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Métodos Ágeis & PMBoK: Uma Revisão Sistemática da Literatura sobre o uso
de Abordagens Híbridas no Gerenciamento de Projetos de Software

Conference Paper · September 2016

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Julia Couto
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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MÉTODOS ÁGEIS E PMBoK: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
SOBRE O USO DE ABORDAGENS HÍBRIDAS NO GERENCIAMENTO DE
PROJETOS DE SOFTWARE

Júlia Mara Colleoni Couto1

Resumo
O gerenciamento eficaz de projetos de software é essencial para que esses projetos sejam
executados de maneira satisfatória e entregues com sucesso. Tratando-se da gestão de projetos,
o Project Management Body of Knowledge (PMBoK) é um dos guias mais utilizados no
mundo, e os métodos ágeis estão cada vez mais consolidados como uma forma moderna e
competente de desenvolver sistemas. Devido à singularidade da cultura organizacional
presente em cada empresa, muitas delas acabam por adotar modelos de gerência combinados,
e, apesar de haver um número considerável de pesquisas sobre a gestão de projetos de
software, não há muitos estudos que tratam especificamente de metodologias híbridas para
essas situações. Dessa forma, este artigo tem por objetivo identificar como ocorre o
gerenciamento híbrido de projetos de software onde são utilizadas as boas práticas descritas
no PMBoK em conjunto com os métodos ágeis. Para que esse objetivo fosse alcançado, foi
conduzida uma revisão sistemática da literatura publicada entre 2002 e 2016. Os resultados
mostram que existem três abordagens que aliam métodos ágeis e PMBoK: uma
predominantemente ágil, outra predominantemente PMBoK e uma terceira abordagem, onde
ocorre uma maior mescla entre as boas práticas do PMBoK e as metodologias ágeis.

Palavras-chave: Gerência de projetos. Projetos híbridos. Métodos ágeis. PMBoK. PMI.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, cada vez mais busca-se por eficiência e produtividade nos projetos
de desenvolvimento de software. Sabe-se, individualmente, sobre as vantagens de embasar o
gerenciamento de um projeto utilizando-se das boas práticas descritas pelo Project
Management Institute - PMI (2013) no Project Management Body of Knowledge (PMBoK),
assim como também existe vasta literatura sobre as vantagens da utilização dos métodos ágeis.
Dentre as vantagens do PMBoK, podemos citar que ele é bastante genérico, pois compila um
conjunto de conhecimentos normalmente aceito quando se trata de gerenciamento de projetos.
Isso quer dizer que ele pode ser aplicado à maioria dos projetos, na maior parte do tempo
(Prikladnicki, 2008). Se compararmos com os métodos tradicionais de desenvolvimento de
software – por exemplo o método cascata, os métodos baseados no Manifesto Ágil também
têm suas vantagens. Segundo Soares (2004), entre as vantagens do desenvolvimento ágil,
destaca-se a aceleração no ritmo de desenvolvimento e uma maior abertura a mudanças de
requisitos durante o ciclo de vida do projeto, o que impacta na qualidade do produto a ser
entregue e na satisfação do cliente.

1 Pós-Graduanda no MBA em Gestão de Projetos pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Sul.
(julia.couto@acad.pucrs.br)
Cada empresa utiliza um modelo de gestão de projetos de software, e possui
uma cultura organizacional única e que as diferencia das demais. Devido as peculiaridades
inerentes a cada negócio, muitas empresas acabam por adotar modelos de gestão de projetos
combinados, para melhor atender as suas necessidades. Nesse contexto, surge a necessidade
de entender como funcionam os projetos que trabalham com ambas as abordagens, e de que
maneira as práticas recomendadas pelo PMI são aplicadas em conjunto com práticas ágeis.
A aplicação de práticas do PMBoK em conjunto com práticas de metodologias
ágeis no gerenciamento de projetos de software é o foco deste estudo. O uso combinado
dessas práticas, provenientes de abordagens distintas, é chamado nesse estudo de “abordagem
híbrida”.
Os objetivos da pesquisa são os seguintes:
 Identificar estudos que discutam projetos de desenvolvimento de software
que adotam métodos ágeis em conjunto com as boas práticas do PMBoK.
 Detalhar as características dos projetos, bem como verificar como ocorre na
prática a sua execução – como ocorre o “casamento” dos métodos ágeis com
o PMBoK.
Os resultados aqui apresentados foram atingidos a partir de uma revisão
sistemática da literatura, conforme o modelo descrito por Brereton et al. (2007). Esse é um
método de pesquisa utilizado por pesquisadores da Ciência da Computação, principalmente na
área de Engenharia de Software. Este método de pesquisa recomenda a construção de um
protocolo de pesquisa que contribui para a identificação e seleção de estudos que ajudam a
responder as questões de pesquisa.
Partindo da premissa que existem projetos que utilizam o guia de boas práticas
do PMI em conjunto com métodos ágeis, objetivando o gerenciamento de projetos de
software, o presente estudo busca responder às seguintes questões:
 Quais as características dos projetos que utilizam métodos ágeis em
conjunto com o guia de boas práticas do PMI?
 Como ocorre o gerenciamento desses projetos – o que é utilizado dos
métodos ágeis e o que é utilizado do PMBoK?
Como principal contribuição, esse estudo mostra que existem três abordagens
onde são utilizados métodos ágeis em conjunto com o PMBoK. Uma das abordagens, mostra
projetos de software onde a maior parte do projeto utiliza metodologias ágeis, mas alguns
pontos, como por exemplo o gerenciamento de riscos, utiliza práticas mais tradicionais como
o PMBoK. Em outra abordagem, a maior parte do projeto é gerenciada de acordo com as
melhores práticas descritas pelo PMI (2013), e alguns pontos específicos do projeto utilizam
metodologias ágeis. Uma terceira abordagem mostra projetos que utilizam modelos mais
adaptativos, onde as práticas ágeis e o PMBoK são utilizadas nos projetos de maneira quase
equivalente, num modelo mais híbrido e equilibrado.
As próximas Seções estão assim organizadas: A Seção 2 traz a fundamentação
teórica, que discute os principais conceitos utilizados. Na Seção 3, os procedimentos
metodológicos são apresentados, explicando o processo de revisão sistemática da literatura.
Na Seção 4, os resultados do estudo são apresentados e discutidos. Finalmente, na Seção 5,
são apresentadas as conclusões obtidas, os trabalhos futuros e as limitações do estudo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para um maior entendimento sobre o contexto da presente pesquisa, essa Seção


traz breves definições sobre gerenciamento de projetos, métodos ágeis e o PMBoK.
2.1.Gerenciamento de Projetos de Software
Gerenciamento de projetos é a aplicação de técnicas, habilidades e
conhecimentos para viabilizar a execução de um projeto de forma eficaz (PMI, 2013). Um
projeto, segundo o PMI, é um empreendimento temporário, que objetiva criar um produto,
resultado ou serviço únicos. No caso de gerenciamento de projetos de software, o produto a
ser entregue é um sistema em funcionamento. Para gerenciar um projeto de desenvolvimento
de software, é possível utilizar métodos de gerenciamento tradicionais, como o PMBoK;
métodos ágeis, como o Scrum; ou ainda é possível adotar abordagens híbridas, onde utiliza-se
práticas descritas no PMBoK aliadas a práticas ágeis.
2.2. Métodos Ágeis
Métodos ágeis, ou desenvolvimento ágil de software, são um conjunto de
metodologias que provêm uma estrutura conceitual, com uma abordagem iterativa e
adaptativa, que pode ser utilizada na gestão de projetos de engenharia de software
(Abrahansson, 2002). As metodologias ágeis surgiram com o Manifesto Ágil, que compila
uma relação dos princípios que servem como base para o desenvolvimento ágil de software
(ou Agile). O manifesto possui quatro valores fundamentais, a saber:
 Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas;
 Software em funcionamento mais que documentação abrangente;
 Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos;
 Responder a mudanças mais que seguir um plano;
Valores Fundamentais (Manifesto Agil, 2001)
Outra parte essencial que compõe o manifesto é a lista que contém os doze
princípios, elencados a seguir:
 Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente, através da entrega adiantada e
contínua de software de valor.
 Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimento. Processos
ágeis se adequam a mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens
competitivas.
 Entregar software funcionando com frequência, na escala de semanas até meses,
com preferência aos períodos mais curtos.
 Pessoas relacionadas à negócios e desenvolvedores devem trabalhar em conjunto
e diariamente, durante todo o curso do projeto.
 Construir projetos ao redor de indivíduos motivados, dando a eles o ambiente e
suporte necessário, e confiar que farão seu trabalho.
 O Método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para, e por dentro de
uma equipe de desenvolvimento, é através de uma conversa cara a cara.
 Software funcional é a medida primária de progresso.
 Processos ágeis promovem um ambiente sustentável. Os patrocinadores,
desenvolvedores e usuários, devem ser capazes de manter, indefinidamente,
passos constantes.
 Contínua atenção à excelência técnica e bom design, aumenta a agilidade.
 Simplicidade: a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser
feito.
 As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de equipes auto
organizáveis.
 Em intervalos regulares, a equipe reflete em como ficar mais efetivo, então, se
ajustam e otimizam seu comportamento de acordo.
Princípios Ágeis (Manifesto Agil, 2001)
Entre os métodos que implementam o manifesto ágil, pode-se citar: Scrum
(detalhado na próxima Seção), eXtreme Programming (XP), Crystal e Feature Driven
Development.
2.2.1. Scrum
Como o Scrum é amplamente citado nos projetos estudados, alguns termos
referentes a metodologia são aqui descritos, utilizando como base o Guia do Scrum
(Schwaber e Sutherland, 2013).
 Definição: framework (um processo de engenharia de software) estrutural
utilizado em projetos de desenvolvimento de produtos complexos.
 Sobre a equipe: são auto organizáveis e multifuncionais, e escolhem a
melhor maneira de completar seu trabalho em vez de serem dirigidos por
outros de fora da equipe. Fazem parte da equipe:
o Product owner: o dono do produto, responsável por maximizar o valor
do produto e do trabalho da equipe do desenvolvimento. É responsável
pelo Backlog do Produto.
o Equipe de desenvolvimento: profissionais responsáveis por entregar
uma versão usável para incrementar o produto, ao final de cada Sprint.
o Scrum Master: pessoa com bastante conhecimento do Scrum,
responsável por garantir que o framework seja entendido e aplicado.
 Eventos: são acontecimentos rotineiros que devem acontecer ao utilizar-se
Scrum.
o Sprint: Entrega incremental, que ocorre aproximadamente a cada um
mês e agrega valor ao produto final do projeto.
o Reunião de planejamento da Sprint: Reunião onde se planeja o trabalho
a ser realizado durante a próxima Sprint.
o Reunião diária: reunião onde a equipe se reúne diariamente, por 15
minutos, para sincronizar as atividades e criar um plano para as
próximas 24 horas.
o Revisão da Sprint: ao final de cada Sprint, é feita uma revisão do que
foi entregue, para inspecionar o incremento e, se for necessário, ajustar
o Backlog do Produto.
 Artefatos: representam o trabalho, e são projetados para maximizar a
transparência nos projetos:
o Backlog do Produto: Lista ordenada e priorizada com tudo o que deve
ser entregue no produto.
o Backlog da Sprint: itens do Backlog do Produto selecionados para a
implementação na Sprint atual.
o Incremento: todos os itens do Backlog do Produto que foram entregues
durante a Sprint.
2.3. PMI e o Guia PMBoK®
O Project Management Institute (PMI) é o órgão responsável pela publicação
do PMBOK. O PMI também emite certificados (após aprovação dos candidatos em prova
teórica e comprovação de experiência profissional) para profissionais de áreas de
conhecimento como gerência de projetos, programas, portfólios, riscos, analistas de negócios,
etc. Esse órgão também apoia a utilização de princípios e práticas ágeis na execução dos
projetos, com uma certificação profissional específica para especialistas em métodos ágeis – a
PMI-ACP (Agile Certified Practicioner).
Contudo, o foco do presente artigo é o Guia PMBoK, que é o conjunto de boas
práticas utilizado por mais de 75% dos projetos no mundo (Singh e Lano, 2014). Ele divide o
processo de gerenciamento em cinco grupos de processo e dez áreas de conhecimento, que
reúnem processos que perpassam todas as fases do ciclo de vida do projeto, a saber:
 Grupos de processo:
o Iniciação: inclui os procedimentos para dar início ao projeto.
o Planejamento: é formado pelos processos que permitem desenhar como
será desenvolvido o projeto.
o Execução: é a maior parte em um projeto; é formado pelos processos
que permitem entregar o produto do projeto.
o Monitoramento e controle: processos que permitem monitorar o
andamento do trabalho e controlar, assim como fazer as alterações
sempre que necessário.
o Encerramento: Processos para a finalização do projeto.
 Áreas de conhecimento:
o Integração: processos e atividades para identificar, definir, combinar,
unificar e coordenar os demais processos e atividades em um projeto.
o Escopo: Processos para definir e delimitar tudo o que será feito e o que
não será feito em um projeto.
o Tempo: Processos para planejamento de cronograma, alocação de
pessoas, etc.
o Custos: Inclui estimativas, orçamentos e controle dos custos.
o Qualidade: Busca assegurar que o projeto satisfaça as necessidades do
cliente, dentro do que é esperado e do que foi acordado.
o Recursos humanos: Busca organizar e gerenciar a equipe do projeto.
o Comunicações: Objetiva garantir que as informações do projeto serão
geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas
de maneira oportuna e apropriada.
o Riscos: Busca maximizar a exposição aos eventos positivos
(oportunidades) e minimizar a exposição aos eventos negativos
(ameaças).
o Aquisições: Reúne os processos para compra ou aquisição de produtos,
serviços ou resultados externos à equipe do projeto.
o Stakeholders (Partes interessadas): Refere-se aos processos para
gerenciamento de todas as partes que podem ser afetadas por decisões
do projeto.
Esse breve apanhado sobre gerenciamento de projetos, PMBoK e métodos ágeis, é
imprescindível para um melhor entendimento dos resultados da revisão sistemática da
literatura, que discorre em maior profundidade sobre os relacionamentos entre esses conceitos.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nessa sessão explica-se o processo da Revisão Sistemática da Literatura (RSL).


O processo seguido foi descrito por Brereton et al. (2007), e é ilustrado na Figura 1, que foi
criada nesse estudo para melhor entendimento do passo a passo do processo. A aplicação do
método aqui descrito pode ser visualizada na Seção 3.5.
3.1. Tipologia da Pesquisa
Uma Revisão Sistemática da Literatura é um tipo de método de pesquisa muito
utilizado na área de Engenharia de Software, que objetiva mapear os estudos relevantes sobre
determinado tema, e entender o contexto associado a esse tema de maneira ampla e
aprofundada. Com uma RSL é possível conhecer o estado da arte sobre o tema pesquisado,
bem como entender de onde ele surgiu e como se desenvolveu através do tempo.
O ciclo de vida de uma RSL divide-se em três fases:
 Planejamento: etapa onde definem-se as questões de pesquisa e o protocolo
de pesquisa é desenvolvido e validado.
 Execução: compreende a identificação de artigo de controle, seleção e
avaliação inicial dos estudos, e extração e sumarização dos resultados.
 Documentação: fase onde é feita a redação e a validação do relatório
desenvolvido, com base nos resultados encontrados nos artigos estudados.

Figura 01: Processo da Revisão Sistemática da Literatura


3.2. Unidade de Análise
O presente artigo contém uma compilação dos resultados de estudos realizados
em diversas organizações que desenvolvem software, espalhadas pelo mundo. Os tipos de
projetos e organizações abrangidos no presente estudo estão melhor detalhados na Seção 4.1.
3.3. Coleta de Dados
Os dados foram coletados a partir da análise, leitura e classificação dos artigos
selecionados durante o processo da RSL.
3.4. Forma de Análise dos Dados
Os dados foram analisados com uma análise de conteúdo qualitativa, conforme
é detalhado na Seção 4. Nesse tipo de análise, o material a ser estudado é analisado passo a
passo com um controle metodológico rígido. É um procedimento mais intuitivo, maleável e
adaptável, visto que depende do entendimento do pesquisador sobre o que está sendo lido para
que se possa chegar nas conclusões (Baroln, 1977).
3.5. Protocolo da Revisão
Nas próximas subseções detalha-se o protocolo utilizado para o
desenvolvimento do presente estudo. Esse protocolo seque o fluxo ilustrado na Figura 01.
3.5.1. Questões de Pesquisa
O objetivo deste estudo é responder as seguintes questões:
 Quais são as características dos projetos que utilizam métodos ágeis em
conjunto com o guia de boas práticas do PMI?
 Como ocorre o gerenciamento desses projetos – o que é utilizado de
métodos ágeis e o que é utilizado do PMBoK?
3.5.2. Desenvolvimento do Protocolo
O protocolo da RSL foi desenvolvido e aplicado em cima do motor de busca da
Scopus 2, por ser a maior base de dados de resumos e citações científicas, compilando mais de
50 milhões de registros, 21 milhões de títulos e 5.000 editores, dentre os quais ACM, Elsevier,
IEEE, Springer, etc.
Para execução da pesquisa em um motor de busca online, uma string deve ser
definida. Uma “string de busca” é um conjunto de palavras unidas por operadores lógicos. Os
operadores em questão podem ser conjunções (AND) ou disjunções (OR), além de parênteses,
chaves ou colchetes (de acordo com a sintaxe aceita onde se está pesquisando). Além disso, é
possível informar em quais campos do artigo a busca será realizada. Para o presente estudo,

2
https://www.scopus.com. Acesso em: 11/09/2016
foi consultado no título, no resumo, nas palavras chaves e em qualquer parte dos textos (ALL).
A string utilizada pesquisou por artigos que tivessem o termo “Project manag*” (O asterisco
indica que pode ser qualquer variação de “manag”: management, manager, manage, etc.)
juntamente com PMBoK (ou PMI) e AGILE (ou ágil). Strings de busca são amplamente
utilizadas para ajudar na sistematização da procura por artigos científicos em motores de
busca online. Após algumas simulações, foi definida a seguinte string de busca:
(ALL ("PROJECT MANAGE*") OR ALL ("GESTÃO DE PROJET*") OR ALL ("GERENCIAMENTO DE PROJET*") OR
ALL ("GERÊNCIA DE PROJET*")) AND (ALL (PMBoK) OR ALL (pmi)) AND ( ALL (agile) OR ALL (agil))

Foram utilizadas palavras-chave nos idiomas português e em inglês, porque a


maioria dos artigos na área da Ciência da Computação são publicados em inglês.
3.5.3. Validação do Protocolo
A validação do protocolo se deu a partir da leitura de alguns dos artigos
resultantes da busca e constatação de que alguns deles respondiam às questões de pesquisa.
3.5.4. Identificação dos Artigos de Controle
Um artigo de controle é um artigo resultante da pesquisa sistematizada, e que
sabidamente responde às suas questões de pesquisa. Ele é utilizado para validar se a string de
busca está adequada, pois caso esse artigo não retorne durante ajustes na string, essa terá que
ser revisada e ampliada para que esse estudo seja incluído.
Foi definido o seguinte artigo de controle: Agile project management - Agilism
versus traditional approaches (FERNANDEZ, 2008).
3.5.5. Seleção Preliminar dos Estudos
Para dar início a seleção e classificação dos estudos, o resultado da string de
busca foi exportado para o formato de texto, para posteriormente ser importado no Start
(ferramenta desenvolvida pela Universidade Federal de São Carlos, que auxilia os
pesquisadores na execução do processo da revisão sistemática). No Start foi cadastrado o
presente protocolo. Posteriormente, procedeu-se a importação do arquivo de texto e iniciou-se
a seleção. A pesquisa na base da Scopus retornou 475 artigos, publicados entre os anos de
2002 e 2016. Após a seleção preliminar foram aceitos 153 artigos, 316 foram rejeitados e 6
foram identificados como duplicados. A seleção inicial se deu a partir da leitura do título,
palavras-chave e resumo dos artigos.
3.5.6. Avaliação da Qualidade dos Estudos
Para que fosse possível recuperar resultados interessantes e relacionados ao
tema da pesquisa, foram definidos critérios de inclusão e exclusão dos estudos. Para que
fossem aceitos, os artigos deveriam atender aos seguintes critérios:
 Ser um estudo de natureza qualitativa ou quantitativa sobre gerenciamento
de projetos de software com métodos ágeis e PMBoK;
 Estar disponível na internet para download sem custo;
 Apresentar o texto completo do estudo em formato eletrônico;
 Ser proveniente de conferência, revisão ou periódicos;
Os artigos descartados se enquadraram em pelo menos um dos critérios abaixo
relacionados:
 Não tratar do tema “gerenciamento de projetos com Métodos ágeis e
PMBoK”;
 Estar em outros idiomas que não o Inglês ou Português;
 Estar indisponível para download gratuito;
 Ser incompleto, pôster ou prefácio;
3.5.7. Extração dos Resultados
A fase de extração iniciou-se com o download dos 153 artigos, onde 134
artigos foram rejeitados de acordo com os critérios de exclusão listados anteriormente.
Também houve um artigo identificado como duplicado (artigos do mesmo autor sobre o
mesmo tema em conferências diferente). Todos os 153 artigos foram lidos para verificar se
respondiam às questões de pesquisa.
3.5.8. Sumarização dos Resultados
Após a leitura dos artigos que chegaram na fase de extração dos resultados,
foram elencados os 18 artigos referenciados no presente estudo, que atendem a todos os
critérios de inclusão e respondem às questões de pesquisa.
3.5.9. Redação e Validação do Relatório da Revisão
A redação do relatório da RSL foi realizada após a leitura integral dos artigos
selecionados, e os resultados podem ser visualizados na Seção 4. A validação do relatório foi
feita após a finalização, com a revisão do texto e das informações contidas na Seção de
resultados.

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nessa Seção é apresentado o relatório da RSL. Foi identificado que existem


três abordagens para o uso em conjunto de métodos ágeis com o PMBoK: uma que utiliza
predominantemente métodos ágeis, outra que utiliza predominantemente o PMBoK e uma
terceira onde ocorre uma mistura de práticas, e ambas as abordagens são aplicadas de maneira
quase igual. Segue uma breve definição para cada abordagem:
 Abordagens ágeis com segmentos de PMBoK: nessas abordagens, a maior
parte dos projetos emprega métodos ágeis, mas parte deles utiliza alguma
abordagem tradicional baseada no PMBoK.
 Abordagens PMBoK com segmentos ágeis: nessas abordagens, a maior
parte dos projetos utiliza o PMBoK, mas uma parte deles utiliza alguma
abordagem ágil.
 Abordagens híbridas: nessas abordagens ocorre o uso equilibrado de
métodos ágeis e do PMBoK.
Essas abordagens foram consideradas para responder as questões de pesquisa, e
são ilustradas na Figura 02.

Figura 02: Abordagens híbridas


4.2. Quais as características dos projetos que utilizam o guia de boas práticas do PMI
em conjunto com métodos ágeis?
Para responder a essa questão, os estudos foram separados de acordo com o
tipo de projeto correspondente.
 Projetos de desenvolvimento de software genéricos, executados em
diferentes tipos de organização: Porrawatpreyakorn, Quirchmayr e
Chutimaskul (2010), Noureddine e Damodaran (2009), Schwalbe (2012),
Uikey e Suman (2012), Sixsmith, Freeburn e Mooney (2014) e Kajko-
Mattsson e Nyfjord (2009).
 Empresas de pequeno a médio porte: Turner, Ledwith e Kelly (2010) e
Conforto e Amaral (2010).
 Projetos distribuídos: Batra et al. (2010) e Nelson, Taran e Hinojosa (2008).
 Projetos complexos: Belov (2013) e Balçi̇ çek et al. (2013).
 Projetos com muitas incertezas: Fernandez e Fernandez (2008).
 Projeto para a reengenharia de um sistema: Hori et al. (2009).
 Empresa de grande porte: Eder et al. (2015).
 Projetos de simulação: Quaglia e Tocantins (2011).
Os dados sugerem que a maioria das abordagens híbridas se aplicam a projetos
de desenvolvimento de software genéricos, ou seja, de tamanhos e complexidade diversos.
4.3. Como ocorre o gerenciamento desses projetos – o que é utilizado do PMBoK e o que
é utilizado de métodos ágeis?
Nessa sessão, os resultados foram separados de acordo com a abordagem
utilizada.
4.3.1. Abordagens Ágeis com segmentos de PMBoK:
No estudo de Siddique e Hussein (2014), os riscos são gerenciados com uma
abordagem tradicional (PMBoK) e o restante do projeto utiliza métodos ágeis
Eder et al. (2015) mostram o estudo em uma empresa que faz uso de técnicas e
ações ágeis, predominantemente. Do PMBoK, utiliza-se o processo de coleta de requisitos,
reuniões e o gráfico de Gantt, além de ter o banco de dados como ferramenta.
Os autores Uikey e Suman (2012) propõem um framework baseado no Scrum,
que enfatiza a metodologia, a gestão dos requisitos, equipes, clientes, teste e documentação no
gerenciamento de um projeto. O framework proposto é ilustrado na Figura 03. A figura é
apresentada no idioma original (inglês) para não comprometer o significado de algumas
palavras.

Figura 03: Framework proposto por Uikey e Suman (2012)


O estudo de Nelson, Taran e Hinojosa (2008) mostra uma adaptação dos
processos relacionados ao gerenciamento dos riscos: Identificação, análise, mitigação e
rastreamento dos riscos. Foi utilizado o SEI’s (Software Engineering Institute) Risk
Management Paradigm, que é um framework que contém boas práticas para o gerenciamento
de riscos, baseado em modelos tradicionais como o PMBoK. Para apoiar esse processo, foi
criada uma função de gerente dos riscos, que era temporariamente atribuída a um dos
membros e depois ia para outro, para ajudar a equipe a coordenar as ações voltadas a riscos. A
maior parte dos projetos utiliza Scrum, com lista de tarefas priorizadas, planejamento e
revisões de iterações, Sprints, Revisão da Sprint e Reunião de planejamento da Sprint.
Kajko-Mattsson e Nyfjord (2009) discorrem sobre projetos onde os métodos
ágeis adotados incluem eXtreme Programming (XP) e Scrum. Foram adicionados processos,
técnicas e ferramentas tradicionais de gestão de riscos dentro das práticas ágeis, conforme
ilustrado na Figura 04.

Figura 04: Framework proposto por Uikey e Suman (2012)


.
4.3.2. Abordagens PMBoK com segmentos ágeis:
Hori et al. (2009) mostram uma abordagem onde métodos ágeis são
empregados na fase de elicitação gradual de requisitos, e os clientes são envolvidos no
processo. Nesses projetos, as boas práticas do PMBoK são empregadas nos processos das
demais áreas de conhecimento: integração, escopo, tempo, custos, qualidade, recursos
humanos, comunicação, riscos.
Sixsmith, Freeburn e Mooney (2014) encontraram evidências do uso de um
modelo híbrido, onde métodos ágeis eram utilizados pela maioria (respondentes de um
questionário) durante a fase de execução, e as outras fases poderiam utilizar uma abordagem
mais tradicional, de acordo com o que o gerente do projeto achasse mais apropriado.
4.3.3. Abordagens híbridas:
Segundo Turner, Ledwith e Kelly (2010), micro e pequenas empresas precisam
de um modelo de gerenciamento de projetos que seja mais leve, simples e fácil de aplicar. O
foco é a gestão de requisitos, que é bem vista nas metodologias ágeis. As empresas
entrevistadas que utilizam Scrum utilizam as práticas roadmap (um mapa para organizar as
metas de desenvolvimento de um software), burndown (gráfico apresentado durante as
reuniões diárias, que mostra o andamento do trabalho) e técnicas para a construção da equipe.
Uma delas utiliza também plano do projeto, cronograma e gestão de riscos, condizentes com o
PMBoK.
No estudo realizado por Fernandez e Fernandez (2008), mostra-se um exemplo
onde ocorre a utilização dos processos de Inicialização e Encerramento do PMBoK, e a
utilização de uma elaboração progressiva para os processos de planejamento, que, assim como
os processos de Execução e Controle, são abordados de maneira ágil. Dessa forma, o
gerenciamento tradicional (PMBoK) é complementado com uma visão mais orgânica e
adaptativa (ágil).
O artigo de Batra et al. (2010) mostra a aplicação de um método ágil baseado
em Scrum, com Sprints de duas semanas, Backlog, foco na satisfação do consumidor, entregas
frequentes, retrospectivas e utilização de “software funcional entregue” como medida de
progresso do projeto. Do PMBoK, foi utilizado o ciclo de vida do projeto. Houveram etapas
de levantamento de requisitos com os usuários, análise e design, antes de partir para a
codificação. Procedeu-se uma modelagem baseada em princípios mais estruturados, como o
modelo CMMI (Capability Maturity Model Integration - Modelo de Maturidade em
Capacitação - Integração), com o gerenciamento das equipes e uso de terceirização
(outsourcing).
Conforto e Amaral (2010) desenvolveram o método IVPM2 (Iterative and
Visual Project Management Method – Método de Gerenciamento de Projeto Iterativo e
Visual). Foram utilizadas técnicas ágeis para padronizar e controlar o projeto, como o uso de
um quadro com as atividades aliadas a padrões presentes no PMBoK, como Key Performance
Indicators (KPIs).
O estudo de Balçi̇ çek et al. (2013) mostra que, na amostra pesquisada, os
programas (conjuntos de projetos correlacionados) são gerenciados com uma abordagem
tradicional - PMBoK, até a divisão em projetos e as estimativas de tempo e custo, enquanto os
projetos em si são gerenciados com abordagem ágil.
No estudo realizado por Belov (2013), o PMBoK é utilizado para o
gerenciamento do tempo (cronograma), recursos e equipes, enquanto gestão das incertezas,
arquitetura e componentes da solução são gerenciados com uma abordagem ágil.
Schwalbe (2012) traz uma adaptação onde os grupos de processo do PMBoK
respondem a uma abordagem ágil, baseada em Scrum. Para cada grupo de processo, lista-se as
práticas utilizadas:
 Iniciação:
o Ágil: determinação dos papéis, decisão do número de Sprints para
cada incremento.
o PMBoK: declaração de escopo do projeto.
 Planejamento:
o Ágil: criação dos Backlogs do produto, da Sprint e do incremento,
reunião diária.
o PMBoK: documentação de incidências (issues).
 Execução:
o Ágil: finalização das tarefas diárias durante as Sprints, produção de
um incremento ao final de cada Sprint.
 Monitoramento e Controle:
o Ágil: resolução de problemas, demonstração do produto finalizado
a cada reunião de revisão das Sprints.
o PMBoK: criação e atualização do gráfico burndown.
 Encerramento:
o Ágil / PMBoK: reflexão sobre o produto e o processo durante a
reunião de reflexão da Sprint (encerramento do projeto), para
melhorias em projetos futuros – lições aprendidas.
No estudo apresentado pelos autores Quaglia e Tocantins (2011), o PMBoK,
Scrum e PDCA (Plan – Do – Check – Act) foram utilizados em conjunto. Foi criado um ciclo
de vida para os projetos, de acordo com as boas práticas de gerenciamento do PMBoK
aplicadas sobre o ciclo do PDCA. Em cada fase foram adotadas algumas práticas ágeis do
Scrum, como Backlog do Produto e Sprint, em conjunto com abordagens, ferramentas e
técnicas descritas no PMBoK, como o gerenciamento da comunicação e o controle do projeto.
A abordagem ágil permitiu remover do projeto tudo o que não agregasse valor.
Porrawatpreyakorn, Quirchmayr e Chutimaskul, (2010) desenvolveram um
modelo de integração PMBoK-Scrum, que descreve como implementar um conjunto
completo para o gerenciamento do software e engenharia de processos, aliado a um modelo
SDM (Software Development Maturity – Maturidade no Desenvolvimento de Software)
baseado no CMMI e em CSFs (Critical Success Factors – Fatores Críticos de Sucesso), para
guiar quais processos precisam de ações mais urgentes. O modelo PMBoK-Scrum foi criado
em 3 camadas. A camada administrativa baseia-se no PMBoK; a camada produtiva baseia-se
em Scrum e a camada de integração apresenta uma sobreposição de conceitos PMBoK e
Scrum. Mais detalhes podem ser vistos na Figura 05.

Figura 05: Framework proposto por Porrawatpreyakorn et al. (2010)


Noureddine e Damodaran (2009) definiram um framework que poderia ser
aplicado a projetos de desenvolvimento de software genéricos. O framework propõe um ciclo
de vida do projeto dividido em quatro fases, a saber:
 Planejamento: Recebe como entrada o plano do projeto, e a definição do
gerente do projeto, sponsor (project champion) e demais stakeholders
(PMBoK). Objetiva criar a visão do projeto, definir objetivos, fazer o
planejamento, criar as estimativas e um conjunto básico de requisitos. É
sugerido o uso de Processo Unificado, que se baseia em algumas
características tradicionais aliadas a práticas ágeis; é orientado a casos de
uso, centrado na arquitetura e incremental.
 Inovação: visa uma produção inicial de software baseado no conjunto básico
de requisitos. Aplica-se como processo de engenharia o método ágil
eXtreme Programming (XP).
 Organização: objetiva refinar o software entregue inicialmente,
acrescentando-se funcionalidades mais específicas. O Scrum deve ser
utilizado nessa fase, pois permite que a equipe se auto organize, tornando-se
mais produtiva.
 Definição: visa resolver problemas de última hora e produzir um conjunto
completo de documentação, além de entregar a versão final do software.
Sugere-se o uso de um modelo cascata, como o PMBoK.
 Encerramento: o artigo não tem foco nessa fase, ficando como trabalhos
futuros para os autores.
Sadi e Ramsin (2009) propõe um framework, o Agile Project Management
Methodology Metamodel (APM3), que merge práticas de gerenciamento mais tradicionais
com práticas ágeis.

5. CONCLUSÕES

Os dados coletados mostram que abordagens híbridas, onde utilizam-se


práticas tradicionais aliadas a práticas ágeis, ainda são bastante utilizadas. De maneira geral,
pode-se dizer que alguns projetos ágeis utilizam práticas do PMBoK para gestão de riscos e
gestão da comunicação, por exemplo, e que projetos baseados no PMBoK utilizam práticas
ágeis no grupo de processos de execução. Quando se trata do gerenciamento de portfólios,
estratégias e tópicos relacionados à economia, padrões tradicionais são, em geral, mais
apropriados. Para que o ágil dê certo, toda a organização deve passar pelo processo de
transformação ágil, e não somente o desenvolvimento, e isso faz com que seja mais difícil
para as empresas passar com uma transformação ágil sem adaptar as práticas.
O PMBoK é um modelo mais tradicional, prescritivo, preditivo e orientado ao
plano; já os métodos ágeis são mais adaptativos, iterativos e gerenciam melhor a incerteza. A
gestão do projeto não pode dispender mais tempo que o necessário, o foco de um projeto é sua
execução. Uma sinergia entre as práticas se mostra possível e benéfica, podendo inclusive
trazer vantagem competitiva às organizações.
Ambas as abordagens possuem práticas e técnicas que devem ser utilizadas,
mas deve ter-se bem claro o contexto para escolher quais se aplicam melhor a cada situação.
Com esse estudo, foi possível mapear quais são os tipos de projetos de desenvolvimento de
software onde são utilizadas abordagens híbridas, e como ocorre a união entre abordagens
ágeis e as boas práticas descritas no PMBoK.
Como trabalhos futuros, pode ser feito um estudo baseado em um questionário
online, para melhor detalhamento de como funciona o gerenciamento dos projetos híbridos,
do ponto de vista da indústria de desenvolvimento de software.
5.1. Limitações do Estudo
Outros termos podem ser usados para designar projetos que utilizam as boas
práticas do PMI, como: gerenciamento de projetos tradicional, gerenciamento orientado ao
plano, etc. Nesse estudo, optou-se por aceitar somente artigos que citaram explicitamente o
PMBoK, pois essas outras definições englobam IPMA (International Project Management
Association – Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos), PRINCE2 (PRojects
IN Controlled Environments – Projetos em Ambientes Controlados) CMMI (Capability
Maturity Model Integration - Modelo de Maturidade em Capacitação - Integração), etc. O uso
do método escolhido (RSL) também pode ser considerado uma limitação, pois os resultados
retornados são, em sua maioria, publicações internacionais. Dessa maneira, alguns estudos
publicados somente no Brasil podem não ter sido atingidos. O viés da pesquisadora, que
trabalha com gerenciamento de projetos com o uso do PMBoK há sete anos, também pode ter
interferido nos resultados do estudo, visto que as conclusões são baseadas na leitura e
interpretação dos artigos.

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