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20 CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Endereço(1): Av. Minas Gerais, 177 - Bairro dos Estados - João Pessoa - PB - CEP: 58030-
090 - Brasil - Tel.: (083) 244-4020 Ramal 238 - e-mail: emlur2@equipenet.com.br
RESUMO
A problemática decorrente dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) produzidos nas grandes
cidades abrange vários aspectos, desde sua origem, produção, coleta, tratamento e/ou
destino final, assim como sua própria inesgotabilidade e os conseqüentes danos ao meio
ambiente, principalmente água, ar e solo, sem mencionar ainda a questão social que
envolve as camadas da população que vivem nos “Lixões” e seus arredores.
O município produz cerca de 18.900 t/mês, sendo 13.400 t/mês de resíduos sólidos
domiciliar (EMLUR, 1997).
Este trabalho teve como objetivo, estudar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos
domiciliares da cidade de João Pessoa, contribuindo desta forma para o processo de
otimização do uso de serviços, pessoal, tempo, acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento e/ou disposição final.
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INTRODUÇÃO
A NBR 10.004 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - define como lixo
os resíduos nos estados sólidos e semi sólidos os que resultam da atividade da
comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição. Considera-se, também, resíduo sólido os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle da
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornam inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam, para isso, soluções
técnicas e economicamente inviáveis, em face a melhor tecnologia disponível.
Nos últimos anos os resíduos sólidos (lixo) vêm tornando-se um problema grave sob o
ponto de vista sanitário, econômico, ambiental e social.
A problemática decorrente dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) produzidos nas grandes
cidades abrange vários aspectos, desde sua origem, produção, coleta, tratamento, destino
final, assim como sua própria inesgotabilidade e os conseqüentes danos ao meio
ambiente. Dentre estes, principalmente o solo, a água e o ar, sem falar ainda em toda
questão social que envolve as camadas da população que vivem nos “Lixões”, e seus
arredores, e deles dependem direta ou indiretamente para sua sobrevivência.
Os resíduos sólidos são basicamente o resultado das diversas atividades do homem que
avança a cada dia no processo técnico-científico, o que tem provocado a multiplicação dos
resíduos decorrentes da industrialização. Ou seja, a relação entre o processo evolutivo da
industrialização e a massa populacional é diretamente proporcional, considerando-se que
essa mesma população passará a ser agente de consumo.
Mediante crescimento populacional constatado particularmente no hemisfério sul,
acompanhado de um processo desequilibrado de industrialização e modernização,
chegamos a conclusão que o volume dos resíduos sólidos deverá ser sempre crescente.
BERRIOS in PESSIN et al. (1991) explica que a excessiva concentração da população nas
aglomerações urbanas não só leva a uma incessante produção de lixo residencial, mas também
implica na emissão de resíduos industriais, que são difíceis de manejar, o mesmo ocorrendo com
os refugos de escritórios, do comércio, os resíduos sólidos de serviço de saúde ( lixo hospitalar),
os resíduos radioativos, os despejos de substâncias químicas perigosas, entre outros.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB (IBGE) revelam que, do
lixo total coletado diariamente no Brasil, 76% são dispostos a céu aberto, 13% são
encaminhados a aterros controlados, 10% são dispostos em aterros sanitários e 1% passam
pelo tratamento - compostagem, reciclagem ou incineração.
Outro agravante, tanto para o Poder Público, como acima de tudo para o meio ambiente, é
que parte dos resíduos sólidos urbanos não são coletados, permanecendo junto às
habitações ou simplesmente descartado em terrenos baldios, canais, encostas, rios, lagos,
mangues ou até mesmo no mar, trazendo sérios prejuízos para o ecossistema.
A implantação de programas alternativos é de extrema importância, não somente pelo fato de se
implantar algo novo, mas principalmente de modificar a natureza de atitudes da população, numa
perspectiva à longo prazo, contribuindo na construção de todo um processo educativo de
preservação do meio ambiente. Mudanças essas que terão como conseqüência educação, limpeza
e saúde que são a base de uma profunda melhoria na qualidade de vida de um povo.
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O município de João Pessoa destaca-se na rede urbana paraibana não somente pela liderança
político-administrativa, mas, sobretudo, pela importância do seu aglomerado urbano que envolve
municípios vizinhos como Cabedelo, Bayeux e Santa Rita, constituindo a chamada Grande João
Pessoa, como sendo o principal centro político, econômico e cultural do Estado.
O município de João Pessoa a capital do Estado da Paraíba está localizado na porção
extrema oriental do continente americano, entre 70 .6’.54” de latitude sul e 340.51’.47” de
longitude oeste.
Limita-se ao norte com o município de Cabedelo através do Rio Jaguaribe, ao sul com o
município do Conde pelo Rio Gramame, ao leste pelo Oceano Atlântico, a oeste com o
município de Bayeux pelo Rio Sanhauá e a sudeste e noroeste com o município de Santa
Rita pelos Rio Mumbaba e Paraíba respectivamente.
O município de João Pessoa possui atualmente cerca de 600 mil habitantes com uma área
de 210,8 Km2, é a terceira cidade mais antiga do Brasil, com 413 anos, possui temperatura
amena, num clima decididamente tropical, média de 26oC.
A História do município de João Pessoa, tem início no século XVI, onde os franceses ocuparam
a região nordestina e conquistaram os Índios Potiguares. Esta aproximação dificultou a
colonização portuguesa, onde, só então no dia 05 de agosto de 1585 o Capitão João Tavares
firmou um acordo com os índios e construiu às margens do Rio Sanhauá a cidade de Filipéia. Em
1634, a região foi invadida e conquistada pelos holandeses e a cidade recebeu novo nome
Frederisk Stadt (Frederica). Em 1654 os invasores foram expulsos pelos portugueses e a cidade
passou-se a chamar de Parayba, passando a capital da província em 1684, perdendo esta posição
em 1753 quando foi incorporada a Pernambuco. Em 1798 o Senado da Câmara mostrou ao
Governador a necessidade de separar a Paraíba de Pernambuco, fato este que se confirmou o
distrito sede em 1813, e, em 1906 foi confirmada a criação da comarca da Paraíba tendo como
capital a Parayba. Com os acontecimentos políticos de 1930, especificamente a morte do chefe
de governo João Pessoa, em sua memória foi aprovada a Lei estadual No 700 de 04 de setembro
de 1930, que mudou o nome do município e da comarca da Paraíba para João Pessoa.
A economia do município de João Pessoa, está amparada no seu comércio, indústria e
turismo, principais canalizadores de seus recursos. É núcleo polarizador exercendo
influência direta, local e sub-regional sobre os municípios vizinhos.
No setor industrial, predominam os estabelecimentos de produtos alimentares, têxteis,
bebidas e cerâmico. Encontram-se registrados no município de João Pessoa, 1024
estabelecimentos industriais (Censo Industrial - 1997).
O Distrito Industrial de João Pessoa, situa-se a 6 Km do centro urbano, às margens da
BR-101, com uma área útil de 280 hectares.
Alguns traços marcam a paisagem de João Pessoa, como o verde das árvores, da qual é
também chamada de Cidade das Acácias, numa densidade que se torna mais marcante nos
Parques Solon de Lucena (Lagoa) cercada por suas palmeiras e Arruda Câmara (Bica)
onde podemos apreciar um jardim botânico e um zoológico, e na reserva ecológica
florestal da Mata do Buraquinho (recentemente transformado em Jardim Botânico), esta
floresta tem um formato parecido com um coração e está encravada no centro geográfico
de João Pessoa. Todo este imenso verde contribui para que a cidade de João Pessoa seja
considerada a 2ª cidade mais verde do mundo, e, a cidade mais verde das Américas.
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
Vários autores (SCHALCH, 1991; GOMES in NÓBREGA, 1994; JARDIM et al., 1995),
recomendam utilizar a seguinte metodologia: inicialmente escolhe-se os bairros de acordo
com a classe social (alta, média e baixa) e o centro comercial. Em seguida, coleta-se a
amostra do bairro escolhido e faz-se o quarteamento resultando no final em uma amostra
de 100 Kg, onde então separa-se o material, para em seguida serem pesados de acordo
com o tipo desejado para a caracterização.
Para o município de João Pessoa, optou-se fazer a caracterização na maior quantidade
possível de bairros de todas as zonas geradoras de resíduos da cidade. A caracterização foi
realizada a partir da separação de todo o material contido no caminhão compactador,
obtendo-se assim uma amostra real do que é coletado na cidade, em seguida pesados de
acordo com os componentes desejados. Esta metodologia foi escolhida em função da
necessidade de se partir de uma amostra mais real, para compará-la com os valores
obtidos através do método do quarteamento realizado em outras cidades, e, da
disponibilidade de tempo e de pessoal oferecidos pela EMLUR.
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Etapas do Processo:
Materiais Utilizados:
Equipe de Trabalho:
Foram feitas repetições (no mínimo duas) para os bairros caracterizados, em épocas
diferentes, preferencialmente nas duas principais estações do ano na região (verão e
inverno).
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CONCLUSÃO
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A EMLUR pretende repetir esta mesma pesquisa daqui a dois anos, ou seja, no ano 2000,
utilizando a mesma metodologia e também a do quarteamento para comparação de resultados.
BALANÇO DE MASSA
100 % LIXO
13.400
ton./mês
Reintegração
Ambiental
53,25 %
7.135,29
ton./mês
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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