação do artigo de divulgação científica se os alunos compreendem o duplo
O que é que a barata tem?.
sentido com que a expressão “bicho
antenado” foi utilizada. Aproveite a
Bicho antenado oportunidade para comentar que o
As baratas têm duas antenas bem longas, que captam chei- registro da língua está diretamente re-
ros e gostos. lacionado com a situação comunicati-
va do texto. O registro informal, por
• Nesse artigo, a expressão bicho antenado significa: exemplo, é aquele que denota maior
grau de familiaridade e liberdade en-
apenas que a barata tem antenas. tre os interlocutores, como é o caso
que a barata tem antenas e as utiliza para estar atenta do registro utilizado em uma conversa

PUTTACHAT KUMKRONG/SHUTTERSTOCK.COM
X entre amigos ou familiares. Já o regis-
ao ambiente.
tro formal é o utilizado em situações
que a barata enxerga bem à noite. em que não há esse grau de familiari-
dade entre os envolvidos, ou quando
8. Releia este trecho do artigo de divulgação científica. a situação requer mais formalidade.
É o caso do registro usado em tex-
Já reparou que, ao esmagar uma barata, sai de dentro dela tos e documentos oficiais. O objetivo
uma massa branca e nojenta? Essa meleca é gordura. é chamar a atenção dos alunos para
o fato de a linguagem usada estar
• Sublinhe nesse trecho as palavras e expressões usadas para se referir adequada a uma revista que atinge o
ao que sai de dentro da barata quando ela é esmagada. público infantil, pois aproxima o leitor
do texto.
9. A autora poderia ter escrito o trecho da atividade anterior assim: 8. O objetivo é levar os alunos a per-
ceberem que a forma como a autora
Já reparou que, ao esmagar uma barata, sai de dentro dela escreveu passa ao leitor a imagem de
uma gordura? como é a gordura que sai da barata,
além de expressar a sensação de asco e
• Em sua opinião, por que ela escreveu da primeira forma? nojo que essa gordura costuma causar.
10. O objetivo da atividade é avaliar a
10. A gordura do corpo da barata serve: Você pode assinalar mais compreensão da leitura realizada. Dis-
para proteger os órgãos internos de uma alternativa. cuta as alternativas com os alunos e
X estimule-os a justificar suas respostas
do animal.
apontando trechos do texto.
para deixar o animal mais ágil.
SUGESTÃO ⊲ PARA O ALUNO
SUPASART MEEKUMRAI/SHUTTERSTOCK.COM

de reserva alimentar, permitindo LEITURA • Recreio. Se julgar perti-


X
que o animal fique dias sem comer. nente, convide a turma a conhecer o
9. • Espera-se que os alunos concluam que a autora escreveu site dessa revista e, se possível, buscar
dessa forma para que os leitores tenham uma imagem mais outras edições que contenham outros
clara de como é a gordura que sai da barata, reforçando, assim,
a sensação de nojo que a visão dessa gordura costuma causar. artigos de divulgação científica sobre
263 animais, tema que, geralmente, agra-
da muito essa faixa etária. Disponí-
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vel em: http://recreio.uol.com.br/.
Acesso em: 19 jul. 2021.

263

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OBJETIVOS
• Identificar o uso da vírgula em apos- nossa lingua VÍRGULA EM APOSTO
to explicativo.
• Identificar os efeitos de sentido de-
1. Leia um trecho de um artigo de divulgação científica do Almanaque de
correntes do uso de rimas e figuras de
baratas, minhocas e bichos nojentos e, depois, responda às questões.
linguagem em poemas.
A habilidade e os componentes a
Vale-tudo
seguir serão trabalhados nesta seção.
Se você fosse uma barata cascorenta e
⊲ BNCC nojenta, veja só a lista de coisas que você ia
gostar de comer: cebola, fio, suor do pé que
(EF04LP05) Identificar a função na lei-
fica no tênis, gordura encracoada no fogão
tura e usar, adequadamente, na escrita
e no forno, açúcar, papel, sabão, tinta, fari-
ponto final, de interrogação, de ex-
nha, batata cozida, pão e tudo o mais que a
clamação, dois-pontos e travessão em sua imaginação der conta de pensar.

INNAKREATIV/SHUTTERSTOCK.COM
diálogos (discurso direto), vírgula
em enumerações e em separação de Fátima Mesquita. Almanaque de baratas, minhocas e
bichos nojentos. São Paulo: Panda Books, 2005. p. 35.
vocativo e de aposto.

⊲ PNA
Compreensão de textos a) A quem se refere o pronome você?
Produção de escrita
Ao leitor.

ROTEIRO DE AULA b) E a quem se refere a palavra sua?


Também se refere ao leitor, à imaginação do leitor.
⊲ NOSSA LÍNGUA
c) Sublinhe os adjetivos que foram usados para caracterizar a barata.
VÍRGULA EM APOSTO d) Escreva o nome do sinal de pontuação usado para enumerar o que
Nesta seção, os alunos poderão ob- a barata come.
servar o uso da vírgula para isolar ter-
Vírgula.
mos explicativos que se referem a um
termo antecedente, ou seja, anterior, e) Que sinal de pontuação foi usado para introduzir essa enumeração?
como é o caso dos apostos explicativos.
Dois-pontos.
1. Solicite a leitura dos alunos e chame
a atenção para a posição do pronome 2. Releia um trecho do artigo O que é que a barata tem?.
pessoal no trecho e para o fato de que
se optou pelo uso de você e não al- Barata-gigante-de-madagascar: nativa de Madagascar (África), ela
guém com o objetivo de aproximar produz um som, parecido com assobio, quando ameaçada ou para
quem lê da informação que será dada. chamar a atenção do parceiro.
1. a) e b) Além de verificar a com-
preensão da leitura realizada pelos
264
alunos, a atividade chama a atenção
para a função de referenciação de
pronomes, mesmo que ainda não te- D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 264 08/08/2021 00:15 D2_256-2

nham estudado pronomes possessivos


de forma explícita. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR É [...] essa quebra que deve ser assinalada,
TEXTO COMPLEMENTAR na escrita, por meio de uma vírgula:
1. c) A atividade dará oportunidade de
retomar um conteúdo abordado em A enfermeira deu o remédio ao pacien-
Uma oração como “A enfermeira deu o re- te, depois que os médicos entraram em
outros volumes da coleção. Verifique se médio ao paciente” é pronunciada em um acordo.
os alunos identificam os adjetivos que só bloco prosódico. Podemos representar
As vírgulas são, pois, recursos gráficos
se relacionam ao substantivo barata. esse bloco, graficamente [...]:
que utilizamos para assinalar as quebras
1. d) e e) O objetivo das atividade é, a /A enfermeira deu o remédio ao paciente. / de ligação entonacional na escrita, deter-
partir da leitura de um texto, retomar Se acrescentarmos uma oração temporal minadas pela organização sintática das
as aprendizagens dos alunos acerca a essa oração, teremos de quebrar a liga- frases.
ção entonacional entre elas:
de um conteúdo visto anteriormen- ABREU, Antônio Suárez. Texto e gramáti-
/A enfermeira deu o remédio ao paciente / ca: uma visão integrada e funcional para
te: o uso de dois-pontos e vírgula em
enumerações, para, posteriormente, depois que os médicos entraram em a leitura e a escrita. São Paulo: Melhora-
acordo. / mentos, 2012. p. 240.
apresentar outro uso da vírgula.
264

D2-256-287-POR-F1-1100-V4-U08-MP-G23-AVU.indd 264 14/08/2021 16:50


menino pode se transformar em cada
a) O trecho em destaque é:
brincadeira.
X uma explicação sobre o som produzido pela barata. Releia o sexto verso em voz alta e,
mais uma vez, leve os alunos a perce-
uma informação essencial para dar sentido à frase. berem a vírgula usada para isolar um
vocativo.
b) Que pontuação foi usada para isolar essa explicação do restante
da frase? No trabalho com o final do poema,
os alunos deverão perceber que há
A vírgula. uma enumeração no 12o e 13o versos
e que, no 14o verso, há uma explica-
Na frase citada, o trecho isolado por vírgula indica ção, um aposto: “por mais moderno
uma explicação da palavra ou expressão anterior. que seja”.
Por fim, reserve momentos para
3. Na transcrição deste poema, algumas vírgulas foram omitidas de que os alunos pratiquem a leitura em
propósito. Leia e acrescente as vírgulas, de acordo com as funções que voz alta, com velocidade, precisão e
você aprendeu. prosódia. Será interessante gravar os
momentos de leitura para avaliar a
Brinca,menino fluência leitora, tomando como pa-
Sai daí, menino, vai brincar, râmetro a velocidade de 100 palavras
desencalha dessa sala. por minuto e precisão de 95%.
Vira pirata, rei, maquinista,
sultão ou malabarista,
⊲ O QUE E COMO AVALIAR
vai correr feito um trem-bala.
[...] Selecione textos ou trechos de

DAYANE RAVEN
Brinca, menino, brinca, texto que apresentem as diferentes
brinca com as tuas mãos. possibilidades de uso da vírgula es-
Inventa, menino, inventa, tudadas até o momento: vírgula em
cultiva a tua imaginação. enumeração, aposto e vocativo.
[...] Transcreva esses textos sem o uso
Sentir o vento no rosto, dessas vírgulas e peça que os alunos
sentir na boca o gosto os pontuem e justifiquem o uso de
da aventura, da fruta madura, cada vírgula.
da chuva, do sal do mar,
isso nenhum game, por mais moderno que seja,
A página Conta pra mim, do Mi-
jamais vai poder imitar. nistério da Educação, possui vários
textos de gêneros textuais diversos
Leticia Wierzchowski. Brinca, menino. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. p. 15, 22 e 26. que podem ser reproduzido para
este fim.

A vírgula é usada para isolar, separar e organizar partes de uma


frase, deixando-a mais clara.

265

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2. a) e b) Leia o trecho em voz alta na for- faça a leitura oral do poema, na íntegra,
ma original. Depois o releia, excluindo o com entonação adequada. Depois, releia
aposto, ou seja, o trecho que está em des- e incentive os alunos a comentarem onde
taque. Conduza a discussão de forma que devem ser incluídas as vírgulas.
os alunos percebam que o trecho em des- É importante que percebam que, no
taque amplia a informação, mas não é in- primeiro verso, a vírgula deve ser usada
dispensável para a compreensão do trecho. para marcar o chamamento, ou seja, o
3. Foram excluídas do texto apenas as vír- vocativo. Pergunte: “Nesse verso, alguém
gulas que indicam aposto, enumeração fala do menino ou com o menino?”. Es-
e vocativo. Peça aos alunos que façam a pera-se que concluam que se está falando
leitura silenciosa do poema e que comen- com o menino. No terceiro verso, é impor-
tem onde acham que as vírgulas deveriam tante que a turma conclua que há uma
ter sido incluídas, justificando. Só então enumeração de personagens nos quais o
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OBJETIVOS
• Identificar relatos e registros de hora da historia RELATO DE MEMÓRIA
memórias familiares.
• Estimular a verbalização das im-
pressões do texto.
1. Você vai ler o relato de memória Noite de terror, de Tatiana
Belinky. Pelo título e pelas ilustrações, que fato marcante você
• Desenvolver a fluência em leitura acha que será contado por ela? Resposta pessoal.
oral.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
Noite de terror
⊲ BNCC Papai e mamãe tiveram de sair por algumas horas, à noite, e
(EF15LP02) Estabelecer expectativas nos deixaram sozinhos no quarto, eu, como de costume, tomando
em relação ao texto que vai ler (pres- conta dos meus irmãos. O que parecia fácil, especialmente porque,
suposições antecipadoras dos senti- quando eles saíram, os dois meninos já estavam dormindo, o maior
dos, da forma e da função social do numa das camas junto comigo, e o menor no berço, tudo na santa
texto), apoiando-se em seus conheci- paz. Só que, uma hora depois que eles saíram, o caçulinha acordou
mentos prévios sobre as condições de chorando. Fui ver o que havia — e era que o pequerrucho, decerto
produção e recepção desse texto, o por causa da excitação daquele dia movimentado, fez xixi no ber-
gênero, o suporte e o universo temá- ço, e não fez pouco: o berço ficou encharcado e eu tive de tirá-lo de
tico, bem como sobre saliências textu- lá. Troquei-lhe a fralda e coloquei-o junto conosco, na nossa cama.
ais, recursos gráficos, imagens, dados Ficou meio apertado, mas enfim, tudo bem, ele adormeceu logo.
da própria obra (índice, prefácio etc.), Mas essa paz não durou muito, e logo logo ele fez xixi de novo,
confirmando antecipações e inferên- molhando o lençol debaixo de nós três. Que fazer? Peguei o mani-
cias realizadas antes e durante a lei- nho no colo, chamei o maior, e fomos os três para a cama grande,
tura de textos, checando a adequação de papai e mamãe. “Quando eles chegarem, vão dar um jeito em
das hipóteses realizadas. tudo”, pensei. E, cansada, adormeci também, junto com os dois —
(EF15LP16) Ler e compreender, em só para ser novamente acordada, “nadando” no lençol novamente
colaboração com os colegas e com a encharcado pelo inesgotável caçulinha...
ajuda do professor e, mais tarde, de Não havia outra cama para a gente ir, mas também não dava
maneira autônoma, textos narrativos para ficar naquela molhadeira, e tivemos de descer, ficar no chão
de maior porte como contos (popula- mesmo. Mas aí aconteceu mais um terrível imprevisto: nem bem
res, de fadas, acumulativos, de assom- pisamos no assoalho do quarto, quando surgiu, não sei de onde,
bração etc.) e crônicas. um monstro assustador. Era uma barata, mas uma barata “tropi-
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus- cal”, enorme, de um tamanho nunca visto! As baratinhas europeias
trações e outros recursos gráficos. que eu conhecia eram pigmeus perto daquela, insetos meio nojen-
(EF35LP01) Ler e compreender, silen- tinhos, porém miúdos, pouco maiores que as unhas das minhas
ciosamente e, em seguida, em voz alta, mãos. Mas aquela ali era do tamanho de uma ratazana, ou assim
com autonomia e fluência, textos curtos me pareceu, e acho que não ficaria mais apavorada se visse uma
com nível de textualidade adequado. tarântula ou uma cobra na minha frente.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
266
são global.

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Fluência em leitura oral


ROTEIRO DE AULA as crianças para a leitura que farão e de
Desenvolvimento de vocabulário estabelecerem uma leitura dialogada, por
Compreensão de textos ⊲ HORA DA HISTÓRIA meio da qual, antes, durante e após as
Produção de escrita leituras em voz alta, devem estimulá-las
RELATO DE MEMÓRIA verbalizar expectativas, sentimentos e sen-
sações sobre a leitura, por meio de per-
CONTE PARA A FAMÍLIA guntas e respostas e compartilhamento de
interesses.
Propõe-se que a primeira leitura do Informe que devem fazer a leitura oral
conto seja realizada em casa, junto com e pedir que as crianças também a façam,
os pais ou os responsáveis, de modo a para praticar a leitura em voz alta, com ve-
contribuir para práticas de literacia fami- locidade, precisão e prosódia.
liar. Ressalte a importância de motivarem
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Depois da leitura, discuta se as pre-
De um pulo, com o pequeno no colo e o maior atrás, voltei para
a cama encharcada... Era muita desgraça junta! E, sentada sobre o
visões que fizeram antes coincidem
lençol “xixizado”, com os meus irmãozinhos dos lados, entreguei com as ideias da autora. Comente as
os pontos e comecei a chorar, assustando os dois, que também situações apresentadas no texto.
abriram o bué. Permita que os alunos comentem
E foi assim que nossos pais nos encontraram pouco depois: os suas impressões sobre a história. Re-
três sentados sobre o lençol empapado de xixi, chorando em de- vele também suas impressões.
safinado uníssono. E o pior foi que papai e mamãe, em vez de fi-
Pergunte se no texto há alguma
carem horrorizados, penalizados e solidários, desataram a rir “às
palavra que não tenham compreendi-
bandeiras despregadas”, para minha grande raiva e humilhação.
“Os adultos às vezes não entendem nada”, pensei comigo, magoa- do. Se for o caso, oriente-os a consul-
da. Mas logo esqueci o “doloroso” episódio — ou não? Por que será tar o dicionário.
que o contei agora? No glossário, há algumas palavras
Tatiana Belinky. Onde já se viu? São Paulo: Ática, 2005. p. 56-57 (Para gostar de ler júnior, 5). que podem não ser usuais no voca-
bulário dos alunos. Caso ache con-
veniente, copie-as na lousa e mostre
Pigmeu: de baixa estatura, pequeno. outros exemplos de construções para
Tarântula: espécie de aranha. que, assim, os alunos compreendam
Abrir o bué: abrir o berreiro, chorar bem alto.
Em uníssono: simultaneamente, ao mesmo tempo.
melhor o seu significado e ampliem
Rir “às bandeiras despregadas”: rir sem parar. seu vocabulário.
Episódio: acontecimento. Após a leitura do boxe sobre Ta-
quem e? tiana Belinky, comente que, embora

DNEPWU
a autora não tenha nascido no Brasil,
Tatiana Belinky nasceu em Petrogrado (atual São
é considerada uma das maiores escri-
Petersburgo), na Rússia, em 1919, e imigrou para o
toras da literatura infantil brasileira.
Brasil aos 10 anos de idade. Consagrou-se principal-
Tatiana adaptou as histórias do Sítio
mente por suas obras escritas para crianças e jovens,
que receberam inúmeros prêmios e homenagens.
do Picapau Amarelo, de Monteiro
Faleceu em São Paulo, em 2013, aos 94 anos. Lobato, para a televisão no início dos
anos 1950. Naquela época, a televi-
são transmitia as imagens em preto e
branco.

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR

TEXTO COMPLEMENTAR

Independentemente de como os alu-


nos se portam perante um livro, é
fundamental que o professor tenha
conhecimento de que a escola é o am-
biente no qual as práticas de leituras
devem ocorrer e ele é o principal res-
ponsável por levar aos alunos, vindos
de contextos diferentes, essas práti-
267 cas de leituras [...]. No entanto, para
que suas práticas não afastem ainda
mais os alunos da leitura, o professor
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cindível planejar previamente o que
Na sala de aula, inicie a atividade con- ser motivados à prática da leitura em voz pretende transpor e trabalhar com
tando aos alunos uma situação que lhe alta e cabe ao professor ser o modelo de intencionalidades.
causou medo e pergunte-lhes se desejam leitor e mostrar a eles que a leitura pode LIMA, Bárbara C. M. Toledo; AZEVEDO,
compartilhar alguma situação parecida. ser prazerosa. Para que essa prática tenha Heloísa H. de Oliveira. Leitura fruição
sucesso, sugere-se que você, professor, em sala de aula: subsídio para a for-
1. Escolha alunos para fazer a leitura oral mação do leitor. Disponível em: http://
prepare também a sua leitura.
do conto. Informe que cada um deles www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/
lerá um parágrafo, enquanto os demais index.php/cp/article/view/312/134.
Acesso em: 13 ago. 2021.
acompanharão a leitura no livro. Peça,
antecipadamente, aos alunos escolhidos
que treinem a leitura, de forma que deem
destaque a algumas palavras e consigam
transmitir a emoção adequada aos acon-
tecimentos narrados. Os alunos precisam
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ROTEIRO DE AULA 2. No relato, qual é a importância do uso do adjetivo enorme para
descrever a barata? Ressaltar o caráter assustador dos acontecimentos daquela noite,
⊲ HORA DA HISTÓRIA que ficaram marcados na memória da menina.
3. Nesse relato, a narradora é personagem da história ou apenas narra os
RELATO DE MEMÓRIA fatos que aconteceram?
2. O objetivo da atividade é abordar a A narradora é personagem.
importância da escolha das palavras
para a construção do sentido do texto. 4. Sublinhe no texto o acontecimento imprevisto que causou pavor à
3. Peça aos alunos que sublinhem tre- narradora e ficou na memória dela.
chos que evidenciam que o narrador é 5. Releia o último trecho do relato.
personagem.
Solicite que releiam o segundo pa-
[...] Mas logo esqueci o “doloroso” episódio — ou não? Por que
rágrafo e circulem a pontuação usada
será que o contei agora?
para marcar o pensamento da menina.
Em seguida, pergunte: “Que sinal
de pontuação vocês circularam?”. (As a) A quem é feita a pergunta destacada?
aspas.) A pergunta é feita ao leitor.
4. Aproveite a oportunidade para levar b) Que resposta você daria a essa pergunta?
os alunos a relatarem o clímax (surgi-
mento da barata) e o desfecho do rela- Resposta pessoal. Sugestão: Você contou o fato porque ele ficou gravado na sua memória.
to (chegada dos pais, encontrando os
filhos chorando na cama com o lençol
molhado de xixi). 6. Leia o verbete da palavra nadar e responda.
É importante que os alunos perce- 6. • Espera-se que os
bam que, assim como nos contos, os alunos concluam que
Nadar v. Mover-se na água com o impulso do corpo [...]
relatos de memória contêm um acon- a palavra nadando
tecimento que quebra a calma inicial Nadar. Em: Geraldo Mattos. Dicionário júnior da língua portuguesa. foi grafada entre
São Paulo: FTD, 2010. p. 510. aspas para ressaltar
da narrativa (situação-problema). que seu sentido não
era literal.
5. a) e b) Nesta fase de escolarização,
os alunos já estudaram que o narrador • No relato, por que a palavra nadando foi escrita entre aspas?
faz perguntas ao leitor com o intuito 7. Releia um trecho do primeiro parágrafo e observe as palavras em destaque.
de inseri-lo na história e/ou de estabe-
lecer um diálogo com a narrativa.
[...] o berço ficou encharcado e eu tive de tirá-lo de lá. Troquei-
Instigue os alunos a comentarem o
-lhe a fralda e coloquei-o junto conosco, na nossa cama. [...]
que acham desse recurso e o que fariam
se pudessem conversar com a autora do
relato. • A quem se referem as palavras em destaque?
6. Discuta a questão com a turma. Le- Ao bebê.
ve-os a perceber que o objetivo da au-
tora foi passar a ideia da quantidade
de xixi que o irmão fez. 268
Amplie o estudo registrando na
lousa o trecho entreguei os pontos, D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 268 08/08/2021 00:15 D2_256-2

do quarto parágrafo, e dando desta-


que à expressão. Chame a atenção dos alunos para o
fato de que no texto aparecem as palavras
7. Pergunte se a substituição dessas caçulinha e irmãozinhos.
palavras pelo substantivo a que se re-
Pergunte: “por que os diminutivos fo-
ferem traz ou não prejuízo ao texto e
ram usados?” (Para passar a ideia de cari-
por quê.
nho, afeto, não de tamanho.)
Faça a leitura oral do trecho do
texto, substituindo as palavras em
destaque pelo substantivo bebê. Sua
leitura em voz alta é fundamental
para que os alunos percebam que a
repetição do substantivo bebê pre-
judica a fluência da leitura e a torna
cansativa.
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OBJETIVOS
PLURAL DE PALAVRAS
ortografia TERMINADAS EM -ÃO • Identificar o plural de substantivos
terminados em -ão.
• Utilizar corretamente as regras
1. Leia com os colegas dois cordéis. Adivinhem o nome do animal que ortográficas que regem a escrita de
completa cada um deles e escreva.
substantivos no singular e no plural.
• Atentar-se ao emprego adequa-
A B do de singular e plural nas diferen-
Mas que bicho estranho é esse? Tenho um casco que me cobre tes situações de uso da língua.
E o seu nome, qual será? E sem ele eu fico nu. A habilidade e os componentes a
Tem no início a letra “G” Eu pareço um carro-forte seguir serão trabalhados nesta seção.
E no fim a letra “A”. Reforçado pra chuchu.
Um mau cheiro forte assusta Moro e vivo num buraco. ⊲ BNCC
Quem se mete com o... Quem sou eu? Sou o...
(EF04LP04) Usar acento gráfico (agu-
gambá. tatu. do ou circunflexo) em paroxítonas ter-
minadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).
Fábio Sombra. Onça, veado, poesia e bordado. São Paulo: Moderna, 2013. p. 16 e 36.

a) Agora escreva o plural do nome do animal que completa cada ⊲ PNA


cordel. Desenvolvimento de vocabulário
Compreensão de textos
A: gambás; B: tatus.
Produção de escrita

b) Que letra você acrescentou no final desses substantivos para formar ROTEIRO DE AULA
o plural?
⊲ ORTOGRAFIA
A letra s.
PLURAL DE PALAVRAS
2. Sublinhe as palavras do quadro que estão no singular e circule as que TERMINADAS EM -ÃO
estão no plural. Retome com os alunos noções sobre
os substantivos, que podem variar em
balão • cidadãos • cão • cidadão • irmão • pão
gênero (feminino ou masculino), grau
cães • lição • balões • lições • pães • irmãos (aumentativo e diminutivo) e número
(singular e plural). Lembre-os de que o
• Releia as palavras que estão no plural. substantivo está no plural quando ele
se refere a mais de um elemento.
A terminação das palavras no plural é a mesma?
1. a) Registre os nomes dos animais
Sim. X Não. na lousa: no singular e no plural.
1. b) Chame a atenção para o fato
de que, geralmente, acrescenta-se o
269
s ao substantivo singular para formar
o plural. Assim: gambá – gambás;
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tatu – tatus.
2. Pergunte aos alunos o que nota-
ram de diferente na formação do plu-
ral das palavras terminadas em -ão.
Aponte para as três terminações dis-
tintas: -ões, -ãos, -ães.

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ROTEIRO DE AULA 3. Copie os títulos das notícias a seguir, passando as palavras com til para
o plural e fazendo as modificações necessárias.
⊲ ORTOGRAFIA
Cão cai em bueiro e só consegue sair com a ajuda dos bombeiros
PLURAL DE PALAVRAS
TERMINADAS EM -ÃO Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/04/19/interna_gerais,1258581/
cao-cai-em-bueiro-e-so-consegue-sair-com-a-ajuda-dos-bombeiros.shtml. Acesso em: 14 jun. 2021.
3. e 4. Chame a atenção dos alunos
para o fato de que a maioria das pa-
Cães caem em bueiro e só conseguem sair com a ajuda dos bombeiros.
lavras terminadas em -ão faz plural
em -ões, como: colchões, botões, tu-
barões, salsichões, rações, mamões,
peões, latões, macacões, melões, le-
ões, narigões, informações, gaviões
etc. Há, no entanto, outras palavras Recolhimento de lixo eletrônico: ação acontece neste sábado
que fazem plural com -ães ou -ãos e
Disponível em: https://tnonline.uol.com.br/noticias/arapongas/46,475380,19,03,
há aquelas que apresentam mais de recolhimento-de-lixo-eletronico-acao-acontece-neste-sabado. Acesso em: 14 jun. 2021.
uma grafia possível, como guardiões/
guardiães. O objetivo das atividades é Recolhimento de lixo eletrônico: ações acontecem neste sábado.
levar os alunos a concluírem que não
existe regra para o plural de palavras
terminadas em -ão. Assim, é necessá-
rio memorizar as palavras de uso fre-
quente e, sempre que houver dúvida,
consultar o dicionário. 4. Escreva outras palavras no plural, de acordo com as terminações
indicadas a seguir. As respostas são sugestões.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Prepare cartelas de bingo, asso- -ões limões, aviões, violões
ciando os números a palavras termi-
nadas em -ão, escritas no singular. -ães mães, alemães, capitães
Divida a turma em grupos e distri-
bua uma cartela para cada grupo. -ãos cristãos, sótãos, cidadãos
Realize o sorteio. O grupo que tiver
um número de sua cartela sorteado,
deverá dizer o plural da palavra asso- As palavras terminadas em -ão formam o plural de três maneiras
ciada ao número. diferentes: em -ões, -ãos ou -ães.
A maioria dessas palavras faz o plural com a terminação -ões, o
Sugestões de cartelas:
que inclui os aumentativos, como bonitões, carrões, salões etc.

5. coração 11. pão


• O que é preciso para escrever corretamente o plural de substantivos
1. capitão 7. irmão terminados em -ão?
É necessário memorizar as palavras de uso frequente e, sempre que houver dúvida, consultar
12. balão 9. avião um dicionário.
10. cão 8. paixão 270
6. cordão 2. benção
3. alemão 4. refrão D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 270 08/08/2021 00:15 D2_256-2

SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR Plural de palavras terminadas em -ão.


LEITURA • O site da Academia Bra- Disponível em: https://www.academia.org.
sileira de Letras apresenta um artigo br/pesquisar?termo=PLURAL%20de%20
de Evanildo Bechara explicando por palavras%20terminadas%20em%20
que palavras terminadas em -ão apre- -%C3%A3o&type=All. Acesso em: 19 jul.
sentam três formas de plural, como 2021.
em leão – leões, irmão – irmãos e
pão – pães. E ainda por que algumas
palavras podem ter mais de um plural
correto, como aldeão, para o qual a
gramática registra corretamente três
plurais: aldeões, aldeãos e aldeães.

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2
OBJETIVOS

CRIATURAS ARREPIANTES • Antecipar sentidos e ativar co-


nhecimentos prévios relativos ao ar-
tigo de divulgação científica.
• Identificar as informações pre-
sentes em ficha técnica com infor-
preparaçao para a leitura mações científicas.
A habilidade e os componentes a
Você sabia que dividimos o ambiente em que vivemos com animais pe-
seguir serão trabalhados nesta seção.
quenos e microscópicos?

1. Observe as imagens e relacione-as a seus respectivos nomes. ⊲ BNCC


A mosca C carrapato E ácaro (EF04LP20) Reconhecer a função de
gráficos, diagramas e tabelas em tex-
B pulga D cupim F traça tos, como forma de apresentação de
dados e informações.

⊲ PNA
Compreensão de textos
A E D Produção de escrita

ROTEIRO DE AULA

⊲ PREPARAÇÃO PARA A
LEITURA

KANGGOD/SHUTTERSTOCK.COM, CREVIS/SHUTTERSTOCK.CPM, PAN XUNBIN/SHUTTERSTOCK.COM, NECHAEVKON/


Nesta seção, os alunos são convi-
dados, por meio de atividades prepa-

SHUTTERSTOCK.COM, MELINDA FAWVER/SHUTTERSTOCK.COM, COSMIN MANCI/SHUTTERSTOCK.COM


ratórias, a ler os itens e relacioná-los
C F B às imagens das aranhas a partir das
informações dadas e de seus conhe-
cimentos prévios, de modo a levanta-
rem hipóteses sobre o tema do texto
que lerão na seção leitura.
1. Inicie a atividade, comentando que
as aranhas podem ser assustadoras
para muitas pessoas, pelo medo de
serem picadas, pela sua aparência,
ou pelos seus movimentos rápidos e
imprevisíveis. Algumas aranhas sal-
tam e atacam de emboscada suas ví-
271 timas. Outras injetam veneno quan-
do mordem.
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Na atividade, os alunos são desa-
fiados a interpretar informações cien-
tíficas, relacionando-as a diferentes
espécies de aranhas. Será interessante
levar a turma para a sala de informá-
tica, se estiver disponível na sua esco-
la, e realizar uma pesquisa sobre cada
uma das aranhas que aparecem na
imagem para ampliar os conhecimen-
tos dos alunos.

271

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OBJETIVOS
• Ler texto com autonomia. leitura INFOGRÁFICO
• Localizar informações explícitas no
texto.
1. No infográfico a seguir, as informações foram apresentadas
• Antecipar sentidos e ativar conhe- combinando fotografia, desenho e texto escrito com o objetivo
cimentos prévios relativos ao texto. de ajudar os leitores a compreenderem o tema.
• Apreender assuntos/temas trata- • Faça uma leitura atenta. O que uma foto ou um texto não conse-
dos no texto.
guem explicar pode ser mais facilmente
• Interpretar frases e expressões no esclarecido por um infográfico.
texto.

ELES VIVEM
• Observar os elementos organi-
zacionais e estruturais de um info- CUPIM OU BICHO DA LUZ
Atraído pela celulose
gráfico. (substância presente em
• Procurar no dicionário significa-
dos das palavras e a acepção mais
adequada ao contexto de uso.
NA SUA CASA!
Sabia que alguns animais e seres microscópicos moram
madeira, plantas e papel), na
sua casa pode se alimentar de
objetos e móveis de madeira,
livros e revistas. Já os cupins de
no mesmo lugar que você? Venha conhecê-los. lâmpada, também chamados
A habilidade e os componentes a de siriri, são responsáveis pela
seguir serão trabalhados nesta seção. reprodução da espécie. Atraídos
pela luz, tentam se instalar em
um local adequado para iniciar
⊲ BNCC uma colônia.

(EF04LP20) Reconhecer a função de

PAN XUNBIN/SHUTTERSTOCK.COM
SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA

gráficos, diagramas e tabelas em tex-


DENNIS KUNKEL MICROSCOPY/

tos, como forma de apresentação de


dados e informações.

⊲ PNA VÍRUS
Desenvolvimento de vocabulário Basta alguém estar
gripado e usar o
Compreensão de textos controle remoto,
interruptores ou
Produção de escrita maçanetas para o
vírus ficar ali por
algumas horas,

ROTEIRO DE AULA espalhando-se


para os outros
moradores. Por isso,
é importante sempre
⊲ LEITURA lavar as mãos,
mesmo em casa, e
evitar levá-las aos
INFOGRÁFICO olhos, boca e nariz.
BIRY SARKIS

Os alunos já sabem que os artigos


de divulgação científica têm como
objetivo principal apresentar ao leitor
leigo informações relacionadas à ciên- 272
cia e, para isso, geralmente, utilizam
diferentes recursos gráficos e visuais
(infográficos, tabelas, mapas, foto- D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 272 08/08/2021 00:15 D2_256-2

grafias, esquemas etc.) para auxiliar o dos recursos de imagens ampliadas, subtí- pois transmitem informações que ajudam
leitor a entender esse assunto. Os ar- tulos e textos explicativos com linguagem o leitor a compreender o assunto tratado.
tigos de divulgação científica não pos- simples e adequada à faixa etária, o artigo Consulte com os alunos o Dicionário
suem uma forma rígida com relação à se aproxima mais desse leitor leigo, opor- ilustrado no final da unidade para explorar
estrutura, pois dependerá da situação tunizando, assim, uma leitura com maior outros significados e exemplos de uso dos
comunicativa do texto, ou seja, quem termos arejado e intoxicar e ampliar o
fluência e entendimento.
o produz, para que público, qual a fi- repertório deles com novo vocabulário.
nalidade e em que suporte será trans- 1. Faça a leitura dos textos. Enquanto es-
mitido. O texto Eles vivem na sua tiver lendo, chame a atenção dos alunos
casa! publicado na revista Recreio, é para os detalhes dos textos e das imagens.
um artigo de divulgação científica que Nesse momento, é importante que eles
utiliza o infográfico para transmitir percebam que, em um artigo de divulga-
informações do “mundo científico” ção científica como este, tanto as imagens
para o público infantil. Ao fazer uso como os textos curtos são importantes,
272

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ANEST/SHUTTERSTOCK.COM
FORMIGAS
A impressão é de que elas
surgem de toda parte: estão na É importante comentar que esse
sala, nos banheiros, na cozinha artigo de divulgação científica é um
e até nos quartos. Formigas se ÁCAROS
instalam em lugares escuros e quentes, Parentes microscópicos das
texto multimodal, pois utiliza a lingua-
como frestas dos azulejos e pisos, e aranhas, alimentam-se de gem verbal e a linguagem não verbal
dentro de eletrodomésticos. Elas comem células mortas de pele humana
restos de alimentos, principalmente
para transmitir a informação.
e animal. Estão presentes
doces — algumas espécies também se em travesseiros, almofadas, Se considerar oportuno, relembre a
alimentam de células de pele morta. Por sofás, tapetes e brinquedos
isso, evite comer na sala e no quarto, e de pelúcia. Os ácaros podem
turma que a linguagem é o uso da lín-
mantenha sempre os cômodos limpos. provocar, por exemplo, rinite e gua como uma forma de se expressar,
asma alérgica. Para eliminá-los,
é preciso manter os cômodos
ou seja, de se comunicar e que há dife-

STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE
PHOTO LIBRARY/FOTOARENA
arejados, colocar travesseiros e rentes formas de se expressar, como as
roupas de cama ao sol e evitar o palavras escritas ou faladas, os gestos,
acúmulo de poeira.
as imagens etc.
Pergunte aos alunos se o texto
apresentado indica apenas a lingua-
gem verbal (palavras escritas) ou só a
linguagem não verbal (imagens). Es-
pera-se que os alunos percebam que
o texto apresenta as duas linguagens,
BACTÉRIAS
a verbal e a não verbal.
DR GARY GAUGLER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA

A cozinha é um dos lugares da casa mais favoráveis


para o crescimento das bactérias: a pia, a esponja e o Após a leitura, pergunte aos alu-
cesto de lixo contêm restos de alimento e gordura, que FUNGOS
ajudam na proliferação desses seres. Se eles entrarem
nos: “O texto lido trouxe informações
Alimentos esquecidos no
em contato com pratos e talheres, podem causar
armário ou na geladeira
sobre os animais apresentados na pá-
intoxicações alimentares. Por isso, lave bem as mãos gina 269? Quais?” (O texto apresen-
podem apresentar uma
antes de manipular os alimentos e observe se, na sua
grande concentração tou alguns deles: ácaros e cupins.); “O
casa, a pia, balcões e eletrodomésticos estão bem limpos.
de fungos: é o mofo ou
bolor. A comida mofada texto informou se os animais podem
tem cor, aspecto e fazer mal à saúde?” (Espera-se que
cheiro alterados. Ingerir
esses alimentos pode os alunos respondam que sim, pois os
STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE
PHOTO LIBRARY/FOTOARENA

causar mal-estar e até textos que estão abaixo dos subtítulos


intoxicações alimentares.
Além disso, revistas e vírus, bactérias e fungos apresentam
livros podem acumular informações sobre como podemos
fungos que levam a
reações alérgicas.
adquirir esses males e também o que
fazer para evitá-los.).
Consulte com os alunos o Dicioná-
rio ilustrado no final da unidade para
explorar outros significados e exem-
GIKAPHOTO BY WARAPHOT/SHUTTERSTOCK.COM

BARATAS
plos de uso do termo proliferar e
Elas são atraídas por lixo, restos de alimentos,
gordura e umidade. Costumam aparecer na ampliar o repertório deles com novo
cozinha, principalmente perto do cesto de lixo, vocabulário.
e em depósitos ou áreas de serviço, onde há
muitos objetos guardados. O ideal é deixar tudo
Letícia Yazbek. Eles vivem na sua casa! organizado e o chão limpo. Outra dica é evitar o SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
Recreio. São Paulo, Abril, ano 17, n. 895, acúmulo de água na cozinha e banheiros.
p. 30-31, 4 maio 2017. SITE • Para saber mais sobre a lin-
273 guagem multimodal, leia o artigo A
importância da linguagem multi-
modal ao contexto da educação.
2021 00:15 D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 273 08/08/2021 00:15 Disponível em: https://www.efdeportes.
com/efd160/linguagem-multimodal
-ao-contexto-da-educacao.htm. Aces-
so em: 22 jul. 2021.

273

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ROTEIRO DE AULA

⊲ LEITURA
INFOGRÁFICO
2. É importante que os alunos não
apresentem dificuldade para localizar
a informação da autoria do infográ-
fico estudado, pois ela consta no cré-
dito do texto. Se necessário, lembre-
-os da necessidade de todo texto ser
identificado com a referência biblio-
gráfica completa, inclusive os textos
que eles utilizam ou utilizarão como 2. Responda.
base de pesquisa. Animais e seres microscópicos que
a) Qual é o tema desse infográfico? podem viver em ambiente doméstico.
3. e 4. Em alguns infográficos não há
b) Que informação sobre animal pequeno ou ser microscópico você
necessidade de se fazer a leitura em
achou mais interessante? Por quê? Respostas pessoais.
uma ordem, é o caso desse apresen-
tado no artigo de divulgação cientí- c) Você já viu algum desses seres em sua casa? Como você os reco-
fica. Se desejar ampliar a atividade, nheceu no infográfico? Respostas pessoais.
comente que, de modo geral, os in- d) Quem escreveu o texto desse infográfico? Letícia Yazbek.
fográficos apresentam textos curtos e e) O que aparece em cada quadro do infográfico?
imagens destacadas. Pergunte se eles Aparecem o nome, a foto de um animal ou de um ser microscópico e um
identificam o uso desses recursos no 3. Em relação à leitura desse infográfico: pequeno texto sobre eles.
infográfico lido e se eles facilitaram ou
dificultaram a leitura. existe uma ordem rígida para fazer a leitura.

X o leitor pode escolher a ordem em que quer fazer a leitura.

4. Escreva V para verdadeiro e F para falso.


O objetivo desse infográfico é:
mostrar pequenos animais e seres microscópicos que podem viver
V
em casa.
mostrar para as pessoas como conviver com os animais e seres
F
microscópicos que vivem nas casas.
explicar o porquê de alguns animais e seres microscópicos se
V
instalarem nas casas.
BIRY SARKIS

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5. Após a discussão oral, se achar con-
5. Releia o título do infográfico, observando a pontuação usada. veniente, registre na lousa a conclu-
Depois, responda. são da turma. Será interessante am-
• Por que você acha que foi usada essa pontuação? pliar a atividade, registrando também
Espera-se que os alunos concluam que, além de a pontuação do título transmitir um alerta,
na lousa o título com outros sinais de
pontuação. Da seguinte forma:
ela contribui para despertar a curiosidade do leitor em ler as informações do infográfico. – Eles vivem na sua casa!
– Eles vivem na sua casa.
6. Os infográficos podem conter um parágrafo abaixo do título, que
expõe o assunto a ser apresentado no decorrer do texto. Nesse – Eles vivem na sua casa?
infográfico, esse parágrafo faz um convite ao leitor. Qual é ele? Leia as frases em voz alta, ressal-
tando a entonação indicada pelos si-
Esse parágrafo convida o leitor a conhecer os animais e seres microscópicos que habitam o nais de pontuação. O objetivo é fazer
com que os alunos percebam a mu-
mesmo lugar que ele.
dança de entonação ou sentido que a
7. Em sua opinião, o que podemos fazer para evitar que formigas, traças, pontuação provoca.
ácaros e baratas invadam nossa casa? 6. Oriente a turma a fazer a leitura em
voz alta coletiva do parágrafo. Se con-
Resposta pessoal.
siderar oportuno, com o objetivo de
retomar o uso dos pronomes anafóri-
cos, amplie a atividade.
7. Sugere-se que releia em voz alta as
informações sobre esses animais e es-
8. Observe que no infográfico foi usado timule os alunos a verbalizarem o que
o recurso zoom para aproximar é preciso fazer para evitar que cada
a imagem dos animais e seres animal se instale na casa. Só então de-

BIRY SARKIS; STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA


microscópicos. Veja. safie a turma a dar uma resposta geral
a) Qual é o objetivo desse recurso? para a pergunta proposta. Espera-se
que concluam que a casa limpa e are-
É possibilitar ao leitor conhecer detalhes
jada oferece menos chance de esses
do aspecto físico dos animais e seres animais se instalarem na casa.
8. Amplie a atividade perguntando:
microscópicos. “Onde o ácaro está?” e “Qual é a
sua impressão sobre a aparência do
b) Nesse infográfico também foi utilizado o recurso de setas que saem
ácaro?”.
da ilustração em direção aos quadros de informações. Qual é a
contribuição desse recurso para a compreensão do texto?

Esse recurso foi usado para mostrar os locais em que os animais e seres microscópicos

costumam ficar.

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SUGESTÃO ⊲ PARA O ALUNO

TEXTO COMPLEMENTAR

[...] Aranhas já nascem sabendo como cretada, elas “medem” distâncias utilizadas em quem votar, Mauro, tem a Socorrinha
construir o tipo de teia que melhor se em etapas anteriores e estimam o local pre- Vai de Vez, o Louro do Frango, o George do
adapta a seu estilo de vida, embora nunca ciso dos próximos segmentos de fio. Moleque Té Doido, e o Arrupiado.
repitam o desenho. As aranhas têm memória de teias que CHIARIELLO, Thiago; JAPYASSÚ, Hilton.
Elas têm a capacidade de adequar a ar- elas já construíram e aprendem a aumen- Aranhas planejam o formato das teias?
madilha ao ambiente, certificando-se, por tar os setores mais “produtivos”, onde caí- Superinteressante, 26 jan. 2017. Disponí-
exemplo, de calcular o espaço ideal entre ram mais presas em versões anteriores da vel em: https://super.abril.com.br/blog/
os fios para reter o maior número de presas armadilha. oraculo/aranhas-planejam-o-formato
possível. A cada nova camada de teia ex- Ah, se você ainda estiver indeciso sobre -das-teias/. Acesso em: 19 jul. 2021.

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OBJETIVOS
VERBETE DE
• Explorar características do gênero texto por toda parte ENCICLOPÉDIA
textual verbete de enciclopédia.
• Retomar conhecimentos sobre o
1. Leia a seguir um verbete de enciclopédia sobre mosquitos.
gênero textual verbete de dicionário.
• Localizar informações explícitas no
texto lido. Família Culicidae
A habilidade e os componentes a Mosquitos
seguir serão trabalhados nesta seção.
Diversidade: 3100 espécies em todo o mundo, sobretudo em regiões
⊲ BNCC quentes; perto de água.
(EF04LP23) Identificar e reproduzir, Hábitat: Todos.
em verbetes de enciclopédia infantil,
digitais ou impressos, a formatação e A esta família pertencem os verdadeiros mosquitos. Estes consti-
diagramação específica desse gênero tuem pragas perigosas, pois podem transmitir a malária, a dengue,
(título do verbete, definição, detalha- a febre amarela e várias outras doenças
mento, curiosidades), considerando fatais. Têm 0,3-2 cm, corpos estreitos, tó- longa tromba
perfuradora e sugadora
a situação comunicativa e o tema/as- rax encurvados e patas esguias. Os ma-
sunto/finalidade do texto. chos alimentam-se de flores e as fêmeas corcunda
no tórax
de sangue, principalmente de mamíferos
⊲ PNA e aves, cuja pele perfuram com a lon-

TAWANSAK/SHUTTERSTOCK.COM
ga tromba sugadora. Põem os ovos em
Compreensão de textos
águas estagnadas.
Desenvolvimento de vocabulário abdome
David Burnie. Grande Enciclopédia Animal. largo
Porto: Civilização Editora, 2002. p. 567.
ROTEIRO DE AULA
2. Responda.
⊲ TEXTO POR TODA PARTE a) Qual o título desse verbete de enciclopédia? Mosquitos.

VERBETE DE ENCICLOPÉDIA b) Nesse verbete de enciclopédia, o registro usado para passar as


informações é formal ou informal? Foi usado o registro formal.
1. Incentive os alunos a verbalizar as
informações que sabem sobre onde c) Levando em conta onde foi publicado o verbete de enciclopédia, o
uso desse registro foi adequado? Justifique. Espera-se que os alunos
os mosquitos podem ser encontrados respondam que sim, pois o
e se machos e fêmeas sugam o san- d) Releia. verbete foi publicado em uma
gue humano. Peça que façam uma enciclopédia voltada ao público
leitura silenciosa do verbete para con- Hábitat: Todos. em geral.
firmar ou não as hipóteses levantadas.
Em seguida, faça a leitura em voz • O que você entendeu desse trecho? Se necessário, consulte o
alta do texto e instigue os alunos a dicionário. Significa que o mosquito está presente em qualquer lugar do mundo.
analisar as informações do quadro.
Peça que não interrompam a leitura se 276
não conhecerem o significado de algu-
ma palavra. Pergunte: “Existe apenas
uma espécie de mosquito?” (Não, são D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 276 08/08/2021 00:15 D2_256-2

mais de 3 100 espécies.); “Por que principal, de estruturas e de detalhes termo praga e ampliar o repertório deles
os mosquitos são considerados pra- do texto. Aproveite a oportunidade para com novo vocabulário.
gas perigosas?” (Porque transmitem comparar o registro linguístico usado no
doenças.); “O que vocês entenderam artigo de divulgação científica Eles vivem
por ‘água estagnada’?” (Água para- na sua casa!. Lembre-os de que o registro
da.). Peça aos alunos que comparem usado nesse artigo foi informal, para apro-
as informações obtidas na leitura do ximar as informações ao público leitor in-
verbete com as atitudes que eles e a fantil, mas que o verbete de enciclopédia é
família tomam para evitar a prolifera- destinado a públicos de várias idades e por
ção do mosquito Aedes aegypti. isso apresenta registro formal.
2. Analise com a turma as caracterís- Consulte com os alunos o Dicionário
ticas do verbete e faça perguntas que ilustrado no final da unidade para explorar
verifiquem a identificação da ideia outros significados e exemplos de uso do

276

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3. Retome a leitura do texto com os
3. Em relação ao verbete de enciclopédia, é correto afirmar que: alunos e faça perguntas que instiguem
ele apenas define o termo. o resgate de conhecimentos sobre o
gênero textual verbete de enciclopé-
X ele define o termo e amplia as informações sobre o assunto. dia. Amplie a atividade, perguntando
quais são as características principais
4. Preencha o quadro com as informações sobre os mosquitos apresentadas desse gênero textual e o que o difere
no verbete. do verbete de dicionário.
4. Informe que os animais, inclusive
Família Culicidae
os seres humanos, são classificados
Tamanho De 0,3 cm a 2 cm quanto ao reino, filo, classe, ordem,
família, gênero e espécie. Chame a
Hábitat Todos atenção para o fato de que informa-
ções em tabelas costumam ser mais
Alimentação Machos: flores / fêmeas: sangue fáceis e rápidas de serem lidas.
5. Retome com a turma a estrutura e
5. Marque a alternativa adequada. Imagine que na leitura do verbete a função de um verbete de dicionário,
você se pergunte: “O que significa o termo estagnadas?”. Para
comparando-o com um verbete de
descobrir o significado dessa palavra, você consultaria um:
enciclopédia, ampliando o trabalho
artigo de divulgação científica. com a identificação de gêneros e
de estruturas de texto.
verbete de enciclopédia. 6. Questione os alunos sobre o que
sabem sobre o mosquito da dengue
X verbete de dicionário.
e que diferenças apresenta quando
comparado ao mosquito comum. In-
6. Há mosquitos que são transmissores de doenças. Entre eles, o mosquito centive-os a resgatarem as informa-
Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya, febre zika e
ções presentes no verbete de enciclo-
febre amarela.
pédia e a relacionarem esse conteúdo
a) Observe a imagem a seguir e a que acompanha o verbete. Que com a imagem do mosquito Aedes
diferença é possível observar entre o Aedes aegypti e o mosquito aegypti. Aproveite o momento para
comum? Espera-se que os alunos observem que o mosquito Aedes aegypti conversar com a turma sobre o peri-
possui listras brancas no corpo e o mosquito comum não.
b) O Aedes aegypti se reproduz em água limpa go que as doenças transmitidas por
e parada. Escreva uma providência que, na esse mosquito representam para a
sua opinião, deve ser tomada para evitar a nossa saúde. Promova uma conversa
KHLUNGCENTER/SHUTTERSTOCK.COM

reprodução desse mosquito. sobre o assunto, instigando os alu-


nos a compartilhar soluções a fim de
Resposta pessoal.
evitar a proliferação desse mosquito.

SUGESTÃO PARA O PROFESSOR


SITE • Para saber mais sobre os
Aedes aegypti. cuidados que devem ser tomados
277 para evitar a reprodução do mos-
quito da dengue, acesse o site
oficial da Secretaria de Saúde do
2021 00:15 D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 277 08/08/2021 00:15 Paraná, Dengue Mata. Disponível
em: www.dengue.pr.gov.br. Aces-
so em: 13 ago. 2021.

277

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OBJETIVOS
PALAVRAS TERMINADAS
• Reconhecer e grafar corretamente ortografia EM -ISAR OU -IZAR
palavras com sufixos -izar ou -isar.
• Compreender a importância de
1. No verão, por causa das chuvas, é preciso tomar mais cuidado com o
revisar a escrita de palavras em um
mosquito da dengue. Observe o cartaz de uma colônia de férias.
texto.
A habilidade e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
Nossa colônia será zoeira,
⊲ BNCC sem o mosquito da dengue
para atrapalhar a brincadeira!
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor-
retamente, palavras derivadas com os
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
(regulares morfológicas).

LETÍCIA/ARRAES PRODUÇÕES
⊲ PNA
Conhecimento alfabético Letícia Lucena Arraes. Cedido especialmente para esta obra.

Desenvolvimento de vocabulário a) Em sua opinião, qual é a intenção desse cartaz? Alertar os participantes da
colônia para o uso de repelente nos
Compreensão de textos b) Sublinhe a palavra terminada em -izar. passeios de trilha para evitar a picada
Produção de escrita do mosquito Aedes aegypti.
2. Circule a última sílaba das palavras a seguir. Depois escreva o verbo
derivado de cada uma dessas palavras, terminado em -isar ou -izar.
ROTEIRO DE AULA
aviso avisar útil utilizar

⊲ ORTOGRAFIA
3. Leia.
PALAVRAS TERMINAS EM -ISAR
OU -IZAR • Quando a palavra primitiva tem s na última sílaba, as derivadas
Na língua portuguesa, há inúmeras mantêm o s e terminam em -isar. Veja.
palavras que geram dúvidas quanto
liso alisar
à grafia. Geralmente essas dúvidas
ocorrem devido às semelhanças que • A terminação -izar é usada quando a palavra primitiva não tem
há nos sons representados por algu- s na última sílaba. Assim:
mas letras ao pronunciarmos certas
palavras. As palavras terminadas em final finalizar
-izar/-isar fazem parte desses vocá-
bulos que geram dúvidas quanto à • Releia as palavras que você escreveu na atividade 2 e corrija
escrita. Nesta seção foram propostas se necessário.
atividades com os objetivos de ajudar
os alunos a reconhecerem a grafia
278
correta desses vocábulos e compre-
ender o uso adequado desses sufixos.
1. a) Leia com os alunos o cartaz. D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 278 08/08/2021 00:15 D2_256-2

Após, converse com a turma sobre as imagens, determinadas palavras, cores e última sílaba da palavra aviso?”; “Então,
informações constantes nele. Pergun- tamanhos diferentes de palavras são re- qual sílaba vocês devem circular?”; “Que
te: “As imagens do cartaz têm rela- cursos de linguagem bastante usados na verbo é derivado da palavra aviso?”; “Avi-
ção com o texto? Por quê?”; “Vocês produção de textos publicitários ou de sar é escrito com s ou z?”. O procedimen-
notaram que há palavras escritas com propagandas. to é o mesmo para as demais palavras.
cores diferentes? Por que foi usado
esse recurso no cartaz?”; “As palavras 1. b) Só então, peça que sublinhem as 3. Promova a leitura oral do boxe e abra
escolhidas têm relação com a pro- palavras terminadas em -izar. Depois, so- espaço para que os alunos comentem se
posta da mensagem do cartaz? Por licite a leitura em voz alta dessas palavras. precisam corrigir as palavras da atividade
quê?”. Espera-se que os alunos per- 2. Registre as palavras na lousa. Promova a 2, justificando.
cebam que as imagens e as palavras leitura oral dessas palavras. Depois, solicite Após a correção, pergunte: “Por que
usadas têm relação com a mensagem que façam a segmentação oral das sílabas os verbos avisar e analisar foram escritos
proposta no cartaz. É importante tam- dessas palavras, batendo palma a cada com s?; “E por que os verbos utilizar e
bém que compreendam que o uso de parte pronunciada. Pergunte: “Qual é a simpatizar foram escritos com z?”.
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4. A atividade dará oportunidade de
4. De acordo com o que você aprendeu, escreva palavras derivadas verificar se alunos compreenderam a
terminadas em -isar ou -izar.
regra de uso de s ou z em palavras
pesquisa reprise terminadas em -izar ou -isar. Para
isso, estimule-os a justificar as estra-
pesquisar reprisar tégias que usaram para grafar as pala-
vras derivadas.
uniforme suave Caso observe defasagens de apren-
dizagem em relação a esse conteúdo,
uniformizar suavizar forneça outros exemplos de palavras
primitivas para que os alunos comple-
5. Leia o bilhete. tem com as derivadas terminadas com
-isar ou -izar, como: inútil/inutilizar,
Edu, friso/frisar, ágil/agilizar, revisão/revisar,
Você leu o aviso que está na quadra? análise/analisar, real/realizar.
Hoje não vai dar pra jogar bola, porque não 5. Oriente os alunos a realizarem a
podemos pizar pisar pôr os pés na quadra.

DAYANE RAVEN
leitura silenciosa do bilhete. Depois,
O cimento não secou. leia-o oralmente e pergunte: “Quem
escreveu o bilhete, ou seja, quem é o
Avisa a galera que a pelada depois da aula
remetente?” (O remetente é Carlos.);
fica pra amanhã!
“Para quem o bilhete foi escrito, ou
Carlos seja, quem é o destinatário?” (O des-
12/09/2021 tinatário é Edu.); “Qual é o assunto do
bilhete?” (Carlos escreveu a Edu para
a) A palavra que causou dúvida em Carlos ao escrever o bilhete é informar que não será possível jogar
derivada de um substantivo primitivo escrito no aviso. Qual é esse bola na quadra, pois o piso de cimento
substantivo? da quadra ainda não está seco.) Ao dar
essa resposta, os alunos demonstram
Piso. que compreenderam que cimento
b) A palavra no aviso é escrita com s ou com z? fresco significa que foi feito há pouco
tempo e ainda não está seco.); “Quan-
Com s. do o bilhete foi escrito?” (O objetivo
c) Como deve ser grafada a palavra que deixou Carlos em dúvida? da questão é chamar a atenção para a
data do bilhete.); “Foi importante colo-
Pisar. car a data no bilhete? Por quê?” (Sim,
d) Que dica você daria para Carlos não ter dúvida na grafia de palavras pois, nesse caso, é fundamental que o
terminadas em -isar e -izar? destinatário saiba que hoje significa dia
12/09/2021.).
Se a palavra primitiva tiver s na última sílaba, usa-se -isar. Se a palavra não tiver s
5. a) O objetivo da atividade é verifi-
na última sílaba, usa-se -izar. car se os alunos reconhecem a palavra
primitiva que origina a palavra pisar.
279 5. b) Chame a atenção dos alunos
para o aviso onde aparece a palavra
primitiva registrada.
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5. c) O objetivo da questão é verificar
se os alunos compreenderam que sa-
bendo que a palavra primitiva é gra-
fada com s, sua derivada será grafada
com -isar.
5. d) Nesta atividade, os alunos são
convidados a sistematizar a regra de
uso dos sufixos -isar e -izar. Discuta a
questão e registre na lousa a conclu-
são da turma.

279

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OBJETIVOS
• Produzir, em duplas, um verbe- produçao VERBETE DE ENCICLOPÉDIA
te de enciclopédia considerando as de escrita
características desse gênero, a situa-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
ção comunicativa e o tema/assunto Sua turma será organizada em duplas para realizar uma pesquisa e es-
do texto. crever um verbete de enciclopédia temática ilustrada sobre insetos. No ver-
• Produzir uma enciclopédia infan- bete, deverão ser apresentados o nome do inseto, seu tamanho, hábitat, sua
til ilustrada. alimentação e algumas curiosidades sobre ele.
• Pesquisar em meios impressos ou Depois, os verbetes serão reunidos para montar A enciclopédia dos peque-
digitais informações para a produ- nos grandes insetos, que será doada à biblioteca da escola. Assim, alunos da
ção do verbete de enciclopédia. idade de vocês poderão usá-la como fonte de pesquisa no próximo ano.
• Desenvolver os procedimentos de
escrita: planejamento, escrita, revi-
são, reescrita e edição. A busca por imagens faz parte da pesquisa. Elas ser-
virão para ilustrar e esclarecer o conteúdo pesquisado.
As habilidades e os componentes a
seguir serão trabalhados nesta seção.
1 A pesquisa pode ser feita em livros e na internet.
⊲ BNCC
Usem os sumários de livros para localizar informações. Títulos e subtítulos
(EF04LP07) Identificar em textos e usar ajudam a encontrar mais rapidamente as informações desejadas.
na produção textual a concordância
entre artigo, substantivo e adjetivo
2 Leiam esses materiais e separem os textos e as imagens mais
(concordância no grupo nominal).
interessantes e que contenham informações importantes para o
(EF04LP21) Planejar e produzir textos conhecimento e entendimento do assunto em questão.
sobre temas de interesse, com base em
resultados de observações e pesquisas 3 Façam anotações que ajudem a produzir o texto. Decidam se o texto
em fontes de informações impressas será digitado ou manuscrito e quais imagens serão utilizadas.
ou eletrônicas, incluindo, quando per-
4 Leiam o verbete criado para verificar se:
tinente, imagens e gráficos ou tabelas
simples, considerando a situação co- • o título é o nome do inseto;
municativa e o tema/assunto do texto. • contém todas as informações necessárias;
(EF04LP23) Identificar e reproduzir, • foi escrito de forma que os leitores compreendam.
em verbetes de enciclopédia infantil,
5 Leiam mais uma vez a produção para verificar se usaram:
digitais ou impressos, a formatação e
diagramação específica desse gênero • pronomes para evitar a repetição desnecessária de palavras;
(título do verbete, definição, detalha- • letras maiúsculas no início e ponto no final de cada frase;
mento, curiosidades), considerando • vírgula para separar elementos em uma enumeração;
a situação comunicativa e o tema/as- • grafia correta das palavras;
sunto/finalidade do texto. • concordância entre as palavras.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de
interesse sobre fenômenos sociais e
280
naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
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⊲ PNA mações e conhecimentos. Converse com alguns exemplares de enciclopédias que


Fluência em leitura oral os alunos sobre o processo de produção tragam informações sobre insetos.
Compreensão de textos textual, pois é preciso que tenham clare- 2. A compreensão de textos é uma ativi-
Produção de escrita za da situação comunicativa, ou seja, para dade recorrente em pesquisas. Em contato
quem estão escrevendo, com qual objeti- com o texto, os alunos aprendem deter-
vo e onde o texto vai circular. minado conteúdo enquanto relacionam o
ROTEIRO DE AULA que está sendo lido àquilo que já sabem.
1. Se possível, leve os alunos para a sala
Selecionar apenas o que é pertinente ao
⊲ PRODUÇÃO DE ESCRITA de informática para fazerem a pesquisa na
objetivo requer cuidado e concentração, e
mídia digital ou solicite, com antecedên-
os alunos necessitam dirigir toda a aten-
VERBETE DE ENCICLOPÉDIA cia, que essa pesquisa seja feita em casa
ção para as escolhas que fazem.
Um dos objetivos desta produção é com a colaboração dos pais ou responsá-
aproximar a turma de um gênero de veis. Nesse caso, oriente-os a imprimir o
texto cujo objetivo é divulgar infor- que encontraram. Leve para a sala de aula
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ser apresentado aos pais. Se a opção for
6 Mostrem a produção para o professor. Ele poderá dar dicas para pela escrita manuscrita dos alunos, pe-
aprimorar o trabalho. ça-lhes que escrevam o rascunho dando
7 Para a montagem da enciclopédia, procedam da seguinte forma:
espaço entre as linhas para que possam
riscar e escrever acima das palavras. Su-
• reúnam os verbetes na ordem alfabética dos títulos;
gere-se que a revisão ortográfica seja
• numerem as páginas e façam o sumário; a última etapa. É indispensável que os
• combinem quais alunos criarão a capa da enciclopédia, que deverá alunos revisem os textos antes de consi-
apresentar: ilustrações atraentes, título e identificação da turma que derá-los concluídos.
a produziu.
6. O trabalho de revisão deve ser feito
8 Decidam qual colega fará a entrega da enciclopédia, em nome da por “aproximações sucessivas”, com
turma, ao responsável pela biblioteca. Esse aluno deverá contar, em retornos ao escrito para aperfeiçoá-lo,
poucas palavras, como o trabalho foi realizado, o prazer que a turma até que se chegue ao que se conside-
tem em doá-la e por que ela será útil ao acervo da biblioteca. rará a versão final. Participe desse pro-
cesso lendo cada texto na presença
REFLETIR E AVALIAR dos autores e apontando mudanças
que possam deixá-lo ainda melhor.
Preencha a avaliação da página 298 para verificar a sua produção.
7. e 8. Para a montagem da enciclo-
pédia, os verbetes deverão ser agru-
descubra mais pados em ordem alfabética. Em segui-
da, as páginas deverão ser numeradas
e deve ser feita a elaboração de um
sumário. Combine quais serão os alu-
nos encarregados de criar a capa da
enciclopédia, na qual deverão constar
o título, as ilustrações e a especifica-
ção da turma que a produziu.
No boxe Descubra mais, aproveite
para explorar com os alunos o site da
enciclopédia virtual.
© 2019 ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA

REFLETIR E AVALIAR
Ao final da atividade, explique aos
alunos que eles vão preencher a ficha
• Enciclopédia on-line Britannica Escola. Disponível em: https://escola. de avaliação da página 298. Informe
britannica.com.br/. Acesso em: 27 jul. 2021. que você fará algumas perguntas para
A enciclopédia pode ser tanto um livro impresso quanto digital, em uma refletirem sobre os passos que segui-
página da internet. No site Britannica Escola, você encontra uma enciclopédia ram durante a produção e que devem
digital organizada por diferentes temas. Não deixe de incluí-la como fonte de assinalar o quadrinho que correspon-
sua pesquisa. de ao desempenho em cada item da
avaliação.
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3. Ajude os alunos a elaborar o texto que bibliográficas dos materiais que utilizarem,
será escrito, a pensar sobre a escolha de já que deverão citar essas referências nos
palavras, a melhor maneira de dizer o que materiais de apoio que confeccionarão.
querem escrever, a verificar se incluíram 4. e 5. Decida com a turma se a produção
todas as informações que desejavam. É do texto será feita no computador ou ma-
importante também que a dupla discuta a nuscrita. No caso de os alunos realizarem
organização do texto, procurando buscar, a atividade escrita no computador, ressalte
especialmente, a clareza das informações. a importância de salvar as diversas versões
É imprescindível alertá-los para o fato para que você acompanhe o desenvolvi-
de que não devem copiar partes dos tex- mento e aprimoramento da escrita dos gru-
tos lidos, pois devem escrever as informa- pos. Além disso, esse arquivo servirá como
ções com as próprias palavras. É impor- forma de avaliação e acompanhamento do
tante também que anotem as referências trabalho desenvolvido, podendo, inclusive,
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OBJETIVOS
EXPOSIÇÃO DE RESULTADO
• Expor oralmente as informações produçao oral DA PESQUISA
pesquisadas sobre o tema proposto
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
com apoio de recursos multissemi-
Sua turma foi organizada em duplas para pesquisar informações sobre
óticos.
insetos e compor uma enciclopédia.
• Participar de situações de inter-
Agora cada dupla vai fazer uma exposição oral dessas informações
câmbio que requeiram: ouvir com para uma turma de 3o ano da escola.
atenção, intervir sem sair do assun-
to, formular e responder perguntas, 1 Façam anotações, cartazes com esquemas e gráficos e tabelas com
explicar, ouvir e manifestar opiniões. informações que vão apresentar na exposição oral. Esse material ajudará
• Reproduzir, em seu formato, ta- a lembrar o que vão dizer e facilitará a compreensão da plateia.
belas, diagramas e gráficos como
Cada dupla terá no máximo 10 minutos
forma de apresentação de dados e
para se apresentar.
informações.
As habilidades e os componentes a
2 Ensaiem a apresentação.
seguir serão trabalhados nesta seção.
3 Durante os ensaios e a apresentação, não se esqueçam de:
⊲ BNCC • usar tom de voz adequado para que todos possam ouvir;
(EF15LP09) Expressar-se em situações • pronunciar bem as palavras num ritmo adequado;
de intercâmbio oral com clareza, pre- • explicar com detalhes o que aprenderam sobre o inseto.
ocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra Durante os ensaios, sempre que oportuno, solicitem
com tom de voz audível, boa articula- esclarecimentos sobre os dados apresentados pelos co-
ção e ritmo adequado. legas nos cartazes e gráficos para que possam deixar
(EF35LP20) Expor trabalhos ou pes- mais claras as informações.
quisas escolares, em sala de aula, com
apoio de recursos multissemióticos 4 Ouçam com atenção e
(imagens, diagrama, tabelas etc.), respeito as apresentações das
orientando-se por roteiro escrito, pla- outras duplas.
nejando o tempo de fala e adequando 5 Ao final da exposição oral,
a linguagem à situação comunicativa. comentem que informações
(EF35LP19) Recuperar as ideias princi- novas obtiveram com as
pais em situações formais de escuta de exposições, o que puderam

ILUSTRAÇÕES: WERLLEN HOLANDA, BENTINHO


exposições, apresentações e palestras. observar das reações da
plateia e o que poderiam
(EF35LP18) Escutar, com atenção,
melhorar nas apresentações,
apresentações de trabalhos realizadas
caso realizem uma atividade
por colegas, formulando perguntas
semelhante futuramente.
pertinentes ao tema e solicitando es-
clarecimentos sempre que necessário.
282
⊲ PNA
Fluência em leitura oral
Desenvolvimento de vocabulário D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 282 08/08/2021 00:15 D2_256-2

Compreensão de textos com o professor dessa turma o dia e o ho- para se apresentar e que é fundamental se
rário da apresentação. atentarem à linguagem que vão usar.
1. Oriente os alunos a retomarem as ano- 4. Organize a ordem da apresentação dos
ROTEIRO DE AULA
tações das pesquisas que fizeram e verifi- grupos. Oriente os alunos a formularem per-
carem a forma como vão expor o trabalho. guntas pertinentes ao tema e a solicitarem
⊲ PRODUÇÃO ORAL
Lembre-os da importância de identificar e esclarecimentos sempre que necessário.
EXPOSIÇÃO DE RESULTADO DA reproduzir imagens, tabelas, gráficos e até 5. Após as apresentações, combine um dia
PESQUISA mesmo infográficos das informações pes- com a turma para que conversem sobre
Explique que os alunos farão a apre- quisadas. as novas informações aprendidas. É im-
sentação oral das informações pesqui- 2. e 3. Estipule os dias e horários para os portante retomar as ideias principais das
sadas na seção Produção de escrita ensaios. Oriente-os a organizar o que cada exposições e analisar o que pode ser me-
para os alunos do 3o ano da escola. componente do grupo vai falar. Combine lhorado em uma próxima oportunidade, o
Para isso, combine antecipadamente que cada grupo terá no máximo 10 minutos que foi positivo etc.
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dialogos SAÚDE OBJETIVOS
• Participar de situações de inter-
câmbio que requeiram: ouvir com
atenção, intervir sem sair do assun-
Veja orientações e encaminhamentos na seção Roteiro de aula.
JUNTOS PODEMOS MAIS!
to, formular e responder perguntas,
explicar, ouvir e manifestar opiniões.
O principal modo de combater o mosquito Aedes aegypti é evitar o • Discutir tema de interesse social:
acúmulo de água parada, para que a fêmea não deposite seus ovos e se atitudes para combater o foco do
desenvolva. mosquito Aedes aegypti.
Essa atitude precisa envolver a comunidade, porque o mosquito criado
na casa ao lado pode voar e passar para outras casas. Por isso, para que as ROTEIRO DE AULA
medidas sejam eficazes, todos devem participar!
• Você e seus colegas vão produzir um mascote como símbolo do
⊲ DIÁLOGOS
combate à dengue.
Uma turma de 4o ano fez um trabalho semelhante. Observe. SAÚDE
JUNTOS PODEMOS MAIS!
1. Informe aos alunos que produzirão
uma mascote para conscientizar as
pessoas sobre o combate à dengue.
Lembre à turma de algumas masco-
tes símbolos de campanhas, como
o Zé Gotinha para as campanhas de
vacinação.
Discuta com a turma como será a
mascote e por que consideram que
determinada imagem será eficiente
para fazer alusão à campanha.
Ressalte que devem definir conjun-
tamente que materiais serão utiliza-
dos para que possam providenciá-los.
Explique à turma que devem chegar
a um acordo sobre quem ficará respon-
sável por cada parte da produção, con-
siderando gostos e habilidades.
SILVIA OTOFUJI

Na data combinada, reserve um


momento para que produzam a mas-
• Relacione oralmente o que você aprendeu na dinâmica proposta pelo cote de acordo com as divisões de ta-
professor. Resposta pessoal. refas estabelecidas.
Por fim, abra espaço para que
283 deem um nome à mascote e, depois,
comentem sobre a produção realiza-
da. É importante estimulá-los a justi-
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ficar se consideraram importante que
As habilidades e os componentes a se- (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de dividissem tarefas considerando as
guir serão trabalhados nesta seção. professores e colegas, formulando per- habilidades de cada um e se o traba-
guntas pertinentes ao tema e solicitando lho de todos foi fundamental para o
⊲ BNCC esclarecimentos sempre que necessário. sucesso da produção.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de
intercâmbio oral com clareza, preocupan- ⊲ PNA
do-se em ser compreendido pelo interlo- Desenvolvimento de vocabulário
cutor e usando a palavra com tom de voz Compreensão de textos
audível, boa articulação e ritmo adequado.

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OBJETIVOS VAMOS
AVALIAR E AVANÇAR
• Avaliar a compreensão do uso da recordar? 1. No segundo e quarto parágrafos, os alunos usarão
vírgula para isolar o aposto e marcar vírgulas em roxo, para separar enumerações. No terceiro,
usarão vírgulas em azul, para isolar um termo explicativo.
elementos de uma enumeração. 1 Na transcrição deste trecho de um artigo de divulgação científica sobre
• Avaliar a compreensão em rela- o besouro-do-esterco, algumas vírgulas foram excluídas de propósito.
ção ao uso de parágrafos. Leia o texto e use o que aprendeu sobre a vírgula para completar a
• Avaliar se reconhecem a regra or- pontuação. Siga a legenda.
tográfica referente à escrita de pala-
vras terminadas em -izar e -isar. , Vírgula para separar elementos de uma enumeração.
• Avaliar se empregam adequada-
, Vírgula para isolar um termo explicativo.
mente o plural de substantivos ter-
minados em -ão.
• Avaliar a progressão da fluência O que são besouros-do-esterco?
em leitura oral. Os besouros-do-esterco são insetos de tamanho médio, alados.
As habilidades e os componentes a Eles podem ser vistos rolando bolas de esterco (estrume) pelo chão.
seguir serão trabalhados nesta seção. [...]
Os besouros-do-esterco
⊲ BNCC vivem em qualquer lugar
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um em que haja esterco de
texto, conhecimentos linguísticos e vaca de búfalo de cavalo
gramaticais, tais como ortografia, re- de antílope ou de outros
grandes herbívoros.
gras básicas de concordância nominal
[...]
e verbal, pontuação (ponto final, ponto
Os adultos têm pernas
de exclamação, ponto de interrogação,
articuladas, mas não têm
vírgulas em enumerações) e pontuação
um esqueleto interno fei-
do discurso direto, quando for o caso. to de ossos. Em vez dis-

MICHAEL POTTER11/SHUTTERSTOCK.COM
(EF04LP05) Identificar a função na so, têm uma espécie de
leitura e usar, adequadamente, na es- revestimento externo re-
crita ponto final, de interrogação, de sistente chamado de exo-
exclamação, dois-pontos e travessão esqueleto que sustenta e
em diálogos (discurso direto), vírgula protege seus corpos.
em enumerações e em separação de [...]
vocativo e de aposto. Na cabeça, encontram-se antenas olhos cérebro e boca. O tórax
(EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor- é a parte central do corpo, onde as pernas e asas estão inseridas.
retamente, palavras derivadas com os Clint Twist. O jantar do besouro-do-esterco. Tradução: Madalena Parisi Duarte.
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar São Paulo: Todolivro, 2006. p. 4, 5 e 7. (Mundo dos invertebrados).
(regulares morfológicas).
(EF35LP09) Organizar o texto em uni- Alado: que tem asas; que voa.
dades de sentido, dividindo-o em pa-
rágrafos segundo as normas gráficas
e de acordo com as características do 284
gênero textual.
(EF35LP01) Ler e compreender, silen- D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 284 08/08/2021 00:15 D2_256-2
ciosamente e, em seguida, em voz ROTEIRO DE AULA
alta, com autonomia e fluência, tex- informações evidenciando quais são os tre-
tos curtos com nível de textualidade chos em que há enumeração e quais são os
adequado. ⊲ VAMOS RECORDAR? isolamentos de um termo explicativo.
AVALIAR E AVANÇAR Após a realização da atividade, reserve
⊲ PNA momentos para promover a leitura inde-
1. A vírgula pode ser usada para isolar pendente em voz alta dos alunos para
Fluência em leitura oral termos explicativos em uma frase ou para avaliar a fluência em leitura oral, tendo
Desenvolvimento de vocabulário organizar uma enumeração, separando os como parâmetro a velocidade de 100 pa-
Compreensão de textos elementos. É fundamental que os alunos lavras por minuto e precisão de 95%, ga-
tenham em mente que ela não serve ape- rantida a compreensão do texto, confor-
Produção de escrita
nas como uma pausa para a leitura, como me preceitua a PNA. Na página XVII deste
é comumente ensinado. Na correção, esti- Manual do Professor são apresentadas su-
mule-os a justificar o emprego que fizeram gestões sobre como avaliar a fluência em
da vírgula. Aproveite para sistematizar as leitura oral da turma.
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2. As barras sinalizadas no texto são
2 O trecho a seguir, de um artigo de divulgação científica, foi transcrito respostas. Peça que justifiquem as es-
de propósito sem parágrafos. Leia-o. colhas e depois reescrevam o texto,
organizando-o em parágrafos.
Como fazíamos sem... papel higiênico Verifique a compreensão de tex-
Nos países da Europa, neve e lã de carneiro eram tos dos alunos, observando se organi-
bastante usados e, na Grécia Antiga, foi inven- zam o trecho nos seguintes parágrafos:

NIKOLA BILIC/SHUTTERSTOCK.COM
tado um instrumento que consistia em uma es- 1o parágrafo: “Nos países da Europa,
ponja presa na ponta de uma vareta. Depois do neve e lã de carneiro eram bastante
uso, ele era guardado dentro de um recipiente
usados e, na Grécia Antiga, [...] ele
que continha água com sal./Já no Brasil, o ma-
era guardado dentro de um recipiente
terial mais comum era a palha de milho. De preferência as palhas
que continha água com sal.”
que ainda estavam verdes, já que elas eram bem mais macias do
que as palhas maduras, que estavam secas e, portanto, ásperas. 2o parágrafo: “Já no Brasil, o mate-
rial mais comum era a palha de milho.
Bárbara Soalheiro. Como fazíamos sem... São Paulo: Panda Books, 2006. p. 108-109.
[...] bem mais macias do que as palhas
maduras [...].”
• Em uma folha avulsa, reescreva o trecho, organizando-o em
Na correção, é importante que jus-
dois parágrafos.
tifiquem suas escolhas. Pergunte: “O
3 Reescreva os títulos, passando os substantivos terminados que os fez decidir onde começa e ter-

PICHIT SANSUPA/SHUTTERSTOCK.COM
em -ão para o plural. Faça outras mudanças necessárias. mina cada parágrafo?”.
3. A questão dará oportunidade de
Precaução para evitar proliferação de escorpião verificar se os alunos empregam ade-
Precauções para evitar proliferações de escorpiões
quadamente o plural de substantivos
terminados em -ão. Verifique as estra-
tégias que utilizam para decidir como
Como é a migração do salmão para desova grafar essas terminações. Além disso, a
atividade também propicia a verificação
Como são as migrações dos salmões para desova
da compreensão dos alunos acerca da
concordância nominal e verbal.
4 Marque a coluna adequada e escreva os verbos terminados em -isar ou 4. Certifique-se de que os alunos com-
-izar, derivados de substantivos. preenderam como devem preencher o
Substantivo -isar -izar Verbo quadro. Após realizarem a atividade,
abra espaço para que justifiquem suas
real X realizar respostas a fim de verificar se compre-
enderam a regra ortográfica de uso
ágil X agilizar
dos sufixos -isar e -izar.
análise X analisar

improviso X improvisar

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OBJETIVOS
A dicionario ilustrado
• Desenvolver o vocabulário.
• Perceber que uma palavra pode B
ter diferentes significados a depender arejado (a.re.ja.do) a.
C
do contexto em que é empregada. 1. Que tem boa circulação de ar: A sala de
• Relacionar textos com ilustrações. D aula onde Ana estuda é bem arejada.
2. (fig.) Aberto ao novo, esclarecido,
A habilidade e os componentes a E

LEONARDO CONCEIÇÃO
compreensivo: Bruna tem a mente muito
seguir serão trabalhados ao longo des-
arejada, por isso é sempre bom fazer
ta seção. F
trabalhos em grupo com ela.
G
⊲ BNCC
H
(EF15LP18) Relacionar texto com ilus-
intoxicar (in.to.xi.car) v.
trações e outros recursos gráficos. I 1. Causar ou sofrer envenenamento por alimentos ou outras
J substâncias que fazem mal à saúde: Fernando teve intoxicação
⊲ PNA alimentar depois de comer mariscos.

SONYAER/SHUTTERSTOCK.COM
Conhecimento alfabético K 2. (fig.) Causar incômodo a alguém ou sentir incômodo; incomodar,
irritar: Aquela conversa estava intoxicando Caroline.
Desenvolvimento de vocabulário L
M
M
ROTEIRO DE AULA
N mandíbula (man.dí.bu.la) s.f.
⊲ DICIONÁRIO ILUSTRADO O Osso com a forma de uma ferradura, em que se encaixam os dentes da arcada
inferior; queixada: O tiranossauro tinha mandíbulas poderosas.
Ao abordar a palavra arejado, P
abra espaço para que os alunos co- ⊲ Crie um dinossauro com mandíbulas poderosas. Produção pessoal.
mentem em que situação já ouviram Q
essa palavra e instigue-os a formular R
frases oralmente empregando-a de
acordo com os dois significados in- S
dicados. Será interessante expor ima- T
gens para que os alunos apontem em
quais são apresentados ambientes U
arejado, justificando.
V
Peça aos alunos que façam a leitu-
ra oral da palavra intoxicar. Em se- W
guida, oriente-os a ler os significados X

OAKVIEW STUDIOS/SHUTTERSTOCK.COM
apresentados. Estimule-os a verbalizar
se já ouviram essa palavra e em que Y
situação. Chame a atenção dos alu-
Z
nos para a pronúncia dessa palavra,
levando-os a observar o fonema que
a letra x representa nessa palavra. Es- 286
timule-os a verbalizar outras palavras
em que a letra x representa esse fo-
nema, como: anexo, boxe, complexo. D2_256-287-F1-port-1100-V4-U8-LA-G23-AVU.indd 286 08/08/2021 00:15 D2_256-2

Aborde o significado da palavra No trabalho com a palavra praga, es- Estimule os alunos a relacionarem a ilus-
mandíbula mostrando imagens da timule-os a formular frases orais em que tração com os significados do verbete.
localização desse osso da face huma- essa palavra é empregada com um dos
na, ressaltando que se trata do único significados apresentados. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR
osso móvel da face. Forneça também No site da Agência Nacional de Saúde
imagens de mandíbulas de animais. Realize a atividade proposta primeiro oral-
Suplementar (ANS), há informações sobre o
Aproveite para exercitar a pronúncia mente, levantando com a turma as atitudes
Combate ao mosquito Aedes aegypti.
adequada dessa palavra, chamando a que podem ser tomadas para combater a Se achar conveniente, consulte-as com a
atenção para o acento gráfico e para praga da dengue. Relembre que produziram turma. Disponível em: https://www.ans.
a sílaba tônica da palavra. um artigo sobre o mosquito transmissor da gov.br/prevencao-e-combate/combate
Na atividade proposta, abra espaço dengue e que criaram uma mascote para ser -ao-mosquito-aedes-aegypti. Acesso em:
para que verbalizem como imaginam o símbolo da luta contra a dengue. 19 jul. 2021.
ser um animal com uma mandíbula Ao abordar a palavra proliferar, aprovei-
poderosa, justificando. te para exercitar sua pronúncia adequada.
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praga (pra.ga) s.f. CONCLUSÃO
1. Algo que causa um grande mal, que é muito prejudicial: A dengue é uma praga
A DA UNIDADE
que se espalha no verão. B
2. Grande quantidade de insetos que atacam plantas ou outros animais: A praga de No processo de avaliação forma-
gafanhotos destruiu a plantação de milho. C
tiva e monitoramento da aprendiza-
⊲ Escreva duas atitudes que devemos tomar para combater a praga D gem, é fundamental retomar os prin-
da dengue. Resposta pessoal. cipais objetivos pedagógicos trabalha-
E dos ao longo da unidade. As atividades
F propostas na seção Vamos recordar?
Avaliar e avançar são sugestões para
G uma avaliação formal desses objetivos.
H No entanto, essas sugestões não
são a única ferramenta a ser utilizada
I
para monitorar a aprendizagem dos
J alunos. É fundamental que você use
também seus registros de avaliação
K informal para coletar dados como: ní-
L vel de interesse dos alunos, ritmo de

FELIPEFEAK/SHUTTERSTOCK.COM, EDITORIA DE ARTE


introdução dos conteúdos, adequa-
M ção dos exemplos usados para expli-
N car conceitos, grau de compreensão
de um aluno individual e da turma
O como um todo, entre outros. Você
P pode ainda se valer da autoavaliação
oral, pedindo aos alunos que comen-
Q tem o que aprenderam, em que pon-
proliferar (pro.li.fe.rar) v. tos sentiram mais dificuldade, por que
1. Ter filhos; reproduzir-se, prolificar: R
sentiram mais dificuldade em determi-
A gatinha proliferou recentemente. S nado conteúdo e mais facilidade em
Que prole grande!
2. Multiplicar-se rapidamente; propagar- outro etc.
T
-se, espalhar-se: O mosquito da dengue Assim, será possível reunir dados
prolifera em água parada. U para a sua tomada de decisão quanto
V às adequações necessárias para o pro-
gresso dos alunos ou para a remedia-
W ção de eventuais defasagens.
X
Y
ILUSTRA CARTOON

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INTRODUÇÃO O QUE APRENDI
À UNIDADE AVALIAÇÃO FINAL

Esta seção apresenta uma avalia- neste ano?


ção de resultados sobre as aprendi-
zagens dos alunos. Para que o cansa-
1 A fábula a seguir foi escrita, de propósito, sem alguns sinais de
ço não seja um fator que prejudique
pontuação. Complete-a com os seguintes sinais:
o resultado, é interessante que não
realize as atividades propostas nessa ! . ? : — ,
avaliação em apenas um dia. Duran-
te todo o ano letivo, as avaliações de
processos propostas, seus registros, O galo e a raposa
relatórios, suas pautas e outros pro-
dutos elaborados por você também O galo e as galinhas viram que lá longe vinha uma raposa . Empolei-
devem ser considerados como instru-
raram-se na árvore mais próxima , para escapar da inimiga .
mento para avaliação final. Sugere-se,
além disso, o compartilhamento dos Com sua esperteza , a raposa chegou perto da árvore e se dirigiu
resultados obtidos com o professor do
próximo ano para que sirva como um a eles :
dos subsídios para o planejamento
dele. — Ora , meus amigos , podem descer daí . Não sabem

que foi decretada a paz entre os animais ? Desçam e vamos festejar


⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
• Retomar o uso de sinais de pon- esse dia tão feliz !
tuação (vírgula, ponto final, ponto
Mas o galo , que também não era tolo , respondeu :
de interrogação, ponto de exclama-
ção, dois-pontos e travessão). — Que boas notícias ! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães
• Retomar a regra ortográfica refe-
rente à escrita de palavras termina- que estão chegando . Decerto eles também vão querer festejar .
das em -izar e -isar.
A raposa mais que depressa foi saindo :
• Retomar o conceito e o reconhe-
cimento de palavras primitivas e de- — Olha , é melhor que eu vá
rivadas.
• Retomar o conceito e uso de verbo. andando . Os cães podem não saber da
• Retomar o conceito de substantivo.
novidade e querer me atacar .
• Retomar o conceito e uso de
adjetivo.
O galo e a raposa. Em: Ana Rosa Abreu e
• Retomar o uso de verbos termi­ outros. Alfabetização: livro do aluno. Brasília:

BEATRIZ MAYUMI
nados em u, relacionando-os ao tem­ Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2. p. 104.

po e à pessoa que se referem.


• Retomar o uso de verbos termina-
dos em -ram e -rão, relacionando-os 288
ao tempo e à pessoa que se referem.
• Retomar o conceito e o uso de
pronomes. D2_288-291-F1-port-1100-V4-OQA-LA-G23-AVU.indd 288 07/08/2021 15:13 D2_288-2

⊲ PRÉ-REQUISITOS
• Conhecer os sinais de pontuação
e seus usos.
• Conhecer as classes das palavras.
• Conhecer concordância verbal e
nominal.

288

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2
ROTEIRO DE AULA
Leia o bilhete de uma professora para a coordenadora da escola.

⊲ O QUE APRENDI NESTE


Marlene, ANO?
Vou analisar os trabalhos de Ciências até o dia 16. AVALIAÇÃO FINAL
P retendo finalizar a avaliação e lançar as notas em, 1. Solicite a leitura silenciosa dos alu-
no máximo, uma semana. nos. Depois, faça a sua leitura oral com
a entonação adequada. Certifique-se
Estou feliz, pois a turma evoluiu muito e teremos o que de que reconhecem e nomeiam todos
comemorar. os sinais de pontuação destacados,
bem como se compreendem a função
Abraço,

TAMA2U/SHUTTERSTOCK.COM
de cada um. Na correção, é possível
Amanda que haja divergências quanto ao uso
do ponto final e do ponto de excla-
mação, aceite as respostas, desde que
a) As palavras destacadas no bilhete são: coerentes e justificadas.
Após realizarem a pontuação da fá-
substantivos. adjetivos. X verbos. bula, promova momentos para avaliar
individualmente a fluência em leitura
b) Escreva as palavras de origem de: oral dos alunos. Utilize instrumentos
como gravadores para analisar a pro-
analisar: análise
sódia, a velocidade (de, aproximada-
final
mente, 100 palavras por minuto) e a
finalizar: precisão de 95%. Na página XVII des-
3
te Manual do Professor, são apresen-
Complete o quadro, escrevendo as palavras primitivas ou derivadas.
tadas sugestões sobre como avaliar a
fluência em leitura oral da turma.
Primitivas Derivadas
2. Aproveite a oportunidade para
retomar oralmente os aspectos com-
aviso avisar, avisado
posicionais do gênero textual bilhete,
bem como sua função social.
cicatriz cicatrizar, cicatrização
2. a) O objetivo da atividade é verifi-
alfabeto alfabetizar, alfabetização car se os alunos distinguem as classes
gramaticais. Na correção, peça que
pesquisa pesquisar, pesquisado verbalizem a função de cada classe e
deem exemplos de palavras de cada
liso alisar, alisamento uma em contextos.
2. b) O objetivo da atividade é avaliar
fértil fertilizar, fertilização
a compreensão dos alunos em relação
à regra relativa à derivação de palavras
terminadas com os sufixos -isar e -izar.
289
3. Avalie as estratégias usadas pelos
alunos. Depois, promova a leitura oral
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das duplas de palavras a fim de ava-
liar, mais uma vez, a progressão da
As habilidades e os componentes a se- paração de vocativo e de aposto. fluência em leitura oral da turma.
guir serão trabalhados nesta seção. (EF04LP06) Identificar em textos e usar
na produção textual a concordância entre
⊲ BNCC substantivo ou pronome pessoal e verbo (EF04LP08) Reconhecer e grafar, cor-
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosa- (concordância verbal). retamente, palavras derivadas com os
mente e, em seguida, em voz alta, com sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
(EF04LP07) Identificar em textos e usar na
autonomia e fluência, textos curtos com (regulares morfológicas).
produção textual a concordância entre ar-
nível de textualidade adequado. tigo, substantivo e adjetivo (concordância
(EF04LP05) Identificar a função na leitura e no grupo nominal). ⊲ PNA
usar, adequadamente, na escrita ponto fi- (EF35LP14) Identificar em textos e usar na Fluência em leitura oral
nal, de interrogação, de exclamação, dois- produção textual pronomes pessoais, pos- Desenvolvimento de vocabulário
-pontos e travessão em diálogos (discurso sessivos e demonstrativos, como recurso Compreensão de textos
direto), vírgula em enumerações e em se- coesivo anafórico. Produção de escrita
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ROTEIRO DE AULA 4 Complete o conto com as palavras do quadro a seguir, de forma que
elas combinem com a história.
⊲ O QUE APRENDI NESTE
ANO? aparecer • nascer • ficar • passar • chamar • atirar • voar

AVALIAÇÃO FINAL
4. A atividade dará oportunidade de O patinho feio
avaliar a compreensão dos alunos em
Foi num lindo dia de sol que
relação às terminações -ram e -rão
em verbos na 3ª pessoa do plural. nasceram os filhotes da
Devido à semelhança sonora que há

GRAPHICSRF.COM/SHUTTERSTOCK.COM
entre essas formas verbais, é comum pata. Um deles era bem diferente dos
ocorrerem equívocos quanto à utili- demais e logo o chamaram
zação dessas terminações. Ressalta-
-se que a leitura é fundamental na de patinho feio.
construção dessa percepção. Solicite O patinho feio ficou tão triste que resolveu ir embora, sozinho.
aos alunos que leiam os verbos des-
Logo encontrou um grupo de marrecos, mas os caçadores
tacados no quadro e verifique se com-
preendem que a forma com que são atiraram nas aves. O patinho se salvou por pouco e
apresentados não remete a nenhum
tempo verbal. Peça, então, que leiam partiu novamente.
o conto e completem os espaços com Mais tarde, o patinho tentou se juntar aos cisnes que
os verbos de forma que combinem
com o tempo verbal e a pessoa do dis- passaram voando. Mas eles voavam
curso com que são narrados os fatos. muito alto e não foi possível alcançá-los.
Na correção, avalie a compreensão
Então resolveu morar sozinho no lago. Pobrezinho!
leitora da turma e solicite que verba-
lizem os elementos que observaram Depois de um longo inverno, os cisnes apareceram .
para definir em que tempo verbal e
que pessoa do discurso deveriam em- O patinho feio abaixou a cabeça. Estava realmente envergonhado. Foi
pregar os verbos destacados. quando viu sua imagem na água e se achou muito parecido com
5. Mais uma vez, o objetivo é avaliar os cisnes.
a compreensão dos alunos sobre ver- ficaram
E no lago todos juntos, nadando felizes
bos. Desta vez, observe se compre-
endem que verbos terminados em de um lado para o outro. Se o patinho era ou não feio, ninguém nun-
u também indicam tempo passado, ca mais falou sobre isso.
assim como verbos terminados em
-ram, porém referem-se à 3a pessoa Hans Christian Andersen. Patinho feio. Recontado por Sávia Dumont. Disponível em:
https://brisaseducativas.wordpress.com/2021/02/01/contos-classicos/. Acesso em: 27 jul. 2021.
do singular.
6. Solicite que leiam o texto silenciosa-
mente. Proponha questões para verifi-
car a compreensão da leitura realizada. 290
Verifique se entenderam que o texto é
narrado em 1a pessoa e que o narra- D2_288-291-F1-port-1100-V4-OQA-LA-G23-AVU.indd 290 07/08/2021 15:13 D2_288-2
dor é o próprio “pinheiro-do-paraná”.
Pergunte: a quem se refere a palavra eles é utilizado duas vezes para se referir
minhas? Mesmo que ainda não te- ao substantivo pinhões. Será interessante
nham estudado explicitamente prono- que leia o texto em voz alta, substituindo
mes possessivos, é importante avaliar a os pronomes (eles e ela) pelos substanti-
compreensão leitora da turma. vos a que se referem, de modo a levá-los
6. a) Peça aos alunos que releiam o a perceber a função coesiva e anafórica
texto e circulem as palavras pinhões dessa classe de palavras.
e gralha-azul. Peça que identifiquem 6. b) Mais uma vez, solicite que releiam o
e escrevam os pronomes utilizados texto e localizem o trecho que dá caracte-
para retomar e se referir a esses subs- rísticas às folhas da araucária. Essa é uma
tantivos. Na correção, verifique se os oportunidade de observar se compreen-
alunos perceberam que o pronome dem a função dos adjetivos.

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a) As palavras que você escreveu são: CONCLUSÃO
DA UNIDADE
substantivos. adjetivos. X verbos.
Neste momento, é importante reu-
b) Essas palavras passam a ideia de: nir todos os registros e dados coleta-
dos em avaliações ao longo do ano. É
tempo presente. X tempo passado. tempo futuro. importante analisar não só os resulta-
dos individuais, mas também o rendi-
5 Releia o conto, observando as palavras em destaque. Depois, marque mento apresentado pela turma como
um X nos quadrinhos das alternativas adequadas. um todo, pois, caso toda a turma ou
• As palavras em destaque foram escritas com u final porque: a maioria não tenha compreendido
X são verbos no passado. determinado conteúdo, sugere-se
não levar em conta essa habilidade
são verbos que se referem a substantivos ou pronomes no no momento de avaliação individual,
X
singular. uma vez que ficou constatado que a
são substantivos. aprendizagem sobre tal conteúdo não
ocorreu. Outro aspecto que se deve
são verbos no futuro. ressaltar é que na avaliação final é
preciso analisar, ainda, outros instru-
6 Leia as informações sobre o pinheiro-do-paraná. mentos além dos formais.
Também é fundamental que insti-
Sou o pinheiro-do-paraná, ou arau- gue os alunos a verbalizar as apren-
cária. Minhas folhas são duras e pontia- dizagens adquiridas ao longo do ano.
gudas. Minhas sementes são os pinhões. Com sua ajuda, os alunos serão leva-
Eles são enterrados pela gralha-azul, dos a analisar, na realização das ati-
que tem a esperança de encontrar as
vidades, que condições e estratégias
sementes para comer mais tarde. Quan-
facilitaram esse ou aquele resultado,

LISANDRO LUIS TRARBACH/SHUTTERSTOCK.COM


do ela não encontra os pinhões – o que
é muito comum –, eles germinam e nas-
satisfatório ou não. Reúna esses da-
ce uma nova árvore! dos em um relatório de modo a docu-
mentar a trajetória de cada aluno e de
Luiz Caldeira Brant e Suzana Facchini Granato. toda a turma.
Quem sou eu?: adivinhas sobre plantas. São Paulo:
Biruta, 2011. Não paginado.

a) Escreva os pronomes usados para se referir aos substantivos a seguir.

pinhões: eles

gralha-azul: ela

b) Que adjetivos foram usados para caracterizar as folhas da araucária?


Duras e pontiagudas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
bobices. São Paulo: Scipione, 1997. Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018.
Ao apresentar práticas pedagógicas relacionadas à lite- Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.
ratura infantil, a autora aborda temáticas que destacam a br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
importância de histórias, poesias e contos para os alunos. Acesso em: 4 jun. 2021.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e Documento normativo que objetiva garantir o desenvol-
interação. São Paulo: Parábola, 2003. vimento e o direito à aprendizagem. Para isso, orienta defi-
Nessa obra, a autora apresenta os principais equívocos nições curriculares, a partir da progressão de aprendizagens
no estudo da Língua Portuguesa ligados à escrita, à leitu- desenvolvidas na Educação Básica.
ra e à gramática. Além disso, traz sugestões de atividades BRASIL. Ministério da Educação. Com direito à palavra:
acompanhadas de orientações sobre como desenvolvê-las dicionários em sala de aula. Brasília: SEB, 2012. Disponível:
em sala de aula. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola &view=download&alias=12059-dicionario-em-sala-de
possível. São Paulo: Parábola, 2009. -aula-pnld-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 4 jun. 2021.
Nessa obra, a autora ressalta a importância de os profes- A obra é destinada a professores e fornece informações
sores estarem conscientes das funções e dos diversos usos da sobre dicionários, suas características e usos com o objetivo
língua, bem como de ampliarem seus conhecimentos sobre de otimizar o trabalho em sala de aula.
questões textuais e sobre como articular ensino e avaliação.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e Alfabetização (PNA). Brasília: Sealf, 2019. Disponível
coerência. São Paulo: Parábola, 2005.
em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/
Nessa obra, a autora propõe fixar algumas noções bá-
caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 4 jun. 2021.
sicas sobre coesão e sua relação com a coerência textual.
A Política Nacional de Alfabetização se baseia em seis
ANTUNES, Irandé. Textualidade: noções básicas e componentes para a alfabetização: consciência fonêmica,
implicações pedagógicas. São Paulo: Parábola, 2017. instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desen-
Essa obra se destina especialmente a professores e alu- volvimento de vocabulário, compreensão de textos e pro-
nos dos cursos de Letras e de Pedagogia, com o objetivo de dução escrita.
ampliar a formação linguística desse público e dos demais
interessados na área, além de discutir questões ligadas à BRASIL. Ministério da Educação. Relatório Nacional
textualidade e ao ensino da Língua Portuguesa. de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe).
Brasília: Sealf, 2020. Disponível em: https://www.gov.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pe-
br/mec/pt-br/media/acesso_informacacao/pdf/RENABE_
dagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.
web.pdf. Acesso em: 4 jun. 2021.
O autor apresenta, de forma didática, as bases neces-
sárias para que professores e demais educadores possam Trata-se de um relatório que consolida experiências exi-
abordar conceitos como variação, mudança, norma-padrão tosas de alfabetização desenvolvidas em diversos países e
e norma culta, estigma e prestígio, entre outros. Também sintetiza pesquisas sobre alfabetização, literacia e numera-
propõe atividades práticas para abordar a variação linguísti- cia, com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade
ca em sala de aula. das políticas públicas e práticas de ensino no Brasil.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São
Paulo: Martins Fontes, 2011. Paulo: Scipione, 2006.
Nesse livro, é apresentada uma coletânea de textos in- Essa obra faz parte de uma coleção que reúne contribui-
dispensáveis de Bakhtin. ções teóricas e práticas fundamentais para todo educador.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. São Paulo: Nesse volume, o autor apresenta a importância dos conheci-
Editora 34, 2016. mentos linguísticos para a interpretação e a busca de soluções
Nesse livro, são apresentados dois ensaios de Bakhtin para questões ligadas à fala, à escrita e à leitura das crianças.
fundamentais para a compreensão de sua abordagem com CARVALHO, Orlene Lúcia de Sabóia; BAGNO, Marcos
relação ao texto e à linguagem. (org.). Dicionários escolares: políticas, formas e usos.
BEVILACQUA, Cleci Regina; HUMBLÉ, Philippe René; São Paulo: Parábola, 2011.
XATARA, Claudia (org.). Dicionários na teoria e na Na obra, são reunidos artigos em que os autores expla-
prática: como e para quem são feitos. São Paulo: nam sobre dicionários escolares sob diversas perspectivas,
Parábola, 2011. defendendo a elaboração de obras que atendam cada vez
Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas mais alunos na fase inicial de aquisição e consolidação da
que participam da produção de dicionários. leitura e da escrita.

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CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da Nessa obra, são apresentadas informações sobre o ato de
Língua Portuguesa. 48. ed. rev. São Paulo: Companhia avaliar a aprendizagem do educando, visando contribuir para
Editora Nacional, 2008. uma prática educativa mais adequada.
Nessa obra, são esclarecidos os principais aspectos da MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise
gramática normativa da Língua Portuguesa e apresenta- de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
dos exercícios e provas oficiais para fixação de conteúdos Nesse livro, o professor Luiz Antônio Marcuschi discorre
gramaticais. sobre noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido,
CUNHA, Celso. Nova gramática do português contem- partindo da perspectiva da visão sociointeracionista da língua.
porâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. MORAIS, José. Criar leitores: para professores e
Trata-se de uma das gramáticas mais conceituadas da educadores. Barueri: Minha Editora, 2013.
Língua Portuguesa. É de fácil consulta, bem organizada e Nessa obra, o autor visa orientar pais, professores,
informa de maneira rápida e objetiva. educadores e outros profissionais a compreenderem o que
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; acontece no cérebro quando a criança aprende a ler. Além
MARUXO JÚNIOR, José Hamilton. Gramática nova. São disso, explora as origens das dificuldades que podem surgir
Paulo: Ática, 2014. nessa fase e sugere estratégias para superá-las.
Trata-se de uma obra que utiliza notícias de jornal e de re- NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática
vistas, histórias em quadrinhos, anúncios publicitários, letras de estudar na escola? Norma e uso da Língua Portuguesa.
música, entre outros, para contextualizar aspectos gramaticais. São Paulo: Contexto, 2017.
GENS, Rosa. Mistério e terror. In: GREGORIN FILHO, Nesse livro, a autora defende o tratamento escolar de modo
José Nicolau. Literatura infantil em gêneros. São Paulo: mais científico no que concerne às atividades de linguagem,
Mundo Mirim, 2012. especificamente as ligadas à gramática de língua materna.
Na obra, são reunidos especialistas em literatura infan- NUNES, Terezinha; BRYANT, Peter. Leitura e ortografia:
til que exploram gêneros literários para ser trabalhados em além dos primeiros passos. Tradução: Vivian Nickel.
sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2014.
GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de Na obra, são discutidas diferentes visões sobre a conexão
aula. São Paulo: Ática, 1999. entre linguagem oral e linguagem escrita e exploradas as impli-
Nessa obra, o professor da Unicamp organizou uma cações dessa abordagem no processo de ensino-aprendizagem.
coletânea de textos escritos por autores renomados PRIETO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa. Inclusão
da área. Esses textos apresentam uma análise de diver- escolar. São Paulo: Summus, 2010.
sos aspectos pedagógicos e sociais do ensino da Língua Nesse livro, as autoras abordam a inclusão escolar por
Portuguesa. meio de um diálogo em que discorrem sobre pontos polê-
GIACOMOZZI, Gilio et al. Dicionário de gramática. São micos e controversos a respeito do tema.
Paulo: FTD, 2004. SCHEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e
Dicionário gramatical em que é apresentada a norma-pa- escritos na escola. Tradução: Roxane Rojo e Glaís Sales
drão, com variantes adequadas a situações sociolinguísticas. Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
KAUFMAN, Ana María et al. Leer y escribir: el día a día Nessa obra, são apresentados artigos sobre o ensino
en las aulas. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2012. escolar de gêneros escritos e orais, bem como encaminha-
Nessa obra, são fornecidas ferramentas propositivas para mentos para a prática do ensino.
o desenvolvimento da prática docente voltada à alfabetiza- SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia
ção pautada na leitura e na escrita de textos. Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Nessa obra, a autora destaca diversos aspectos do com-
escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: plexo processo de aprendizagem da leitura.
Contexto, 2012. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma
As autoras da obra visam estabelecer uma ponte entre proposta para o ensino de gramática. São Paulo:
teorias sobre o texto escrito e práticas de ensino com exem- Cortez, 2006.
plos práticos de diversos meios de comunicação. Nessa obra, o autor discorre sobre a gramática como
LEAL, Telma Ferraz; GOIS, Siane (org.). A oralidade na conteúdo indispensável para a produção e a compreensão
escola: a investigação do trabalho docente como foco textual. Além disso, deixa clara a importância de abordar a
de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. gramática em sala de aula sob a perspectiva da interação
Essa obra reúne artigos que propõem a discussão teóri- comunicativa e do funcionamento textual-discursivo.
ca sobre a oralidade na escola, e são apresentadas estraté- WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a
gias didático-pedagógicas para o desenvolvimento da com- aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999.
petência discursiva dos alunos. Nesse livro, são abordados aspectos essenciais do pro-
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o cesso de ensino-aprendizagem, por meio de reflexões acerca
possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. dos percursos dos alunos para compreender os conteúdos.
A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.
panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, Porto Alegre: Artmed, 1998.
trazendo parâmetros para a transposição didática. Nessa obra, o autor propõe a análise da prática educati-
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: va, buscando uma prática reflexiva e coerente, bem como a
componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2015. constante avaliação do trabalho pelo profissional.

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SUGESTÕES DE LEITURA
PARA O PROFESSOR
BAGNO, Marcos. Língua, linguagem, linguística: pondo os pingos nos ii. São Paulo: Parábola, 2014.
O autor da obra responde, com linguagem simples e objetiva, a três perguntas comuns que surgem no
início dos estudos sobre a língua: O que é língua? O que é linguagem? O que é linguística?
CASTILHO, Ataliba T. de. Pequena gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2015.
Nessa obra, o autor fornece subsídios para a reflexão sobre a língua como entidade dinâmica e plural
e apresenta a história da Língua Portuguesa, estabelecendo uma relação entre aspectos sociais e mudança
linguística.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
Obra fundamental para educadores que trabalham com gêneros textuais, apresenta definições teóricas
e exemplificativas sobre os diversos gêneros discursivos e textuais.
ELIAS, Vanda Maria (org.). Ensino de Língua Portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo:
Contexto, 2014.
Trata-se de uma coletânea de estudos que discorre sobre três temas fundamentais do ensino da Língua
Portuguesa: oralidade, escrita e leitura. Com base nesses temas, os autores discutem práticas e estudos no
âmbito escolar.
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998.
A obra destina-se não apenas a professores de Língua Portuguesa, mas também a todos os envolvidos
no processo de ensino-aprendizagem, pois esclarece questões sobre o ensino da leitura e as estratégias uti-
lizadas por leitores, possibilitando que professores de outras disciplinas colaborem para o desenvolvimento
da leitura e da compreensão.
McGUINNESS, Diane. O ensino da leitura: o que a ciência nos diz sobre como ensinar a ler.
Tradução: Luzia Araújo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
A partir de uma análise das conclusões do National Reading Panel, a autora apresenta reflexões apro-
fundadas sobre métodos bem-sucedidos no ensino da leitura.
WEG, Rosana Morais; JESUS, Virgínia Antunes de. A língua como instrumento. São Paulo:
Contexto, 2011. (Coleção Português na prática, v. 1).
Na obra, são apresentados tópicos sobre a Língua Portuguesa que costumam causar dúvidas, como
verbos, pronomes e questões ortográficas.

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REFLETIR E AVALIAR
FICHAS DE AVALIAÇÃO

Palavras e mais
unidade 1 palavras
Data:

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Meu aprendizado
Não Um Sim
pouco
Escrevi uma palavra iniciada com a letra que
o professor sorteou para mim?
Criei um significado interessante e diferente
do dicionário convencional?
O significado que criei combina com a palavra?
Ilustrei o verbete de acordo com o significado
que criei?
Participei da montagem e da edição do livro da turma?

unidade 2 Em cartaz!
Data:

CASTLESKI/SHUTTERSTOCK.COM
Meu aprendizado

Resumi a história do livro na indicação que criei?

Coloquei opiniões positivas na indicação do livro?

Usei adjetivos para caracterizar o livro, a história,


as ilustrações e os personagens?
A indicação literária que escrevi leva o leitor a ter
vontade de ler o livro?

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WWW.USBORNE.COM.BR COPYRIGHT
© 2014 USBORNE PUBLISHING LTD’.
Histórias que
unidade 3 divertem
Data:

LA GORDA/SHUTTERSTOCK.COM
Meu aprendizado
Um Mais ou Muito
pouco menos
Criei personagens que combinam com a HQ?
Criei falas nos balões que ajudam a contar
a história?
Usei onomatopeias para representar sons e ruídos?

Escolhi um título atraente, que combina com


a HQ?

unidade 4 Aconteceu,
virou notícia Data:

DMYTRO ONOPKO/SHUTTERSTOCK.COM
Meu aprendizado
Não Um Sim
pouco

Colaborei de forma positiva na decisão de qual


seria a notícia trabalhada?

Com meu colega, ordenei os fatos da notícia


de forma a prender a atenção do leitor?

Escrevi, com meu colega, a notícia de forma


impessoal?

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Poemas para ler,
unidade 5 ouvir e ver
Data:

LA GORDA/SHUTTERSTOCK.COM
Meu aprendizado
Um Mais ou Muito
pouco menos

Usei palavras que lembram características,


sensações e ações relacionadas à imagem?

O rascunho que fiz contribuiu para o sucesso


da produção?
Ocupei o espaço da página de forma a passar
a emoção desejada?

Criei um poema em que imagem e texto se


complementam?

Experiências
unidade 6 na cozinha
Data:

CASTLESKI/SHUTTERSTOCK.COM
Meu aprendizado

Assistir ao vídeo com as instruções da receita ajudou


o trio na produção do texto escrito?
Listamos todos os ingredientes da receita e
adicionamos um ingrediente novo?
Dividimos a receita de maneira adequada, para facilitar
a identificação dos ingredientes e do passo a passo?
Usamos palavras que indicam ações a serem
realizadas?
Todos participaram e contribuíram para a montagem
e a edição do livro da turma?

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Entre contos
unidade 7 e paródias
Data:

Pinte os quadrinhos conforme a legenda.


Um pouco Mais ou menos Bastante

Eu e meu colega narramos o final do conto em


primeira pessoa (eu)?
Os fatos que narramos deram sequência ao
início do conto?
Usamos palavras para marcar a passagem do
tempo na história?
Criamos um final que surpreende o leitor?
Fizemos ilustrações que tornam a história ainda
mais interessante?

Informações
unidade 8 animais!
Data:

Pinte os quadrinhos conforme a legenda.


Um pouco Mais ou menos Bastante

Eu e meu colega soubemos usar os sumários


de livros para localizar informações?
Eu contribuí com a seleção de informações
para a produção do verbete de enciclopédia?
Escrevemos o verbete de forma clara, para o
leitor compreender?
Usamos pontuação adequada para organizar
as informações?

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MATERIAL COMPLEMENTAR
unidade 3 Produção de escrita Páginas 122 e 123

Neste espaço os alunos devem escrever o título da HQ.

‘ILLUSTRATIONS REPRODUCED FROM WRITE AND DRAW YOUR OWN COMICS, BY PERMISSION OF USBORNE PUBLISHING LTD., 83-85 SAFFRON HILL,
LONDON EC1N 8RT, UK. WWW.USBORNE.COM.BR COPYRIGHT © 2014 USBORNE PUBLISHING LTD’.

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Neste espaço os alunos devem assinar o nome.

‘ILLUSTRATIONS REPRODUCED FROM WRITE AND DRAW YOUR OWN COMICS, BY PERMISSION OF USBORNE PUBLISHING LTD., 83-85 SAFFRON HILL, LONDON EC1N 8RT, UK. WWW.USBORNE.COM.BR COPYRIGHT © 2014 USBORNE PUBLISHING LTD’.

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unidade 7 Produção de escrita Página 249

Chapeuzinho Vermelho: fatos


Daqui das profundezas da floresta, fala-lhes o lobo. Com muita rai-
va, é claro, porque, sempre que vou dar uma lição nos personagens,
sou impedido por uma casa de tijolos ou por um caçador. Todas essas
situações não me causam orgulho, mas a que mais me envergonha foi
quando tentei enganar aquela menina egoísta e impiedosa chamada
Chapeuzinho Vermelho.
Bem, como as aulas de ioga e meditação têm conseguido me deixar
mais calmo e conformado, agora consigo contar como tudo aconteceu.
Em um belo dia de sol e calor intenso, eu estava caminhando tran-
quilamente no bosque procurando comida. De repente, avistei uma
garotinha vestida de roupa de inverno vermelha cantarolando uma
cantiga que, além de ter uma melodia insuportável, ainda citava meu
nome, me chamando de Lobo Mau, veja só!
Mau? O que eu tinha feito àquela criatura para ela estar fazendo
juízo errado de mim? Nunca a tinha visto na vida!
Perguntei como se chamava e ela me respondeu:
— Chapeuzinho Vermelho — com aquela voz que mais parecia
um miado.
A garota, nada tímida, foi logo contando que estava com a cesta
cheia de comidinhas gostosas que a mãe tinha preparado para ela
levar para a avó.
Nesse blá-blá-blá, a menina me deu o endereço da vovozinha e
tudo. Quanta ingenuidade!
Mesmo ouvindo os roncos que vinham da minha barriga, aquela de-
salmada foi incapaz de me oferecer uma fatia de bolo, um copo de suco...
Nesse momento, tive a certeza de que não ia
mesmo me contentar com salgadinhos e doci-
nhos: entraria na casa da avó e devoraria tudo
que ela tivesse de comida.
Convenci Bobinha, digo, Chapeuzinho Verme-
lho, a pegar o caminho mais longo. Assim conse-
gui chegar mais rápido do que ela ao destino.
Corri como vento forte até a casa da velha se-
nhora, bati na porta e tratei de imitar a voz fini-
LUIZ PEREZ LENTINI

nha da menina. Não tive dificuldade em entrar.


Foi então que...
João Rodrigues. Chapeuzinho Vermelho: fatos. Elaborado especialmente para esta obra.

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4 MANUAL DO
PROFESSOR

Ensino Fundamental - Anos Iniciais


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Área: Lín

LÍNGUA PORTUGUESA
Componente: Língua Portuguesa
Área: Língua Portuguesa

ISBN 978-65-5742-606-7

9 786557 426067

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