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Uma metodologia de projetos consiste em um padrão de implantação,

desenvolvimento e uso de ferramentas ao executar um projeto.

Todos sabemos que o mercado de trabalho tem se tornando mais disputado e


que o nível de exigência dos clientes tem aumentado consideravelmente.

Com isso, aplicar as metodologias de gerenciamento de projetos se


torna imprescindível.

Metodologias de projetos podem ser resumidas em um conceito: 


sistematização.

Ao organizar a ordem de execução das tarefas, além do tempo investido em


cada uma e os materiais usados, por exemplo, é mais fácil manter a execução
do projeto alinhada com as expectativas do cliente, além de integrar as
equipes e acelerar as entregas.

Uma metodologia é importante para a gestão de projetos de qualquer


empresa, mas principalmente para aquelas que executam projetos complexos
ou vários projetos simultâneos, algo comum em organizações de grande
porte.

Obviamente, cada empreendimento tem suas próprias particularidades,


necessitando de estratégias específicas. É válido afirmar que gerir um
projeto incorre na aplicação de conhecimentos, ferramentas e técnicas para
que os objetivos definidos sejam alcançados.

Usar metodologias de gestão de projetos permite a execução adequada de


todas as atividades envolvidas e garante eficiência ao processo. É importante
contar com ferramentas que se alinhem com as premissas da empresa,
melhorando seus resultados e unificando os principais setores.

É muito comum que metodologia seja confundida com outro termo


semelhante: método, principalmente por terem significados muito próximos.
Entenda essa diferença:

Metodologia vs. Método

Ambos os conceitos detalham como algo deve ser executado, porém


em escalas diferentes. Um método é relacionado a uma etapa ou processo
isolado do projeto, enquanto uma metodologia se refere a toda a execução do
projeto.

Imagine uma casa sendo construída. O projeto arquitetônico, incluindo os


materiais necessários, prazo de entrega da obra e ordem de construção,
corresponde à metodologia. Já o modo como as paredes serão pintadas ou
como a fiação será instalada, são métodos de executar uma tarefa.

Dessa forma, é importante entender que, mesmo que métodos de projetos


sejam necessários para a otimização de uma rotina de trabalho, eles só serão
efetivos junto de uma metodologia de projetos.

Agora que o conceito de metodologia está claro, vou te apresentar os três


tipos de metodologia conhecidos:

Tradicional

As metodologias tradicionais (ou preditivas) são aplicadas de forma que todo


o planejamento do projeto seja feito antes de sua execução. Desse modo,
todas as características relevantes do projeto, como cronograma, escopo,
orçamento e materiais são definidos com antecedência. Isso acaba
diminuindo a tolerância a mudanças no projeto.

Esse tipo de metodologia é mais usado por empresas que já


possuem experiência com projetos e conhecem as práticas que melhor se
encaixam a seu modelo de trabalho. Com essa expertise em projetos, essas
organizações têm menos necessidades de fazer mudanças no planejamento.
É claro que essa decisão também depende da disponibilidade de informações
sobre o projeto, como abordaremos mais adiante.

Ágil

Uma metodologia ágil, ao contrário das tradicionais, é adaptável ao rumo que


o projeto toma durante a execução. O planejamento é feito de forma iterativa,
ou seja, as características são definidas de acordo com as entregas. Se uma
etapa do projeto acaba levando mais tempo para ser finalizada, por exemplo,
o cronograma se adapta a esse imprevisto. Por isso, a tolerância a
mudanças é muito maior.

Por ser mais flexível, a metodologia ágil é mais usada por startups e


organizações, que não são tão familiarizadas com a gestão de projetos
clássica. Assim, têm mais liberdade para fazer mudanças no planejamento e
se adequar às mudanças rapidamente. Além disso, a ágil é útil também para
empresas que inovam constantemente, o que exige metodologias mais
adaptáveis.
Híbrida

Uma metodologia híbrida, como o próprio nome sugere, é composta por um


mix de conceitos tradicionais e ágeis. Assim, a empresa pode escolher quais
práticas são mais adequadas para atingir seus objetivos e metas atuais,
criando uma gestão de projetos “personalizada”. Uma organização pode
querer organizar o esforço das equipes em sprints, por exemplo, mas optar
pela utilização de um escopo bem detalhado para obter a aprovação do
cliente.

Assim, essa metodologia surge para empresas que já tem conhecimento


extenso sobre projetos, porém que buscam inovação e atualização de suas
práticas constantemente. Com uma metodologia híbrida é possível reunir o
melhor dos dois mundos!

QUAL A IMPORTÂNCIA DE ADOTAR UMA METODOLOGIA DE GESTÃO


DE PROJETOS?

As metodologias de gestão de projetos são fundamentais para que a empresa


possa sistematizar melhor seus objetivos e estratégias e, assim,
conseguir concretizá-los. Esse tipo de investimento é essencial para que a
empresa consiga alcançar novos patamares. Para tanto, é preciso de ações
positivas, como:

desenvolver potenciais;

capacitar equipes;

gerar melhorias;

conscientizar o time.

Entretanto, se essas ações são realizadas sem uma gestão apropriada e


planejada, o resultado pode não ser satisfatório, já que algumas tarefas
poderão ser esquecidas e, obviamente, as avaliações dos clientes não serão
positivas.
Além disso, não podemos deixar de mencionar que as empresas raramente
coordenam apenas um único projeto por vez. O comum é gerenciar vários
projetos ao mesmo tempo, exigindo muita atenção e um trabalho
extremamente cuidadoso, que pode ser simplificado com as metodologias de
gerenciamento de projetos.

Esse gerenciamento é tão fundamental que conta com instituições de


referência, como o PMI (Project Management Institute), que elabora normas
com o padrão PMBOK (Project Management Body of Knowledge), utilizado
em todo o país. As padronizações foram baseadas em estudos aprofundados
e ajudam as corporações e seus respectivos gestores a organizarem melhor
seus projetos.

O que é PMBOK?
Escrito por  rockcontent em 19/11/2020. Postado em  Projetos.

A publicação Guide to the Project Management Body of Knowledge (ou guia


para o conjunto de conhecimentos de gerenciamento de projetos) pode ser
considerada um divisor de águas na história da gestão de projetos. Mais
conhecida como PMBOK, é de autoria do Project Management Institute (PMI)
ou, mais precisamente, do PMI Standards Committee, o comitê de
padronização do PMI. Conhecê-lo também permite entender quais são as
aplicações e os benefícios do PMBOK.

Por mais que tenha o objetivo de abranger os principais aspectos contidos no


gerenciamento de um projeto, não deve ser confundido com metodologia. O
PMBOK consiste, na verdade, em uma padronização que identifica e
conceitua processos, áreas de conhecimento, ferramentas e técnicas.

Para saber mais sobre o tema e explorar todos os benefícios do PMBOK,


confira nosso artigo e fique por dentro!
Por que não é considerado uma
metodologia?
Ainda que seja um conceito muito propagado, é importante deixar claro que o
PMBOK não é uma metodologia, afinal, não fornece abordagens diferentes de
acordo com cada tipo de projeto. É óbvio que gerenciar um projeto de
construção é totalmente diferente de gerenciar projetos de desenvolvimento
de software, mas o guia não aborda essas minúcias.

Muito pelo contrário, fornece uma visão geral. Isso quer dizer que o PMBOK
não contempla peculiaridades de linguagem restritas à cultura de cada
organização e também não apresenta modelos únicos de documentos a
serem utilizados.

Vale a pena insistir: o PMBOK não é uma metodologia, é, na verdade, uma


coletânea de melhores práticas que descreve o universo de conhecimentos
para o gerenciamento de projetos. Contudo, por sua reconhecida importância
internacional, acabou se transformando em um padrão que serve de fonte de
inspiração para a maioria das metodologias existentes.

O que é um projeto, conforme o PMBOK?


Em linhas gerais, o guia conceitua um projeto como um esforço temporário,
ou seja, finito. Tem, portanto, início e fim bem determinados e empreendidos
para se alcançar um objetivo exclusivo, ou seja, um resultado específico que o
torna único.

Os projetos são executados por pessoas e com limitações de recursos e são


planejados, executados e controlados ao longo de seu ciclo de vida. De forma
simples, é possível afirmar que os projetos diferem dos processos e das
operações, porque esses últimos são contínuos e repetitivos, enquanto os
projetos têm caráter único.

Para que se tenha uma dimensão melhor da importância dos projetos, basta
compreender que, para que qualquer organização alcance seus objetivos, ela
precisará de esforços organizados. Isso é válido desde a construção de uma
nova fábrica até a ampliação de uma unidade operacional, por exemplo.
Como o gerenciamento de projetos é
conceituado?
Para o PMBOK, o gerenciamento de um projeto é a aplicação de habilidades,
conhecimentos, ferramentas e técnicas nas atividades da iniciativa com o
objetivo de satisfazer seus requisitos.

Ele pode ser melhor compreendido por meio dos processos que o compõem,
organizados em cinco grupos:

 iniciação;
 planejamento;
 execução;
 monitoramento e controle;
 encerramento.

Onde aplicar o PMBOK?


As melhores práticas de gerenciamento de projetos descritas no PMBOK
podem ser aplicadas a todos os tipos de projetos, independentemente do
nicho, da dimensão, do pessoal envolvido, dos prazos e dos orçamentos.

Infelizmente, porém, é até bastante comum que projetos não sejam


percebidos como tais, de forma a não serem gerenciados como deveriam.
Com base nisso, é importante atentar para o fato de que os projetos fazem
parte do cotidiano, tanto que lidamos com eles a todo o momento, como, por
exemplo, ao:

 criar um meio de transporte;


 construir um prédio ou uma instalação;
 desenvolver um site;
 conduzir uma campanha publicitária;
 implementar um software;
 organizar uma festa de aniversário, entre outras questões.
Qual o histórico do PMBOK?
Vale ressaltar que, em 1999, dada sua relevância, o PMBOK foi reconhecido
pelo American National Standards Institute (ANSI) como um padrão para o
gerenciamento de projetos. Como o guia sofreu várias revisões ao longo dos
anos, separamos aqui as mais expressivas:

1ª edição
A edição original do PMBOK foi lançada em 1996, momento em que o PMI
percebeu a urgência de estruturar um documento oficial instruindo e
aprimorando a carreira de gerenciamento de projetos. Desde 1981, o objetivo
era elaborar procedimentos e conceitos para apoiar o desenvolvimento do
gerenciamento de projetos como uma profissão, mas foi somente em 1996,
depois de uma vasta consulta e revisão nos documentos produzidos, que se
chegou ao PMBOK, substituindo assim outros materiais que o antecederam.

2ª edição
No ano 2000, a edição seguinte do PMBOK foi publicada, obviamente
inspirada no trabalho anterior. Nessa revisão, novos dados que refletiam a
ascensão da profissão de gerenciamento de projetos foram adicionados. O
intuito foi de agregar conhecimentos e práticas usadas no campo de
gerenciamento que se mostraram úteis para a maioria dos projetos
executados.

3ª edição
A edição de número 3 do PMBOK foi publicada em 2004. Nessa época,
inúmeras solicitações para melhorias do guia foram recebidas pelo PMI, razão
pela qual foi necessário organizar um comitê para ponderar cada
recomendação. A 3ª edição teve como característica a estruturação de
práticas aplicáveis a, basicamente, todos os tipos de projeto, sem restrição de
segmento empresarial.
4ª edição
A penúltima edição do guia foi lançada em 2009 e teve como foco tornar o
material mais consistente e acessível. Destaque para a diferenciação entre o
plano de gerenciamento de projetos e documentos do projeto abordado nessa
versão. Na 4ª edição, a restrição tripla foi expandida para seis: cronograma,
orçamento, escopo, qualidade, recursos humanos e risco.

5ª edição
A 5ª edição foi publicada em 2013, com o PMI buscando mais coerência e
clareza ao padronizar termos, processos, entradas e saídas. Essa edição
também contou com avanços, particularmente no que diz respeito ao
planejamento em ondas de rolamento, ao ciclo de vida adaptativo e ao
gerenciamento de partes interessadas.

Como você pôde ver, o PMBOK tem se mostrado uma excelente diretriz para
o gerenciamento de projetos, com sua contribuição indo além do sucesso nos
esforços de gestão ao colaborar para a construção de uma cultura universal
de planejamento.

6ª edição
A 6ª edição é a versão mais recente do PMBOK e foi publicada em 2017. As
áreas de conhecimento foram mantidas, mas, agora, há 50 processos.

A atualização também define melhor o papel e as competências do gerente de


projetos, além de incluir questões sobre o alinhamento estratégico e a
adaptação de processos. Houve, ainda, um reforço sobre o que é conhecido
como gerenciamento de requisitos e uma atualização nos quadros de
gerenciamento.

A 7ª versão é esperada para o quarto trimestre de 2020.


Quais são os principais benefícios do
PMBOK?
Entre os vários benefícios que o PMBOK promove no gerenciamento de
projetos, podemos destacar os seguintes:

 padronização das atividades do gerenciamento do projeto;


 melhoria no fluxo de comunicação entre as partes envolvidas;
 redução da negligência de atividades importantes;
 ênfase no uso dos recursos de maneira eficiente;
 controle sobre o andamento do projeto;
 tratamento otimizado de riscos;
 potencialização das chances de sucesso do projeto.

Inclusive, esses não são os únicos pontos e vale a pena se aprofundar em


outras questões igualmente importantes. Veja quais são outros benefícios do
PMBOK que você precisa conhecer!

Controle do escopo
Uma das boas práticas prevista pelo PMBOK envolve a criação de um
escopo. Ele serve como um tipo de planejamento, onde estão definidos todos
os resultados desejados, as etapas que devem ser executadas e as
responsabilidades.

Com as orientações específicas para essa elaboração, o gerenciamento se


torna mais fácil. Então, o escopo passa a ser mais efetivo e funcional, ao
mesmo tempo em que compreende todas as questões relevantes. Assim, o
controle e o acompanhamento são favorecidos.

Apoio à gestão
O gestor de projetos precisa atuar de forma integrada, usando habilidades de
comunicação, de análise e de tomada de decisão. Porém, fazer isso sem
direcionamento consome recursos de maneira desnecessária.

O PMBOK vem para ajudar, à medida que funciona como uma ferramenta
para dar suporte à gestão. Com ele, há melhorias no planejamento e na
execução de tarefas, por exemplo. Também é possível definir os
responsáveis, monitorar o desempenho e garantir uma atuação muito mais
estruturada.

Aumento da previsibilidade
Por envolver um planejamento tão robusto, o PMBOK serve como um tipo de
mapa quanto ao gerenciamento de projetos. Ou seja, graças a ele é possível
ter uma ideia de tudo o que vai (ou que deve) acontecer, em termos de
custos, tempo e qualidade.

Tudo isso é indispensável para ampliar a capacidade de ter previsibilidade.


Seguindo as boas práticas, é possível se antecipar a necessidades e
imprevistos, o que reduz os riscos quanto à necessidade de ocorrerem
mudanças no que foi previsto. Assim, fica mais fácil se antecipar aos
resultados em potencial.

A ideia é que, desse jeito, seja possível reduzir os custos e, assim, conseguir
uma atuação muito mais eficiente e viável — inclusive, do ponto de vista
econômico.

Mais produtividade
Outro entre os benefícios do PMBOK tem a ver com a capacidade de gerar
resultados, diante do uso da mesma quantidade de recursos. Basicamente,
ele permite fazer mais e, principalmente, entregar com mais qualidade. Então,
é de grande ajuda para aumentar a produtividade.

Com o planejamento, há uma diminuição dos erros e dos retrabalhos, o que


dá origem a uma atuação mais eficiente e ágil. Além disso, a previsibilidade
ajuda a evitar imprevistos e mudanças que atrapalham o cronograma ou os
custos, por exemplo.

Há, ainda, mais integração e até mais motivação por parte da equipe. Assim,
fica mais fácil delegar, executar e acompanhar as tarefas, tornando o projeto
muito mais produtivo e atraente.

Entrega no momento certo


O cumprimento do cronograma é uma das questões mais relevantes para a
gestão de projetos. Entre os benefícios do PMBOK está, justamente, a
melhoria da capacidade de entrega dentro do prazo.

Além de estar relacionado ao planejamento, é algo que tem a ver com todas
as outras áreas de conhecimento, como a comunicação e a própria gestão do
tempo. Com a criação de um cronograma robusto, com prazos para todas as
tarefas, os riscos de atrasos ou perdas são menores.

Também é algo relacionado à produtividade. Se a atuação ganha eficiência,


então faz sentido que seja possível cumprir as entregas com maior facilidade.

Aumento da satisfação do cliente


Os stakeholders também aproveitam os benefícios do PMBOK. Com a
melhoria em relação ao planejamento e à execução do projeto, as partes
interessadas observam uma performance melhor e mais adequada às
expectativas.

O cliente, especificamente, é muito beneficiado nesse sentido. Afinal, a


qualidade de entrega aumenta, ao mesmo tempo em que os recursos são
utilizados dentro dos limites previstos.

Tudo isso faz com que, ao final, o projeto seja mais bem-sucedido e, assim,
entregue maior valor agregado. Então, o cliente tem um incremento na sua
satisfação e a empresa, de modo geral, é favorecida por isso. Além de reduzir
os riscos de ajustes e modificações, é uma situação que posiciona melhor o
negócio em relação aos concorrentes.

Quais as áreas de conhecimento do PMBOK?


Para aproveitar todas as vantagens das boas práticas, o PMBOK tem que ser
executado de acordo com os grupos de conhecimentos. A seguir, veja quais
são as áreas e entenda como usá-las corretamente.

Gerenciamento de aquisições
Essa área de conhecimento engloba os processos requeridos para adquirir
bens e serviços externos à organização executora. A área é discutida a partir
da perspectiva do comprador, no relacionamento com o vendedor.

O gerenciamento de aquisições representa a interface primária com o


fornecedor, sendo responsável por sua performance. Além disso, é dado
início a requisição para o serviço e o gerenciamento do processo de compra
do produto. Nessa área, é possível assegurar a aprovação e alocação de
recursos financeiros e revisar as propostas dos fornecedores.

Gerenciamento da qualidade
O gerenciamento da qualidade do projeto deve abordar o gerenciamento do
projeto e do produto e se aplica a todos os projetos, independentemente da
natureza de seu produto. A qualidade é responsável pela satisfação do
cliente, buscando sempre entender, avaliar, definir e gerenciar as expectativas
para que os requisitos do cliente sejam atendidos.

Para se atingir o sucesso é necessário ter a participação de todos os


membros da equipe, mas continua sendo responsabilidade da gerência
fornecer os recursos necessários ao êxito.

Gerenciamento de riscos
Uma das áreas mais importantes é aquela que diz respeito aos riscos. É
válido lembrar que o risco de um projeto é um evento ou condição incerta que,
se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo
do projeto, como tempo, custo, escopo ou qualidade.

Assim sendo, gerenciar riscos é fundamental para o sucesso de seu projeto,


pois, dessa maneira, é permitido monitorar e controlar vários aspectos do
projeto, procurando desvios e tendências para identificá-los precocemente.
Outra vantagem de se fazer esse tipo de gerenciamento é manter as partes
interessadas a par dos progressos e andamentos do projeto.

Gerenciamento de escopo
Os objetivos principais dessa área estão focados em realizar atividades para
entregar o produto, serviço ou resultado e estabelecer critérios para
determinar se o projeto foi completado.

O gerenciamento de escopo inclui todas as definições resultantes do trabalho


da equipe do projeto para garantir a entrega e para servir de linha de base
para o gerenciamento do projeto até a entrega do produto do projeto.

Gerenciamento de custos
O foco dessa área é estabelecer os custos dos recursos necessários para
completar as atividades do projeto. A estimativa do custo de cada ciclo de
vida pode aprimorar a tomada de decisões e é usada para reduzir o custo e o
tempo de execução, melhorando a qualidade e o desempenho da entrega do
projeto.

Assim como outros recursos, o custo de um projeto é finito e requer rigoroso


gerenciamento, pois pode comprometer todo um projeto, inclusive inviabilizá-
lo ou interrompê-lo.

Essa área utiliza um conjunto de técnicas multidisciplinares que nos permitem


compreender a origem dos custos e pode conduzir ao aumento de proveitos,
reduções de custos e obtenção de melhores níveis de produtividade.

Gerenciamento da integração
No contexto do gerenciamento de projetos, a integração inclui características
de unificação, consolidação, comunicação e integração de ações que são
cruciais para a execução do projeto.

O gerenciamento da integração inclui fazer todas as escolhas sobre alocação


de recursos, fazendo trade offs entre objetivos e alternativas, gerenciando
interdependências entre as áreas de conhecimento de gestão de projetos.

A integração é necessária em situações onde os processos individuais


interagem. Por exemplo: uma estimativa de custos é necessária para um
plano de contingência, envolvendo a integração dos processos de custos do
projeto, tempo, risco e áreas de Gestão de Conhecimento.

As entregas do projeto também podem precisar de integração com as


operações em andamento da organização executora.
Gerenciamento das comunicações
O gerenciamento das comunicações é a área de conhecimento que emprega
os processos necessários para confirmar a geração, distribuição,
armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o
projeto de forma oportuna e adequada. Todos os envolvidos no projeto devem
entender como as comunicações afetam o projeto como um todo.

Segundo o PMI, 90% do tempo do Gerente de Projetos é dispensado nessa


área de conhecimento. É fundamental prover ligações críticas entre as
pessoas e informações, garantindo que a comunicação seja bem-sucedida e
ocorra sem ruídos e outras interferências.

Gerenciamento de recursos humanos


A equipe de gerenciamento de recursos humanos é um subconjunto da
equipe de projetos e é responsável pela gestão do projeto e atividades de
liderança, tais como iniciação, planejamento, execução, monitoramento e
controle.

O gerenciamento de recursos humanos é responsável por identificar e


documentar funções do projeto, responsabilidades, habilidades necessárias,
relatando os relacionamentos e criando um plano de gerenciamento de
pessoal.

O principal benefício desse processo é estabelecer papéis e


responsabilidades da equipe do projeto, organogramas do projeto e planejar a
gestão de pessoal, incluindo o calendário para a contratação de pessoal e
liberação da equipe.

Gerenciamento do tempo
Administrar o tempo, no ambiente corporativo, é planejar estrategicamente.
Para isso é preciso saber aonde se quer chegar (definir objetivos). O
gerenciamento do tempo inclui todos os processos necessários para
assegurar que o projeto será concluído no prazo previsto. É a área mais
visível do projeto, pois é influenciada por diversas outras.

Gerir o tempo tem por objetivo estimar recursos, duração e sequenciar as


atividades do projeto. Ao fazê-lo, deve-se buscar o escalonamento das
atividades, a partir das precedências, gerando um cronograma do projeto.
Essa área tem processos fundamentais para garantir a entrega no prazo
estabelecido.

Gerenciamento das partes interessadas


(Stakeholders)
A primeira parte para fazer o correto gerenciamento das partes interessadas
passa pelo processo de identificação das pessoas ou empresas que podem
afetar ou serem afetados por uma decisão, atividade ou resultado do projeto.

É necessário, ainda, analisar e documentar informações relevantes sobre


seus interesses, envolvimento, interdependências, influência e potencial de
impacto no sucesso de seu projeto.

Gerenciar as partes interessadas passa por um processo de desenvolvimento


de estratégias de gestão apropriadas ao envolvimento dos stakeholders, com
base na análise de suas necessidades, interesses e potencial de impacto.

Quais são as consequências de não adotar o


PMBOK?
O gerenciamento de projetos, de maneira geral, tem que ser executado de
forma estruturada no negócio. Se essa gestão não acontecer dessa forma, há
grandes chances de a conclusão não ser como o esperado — ou nem sequer
acontecer.

No entanto, também há questões associadas quando o Project Management


Body Of Knowledge não é usado. Além de deixar de aproveitar os benefícios
do PMBOK, o projeto passa a encarar mais riscos. Afinal, não usar uma
padronização internacionalmente reconhecida abre espaço para que ocorram
erros ou dificuldades.

Além disso, é comum que os castos se tornem maiores — e, potencialmente,


acima do orçamento definido. Dependendo de qual for a situação, é algo que
pode até inviabilizar a sua realização ou conclusão.

Não menos importante, não usar o PMBOK pode gerar prejuízos à clareza, à
comunicação e à documentação posterior. Então, além de afetar a motivação
e o desempenho do time, pode acontecer de o aprendizado obtido com a
execução ficar para trás.

Qual a influência do PMP e PMO nos


projetos?
Existe uma maneira de você se tornar um especialista em gestão de projetos
reconhecido pelo PMI. Para isso você deve obter a certificação PMP, que o
habilitará a ser um Gerente de Projetos reconhecido internacionalmente por
utilizar as melhores práticas do PMBOK.

Além disso, caso decida abrir um escritório focado em Gerenciamento de


Projetos, você deve buscar a implantação de um PMO. Assim, poderá
gerenciar diversos projetos, com diferentes responsabilidades.

Um profissional PMP e um escritório PMO têm bastante influência na


execução de projetos. Ambos têm a capacidade de utilizar os padrões do
PMBOK em seus projetos.

Outra vantagem de se contar com profissionais ou escritórios certificados é


que você tem a garantia de que o seu projeto está sendo amparado por
especialistas gabaritados. Então, é mais fácil atender aos padrões desejados
e satisfazer os stakeholders.

Conhecer as boas práticas e os benefícios do PMBOK é essencial para


entender por que ele é tão importante e popular. Versátil, funcional e capaz de
melhorar a qualidade das entregas, é algo que deve fazer parte do seu
cotidiano.

O que é o Six Sigma?

Six Sigma é um conjunto de práticas que têm o objetivo de reduzir a variabilidade nos
processos de uma empresa.

Ela foi criada por Bill Smith, então engenheiro da Motorola na década de 1980 – e não
tardou a se espalhar por empresas de todo o mundo.
Sua marca é a busca contínua pela perfeição, que acontece com a diminuição do desvio
padrão: medida que indica o grau de variação de um conjunto de valores em relação à
média deles.

Desse modo, os processos se tornam mais homogêneos, o que reduz a chance de


ocorrerem defeitos e aumenta a satisfação dos clientes.

Além disso, o Six Sigma eleva a produtividade, melhora a margem de lucro e promove a
redução em diversos custos de produção.

Mais à frente, vamos avançar quanto a esses e outros benefícios.

Desde já, no entanto, é importante saber que, mais que um conjunto de práticas, o Six
Sigma acaba impulsionando uma cultura de melhoria em todos os setores da empresa.

Portanto, implementá-lo é uma ação estratégica sistêmica.

O que é o Método Lean?

Lean Manufacturing é um método operacional que visa reduzir e eliminar os desperdícios


na produção de uma empresa de forma contínua, com a implementação de ferramentas
de qualidade.

Por ter nascido na fabricante japonesa de automóveis, também é conhecido


como Sistema Toyota de Produção, e considerado por muitos como uma verdadeira
filosofia.

Isso acontece porque, assim como no Six Sigma, para o Lean Manufacturing dar certo, é
importante que toda a empresa absorva os conceitos que motivam as práticas da
metodologia.

Os desperdícios que ela busca eliminar são basicamente processos e atividades que não
trazem benefícios nem valor agregado para o cliente.
Assim, o tempo e os custos de produção diminuem sensivelmente, mas sem comprometer
a qualidade do produto final.

Os oito principais desperdícios da filosofia Lean são:

 Processamento excessivo: combate-se esse desperdício entendendo melhor a necessidade


do cliente, evitando-se o retrabalho
 Produção excessiva: é quando são produzidos mais itens que o mercado demanda
 Estoque: o estoque excessivo aumenta as chances de defeitos e avarias nos produtos e de
ocultamento de problemas no inventário
 Transporte: é preciso evitar o transporte dispensável de pessoas, materiais e informações
 Movimentação desnecessária: da mesma forma, o tempo gasto com movimentos que não
agregam valor é um entrave para o aumento de produtividade
 Defeitos: existem ferramentas que são aplicadas para reduzir os defeitos e,
consequentemente, o retrabalho e insatisfação dos clientes
 Espera: pessoas e equipamentos ociosos é outro desperdício importante, porque são
oportunidades não aproveitadas de elevar a produtividade
 Habilidades: esse desperdício não fazia parte dos conceitos originais da Toyota, mas foi
incorporado ao Lean porque é comum que o conhecimento de determinados
colaboradores não seja bem aproveitado nas empresas.

Quais as Principais Diferenças entre o Lean e o Six Sigma

As metodologias Lean Manufacturing e Six Sigma têm abordagens diferentes para


aumentar a produtividade e a lucratividade da empresa.

Enquanto o Six Sigma busca reduzir o desvio padrão para diminuir os defeitos e a variação
dos processos, produtos e serviços, o Lean combate os vários tipos de desperdício que
uma empresa enfrenta.

Se o objetivo final será o mesmo, o trabalho prático difere bastante, pois as ferramentas
de cada metodologia se amparam em diferentes tipos de dados.

Além do objetivo, as duas abordagens se assemelham no fato de que são muito mais
eficazes quando incorporadas por profissionais de todas áreas e níveis hierárquicos da
empresa. Para ambas, o ideal é criar uma cultura de melhoria contínua.

Mas atenção: é importante nunca perder o foco nas necessidades do cliente.

Em última instância, o Lean e o Six Sigma não existem apenas para cumprir metas
administrativas, mas sim para satisfazer o consumidor, com produtos de melhor
qualidade e com melhor entrega, suporte e atendimento.
O que é a Metodologia Lean Six Sigma?

A metodologia Lean Six Sigma é uma união entre os conceitos de melhoria nos processos
de uma empresa: redução da variabilidade e diminuição e eliminação de desperdícios.

Muitas empresas identificavam a necessidade de melhorar sua produção nessas duas


direções, até que se percebeu que esses caminhos são convergentes.

Ou seja, que é possível unir as abordagens e aplicar as ferramentas delas nos mesmos
processos. Assim, surgiu a metodologia Lean Six Sigma.

Nesse modelo de convergência, a maioria das práticas adotadas ainda são do Six Sigma,
porque muitas de suas ferramentas são objetivas e trazem resultados rápidos e visíveis.

Do Lean Manufacturing, a metodologia Lean Six Sigma se inspira muito em seu aspecto
cultural, de ser um conjunto de práticas tratadas como uma verdadeira filosofia na bem-
sucedida Toyota.
Quais os Benefícios de Juntar o Lean com o Six Sigma

Ao juntar as duas abordagens e utilizar a metodologia Lean Six Sigma, a empresa


potencializa as melhorias em seus processos.

Implementando as ferramentas de modo inteligente, consegue diminuir a variação dos


produtos e, ao mesmo tempo, reduzir os desperdícios.

A vantagem de usar a metodologia Lean Six Sigma em vez de utilizar separadamente as


duas abordagens é que é feito um planejamento de ações integradas, mais inteligente,
otimizando os fluxos de trabalho e de controle da produção.

Pode-se unir o monitoramento do desvio padrão e de determinado tipo de desperdício no


mesmo processo, por exemplo, o que resulta em economia de recursos.

Certificação Lean Six Sigma

Para aplicar com competência a metodologia Lean Six Sigma em uma empresa, é
fundamental capacitar os colaboradores.

Na Escola EDTI, há cursos presenciais e online a partir dos quais os alunos obtêm
certificações para atuar na implementação da metodologia Lean Six Sigma.

São programas de treinamento em que os profissionais se aprofundam em seus conceitos,


técnicas e métodos.

A formação é essencial, pois usar o conhecimento de forma rasa, na tentativa e erro, iria
contra os próprios princípios de redução de defeitos e desperdícios.

São quatro níveis de formação, cada um com um grau distinto de aprofundamento na


metodologia Lean Six Sigma.

A seguir, falaremos um pouco sobre cada um deles.


White Belt

O curso de certificação White Belt é uma introdução para os profissionais interessados em


saber mais sobre a metodologia Lean Six Sigma.

Ele provê aos alunos uma base de conhecimento sobre as ferramentas que podem ser
utilizadas em projetos de melhoria de qualidade, redução de variabilidade e de
desperdícios.

Na Escola EDTI, a certificação White Belt é feita totalmente online e de forma gratuita.

Um profissional que obtém essa certificação ainda não está apto a conduzir grandes
projetos com a metodologia Lean Six Sigma, mas, com certeza, tem recursos para
melhorar a sua contribuição para a empresa, qualquer que seja a sua função.

Se a partir da experiência do curso introdutório ele quiser atuar de forma mais intensa na
redução de variações e desperdícios, é importante que avance para outros níveis de
certificação.

CERTIFICAÇÃO GRATUITA

LEAN SIX SIGMA:


WHITE BELT
Coloque seus dados nos campos e clique no botão para matricular-se gratuitamente no curso White Belt
em Lean Six Sigma!

Quero meu certificado!


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Yellow Belt

O curso de certificação Yellow Belt amplia bastante a base de conhecimentos do


profissional sobre a metodologia Lean Six Sigma.

Com ele, o profissional já pode participar mais ativamente de projetos de melhoria,


começando com aqueles de baixa complexidade e rápida implementação.
O aluno aprende sobre o ciclo PDCA e também a respeito das etapas de um método
inspirado nele: o DMAIC (que explicaremos melhor mais adiante): definir, medir, analisar,
melhorar e controlar.

Na Escola EDTI, o curso também está disponível na plataforma de ensino a distância.

A certificação Yellow Belt é uma ótima opção para empresas que querem ampliar o
número de colaboradores com conhecimento nas ferramentas da metodologia Lean Six
Sigma.

Green Belt

O nível seguinte de certificação é o Green Belt, que qualifica o profissional a ter maior
protagonismo nos processos da metodologia Lean Six Sigma dentro de uma empresa.

O colaborador poderá liderar projetos e trazer resultados mais visíveis. Ou seja, ter uma
atuação mais destacada dentro da organização.

Além do conhecimento técnico, ele desenvolve capacidades como pensamento analítico,


tornando-o uma peça estratégica na companhia.

O aprendizado sobre as ferramentas do método DMAIC é mais aprofundado, o que


aumenta também a empregabilidade do profissional.

Na Escola EDTI, esse curso está disponível tanto na plataforma de ensino a distância


quanto na modalidade presencial.

Black Belt

O Black Belt é a mais alta certificação que um profissional pode obter sobre a metodologia
Lean Six Sigma.

Ao obtê-la, ele se torna apto a não apenas liderar projetos da área, mas também a treinar e
orientar outros profissionais em times de implementação das ferramentas de melhoria.

No curso presencial da Escola EDTI, são 60 horas de aulas presenciais e 20 horas de


projetos simulados.

Na versão de ensino a distância, a carga horária total é de 140 horas. Em ambas


modalidades, o conteúdo se divide em 10 módulos.

Durante o curso, além das ferramentas DMAIC, o aluno aprende técnicas para estruturar
o trabalho em equipe e amplia seus conhecimentos em estatística e probabilidade.
Como Aplicar a Metodologia Lean Six Sigma na Minha Empresa

Investir na qualificação dos gestores, líderes e colaboradores da empresa, com as


certificações na metodologia Lean Six Sigma, é fundamental.

Quanto mais conhecimento eles tiverem, qualquer que seja seu nível hierárquico, mais
fácil será implementar os conceitos de que temos falado até aqui.

Além dos profissionais que atuarão diretamente nos processos de melhoria, os executivos
superiores também precisam estar a par do Lean Six Sigma.

Acima do Black Belt existe a figura do champion, que supervisiona e dá apoio aos projetos,
ajudando a definir a composição de equipes e escopo geral.

Além disso, ajuda a remover obstáculos institucionais que estão acima das possibilidades
dos profissionais que lideram diretamente os projetos.

Em um nível ainda superior ao champion está o sponsor, ou patrocinador, que define as


diretrizes gerais da metodologia Lean Six Sigma da empresa e soluciona problemas que
nem o champion poderia resolver.

Ou seja, estamos falando de uma política de alta gestão, não de iniciativas de um


funcionário proativo.

Um bom começo para a implementação da metodologia Lean Six Sigma é identificar


processos críticos que demandam melhorias e começar por aí.

O uso de várias ferramentas só será possível com uma base de dados confiável e
organizada, então estruturar a política de dados é outro caminho para começar.

A partir daí, é interessante definir indicadores de performance (os KPIs) e criar metas de


resultados para avaliar o sucesso dos projetos no futuro.

Mas lembre que a melhoria estimulada no Lean Six Sigma é constante.

Embora possam haver projetos temporais, o controle e busca por oportunidades de


melhorar a produtividade nunca termina.

O que é DMAIC?

DMAIC é uma ferramenta utilizada na metodologia Lean Six Sigma, composta por cinco
passos que ajudam a melhorar os processos de uma empresa.

É uma sigla em inglês, formada pelas palavras Define, Measure, Analyze, Improve e
Control, ou Definir, Medir, Analisar, Controlar e Melhorar.
Trata-se de um ciclo, no qual a ordem de cada etapa precisa ser respeitada para que se
obtenha o resultado esperado.

Se isso não acontecer, a orientação é para que o ciclo seja reiniciado.

O processo, central na implementação do Lean Six Sigma, se repete até que a melhoria
desejada seja alcançada.

Definir
No primeiro passo, definem-se os detalhes importantes para a realização do projeto.

Quais são os objetivos? Quais as oportunidades de melhoria identificadas? Qual o escopo


do projeto? Quem irá participar dele?

É feito um contrato de melhoria, diagrama direcionador, matriz SIPOC e outras


ferramentas que ajudarão a organizar os objetivos e fluxos de trabalho.

Com as definições mais claras, o trabalho a ser realizado nos passos seguintes fica muito
mais simples.

Medir
Nesta etapa, o foco são os processos que permitem avaliar o cenário atual por meio de
números: estatísticas e dados quantitativos.

Essas informações servirão como insumo para estabelecer de forma mais objetiva quais
são as melhorias que se pretende obter no final do ciclo.

Fluxograma, sistema de medição, gráfico de tendências, estatísticas descritivas,


capabilidade e análise de indicadores são algumas das matérias que o profissional precisa
dominar para conduzir bem essa etapa.

Analisar
Nesta fase, são analisadas causas e efeitos para identificar qual é a raiz do problema.

Para chegar a essa identificação, é preciso analisar possíveis causas, dissecando a


correlação entre variáveis.

Isso só acontece porque, nos passos anteriores, foi possível obter todos os dados para
essa análise.

Agora, o trabalho é, a partir deles, priorizar onde serão concentrados os esforços de


melhoria.

Melhorar
Essa é a etapa em que as oportunidades de melhoria identificadas na fase anterior são
atacadas.
Trata-se de um período repleto de testes: soluções são propostas e testadas o mais rápido
possível.

Portanto, o ideal é concentrar-se primeiro nas soluções mais simples e fáceis de


implementar.

Aquelas que não forem usadas agora podem ser identificadas e registradas para testes
futuros, se for o caso.

Controlar
O ciclo DMAIC termina com a etapa de controle, que é o acompanhamento para que o
plano de ação construído nas fases anteriores não se perca.

As mudanças são implementadas e seus resultados são monitorados através de checklists


e acompanhamento de metas e estatísticas.

Veja que o controle é uma etapa contínua, pois sempre podem ser identificados desvios,
desperdícios e outras oportunidades de melhoria nos processos.

1. Os 5 porquês
O 5 porquês (em inglês 5 whys)  é uma ferramenta de Lean Six Sigma usada
para determinar a causa raiz dos problemas dentro de sua empresa. Ela também pode
ser usada como parte da análise feita na metodologia DMAIC.
Os 5 porquês funcionam da seguinte forma:

1. Anote o problema que você está tendo, para que todos em sua equipe possam se
concentrar especificamente nele;

2. Pergunte por que o problema ocorreu;

3. Se sua primeira resposta não é a causa raiz do problema, pergunte por que novamente;

4. Repita este passo pelo menos 5 vezes para encontrar a verdadeira causa raiz do
problema;

5. Você pode perguntar por que mais de 5 vezes, mas parece que depois que 5 porquês são
perguntados, você terá clareza sobre a causa do seu problema.
2. Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto permite que as equipes Lean Six Sigma identifiquem os maiores
problemas enfrentados por cada processo. Na verdade, ele auxilia as equipes a
descobrirem 20% das fontes que causam 80% dos problemas em seus processos.
Na imagem abaixo, o eixo ‘y’ representa a frequência de defeitos, enquanto o eixo ‘x’
representa os grupos de variáveis.

Fonte: Blog Gestão de Segurança Privada.


Leia mais em: Como fazer um gráfico de Pareto e analisar dados facilmente.
3. FMEA
Dentro do Lean Six Sigma, o uso do FMEA tem o objetivo de melhorar a qualidade
dos processos da empresa, detectando e corrigindo problemas antes que eles
ocorram. Mas como?
Por meio da identificação e eliminação de pontos fracos dos processos logo nos
estágios iniciais de sua implementação.
Os diferentes tipos de FMEA são usados para revisar processos e identificar:
 modos de falha;
 suas causas;

 seus efeitos.

Para compreender melhor suas etapas e conceito, indicamos que você assista ao
vídeo abaixo:

5. Kaizen
Kaizen é outra ferramenta de Lean Six Sigma que garante que os desperdícios sejam
gradualmente reduzidos por meio da aplicação de melhorias, utilizando estratégias
ligadas ao ciclo PDCA:
 Plan (Planejar);

 Do (Executar);

 Check (Controlar);

 Act (Agir).

Também separamos um vídeo explicativo sobre o conceito e aplicação dessa


importante ferramenta do Lean Six Sigma.

6. Sistema 5S
O sistema 5S é um método para organizar o ambiente de trabalho, o que elimina o
desperdício produzido por más condições de trabalho e ferramentas em más
condições. Os 5 S são:
 Seiri (Utilização);

 Seiton (Organização);

 Seiso (Limpeza);

 Seiketsu (Saúde ou Higiene);

 Shitsuke (Disciplina).

Agora que você já sabe o que é, para aprender a implementar esta ferramenta de


Lean Six Sigma, leia também o artigo: Como implantar 5s em 5 passos: mais eficiência
em processos.
Fonte: AVN Consulting.
7. Análise de regressão
Você poderia usar essa ferramenta de Lean Six Sigma para definir a relação
matemática entre uma variável de saída (y) e qualquer número de variáveis de
entrada (x1, x2, etc.).
O gráfico dessas entradas e saídas ajuda a visualizar padrões ou desvios dos
padrões desejados em seu fluxo de trabalho. A partir desses resultados, melhorias
podem ser traçadas e processos otimizados.
8. Poka-yoke
Poka-yoke significa prova de erros. É um processo pelo qual os funcionários
trabalham para identificar e eliminar as causas de erros humanos em todos os
processos de fabricação e produção.
Por exemplo, por meio da ferramenta de poka-yoke, os colaboradores podem
identificar a necessidade de adicionar um freio de segurança a um equipamento
móvel para evitar acidentes.

Conclusão

Quando bem implementada, a metodologia Lean Six Sigma tem a capacidade de melhorar
significativamente a produtividade e eficiência de uma empresa.
Para isso, a organização precisa de profissionais qualificados, que estudaram e se
aprofundaram nos conceitos tanto da filosofia Lean quanto do Six Sigma.

Ou, melhor ainda, que aprenderam tudo junto com certificações da metodologia Lean Six
Sigma, unindo as duas abordagens de melhoria de processos.

Relembrando: enquanto o Lean, também conhecido como Sistema Toyota de Produção,


visa reduzir os desperdícios, o Six Sigma combate a variação nos processos.

Implementando as ferramentas da metodologia, o profissional nota que os dois objetivos


são complementares.

Não esqueça que isso tudo deve ser tratado como uma questão cultural, a ser difundida
em todas as áreas e níveis hierárquicos da empresa.

Além do conhecimento técnico, quanto mais profissionais se engajarem na filosofia da


melhoria contínua, mais eficiente a companhia será e mais satisfeitos estarão seus
clientes.

Scrum: o que é e como


aplicar a metodologia
ágil para gestão?
21 de fevereiro de 2020, 17:00

FIA
A metodologia Scrum foi proposta para executar projetos complexos
em menor tempo e com o uso de menos recursos.
Em um primeiro momento, teve utilização no desenvolvimento de
softwares, mas sua dinâmica permite a aplicação em diferentes
organizações que desejem aprimorar os processos de gestão de
projetos.

Portanto, se você quer otimizar a forma como os projetos são


conduzidos na sua empresa, vale a pena conhecer o Scrum.

Continue lendo este artigo e você vai entender mais sobre a


metodologia, seus objetivos, pessoas envolvidas e como aplicar o
conceito ágil junto à sua equipe.

Caso prefira, você pode navegar pelos tópicos a seguir:

o O que é Scrum?
o O que é metodologia ágil?
o Como surgiu o Scrum?
o Qual o objetivo do Scrum?
o Onde o Scrum é aplicável?
o Vantagens da aplicação do Scrum
o Como funciona o Scrum?
o Outras metodologias ágeis.

Boa leitura!

O que é Scrum?

O que é Scrum?

Scrum é um conjunto de boas práticas empregado no gerenciamento


de projetos complexos, em que não se conhece todas as etapas ou
necessidades.

Focado nos membros da equipe, o Scrum torna os processos mais


simples e claros, pois mantém registros visíveis sobre o andamento de
todas as etapas.

Assim, os participantes sabem em que fase o projeto está, o que já foi


concluído e o que falta ser feito para a sua entrega.
A metodologia também possibilita que produtos sejam apresentados
em menor tempo, sem deixar de lado a qualidade.
Ela é aplicada a partir de ciclos rápidos, chamados sprints, nos quais há
um tempo determinado para que as atividades sejam concluídas –
geralmente, entre duas e quatro semanas.

Priorizando a criatividade e fluidez nos processos, o Scrum segue seis


princípios:
o Flexibilidade dos resultados
o Flexibilidade dos prazos
o Times pequenos
o Revisões constantes
o Colaboração
o Orientação a objetos.
Por possibilitar a correção de erros de maneira orgânica durante os
sprints, o Scrum é considerado uma metodologia ágil.

O que é metodologia ágil?


Metodologia ágil é uma ferramenta que permite a aplicação
do desenvolvimento ágil em um processo.

Já o desenvolvimento ágil pode ser descrito como uma abordagem que


foca a construção de produtos de modo colaborativo, através do
trabalho de equipes multidisciplinares que possuem autonomia em
suas ações.

Essa abordagem segue os valores expressos no Manifesto Ágil ou


Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software, elaborado por 17
programadores em 2001 e disponível neste site.

O desenvolvimento ágil faz oposição ao desenvolvimento tradicional


de softwares, que ocorre em formato de cascata.

Isso significa que uma etapa deve ser concluída antes que outra
comece, o que pede grande rigidez quanto ao papel desempenhado
por cada membro da equipe e os prazos definidos.

Os programadores que escreveram o Manifesto Ágil perceberam que


executar projetos de tecnologia no formato cascata resultava
em desperdício de tempo e esforço.
Afinal, alguns erros só eram percebidos no final do processo, o que
exigia a repetição de uma ou mais etapas, gerando retrabalho e
diminuindo a eficiência do time envolvido.

Para solucionar esses problemas, eles propuseram o desenvolvimento


de softwares valorizando quatro pilares:
1. Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
2. Software em funcionamento mais que documentação abrangente
3. Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
4. Responder a mudanças mais que seguir um plano.

Como surgiu o Scrum?


O Scrum foi idealizado por três dos programadores que formularam
o Manifesto Ágil: Mike Beedle, Ken Schwaber e Jeff Sutherland.

Apesar de seguir os preceitos do Manifesto, a metodologia é anterior a


ele, tendo sido criada em 1993.

Na época, Sutherland e seus colegas estavam insatisfeitos quanto ao


modo com que os processos de produção de software eram
conduzidos – no formato cascata – e resolveram buscar alternativas
mais eficazes.

Eles observaram que, para garantir controle e previsibilidade,


as lideranças dedicavam meses à elaboração de planos detalhados, que
quase nunca se cumpriam.

Isso porque, trabalhando com pessoas, é inevitável haver barreiras que


pedem mudanças.

Os membros da equipe também podem ter momentos de


criatividade, agregando inovação ao projeto inicial.

Assim, a saída é verificar periodicamente o andamento do projeto,


fazendo as correções e adaptações necessárias rapidamente, com o
aval de toda a equipe.
A partir de estudos de caso, em especial das boas práticas
implementadas na indústria japonesa (Toyota e Honda), os
programadores chegaram aos princípios do Scrum.

O nome dessa ferramenta veio do universo do Rugby, no qual Scrum


corresponde a uma reunião breve, feita antes de os jogadores iniciarem
um lance.

Da mesma forma, a metodologia Scrum inclui a realização de reuniões


rápidas diariamente, a fim de que todos sejam informados sobre o
andamento do projeto e os próximos passos.
Outra semelhança entre o esporte e a ferramenta de desenvolvimento
ágil é a formação de times pequenos, valorizando o trabalho em
equipe e a colaboração.

Tanto no Rugby quanto nos grupos de Scrum, cada membro da equipe


assume um papel específico, porém, todos agem de modo integrado,
em prol de um objetivo comum.

Qual o objetivo do Scrum?

Qual o objetivo do Scrum?


Conforme explica Jeff Sutherland no livro Scrum: The Art of Doing Twice
the Work in Half the Time (“Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na
metade do tempo”), seu principal objetivo é aumentar a
produtividade das equipes.

A metodologia permite esse progresso por acolher a incerteza e a


criatividade inerentes ao trabalho dos times.

Nas palavras de Sutherland, o Scrum:

“Cria um  alicerce para o aprendizado, permitindo que as equipes avaliem


o que já criaram, o que é igualmente importante. A estrutura do Scrum
procura aproveitar a maneira como as equipes de fato trabalham,
fornecendo ferramentas para se auto-organizarem e otimizarem, em pouco
tempo, a rapidez e a qualidade do trabalho”.

Onde o Scrum é aplicável?

Onde o Scrum é aplicável?

Como explicamos acima, o Scrum foi pensado para o desenvolvimento


de softwares, ou seja, voltado para atender à demanda por
produtividade na área de tecnologia da informação (TI).
Porém, a metodologia teve inspiração nas melhores práticas
implantadas na indústria japonesa, a exemplo do sistema Toyota de
produção.

Esse método visa diminuir o desperdício e aumentar a qualidade do


produto – assim como o Scrum.

Então, valores que nortearam a criação da metodologia ágil já vinham


sendo aplicados, com sucesso, na indústria automobilística do Japão.

Assim, durante as décadas de 1990 e 2000, Jeff Sutherland facilitou a


implementação do Scrum em outros tipos de negócio, seja para criar
um produto ou otimizar informações.
Um exemplo foi a atualização dos bancos de dados do FBI (Federal
Bureau of Investigation), a fim de que se tornassem mais acessíveis,
práticos e eficientes.
Após duas décadas de aplicação da metodologia, seu criador conclui
que ela funciona para a gestão de qualquer departamento ou projeto
complexo, sendo aplicável a todos os segmentos do mercado.

Vantagens da aplicação do Scrum

Vantagens da aplicação do Scrum


Implantar o Scrum em uma empresa, departamento ou projeto torna
os processos mais eficientes, o que representa diversas vantagens.

Abaixo, listamos algumas delas:

o Simplifica o desenvolvimento de produtos complexos


o Cria um ambiente que favorece a colaboração
o Aumenta o ROI (Retorno sobre Investimento), conforme
indica este estudo
o Confere agilidade e eficácia aos processos
o Proporciona melhoria contínua
o Valoriza cada membro dentro da equipe, aumentando sua
autoestima, confiança e autonomia
o Foca na satisfação do cliente
o Estimula a criatividade – um dos ingredientes essenciais para
inovar
o Reduz o tempo para entrega do produto
o Proporciona integração e comprometimento de cada membro da
equipe junto ao projeto
o Oferece motivação para o time, que acompanha o andamento do
projeto todos os dias
o Fornece condições para o planejamento constante, corrigindo
pequenas falhas rapidamente
o Melhora a comunicação entre todos os atores envolvidos no
projeto
o Reduz custos de produção
o Eleva a produtividade do time
o Reduz riscos comuns em projetos de desenvolvimento de novos
produtos
o Diminui a quantidade de reclamações por parte do cliente.
Como funciona o Scrum?

Como funciona o Scrum?

A metodologia funciona com base em iterações, que são ciclos de


produção e avaliação realizados para aperfeiçoar um item, ainda
durante a fase de produção.
As iterações – e o Scrum – funcionam de maneira dinâmica,
incorporando o conceito de MVP (Minimum Viable Product, ou Mínimo
Produto Viável, numa tradução livre).
Isso significa que, ao final de cada iteração, a equipe entrega a versão
mais simples do produto final, a partir do menor esforço possível,
que será apresentada ao cliente.

Com o MVP em mãos, o cliente dá um feedback, aprovando ou


solicitando melhorias.

No Scrum, cada iteração recebe o nome de Sprint e costuma


durar entre duas e quatro semanas, mas esse período pode ser maior
ou menor, caso o time decida.
Antes de começar um Sprint, a equipe faz a Sprint Planning Meeting, uma
reunião de planejamento junto ao representante do cliente – o Product
Owner.
Nesse encontro, são definidas tarefas, responsáveis, métodos
e tempo de projeto. As atividades formam uma lista chamada Product
Backlog.
Em seguida, começa a etapa de realização do Sprint, quando cada
membro desempenha suas funções e acompanha o status do projeto
através de Daily Scrum, que são reuniões rápidas diárias.
Também é possível controlar o projeto observando o Sprint Burndown,
um gráfico que mostra o progresso das tarefas em função do tempo
predeterminado para a conclusão do Sprint.
Após encerrar o Sprint, o time conduz a Sprint Review Meeting (Reunião
de Revisão) para revelar o produto gerado, e a Sprint Retrospective, um
encontro que foca nas lições aprendidas.

Confira, a seguir, detalhes sobre as pessoas envolvidas no Scrum e os


ritos que integram a metodologia.

Pessoas
De forma simplificada, cada Sprint exige a participação de, pelo
menos, três profissionais: um para representar o cliente, outro para
gerenciar e facilitar as tarefas e mais um para desenvolver o projeto.

Abaixo, saiba mais sobre eles.

Product Owner
Atuando como dono do produto, esse profissional conhece aquilo que
o cliente espera como resultado, sendo responsável pela definição dos
recursos e passos para alcançar esse objetivo.
O Product Owner é um representante do cliente e, portanto, tem a
capacidade de orientar o time e controlar a lista de tarefas (Product
Backlog).
Scrum Master
É um líder orientado à metodologia ágil, o que significa ter um papel de
facilitador dentro da equipe.

Em vez de fazer a gestão por meio de cobranças e exigências, o Scrum


Master se informa sobre as dificuldades e age para que sejam
contornadas da melhor maneira possível.
Também tem a função de disseminar as boas práticas do Scrum junto
ao time, garantindo a realização dos ritos com eficiência e qualidade.
Contar com um Scrum Master capacitado é fundamental para o sucesso
de qualquer Sprint, em especial nas empresas ou equipes que ainda
não estejam familiarizadas com metodologias ágeis.
Scrum Team
Consiste no time que vai desenvolver o projeto.

De acordo com os valores adotados pelo Scrum, cada membro da


equipe tem autonomia para definir ou redefinir atividades, além de
corrigir falhas.

Para isso, todos realizam suas tarefas com transparência, informando


diariamente o status de seu trabalho durante o Daily Scrum.
A ideia não é que prestem contas do que fizeram, e, sim, que
mantenham canais de diálogo com os colegas, tomando ciência de
que são todos, igualmente, responsáveis pelo Sprint.

Processos e ritos
No total, a utilização do Scrum inclui sete diferentes ritos, que
comentamos neste tópico.

No começo, os nomes podem gerar alguma confusão, mas, com o


tempo, a equipe se acostuma e segue as rotinas com facilidade.

Daily Scrum

Para que o projeto siga com agilidade, é necessário que cada


componente do time se mantenha informado sobre seu andamento.

Por isso, a metodologia Scrum pede a realização de reuniões diárias:


as Daily Scrum ou Stand Up Meeting.
Durante esses encontros, que costumam ser feitos de pé e durar até 15
minutos, cada profissional responde a três questões a respeito de suas
tarefas:
1. Quais foram feitas ontem?
2. Quais serão executadas hoje?
3. Existem barreiras para que sejam realizadas?
Assim, todo o time sabe em que ponto se encontra o Sprint e pode
agir diariamente para que os prazos sejam cumpridos.
Sprints
São os ciclos de iteração do Scrum para o desenvolvimento de
produtos complexos.

Uma vez que a ideia é completar o processo com a menor quantidade


de recursos e tempo, os Sprints costumam durar poucas semanas.

Product Backlog ou Sprint Backlog


É uma ferramenta que permite a organização das tarefas durante
o Sprint, elencando-as em uma lista interativa.
Sua primeira versão costuma ser elaborada pelo Product Owner e, em
seguida, pode ser atualizada por qualquer integrante do time.
Sprint Review Meeting
Consiste em uma reunião de avaliação final, servindo para fechar
cada Sprint.
Na Sprint Review, a equipe verifica se o objetivo do processo foi atingido
e apresenta o produto construído.
Sprint Planning Meeting
Corresponde ao encontro em que um Sprint é planejado, quando é
definido o time responsável, a função de seus componentes e quais
tarefas serão executadas.
A Sprint Planning Meeting não deve ser extensa, durando apenas o
tempo necessário para a elaboração de um plano inicial.
Esse plano será avaliado e ajustado nas reuniões diárias (Daily Scrum).
Sprint Retrospective
Realizada logo depois do encerramento do Sprint, essa reunião de
revisão tem o propósito de disseminar o aprendizado durante o
processo, compartilhado por todos os membros do time.

Contempla, ainda, uma avaliação rápida sobre os erros e acertos, sendo


estratégica para a melhoria contínua da equipe, produto e processo.
Sprint Burndown ou Release Burndown
É um gráfico que serve para tornar a comunicação mais visual e dar
clareza sobre o status do projeto.
O Sprint Burndown costuma ser formado, inicialmente, por duas linhas:
uma horizontal e uma vertical.
A horizontal mostra o tempo, enquanto a vertical ilustra a quantidade
de trabalho a ser feita.

Ou seja, o objetivo é que a linha representando o projeto desça cada


vez mais, até alcançar o eixo horizontal, evidenciando a conclusão das
tarefas.

Outras metodologias ágeis

Outras metodologias ágeis

Agora que já conhece o Scrum, que tal saber mais sobre outras
estruturas que auxiliam na implementação do desenvolvimento ágil?

Elas podem, inclusive, ser aplicadas junto ao Scrum para simplificar os


processos.
Kanban
Criado pela Toyota, Kanban é um sistema que permite a divisão e
visualização rápida de tarefas, por meio de cartões coloridos e
colunas.

No começo, a ferramenta era mais utilizada para o setor de produção


das empresas.

Porém, atualmente, ela vem sendo empregada em diferentes


departamentos, sob o formato de três colunas.

Na primeira, são inseridas as tarefas a fazer.

Na segunda, as que se encontram em andamento

Já na terceira, aquilo que já foi feito.

Quando utilizado junto ao Scrum, o Kanban auxilia no


acompanhamento dos Sprints.

Extreme Programming (XP)


Como o nome sugere, a Programação Extrema é destinada,
basicamente, ao desenvolvimento de softwares.

Ela parte de uma dinâmica em que todos os programadores podem


editar o código do projeto, focando em testes e no feedback constante
entre os membros da equipe.

Dynamic Systems Development Method (DSDM)


A metodologia de desenvolvimento de sistemas dinâmicos é
empregada na construção de softwares com orçamento e
cronograma limitados.

Dentre suas principais características estão o controle do processo e o


envolvimento do usuário, que trabalha lado a lado com os
programadores para validar o produto.
Conclusão
Scrum é uma das metodologias ágeis mais popularmente empregadas
nas organizações, pois se trata de uma ferramenta democrática.
Apostar em seus princípios cria uma sucessão de boas práticas e
acompanhamento dos processos de construção de produtos
complexos, que são bem delineados através dos Sprints.

O que é a tecnologia BIM e como aplicá-la em projetos de


construção


 


 


 


 

 Na década de 70, o educador Charles Eastman criou a metodologia Building
Description System – BDS ou Sistema de Descrição da Construção, que
promoveu diversas discussões em busca de novas tecnologias na área da
construção. Assim, em 1986 foi empregado, pela primeira vez, o
termo Building Information Modeling – BIM.
 O BIM ou Modelagem da Informação da Construção é um processo criado
para gerenciar informações em um projeto de construção em todo seu ciclo
de vida. Um dos principais resultados desse processo é o Modelo de
informações de construção, que se configura na descrição digital de cada
aspecto do ativo construído.
 Este modelo baseia-se em informações reunidas de forma colaborativa e
atualizadas nas principais etapas de um projeto. A criação de um modelo
digital de informações de construção permite que aqueles que interagem com
a construção otimizem suas ações, resultando em um maior valor para o
ativo.
 A efetiva implantação da metodologia BIM na organização está baseada em
três dimensões fundamentais: tecnologia, pessoas e processos, integradas
entre si por procedimentos.
 Por fim, importa ressaltar que a metodologia BIM está em constante
desenvolvimento. Além disso, destaca-se o aumento do número de países
que vem adotando, como obrigatório, o uso desta metodologia na indústria da
construção.

Adoção de BIM e tecnologias para obra

Traduzida para o português, a Modelagem de Informação da Construção pretende especificar


e unir as informações e os atributos dos projetos de uma construção de forma integrada
e organizada. Isso permite criar, através de softwares baseados no BIM, um modelo 3D
detalhado da obra, muito mais minucioso e próximo do resultado final do que os protótipos
2D ou mesmo modelos que só possuem meros dados visuais em 3D.

As inovações provindas da evolução gerada pela era digital auxiliam em diversos setores da


construção civil. Com o uso de tecnologias, como o BIM, a etapa do planejamento e do
projeto das obras se torna mais eficiente, assim problemas na execução e no pós-obra são
evitados. Isso reduz os custos e agiliza a execução de uma obra, além de aumentar a qualidade
das edificações.

Uma obra totalmente conectada é um dos maiores benefícios da adoção do TI (Tecnologia da


Informação) no setor da construção civil. Assim todos os processos de uma obra ocorrem
de maneira integrada, possibilitando a resolução de problemas de maneira ágil, otimizando
o tempo de trabalho e acarretando em uma maior assertividade nas etapas.

 
O avanço do uso de tecnologias na construção civil

O setor da construção civil ainda não é adepto a tudo que as inovações tecnológicas tem a
oferecer. Mas, aos poucos, com uma maior demanda por parte do mercado, os profissionais
vêm adotando técnicas mais modernas e eficientes de construção. Afinal, é visível que com
a implementação da tecnologia todas as etapas de uma obra são beneficiadas, desde a gestão
de projetos até o pós-obra. 

O uso do BIM já é rotina em diversos lugares do mundo, e agora vem se tornando realidade
em muitas empresas de construção no Brasil. Com tanta atenção voltada a ele, outras
tecnologias também têm entrado no foco dessa indústria, abrindo espaço para mais novidades.
Desse modo o setor da construção civil consegue acompanhar um mercado cada vez mais
exigente por soluções tecnológicas para os problemas. 

Um dos grandes desafios da construção, a compatibilização de projetos, fica muito mais


fácil de ser solucionado com o BIM, que reduz os erros corriqueiros. Problemas que aparecem
quando unimos o projeto elétrico e o hidráulico, como tubulações e eletrodutos utilizando o
mesmo espaço em alvenarias ou elementos estruturais, ou até passando por esquadrias. 

Esses e outros podem ser identificados e resolvidos rapidamente ainda na fase da elaboração
dos projetos (ao invés de durante a obra) com a tecnologia e a integração. Quando há uma
plena conectividade entre os envolvidos pelos diferentes projetos, é pouco provável que um
problema passe despercebido, e quando isso acontece é possível resolvê-lo rapidamente. Isso
evita retrabalhos, diminuindo os custos e o tempo da obra.

No entanto, é preciso ficar atento: o BIM não é um software, mas um novo conceito na
elaboração de projetos de construção. Muitos ainda pensam que trata-se de uma ferramenta de
modelagem em 3D, porém, o BIM é uma definição e uma forma de gestão da informação que
aplica diferentes sistemas. É, portanto, a união da tecnologia dos softwares com uma gestão
da informação eficiente e uma cultura de comunicação atuante no dia a dia.

O uso do BIM no levantamento de materiais e na orçamentação da construção

Um dos usos mais interessantes do BIM é a possibilidade de trabalhar com outros


parâmetros além dos usuais, espessura, comprimento e altura, especificados em projetos 2D
em plantas baixas e cortes. No BIM, você pode incluir dados no projeto como materiais,
custos, fabricantes e outras propriedades que serão úteis para o processo de construção.

Dessa maneira, a quantificação de materiais passa a ser muito mais fácil. Ao invés de ter que
lidar com gigantes planilhas manuais, a utilização do conceito BIM permite que as
informações sejam extraídas de modo simples e possam ser atualizadas sem grandes
dificuldades. Tendo em mãos uma informação mais precisa dos quantitativos torna o processo
de construção menos suscetível à desperdício de materiais.

Assim, os profissionais envolvidos na obra (engenheiros, arquitetos, orçamentistas, entre


outros) podem acessar e editar as informações simultaneamente, economizando tempo e
evitando problemas de comunicação que acarretam em erros, desperdício e atraso nas obras.

Em um exemplo prático, uma mudança do material do piso ou do acabamento de uma


alvenaria demandaria mais tempo nos sistemas antigos do que com o BIM. Isso dá mais
liberdade para que diferentes materiais sejam testados, e as especificações durante a
orçamentação passam a ser mais detalhadas, gerando maior confiabilidade e diminuindo os
erros.

BIM e Clash Detection: análise de interferências

Outra grande possibilidade com o uso do BIM é o estudo de interferências entre os projetos
de uma construção. Com a modelagem paramétrica do BIM, você pode ver em que lugares
dois projetos sofrem interposição, algo que corriqueiramente seria descoberto e resolvido só
durante a execução da obra. 

Muitas vezes chamada pelo nome em inglês (Clash Detection), essa avaliação é fundamental
antes da edificação, na fase de concepção de projetos.

São vários os exemplos de situações em que o Clash Detection tem utilidade:

 Em portas de banheiro que não abrem direito por causa do espaço mal projetado para a pia e o
vaso sanitário;
 No caso de eletrodutos, em projetos elétricos, ocupando o mesmo lugar onde deveria passar a
tubulação hidráulica;
 Em projetos estruturais com pilares que não aparecem no projeto arquitetônico.

É muito comum que, sem o BIM, esses erros sejam transmitidos de uma etapa para a outra.
Quando o projeto arquitetônico não é feito compatibilizando o projeto estrutural e,
posteriormente, o projeto hidráulico é realizado com base no arquitetônico, por exemplo,
pilares ou vigas podem atrapalhar a execução do projeto hidráulico, criando um grande
problema para o andamento da obra.

Infelizmente, mesmo com a tecnologia BIM, uma dificuldade ainda encontrada é dispor de
todos os projetos de construção em tempo hábil para sua modelagem em 3D e análise. Já que
muitas vezes os projetos são feitos por diferentes profissionais ou empresas.

O planejamento ganha força com uso de tecnologias

Além de um orçamento mais detalhado, graças a inovações como o BIM, o planejamento


também apresenta melhorias. Com mais informações e detalhes minuciosos desde o princípio,
é possível fazer um planejamento mais completo e próximo da realidade, prevendo inclusive
como será o desempenho termoacústico e estrutural da edificação. 

Através da programação gráfica, já se pode alinhar o tempo de obra com o projeto. Isso
viabiliza a visualização de como estará a edificação em determinado tempo. Esses novos
dados, junto com a programação linear, fazem com que os recursos sejam melhor planejados e
utilizados.

Além disso, com a aplicação de softwares que utilizam o conceito BIM, monitorar a qualidade
da construção em suas diversas etapas se torna mais eficiente, já que muitos deles possibilitam
em tempo real as informações contidas nos projetos. O armazenamento em nuvem permite
que a visualização, edição e integração de todos os dados da obra sejam muito mais eficientes,
já que podem ser acessados de qualquer lugar e por todos os profissionais envolvidos.
A união dos setores através do BIM

O BIM só funciona corretamente a partir da integração entre setores e seus profissionais. As


empresas que resolverem adotar a tecnologia BIM precisam buscar a integração entre as
diferentes fases do projeto. 

As construtoras que terceirizam projetos precisam se comunicar com as contratadas, já que,


muitas vezes, projetos hidráulicos, elétricos e estruturais não são realizados pela mesma
empresa que faz os arquitetônicos. O BIM permite essa integração das áreas ou setores de
uma empresa facilmente. 

Bibliografia

https://www.projectbuilder.com.br/blog/metodologias-de-gestao-de-projetos/

https://www.euax.com.br/2020/07/metodologia-de-projetos/

https://glicfas.com.br/voce-sabe-o-que-mudou-no-pmbok-7-e-por-que-isso-
aconteceu/

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