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A Morte em Questao - Renold J. Blank
A Morte em Questao - Renold J. Blank
Blank
A morte em questão
Edições Loyola
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SUMÁRIO
Bibliografia
AGRADECIMENTO
DEPOIS DA MORTE:
A VIDA CONTINUA
NÃO HÁ MAIS VIDA
A VIDA CONTINUA
Pergunta: COMO SERÁ ESTA VIDA NOVA?
Uma repetição de vida dentro de parâmetros similares.
Uma vida de penúria dentro de parâmetros negativos.
Uma vida feliz dentro de parâmetros totalmente novos.
3
Nils O. Jacobson, em seu livro Vida sem morte , resume
as possíveis atitudes diante da questão da sobrevivência
além da morte da seguinte maneira:
a) A sobrevivência à morte é logicamente impossível.
b) A sobrevivência à morte é logicamente possível, mas
é impossível prová-la empiricamente.
c) A sobrevivência é lógica e empiricamente possível.
d) A sobrevivência é logicamente possível e
empiricamente plausível.
e) A sobrevivência é logicamente possível e
empiricamente provada.
f) A sobrevivência é logicamente necessária.
A grande indagação
O que há depois desse limite?
A situação depois do limite da reanimação até a morte
real é chamada "na morte"
MORTE REAL
Morte Clínica
Morte fisiológica
Nenhuma célula Viva
Período da Morte Aparente
Período da Morte Aparente
b) Um caso de ressurreição
O segundo exemplo de ressurreição é a do próprio Jesus.
Ainda que a ressurreição de Jesus seja um caso que não se
pode comparar com nenhum outro, tamanha a sua grandeza.
Ressurreição é muito mais que revitalização. Isso por que a
pessoa que passa pela revitalização um dia morrerá, ao
passo que o ressurrecto nunca mais passará pela morte.
Morte Clinica
Início do morrer + 21 Dias
(Limitação de Reanimação)
Limite da Revitalização
+ 8 a 10 Dias
A antropologia de Paulo
O homem na sua capacidade de O homem como
personalidade
União com outros formada
SOMA PSYCHE
Dimensão do "eu" Dimensão do "eu"
Humano em sua totalidade como sede da personalidade
SARX PNEUMA
Dimensão O homem aberto
Biológico-corporal para Deus
O homem na fraqueza de sua Condição humana
O homem na sua capacidade de união com Deus
O ENFOQUE CIENTÍFICO
82
4. Semelhanças físicas e psíquicas
7. Resumo sintético
114
2.5. A antroposofia de Rudolf Steiner
123
1.3. A rejeição oficial de certas teses de Orígenes
b) Gaudium et spes 18
"Pois Deus chamou o homem para que ele, com a sua
natureza inteira, dê sua adesão a Deus na comunhão
perpétua da incorruptível vida divina. Cristo conseguiu essa
vitória por meio de sua morte, libertando o homem da morte
e o ressuscitando para a vida" (n 251).
1.3. A gnose
Jr 31,29
Nesses dias já não se dirá: os pais comeram uvas e os
dentes dos filhos se embotaram.
Ml 3,23
Eis que vou vos enviar o profeta Elias, antes que
chegue o meu dia, grande e terrível.
Mt 11,13-15
Porque todos os profetas, bem como a lei,
profetizaram, até João. E, se quiserdes dar crédito, ele
é o Elias que deve vir.
Mt 16,13-15
Chegando Jesus ao território de Cesareia de Filipe,
perguntou aos discípulos: "Quem os homens dizem ser o
Filho do Homem?" Disseram: "Uns afirmam que é João
Batista, outros que é Elias; outros afirmam que é Jeremias
ou um dos profetas".
O texto refere-se à cena em que Pedro declara
publicamente que Jesus é de fato o Messias. Dentro desse
contexto, o evangelista repete também as várias opiniões
populares sobre Jesus. O povo é de opinião de que Jesus
seria um dos antigos profetas que teria voltado. Além dessa
crença genérica, existiam várias outras opiniões sobre Jesus.
Podemos perceber pelo texto que "a opinião é dividida ('Uns
afirmam que é João Batista; outros que é Elias...'). Conforme
Mt 14,2, existia a opinião (propagada por Herodes) de que
Jesus seria o Batista revivido. Baseada numa tradição
judaico-veterotestamentária, circulava também a suposição
de que Jesus seria o Elias revivido (MI 3,23-24; Sr 48,1-
11)"16. 16. cr. ib., ibid., p. 325.
O evangelista menciona essas opiniões não como
referência à possibilidade de reencarnação, mas para
contrapor as opiniões do povo à declaração de Pedro,
segundo a qual Jesus não é um profeta qualquer, Mas o
verdadeiro Messias. O fato de época de Jesus terem existido
expectativas de que antigos profetas voltariam para anunciar
o Messias não significa que havia entre o povo a crença na
reencarnação. Eram mais expectativas religiosas em torno de
um evento religioso específico, e nada tinham a ver com a
doutrina da reencarnação. O povo simplesmente esperava
que um dos antigos profetas fosse voltar, mas não
questionava corno isso seria possível e tampouco acreditava
na possibilidade de reencarnação. Para o povo, a volta do
profeta se daria mediante um dos milagres efetuados por
Deus para anunciar a vinda do Messias. Javé faria voltar à
vida um profeta já morto, mostrando assim o seu poder e
anunciando que o tempo messiânico teria começado. Essa é
a interpretação correta para as várias referências que
encontramos nos textos bíblicos sobre um profeta redivivo.
Mt 17,10-13
Os discípulos perguntaram-lhe: "Por que razão os
escribas dizem que é preciso que Elias venha primeiro?"
Respondeu-lhes Jesus: "Certamente Elias terá de vir
para restaurar tudo. Eu vos digo, porém, que Elias já
veio, mas não o reconheceram. Ao contrário, fizeram
com ele tudo quanto quiseram..." Então os discípulos
entenderam que se referia a João Batista.
Mt 19,28
Disse-lhe Jesus: "Em verdade vos digo que, quando as
coisas forem renovadas e o filho do Homem se assentar
no seu trono de glória, também vós, que me seguistes,
vos sentareis em doze tronos..."
Mt 27,47-49
Alguns dos que tinham ficado ali" ouvindo-o, disseram:
está chamando Elias!... Deixa, vejamos se Elias vem
salvá-lol
Lc 9,7-8
O tetrarca Herodes, porém, ouviu tudo o que se
passava e ficou muito perplexo por alguns dizerem: "É
João que foi ressuscitado dos mortos"; e outros: "É
Elias que reapareceu"; e outros ainda: "É um dos
antigos profetas que ressuscitou".
Mc 9,11-13
E perguntaram-lhe: "Por que motivo os escribas dizem
que é preciso que Elias venha primeiro?" Ele
respondeu: "EIié3ts, certamente, virá primeiro, para
restaurar tudo. Mas como está escrito a respeito do
Filho do Homem que deverá sofrer muito e ser
desprezado? Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e
fizeram com ele tudo o que fizeram, como dele está
escrito"'.
Jo 1,19-22
Este foi o testemunho de João, quando os judeus
enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para o
interrogarem: "Quem és tu?" Ele confessou e não
negou: "Eu não sou o Cristo". Perguntaram-lhe: "Quem
és, então? És tu Elias?" Disse ele: "Não o sou". "És o
profeta?" "Não", respondeu ele.
Jo 1,29-30
No dia seguinte, ele vê Jesus aproximar-se e diz: Eis o
cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Dele é
que eu disse: "Depois de mim vem um homem que
passou adiante de mim porque existia antes de mim".
Jo 3,3
Jesus respondeu-lhe: "Em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer de novo não pode ver o Reino
de Deus".
Jo 9,1-3
Gl 6,7
Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o
homem semear colherá: quem semear na sua carne, da
carne colherá corrupção, quem semear no espírito, do
espírito colherá a vida eterna.
1Pd 1,3
Bendito seja o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, em sua grande misericórdia, nos gerou de novo
pela ressurreição de Jesus Cristo.
166
1. Declarações sobre o julgamento
171
Na discussão atual predomina o terceiro aspecto. Isso
porque, no decorrer das reflexões escatológicas dos últimos
20 anos, tornou-se cada vez mais frequente interpretar o
julgamento como um ato de autoconhecimento do homem
172
perante Deus e por ele iluminado.
Do ponto de vista histórico, é interessante notar que a
base para tal concepção já se encontra em são Bernardo e
em santo Tomás de Aquino:
Ut quorumdam studia bona manifesta sunt praecedentia
ad judicium, ut illi quidem non expectantes sententia propria
statim pondere criminum in tartara dejiciantur, isti vero e
regione paratas sibi saedes tota libertate spiritus sine ulla
cunctatione conscendante. ("Como os estudos de alguns com
referência ao juízo se manifestaram bons, uns certamente,
sem demora, por sentença própria, pelo peso dos crimes,
imediatamente são lançados ao tártaro; outros porém sobem
de seu lugar com toda liberdade de espírito, sem nenhuma
173
dificuldade, às cadeiras para eles preparadas.").
Sicut in corporibus est gravitas vellevitas, qua feruntur ad
suum locum qui est finis motus ipsorum, ita etiam est in
animabus meritum vel demeritum, quibus perveniunt animae
ad praemium vel ad poenam quae sunt fines actionum
ipsarum. ("Assim como nos corpos há gravidade ou leveza,
com a qual são levados ao local que lhes corresponde,
também as almas chegam ao prêmio ou ao castigo pelo
174
mérito ou pelo demérito.").
175
2. Declarações sobre o Purgatório 10.
Concílio de Lyon
A declaração de 6 de julho de 1274 afirma que haverá
purificação após a morte para todos aqueles que morreram
verdadeiramente penitentes e no amor de Deus (D 464)
(qui... vere paenitentes in Dei decesserint, antequam dignis
176
paenitentiae fructibus de commissis satisfecerint ).
Fica claro também nessas declarações que a Igreja não
entra em detalhes científicos. É evidente que, à luz dos
conhecimentos atuais da tanatologia, o processo denominado
"Purgatório" deve acontecer no decorrer daquilo que a
tanatologia chama de "morte aparente", antes de completar-
se a morte e a ressurreição.
As orações, as missas, os atos de caridade e outros
tantos efetuados dentro dos costumes da Igreja servem para
177
aliviar (ou eliminar) as penas dos mortos (D 464, 693,
983, DS 856-857). Concílio de Florença Confirma-se
basicamente a doutrina formulada no Concílio de Lyon.
Concílio de Trento As declarações de 1563, além de
confirmarem a doutrina já formulada, recomendam aos
pregadores que usem maior cautela e discrição ao descrever
o Purgatório, uma vez que eles não podem saber coisas
certas sobre o assunto, nem tampouco essas descrições
foram reveladas (DS 1820).
Não abordando diretamente a doutrina do Purgatório, o
mesmo Concílio, em 1547, trata ainda no cânon 30 da
questão da justificação do pecador. Contrapondo-se à
posição de Lutero, especifica mente, a declaração afirma que,
quando o pecador tiver recebido a graça da justificação,
serão ainda necessárias obras temporárias para transformá-
178
lo interiormente e fazê-lo crescer na união com Cristo.
Concílio Vaticano II
Não menciona em lugar nenhum a doutrina do
Purgatório, confirmando no número 51 da Lumen gentium a
doutrina dos três concílios já mencionados.
Carta sobre algumas questões referentes à escatologia.
Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 1979
(Antes de tudo convém salientar que tal carta não
pertence ao ensinamento doutrinal infalível da Igreja.)
No n° 7 da Carta, a doutrina da Igreja sobre o Purgatório
é resumida da seguinte maneira: "Ela (a Igreja) crê existir
para os eleitos uma eventual purificação prévia à visão de
Deus, a qual, no entanto, é absolutamente distinta da pena
dos condenados"14. 14. Op. cit., p. 6. Como referências
doutrinárias podem-se mencionar: D 465 DS 838; D 570; DS
1066ss; D 693; DS 1304; D 840; DS 1580; D 983; D 1820;
D 998 DS 1867; D 2147; DS 3553ss.
179
3. Declarações sobre o Inferno
184
4. Declarações sobre o Juízo Final (juízo universal).
Partes 2 e 3: Reencarnação