Talvez nenhum outro tema seja tão presente na literatura brasileira quanto a

violência. Tantas vezes retratada das mais diversas formas e visto das mais diferente
perspectivas, ela sempre volta a aparecer nos principais livros, pois nunca parece estar
esgotado os caminhos que levam até ela e nem parece haver um modo de capturá-la
inteiramente de uma vez só. Todas as suas causas, as suas consequências, os modos
como afeta a vida de quem sofre e de quem tenta não sofrer com ela, são assuntos
debatidos largamente nos espaços políticos de nosso país todos os dias. Nos telejornais,
nos programas policiais, nas reportagens investigativas, e em outros tantos lugares da
mídia ela está presente.
Isso tudo não é por acaso, a violência é uma realidade que todo brasileiro vive
ou tenta viver, como bem afirmou Schøllhammer, um dos principais críticos brasileiros
que tratam da temática. Nossos índices de homicídio sempre estão entre os mais altos do
mundo, nossos números de desigualdade vão no mesmo caminho e