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Rio de Janeiro
2020
Henrique Garcia Pinto
Rio de Janeiro
2020
COLÉGIO PEDRO II
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA
BIBLIOTECA PROFESSORA SILVIA BECHER
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Após o trabalho ser aprovado pela banca, o aluno deverá fazer todas as alterações sugeridas no texto e
encaminhar o arquivo final em word para o e-mail da Biblioteca da PROPGPEC
(bibliotecaproppg@cp2.g12.br) para confecção da ficha catalográfica. O trabalho acadêmico deve ser
desenvolvido com base nas normas da ABNT que podem ser consultadas na página da ABNT Coleção
(abntcolecao.com.br/default.aspx) no smartphone ou tablet utilizando o seguinte login: empresa CP2;
usuário: AlunoCP2; Senha: AlunoCP2. Caso contrário o mesmo será devolvido e a ficha catalográfica
não será confeccionada.
Henrique Garcia Pinto
Banca Examinadora:
_________________________________________
Prof. M.e. Vitor Soares Scalercio
Colégio Pedro II
_________________________________________
Titulação e nome do segundo membro da banca
Instituição a que pertence
_________________________________________
Titulação e nome do terceiro membro da banca
Instituição a que pertence
_________________________________________
Titulação e nome do quarto membro da banca
Instituição a que pertence
Rio de Janeiro
2020
A GEOGRAFIA DO NOVO ENSINO MÉDIO:
possibilidades através do currículo paulista
(a fazer no final)
Resumo: Resumos são constituídos de um só parágrafo, podendo ter entre 100 a 250
palavras. Devem apresentar os objetivos e o assunto geral do texto de forma clara e concisa;
podem ser críticos, indicativos ou informativos. A primeira frase deve explicar o tema do
artigo, dando preferência ao uso da terceira pessoa do singular na voz ativa. (NBR
6028/2003).
A Geografia da BNCC para o Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e Finais está
disposta em sete competências específicas, e dividida em unidades temáticas e objetos do
conhecimento para cada série, e suas habilidades identificadas por códigos que demonstram
sequenciamento numérico. Para o Ensino Médio, o componente curricular tem suas
orientações agrupadas na área de Ciência Humanas e Sociais Aplicadas, contendo seis
competências específicas também para os componentes de História, Sociologia e Filosofia. O
ensino por competências surge com objetivo de dar dita função aos saberes escolares com a
flexibilidade utilitarista do mundo do trabalho, permitindo a defesa de que não há perda de
conceitos ou conteúdos em reformas curriculares. Ou seja, as competências estimulam uma
formação que acompanhe as rápidas mudanças no trabalho, e são acusadas de reduzirem o
valor dos saberes acadêmicos e escolares mais profundos e que permitam compreender
estruturas complexas que formam a sociedade (SAMPAIO, 2017; p. 347). Não à toa, o ensino
por competências se inicia no Brasil a partir da Educação Técnica e Profissional, e hoje
alcança até as séries iniciais do Ensino Fundamental.
Um exemplo da dificuldade de assimilação entre as competências e habilidades
previstas na BNCC e sua identificação aos conteúdos possíveis na desigual formação de
professores no Brasil pode ser visto no artigo de Cunha (2017), onde as temáticas físico-
naturais da Geografia eram relacionadas às orientações da BNCC e dali se verificou a
formação de um “nó” entre as abordagens sobre conteúdos geográficos (CUNHA, 2017; p.
13). No caso, a possibilidade de negligência dos processos de Geografia Física para a
compreensão das modificações na paisagem foi um de dos resultados da análise.
Os conteúdos geográficos para o Ensino Médio, diferente do Ensino Fundamental, não
são facilmente associados às competências e habilidades da BNCC para cada série na
organização por Área do Conhecimento. Os comandos de “analisar”, “identificar”, “debater”,
“comparar” ou “contextualizar” os diferentes processos listados em múltiplas escalas podem
ser disputados pelas tensões na fronteira do saber escolar entre as disciplinas estabelecidas. As
novas DCNEM, alteradas com a MP n. 746, nos permitiram observar as mudanças na
organização curricular, para que apresentemos as abordagens do Currículo Paulista
posteriormente. A proposta de um novo Ensino Médio considerou em sua justificativa três
grandes frentes: o desenvolvimento do protagonismo dos estudantes; a ampliação da carga
horária de estudos; e a garantias de direitos comuns de aprendizagens por meio da BNCC
(BRASIL, 2018; p. 3). Através das informações contidas no documento “Guia de
Implementação do novo Ensino Médio”, é possível observar os esquemas explicativos que
apresentam as diversas modalidades possíveis para esta etapa da educação básica.
O desenvolvimento do protagonismo estudantil, aliado às garantias de direitos comuns
de aprendizagem, justificam a divisão do Ensino Médio em “partes comuns” e “partes
diversificadas”. O currículo comum exige, ao final da evolução de carga horária, um total de
1.800 horas, divididas em quatro grandes Áreas do Conhecimento (Linguagens e suas
Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas). As demais 1.200 necessárias para integralização das
3.000 horas necessárias para a plena implementação dos novos currículos seriam cumpridas
pelos cinco itinerários formativos, sendo quatro deles relacionados às quatro grandes Áreas do
Conhecimento, e mais um relacionado ao Ensino Técnico e Profissional (ETP). Para que a
visualização das alterações seja mais bem compreendida, a Figura 1 foi retirada do Guia de
Implementação e inserida abaixo:
Fonte: BRASIL, 2018; p. 18. Três exemplos destacados pelo Guia de Implementação para a execução da carga
horária diferenciada, onde os círculos amarelos representam a formação geral básica (BNCC), e os roxos os
itinerários formativos.
A estrutura diversificada, por sua vez, também possui uma variação de modelos a
serem implementados pelos sistemas de ensino. O Guia de Implementação utiliza um
esquema onde apresenta as possibilidades comparadas ao atual modelo, em um arranjo visual
que busca salientar a amplitude de escolhas do estudante, categorizado no documento como
um “jovem” sem escolhas no atual modelo. O caminho até um perfil com maior liberdade de
percurso formativo em uma “trajetória livre”, onde o estudante escolhe um mínimo de
Unidades Curriculares a serem cumpridas, em um sistema de créditos, está na outra ponta,
oposta aos problemas atuais. Entre os dois polos, as estruturas ramificadas são inseridas como
intermediárias, uma vez que haveria momentos pontuais e decisivos de escolha dos itinerários
formativos.
Para que as relações entre esses diferentes níveis estejam claras, foi elaborado o
Diagrama 1 abaixo com o desenho das estruturas distribuídas até a dimensão de uma Unidade
Curricular. No primeiro nível, estão dispostas as premissas observadas na BNCC, englobando
as quatro categorias de área, seis competências específicas, e as 32 habilidades de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas. No segundo nível, a diferenciação entre as cargas horárias
entre os currículos comum e o diversificado. No terceiro nível estão as Unidades Curriculares,
que podem ser dispostas na forma de disciplina em perspectiva integradora ou em outras
possibilidades listadas no Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. As Unidades
curriculares de itinerários formativos, que podem ser compartilhados com competências de
outras Áreas do Conhecimento na hipótese de itinerário integrados, são estruturadas com base
em pelo menos um dos quatro Eixos Estruturantes dos Referenciais Curriculares para a
Elaboração de Itinerários Formativos (2018): Investigação Científica, Processos Criativos,
Mediação e Intervenção Sociocultural, e Empreendedorismo, tendo as mesmas competências
específicas da BNCC como norteadoras. Os conteúdos escolares podem ser assim dispostos
em flexíveis arranjos curriculares entre as Unidades.
3 O CURRÍCULO PAULISTA
...
CONCLUSÃO
...
REFERÊNCIAS
BALD, Volnei André; FASSINI, Edí. Reforma do Ensino Médio: resgate histórico e
análise de posicionamentos a respeito da Lei Nº 13.415/17 por meio de revisão de
literatura. Artigo (Especialização) – Curso de Docência na Educação Profissional,
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______. Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular. Brasília: CN, 2018.
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NASCIMENTO, Rodrigo Rios. Currículo e Base Nacional Comum Curricular: o processo
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ROCHA, Ana Angelita da. O “Nacional” nos documentos curriculares: uma exploração
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