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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

CAROLINE GARCIA DE MIRANDA

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE UMA RESIDÊNCIA EM CONCRETO ARMADO.

CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ


2020

CAROLINE GARCIA DE MIRANDA


PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE UMA RESIDÊNCIA EM CONCRETO ARMADO.

Trabalho de conclusão de curso apresen-


tado na Universidade Candido Mendes
como requisito parcial para aprovação na
disciplina Trabalho de Conclusão de Cur-
so II no curso de Engenharia Civil.

Orientador: M.Sc. Diogo Pereira dos Santos.

CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ


2020

CAROLINE GARCIA DE MIRANDA


PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE UMA RESIDÊNCIA EM CONCRETO ARMA-
DO.

Monografia apresentada na Universidade


Candido Mendes como requisito parcial
para aprovação na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso 2 no curso de Enge-
nharia Civil.

Aprovado em: ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Diogo Pereira dos Santos, M.Sc. - Orientador
Universidade Candido Mendes

___________________________________________________________________
Mário Coelho Barroso, M.Sc.
Universidade Candido Mendes

___________________________________________________________________
Thuany Espirito Santo de Lima, M.Sc.
Universidade Candido Mendes

CAMPOS DOS GOYTACAZES


2020
DEDICATÓRIAS

Dedico este trabalho primeiramente a


Deus, aos meus pais, aos meus avós e ao
meu orientador por aceitar conduzir meu
trabalho, incentivo, ensinamentos e ajuda
em todos os momentos dessa importante
etapa.
AGRADECIMENTOS

A Deus, familiares e amigos por todo a-


poio, carinho e compreensão.
RESUMO

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE UMA RESIDÊNCIA EM CONCRETO ARMA-


DO.

O concreto armado é de extrema importância para o dimensionamento de edifica-


ções das mais variadas finalidades. É uma estrutura feita com barras de aço que são
utilizadas devido à baixa resistência aos esforços de tração do concreto, que tem
alta resistência a compressão. Trata-se de um material construtivo de maior utiliza-
ção do mundo, devido seu bom desempenho, economia e facilidade de execução. O
trabalho consiste no dimensionamento estrutural de uma residência unifamiliar, utili-
zando as normas regulamentadoras para os cálculos. Será realizado o levantamento
das cargas de utilização da estrutura e considerações sobre a laje e viga emprega-
da.

Palavras chaves: Concreto armado, cálculos, barras de aço, resistência, cargas, di-
mensionamento.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Comparação do comportamento das vigas de concreto X concreto


armado X concreto protendido. ......................................................................... 19
Figura 2: Concreto simples sem armadura ....................................................... 19
Figura 3: Concreto armado. .............................................................................. 20
Figura 4: Concreto protendido .......................................................................... 20
Figura 5: Vãos da laje retangular armada em uma direção. ............................. 27
Figura 6: Vão efetivo ........................................................................................ 28
Figura 7: Vinculação das bordas....................................................................... 30
Figura 8: Arredondamento de momentos fletores. ............................................ 31
Figura 9: Diagramas de tensão indicativos dos estádios de cálculo .......... 3Erro!
Indicador não definido.
Figura 10: Domínios de estado-limite último de uma seção transversal. ... 3Erro!
Indicador não definido.
Figura 11: Pilar.................................................................................................. 35
Figura 12: Comprimento equivalente. ............................................................... 37
Figura 13:Planta baixa. ..................................................................................... 44
Figura 14: Planta das seções............................................................................ 45
Figura 15: Planta de forma................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 16: Corte das seções dos momentos....... Erro! Indicador não definido.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Pesos específicos aparentes dos materiais 4Erro! Indicador não definido.
Tabela 2: Classe de agressividade ambiental ........................................................... 47
Tabela 3: Momentos fletores ..................................................................................... 55
Tabela 4: Momentos. ................................................................................................. 55
Tabela 5: Cargas atuantes nas vigas. ....................................................................... 64
Tabela 6: Reações de apoio em lajes ....................................................................... 64
Tabela 7: Cálculo da armadura. ................................................................................ 67
Tabela 8: Verificação da flecha ................................................................................. 69
Tabela 9: Flecha imediata. ........................................................................................ 69
Tabela 10: Espaçamento entre barras ...................................................................... 71
Tabela 11: Cálculo dos pilares .................................................................................. 72
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ELU Estado Limite Último
EUA Estados Unidos da América
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
LISTA DE SÍMBULOS E UNIDADES

bw Largura da alma de uma viga


cm Centímetros
c Comprimento da parede
C Cobrimento da armadura em relação a face do elemento
d Altura útil
e Espessura
et Espessura do tijolo furado
ec Espessura da argamassa
gpar Carga da alvenaria
h Altura
hp Altura da parede
kN kilo Newton
kgf kilo grama força
kwh kilo watts hora
l Vão da laje
lx Menor dimensão da laje
ly Maior dimensão da laje
lef Vão efetivo da laje
l0 Distância entre as faces internas de dois apoios consecutivos
m Metro
mm Milímetro
m² Metro quadrado
m³ Metro cúbico
q Carregamento
Vpar Volume de alvenaria
W Watts
X Linha neutra
c Peso específico do concreto
Fator de segurança
ρ Armadura
ρmin Armadura mínima
∆c Cobrimento nominal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 16
2 OBJETIVO ..................................................................................................... 17
2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 17
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................ 17
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 17
4 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 17
4.1 HISTÓRIA ................................................................................................... 17
4.2 CONCEITO ................................................................................................. 18
4.3 CONCRETO SIMPLES X CONCRETO ARMADO X CONCRETO
PROTENDIDO .......................................................................................................... 19
4.3.1 Concreto simples ..................................................................................... 24
4.3.2 Concreto protendido................................................................................. 24
4.3.3 Concreto armado ..................................................................................... 27
4.4. Laje ............................................................................................................ 27
4.4.1 Tipos de laje ............................................................................................. 28
4.4.2 Classificação das lajes quanto a armação ............................................... 31
4.4.3 Vão efetivos de lajes ................................................................................ 32
4.4.4 Vinculação nas bordas ............................................................................. 33
4.4.5 Cargas na laje .......................................................................................... 33
4.4.6 Compatibilização dos momentos ............................................................. 30
4.5 VIGA ........................................................................................................... 36
4.5.1 Tipos de vigas .......................................................................................... 36
4.5.2 Espaçamento das vigas ........................................................................... 37
4.5.3 Estádios ................................................................................................... 39
4.5.4 Domínios .................................................................................................. 39
4.6 PILAR.......................................................................................................... 39
4.6.1 Tipos de pilares ........................................................................................ 40
4.6.2Comprimento equivalente do pilar ............................................................ 40
4.7 CARGAS ATUANTES E PESO PERMANENTE ......................................... 40
4.7.1 Peso da alvenaria .................................................................................... 41
4.7.1.2 Peso do tijolo ........................................................................................ 41
4.7.1.3 Peso do chapisco .................................................................................. 42
4.7.1.4 Peso do emboço ...................................... Erro! Indicador não definido.
4.7.1.5 Peso do reboco ..................................................................................... 40
4.7.1.6 Revestimentos ...................................................................................... 40
4.7.1.7 Cargas variáveis ...................................... Erro! Indicador não definido.
4.7.1.8 Carga acidental ....................................... Erro! Indicador não definido.
4.7.1.9 Peso específico ........................................ Erro! Indicador não definido.
4.8 VENTO E CARGA DE PROJETO .................. Erro! Indicador não definido.
5 METODOLOGIA ............................................................................................ 43
5.1 PROJETO ARQUITETÔNICO .................................................................... 43
5.2 INÍCIO DA ELABORAÇÃO DO PROJETO ................................................. 46
5.3 ESTIMATIVAS DAS CARGAS ATUANTES. ............................................... 48
5.4 DIMENSIONAMENTO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU) DA LAJE...... 48
5.5 DIÂMETRO E ESPAÇAMENTO DA LAJE .................................................. 49
5.6 ARMADURAS DAS LAJES (ELU) DA LAJE ............................................... 49
6 RESULTADOS .............................................................................................. 49
6.1 Pré dimensionamento ................................................................................. 50
6.1.1 Vãos efetivos e tipos de armação ............................................................ 50
6.1.2 Vinculações.............................................................................................. 51
6.2 CARGAS ATUANTES ................................................................................. 52
6.2.1 Levantamento das cargas atuantes ......................................................... 52
6.3 Momento nas lajes ...................................................................................... 53
6.4 Compatibilização dos momentos fletores.................................................... 56
6.5 CÁLCULO DAS ARMADURA ..................................................................... 59
6.5.1 Cálculo de armadura positiva................................................................... 59
6.5.2 Cálculo de armadura negativa ................................................................. 61
6.5.3 Detalhamento de armadura na laje. ......................................................... 61
6.5.3.1 Armadura mínima.................................................................................. 61
6.5.3.2 Espaçamento entre as barras ............................................................... 62
6.5.3.3 Armadura mínima.................................................................................. 62
6.6 CARGAS ATUANTES NAS VIGAS............................................................. 63
6.6.1 Verificação do cisalhemento e cálculo da armadura mínima ................... 66
6.6.2 Flecha nas vigas ...................................................................................... 68
6.6.3 Detalhamento da armadura nas vigas ..................................................... 70
6.6.3.1 Armadura máxima e Armadura mínima ................................................ 70
6.6.3.2 Espaçamento entre barras .................................................................... 70
7 CÁLCULO de PILARES ................................................................................ 71
7.1 Levantamento das solicitações nos pilares: ................................................ 72
8 Conclusão..................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 78
16

1 INTRODUÇÃO

Desde o início das civilizações o homem tem a prática da construção, e seus


métodos vem passando de geração para geração. Com o passar do tempo foi-se
aprimorando essas práticas e agregando mais conhecimentos para a construção
civil.

Atualmente para o dimensionamento da maioria das estruturas, é utilizado o


concreto armado que é a associação do concreto simples (aglomerantes, agregados
e água) com armadura, usualmente constituída por barras de aço. Os dois materiais
devem resistir solidariamente aos esforços solicitantes através da aderência (MAT-
TOS, 2008; PEIXOTO, 2008).

De acordo com Libânio (2007, p.6) o concreto é o material mais utilizado no


mundo, sendo o seu consumo anual da ordem de uma tonelada por habitante. Seu
intenso uso se justifica pelas seguintes vantagens do concreto armado: trata-se de
um material moldável, podendo assumir diversas formas, de acordo com a arquitetu-
ra; diante de dimensionamento e detalhamento adequados, apresenta boa resistên-
cia à maioria dos tipos de estrutura. Além de apresentar baixo custo tanto de materi-
ais, como de mão de obra, uma vez que não exige mão de obra com grande qualifi-
cação. Seu processo construtivo é bem difundido em todo o país, possui rápida exe-
cução, com a possibilidade, inclusive, de uso de peças pré-moldadas e pré-
fabricadas. Também apresenta alta durabilidade e baixo custo de manutenção, caso
a estrutura tenha sido projetada e executada adequadamente.

O trabalho a seguir tem como foco demonstrar o dimensionamento e a consi-


deração das cargas, obedecendo os parâmetros determinados nas normas NBR
6118:2014 e NBR 6120:2019, que influenciarão na carga final encontrada e nas di-
mensões das lajes, vigas e pilares, garantindo maior segurança, melhor aproveita-
mento dos materiais e maior economia de recursos financeiros.
17

2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Dimensionar uma residência unifamiliar em estrutura de concreto armado na


cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

A) Dimensionar uma residência unifamiliar, calcular as lajes, vigas e pilares,


respeitando as recomendações e obrigações fornecidas pelas normas NBR
6118:2014 e NBR 6120:2019.

B)Determinar as características internas das estruturas;

C) Apresentar resultados parciais, sendo esses as planilhas de cálculo, utili-


zando o Excel.

3 JUSTIFICATIVA

A escolha do modelo estrutural para a simulação da estrutura real pode ser in-
fluenciada por diversos fatores, como por exemplo: o projeto arquitetônico, carrega-
mento atuante, condições de montagem e/ou fabricação da estrutura e o material a
ser empregado (VALLE, 2013).

Nesse sentido, um dos motivos para a realização deste trabalho é compreen-


der os diferentes modelos estruturais quando aplicados em estruturas de concreto
armado e também uma chance de colocar os conhecimentos adquiridos durante o
curso de Engenharia Civil em prática e aprender a utilizar meios importantes na área
de cálculo estrutural.

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 HISTÓRIA

O surgimento do cimento ocorreu no ano de 1824, quando o francês J. As-


padin inventou o cimento Portland. Em 1855, J. L. Lambot utilizou o cimento para a
18

construção de um barco, e posteriormente, J. Monier em 1861 construiu vasos de


flores, ambos utilizando argamassa com reforços de ferro, porém sem a utilização
de agregados graúdos. Em 1873, o americano W. E. Ward construiu uma casa em
concreto armado, existente até os dias de hoje na cidade de New York. No ano de
1900 Koenen iniciou o desenvolvimento das teorias do concreto armado, 18 poste-
riormente, Morsch deu continuidade as suas teorias com base em numerosos en-
saios. A partir disto, foram desenvolvidos ao longo de décadas estudos mais apro-
fundados do concreto armado, sendo que os conceitos fundamentais são validos
até os dias atuais (CARVALHO; FIGUEIREDO, 2004).

No Brasil, uso do concreto armado se desenvolveu no início do século XX.


No Rio de Janeiro foi construída uma ponte com 9 metros de comprimento no ano
de 1908 e o edifício “A Noite” com seus 22 andares, construído no ano de 1928
obteve por muitos anos o título de prédio mais alto do mundo utilizando concreto
armado. Entre os anos de 1955 e 1960, estruturas extremamente esbelta e com-
plexa foram construídas na capital do Brasil por autoria dos arquitetos Oscar Nie-
meyer e Lúcio Costa e do engenheiro Joaquim Cardoso, estas tiveram grande im-
portância para o desenvolvimento mundial do concreto armado (CLÍMACO, 2008).

4.2 CONCEITO

A união do concreto e do aço concede a resistência necessária para resistir


aos esforços de compressão e tração nos elementos estruturais. O aço tem por ca-
racterística possuir grande resistência à tração e o concreto a esforços de compres-
são, ambos atuam de forma conjunta por possuírem coeficientes de dilatação seme-
lhantes, resistindo aos esforços que lhe forem aplicados (CLÍMACO, 2008).

O concreto é um dos produtos mais consumidos no mundo, tornando-o muito


importante para a construção. Não sendo tão rijo nem tão resistente quanto o aço, o
concreto ainda é mais usado que este na construção civil. Uma das propriedades
mais importantes do concreto é a sua resistência à compressão, por sempre estar
especificada em projetos estruturais, e por outras qualidades, tais como: módulo de
elasticidade, estanqueidade, impermeabilidade e resistência a intempéries (MEHTA;
MONTEIRO, 1994).
19

4.3 CONCRETO SIMPLES X CONCRETO ARMADO X CONCRETO PROTENDIDO

Figura 1: Fonte: livro Eugène Freyssinet (2004)

Figura 2: Fonte: livro Eugène Freyssinet (2004)


20

Figura 3: Fonte: livro Eugène Freyssinet (2004)

Figura 4: Fonte: livro Eugène Freyssinet (2004)

4.3.1 CONCRETO SIMPLES


21

A definição para o concreto simples, conforme a NBR 6118:2014 (item 3.1.2) é:


“elementos estruturais elaborados com concreto que não possuem qualquer tipo de
armadura ou que a possuem em quantidade inferior ao mínimo exigido para o con-
creto armado”.

O concreto simples é uma mistura, que é constituída por aglomerantes, agre-


gados e água. Os aglomerantes são materiais que dão coesão a outros materiais, ou
seja, faz a união. Existem dois tipos de aglomerantes: os aéreos que reagem com o
ar (como a cal aérea) e os hidráulicos que reagem com a água (cimento).
Os agregados tem a função de controlar a retração (inerte), contribuem com a resis-
tência, aumentam o volume da mistura e diminuem o custo. Existem dois tipos de
agregados: os agregados graúdos (pedra, brita) e os agregados miúdos (areia).

Pode conter em sua mistura adições minerais como Pozolona e filer, assim
como também pode conter aditivos químicos como incorporadores de ar, redutores
de água e modificadores de pega, os modificadores de pega podem ser retardado-
res que retardam a pega de 6 a 8 horas, dando mais tempo de manuseio ou inibido-
res, que param a hidratação do concreto e permitem manter o concreto fresco por
horas ou até dias.

4.3.2 CONCRETO PROTENDIDO

Segundo a NBR6118 item 3.3.4 (norma que regulamenta sobre estruturas fei-
tas com concreto armado), o concreto protendido é constituído por elementos nos
quais parte das armaduras é previamente alongada (protensão) com a finalidade de,
em serviço, reduzir fissuras e deslocamentos e, no Estado Limite Último, propiciar
melhor aproveitamento de aços de alta resistência.

O concreto protendido pode ser considerado uma estrutura de concreto armado


com armaduras ativas de alta resistência. A armadura é chamada ativa, porque ela é
alongada através de macacos hidráulicos antes de receber as camadas de concreto.
E uma vez alongada deve ficar assim durante toda a vida útil da estrutura. Este pro-
cesso só é viável se feito com armadura de alta resistência que suportam as cargas
de tração aplicadas sobre elas durante o processo de protensão. Em geral não se
22

faz protensão com o vergalhão comum utilizado em estruturas correntes de concreto


armado.

Algumas vantagens do concreto protendido são: possibilidade de grandes


vãos, pois a laje do concreto protendido consegue vencer vãos que o concreto ar-
mado usual não venceria; maior layout no projeto arquitetônico, já que há maior dis-
tância entre os pilares; menor peso estrutural, pois as lajes são esbeltas, o que dimi-
nui o carregamento da fundação da edificação;

Algumas desvantagens do concreto protendido são: falta de mão de mão de


obra especializada; esta técnica pode ser inviável conforme a geometria da estrutu-
ra; é preciso concreto de alta resistência, o que nem sempre é possível devido ao
seu custo mais elevado ou indisponibilidade no local de obra; maiores cuidados du-
rante a produção; requer aço de alta resistência, o que custa até três vezes mais
que o aço comum utilizado no concreto armado; requer bastante supervisão durante
todas as fases da construção.

4.3.3 CONCRETO ARMADO

De acordo com a norma regulamentadora brasileira (NBR 6118:2014), o con-


creto armado é como “aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência
entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das
armaduras antes da materialização dessa aderência.”. Trata-se de um material que
atua de forma conjunta com outro importante elemento estrutural, a armadura.

De acordo com Pfeil (1985, p.1), concreto armado é um material misto obtido
pela colocação de barras de aço no interior do concreto. As armaduras são posicio-
nadas, no interior da fôrma antes do lançamento do concreto plástico. Este concreto
plástico envolve as barras de aço, obtendo-se após o endurecimento, uma peça de
concreto armado.

A principal característica das estruturas em concreto armado é o trabalho em


conjunto entre a armadura e o concreto, isso se dar devida a aderência e a possibili-
dade de ocorrência de regiões fissuradas no concreto (CARVALHO E FIGUEIREDO,
2014).
23

A junção se dá pela necessidade de unir características importantes dos ele-


mentos, a fim de evitar o aparecimento de patologias na estrutura a ser dimensiona-
da.

As principais vantagens do concreto armado é o seu baixo custo, já que se


trata de um material de simples manuseio, visto que sua aplicabilidade não requer
equipamentos de alta complexidade para seu preparo, transporte, adensamento e
vibração, além de não exigir mão de obra muito especializada para o desenvolvi-
mento das atividades; é mais durável; boa resistência ao desgaste mecânico como
choques e vibrações; custo da manutenção mais baixo; pode ser moldada de diver-
sas maneiras e formatos.

“É uma estrutura durável, impermeável se dosada de forma correta e que re-


siste ao fogo, às influências atmosféricas, ao desgaste mecânico, ao choque e vi-
brações.” De acordo com Narbal Marcellino, professor da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC).

Apesar da grande aplicabilidade do material e das amplas vantagens, o con-


creto armado, apresenta algumas características bem peculiares físicas como: pos-
sui peso próprio elevado, baixa resistência à tração, fragilidade a tensões de cisa-
lhamento, fissuração, tempo de execução maior do que outros sistemas de execu-
ção; a demolição de uma estrutura em concreto armado é de difícil execução, po-
dendo ser inviável devido ao custo.

A norma que contém todas as informações necessárias para tomada de deci-


sões na fase de projeto e é considerada a ‘norma-mãe’ é a ABNT NBR 6118:2014 –
Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.

As regras que devem ser respeitadas na fase de execução, está na ABNT


NBR 14931:2004 – Execução de estruturas de concreto.

Uma das partes mais importantes de um projeto em concreto armado é o di-


mensionamento de estruturas, pois influencia diretamente na vida útil das edifica-
ções e também na funcionalidade da mesma. Para Pfeil (1985:2017), as estruturas
em concreto armado, em geral, devem ser dimensionadas para atender às condi-
24

ções do coeficiente de segurança adequado em relação ao colapso e às condições


satisfatórias de comportamento sob ação das cargas de utilização (cargas em servi-
ço), sem deixar de verificar seus estados limites de comportamento, pois uma estru-
tura, ou parte da mesma, considera-se inadequada quando atinge um desses esta-
dos limites verificados. Na análise das estruturas, os estados limites verificados são
classificados em duas categorias: estados limites de serviço (que correspondem aos
estados de utilização da estrutura) e estados limites últimos (aqueles relativos à má-
xima capacidade de suporte da estrutura).

De acordo com Carvalho e Figueiredo Filho (2014, p. 46): A finalidade do cál-


culo estrutural é garantir, com segurança adquirida, que a estrutura mantenha certas
características que possibilitem a utilização satisfatória da construção, durante sua
vida útil, para as finalidades as quais foi concebida.

Assim, se faz necessário a observação e a verificação de uma série de etapas


importantes que influenciam diretamente no dimensionamento das estruturas como
a determinação das cargas atuantes na estrutura (na laje, viga e pilar), o pré-
dimensionamento dos elementos estruturais, cálculo da solicitação na estrutura, veri-
ficação e observação do comportamento da estrutura e o detalhamento dos elemen-
tos; cada etapa desse processo deve ser respeitado e realizado de acordo com as
normas vigentes e as características desejadas, até se ter o dimensionamento final.

4.4 LAJE

4.4.1 Tipos de lajes

As lajes podem ser classificadas quanto a sua composição e forma, ao tipo de


apoio e quanto ao esquema de cálculo.

De acordo com NBR 6118 (item 14.7.7) a laje nervurada é definida como “la-
jes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos esteja localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado
material inerte.”

Algumas vantagens das lajes nervuradas em relação as lajes maciças de


concreto são: redução de fôrmas; menor consumo de concreto; maior capacidade de
25

vencer grandes vãos; maiores planos lisos (sem vigas); menor peso próprio; entre
outros.

De acordo com a NBR 6118 no item 14.7.7: “ todas as prescrições relativas as


lajes podem ser consideradas válidas para lajes nervuradas, desde que, sejam obe-
decidas as condições relativas as especificações para as dimensões da laje, e relati-
vas ao projeto da laje”.

Laje pré-moldada ou pré-fabricada, é a laje que tem suas partes constituintes


fabricadas em escala industrial no canteiro de uma fábrica. Pode ser de concreto
armado ou concreto protendido. O método tem baixo custo, é de fácil montagem,
porém podem ser mais propensos a trincas.

Laje pré-fabricada com poliestireno (isopor) são formadas por vigotas de con-
creto que tem o espaço entre elas ocupados com blocos de EPS. A leveza do EPS
(isopor) garante facilidade no manuseio e na instalação da laje. Vantagens: leve e de
rápida montagem; o EPS não absorve a água e por ser facilmente recortável, tem
instalação de equipamento facilitada; bom desempenho térmico e acústico. Desvan-
tagens: Em algumas regiões, tem custos elevados; exige mais gastos adicionais
com material de acabamento; possui limitações de vãos e cargas; exige reforço para
instalação na parte inferior de estruturas da laje.

Laje pré-fabricada de cerâmica são mais adequadas para vencer pequenos


vãos. As lajotas devem ser conduzidas com muito cuidado no canteiro de obra, pois
são pouco resistentes e podem quebrar durante o transporte, montagem e concreta-
gem com pequenos choques, possui baixo custo e é inadequado para vencer vãos
maiores.

Laje treliça é a que tem a forma de uma treliça espacial. O banzo inferior é
constituído por duas barras e o banzo superior por uma barra. Esses banzos (inferior
e superior) são unidos por barras diagonais inclinadas soldadas por eletrofusão.
Com maior resistência estrutural, esse tipo de laje costuma vencer vãos médios,
mas é mais indicado para construções menores. Tem resistência superior aos outros
modelos pré-fabricados, fácil transporte, dispensa acabamentos, menor uso de ma-
deira no escoramento, porém, é mais caro que os outros modelos pré-fabricados.
26

Laje convencional é constituída por nervuras na forma de um T invertido.


Também é formada pelas nervuras (vigotas), capa e material de enchimento.

Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente nos pilares, resultando um pi-
so sem vigas. Nessas lajes, o topo do pilar possui um aumento de seção, denomi-
nado capitel, para aumentar a resistência à punção da laje.

Laje maciça é a mais utilizada no Brasil, moldada in loco, constituída de uma


malha de vergalhões de aço e concreto lançado sobre uma forma, normalmente de
compensados de madeira. É finalizada após a cura do concreto. Vantagens: facili-
dade de execução, acabamento liso no teto, gera uma estrutura de pouca espessu-
ra, resistente aos esforços impostos. Desvantagens: custo alto devido ao grande
consumo de concreto e aço e pelo maior peso do concreto, a laje exige mais dos
elementos de apoio.

De acordo com Bastos (2015), as lajes maciças de concreto, com espessuras


que variam normalmente de 7 cm a 15 cm, são comuns em edifícios de pavimentos
e em construções de grande porte, como escolas, indústrias, hospitais, pontes, etc.
De modo geral, não são aplicadas em construções residenciais e outras de pequeno
porte, pois nesses tipos de construção as lajes nervuradas pré-fabricadas apresen-
tam vantagens nos aspectos custo e facilidade de construção.

Na NBR 6118:2014 (item 13.2.4.1), temos os limites mínimos para espessura


que devem ser respeitados nas lajes maciças:

a) 5 cm para lajes de cobertura não em balanço;


b) 7 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
a) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30
kN;
b) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;

c) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, para lajes de piso bi

apoiadas e para lajes de piso contínuas;

d) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo.


27

4.4.2 Classificação das lajes quanto à armação

Uma classificação muito importante das lajes maciças é aquela referente à di-
reção ou direções da armadura principal. As lajes podem ser armadas em uma ou
duas direções. A diferenciação entre as lajes armadas em uma e duas direções é
realizada comparando-se a relação entre os vãos (dimensões) da laje .

As lajes armadas em uma só direção são aquelas em que a relação entre o


maior e o menor vão é maior que dois; Já as lajes armadas em duas direções a rela-
ção entre o maior e o menor vão é menor ou igual a dois.

Sendo assim temos:

a) Lajes armadas em uma direção: >2

b) Lajes armadas em duas direções: ≤2

Adota-se Lx como o menor vão da laje e Ly como o maior.

Figura5 : Vãos da laje retangular armada em uma direção.

4.4.3 Vãos efetivos de lajes

Segundo a NBR 6118:2014 os vãos podem ser calculados por:

lef=l0+a1+a2
Onde:

l0 é a distância entre faces internas de dois apoios consecutivos;


28

a1 é o menor valor entre t1/2 e 0,3h, sendo t1 a largura do apoio à esquerda;

a2 é o menor valor entre t2/2 e 0,3h, sendo t2 a largura do apoio à direita;

sendo h a altura da laje.

Figura 6: Vão efetivo


Fonte: Figura 14.5 NBR 6118:201

4.4.4 Vinculação nas bordas

Em função da vinculação das bordas da laje, a classificação das lajes arma-


das em uma ou duas direções apresenta exceções. Se a laje for suportada continu-
amente somente ao longo de duas bordas paralelas (as outras duas forem livres) ou
quando tiver três bordas livres (laje em balanço), ela será também armada em uma
só direção, independentemente da relação entre os lados.

Segundo Bastos (2015), são três os tipos de apoio das lajes: paredes de
29

alvenaria ou de concreto, vigas ou pilares de concreto. Para se calcular de forma


correta e coerente os esforços solicitantes nas lajes e as deformações na mesma é
necessário estabelecer vínculos entre as lajes e os diferentes tipos de apoios
estruturais sejam eles pontuais como os pilares, ou lineares como as vigas de borda.
Para os apoios das lajes, existem três tipos mais comuns de vínculo entre os
elementos estruturais, são eles: apoio simples, engaste perfeito e o engaste elástico.

Apoio simples: quando a borda da laje é continuamente suportadas por vigas,


paredes de alvenaria de blocos de concreto, tijolos cerâmicos ou de pedras. Ele
surge nas bordas onde não existe ou não se admite a continuidade da laje com
outras lajes vizinhas.

Engastade perfeito: surge no caso de lahes em balanço, como marquises,


varandas, entre outros. Porém, é considerado também nas bordas onde não existe
ou não se admite a continuidade entre duas lajes vizinhas (laje adjacente).

Engaste elástico: apoios intermediários de lajes contínuas surgem momentos


fletores negativos, devido a continuidade das lajes. A ponderação feita entre os
diferentes valores dos momentos fletores que surgem nesses apoios conduz ao
engaste elástico.

Na Figura a seguir, pode-se observar algumas das diversas condições de


vinculações possíveis entre os elementos estruturais de concreto armado. Sendo o
contorno representado por linha simples representa borda simplesmente apoiada, já
os contorno com hachura indica borda engastada
30

Figura 7: Vinculação das bordas.


Fonte: Bastos, 2005.

4.4.5 Cargas na Laje

As cargas atuantes nas lajes são de natureza permantente (g) e de natureza


acidental (q). Os valores dessas cargas são indicados pelas NBR 6118, 8681e 6120,
e é considerado como uniformemente distribuído, onde: p (Kn/m²)=g +q

4.4.6 Compatibilização dos momentos

A compatibilização de momentos (arredondamento) é feita da junção de uma


laje com a outra, sendo apoiadas ou engastadas, para que os momentos na união
da laje tenham o mesmo valor para cálculo. De acordo com a NBR 6118:2014, os
diagramas de momentos fletores podem ser arredondados sobre os apoios e pontos
31

considerados como concentradas e nós de pórticos. Esse arredondamento pode ser


feito de maneira aproximada conforme indicado e representado na Figura a seguir.

Figura 8: Arredondamento de momentos fletores.


Fonte: Pinheiro 2010

4.5 VIGA

De acordo com as normas responsáveis por regulamentar a construção civil


brasileira as vigas são “Elementos lineares em que a flexão é preponderante.”.
Elemento linear é aquele em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos
três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominado
“barra” (Bastos, 2017)

São elementos de barras, normalmente retas e horizontais. A função é


basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas atuantes para os apoios,
geralmente os pilares. As vigas feitas em concreto armado são dimensionadas de
32

forma que apenas a sua ferragem longitudinal resista aos esforços de tração, não
sendo levada em conta a resistência a tração do concreto, por esta ser muito baixa.
As vigas de concreto armado recebem ferragens secundárias distribuídas transver-
salmente ao longo da sua seção, chamadas estribos, que possuem a função de le-
var até os apoios as forças cisalhantes.

As vigas têm como principal objetivo além de vencer vãos, transmitir as


cargas nela atuante (linearmente), até o próximo elemento estrutural, ou seja, os
pilares de apoio. Elas como qualquer outro elemento estrutural são armadas de
diferentes formas, de acordo com o tipo de estrutura e solicitação; basicamente são
compostas por estribos, chamados “armadura transversal”, e por barras
longitudinais, chamadas “armadura longitudinal” (Bastos 2006).

São responsáveis por suportar o peso próprio e as cargas atuantes na laje, e


todo o resto da superestrutura como as paredes dispostas sobre elas, além de
cargas concentradas provenientes de outras vigas, levando todas essas cargas para
os pilares em que estão apoiadas. Ao dimensionar vigas de concreto que são fundi-
das com a laje, a compressão pode levar em conta parte da laje junto à viga, aju-
dando a reduzir a quantidade de ferragem para resistir aos esforços compressivos.

A norma exige que em vigas com altura superior a 60 cm seja utilizada a


armadura de pele, cuja função principal é minimizar os efeitos da fissuração,
provenientes da retração natural do concreto e também da variação de temperatura
(Carvalho E Figueiredo, 2007).

4.5.1 Tipos de vigas

a) Viga em balanço ou em consule: é uma viga de edificação com um só a-


poio, toda carga recebida é transmitida a um único ponto de fixação;
b) Viga biapoiada ou apoiada: vigas com dois apoios, que podem ser simples
e/ou engastadas, gerando-se vigas do tipo simplesmente apoiadas, vigas
com apoio simples e engaste, vigas biengastadas;
c) Viga contínua: viga com múltiplos apoios.
33

4.5.2 Espaçamento das vigas

O espaçamento entre as barras é de observação importante, devendo ser


respeitados os valores mínimos estipulados pela norma, pois se não forem
respeitados a execução do projeto em campos pode ser prejudicado pela dificulade
de utilização dos equipamentos de apoio; a NBR 6118/2014 define que, deve ser
igual ou superior aos seguintes valores:

Na direção horizontal:

· 20 mm;

· diâmetro da barra, do feixe ou da luva;

· 1,2 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

Na direção vertical:

· 20 mm;

· diâmetro da barra, do feixe ou da luva;

· 0,5 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

4.5.3 Estádios

Os estádios podem ser definidos como os vários estágios de tensão pelo qual
um elemento fletido passa, desde o carregamento inicial até a ruptura (Bastos 2015).

De acordo com Bastos 2015, a figura a seguir, mostra como uma viga sim-
plesmente apoiada que está submetida a um carregamento externo crescente, se
comporta a partir de zero. Em função dos estágios de tensão mostrados, classificam-
se os estádios em quatro:

- Estádio Ia - o concreto resiste à tração com diagrama triangular;

- Estádio Ib - corresponde ao início da fissuração no concreto tracionado;


34

- Estádio II - despreza-se a colaboração do concreto à tração;

- Estádio III - corresponde ao início da plastificação (esmagamento) do con-


creto à Compressão.

Figura 9: Diagramas de tensão indicativos dos estádios de cálculo.


Fonte: Bastos, 2015.

4.5.4 Domínios

Os domínios são definidos na (NBR 6118/2014, item 17.2.2). no caso dos


elementos de concreto armados os domínios sempre vão se encontrar nos estádios
2, 3 e 4, em caso de flexão simples. O estado limite último (ELU) de elementos linea-
res sujeitos a solicitações normais é caracterizado quando a distribuição das defor-
mações na seção transversal pertencer a um dos domínios (NBR 6118/03)

Fonte: Bastos, 2015.

Figura 10: Domínios de estado-limite último de uma seção transversal.


35

Ruptura convencional por deformação plástica excessiva:

— reta a: tração uniforme;


— domínio 1: tração não uniforme, sem compressão;
— domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do con-
creto (εc < εcu e com o máximo alongamento permitido).

Ruptura convencional por encurtamento-limite do concreto:

— domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à


compressão do concreto e com escoamento do aço (εs ≥ εyd);
— domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à
compressão do concreto e aço tracionado sem escoamento (εs < εyd);
— domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas;
— domínio 5: compressão não uniforme, sem tração;
— reta b: compressão uniforme.

4.6 PILAR

Figura 11: Pilar


Fonte: Bastos, 2006.

O pilar trata-se da parte da estrutura responsável por transferir as cargas até


a fundação de sustentação, de qualquer tipo e usabilidade de edificação, por esse
36

motivo os pilares devem receber um cuidado maior no momento do seu


dimensionamento e execuççao no canteiro de obras.

Conforme mostrado na norma 6118/2014: pilares “são elementos lineares de


eixo retos, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compres-
são são preponderantes”. Responsáveis por transmitirem as ações às fundações,
como podem também transmitir para outros elementos de apoio. Essas ações são
oriundas das vigas e também das lajes. São os elementos estruturais mais impor-
tantes nas estruturas.

4.6.1 Tipos de pilares

Pilar intermediário é considerado a compressão centrada no projeto, conside-


rando que como as lajes e vigas são contínuas sobre o pilar, admite-se que os mo-
mentos fletores transmitidos para o pilar são pequenos e desprezíveis. Portanto não
existe momento fletor na extremidade do pilar.

Pilares de extremidade encontram-se posicionados nas bordas das edifica-


ções, também chamados de pilares laterais ou de borda. O fato do pilar extremo pa-
ra uma viga, que não tem continuidade sobre o pilar, é responsável pelo termo pilar
de extremidade. O pilar de extremidade não acontece necessariamente na borda da
edificação, podendo ocorrer na zona interior de uma edificação, desde que a viga
não apresente continuidade no pilar.

Pilares de canto são encontrados posicionados nos cantos do edifício. Na si-


tuação de projeto acontece a flexão composta oblíqua, que acontece devido à des-
continuidade das vigas apoiadas no pilar. Existindo assim, os momentos fletores nas
suas duas direções.

4.6.2 Comprimento equivalente do Pilar

De acordo com a NBR 6118/2014, o comprimento equivalente (lo) do pilar,


suposto vinculado em ambas extremidades, é o menor dos valores como mostrado
na Equação:
37

-lo: é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos hori-
zontais, que vinculam o pilar;
-h: é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura;
-l: é a distância entre os eixos dos elementos estruturais em que o pilar está vincu-
lado.
No caso de pilar engastado na base e livre no topo, le = 2l. A Figura a seguir
mostra estas definições com mais clareza

Figura 12: Comprimento equivalente - Fonte: Araújo, 2014.

4.7. CARGAS ATUANTES E PESO PERMANENTE

4.7.1 Peso da alvenaria

Para determinar o peso da alvenaria precisa-se saber se a laje em questão é


armada em uma ou duas direções, tem-se que saber o tipo de alvenaria, o peso es-
pecífico da alvenaria, sua espessura e sua altura.

Se a laje tiver armadura em duas direções, a carga da parede será distribuída


por toda dimensão da laje em que a parede se encontra, a partir da Equação:
38

Onde:

par = 15kN/m3 (para alvenaria pronta de tijolos furados)

Vpar (é o volume de alvenaria sobre a laje (c.h.e));

c (é o comprimento da parede);

h (é a altura da parede);

e (é a espessura da parede).

Se a laje possuir armadura em apenas uma direção, pode-se calcular o carre-


gamento a partir da fórmula a baixo:

A partir do menor vão:

q= , onde b = lx/2

A partir do maior vão:

q=

No cálculo da estrutura em questão as paredes são consideradas como maci-


ças, ou seja, uma parede inteira, desconsiderando esquadrias. Para trechos em que
a alvenaria não ocupa todo vão da viga, a carga da alvenaria é considerada apenas
onde é existente.

Na estrutura em questão, a altura da parede (ℎ ) se dá pela subtração da al-


tura do pé direito (piso a piso), que é 3,0 m, pela altura da viga, que é 45 cm.

Seu cálculo se subdivide em três etapas:


39

4.7.1.2 Peso do tijolo

Para o desenvolvimento do dimensionamento do peso de parte da área de al-


venaria, ou seja, cálculo do peso do tijolo, (elemento em cerâmica ou cimento) exer-
cido sob o elemento e dado pela Equação:

Onde:
(Tijolo furado) =13 / ³
=0,09

4.7.1.3 Peso do chapisco

Para se calcular o peso do chapisco que se trata de argamassa fluida de ci-


mento e areia que é necessário se utilizar a Equação:

c=

Onde:
(Argamassa)=21 / ³
=0,01

4.7.1.4 Peso do emboço

Para se calcular o peso do emboço, a camada inicial de argamassa, ou cal,


na parede, e que serve de base ao reboco é necessário se utilizar a Equação:

e=

Onde:
(Argamassa com cal) =13 / ³
=0,01
40

4.7.1.5 Peso do reboco

O reboco é o revestimento de alvenaria e similares que utiliza argamassa de


cal, em uma só camada (reboco grosso) ou em duas (reboco grosso e reboco fino.
Deve ser utilizada a Equação:

= ℎ

Onde:

=0,01

4.7.1.6 Revestimentos

Segundo o glossário de termos técnicos da construção civil (PEIXEIRO E


RUAS, 1989), os revestimentos são definidos como uma "camada protetora ou me-
lhorativa do aspecto de uma superficie".

Para edificações em geral existem diversos tipos de revestimentos, dos mais


variados tipos e aplicações. Podem ser considerados como revestimentos: imper-
meabilizantes, reboco, pintura, aplicação de telhas em coberturas e etc.

A partir disso, é especificado na norma NBR 6120:2019 que para revestimen-


tos:

- Forros 50kgf/m²;

- Pisos 100 kgf/m²;

- Incluindo pavimento e revestimento 50kgf/m²

4.7.1.7 Cargas variáveis

Segundo a NBR 6120:2019, cargas variáveis são aquelas cujos valores têm
variação significativa em torno da média, durante a vida da construção. As mesmas
podem ser consideradas fixas ou móveis, estáticas ou dinâmicas, como por exem-
plos desse tipo de carga: empuxos de água, alguns casos de abalo sísmico, vento,
entre outras cargas que podem variar sob a estrutura.
41

4.7.1.8 Carga acidental

De acordo com a NBR 6120:2019 carga acidental trata-se de toda carga atu-
ante na edificação decorrente do seu uso como pessoas, móveis, materiais, veícu-
los, entre outras. Os valores do presente projeto foram obtidos de uma tabela forne-
cida pela NBR já citada anteriormente, a carga acidental que se encontra na laje
também e denominada de sobrecarga.

A seguir é apresentado alguns valores de sobrecarga para edifícios residen-


ciais e terraços segundo a norma:

a) Edifícios residenciais:

Dormitório, sala, copa cozinha banheiro = 1,5 kN/m²

Dispensa, área de serviço, lavanderia = 2,0 kN/m²

b) Terraços:

Com acesso ao público = 3,0 kN/m²

Sem acesso ao público = 1,5 kN/m²

Inacessível a pessoas = 0,5 kN/m²

4.7.1.9 Peso específico

A norma, NBR 6120:2019 no item 2.1.3 informa que na falta de determinação


experimental, é necessário a utilização da tabela 4.5, do item citado, para se adotar
os pesos específicos aparentes dos materiais de construção mais frequente na edifi-
cação a ser dimensionada. Na Tabela a seguir, é representado os pesos específicos
aparentes dos materiais.
42

Tabela 1: Pesos específicos aparentes dos materiais

Fonte: NBR 6120:2019.

4.8 VENTO E CARGA DE PROJETO

Os esforços devido a ação do vento devem ser considerados e recomenda-se


que sejam determinadas de acordo como prescrito pela ABNT NBR 6123:2013. A
carga de projeto deverá ser o somatório de todas as cargas antes calculadas, multi-
plicadas pelo fator de segurança =1,4.
43

5 METODOLOGIA

5.1 PROJETO ARQUITETÔNICO

O pré-dimensionamento estrutural deste trabalho condiz com o código de o-


bras do município de Campos dos Goytacazes e o projeto arquitetônico foi cedido
pela Arquiteta Tatiana Portella, profissional da região.

A edificação possui: uma área de 61,26 m², com o pé direito de 2,80 m (altura
entre o piso e o teto), composta por 1 pavimento, distribuída conforme abaixo:

 Área de serviço: área de 3,65 m²;

 Banheiro de serviço: área de 1,50m²;

 Banheiro: área de 3,51m²;

 Cozinha: área de 7,13m²;

 Quarto: área de 10,89m²;

 Quarto: área de 9,15m²;

 Sala de estar: área de 17,19m²;

 Suíte: área de 3,51m²;

 Varanda: área de 4,73m².

A Figura abaixo representa o projeto arquitetônico da residência abordada.


44

Figura 13: Planta baixa


Fonte: ( Projeto cedido pela arquiteta Tatiana Portella, 2019).
45

A Figura abaixo retrata a planta baixa com os cortes longitudinais e transver-


sais da edificação.

Figura 14: Planta das sessões


Fonte: Autora

Para a realização do pré-dimensionamento foram adotas:

 Largura dos blocos de concreto igual a 14 centímetros;

 Espessura do revestimento igual a 1 centímetro;

 Utilização da laje pré-moldada de 15 centímetros de espessura;


46

 As dimensões dos blocos foram definidas em fase inicial de projeto de acordo


com a NBR 6136, onde foi escolhida a família 29, B29 (14x19x29cm)

O dimensionamento do projeto proposto foi realizado atendendo as


prescrições da NBR 6118:2014. O edifício está localizado em região urbana, logo, foi
considerada a classe de agressividade ambiental do tipo II, a qual a estrutura foi
submetida, como exemplificada ao longo do projeto foi considerado o cobrimento
das lajes de 2,5 cm e das vigas e pilares de 3,0 cm.

5.2 INÍCIO DA ELABORAÇÃO DO PROJETO

O desenvolvimento inicial do projeto ocorreu por meio da elaboração de uma


planilha eletrônica (Excel), utilizando como parâmetro o método da teoria das placas
para lajes maciças, coeficientes tabelados foram utilizados. Após, as vigas e os pila-
res foram calculados utilizando todos os métodos de verificações exigidos pela nor-
ma 6118.

O dimensionamento do trabalho de acordo com a NBR 6118:2014, tem como


base o Estado Limite Último (ELU), que considera a máxima capacidade que por
conta de fatores de ponderação que são empregados ao longo dos cálculos garante
que ele trabalhará de forma segura e sinalizará possíveis acidentes ou falhas. A
análise dos esforços pode ser realizada através da teoria das charneiras plásticas.
Para a garantia das condições apropriadas de ductilidade, dispensando a verificação
explícita da capacidade de rotação plástica, deve-se ter a posição da linha neutra
limitada em:

x/d ≤ 0,45

Cuidados especiais devem ser tomados em relação à fissuração e verificação


das flechas no ELS, principalmente quando se adota a relação entre momentos mui-
to diferente da que resulta de uma análise elástica.

As fissuras são aceitas desde que verificadas de acordo com o estabelecido


na norma, para não causar grande dano estético ou mesmo comprometer a integri-
dade da estrutura dimensionada. Para isso as aberturas máximas aceitáveis devem
ser:
47

Fissuras máximas ≤ 0,3 mm.

Os materiais principais para os cálculos foram selecionados de acordo com as


exigências da norma NBR 6118:2014 e, portanto, considerados o aço CA-50 e o ci-
mento C30. A escolha do cimento teve relação direta com a classe de agressividade
estipulada pela norma e o tipo de empreendimento pré-dimensionado.

Tabela 1: Classe de agressividade ambiental

Fonte: NBR 6118:2014

De acordo com a tabela de classes de agressividades da NBR 6118:2014, pa-


ra que o projeto tenha durabilidade, precisa-se classificar e seguir algumas exigên-
cias. O projeto em questão se trata de uma classe de agressividade ambiental tipo II,
de agressividade moderada, classificação do projeto como urbano e por isso seu
risco de deterioração é pequeno. Portanto, fazendo a correspondência entre a clas-
se de agressividade do concreto com sua qualidade utilizam-se as seguintes consi-
derações para determinação do cobrimento e taxa de água:

Relação água / cimento: ≤ 0,60

Cnom = Cmín + ∆C

Cnom ≥ ᶲbarra

dmáx ≤ 1,2 Cnom


48

Neste projeto utilizou-se o concreto armado. As ações permanentes são con-


sideradas diretas, considerando-se apenas peso próprio dos materiais e suas se-
ções, cargas acidentais, revestimento e cargas adicionais, que seja de aplicação
necessária.

5.3 ESTIMATIVAS DAS CARGAS ATUANTES

As cargas utilizadas estão de acordo com os valores estabelecidos na norma


NBR 6120:1980. Abaixo alguns valores a ser considerado nos cálculos de todo o
projeto:

● Peso próprio concreto armado – 25 kN/m³


● Peso específico concreto simples – 24 kN/m³
● Peso específico argamassa de cimento e areia – 21 kN/m³
● Peso específico granito – 28 kN/m³
● Peso específico alvenaria – 15 kN/ m³
● Pé direito – 3m
● Altura da laje – 15 cm
● Peso específico revestimento – 21 kN/m³
● Espessura do revestimento 2cm
● Peso próprio contra-piso – 21 kN/cm³
● Espessura revestimento – 2 cm
● Peso próprio piso cerâmico – 0,25 kN/m³
● Peso específico peitoril – 15 kN/m²
● Sobrecarga – 1,5 kN/m²
● Coeficiente de majoração das cargas – 1,4 kN/m²
● Aço CA-50
● Fck 30
● Seção da viga 40x15

5.4 DIMENSIONAMENTO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU) DA LAJE.

As lajes desse projeto residencial, foram calculadas considerando o máximo


da capacidade portante da estrutura, dadas pelas equações a seguir, considerando
como a área da seção transversal da armadura longitudinal de tração, bw largura da
49

alma da viga e h altura total da viga.

ρ= /( .h)

ρmin=0,15%

5.5 DIÂMETRO E ESPAÇAMENTO MÁXIMO DA LAJE

O diâmetro máximo adotado corresponde a (h/8), e o espaçamento máximo


adotado será de 2h, como prescreve a norma NBR 6118/2014. Após os cálculos das
cargas atuantes sobre a laje, foi definida a carga da laje sobre as vigas.
Posteriormente deverão ser determinadas as cortantes.

5.6 ARMADURAS DAS LAJES

As armaduras das lajes maciças podem ter uma ou duas direções. Quando,
armadas em uma direção podem ser calculadas como vigas de largura unitária, ha-
verá uma armadura perpendicular à principal, armadura de distribuição. Se armadas
em duas direções, podem ser analisadas utilizando o modelo elástico linear (Coefici-
ente de Poisson).

Laje armada em uma direção: a relação entre o maior e o menor vão é maior
que 2 ( = y/ x>2);

Laje armada em duas direções: a relação entre o maior e o menor vão é menor
ou igual a 2 ( = y/ x<=2);

6 RESULTADOS

Para começar o dimensionamento dos elementos estruturais do edifício foi ne-


cessário a planta de forma para que desse modo, fosse dispostos os pilares, as vi-
gas e as lajes de maneira correta.
50

Figura 15: Planta de forma.


Fonte: Própria

6.1 PRÉ DIMENSIONAMENTO

6.1.1 Vãos efetivos e tipos de armação

Os vãos efetivos foram calculados obedecendo as expressões já citas no capí-


tulo 4, item 4.4.3, utilizando a1=a2, já que a vigas possuem a mesma espessura. O
tipo de armação também foi calculado de acordo com a relação citada no capítulo 5,
item 5.6.

Segundo a NBR 6118:2014 os vãos podem ser calculados por: lef=l0+a1+a2


51

a1=a2

a1=a2=3cm para ambos os vãos;

Laje 1 = Laje 3

lx = 3+300+3 = 306cm = 3.06m


ly = 3+305+3 = 511cm = 5.11m

Laje 2
lX = 3+275+3 = 381cm = 2.81m
ly = 3+420+3 = 426cm = 4.26m

Laje 4
lx = 3+150+3 = 156cm = 1.56m
ly = 3+350+3 = 356cm = 3.56m

Laje 5
ly = 3+350+3 = 356cm = 3.56m
ly = 3+655+3 = 661cm = 6.61m
FORMA DE TRABA-
CASO LAJE lx(cm) ly (cm) Λ LHO
3 L1 306 311 1,016 2 DIREÇÕES
5B L2 281 426 1,516 2 DIREÇÕES
3 L3 306 311 1,016 2 DIREÇÕES
2A L4 156 356 2,282 1 DIREÇÃO
3 L5 356 661 1,856 2 DIREÇÕES

6.1.2 Vinculações

Para a análise das lajes, é preciso saber o tipo de vinculação que há entre elas,
como já foi dito anteriormente, logo, temos a vinculação das lajes desse trabalho.
52

Laje 1 – caso 3
Laje 2 – caso 5B
Laje 3 – caso 3
Laje 4 – caso 2A
Laje 5 – caso 3

6.2 CARGAS ATUANTES

6.2.1 Levantamento das cargas atuantes

O levantamento das cargas atuantes foi realizado, considerando como cargas atuan-
tes, o peso próprio da laje, o reboco e a sobrecarga.

Peso próprio: (Yconc = 25 kN/m³; h = 0,15 m) = 25*0.15 = 3,75 kN/m²

Revestimento: (yarg = 21 kN/m³; ecp = 2 cm) = 21*0,02 = 0,42 kN/m²

Regularização: (yreg = 21 kN/m³; 2,5 cm = 21*0.025 = 0,53kN/m²

Sobrecarga de utilização = 1,5kN/m²

Carga total = 3,75+0,42+0,53+1,5*1,4 = 8,68kN/m²

Para as lajes 2 e 4 temos parede, então foi calculada a carga de parede para as la-
jes em questão.

Laje 2: Por ser uma laje que possui armadura em duas direções, o peso foi distribu-
ído de maneira uniforme por toda a laje. A parede tem altura h=3,0 m, espessura de
0,15 m, ypar = 15kN/m³ e a sobrecarga 1,5kN/m².

gpar = = 2,368 kN/m²

Carga total= (3,75+0,42+0,53+1,5) +2,368 * 1,4 = 12 kN/m²

Laje 4: Possui armadura em apenas uma direção, não sendo necessário que o peso
seja dividido por toda a laje. A parede tem altura h=3,0 m, espessura de 0,15 m, ypar
= 15 kN/m³ e a sobrecarga 1,5 kN/m².

gpar = 15 * 1,5 * 3,0 * 0,15 = 10,13 kN/m²


53

Carga total= (0,42+0,53+1,50+10,13+3,75)*1,4 = 22,86 kN/m²

6.3. MOMENTO NAS LAJES

Para calcular o momento na laje, precisa saber a forma de trabalho. Os cálcu-


los serão feitos utilizando como referência as tabelas desenvolvidas por Barés e a-
daptadas por PINHEIRO (1994). As tabelas servem para o cálculo dos momentos
fletores em lajes retangulares com apoios nas quatro bordas. De acordo com a tabe-
la de Barés os momentos fletores, negativos ou positivos, são calculados pela ex-
pressão:

Mx = µ x * M’x = µ’X * My = µ y * M’y = µ’y *

Mx e M’x = momentos fletores na direção do vão lx.

My e M’y = momentos fletores na direção do vão ly.

µx e µy = coeficientes para cálculo dos momentos fletores positivos atuantes nas


direções paralelas a e .

µ’X e µ’y = coeficientes para cálculo dos momentos fletores negativos que atu-
antes nas bordas perpendiculares às direções l x e ly.

obs: o caso tenha laje em balanço para calcular o momento, usa-se a fórmula:

M’x:
54
55

Tabela 3: Fonte: Pinheiros 1994

Tabela 4 : Momentos

LAJE CASO lx(m) ly (m) λ Pd P l²x mx


μx
(kN/m²) (kN) (kN m)
L1 3 3,06 3,11 1,016 8,68 81,28 2,69 2,19
L2 5B 2,81 4,26 1,516 12 94,75 3,74 3,54
L3 3 3,06 3,11 1,016 8,68 81,28 2,69 2,19
L4 2ª 1,56 3,56 2,282 22,86 55,63 12,5 6,95
L5 3 3,56 6,61 1,856 8,68 110 5,48 6,03
Fonte: próprio auto
56

LAJE m'x my m'y


μ'x Μy μ'y
(kN m) (kN m) (kN m)
L1 6,99 5,68 2,69 2,19 6,99 5,68
L2 8 7,58 1,35 1,28 5,72 5,42
L3 6,99 5,68 2,69 2,19 6,99 5,68
L4 - - 3,36 1,87 12,2 6,79
L5 11,55 12,71 1,72 1,89 8,17 8,99
Fonte: próprio autor

6.4 COMPATIBILIZAÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES

Para análise dos momentos e cálculo da compatibilização, foi determinado se-


ções nas lajes de forma a demonstrar todos os momentos possíveis. Abaixo, na Fi-
gura é mostrado as seções analisadas.

Figura 16: Corte das seções dos momentos


Fonte: próprio autor
57

Segundo a NBR 6118, na análise plástica, a compatibilização pode ser realiza-


da mediante alteração das razões entre momentos de borda e vão, em procedimen-
to interativo, até a obtenção de valores equilibrados nas bordas. É adotado o maior
valor para o momento negativo.

Método de compatibilidade: M ≥ , com M1 ≥ M2

M≥

M≥
58

M≥
59

M≥ ;

6.5 CÁLCULO DAS ARMADURAS

6.5.1 Cálculo de armadura positiva

Inicialmente foi calculada a posição da linha neutra, utilizadando a fórmula se-


guinte:

X= ≤ Xlim = 0,45d

αR = Efeito Rusch do concreto = 0,85;


= 0,8;
60

bw = 100 cm; calculado para 1 m de laje.


D = Altura útil = h – (Ø/2) – c, onde h é a altura da laje (15 cm), Ø bitola (0,80
cm) e c é o cobrimento (2,5 cm).
D = Altura útil = 15 – (0,80/2) – 2,5 =12,10cm
Coeficiente de majoração = 1,4
Xlim = 0,45*12,1=5,45 cm

Linha Neutra Laje 1: X1 =

X1 = 0,45 cm ; Xlim > X = Armadura Simples

Área do aço: As = = =
As1=1,66cm²

ρ= /( .h)= 1,66/(100*15)=1,11*10^(-3)

Linha Neutra Laje 2: X2 =

X2 = 0,83 cm; Xlim > X = Armadura Simples

As = =2,71cm²

ρ= /( .h)= 2,71/(100*15)= 1,81*10^(-3)

Linha Neutra Laje 3: X3 =

X3 = 0,83 cm; Xlim > X = Armadura Simples

As = =2,71cm²

ρ= /( .h)= 2,71/(100*15)= 1,81*10^(-3)

Linha Neutra Laje 4: X4 =

X4 = 0,54 cm; Xlim > X = Armadura Simples


61

As = = 1,77cm²

ρ= /( .h)= 1,77/(100*15)= 1,18*10^(-3)

Linha Neutra Laje 5: X5 =

X5 = 0,73 cm; Xlim > X = Armadura Simples

As = = 2,39cm²

ρ= /( .h)= 2,39/(100*15)= 1,59*10^(-3)

Linha Neutra Laje 6: X =

X6 = 0,73 cm; Xlim > X = Armadura Simples

As = = 2,39cm²

ρ= /( .h)= 2,39/(100*15)= 1,59*10^(-3)

6.5.2 Cálculo de armadura negativa

A armadura negativa não é em toda a extensão da laje, isso se deve porque


ela está localizada exatamente na região que possui “momentos negativos”. Geral-
mente essas regiões estão localizadas sobre as vigas na passagem de uma laje pra
outra.

6.5.3 Detalhamento de armadura na laje.

6.5.3.1 Armadura máxima

O detalhamento foi feito baseado nas fórmulas abaixo, seguindo a NBR


6118/2014. NBR 6118 (17.3.5.2.4) “A soma das armaduras de tração e de compres-
são (As + A’s) não pode ter valor maior que 4 % Ac.”
62

6.5.3.2 Espaçamento entre as barras

De acordo com a NBR 6118/2014, item 18.3.2.2, o espaçamento mínimo livre


entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve
ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:

a) na direção horizontal (ah):


— 20 mm;
— Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
— 1,2 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo;

b) na direção vertical (av)


— 20 mm;
— Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
— 0,5 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

6.5.3.3 Armadura mínima

De acordo com a norma 6118,“Para melhorar o desempenho e a ductilidade à


flexão, assim como controlar a fissuração, são necessários valores mínimos de ar-
madura passiva [...]. Alternativamente, estes valores mínimos podem ser calculados
com base no momento mínimo, conforme 17.3.5.2.1. Essa armadura deve ser cons-
tituída preferencialmente por barras com alta aderência ou por telas soldadas.”
63

 = As/(bw.h)  min=0,15%

6.6 CARGAS ATUANTES NAS VIGAS

As reações das lajes nas vigas que a contornam, são determinadas por meio
das seguintes equações:

Onde:
kx,"ky,"k’x"e"k’y são coeficientes retirados de tabelas, conforme o caso de
vinculação e a relação entre os vãos das lajes;
sendo: lx o menor vão da laje;
p é o carregamento da laje utilizando a combinação rara.
Dados utilizados para o cálculo de vigas:
Fck: 30;
Aço CA-50;
Peso específico concreto armado: 25 kN/m³;
ꝩparede: 25 kN/m³;
Φ aço longitudinal: 8mm;
Φ aço estribo: 5mm;
Altura da laje: 15 cm;
Λ: 0,8;
Cobrimento: 2,5 cm;
Espessura da parede: 2,5 cm;
Pé direito: 3m;
Espessura do contra-piso: 2,5 cm;
64

Seção da viga: 40x15.


ly
Pd P l²x
LAJE CASO lx(m) (m) Λ vx Px v'x P'x vy Py v'y P'y
(kN/m²) (kN)
L1 3 3,06 3,11 1,02 8,68 81,28 2,17 17,64 3,17 25,77 2,17 17,64 3,17 25,77
L2 5B 2,81 4,26 1,52 12 94,75 - - 3,69 34,96 1,71 16,2 2,5 23,69
L3 3 3,06 3,11 1,02 8,68 81,28 2,17 17,64 3,17 25,77 2,17 17,64 3,17 25,77
L4 2ª 1,56 3,56 2,28 22,86 55,63 5 27,82 - - 2,96 16,47 4,33 24,09
L5 3 3,56 6,61 1,86 8,68 110 3,16 34,76 4,63 50,63 2,17 23,87 3,17 34,87

Tabela 5 - Fonte: próprio autor


65

Tabela 6
Fonte:PINHEIROS (1994)
66

6.6.1 Verificação do cisalhamento e cálculo da armadura mínima

A condição de segurança do elemento estrutural é satisfatória quando são veri-


ficados os estados-limites últimos, atendidas simultaneamente utilizando as duas
condições seguintes:

Sendo: a força cortante solicitante de cálculo e a força cortante re-


sistente de cálculo, relativa à ruína da biela.

ou

Então:

Respeitando a condição:

Ou

Onde,
é a força cortante resistente de cálculo, que está relacionada à ruína
por tração diagonal;
são partes da força absorvida pela armadura transversal.
é a resistência ao cisalhamento da seção sem armadura transversal;
a) Elementos tracionados quando a linha neutra se situa fora da seção

b) Na flexão simples e na flexão-tração com a linha neutra cortando a seção


67

a resistência de cálculo do concreto à tração direta, e avaliado por:

Segundo a NBR 6118:2014 item 17.4.1.1.1, a armadura transversal mínima


deve ser constituída por estribos, com taxa geométrica:

Vc
VIGA Vrd2 Vsd VERIF. (kN) Ρsw Aswmin a adot Bw d

(cm²/m) (cm²/m) Cm cm
v1 615,24 90,65 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v2 615,24 50,73 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v3 615,24 57,63 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v4 615,24 80,1 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v5 615,24 34,32 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v6 615,24 38,85 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v7 615,24 64,17 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v8 615,24 15,3 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v9 615,24 42,01 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v10 615,24 39,5 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v11 615,24 38,85 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v12 615,24 39,5 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
v13 615,24 45,33 OK 52,14 0,00116 1,738 1,74 15 40
Tabela 7 - Fonte: próprio autor

OBS 1: O Asmin foi maior que Asw, logo foi adotado o valor de Asmin para área de
aço.

OBS 2: Todas as vigas vão possuir armadura simples.


68

6.6.2 Flecha nas vigas

Para a verificação da flecha nas vigas, analisa-se o quanto de elemento se


deslocou em relação ao seu eixo devido ao carregamento aplicado, a partir da com-
paração entre o momento de fissuração (Mr) com o momento solicitante (Ms) na vi-
ga. Caso o momento de fissuração seja menor que o momento solicitante significa
que o elemento estrutural se encontra no estádio 2 de deformação, ou seja, o carre-
gamento gera fissura na estrutura, logo a verificação é feita através da rigidez equi-
valente do elemento. Já se o momento de fissuração for maior que o de solicitação a
estrutura se encontra no estádio 1 de deformação e não apresenta fissura, o cálculo
da flecha é a partir da rigidez do elemento:

Ms > Mr EI = (EI) eq
Ms < Mr EI = Ecs . Ic

EI = rigidez da laje à flexão:


69

E = 210000MPa
s
Es = módulo de elast. do aço
Ecs = módulo de elast. secante do concreto

VIGA Ic yt Mr M Verif.
(cm²/m)
v1 80000 20 4640 183,4 OK
v2 80000 20 4640 155,49 OK
v3 80000 20 4640 54,02 OK
v4 80000 20 4640 50,05 OK
v5 80000 20 4640 9,2 OK
v6 80000 20 4640 20,81 OK
v7 80000 20 4640 48,12 OK
v8 80000 20 4640 9 OK
v9 80000 20 4640 30,9 OK
v10 80000 20 4640 25,4 OK
v11 80000 20 4640 20,81 OK
v12 80000 20 4640 25,4 OK
v13 80000 20 4640 28,32 OK
Tabela 8 - Fonte: próprio autor

Sendo assim, podemos observar que todas a vigas se encontram no estádio 1 de


deformação, onde não apresentam fissuras devido a deformação. Logo a verificação
da flecha foi através da rigidez das mesmas.

A flecha imediata (ai) é determinada de acordo com a seguinte equação:

Peso Ecs
Viga Ic cm^4 total Αi (Mpa) EI (kN/cm²) ai alim (l/250)
v1 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,99 1,58
v2 80000 32,69 0,88 26838,4 2147072000 2,74 3,06
v3 80000 32,69 0,88 26838,4 2147072000 0,238 1,02
70

v4 80000 32,69 0,88 26838,4 2147072000 0,091 0,8


v5 80000 32,69 0,88 26838,4 2147072000 0,03 0,1
v6 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,049 0,6
v7 80000 21,83 0,88 26838,4 2147072000 0,188 1,06
v8 80000 21,83 0,88 26838,4 2147072000 0,03 0,1
v9 80000 21,83 0,88 26838,4 2147072000 0,166 1,03
v10 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,99 1,58
v11 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,049 0,6
v12 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,99 1,58
v13 80000 18,5 0,88 26838,4 2147072000 0,1 1,01
Tabela 9 - Fonte: próprio autor

6.6.3 Detalhamento da armadura nas vigas

6.6.3.1 Armadura máxima e Armadura mínima

De acordo com a NBR 6118 (17.3.5.2.4) a soma das armaduras de tração e


de compressão (As + A’s) não pode ter valor maior que 4 % Ac , calculada na região
fora da zona de emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade.

Segundo a NBR 6118/2014, item 17.3.5.2.1, a armadura mínima de tração, em


elementos estruturais armados ou protendidos devem ser determinados pelo dimen-
sionamento da seção a um momento fletor mínimo, respeitando a taxa mínima abso-
luta de 0,15 %.

6.6.3.2 Espaçamento entre barras

Para determinar o espaçamento (s) entre as barras, para uma barra escolhida
de área As(cm²).

Sendo: n a quantidade de barras e S o espaçamento que é a largura unitária


dividida pela quantidade de barras:
71

De acordo com a norma NBR 6118/2014, item 18.3.2.2. O espaçamento mínimo


livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal,
deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:

c) na direção horizontal (ah):


— 20 mm;
— Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
— 1,2 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo;
d) na direção vertical (av)
— 20 mm;
— Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
— 0,5 vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Φ
VIGA 0,67Vrd2 S1 S2 Smáx Smáx Snat Sadot nº de nº estribos comp est AsØ
cm adot estribos adotado
v1 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 54,58 55 110 5 0,196
v2 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 68,33 69 110 5 0,196
v3 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 37,08 38 110 5 0,196
v4 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 29,17 30 110 5 0,196
v5 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 12,5 13 110 5 0,196
v6 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 25 25 110 5 0,196
v7 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 35 35 110 5 0,196
v8 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 8,33 9 110 5 0,196
v9 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 22,92 23 110 5 0,196
v10 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 25,42 26 110 5 0,196
v11 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 25 25 110 5 0,196
v12 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 25,42 26 110 5 0,196
v13 412,21 12,4 20 12,4 12 22,6 12 29,17 30 110 5 0,196
Tabela 10 - Fonte: próprio autor

7 CÁLCULO DOS PILARES

Para o dimensionamento dos elementos estruturais dos pilares são necessá-


rias algumas verificações e identificar as solicitações que a estrutura irá receber du-
rante a sua utilização e vida útil. É de extrema importância para o sucesso do di-
mensionamento estrutural, pois é através desse cálculo que será possível a identifi-
cação dos momentos atuantes na estrutura em análise.
72

Para se determinar os momentos de engaste viga- pilar é necessário o dimen-


sionamento por meio das equações:

MOMENTO FLETOR SOLICITANTE NO TOPO E BASE DO PILAR:

RIGIDEZ SEM A VARIAÇÃO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DO PILAR:

CÁLCULO DA RIGIDEZ DAS VIGAS E ENGASTE PERFEITO VIGA–PILAR:

7.1 Cálculo das solicitações nos pilares

As cargas atuantes nos pilares são: Carga da laje (laje que se encontra apoia-
da sobre a estrutura); Peso próprio da viga que se encontra apoiada no pilar; Carga
da alvenaria, que é a carga da alvenaria na região de atuação do pilar em estrutura-
ção.

Pilar 1 Pilar 2
Solicitações Solicitações
Na Viga 1: Na Viga 1:
Qlaje 1= 8,68 kN/m Qlaje 1= 9,38 kN/m
Vão da viga= 3,06 M Vão da viga= 3,05 m
Qlaje 1= 26,56 kN Qlaje 1= 28,61 kN
hviga= 0,40 M hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 M bviga= 0,15 m
Lviga= 3,06 M Lviga= 3,05 m
73

Qpróprio da
viga= 4,59 kN Qpróprio da viga= 4,58 kN
H alvenaria= 3,00 M H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 M esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 3,06 M L alvenaria= 3,05 m
Qalvenaria= 20,655 kN Qalvenaria= 20,5875 kN
Cortante no
pilar= 25,90 kN Cortante no pilar= 26,89 kN
Na Viga 1b:
Na Viga 6:
Qlaje 4= 22,86 kN/m
Qlaje 1= 8,68 kN/m Vão da viga= 3,5 m
Vão da viga= 3 M Qlaje 4= 80,01 kN
Qlaje 1= 26,04 kN hviga= 0,40 m
hviga= 0,40 M bviga= 0,15 m
bviga= 0,15 M Lviga= 3,50 m
Lviga= 3,00 M Qpróprio da viga= 5,25 kN
Qpróprio da
viga= 4,50 kN H alvenaria= 3,00 m
H alvenaria= 3,00 M esp. alvenaria= 0,15 m
esp. alvenaria= 0,15 M L alvenaria= 3,50 m
L alvenaria= 3,00 M Qalvenaria= 23,63 kN
Qalvenaria= 20,25 kN Cortante no pilar= 54,44 kN
Cortante no
pilar= 25,40 kN Na Viga 3:
Peso próprio do pilar: Qlaje 1= 8,68 kN/m
Largura= 0,4 M Vão da viga= 4,45 m
Altura= 3 M Qlaje 1= 38,63 kN
Espessura= 0,15 M Qlaje 2= 8,68 kN/m
Qpróprio do
pilar= 4,5 kN Vão da viga= 4,45 m
Qlaje 2= 41,74 kN
hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m
Lviga= 4,45 m
Qpróprio da viga= 6,68 kN
H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 1,60 m
Qalvenaria= 10,80 kN
Cortante no pilar= 48,92 kN
Peso próprio do pilar:
Largura= 0,4 m
Altura= 3 m
Espessura= 0,15 m
Qpróprio do pilar= 4,5 kN
Fonte: próprio autor
74

Pilar 3 Pilar 4
Solicitações Solicitações
Na Viga 1b: Na Viga 8:
Qlaje 4= 22,86 kN/m Qlaje 2= 12,00 kN/m
Vão da viga= 3,5 m Vão da viga= 1 m
Qlaje 4= 80,01 kN Qlaje 2= 12,00 kN
hviga= 0,40 m hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m bviga= 0,15 m
Lviga= 3,50 m Lviga= 1,00 m
Qpróprio da
Qpróprio da viga= 5,25 kN viga= 1,50 kN
H alvenaria= 3,00 m H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 m esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 3,50 m L alvenaria= 1,00 m
Qalvenaria= 23,625 kN Qalvenaria= 6,75 kN
Cortante no
Cortante no pilar= 54,44 kN pilar= 10,13 kN
Na Viga 2: Na Viga 9:
Qlaje 2= 12,00 kN/m
Qlaje 4= 22,86 kN/m Vão da viga= 2,75 m
Vão da viga= 1,5 m Qlaje 2= 33,00 kN
Qlaje 4= 34,29 kN hviga= 0,40 m
hviga= 0,40 m bviga= 0,15 m
bviga= 0,15 m Lviga= 2,75 m
Qpróprio da
Lviga= 1,50 m viga= 4,13 kN
Qpróprio da viga= 2,25 kN H alvenaria= 3,00 m
H alvenaria= 3,00 m esp. alvenaria= 0,15 m
esp. alvenaria= 0,15 m L alvenaria= 2,75 m
L alvenaria= 1,50 m Qalvenaria= 18,56 kN
Cortante no
Qalvenaria= 10,125 kN pilar= 27,84 kN
Cortante no pilar= 23,33 kN Peso próprio do pilar:
Peso próprio do pilar: Largura= 0,4 m
Largura= 0,4 m Altura= 3 m
Altura= 3 m Espessura= 0,15 m
Qpróprio do
Espessura= 0,15 m pilar= 4,5 kN
Qpróprio do pilar= 4,5 kN

Fonte: próprio autor

Pilar 5 Pilar 6
Solicitações
Solicitações
Na Viga 10:
Na Viga 9: Qlaje 3= 8,68 kN/m
Qlaje 2= 12,00 kN/m Vão da viga= 3,05 m
75

Vão da viga= 2,75 m Qlaje 3= 26,47 kN


Qlaje 2= 33,00 kN hviga= 0,40 m
hviga= 0,40 m bviga= 0,15 m
bviga= 0,15 m Lviga= 3,05 m
Qpróprio da
Lviga= 2,75 m viga= 4,58 kN
Qpróprio da viga= 4,13 kN H alvenaria= 3,00 m
H alvenaria= 3,00 m esp. alvenaria= 0,15 m
esp. alvenaria= 0,15 m L alvenaria= 3,05 m
L alvenaria= 2,75 m Qalvenaria= 20,5875 kN
Cortante no
Qalvenaria= 18,5625 kN pilar= 25,82 kN
Cortante no pilar= 27,84 kN Na Viga 11:
Na Viga 10: Qlaje 3= 8,68 kN/m
Qlaje 3= 8,68 kN/m Vão da viga= 3,00 m
Vão da viga= 4,20 m Qlaje 3= 26,04 kN
Qlaje 3= 36,46 kN hviga= 0,40 m
hviga= 0,40 m bviga= 0,15 m
bviga= 0,15 m Lviga= 3,00 m
Qpróprio da
Lviga= 4,20 m viga= 4,50 kN
Qpróprio da viga= 6,30 kN H alvenaria= 3,00 m
H alvenaria= 3,00 m esp. alvenaria= 0,15 m
esp. alvenaria= 0,15 m L alvenaria= 3,00 m
L alvenaria= 4,20 m Qalvenaria= 20,25 kN
Cortante no
Qalvenaria= 28,35 kN pilar= 25,40 kN
Cortante no pilar= 35,55 kN Peso próprio do pilar:
Peso próprio do pilar: Largura= 0,4 m
Largura= 0,4 m Altura= 3 m
Altura= 3 m Espessura= 0,15 m
Qpróprio do
Espessura= 0,15 m pilar= 4,5 kN
Qpróprio do pilar= 4,5 kN
Fonte: próprio autor

Pilar 7 Pilar 8
Solicitações Solicitações
Na Viga 2: Na Viga 11:
Qlaje 5= 8,68 kN/m Qlaje 3= 8,68 kN/m
Vão da viga= 2,75 m Vão da viga= 3 m
Qlaje 5= 23,87 kN Qlaje 3= 26,04 kN
hviga= 0,40 m hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m bviga= 0,15 m
Lviga= 2,75 m Lviga= 3,00 m
Qpróprio da viga= 4,13 kN Qpróprio da viga= 4,50 kN
H alvenaria= 3,00 m H alvenaria= 3,00 m
76

esp. alvenaria= 0,15 m esp. alvenaria= 0,15 m


L alvenaria= 2,75 m L alvenaria= 3,00 m
Qalvenaria= 18,5625 kN Qalvenaria= 20,25 kN
Cortante no pilar= 23,28 kN Cortante no pilar= 25,40 kN
Na Viga 2b: Na Viga 12:
Qlaje 5= 8,68 kN/m Qlaje 3= 8,68 kN/m
Vão da viga= 3,00 m Vão da viga= 3,05 m
Qlaje 5= 26,04 kN Qlaje 3= 26,47 kN
hviga= 0,40 m hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m bviga= 0,15 m
Lviga= 3,00 m Lviga= 3,05 m
Qpróprio da viga= 4,50 kN Qpróprio da viga= 4,58 kN
H alvenaria= 3,00 m H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 m esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 3,00 m L alvenaria= 3,05 m
Qalvenaria= 20,25 kN Qalvenaria= 20,59 kN
Cortante no pilar= 25,40 kN Cortante no pilar= 25,82 kN
Peso próprio do pilar: Peso próprio do pilar:
Largura= 0,4 m Largura= 0,4 m
Altura= 3 m Altura= 3 m
Espessura= 0,15 m Espessura= 0,15 m
Qpróprio do pilar= 4,5 kN Qpróprio do pilar= 4,5 kN
Fonte: próprio autor

Pilar 9 Pilar 10
Solicitações Solicitações
Na Viga 12: Na Viga 13:
Qlaje 3= 8,68 kN/m Qlaje 5= 8,68 kN/m
Vão da viga= 3,05 m Vão da viga= 3,5 m
Qlaje 3= 26,47 kN Qlaje 3= 30,38 kN
hviga= 0,40 m hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m bviga= 0,15 m
Lviga= 3,05 m Lviga= 2,25 m
Qpróprio da viga= 4,58 kN Qpróprio da viga= 3,38 kN
H alvenaria= 3,00 m H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 m esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 3,05 m L alvenaria= 3,50 m
Qalvenaria= 20,5875 kN Qalvenaria= 23,625 kN
Cortante no pilar= 25,82 kN Cortante no pilar= 28,69 kN
Na Viga 12b: Na Viga 2:
Qlaje 3= 8,68 kN/m Qlaje 3= 8,68 kN/m
Vão da viga= 3,00 m Vão da viga= 3,00 m
Qlaje 3= 26,04 kN Qlaje 3= 26,04 kN
hviga= 0,40 m hviga= 0,40 m
bviga= 0,15 m bviga= 0,15 m
77

Lviga= 3,00 m Lviga= 3,00 m


Qpróprio da viga= 4,50 kN Qpróprio da viga= 4,50 kN
H alvenaria= 3,00 m H alvenaria= 3,00 m
esp. alvenaria= 0,15 m esp. alvenaria= 0,15 m
L alvenaria= 3,00 m L alvenaria= 3,00 m
Qalvenaria= 20,25 kN Qalvenaria= 20,25 kN
Cortante no pilar= 25,40 kN Cortante no pilar= 25,40 kN
Peso próprio do pilar: Peso próprio do pilar:
Largura= 0,4 m Largura= 0,4 m
Altura= 3 m Altura= 3 m
Espessura= 0,15 m Espessura= 0,15 m
Qpróprio do pilar= 4,5 kN Qpróprio do pilar= 4,5 kN
Tabela 11 - Fonte: próprio autor

8 CONCLUSÃO

A construção desse trabalho foi uma forma de colocar em prática algumas ma-
térias estudadas no curso de engenharia civil, adquirindo mais prática e conheci-
mento sobre o assunto. Durante a realização deste trabalho foi possível estudar e
aprender mais sobre o tema, e mostrar como o ramo da engenharia estrutural é am-
plo e de extrema importância para a segurança e bem estar da sociedade.

Para o dimensionamento desse trabalho foi utilizado Excel de forma manual


dos elementos estruturais (laje, viga e pilar), o ftool para o melhor entendimento dos
momentos das cargas atuantes da edificação e ao decorrer da construção desse
trabalho foi-se adquirindo um conhecimento maior sobre o funcionamento de uma
estrutura. Vale ressaltar, que devido a pandemia não tive acesso ao AutoCad, reali-
zando assim algumas modificações como por exemplo para apontar a localização
dos pilares, entre outros detalhes que não estavam exemplificados no TCC1. A ex-
periência de realizar o dimensionamento manual é bem diferente de quando se utili-
za um programa que já te indica erros, valores, entre outros, ficando nítido de como
esses programas ajudam e facilitam a vida do engenheiro, caso todo este trabalho
tivesse sido realizado com o auxílio de softwares o processo que durou meses seria
bem mais rápido e prático.

Em um dimensionamento estrutural por meio manual foi possível observar que


ao entrar em todas as etapas do trabalho, deparar com problemas e desafios, preci-
78

sando-se assim, solucionar e analisar questões de projeto. Entendendo-se assim


como um software funciona auxiliando com resultados.

O resultado deste trabalho foi satisfatório, apesar de toda dificuldade, entende-


se que toda essa etapa foi de grande importância para seguir na carreira e procurar
sempre buscar novos conhecimentos e aperfeiçoar novas técnicas, pois todo conhe-
cimento é válido, já que o ramo da engenharia sempre está se atualizando.

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