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2 As Etapas Decisivas da Infância
O ciúme
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estava pronta para que você nascesse, você nasceu. Agora, vire-
se com a vida, faço o que posso para sustentar você e para que
seja feliz, mas nem sempre é por minha causa se as coisas não
vão bem, se você não está feliz, se está doente... Quando você
estava dentro de minha barriga, você não sofria nada, agora você
nasceu e a vida nem sempre é como se queria. Seja como for,
você sairá dessa se souber levar as coisas pelo lado bom." Mas não
é fácil para os pais suportar criticas justas ou contestação de suas
opiniões, enquanto eles mesmos não se libertaram de sua longa
submissão a seus pais.
Muito cedo, já aos três anos, a criança pode ter total liberdade
para tudo quanto se refere à alimentação, ao frio e ao calor, ao
sol e à chuva (e, logo, às roupas). Talvez, entretanto, não
inteiramente no que se refere à hora da ida à escola... E, ainda,
se os pais não se angustiarem com um atraso eventual, ela
aprenderá depressa a não fazer hora pela casa e a ritmar sua vida
pela dos outros de sua idade, se souber que se estiver atrasada a
professora "dará uma bronca" ou punirá a criança, mas que não é
um drama nem para ela nem para a mãe.
É já no maternal que se organizam os atrasos à escola e que as
mães devem, de um lado, nunca ser sua causa e, do outro, deixar
a responsabilidade disso às crianças em vez de apoquentá-las.
Elas ainda têm dois anos antes da escola obrigatória e para
habituar-se aos horários sociais que lhes concernem
pessoalmente.
Evidentemente, muitas vezes a criança ainda não pode ir sozinha
à escola, mas por que ir procurar uma escola a quilômetros, como
vi fazerem, para nela encontrar o "máximo" da educação, quando
há uma escola maternal a cem metros da casa? Acho que há pais
que se põem e põem os filhos em condição de insegurança, fonte
de conflitos permanentes que seriam realmente evitáveis. Por
que não tentar, primeiro, a escola mais próxima à qual a criança
pode rapidamente ir e voltar sozinha?
E, quando a criança deve ser acompanhada, não se deve obrigá-
la a ser quem pode fazer o pai ou a mãe, por causa dela, atra-
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A autonomia
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Ser severo?
Sim, se proibir o que pode ser perigoso se chama ser severo, mas
com compaixão e sempre por respeito a essa criança, adulto em
devir.
Portanto, cumpre assumir a responsabilidade de proibir certas
coisas porque são perigosas psíquica ou fisicamente. Se não
somos severos, nós, os pais, a criança deve regredir por efeito de
nossa fraqueza, autocensurar-se ou tentar fazê-lo. Não há nada
de mais debilitante para uma criança, nisso ela perde toda a sua
energia. Ao passo que, se o pai ou a mãe diz: "Não, eu lhe proíbo
isso, não faça isso. Talvez eu mesmo gostasse de fazê-lo, mas eu
me proíbo e lhe proíbo isso. Meu marido (ou sua mãe, minha
mulher) não está aqui, você não tomará o lugar dele (dela) porque
eu gosto de você como meu filho, como minha filha." A criança
pode ficar furiosa, mas conserva toda a sua energia, em vez de
sentir um prazer ambíguo ou de se auto-impedir e se dividir
contra si mesma. Toda liberdade que é de fato uma licença é
"depressora".
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O pai deitado
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O nudismo
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Reencontros na creche
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Algumas mães me dizem: "Não consigo fazer meu filho comer, ele
enrola, enrola, não tem fim." Tomemos uma dessas famílias: a
mãe almoça sozinha com seus dois meninos de seis e de quatro
anos. Ela deve dizer sem parar: "Coma, coma, está esfriando,
olhe tudo que está sobrando no seu prato." Mas como transcorre
a refeição? Foi ela que pôs a mesa, ela faz o vaivém entre as
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A ansiedade escolar
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Irmãos e irmãs
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fazer como Jerônimo? Você tem razão de não fazer se ainda não
se sente forte ou se acha que não está certo. Mas você crescerá."
Em geral, essas crianças que "contam" a qualquer adulto que seja
o que aos seus olhos um outro fez de errado, de proibido ou de
imprudente, têm pais que não cuidam muito delas. Por vezes,
invejam amigos que recebem palmadas e contam as artes que
fizeram. "Por quê? Você está com vontade de levar uma palmada?
- Não, mas o pai dele o leva também ao futebol." Em suma, ela se
interessa pelas relações pais-filhos dos outros.
Para os pais, essa educação que devem dar aos filhos, a cada
criança que entra em relação com eles na sociedade, é muito
dificil de matizar. O essencial da educação é fazer crescer a
autonomia de cada qual e, no dia-a-dia, o senso critico referente
ao possível e ao impossível. Às vezes, uma criança faz uma arte,
como se diz, dá o mau exemplo. O irmão, a irmã, os companheiros
a imitam. E um líder. Trata-se de algo que poderia ter sido
perigoso, os pais que viram devem repreender, punir. Mas, se
punem, que punam mais o imitador do que o líder! "Ele, o que
tomou a iniciativa, eu o puno menos, porque ele assumiu o risco.
Quanto a você, 1° você sabia que era uma arte, 2° você o imitou:
dois erros! Reflita sempre antes de agir."
A imitação é o contrário da humanização. A imitação é simiesca,
nunca se deveria utilizar, como alavanca na educação, o termo
"mau exemplo", dado ou seguido. Infelizmente, tornou-se um
argumento, onipresente: "Olhe como seu irmãozinho é ajuizado",
ou "Olhe o filho de Fulano, as filhas de Sicrano..." Como se os pais
quisessem ter posto no mundo os filhos dos outros! "Meu filho é
um bom menino, mas deixou-se levar por um mau companheiro."
Isso não é uma desculpa. Entre irmãos e irmãs, a imitação pode
ser a causa de graves dificuldades. Uma criança pode tolerar
como modelo um irmão ou uma irmã mais velhos se os pais não
os individualizam muito cedo. "A primeira etapa para ficar como
papai, dizia um menino quinze meses mais moço do que a irmã
mais velha, é ser minha irmã!" Quando o sexo é diferente, os pais
costumam observar essa dependência e às vezes acabam logo
com ela. Há numa família duas espécies de primogênito, o
primogênito das meninas e o primogênito dos meninos, sem
nenhuma comparação possível. Mas, quando se trata do mesmo
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