Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. JUSTIFICATIVA
-
-
3. O LOCAL
-
-
-
4. CONCEITO E PARTIDO
5. O PROJETO
6. MATERIAIS COMPLEMENTARES
1 O tema
Introdução
A cidade de Brasília emergiu em 1960 como a nova capital do Brasil, concebida como um
instrumento de integração nacional, conectando estradas até o coração do Planalto Central.
Esta mudança monumental foi realizada durante o mandato do então presidente Juscelino
Kubitschek (JK), que determinou a transferência da sede do governo federal do litoral do
Rio de Janeiro para o centro do país. O visionário planejamento urbano, conhecido como
Plano Piloto, foi concebido e implementado por Lúcio Costa, enquanto a expressão
arquitetônica foi liderada por Oscar Niemeyer.
A narrativa histórica de Brasília e sua exaltação têm sido tradicionalmente contadas sob a
ótica dos protagonistas da época, as autoridades e figuras de destaque. Contudo, o
Programa de História Oral do Arquivo Público do Distrito Federal tomou a iniciativa de
realizar uma exposição que reúne uma compilação de entrevistas com os moradores das
cidades satélites, apresentando o outro lado da história – as perspectivas daqueles que
vivenciam a cidade desde sua fundação.
Dessa forma, surgiu Taguatinga, uma cidade que emergiu simultaneamente a Brasília,
porém com características diametralmente opostas àquelas da cidade moderna idealizada
em construção. Posteriormente, outras cidades satélites foram estabelecidas para atender à
demanda crescente, todas elas carecendo de infraestrutura urbana básica e com sistemas
de transporte deficientes.
Transferência de moradores da Vila do-ré-mi para Taguatinga (ca. 1965), de Arquivo Público do Distrito Federal.
"Eles [as autoridades] nos jogaram no meio do cerrado, não tinha água, não tinha luz, não
tinha condução, não tinha nada" (Hélio Dom Bosco Bonifácio, 2004, De entrevista para o Programa de História
Oral do Arquivo Público do Distrito Federal)
2 Justificativa
"As referências ao passado são também, afinal, um modo de expressar os problemas e
preocupações do presente das comunidades"
Trecho do relatório "Brasília, além do Plano Piloto: memórias das "cidades-satélites "".
O referido estudo aponta que pessoas com menor renda familiar tendem a participar menos
de eventos como o carnaval, shows e cinema, além de ressaltar a disparidade de gênero,
que está associada à sensação de insegurança em eventos e espaços culturais. Esses
achados fundamentam a relevância de investigar e propor soluções para a promoção de
espaços de lazer mais acessíveis e inclusivos.
No diagrama, é evidente a correlação entre o acesso à cultura e a renda familiar em
Brasília, destacando-se a significativa concentração de espaços culturais na Região do
Plano Piloto, contrastada com a escassez desses espaços nas regiões administrativas.
Como resultado, as pessoas de baixa renda encontram-se em maior desvantagem para
acessar esses recursos culturais, visto que necessitam de maiores esforços para se
deslocarem até eles. Tal realidade emerge como um dos principais obstáculos físicos para
os residentes das áreas circunvizinhas do Distrito Federal em sua busca por contato com a
cultura.
? O sesc
Com o fim do Estado Novo brasileiro, emergiram alianças em prol de uma sociedade
democrática, marcando o início, em 1945, da primeira Conferência das Classes Produtoras
no Brasil (CONCLAP). Este encontro, que reuniu trabalhadores, sindicalistas,
representantes do comércio e outros setores, iniciou debates que culminaram na
elaboração da Carta de Paz Social. O principal objetivo desta carta era promover a
assistência social e a qualificação dos trabalhadores do comércio, fundamentando-se na
ideia de que os trabalhadores deveriam ter direito a uma existência justa e digna.
Ao longo dos anos, o SESC compreendeu melhor as necessidades sociais de cada época,
ampliando sua área de atuação continuamente. Inicialmente, foram estabelecidos os
primeiros centros de atividades relacionadas à cultura e à saúde. Conforme novas
necessidades surgiram, expandiu-se para áreas como assistência social aos idosos, lazer
(com centros de atividades, turismo e lazer), cultura (com projetos de teatro, cinema, artes e
leitura) e educação (oferecendo cultura e recreação para todos), além do combate à fome,
entre outros.
Atualmente, o SESC abrange setores como educação, saúde, cultura, lazer e assistência,
expandindo suas unidades fixas e buscando políticas de desenvolvimento sustentável. Seu
princípio é promover ações socioeducativas para o bem-estar social dos trabalhadores do
comércio e da comunidade, visando uma sociedade democrática e mais justa. Pretende-se
aumentar o reconhecimento como promotor do bem-estar dos trabalhadores. Entre seus
valores, incluem-se o acolhimento, excelência, integridade, sustentabilidade, diversidade e
inovação.
REFERÊNCIAS:
- Nova pesquisa da UnB aponta a desigualdade no acesso à cultura no DF.
Observatório de Políticas Públicas do DF, Brasília, 08 de Maio de 2023. Notícias.
Disponível em:
<https://www.observadf.unb.br/noticias/2-publicacoes/68-nova-pesquisa-da-unb-apo
nta-a-desigualdade-no-acesso-a-cultura-no-df>. Acesso em: 11 de Março de 2024.
- https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/cultura-recreacao-e-esporte/9388-in
dicadores-culturais.html?=&t=o-que-e
- https://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/05/Atlas-do-Distrito-Federal
-2020-Cap%C3%ADtulo-5.pdf
- http://mapa.cultura.df.gov.br/?fbclid=IwAR218-jHVPNXyBxm1uaTQ_F9dweH9m5Ep-
2iwl1vyYRdfNhsshF7VO5XYR8
- https://www.sesc.com.br/institucional/o-sesc/nossa-historia/
-
-