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DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ENG07053 - TRABALHO DE DIPLOMAÇÃO EM
ENGENHARIA QUÍMICA
Sumário
Agradecimentos iv
Resumo v
Lista de Figuras vi
Lista de Símbolos ix
1 Introdução 1
2 Objetivo 3
3 Revisão Bibliográfica 4
4 Materiais e Métodos 16
5 Resultados e Discussão 24
6 Conclusões 37
Referências 38
Apêndices 41
Agradecimentos
▪ Meu supervisor de estágio José Volnei Lapis Lopes por sempre instigar meu
crescimento durante minha estadia no Grupo Hospitalar Conceição.
▪ Aos colegas da gestão ambiental: Michele Metz e Gabriel Mesquita Correa, por
sempre me apoiarem em todas fases do estágio e do trabalho de conclusão,
sempre dispostos a ajudar e ouvir.
E aqueles que não foram mencionados, não pensem que foram menos importantes, é
devido a todos vocês que cheguei até aqui, não tenho palavras suficientes para expressar meu
agradecimento, e por isso, só posso dizer obrigada!
v
Resumo
Lista de Figuras
Figura A15. Planta superior dos hospitais em estudo com a demarcação dos pontos de
coleta. ................................................................................................................................... 41
Lista de Tabelas
Tabela 12. Dados de consumo de água para o Hospital A (Valores aproximados). ........... 26
Tabela 13. Dados de Consumo de água para o Hospital B. (Valores aproximados). .......... 26
Tabela 14. Média dos pontos analisados a partir das amostras coletadas nos hospitais e
parâmetros para comparação. .............................................................................................. 28
Tabela A16. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 1. ............................ 52
Tabela A17. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 2. ............................ 53
Tabela A18. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 3A. ......................... 54
Tabela A19. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 3B. .......................... 55
Tabela A20. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 6A. ......................... 56
Tabela A21. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 6B. .......................... 57
Tabela A22. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 8. ............................ 58
Tabela A23. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 9. ............................ 59
ix
Lista de Símbolos
Ag Prata
Al Alumínio
As Arsênico
Cd Cádmio
Cr Cromo
Cu Cobre
Fe Ferro
Hg Mercúrio
L Litro
m3 Metro cúbico
mg Miligrama
Ni Níquel
ºC Graus celsius
x
P Fósforo
Pb Chumbo
Q Vazão
s Segundo
Se Selênio
Sn Estanho
Zn Zinco
xi
EH Esgoto Hospitalar
ES Esgoto Sanitário
pH Potencial hidrogeniônico
ND Não Detectado
1 Introdução
Os seus efeitos já são notados em todas as partes do mundo, através da alteração das
características das águas. Algumas das doenças relacionadas a falta de tratamento dos
esgotos são: cólera, dengue, febre amarela, leptospirose entre outras, sendo responsáveis por
13.449 óbitos ao longo do período de 2001 a 2009 (AMARAL et al., 2016).
Uma das regiões mais críticas é a região Norte, onde somente 21,2% dos domicílios
possui sistema de coleta de esgotos, seguido por 42,9% da região Nordeste, 53,21% da região
Centro – Oeste, 65,1% da região Sul e 88,6% da região Sudeste (ABES, 2016).
Os hospitais são instituições com grande consumo de água, produzindo resíduos sólidos
líquidos e gasosos (EMMANUEL, 2003); Kümmerer (2001) aponta estes efluentes como
fonte de várias substâncias tais como fármacos, desinfetantes, corantes, metais e drogas não
metabolizadas pelos pacientes. A situação dos efluentes hospitalares no Brasil agrava esse
2
problema, visto que a maioria das instituições de saúde, não tratam seus efluentes, realizando
o despejo na rede coletora de esgotos, ou até mesmo em rios e lagos.
3
2 Objetivo
3 Revisão Bibliográfica
O presente capítulo aborda conceitos fundamentais para o entendimento deste trabalho,
tais como: a situação do efluente hospitalar no Brasil, a sua origem e destino, a legislação
aplicada, as características do esgoto sanitário e seus parâmetros de caracterização, e por
final algumas considerações realizadas pela autora.
Os efluentes hospitalares são apontados como fonte de várias substâncias tais como
fármacos, desinfetantes, corantes, metais e drogas não metabolizadas pelos pacientes
(KÜMMERER, 2001). Essa classe de efluentes, porém, não é citada na classificação dos
esgotos, separados em de origem doméstica ou industrial.
O Brasil conta com 312.622 estabelecimentos de saúde. Deste número 6.805 são
hospitais, divididos em municipais (21%), estaduais (8%), federais (1%) e privados (70%),
totalizando 492.505 leitos hospitalares no país (SAÚDE, 2018). A maior parte destas
instituições não possui um sistema adequado para o tratamento de seus efluentes, realizando
o lançamento dos mesmos na rede coletora de esgotos do município ou mesmo em corpo
hídrico, como rios e lagos, como demonstrado pelos trabalhos descritos a seguir:
A composição dos efluentes hospitalares variam de acordo com sua especialidade, isto
é, com os serviços prestados na instituição de saúde, tais como: tratamento de doenças
tropicais (malária, cólera, tuberculose), psiquiatria, pediatria, obstetrícia, ginecologia, entre
outros. Além disso, todos os hospitais dispõem de instalações básicas para o atendimento
das necessidades de seus pacientes e colaboradores, como: salas de consulta, cafeterias,
sanitários, vestiários, lavatórios, salas de repouso, laboratórios, unidades de aquecimento e
ventilação, ar condicionado, etc. Operando normalmente 24 horas por dia, esses serviços e
instalações consomem uma grande quantidade de água potável, gerando resíduos sólidos,
líquidos e gasosos (EMMANUEL, 2003).
6
despejo em corpo hídrico, em relação a matéria orgânica e sólidos, desde que não
ultrapassada sua capacidade de depuração (vide Figura 2), porém algumas substâncias estão
além do controle da ETE, e espalham-se no meio ambiente (EMMANUEL, 2003).
Efluentes Hospitalares
Rede Condutora do Despejo Hospitalar
Corpo Hídrico
Esgoto +
Efluente
Hospitalar
Excesso de Poluentes
Capacidade de
Depuração da ETE
Com o aumento da carga poluidora nos corpos hídricos e a falta de saneamento básico,
os impactos deste tipo de efluente no meio ambiente tem sido questionada, levando os
pesquisadores a avaliar suas características e os efeitos que a falta de tratamento poderia
gerar nos ecossistemas aquáticos.
8
Há inúmeras legislações voltadas para a área de saúde, servindo como roteiro para as
boas práticas ambientais e fundamentando o trabalho realizado pela Gestão Ambiental
dentro do ambiente hospitalar.
Como pode ser observado, as legislações que tratam dos resíduos provenientes do serviço
de saúde não abrangem a produção de efluentes hospitalares, deixando assim, em cargo das
legislações gerais a definição dos padrões para o seu lançamento.
a) Odor
b) Cor
c) Temperatura
d) pH
e) Nitrogênio
Este componente é encontrado nos esgotos nas formas de: nitrogênio orgânico
(proveniente das proteínas, aminoácidos e ureia), amônia, nitrito, nitrato ou gás nitrogênio.
As bactérias nitrificantes transformam o nitrogênio orgânico em amônia, após em nitritos e
posteriormente em nitratos. Sua forma encontrada no esgoto é indicativa da sua idade ou sua
estabilização em relação a demanda bioquímica de oxigênio; nos esgotos brutos, é
encontrado principalmente o nitrogênio orgânico ou amoniacal, sendo determinado pelo
método Kjeldahl, ou NTK, nitrogênio total Kjeldahl.
f) Fósforo
g) Matéria Orgânica
▪ proteínas (40 a 60%): causadoras do gás sulfídrico (H2S), origem do odor fétido
presente nas águas residuárias.
h) Presença de sólidos
A matéria sólida total (Sólidos Totais) pode ser definida como a matéria que permanece
após a evaporação a 103ºC; posteriormente a amostra é calcinada à 600ºC, enquanto as
substâncias orgânicas volatilizam (Sólidos Voláteis), os minerais permanecem em forma de
cinza (Sólidos Fixos).
A carga sólida pode ser classificada de acordo com suas características físicas: a amostra
é filtrada em membrana apropriada, a fração que permanece no filtro constitui os sólidos em
suspensão, enquanto que a fração passante compõe os sólidos dissolvidos (na forma em
suspensão ou coloidal).
i) Microrganismos
j) Substâncias Tóxicas
3.6 Considerações
Moura
Souza Jordão; Von Leal Barroso
et al Tessele Reque Hoyos Desvio
Parâmetros Unidade et al Pessoa Sperling (2009) Júnior Média
(2011) (2011) (2015) (2016) Padrão
(2012) Média (2011) (1996) Média (2015)
4 Materiais e Métodos
HOSPITAL A
Especialidade Geral
Taxa de Ocupação 88%
Número de Leitos 791
Pacientes Dia 22.134
Principais Setores Emergência, Ambulatório, Banco de Sangue,
Laboratório Clínico, Bloco Cirúrgico, Centro
Obstétrico, Hemodiálise, Sala de Recuperação,
Central de Materiais, UTI, Patologia, CMI, Centros de
Diagnóstico por Imagem, Medicina Nuclear,
Refeitório, Administrativo, Unidades de Internação:
Psiquiatria, Cirurgia Geral, Oncologia, Isolamento,
Ginecologia, etc.
Tratamento de Efluente Não
Local de Lançamento Rede Coletora Municipal
Destino Final Lago Guaíba
17
HOSPITAL B
Especialidade Pediátrico
Taxa de Ocupação 60%
Número de Leitos 190
Pacientes Dia 3.789
Principais Setores Unidades de Internação Clínicas e Cirúrgica,
Ambulatório e Internação Oncológica, Bloco
Cirúrgico, UTI (neonatal e pediátrica), Emergência,
Serviço de Diagnóstico por Imagem, Central de
Material, Administrativo.
Tratamento de Efluente Não
Local de Lançamento Rede Coletora Municipal
Destino Final Lago Guaíba
Na etapa inicial deste trabalho foram mapeados os pontos de coleta de efluente nas
instituições. Foram identificados 8 pontos de coleta para o Hospital A e 2 pontos principais
para o Hospital B, conforme Tabela 4. No apêndice B encontra-se a identificação fotográfica
de cada ponto de coleta enquanto que a demarcação dos locais é mostrada numa planta com
vista superior, disponível no Apêndice A. A Tabela 4 indica a nomenclatura dos pontos e o
18
local de coleta de efluente enquanto que a origem do efluente por ponto de coleta se encontra
na Tabela 5.
Tabela 4. Descrição dos pontos de coleta de efluente – Hosp. A e B.
Ponto Local
Ponto 1 Hospital A – Ambulatório
Ponto 2 Hospital A – Emergência
Ponto 3A Hospital A – Emergência
Ponto 3B Hospital A – Emergência
Ponto 4 Hospital A - Bloco A
Ponto 5 Hospital A - Bloco A
Hospital B – Subestação de
Ponto 6A
energia
Hospital B – Subestação de
Ponto 6B
energia
Ponto 8 Hospital A – Fundos
Ponto 9 Hospital A – Emergência
Tabela 5. Continuação
A NBR 13.403, que dispõe sobre a medição de vazão em efluentes líquidos e corpos
receptores – escoamento livre, foi utilizada para definição do método de amostragem de
vazão. Foram escolhidos os métodos volumétrico e flutuador, dependendo da situação de
acesso de para medição em cada ponto, conforme Tabela 6. Objetivando obter-se um
resultado fidedigno, foram realizadas medições em triplicata, com uma diferença de 5
minutos.
20
Ponto Método
Ponto 1 Volumétrico
Ponto 2 Flutuador
Ponto 3A Volumétrico
Ponto 3B Flutuador
Ponto 4 Volumétrico
Ponto 5 Volumétrico
Ponto 6A Volumétrico
Ponto 6B Volumétrico
Ponto 8 Flutuador
Ponto 9 Volumétrico
Com os resultados obtidos, foi possível determinar a vazão média diária e a curva
característica para cada ponto amostrado.
A coleta do efluente foi realizada durante três dias, 08, 10 e 14 de maio de 2018, entre
segunda a quinta-feira, período de maior movimentação de pacientes, e no horário de pico
de vazão de efluentes em cada ponto, sendo coletado e analisado por laboratório
especializado (Toxilab – Laboratório de Análises).
Parâmetros Método
Temperatura Termômetro de Mercúrio
Sólidos sedimentáveis Cone Inhoff
Sólidos Suspensos Gravimetria
DBO520°C Método de Winkler
DQO Refluxo Aberto
Óleos e graxas mineral Gravimetria
pH Potenciômetro
NH3 Titulométrico
P (total) Calorimetria
Ag Espectrometria de Emissão Atômica
Al Espectrometria de Emissão Atômica
As Espectrometria de Emissão Atômica
Cd Espectrometria de Emissão Atômica
Cianeto Íon Seletivo
Cr (total) Espectrometria de Emissão Atômica
Cu Espectrometria de Emissão Atômica
Fe (total) Espectrometria de Emissão Atômica
Hg Gerador de Hidreto
Ni Espectrometria de Emissão Atômica
Pb Espectrometria de Emissão Atômica
Sn Espectrometria de Emissão Atômica
Zn Espectrometria de Emissão Atômica
Se Espectrometria de Emissão Atômica
22
Desvio
Parâmetros Unidade Média
Padrão
Temperatura ºC 20,4 0,69
Ph 7,1 0,34
DQO mg/L 549,5 298,16
DBO mg/L 260,1 83,70
Sólidos
mL/L 13,3 7,69
Sedimentáveis
Sólidos Suspensos mg/L 362,1 208,79
Nitrogênio Total mg/L 49,0 17,24
Nitrogênio
mg/L 31,7 8,86
Amoniacal
Fósforo Total mg/L 57,1 123,06
Óleos e Graxas mg/L 91,7 23,60
Tabela 9. Parâmetros para o lançamento de efluentes em águas superficiais no Rio Grande do Sul.
Resolução CONSEMA
Parâmetros Unidade
nº 355/2017
Temperatura oC 40
Sólidos
mL/L 1
sedimentáveis
Sólidos Suspensos mg/L **
DBO520°C mg/L **
DQO mg/L **
Óleos e graxas
mg/L <10
mineral
pH mg/L Entre 6,0 e 9,0
NH3 mg/L **
P (total) mg/L **
Ag mg/L 0,1
Al mg/L 10
23
Tabela 9. Continuação
5 Resultados e Discussão
A amostragem de vazão foi realizada de acordo com a metodologia descrita no item 4.2
deste trabalho. Primeiramente escolheu-se um ponto e realizou-se o monitoramento da
variação de vazão no período das 9hs às 19hs. O resultado obtido se encontra no Figura 3.
0,08
Vazão (L/s)
0,06
0,04
0,02
0,00
09:00 10:00 11:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00
Horário (h)
Observa-se que os horários de variação de vazão é as 9hs às 11hs, 13hs às 16hs, 17hs às
18hs e às 19hs, assim estes horários foram utilizados na caracterização dos pontos de
lançamento de efluente restantes, obtendo-se assim a curva característica de vazão para cada
ponto e as suas vazões médias. Um exemplo da curva característica de vazão obtida para o
restante dos pontos se encontra na Figura 4, as demais se encontram no Apêndice C. A vazão
média dos pontos está descrita na Tabela 11.
25
0,03
Vazão (L/s)
0,02
0,01
0,00
10:10 14:35 16:30 18:00 19:50
Horário (h)
355/2017, apresentados na seção 4.3 deste trabalho. Os resultados obtidos em cada análise
estão dispostos no Apêndice D.
28
Tabela 14. Média dos pontos analisados a partir das amostras coletadas nos hospitais e parâmetros para comparação.
Os pontos 4 e 5 não puderam ser analisados devido a uma obra realizada no local,
deixando inacessível os pontos de coleta; porém como os mesmos representavam 0,3 e 1,3%
do efluente total, não houve prejuízo para a análise do efluente realizada.
Temperatura
40
30
Temperatura (ºC)
20
10
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
Sólidos Sedimentáveis
30
10
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto 3B Ponto Ponto 6B Ponto 8 Ponto 9
3A 6A
Pontos de Coleta EH ES
Sólidos Suspensos
600
Sólidos Suspensos (mg/L)
400
200
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
Nas figuras 8 e 9, estão dispostos os valores médios obtidos para os parâmetros DBO e
DQO, no efluente hospitalar, comparativamente com o valor máximo encontrado no esgoto
sanitário, de acordo com as referências, representado em linha.
DBO
1500
DBO (mg/L)
1000
500
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
DQO
4000
DQO (mg/L)
3000
2000
1000
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
A DBO e DQO apresentaram valores na faixa de 98,7 a 931 mg/L e 92,6 a 1943,8 mg/L
respectivamente. Os pontos 1 e 6B, representantes de 8,9% (Hospital A) e 12,7% (Hospital
B) do efluente produzido, ultrapassaram significativamente o valor apurado para o esgoto
sanitário. Este resultado pode ser justificado pela origem deste efluente, que resulta da
contribuição de vários setores, destacando – se a Unidade de Tratamentos Intensivos (Ponto
1) e o banco de leite (Ponto 6B), (neste último devido a coloração do efluente coletado), que
produzem grande quantidade de matéria orgânica, como por exemplo, os drenos utilizados
para retirada dos fluídos corporais, utilizado na UTI e o leite descartado pelo banco de leite.
Emmanuel et al. (2005), analisou o efluente proveniente do Departamento de Doenças
33
Tropicais e Infecciosas (ITDD), com capacidade de 144 leitos, na França, obtendo valores
de DBO e DQO maiores que o apresentado neste trabalho (1544,5 e 2590 mg/L em média).
Uma alternativa para diminuição da carga orgânica despejada na rede de esgotos seria o
recolhimento da matéria orgânica produzida nos setores com maior criticidade de geração
de efluente, como a UTI, Bloco Cirúrgico e Banco de Leite, e estudar sua influência no teor
de DBO e DQO do efluente hospitalar.
Nas figuras 10, 11 e 12, estão dispostos os valores médios obtidos para os parâmetros
Nitrogênio Amoniacal, Fósforo e Óleos e Graxas Mineral, no efluente hospitalar,
comparativamente com valor máximo encontrado no esgoto sanitário, de acordo com as
referências, representado em linha.
Nitrogênio Amoniacal
60
NH3 (mg/L)
40
20
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
Fósforo
200
Fósforo Total (mg/L)
150
100
50
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
34
100
50
0
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
Na figura 13, está representado o valor médio obtido para o pH na análise do efluente
hospitalar, e comparativamente, o valor máximo encontrado no esgoto sanitário de acordo
com as referências, se encontra em linha.
pH
10,00
8,00
pH
6,00
4,00
2,00
0,00
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH ES
Cobre
Cobre (mg/L)
1,00
0,50
0,00
Ponto 1 Ponto 2 Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto 8 Ponto 9
3A 3B 6A 6B
Pontos de Coleta EH CONSEMA nº 355/2017
6 Conclusões
Os parâmetros Temperatura, pH, Ferro total, Alumínio, Níquel, Cromo Total, Mercúrio,
Chumbo, Estanho, Selênio e Zinco, apresentaram conformidade com a Resolução
CONSEMA nº 355/2017, para o despejo de efluentes em águas superficiais. O Cobre
apresentou valor excedente ao exigido pela legislação aplicada, com um valor 6% acima do
permitido. Os compostos Prata, Arsênico, Cádmio e Cianeto não foram detectados nas
amostras de efluente hospitalar analisadas.
38
Referências
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2016. Disponível em: <http://abes-dn.org.br>
ANA. Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/noticias/atlas-esgotos-revela-mais-de-110-mil-km-
de-rios-com-comprometimento-da-qualidade-da-agua-por-carga-organica>
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 22. ed.
Washington: American Public Health Association.
BUSS, Marta Verônica; CARLO, Jean; MENEZES, Santos. Tratamento dos Efluentes de
uma Lavanderia Industrial : Avaliação da Capacidade de Diferentes Processos de
Tratamento. Revista de Engenharia Civil IMED, [s. l.], v. 2, n. 1, p. 2–10, 2015. Disponível
em: <https://seer.imed.edu.br/index.php/revistaec/issue/download/75/1>
EPA. Determination of metals and trace elements in water and wastes by inductively coupled
plasma-atomic emission spectrometry. Method 200.7, [s. l.], v. Revision 4, p. Revision 4.4,
1994. Disponível em: <https://www.epa.gov/sites/production/files/2015-
08/documents/method_200-7_rev_4-4_1994.pdf>
KÜMMERER, Klaus. Drugs in the environment: Emission of drugs, diagnostic aids and
disinfectants into wastewater by hospitals in relation to other sources - A review.
40
RIBEIRO, Lena Maris Mazzotti. Avaliação quanto a carga poluidora dos efluentes
líquidos de quatro hospitais de diferentes especialidades no município de Porto Alegre.
2005. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, [s. l.], 2005. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/10183/4858>
ROSA, Alba Maria Ferreira La et al. Vi-037 - gestão de efluentes de serviços de saúde em
porto alegre. Anais do XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e
Ambiental, [s. l.], n. 1, p. 1–13, 2002.
UNESCO. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos
Hídricos 2016. In: Dados. [s.l: s.n.]. v. 19p. 1–7.
Apêndices
Figura A15. Planta superior dos hospitais em estudo com a demarcação dos pontos de coleta.
4 6
5
2
3
1
42
0,3
Vazão (L/s)
0,2
0,1
0,0
09:10 13:35 15:45 17:20 19:00
Horário (h)
4,0
Vazão(L/s)
3,0
2,0
1,0
0,0
10:10 14:15 16:20 17:40 19:45
Horário (h)
0,2
Vazão (L/s)
0,1
0,0
09:45 14:15 16:15 17:45 19:35
Horário (h)
0,6
0,4
0,2
0,0
09:55 14:10 16:15 17:40 19:30
Horário (h)
0,8
Vazão (L/s)
0,4
0,0
09:40 13:55 15:20 17:20 19:20
Horário (h)
50
0,2
Vazão (L/s)
0,1
0,0
09:35 14:05 15:20 17:30 19:20
Horário (h)
1,2
Vazão (L/s)
0,8
0,4
0,0
09:05 13:30 15:30 17:00 19:00
Horário (h)
51
0,20
Vazão (L/s)
0,15
0,10
0,05
0,00
09:25 14:05 15:45 17:20 19:25
Horário (h)
52
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P1
o
Temperatura C 26,00 26,00 26,00 26,00
Sólidos sedimentáveis mL/L 3,00 2,10 1,00 2,03
Sólidos Suspensos mg/L 164,00 67,00 67,00 99,33
DBO520°C mg/L 895,00 784,00 331,00 670,00
DQO mg/L 1916,80 1647,20 693,20 1419,07
Óleos e graxas mg/L
# # # #
mineral
pH 8,50 8,00 9,30 8,60
NH3 mg/L 39,94 21,40 39,16 33,50
P (total) mg/L 10,69 8,74 12,57 10,67
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 3,60 0,10 0,70 1,47
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND 0,01 3,33E-03
Cu mg/L 0,10 ND 0,10 0,07
Fe (total) mg/L 4,20 0,30 1,30 1,93
Hg mg/L 1,00E-04 ND 4,00E-04 1,67E-04
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,10 0,09 0,10 0,10
Se mg/L ND ND ND ND
53
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P2
o
Temperatura C 24,50 26,00 27,00 25,83
Sólidos sedimentáveis mL/L 8,40 6,30 1,00 5,23
Sólidos Suspensos mg/L 240,00 270,00 95,00 201,67
DBO520°C mg/L 262,00 361,00 147,00 256,67
DQO mg/L 591,40 772,80 319,80 561,33
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 9,00 6,90 9,10 8,33
NH3 mg/L 28,53 33,53 18,08 26,71
P (total) mg/L 23,09 13,14 8,07 14,77
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 6,60 5,70 0,80 4,37
As* mg/L ND ND ND ND
Cd* mg/L ND ND ND ND
Cianeto* mg/L ND ND ND ND
Cr (total)* mg/L ND ND 0,01 1,67E-03
Cu* mg/L 0,09 0,20 0,20 0,16
Fe (total) mg/L 7,00 8,70 1,00 5,57
Hg* mg/L 0,00 0,00 0,00 2,67E-04
Ni mg/L ND # ND ND
Pb* mg/L ND 0,01 nd 3,33E-03
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,10 0,10 0,07 0,09
Se* mg/L ND ND ND ND
.
54
Tabela A17. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 3A.
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P3A
o
Temperatura C 22,00 22,00 18,00 20,67
Sólidos sedimentáveis mL/L 8,70 ND ND 2,90
Sólidos Suspensos mg/L 33,00 26,00 ND 19,67
DBO520°C mg/L 229,00 56,00 188,00 157,67
DQO mg/L 491,40 132,20 412,60 345,40
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 8,80 9,00 8,30 8,70
NH3 mg/L 20,69 22,11 27,48 23,43
P (total) mg/L 5,45 4,74 7,71 5,97
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,20 0,04 0,05 0,10
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND ND ND
Cu mg/L 0,03 0,01 0,03 0,02
Fe (total) mg/L 0,10 0,05 0,10 0,08
Hg mg/L ND ND ND ND
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,04 0,03 0,09 0,05
Se mg/L ND ND ND ND
55
Tabela A18. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 3B.
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P3B
o
Temperatura C 24,00 22,80 19,10 21,97
Sólidos sedimentáveis mL/L 1,10 21,40 2,50 8,33
Sólidos Suspensos mg/L 92,00 680,00 50,00 274,00
DBO520°C mg/L 201,00 501,00 498,00 400,00
DQO mg/L 456,80 1067,60 1062,50 862,30
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 6,50 5,10 7,70 6,43
NH3 mg/L 17,83 31,39 24,59 24,60
P (total) mg/L 3,73 9,78 11,25 8,25
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,40 0,70 0,50 0,53
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND ND ND
Cu mg/L 0,20 0,20 0,30 0,23
Fe (total) mg/L 0,60 1,00 0,70 0,77
Hg mg/L ND 0,00 0,00 0,00
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,03 0,10 0,10 0,08
Se mg/L ND ND ND ND
56
Tabela A19. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 6A.
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P6A
o
Temperatura C 27,50 33,00 32,00 30,83
Sólidos sedimentáveis mL/L 0,10 0,20 1,00 0,43
Sólidos Suspensos mg/L 15,00 5,00 23,00 14,33
DBO520°C mg/L 105,00 38,00 25,00 56,00
DQO mg/L 138,70 81,30 57,80 92,60
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 6,50 6,80 7,00 6,77
NH3 mg/L 12,13 4,57 5,78 7,49
P (total) mg/L 3,18 1,41 0,95 1,85
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,10 0,04 0,09 0,08
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND 0,01 3,33E-03
Cu mg/L 0,09 0,03 0,10 0,07
Fe (total) mg/L 0,20 0,10 0,20 0,17
Hg mg/L 0,00 ND ND 3,33E-05
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND 0,20 0,07
Zn mg/L 0,03 0,01 0,03 0,02
Se mg/L ND ND ND ND
57
Tabela A20. Resultados dos laudos das análises realizados no Ponto 6B.
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P6B
o
Temperatura C 24,00 16,00 28,00 22,67
Sólidos sedimentáveis mL/L 21,00 ND 0,20 7,07
Sólidos Suspensos mg/L 990,00 15,00 ND 335,00
DBO520°C mg/L 2603,00 112,00 78,00 931,00
DQO mg/L 5403,90 260,30 167,10 1943,77
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 3,90 7,40 6,40 5,90
NH3 mg/L 22,83 29,06 11,57 21,15
P (total) mg/L 15,15 7,34 3,07 8,52
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,01 0,07 0,04 0,04
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND 0,01 0,00
Cu mg/L 0,08 0,07 0,05 0,07
Fe (total) mg/L 1,00 1,10 2,40 1,50
Hg mg/L ND ND ND ND
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,05 0,07 0,04 0,05
Se mg/L ND ND ND ND
58
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P8
o
Temperatura C 22,00 24,00 24,00 23,33
Sólidos sedimentáveis mL/L 1,00 1,70 0,80 1,17
Sólidos Suspensos mg/L 240,00 175,00 173,00 196,00
DBO520°C mg/L 251,00 214,00 338,00 267,67
DQO mg/L 560,80 457,60 701,50 573,30
Óleos e graxas
mg/L 27,00 # # 9,00
mineral
pH 8,20 7,60 7,40 7,73
NH3 mg/L 52,78 48,50 32,54 44,61
P (total) mg/L 11,88 26,34 8,98 15,73
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,20 0,10 0,50 0,27
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L ND ND 0,01 2,67E-03
Cu mg/L 0,70 0,06 0,10 0,29
Fe (total) mg/L 0,30 0,30 0,40 0,33
Hg mg/L 0,00 ND ND 6,67E-05
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,10 0,08 0,10 0,09
Se mg/L ND ND 0,10 0,03
59
Média
Parâmetros Unidade 08/05/2018 10/05/2018 14/05/2018
P9
o
Temperatura C 26,0 29,0 28,0 27,7
Sólidos sedimentáveis mL/L 0,2 ND 2,2 0,8
Sólidos Suspensos mg/L 45,0 15,0 60,0 40,0
DBO520°C mg/L 93,0 62,0 141,0 98,7
DQO mg/L 210,0 142,4 301,2 217,9
Óleos e graxas
mg/L # # # #
mineral
pH 6,8 6,7 9,5 7,7
NH3 mg/L 25,0 21,4 39,1 28,5
P (total) mg/L 4,5 4,2 11,1 6,6
Ag mg/L ND ND ND ND
Al mg/L 0,2 0,1 0,3 0,2
As mg/L ND ND ND ND
Cd mg/L ND ND ND ND
Cianeto mg/L ND ND ND ND
Cr (total) mg/L 0,0 ND 0,0 0,01
Cu mg/L 1,3 0,2 0,1 0,5
Fe (total) mg/L 0,3 0,2 0,3 0,3
Hg mg/L ND ND 0,0 3,00E-04
Ni mg/L ND ND ND ND
Pb mg/L ND ND ND ND
Sn mg/L ND ND ND ND
Zn mg/L 0,1 0,0 0,1 0,1
Se mg/L ND ND ND ND