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Eficiência

Energética
Introdução

• O consumo de energia elétrica no Brasil vem crescendo com o passar dos anos.

• O consumo, e alta dependência de energia produzida por hidroelétricas, expõe o país a um grande risco
de racionamento de energia e cortes locais, impactando ainda mais os problemas econômicos atuais (.

Com isso, há a necessidade de buscar novos dispositivos que não somente expandam a capacidade
de produção de energia, mas que também utilizem a energia de maneira racional e que garantam a
segurança no seu fornecimento, respeitando assim o meio ambiente, reduzindo as perdas e tornando a
energia elétrica acessível a todo território nacional, inclusive nas regiões mais remotas do país.
Eficiência energética

• O uso da eletricidade nas cidades, se iniciou na segunda década do século XIX porém até a década de
60 eficiência energética não tinha nenhuma relevância,

• Com o aumento do consumo de eletricidade tanto residencial quanto industrial a partir da década de
70, os países começaram a se interessar pelo assunto (Roméro, 2012).
Eficiência energética - história

• 1790 → os motores a vapor possuíam vantagem competitiva contra seus concorrentes, de forma que
a melhor eficiência no combustível já demonstrava a importância da eficiência energética.

• Na Segunda Guerra Mundial a eficiência de combustível se tornou vital para os esforços de guerra.

• A gestão de energia como uma disciplina individual, no entanto, começou a evoluir depois da
primeira
crise do petróleo em 1973 e realmente teve efeito depois da segunda crise do petróleo em 1979
quando os preços cresceram dramaticamente
• Nos anos 70 houve um aumento na mentalidade "economize"
e uma resposta rápida aos aumentos súbitos nos preços de
energia causados pelas crises do petróleo.

• Nessa fase havia uma abordagem muito rasa e uma variação


grande entre praticantes e técnicas de abordagem.

• Muito esforço foi feito em métodos de incentivar equipes a


"desligar" muitas vezes até mesmo usando adesivos em cima
de interruptores, provavelmente com resultados baixos.
Grandes eventos no período:

Anos 70

• 1973: OPEC (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quadruplica


o preço do petróleo;

• 1979: Revolução iraniana leva a um segundo aumento no preço do petróleo


Grandes eventos no período:

Anos 80

• O termo gerenciamento de energia começou a substituir conservação de energia.

• Também nesta época, os métodos de gerenciamento e medição começaram a ser usados mais
abrangentemente.

• Isso aconteceu devido ao fato de terem sido introduzidos microcomputadores no começo dos anos 80.
Sistemas de medição e gerenciamento computadorizado foram introduzidos e podiam levar em
consideração fatores como a temperatura (para aquecimento) e níveis de produção.
Eficiência energética

Década de 80

• No Brasil, o PROCEL (Programas nacionais de conservação de energia elétrica) e o CONPET


(derivados de petróleo).
Grandes eventos no período:

Anos 90

• Foi observada uma redução dos preços de energia e maior oportunidades de compra → Maiores economias
com menos riscos podiam ser feitos através de compras mais efetivas ao contrário da implementação de
projetos de eficiência energética.

• O meio ambiente começou a surgir como um assunto a se debater neste período e muitas companhias
incorporaram os seus times de gerenciamento de energia em iniciativas mais abrangentes.
• Protocolo de Kyoto em 1997 → acordo internacional em que os países estabeleceram metas de redução de
emissão de CO2.
Para alcançar tais objetivos, foram necessárias medidas e mecanismos que estimulassem a eficiência energética
Eficiência energética

Década de 90

• Em 1990, foi apresentado o projeto de lei que buscava pagar às concessionárias de energia elétrica por
investimentos em conversão de energia e estabelecer padrões mínimos de eficiência energética em
equipamentos vendidos no Brasil (Jannuzzi, 2002).
Grandes eventos no período

Anos 2000

• Fazendo-se a análise histórica a partir do ponto de vista atual, é fato que o protocolo de Kyoto não
atingiu seus objetivos iniciais;

• Entre os anos de 2005 (ano em que o protocolo entrou em vigor) e 2012 houve um aumento da
emissão mundial de gases estufa de 16,2%
Grandes eventos no período

Anos 2010

• Por volta de 2010 o interesse em políticas de eficiência energética começou a crescer globalmente.
• Teve um aumento do reconhecimento do papel que a eficiência energética poderia ter em alcançar os
mesmos objetivos que as medidas tomadas com foco em mudanças climáticas;

• Nos últimos anos, o interesse em financiar projetos de eficiência energética tem crescido
principalmente no setor privado.

• O mercado ainda está pequeno na maioria dos países, mas os sinais são positivos.
Eficiência Energética - Brasil

• A reação do Brasil às crises do Petróleo foi a de intensificar a geração de energia:

de geração de energia hidrelétrica

• Foi criado um programa nuclear para construção de usinas nucleares, também houve aumento na
capacidade de produção de energia provida de usinas térmicas.

• Ocorreu a criação do Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL) que consistiu em uma iniciativa do
governo brasileiro de intensificar a produção de álcool combustível (etanol) para substituir a gasolina.

• E no setor elétrico foi dada continuidade a expansão de usinas hidrelétricas para a geração de eletricidade.
Alguns programas brasileiros para a eficiência energética

• Como dito na seção anterior, com o tempo a questão ambiental e o desperdício de energia se
tornaram tópicos importantes para o desenvolvimento econômico das nações. O governo brasileiro,
com base nessas preopações, criou alguns programas,
tais como:

• Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL);

• Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do


Gás Natural (CONPET)

• Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)


Horário de Pico

• Período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas


definidas pela distribuidora considerando a curva de
carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL
para toda a área de concessão, com exceção feita aos
sábados, domingos e feriados definidos na resolução
414/2010 da ANEEL.

• Período em que há maior demanda na rede da


concessionária. Nesse período, a concessionária está
autorizada pela ANEEL a praticar taxas mais elevadas,
com o objetivo de mudar o hábito de consumo de
energia elétrica.
Programa Brasileiro de Etiquetagem

Criado em 1984 → classificar os produtos em


níveis de economia e impacto ambiental;

Informações que permitem escolher produtos


com maior eficiência em relação ao consumo,
possibilitando assim a economia de energia.
• Inicialmente, adesão voluntária dos fabricantes;
• PBE pode contar atualmente com dois colaboradores
importantes, que premiam os equipamentos mais
eficientes.

• Eletrobrás → Programa Nacional de Conservação de


Energia Elétrica (PROCEL);

• Petrobras → Programa Nacional da Racionalização do


Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural
(CONPET)
• A obtenção do selo de conformidade é realizada somente
com base nos dados de consumo obtidos nas medições
realizadas pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, nos
laboratórios de referência indicados pelo INMETRO.

• Os fabricantes de equipamentos não integrantes do PBE e


que tenham interesse na obtenção da etiqueta,
encaminham a solicitação ao INMETRO, para que sejam
avaliadas as condições de inclusão do seu equipamento no
PBE.

• Os fabricantes deverão em cada categoria solicitada possuir


todos os modelos etiquetados para poder receber o selo
referente à categoria do equipamento.
https://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
https://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
• Inmetro (2015) → os refrigeradores
e condicionadores de ar, desde 1984
até hoje, que participaram da
etiquetagem, são responsáveis por
pelo menos R$ 2,4 bilhões de
economia no consumo de energia, e
deixando assim de impactar nas
contas de energia dos consumidores.
Tabela de eficiência energética do INMETRO disponibiliza quanto cada equipamento consome de energia,
sendo tabelas de eficiência de veículos, ar condicionados, lâmpadas e outros equipamentos.

http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp#:~:text=Inmetro%20%2D%20Tabelas%20de%20consumo%2Fefici%C3%AAncia%20energ%C3%A9tica&text=.%3A%20Tabelas%2
0de%20consumo%2Fefici%C3%AAncia,Conserva%C3%A7%C3%A3o%20de%20Energia%20(ENCE).
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL)

Criado em 1985 e inicialmente caracterizou-se pela publicação e distribuição de manuais destinados à


conservação de energia elétrica entres várias classes setoriais.
Nessa época, algumas iniciativas quanto ao desenvolvimento tecnológico, normas técnicas e adequação de
legislação foram realizadas.

Uma das principais criações foi o Selo PROCEL, instituído por meio de Decreto presidencial em 08 de
dezembro de 1993, que indica ao consumidor os produtos que apresentam diferentes tipos de eficiência
energética, variando do mais alto até o mais baixo valor.

Segundo o regulamento do Selo PROCEL de Economia de Energia, o processo de recebimento do selo é


realizado da seguinte maneira:
• Os fabricantes deverão indicar ao INMETRO seus equipamentos e valores para concorrer ao Selo PROCEL. A
partir daí esses valores não poderão ser modificados ou alterados.

• Os fabricantes que não comparecerem à reunião específica e não enviarem os valores de seus equipamentos
concorrentes ao Selo PROCEL, formalmente ao INMETRO, com antecedência de 48 horas à reunião, não se
habilitarão ao selo não cabendo recurso ou justificativa.
• Após apresentação dos resultados acima os produtos concorrentes ao selo devem ser encaminhados em 48
horas para o laboratório de referência para ensaio.

• Os resultados dos ensaios devem ser divulgados pelo INMETRO, que informará ao PROCEL através de reunião
específica com os membros da Comissão de Análise do “SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA”.
http://www.procelinfo.com.br/main.asp
Eficiência energética

• Eficiência energética é a soma de políticas e práticas que visam diminuir o custo de energia e/ou
aumentar a capacidade energética, sem necessariamente ter que aumentar a geração.

• Planejamento integrado de recursos, a eficiência na geração, transmissão e distribuição e a eficiência


no uso final da energia.
https://www.aneel.gov.br/documents/654800/18766993/Relat%C3%B3ri
o+Perdas+de+Energia_+Edi%C3%A7%C3%A3o+1-2019-02-
07.pdf/d7cc619e-0f85-2556-17ff-f84ad74f1c8d
Eficiência energética

• Usar a energia de forma eficiente traz diversos benefícios que são de interesse para a sociedade, como:
• o aumento da confiabilidade do sistema elétrico;
• a redução de investimento em geração, transmissão e distribuição;
• redução de impactos ambientes tanto locais quanto globais e;
• redução do custo de energia para o consumidor final.

• As concessionárias de energia elétricas brasileiras são obrigadas a aplicar 0,5% da sua Receita
Operacional Líquida em projetos de eficiência energética resolução 176/2005 da ANEEL.
• Estudos tem mostrado que “economizar 1 kWh é pelo menos 4 vezes mais barato do que sua geração”.
Eficiência energética

• O crescente risco de apagão devido aos problemas de consumo excessivo de energia elétrica fez
com que o governo federal desenvolvesse em 2001 o programa de economia de energia elétrica.
• O programa previu o esgotamento gradativo da oferta de lâmpada incandescentes nos grandes
pontos de comercialização e, em contrapartida, o aumento na oferta de lâmpadas fluorescentes
e, atualmente, as lâmpadas com tecnologia led, ambas com eficiência energética superior a 85%
e vida útil até 10 vezes maior.
Eficiência energética
Na prática...

• Para as empresas eficiência energética → ganhos econômicos e ambientais →


mais competitiva
• A eficiência energética vem ganhando cada vez mais importância no
segmento industrial → Lâmpada LED → forma simples e eficaz de
melhorar a eficiência energética desses locais

• A lâmpada LED possui eficiência luminosa muito superior à lâmpada


fluorescente.
• As lâmpadas LEDs também possuem um desempenho superior em
relação às lâmpadas fluorescentes.

• Porém, uma das principais dificuldades para se implementar a iluminação LED


em empresas e indústrias é o custo inicial.

• Custo será diluído no decorrer da vida útil do empreendimento.

http://www.celenapar.com.br/blog/iluminacao-led-industrial/
• https://iei-brasil.org/2019/04/16/ee-mudancas-climaticas/

Policy Options for Nuclear Waste Management: Sustainable Solutions for Expanded Nuclear Energy
Policy Options for Nuclear Waste Management: Sustainable Solutions for Expanded Nuclear Energy
• https://twitter.com/OceansClimateCU/status/1237069561364545537

• https://twitter.com/i/status/1290663713213689856
Fig. 1. Changes in flowering phenology (timing of first flowering) from 1954 to 2000 for plant species in northern England.
Green bars are species that showed sensitivity only to spring temperatures; blue bars are species that showed sensitivity
to both spring and autumn/winter temperatures. Modified from Cook et al. (2012).

Annals of Botany, Volume 116, Issue 6, November 2015, Pages 849–864, https://doi.org/10.1093/aob/mcv169
The content of this slide may be subject to copyright: please see the slide notes for details.
Fig. 2. Anthropogenic Climate Change has driven an increase in precipitation in much of the more northerly latitudes (IPCC, 2014).
This has, in turn, driven complex responses in wild plants. Mountain hemlock (Tsuga mertensiana) has shifted the centre of gravity
of its distribution to lower elevations in California (a 255 -m downwards elevational shift), in spite of an increase in mean annual
temperature of 2·85°C during the study period (1930s to 2000s). The observed downhill shift, while counter to expectations from
warming, was in concert with a decline in water deficit of 134 mm over the past 70 years (Crimmins et al., 2011). Photo is courtesy
of Charles Webber © California Academy of Sciences.

Annals of Botany, Volume 116, Issue 6, November 2015, Pages 849–864, https://doi.org/10.1093/aob/mcv169
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Degraded Intact

Restores
• stated that at a particular site … the rate of carbon sequestration was
‘comparable to many temperate and tropical rainforest’”.

• “The important point coming out of these comparisons is that,


compared to many arid or desert plants, spekboom has a sequestration
rate that is more akin to that of plants occurring in tropical or wet
environments,”
Estudo de Caso
Tucci et al (2019)
Estudo de Caso
Tucci et al (2019)

• Empresa de alimentos, de médio porte localizada em Novo Hamburgo


no estado do Rio Grande do Sul.
• Produção mensal → ~ 80 toneladas;

• A empresa utiliza dois tipos de fontes de energia, elétrica e a gás


onde, representando 73% e 27% respectivamente do consumo.

• Valores gastos com energia elétrica são elevados


Estudo de Caso
Tucci et al (2019)

• Projeto de instalação de telhas onduladas translucidas de


policarbonato;

• Substituição das lâmpadas incandescentes dos departamentos


administrativos por lâmpadas led e,

• Instalação de sensores de presença.


Estudo de Caso
Tucci et al (2019)

• Instalação de telhas onduladas translucidas de policarbonato:


Permitiu uma maior entrada de luz solar nos ambientes e aumentou o
aproveitamento da luz natural.

Valor investido → ~30.000 reais para realizar este projeto


Economia de energia elétrica estimada→ ~ 13.500 reais por ano.
Estudo de Caso
Tucci et al (2019)

• Lâmpadas incandescentes:
Valor investido → ~6.000 reais

Economia de energia elétrica estimada→ ~14.000 reais por ano.


Estudo de Caso
Tucci et al (2019)

• Custo total para a implantação das melhorias → ~36.159 reais

• Ganhos econômicos totais calculados → ~27.500 reais ao ano.

O retorno do investimento foi possível após o prazo de 1 ano, 3 meses e 20


dias.

Houve uma redução no consumo anual 205.791,11 kWh. Portanto, a partir


do momento que a empresa deixou de consumir este montante de energia
elétrica, ela contribui indiretamente evitando os impactos ambientais que
novas hidroelétricas, no caso do Brasil a principal fonte geradora de energia,
poderia causar ao meio ambiente.
Tucci et al (2019)
• Há uma forte influência do tipo de tinta utilizada
no envelope sobre o desempenho térmico e
energético das edificações uma vez que
determinam a quantidade de calor solar que será
absorvida pela superfície pintada.

• Como a escolha da cor da tinta não envolve custo


extra, uma tinta refletiva externa é a
característica arquitetônica de controle climático
mais eficaz e a maneira mais viável de minimizar
as cargas térmicas das edificações.

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