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RESUMO
INTRODUÇÃO
Para Nascimento (2010), o EGP tem por objetivo orientar e dar suporte aos gerentes de
projetos e, dessa forma, permitir à organização desenvolver seus projetos eficazmente, de
forma racional, com redução significativa das possíveis contingências com a finalidade de
cumprir o prazo, o escopo, o custo e atender à qualidade requerida.
¹ MBA Gerenciamento de Projetos e Engenheiro Civil pelo Centro Universitário Newton Paiva.
² Pós-doutor e doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais.
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Nascimento (2010) continua, para o sucesso do EGP é importante destacar que o papel do
EGP deve estar bem definido; a alta administração deve estar comprometida; e o EGP deverá
utilizar processos e técnicas de GP próprios para o projeto.
Nos últimos anos, as organizações empresariais, dos mais diversificados mercados e níveis de
faturamento, desenvolveram métodos para a conquista dos objetivos estratégicos que busca
alcançar um alto nível de maturidade na gestão de projetos. A maturidade pode ser definida
como o grau com que o gerenciamento de projetos está sendo aplicado dentro da organização.
Em posse dessa informação, o gestor tem melhores condições para a definir o melhor
caminho para que o sucesso pleno seja alcançado.
Nesse contexto, esse artigo apresenta uma pesquisa com o objetivo de analisar como um
EGP/PMO, associado ao grau de Maturidade em Gerenciamento de Projetos, influencia no
alcance do sucesso de empresas de projetos de engenharia. Para tal, o próximo capítulo terá
uma revisão da literatura, envolvendo os construtos do gerenciamento de projetos, EGP e
Modelos de Maturidade em Gestão de Projetos, para se chegar ao modelo utilizado com
referência na pesquisa: Maturidade em Gerenciamento de Projetos MMGP-Setorial de Darci
Prado. Há então um capítulo sobre Metodologia para se apresentar os resultados e se chegar à
conclusão.
REVISÃO DE LITERATURA
1. O Gerenciamento de Projetos
Em 2017 foi publicada a sexta edição do Guia PMBOK®, 6th. ed., onde o Gerenciamento de
projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do
projeto a fim de cumprir os seus requisitos. É realizado através da aplicação e integração
apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos identificados para o projeto e permite
que as organizações executem projetos de forma eficaz e eficiente.
Na análise de Nascimento (2010), o EGP, mais conhecido como PMO (Project Management
Office), pode ser definido como uma entidade organizacional, com intuito de auxiliar os
gerentes de projetos e os times da organização, na implementação dos princípios, práticas,
metodologias, ferramentas e técnicas de GP.
Segundo o Guia PMBOK®, 6th. ed. (2017), um EGP é uma estrutura organizacional que
padroniza os processos de governança relacionados a projetos e facilita o compartilhamento
de recursos, metodologias, ferramentas e técnicas. As responsabilidades de um EGP podem
variar, desde o fornecimento de funções de apoio ao GP até o gerenciamento direto de um ou
mais projetos.
Ainda no Guia PMBOK®, 6th. ed., o EGP pode ter responsabilidade por toda a organização.
Pode desempenhar um papel no apoio ao alinhamento estratégico e gerar valor
organizacional. O EGP integra dados e informações de projetos estratégicos organizacionais e
avalia como os objetivos estratégicos de nível mais alto estão sendo alcançados.
i. CMM e CMMI
Segundo Project Builder (2017), entre todos os modelos que ajudam na avaliação da
maturidade do projeto, o Capability Maturity Model (CMM) pode ser considerado como o seu
primogênito, na década de 80. Criado pelo Software Engineering Institute (SEI) em Pittsburgh
(Estados Unidos), o CMM surgiu como forma de suprir a necessidade que alguns
profissionais tinham na área de software, principalmente no setor de desenvolvimento.
Ainda segundo Project Builder (2017), o Capability Maturity Model Integration (CMMI) é
tido como um modelo mais evoluído do primeiro, e que também foi desenvolvido pelo SEI,
tendo sua publicação no ano de 1992. Com uma proposta mais abrangente e visando uma
comunicação mais definida entre cada processo de um gerenciamento de projetos, o CMMI
tem uma entrega mais otimizada em desenvolvimento de software.
ii. PM2
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Duarte (2017) cita que este modelo de maturidade fornece um meio para identificar e medir
diferentes níveis de GP, integrando as nove áreas de conhecimento com os cinco grupos de
processos. É bem adequado para avaliar o nível organizacional. Além disso, o modelo fornece
um processo ordenado e disciplinado para alcançar níveis mais elevados de maturidade GP.
iii. KPPMM
Project Builder (2017) cita o KPMMM que foi desenvolvido por Harold Kezner em1999, seu
método recebeu duas novas atualizações e ambos os livros foram publicados em 2001 e 2005,
e é baseado em cinco níveis, sendo sua avaliação é feita a partir da resposta de questionários
padrões.
iv. OPM3
v. Prado MMGP
Criado por Darci Prado em 2002, com a segunda versão lançada em janeiro de 2014, o
Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos (Prado-MMGP), teve como o objetivo
disponibilizar um modelo simples, fácil de usar e que fornecesse resultados confiáveis. O
modelo é baseado na experiência do consultor Darci Prado que possui mais de 40 anos de
experiência com gerenciamento. Auxiliou dezenas de organizações brasileiras a se
estruturarem para este desafio. Possui as seguintes características:
NIVEL 1 – Inicial
A empresa não possui uma percepção correta do que sejam projetos e GP. Projetos são
executados na base da intuição, “boa vontade” ou “melhor esforço” individual. Geralmente
não se faz planejamento e o controle é inexistente. Não existem procedimentos padronizados.
O sucesso é fruto do esforço individual ou da sorte.
Este nível representa o despertar para o assunto gerenciamento de projetos. Suas principais
características são:
NIVEL 3 – PADRONIZADO
Este nível representa a situação em que foi implementada uma plataforma de GP. Suas
principais características são:
NIVEL 4 – GERENCIADO
NIVEL 5 – OTIMIZADO
3. Competência Comportamental
4. Metodologia
Existência de uma metodologia adequada a GP e que envolve todo o ciclo que necessita ser
acompanhado. Eventualmente isto significa não somente a fase de Implementação, mas
também a fase de Business Case.
5. Informatização
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6. Estrutura Organizacional
7. Alinhamento Estratégico
Uma adequada estrutura organizacional deve estar em uso, tanto para o Business Case como
para a etapa de Implementação. Para o caso da etapa de implementação, geralmente esta
estrutura envolve gerentes de projetos, PMO, sponsor e comitês. A Estrutura Organizacional
deve definir funções regras e normatizar a relação de autoridade e poder entre os gerentes de
projetos e as diversas áreas da organização envolvidas com os projetos.
Outro ponto relevante da citada pesquisa, é a maturidade atribuída ao setor de Engenharia que
foi de 2,92 e especificamente o setor de Design (projetos de engenharia, arquitetura e etc.),
atingindo maturidade de 2,69, que na forma de concorrência direta, apresenta um grau de
atenção para maior qualificação do grupo.
METODOLOGIA
A metodologia para o desenvolvimento desse artigo foi baseada em um estudo de caso real,
com coleta de dados primários e com pesquisa bibliográfica.
i. Características da Pesquisa
O modelo MMGP permite mensurar em que grau (entre 01 e 05) uma organização está
classificada quanto à sua maturidade em GP. Essa classificação compreende os níveis
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Os valores atribuídos a cada resposta são: (A=10 pontos, B=7 pontos, C=4 pontos, D=2
pontos, E=0 pontos) e têm uma correlação com os aspectos de maturidade e com o nível
avaliado permitindo aferir desta maneira a adesão das empresas à maturidade na gestão de
seus projetos.
Com as pontuações obtidas no questionário é possível, pela soma em cada nível, traçar o
perfil de aderência. Na análise das respostas de cada nível, é possível também obter o
resultado de aderência por área.
O objeto de estudo é um grupo empresarial de médio porte, – maior que R$ 4,8 milhões e
menor ou igual a R$ 300 milhões – fonte: BNDES, composto por quatro empresas de
engenharia de projetos e consultoria, que nasceu em 1993 com capital 100% nacional, com
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Sua estrutura tecnológica de ponta, aliada a softwares criados para desempenhar tarefas
específicas, possibilita que todos os projetos sejam planejados e executados de forma ágil,
otimizada e segura. O grupo conta também com o apoio de renomados consultores nas mais
diversas áreas de atuação, que trabalham com a equipe permanente da empresa no
desenvolvimento de cada projeto.
Com o conhecimento e a experiência necessários para oferecer uma série de serviços nos
setores de elaboração de projetos, atendimento à obra, interface com os fornecedores, dentre
outros. O grupo atua nas diversas etapas dos projetos, tais como:
Possui uma estrutura organizacional projetizada, onde cada colaborador está alocado em um
ou mais projetos e respondem ao próprio gerente do projeto (Guia PMBOK®, 6th. ed.), e
conta com cerca de 130 funcionários, entre diretores; gerentes de projetos; analistas
(projetistas, desenhistas e técnicos) e estrutura em departamentos auxiliares (administrativo,
financeiro, informática, arquivo técnico e recursos humanos e etc.).
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Para a análise deste trabalho, 10 (dez) profissionais foram submetidos a uma pesquisa, sem
fins estatísticos, utilizando-se do formulário “Avaliação de Maturidade” disponibilizado, de
forma pública e gratuita, no endereço http://maturityresearch.com/ e são relacionados a seguir:
2 (dois) Diretores; 2 (dois) Coordenadores; 3 (três) Gerentes de Projeto; 3 (três) Analistas.
ANALISE DE RESULTADOS
Com a compilação das informações obtidas nas repostas ao formulário dos 10 (dez)
profissionais envolvidos, atribui-se nota 2,73, o que demostra que o grupo empresarial está
em um momento migratório do NIVEL 2 – CONHECIDO, que representa o “despertar” para
o assunto GP, onde predominam conhecimentos e ferramentas de forma introdutórias,
iniciativas isoladas para o planejamento e controle de alguns projetos, e o formação de uma
consciência sobre a importância da implementação de cada um dos componentes de uma
plataforma de GP.
competências, a existência, mesmo que inicial, de uma plataforma padronizada para GP, uso
de base line, medição de desempenho dos projetos encerrados entre outras evoluções.
A aderência, para a avaliação da maturidade, caracterizou-se como regular (acima de 20% até
60%) em todas as sete dimensões o que demonstra uma homogeneidade da Plataforma para
Gestão de Projetos, e transmite a inferência de que os principais envolvidos com GP são
competentes (conhecimentos + experiência) em aspectos de GP, em aspectos técnicos
relacionados com o produto, em aspectos comportamentais (liderança, organização,
motivação, negociação, etc.), confirma a existência de uma metodologia adequada a GP e que
os aspectos relevantes da metodologia são informatizados e o sistema é de fácil uso para
permitir a tomada de decisões corretas no momento correto.
Ainda demonstra uma adequada estrutura organizacional em uso, tanto para o Business Case
como para a etapa de Implementação. Confere também que os projetos executados no setor
estão em total alinhamento com as estratégias da organização. Os processos em questão
(gestão de portfólio) são executados com a qualidade e agilidade necessárias.
CONCLUSÃO
A pesquisa apresentada nesse artigo teve como objetivo analisar como um EGP/PMO,
associado ao grau de Maturidade em Gerenciamento de Projetos, influencia no alcance do
sucesso de empresas de projetos de engenharia. A metodologia do artigo foi estudo de caso
em um grupo empresarial do setor de engenharia de médio porte, composto por quatro
empresas. Foi desenvolvida uma pesquisa descritiva dentro da organização para identificação
do conhecimento da estrutura do EGP e da maturidade em gerenciamento de projetos das
empresas do grupo. Nessa pesquisa utilizou-se o modelo de Maturidade em Gerenciamento de
Projetos MMGP-Setorial de Darci Prado como referência.
Conclui-se que o grupo empresarial, ao atingir maturidade de 2,73, fica acima da média
nacional (2,56) e do setor de Design (2,69) e abaixo dos demais indicadores, referentes aos
estados de atuação, Minas (2,89) e Paraná (2,80), e do setor de engenharia de forma ampla
(2,92), o que reforça que a organização analisada está no caminho certo para alcançar um
nível de maturidade mais elevado e consolidar o desenvolvimento de um processo de
melhoria contínua, e com base na revisão da literatura, a implantação ou estruturação do EGP
embrionário presente em um EGP clássico, orientado ao desenvolvimento de competências
em GP, poderá trazer benefícios para a organização e contribuir com a melhoria da
maturidade em GP, bem como com o desenvolvimento de atividades e controles que
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REFERÊNCIAS