30/08/2022

Tecido Muscular

Prof. Edson Cinaqui Filho

Histologia Geral
Escola de Ciências Médicas e da Saúde

INTRODUÇÃO

- Tecido muscular é composto por células alongadas chamadas de FIBRAS

MUSCULARES;
- Filamentos citoplasmáticos que convertem energia química em mecânica;
- Tecido de origem mesodérmica que distingue-se em: músculo estriado
esquelético, músculo estriado cardíaco e músculo liso;
- Denominações especiais:
Membrana plasmática  sarcolema
Citoplasma  sarcoplasma
Retículo Endoplasmático Liso  Retículo Sarcoplasmático
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1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

• Células MUITO longas  até 30cm,

cilíndricas, multinucleadas e com
inúmeros filamentos cilíndricos
denominados de miofibrilas;
• Diâmetro de 10 a 100µ;
• Fibras originam-se no embrião
com a fusão de células alongadas
denominadas de mioblastos;
• Núcleos periféricos, próximos ao
sarcolema;
• Mitocôndrias 2% do citoplasma.
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ANATOMIA FISIOLÓGICA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

FIBRA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

A Fibra muscular e o sarcolema

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Cada fibra muscular  centenas/milhares de miofibrilas;

1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

A. Organização do Músculo Estriado Esquelético

• Fibras musculares organizadas em conjuntos de FEIXES MUSCULARES 

envolvidos por epimísio (camada de tec. Conjuntivo) envolve todo músculo;
• Do epimísio partem fibras conjuntivas para o interior do músculo separando-o
em feixes. Esses septos de tec. Conjuntivo são denominado de perimísio;
• Entre as fibras uma camada de tecido conjuntivo fina (fibras reticulares +
fibroblastos)  endomísio;
• Cada fibra muscular  lâmina basal conectando ao conjuntivo;
• Endomísio recebe grande quantidade de vasos sanguíneos e linfáticos, além de
nervos.
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Corte transversal de músculo estriado esquelético, que mostra o epimísio, o perimísio

(setas) e o endomísio (pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina. Grande
aumento.)(Uchoa 188)
Uchoa, JUNQUEIRA, Luiz C., CARNEIRO, José. Histologia Básica.
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Corte longitudinal de músculo esquelético. Para demonstrar os vasos sanguíneos, estes

foram injetados com resina plástica antes do sacrifício do animal. Observe a extensa
rede de capilares sanguíneos (setas) em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada. Pequeno aumento.)

1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

B. Estrutura das Fibras Musculares Esqueléticas
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CARACTERÍSTICAS DOS FILAMENTOS

CONTRÁTEIS

MIOSINA

- 2 cadeias pesadas  cauda;

- 4 cadeias leves + ponta das cadeias
pesadas  cabeça;
- Corpo  200 moléculas;
- Cabeças unidas com o corpo através
do BRAÇO;
- Projeções de cabeças e braços 
pontes cruzadas;
- DOBRADIÇAS  2 pontos de
flexibilidade;
- Cabeça  ATPase
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CARACTERÍSTICAS DOS FILAMENTOS CONTRÁTEIS

ACTINA
- 2 filamentos de actina F formando uma hélice;
- Filamentos de actina F são revestidos por moléculas de actina G com uma molécula de ADP;
- TROPOMIOSINA  espiraladas na actina F recobrindo o locais ativos com actina G;
- COMPLEXO TROPONINA  1) afinidade com actina (I); 2) afinidade com a tropomiosina (T);
afinidade com íons de cálcio (C).

1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

C. Unidade Motora

• 80 a 100 fibras musculares por

unidades motora;
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1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

D. Junção Neuromuscular
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1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

E. Sistemas de Túbulos Transversos

1. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

F. Fusos Musculares e Corpúsculos Tendíneos de Golgi

• Fusos Musculares  Receptores que captam

modificações no músculos (Proprioceptores);
• Envolvidos por tecido conjuntivo, criando um
espaço isolado;
• Fibras musculares modificadas  fibras intrafusais;
• Inervado por fibras nervosas aferentes e eferentes.
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- Nas proximidades da inserção muscular, os tendões apresentam feixes de fibras colágenas

encapsuladas, nas quais penetram fibras nervosas sensoriais, constituindo os corpúsculos
tendíneos de Golgi;
- Estruturas proprioceptivas (captam estímulos produzidos no próprio organismo) e respondem
às diferenças tensionais exercidas pelos músculos sobre os tendões;
- Tais informações são transmitidas ao SNC e participam do controle das forças necessárias aos
diversos movimentos.
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2. MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO

• Células alongadas até 100µ, cilíndricas,
um ou dois núcleos elípticos;
• Diâmetro de 15µ;
• Núcleos no centro da fibra;
• Fibras circundadas por tec. Conjuntivo
equivalente ao endomísio;
• Fibras se conectam por meio dos DISCOS
INTERCALARES;
• Sistema T e Retículos não são bem
organizados;
• Tríades não são frequentes, mas sim
DÍADES;
• Mitocôndrias ocupam 40% do citoplasma;
• Grânulos secretores próximos ao Golgi
com  Peptídeo atrial natriurético.

Mais abundantes nas

células do átrio
esquerdo.

Micrografia eletrônica mostrando parte de uma célula de músculo cardíaco atrial,

com grânulos concentrados ao redor do núcleo (setas), que contêm hormônio
natriurético atrial. (Cortesia do Prof. J.C. Nogueira.)
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2. MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO

A) Discos Intercalares

• Complexo juncional com:

- Junção de adesão: oferece

forte adesão e estão dispostas
transversalmente;

- Junção comunicante: permitem

comunicação iônica fazendo com que
cadeias de células funcionem como um
sincício. Estão dispostas
longitunalmente.
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3. MÚSCULO LISO
• Células longas e fusiformes de 20µm em
pequenos vasos sanguíneos até 500µm no útero
gravídico;
• Núcleos no centro da fibra com aspecto
ondulado em forma de charuto;
• Não possuem miofibrilas;
• Organizam-se em feixes na parede de estruturas
ocas;
• Revestidas por lâmina basal e fibras reticulares
que conectam uma célula a outra;
• Presença de estruturas proteicas denominadas
de corpos densos no citoplasma;
• Não possui junção neuromuscular.
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4. Regeneração dos diversos tipos de tecidos muscular

• Músculo estriado cardíaco  não se regenera;

No infarto as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem
muito colágeno formando um tecido conjuntivo denso;

• Músculo estriado esquelético  células não se dividem;

Células satélites próximas a lâmina basal que envolve as fibras podem
eventualmente se dividir mitoticamente, se fundir e se diferenciar em fibras
esqueléticas;

• Músculo liso  resposta regenerativa mais eficiente;

Células viáveis entram em mitose e reparam o tecido destrúido.