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CAMPUS PASSOS – MG
PASSOS – MG
2022
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PASSOS – MG
2022
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 6
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 8
2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................................... 8
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 8
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 8
3.1 TELHADO VERDE ...................................................................................................................... 8
3.2 TIPOS DE TELHADOS VERDES ............................................................................................... 9
3.2.1 Extensivo ................................................................................................................................ 9
3.2.2 Intensivo ............................................................................................................................... 10
3.2.3 Semi-Intensivo ..................................................................................................................... 11
3.3 SISTEMA ESTRUTURAL DE COMPOSIÇÃO DE UM TELHADO VERDE ................... 12
3.3.1 Camada Impermeabilizante .................................................................................................. 13
3.3.2 Camada drenante .................................................................................................................. 13
3.3.3 Camada filtrante ................................................................................................................... 13
3.3.4 Solo e substrato .................................................................................................................... 14
3.3.5 Cobertura de proteção .......................................................................................................... 14
3.3.6 Vegetação ............................................................................................................................. 14
3.4 CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE TELHADOS VERDES .......................................... 15
3.4.1 Aplicação contínua ............................................................................................................... 15
3.4.2 Módulos pré-elaborados ....................................................................................................... 15
3.4.2 Cobertura aérea .................................................................................................................... 16
3.5 BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES ....................................................................................... 16
3.5.1 Benefícios ............................................................................................................................. 17
3.5.1.1 Benefício térmico............................................................................................................... 17
3.5.1.2 Qualidade do ar ................................................................................................................ 17
3.5.1.3 Filtração ............................................................................................................................ 17
3.5.1.4 Benefício estético e psicológico ........................................................................................ 18
3.5.1.5 Isolamento acústico ........................................................................................................... 19
3.5.2 Limitações ............................................................................................................................ 19
3.5.2.1 Manutenções...................................................................................................................... 19
3.5.2.2 Custos ................................................................................................................................ 20
3.5.2.3 Restrições quanto à estrutura............................................................................................ 20
4 CONCLUSÃO................................................................................................................... 21
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 22
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1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
O setor da construção civil utiliza como matéria prima grande parte dos recursos
naturais, como madeira, metal, areia, pedras, água e outros. Segundo dados do Worldwatch
Intitute (2011), o setor extraí cerca de 25% de madeira no mundo anualmente, além de utilizar
cerca de 40% de areia e pedras no mundo em construções de edifícios. Com isso, o setor é um
dos maiores causadores de impactos negativos ambientais.
Diante da problemática faz-se necessário que o setor da construção civil avalie as causas
dos impactos ambientais gerados por ela, e encontre meios sustentáveis para conciliar
construção e meio ambiente.
Segundo Edwards (2013) através do uso de tecnologias que corroborem com a
ecoeficiência pode-se reduzir os impactos causados no meio ambiente. De acordo com o autor,
as ações ecológicas devem ser aplicadas durante todo o processo dos projetos, priorizando
ventilação e iluminação natural, utilização de energias renováveis, uso racional dos recursos
naturais, gestão de resíduos e outros.
Diante das diretrizes citadas, o telhado verde enquadra-se nos conceitos de um projeto
sustentável, embora não seja comum vê-los com frequência em edificações residenciais, o país
possui condições favoráveis para implementação dos telhados ecológicos.
Portanto, para o desenvolvimento deste estudo serão abordados de forma sucinta e
objetiva a definição de telhado verde, quais os tipos e formas de aplicação, além de uma breve
comparação entre os tipos de telhados, a fim de análise da viabilidade técnica e econômica em
edificações residenciais.
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2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os telhados verdes, coberturas verdes, tetos verdes, telhados vivos, eco telhados ou
telhados ajardinados, dentre outras denominações encontradas na literatura, são uma
técnica da Arquitetura que busca aplicar solo e vegetação sobre estruturas de cobertura
impermeável, em diversos tipos dessas coberturas e edificações.
Os telhados verdes podem ainda ser definidos como técnica de cultivo de plantações
distintas sobre uma superfície. Onde há substituição de telhas comuns por vegetação, e essa
opção têm origem dos nossos ancestrais. (FERREIRA, 2007).
Portanto, com base nas definições supracitadas, podemos definir telhado verde como
cobertura, superfície e lajes composta por vegetação sobre uma camada impermeabilizada. Essa
técnica serve como alternativa sustentável para o setor da construção civil, contribuindo para o
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avanço da sustentabilidade em edificações, além das questões estéticas que o telhado verde
proporciona no meio urbano, onde é comum observarmos o “cinza” do concreto.
Os telhados verdes podem ser classificados em três tipos, sendo: extensivos, cuja
camada de substrato é mais fina, de 2,5 a 15cm de espessura, e com vegetação rasteira.
(GETTER; ROWE, 2006 apud COSTA, 2012). Intensivos, cuja camada de substrato é mais
grossa, com vegetações mais pesadas e maiores do que as encontradas no tipo extensivo. E, o
semi-intensivo que pode ser considerado o intermediário entre extensivo e intensivo, nesse tipo
podem conter vegetações como alimentos e arbustos.
3.2.1 Extensivo
Os telhados verdes do tipo extensivo possuem plantas de pequeno porte, como ervas,
musgos, gramas e semelhantes (PALMEIRA, 2016), por essa razão são coberturas mais leves,
e não exigem estruturas mais complexas em relação ao peso. O solo para vegetação tem
profundidade de cerca de 5 a 15cm, entretanto as plantas nesse tipo de telhado devem ser
resistentes a variação climática, em épocas de seca ou geadas a água armazenada no substrato
consegue atender a necessidade hídrica da vegetação. Tornando a manutenção mais branda.
Este é o tipo de telhado verde mais comum, devido a sua facilidade de implantação, baixo custo
e fácil adaptação da vegetação, podendo ser instalado até mesmo em telhados inclinados entre
0° e 30°, onde o substrato teria um ciclo de vida de aproximadamente 30 anos (LOPES, 2014).
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Além de proporcionarem a umidade relativa do ar, também são úteis na diminuição da umidade
relativa do ar (BALDESSAR, 2012).
3.2.2 Intensivo
Telhados verdes do tipo intensivos possuem plantas de médio a grande porte, e com
diversas espécies de vegetação, necessitando assim camadas mais profundas e estruturas mais
reforçadas para suportar o peso da vegetação, os telhados intensivos são viáveis para coberturas
que não possuem inclinação. Embora esse tipo tenha um custo elevado e necessite de
manutenções constantes, possibilitam a diversificação de espécies, tanto de plantas quando
biológicas (PALMEIRA, 2016).
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De forma sucinta, esse tipo de telhado possui as mesmas necessidades de cuidado que
um jardim convencional, já que possuem diversidade de plantas, geralmente estão associados a
terraços com vegetação, cuja manutenção deve ser feita por mão de obra especializada
(BIANCHINI e HEWAGE, 2011). Podem ser aproveitados também como pátios, áreas de lazer
ou playgrounds. O projeto estrutural do edifício ou residência devem suportar o peso da
vegetação. Por isso, é mais comum esse tipo de telhado ser implantado com planejamento do
que ser colocado em edificações já prontas onde precisam ser efetuadas adaptações na estrutura
(reforma).
3.2.3 Semi-Intensivo
Podemos definir esse tipo como intermediário entre os tipos extensivo e intensivo. O
semi-intensivo possui camada de substrato mais profunda que a do tipo extensivo. Segundo o
International Green Roofs Association (2015), a espessura do substrato varia entre 12 a 25cm,
e os custos de implantação e manutenção assemelham-se aos do tipo intensivo.
Normalmente é composta por manta asfáltica sobreposta a laje, mas pode ser feita de
outros materiais com hidro-repelentes, camada protetora ou isolante térmico. Sua principal
função é proteger de infiltrações, filtrando a água e impedindo que partículas de terra, areia ou
raízes não entrem na tubulação de queda da água pluvial, além de reter os nutrientes da
vegetação acima. A aplicação da manta asfáltica deve ser feita após a aplicação do primer na
laje.
Impede que partículas do solo sejam levadas para a camada de drenagem com a água
das chuvas e ocorra obstruções, está entre a camada de vegetação e o solo. (ALBERTO, 2012)
Em casos específicos onde houver necessidade, para que o telhado verde seja eficiente
é adicionado uma camada de proteção contra raízes, com a finalidade de controlar o crescimento
das raízes das plantas, portanto evitando danificações no sistema da cobertura e na própria
vegetação.
3.3.6 Vegetação
Fonte: Ecodhome.(2012).
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Há três tipos básicos para aplicação dos telhados verdes: contínua, de módulos pré-
elaborados e aéreas.
O substrato é colocado diretamente sobre a base, que deve estar devidamente protegida
e impermeável. As camadas podem variar de acordo com o clima da região e a base utilizada.
Em regiões de clima frio faz-se necessário o uso de camada isolante, e em regiões de clima
tropical predomina-se a camada impermeabilizante, drenagem, filtragem e vegetação. O telhado
verde contínuo é o modelo mais utilizado e antigo.
Ideal para o cultivo de plantas frutíferas, como por exemplo o maracujá. Esse tipo de
cobertura separa vegetação da sua base, as plantas ficam suspensas em uma tela substituindo a
função do substrato, favorecendo a estrutura devido a pouca sobrecarga sobre ela, porém com
efeito isolante inferior em relação aos outros sistemas.
Os telhados verdes podem ser aplicados em todos os tipos de edificações, sejam áreas
comerciais ou residenciais, desde que sua estrutura e camadas sejam aplicadas de forma correta.
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3.5.1 Benefícios
3.5.1.2 Qualidade do ar
3.5.1.3 Filtração
A vegetação auxilia na drenagem das águas pluviais, assim haverá menos necessidade
de escoamento de água, poluição das águas e sistemas de esgoto, além de diminuir também
riscos de enchentes e alagamentos, uma vez que a retenção da água das chuvas é feita pela
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vegetação. A água retida pode ser utilizada para outros fins e na própria supressão das
necessidades hidrológicas das plantas, formando um sistema sustentável.
O ruído é muitas vezes definido como “som indesejado” ou “som alto, desagradável
ou inesperado”. As suas origens encontram-se nas atividades humanas e estão
principalmente ligadas ao processo de urbanização e ao desenvolvimento dos
transportes e da indústria. Apesar de se tratar fundamentalmente de um problema
urbano, pode também, em função das condições topográficas, ser de fonte de
incômodo em zonas rurais (LIVRO VERDE DA COMISSÃO EUROPEIA, 1996,
P.3).
3.5.2 Limitações
Segundo Ferreira e Costa (2010, p. 56) o telhado verde apresenta mais vantagens que
desvantagens, das quais as desvantagens tem como principais fatores a manutenção e os
custos.
3.5.2.1 Manutenções
3.5.2.2 Custos
O projeto precisa ser aprovado pela prefeitura da região, a burocracia com a aprovação
do projeto pode ocorrer pois alguns órgãos fiscalizadores não tenham o conhecimento
necessário para avaliar o projeto de implementação de telhados verdes, justamente por não ser
algo comum, em alguns casos isso pode atrasar a aprovação de projetos, e em outros não,
dependerá da prefeitura local. Quanto à estrutura faz-se necessário que o projeto seja elaborado
0or profissional capacitado para seguir as diretrizes de uma instalação eficiente, pois a
vegetação é uma carga adicional estrutural e a dimensão do jardim deve ser levada em
consideração.
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4 CONCLUSÃO
A soluções sustentáveis têm sido cada vez mais discutidas, e no setor da construção é
essencial que questões ambientais sejam destacadas, visto que a construção civil impacta de
forma direta na degradação dos recursos naturais do planeta, na poluição e geração de resíduos.
Com isso, os pesquisadores têm investido em alternativas que corroborem com a
sustentabilidade, nesse sentido o telhado verde é uma alternativa viável como foi destacado ao
longo da fundamentação teórica desse trabalho. Apesar de ainda ser uma tecnologia tímida no
país ainda, o Brasil é tropical e possui condições propícias para diversas espécies de vegetações.
Através do estudo de viabilidade técnica e econômica a respeito da implantação de
telhados verdes pode-se afirmar que há mais vantagens do que desvantagens quanto a utilização
desse tipo de cobertura. Embora os custos iniciais sejam superiores ao de um telhado comum,
devido e a necessidade de uma estrutura mais complexa e reforçada, manutenções e mão de
obra qualificada, o custo benefício a longo prazo trás vantagens tanto para o proprietário, quanto
para terceiros, além de reduzir de forma significativa impactos causados no meio ambiente.
Dentre os benefícios podemos citar o aumento da biodiversidade, redução de ondas de
calor nas cidades, melhora na qualidade de vida da população e outros. A implementação dos
telhados verdes podem ser feitas em estruturas já existentes, desde que atendam os requisitos
necessários estruturais estabelecidos por um profissional especializado. No entanto, quando
projetada além de ser mais eficiente, e ter menos riscos de manutenções indesejadas os custos
também são menores.
Neste sentido, o telhado verde é um grande promissor para evolução da construção civil
e da sociedade como um todo, utilizar de tecnologias inteligentes e ecologicamente corretas é
uma atitude essencial para estabelecer a ecoeficiência tanto em setores comerciais, empresariais
quanto residenciais.
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REFERÊNCIAS
DODIC’ S.N., et al. Cleaner bioprocesses for promoting zero-emisson biofuels production in Vovodina.
Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 14, pp. 3242-3246, 2010.
EDWARDS, S.; BARTLETT E.; DICKIE I. Whole life costing and life-cycle assessment for sustainable
building design. BRE digest, 2000.