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Número do CPF:
Homepage do Currículo:
http://lattes.cnpq.br/8846824403194506
Nome Orientador: Isabel Cristina Vollet Marson
Número do CPF:
Homepage do Currículo:
http://lattes.cnpq.br/0010705498841896
Modalidade: ( ) PIBIC ( ) BIC ( X ) PROVIC
4º Nível – Especialidade:
Nome Coorientador2:
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Indicar Área de Conhecimento do CNPq, em que o subprojeto se enquadra. Descrever a área por
extenso (não indicar o código). Solicitamos o preenchimento até o 4º nível, tendo em vista que os
subprojetos são cadastrados na plataforma do CNPq e Fundação Araucária. Segue o link com a Árvore do
conhecimento de acordo com o CNPq: http://lattes.cnpq.br/web/dgp/arvore-do-conhecimento
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Coorientador: Este poderá ser um Docente efetivo ou colaborador da Instituição, Pesquisador de
Programa de Pós-doutorado ou Discente regularmente matriculado em Curso de Mestrado ou Doutorado da
UEPG. Em todos os casos o coorientador deverá cumprir pelo menos 06 (seis) meses de coorientação.
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RESSIGNIFICAR A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E OS MULTILETRAMENTOS EM
TEMPOS DE PANDEMIA: NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA DE UMA ALUNA PROFESSORA
1. PALAVRAS-CHAVE
Formação de professores, Língua inglesa, multiletramentos, ensino remoto, narrativa
autobiográfica.
2. RESUMO
Novas formas de aprender e ensinar foram colocadas em jogo durante a pandemia do Covid-19,
fazendo com que professores e alunos refletissem sobre suas práticas pedagógicas de forma
urgente (ARGOLO JUNIOR et al, 2020). Novas formas de comunicação e expressão tiveram que
ser pensadas já que o mundo em constante transformação e o contexto da pandemia trouxeram
novas demandas para professores e alunos. Múltiplas linguagens, formas variadas de
comunicação e o uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) adentraram o
cotidiano de alunos e professores, que capacitados ou não para esse contexto, experienciaram
outras formas de ensinar e aprender. Nesse sentido é fundamental investigar a formação de
professores de línguas em tempos de crises permanentes (SOUSA SANTOS, 2020) e a
emergência de práticas emergentes, fluidas e contingenciais, fazendo uso de todos os recursos
disponíveis para construir sentidos (KRESS, 2003). No que tange a metodologia, a pesquisa se
encaixa nos pressupostos da pesquisa qualitativa, interpretativista. Por meio da pesquisa
bibliográfica busca-se refletir como os professores têm adaptado suas práticas diante da rápida
transitoriedade de informações e dos efeitos da globalização (DINIZ DE FIGUEIREDO, 2017), da
alfabetização tecnológica dos professores, dos desafios impostos a eles durante a pandemia.
Além disso, esse subprojeto3 de iniciação científica viabilizará o estudo das práticas docentes na
perspectiva dos multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009) e da multimodalidade no contexto da
pandemia, bem como a autorreflexão sobre a própria prática, através de uma narrativa
autobiográfica da autora deste subprojeto, que atua como aluna/professora no contexto da
pandemia. Assim, o projeto viabilizará a reflexão da práxis de professores em formação inicial
(MARSON, 2019), o estudo das práticas multiletradas no contexto da pandemia (KERSCH et al,
2021) e o levantamento de pontos positivos e negativos quanto a adaptação dos professores aos
desafios a eles impostos. Essa análise é importante para direcionar as práticas futuras e trazer
uma prospecção para trabalhos futuros.
3. CARACTERIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA
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Esse subprojeto está vinculado ao projeto guarda-chuva “Formação de Professores, multiletramentos e
inglês como língua franca”, cadastrado na PROPESP, UEPG.
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O lecionar e o aprender tomaram novos rumos no ano de 2020. Projetos envolvendo a
formação inicial de professores e os multiletramentos durante a pandemia (CARNIN; LOCATELLI,
2021) foram propostos no sentido de instigar a reflexão sobre propostas didático-pedagógicas
vivenciadas, o uso de ferramentas e o compartilhamento de ideias. As trocas de experiências e os
procedimentos didáticos utilizados por docentes nesse contexto podem ajudar professores em
formação inicial a se prepararem para as novas demandas, já que a práxis do professor está em
constante transformação. O professor deve ser estimulado a ir em busca do “inédito viável”
(FREIRE, 2018, p.153), pois é nas “situações-limite” (FREIRE, 2018, p.126), que ele se supera e
experimenta novas práticas.
Estudos dos letramentos e os desafios enfrentados pelos professores de Letras em tempos
pandêmicos (TEMÓTEO, 2021) traz perspectivas diferenciadas do que é aprender e ensinar para
professores e alunos. O uso das redes digitais, de plataformas como o Google Meet e Google
Classroom têm sido estimuladas para impulsionar a prática de ensino remoto. Nesse sentido, é
fundamental questionar como o ensino está sendo produzido, em que condições isso acontece e
como é o acesso das pessoas às redes, aos instrumentos de ensino (computador e celular) para
que a aprendizagem ocorra, como ressalta Santos et al (2020). Os autores ainda refletem que as
experiências com as TICs ainda são incipientes nos currículos dos professores em formação,
necessitando de mais discussões nas universidades sobre o tema, para que os futuros
professores possam incluí-las em suas práticas.
Na visão de Tarc (2020), as práticas de ensino vividas na pandemia trouxeram marcas
profundas. Segundo o autor, as nossas aulas presenciais, face-to-face terão que ser
ressignificadas depois que a pandemia acabar, nos trazendo questionamentos importantes em
relação ao que é importante ser tratado na aula presencial. Nesse sentido, defendemos que
[...] em vez de (apenas) lamentarmos como nossos métodos estão restringidos em novos
ambientes de ensino, podemos descobrir propósitos alterados e mais geradores para a
educação em nossas atuais condições mundanas, que nos orientam para pedagogias
transformadas4 (TARC, 2020, p.121).
Nesse sentido, a revisão bibliográfica feita neste trabalho, envolvendo o uso dos multiletramentos
em tempos de ensino remoto (KLERING et al, 2021), o estudo das experiências compartilhadas
por outros pesquisadores pode nos trazer novas possibilidades de aprender e ensinar, nos fazer
refletir sobre nossas práticas. Os hábitos de leitura e escrita se modificaram possibilitando a
construção de sentidos a partir de recursos semióticos variados (KRESS, 2003). Espera-se nesse
estudo, estimular a autorreflexão da práxis (ZEICHNER, 2008), trazer possibilidades
didático-pedagógicas aos docentes e discentes que atuam no ensino de línguas, bem como trazer
4
No original: “Rather than (only) lamenting upon how our methods are constrained in new teaching environments, we
might discover altered and more generative purposes for education in our current worldly conditions, which guide us to
transformed pedagogies”.
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a perspectiva de uma aluna professora que atua no contexto pandêmico. Essa visão da
aluna-professora poderá ser compartilhada via narrativa autobiográfica, que segundo (GIMENEZ,
1994), se caracteriza como uma fonte inestimável de dados que visa expressar características
identitárias e biográficas dos seus autores. Busca-se refletir a práxis numa perspectiva crítica já
que “a narrativa autobiográfica apresenta a oportunidade de retomar o passado com a maturidade
de tempo presente, cujos posicionamentos são interessantes para o amadurecimento profissional”
(CAMARGO, 2012, p. 164).
4. OBJETIVOS
O objetivo geral deste subprojeto é discutir a formação de professores e os multiletramentos no
contexto da pandemia do Covid-19 e a autorreflexão da práxis nesse contexto. Os objetivos
específicos são:
● Refletir sobre as pesquisas e autores que discutem a práxis de professores em contexto
pandêmico;
● Observar aulas ministradas pela própria autora no início da pandemia com pouquíssimos
recursos multimodais para então comparar essa as aulas no contexto atual, com acesso
mais disponível das TICs;
● Analisar artigos, livros e lives de outros professores para escrever sobre suas
experiências e discorrer a respeito delas, comparando-as com a prática pessoal e
expondo pontos interessantes para formação de professores;
● Propor estratégias e recursos didático-pedagógicos que possam auxiliar professores de
língua inglesa no contexto remoto, a fazer uso dos multiletramentos e da multimodalidade
nas suas aulas.
4
autobiográfica (CAMARGO, 2012). Na visão da referida autora, a narrativa se torna uma
ferramenta fundamental para refletir que perspectivas pedagógicas o professor tem utilizado para
exercer sua profissão. Na visão de Freitas e Galvão (2007, p. 220), a narrativa autobiográfica traz
ao pesquisador a oportunidade de analisar experiências e fatos marcantes de forma
contextualizada. Essa análise crítica pode auxiliar professores em formação inicial e trazer
perspectivas diferenciadas aos problemas enfrentados pelos docentes durante a pandemia.
Ainda no que tange as práticas pedagógicas do professor durante a pandemia, Santos et al.
(2020) nos advertem que, as práticas letradas convencionais (com foco no impresso, no livro
didático físico, na escrita restrita em papel), precisam ser reconfiguradas para atender as
demandas do século XXI. A pandemia do Coronavírus acelerou o acesso às TICs. É visível a
necessidade urgente de alfabetização computacional (SCHUHMACHER et al, 2020, p. 13). Muitos
depoimentos de alunos e professores demonstram que eles se sentiram despreparados para atuar
em tempos de pandemia, e mesmo o uso do Word e do Google Docs, que a princípio podem
parecer ser ferramentas simples, foram consideradas entraves para o exercício da prática de
docentes e discentes ao redor do mundo. Nessa perspectiva, busca-se nessa pesquisa trabalhar
com textos, livros, e experiências pessoais que tragam outras visões à formação de professores e
alunos, tendo em mente que as TICs estão presentes não só na nossa vida cotidiana, mas
também nos contextos escolares.
6. RESULTADOS ESPERADOS
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de tornar o aprendizado mais proveitoso e dinâmico para seus alunos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARGOLO JUNIOR, C.; SANTOS JUNIOR, R.; OLIVEIRA, M. A. V.; SOUZA, P. M. P. S.; DIAS, M.
R. S. B. Aulas remotas: solução para o processo de ensino-aprendizagem em tempos de
pandemia? In: Anais do VI Simpósio de Ensino, Linguagens e suas Tecnologias. Londrina:
UNOPAR, 2020. Disponível em: <https://selitec.pgsskroton.com/anais/edicao-ano.php?ano=2020>
Acesso em 14 de junho de 2021.
DINIZ DE FIGUEIREDO, E. H. Globalization and the global spread of English: concepts and
implications for teacher education. In: GIMENEZ, T.; EL KADRI, M. S.; CALVO, L. C. S. (Ed.).
English as a lingua franca in teacher education: a Brazilian Perspective. Berlin/Boston: De
Gruyter Mouton, p. 31- 52, 2018.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 65ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.
KRESS, G. Literacy in the new media age. New York: Routledge, 2003.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU,
1986.
6
<Práticas de Multiletramento na pandemia SANTOS et al (1).pdf>. Acesso em: 15 de junho de
2021.
TARC, P. Education post-Covid-19: Re-visioning the face-to-face classroom. In: Current Issues in
Comparative Education, v. 22, issue1, Special Issue, p. 121-124, 2020.
ZEICHNER, K. Uma análise crítica sobre a “reflexão” como conceito estruturante na formação
docente. In: Educação e Sociedade, Campinas, v.29, n.103, p. 535-554, maio/ago. 2008.
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
8.
9.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Meses
Ago/ Set Out No Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
2021 v /
202
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Revisão bibliográfica e X X X X X X
seleção de textos
7
Leituras, discussão dos X X X X X X X
textos e produção de
resenhas
X X X X X
X X X X X
X X X X
Relatório Semestral X X X
conforme modelo
PROPESP, até último
dia útil do mês de março
de 2022.
X X X X
Produção de artigo X X X X X X
científico para
publicação em periódico
e participação em
congressos
Inscrição e submissão X
de trabalho no EAIC de
2022.
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