Estabelece procedimentos administrativos para o controle da responsabilidade sobre os bens móveis no âmbito da Administração Pública Estadual, e dá outras providências.
Estabelece procedimentos administrativos para o controle da responsabilidade sobre os bens móveis no âmbito da Administração Pública Estadual, e dá outras providências.
Estabelece procedimentos administrativos para o controle da responsabilidade sobre os bens móveis no âmbito da Administração Pública Estadual, e dá outras providências.
INSTRUÇÃO NORMATIVA CAGE Nº 6, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1998.
Estabelece procedimentos administrativos para o controle da responsabilidade sobre os bens móveis no âmbito da Administração Pública Estadual, e dá outras providências. A CONTADORA E AUDITORA-GERAL DO ESTADO, considerando o disposto no artigo 70 da Constituição Estadual, RES O L V E: Expedir esta Instrução Normativa com vistas a disciplinar o controle e a guarda dos bens móveis pertencentes à Administração Pública Estadual. TÍTULO I - DOS SISTEMAS DE CONTROLE PATRIMONIAL Art. 1º Os sistemas de controle patrimonial existentes no âmbito da Administração Pública Estadual deverão possibilitar o registro analítico de todos os bens de caráter permanente, indicando os elementos necessários para a perfeita caracterização e localização de cada um deles, bem como identificando o agente responsável pela sua guarda. Parágrafo único Os sistemas referidos no caput deverão permitir a emissão, a qualquer tempo, de listagens dos bens sob a guarda de determinado agente. Art. 2º Todo e qualquer evento que implicar em incorporação, transferência, alienação ou perda de móvel, assim como a alteração de responsável deverão ser objeto de registro imediato no sistema de controle patrimonial. Parágrafo único Para fins desta Instrução Normativa considera-se: a) incorporação de bem móvel: o processo de ingresso de bem ao acervo patrimonial do órgão ou entidade mediante aquisição, doação, construção, confecção ou produção própria, permuta, dação em pagamento ou adjudicação; b) transferência de bem móvel: todo e qualquer deslocamento físico de um bem, de um local para outro da mesma entidade, em caráter permanente ou provisório; c) alienação de bem móvel: o processo de exclusão de bem do acervo patrimonial do órgão ou entidade mediante venda, doação, permuta ou dação em pagamento; e d ) perda de bem móvel: consiste no desaparecimento de bem decorrente de roubo, furto, acidente, sinistro ou destruição. TÍTULO II - DA RESPONSABILIDADE DOS AGENTES Art. 3º Nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, a responsabilidade pela guarda e uso dos bens móveis deverá ser atribuída: a) aos titulares e respectivos substitutos de todas a unidades administrativas, em relação aos bens existentes nessas; e b) a determinado agente, em relação aos bens que utilizar em caráter exclusivo. Parágrafo único O disposto no caput deste artigo não desonera o servidor público de seu dever de zelo para com os bens públicos, conforme estipulado em estatuto funcional, e tampouco exime o celetista de falta grave, sujeito à despedida com justa causa, em caso de danos a esses bens. Art. 4º O agente enquadrado nas situações referidas no artigo anterior, ao assumir o encargo, firmará Termo de Responsabilidade, documento este que deverá conter, no mínimo: a) a discriminação de todos bens colocados à disposição da unidade administrativa ou do agente, conforme dados do sistema de controle patrimonial, b) declaração de compromisso pela guarda e uso dos bens relacionados; e c) data, assinatura do agente, identificando nome e matrícula. Art. 5º O Termo de Responsabilidade será emitido, em 2 (duas) vias pela unidade ou sistema de controle patrimonial do órgão ou entidade que, após assinadas, terão arquivo: a) 1º via, na respectiva unidade administrativa; e b) 2º via, na unidade de controle patrimonial. Art. 6º A transferência de bem móvel, entre unidades administrativas do mesmo órgão ou entidade, será formalizada mediante Termo de Cessão de Bens, firmado pelos titulares das unidades cedente e cessionária. § 1º O documento referido no caput deste artigo será emitido em 3 (três) vias pela unidade ou sistema de controle patrimonial do órgão ou entidade que, após assinadas, terão arquivo: a) 1º via, na unidade organizacional cedente; b) 2º via, na unidade organizacional cessionária; e c) 3º via, na unidade de controle patrimonial; § 2º O Termo de Cessão de Bens deverá conter: a) discriminação detalhada dos bens objeto da transferência; b) prazo da cessão se for o caso; c) data e nome, matrícula e assinatura do titular da unidade cedente; e d) declaração de compromisso pela guarda e uso dos bens relacionados, por parte do titular da unidade cessionária. Art. 7º A passagem de carga patrimonial por ocasião de alteração de titular de unidade organizacional deverá observar o seguinte: a) a emissão, pelo titular, de listagem atualizada de bens; b) o acompanhamento do inventário, pelo titular e o sucessor, e comparação da existência física com a listagem; c ) a elaboração d e ata de passagem de carga, assinada pelo titular e o sucessor, circunstanciando, inclusive, se houver, a relação de bens não localizados fisicamente, mas relacionados na listagem. Art. 8º A constatação de falta de bens móveis, qualquer que seja seu motivo, deverá ser denunciada de imediato pelo titular da repartição ou servidor ao titular da unidade de controle patrimonial, mediante a abertura de expediente administrativo. § 1º O titular da unidade de controle patrimonial, após conhecimento do expediente referido no caput deste artigo, encaminhará o mesmo ao dirigente máximo do órgão ou entidade, que providenciará na instauração de sindicância com o fim de apurar os prejuízos e responsáveis. § 2º Caso não tome providências deverá restituir o bem, independentemente de outras cominações legais. § 3º O expediente será instruído, em qualquer caso, com boletim de ocorrência policial. Art. 9º Havendo a necessidade de aferir, de forma sistemática, a adequada aplicação do estipulado no artigo 3º e no caput do artigo 5º, as Seccionais da CAGE ou os órgãos de fiscalização interna das entidades da Administração Indireta poderão requisitar para controle próprio, em cada caso, a emissão de uma via adicional do Termo de Responsabilidade e/ou do Termo de Cessão de Bens. Art. 10 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 Revogam-se as disposições em contrário. Porto Alegre, 29 de dezembro de 1998. DOE de 30/12/1998 Página 2 de 2 Vera Rejane Gonçalves de Oliveira, Contadora e Auditora-Geral do Estado.