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QUESTÃO 92 Um bem imóvel, que foi adquirido pela administração pública em decorrência de
procedimento judicial, deverá ser alienado. Nessa situação, à luz da Lei n.º 8.666/1993, as
modalidades de licitação que podem ser adotadas pela administração pública para alienação
do referido bem são
A concorrência e leilão. 92=A art. 17 I + art. 19 III Lei 8.666/1993
B concorrência e convite.
C leilão e pregão.
D convite e tomada de preço.
E tomada de preço e pregão.
QUESTÃO 93 De acordo com a Lei n.º 8.987/1995 — que dispõe sobre o regime de concessão e
permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal —, na
hipótese de concessão de serviço público precedida de execução de obra pública,
A a subconcessão é juridicamente possível, situação que dispensa a realização de concorrência
para a sua outorga. Será precedida de concorrência, art. 26 § 10
B a concessionária não poderá contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades
inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido. Poderá.10 do art. 25.
C o julgamento da licitação deverá ser feito exclusivamente de acordo com o critério do menor
valor da tarifa do serviço público a ser prestado. Pode ser menor valor tarifa, maior oferta,
combinação dos dois, melhor proposta técnica, melhor oferta de pagamento pela outorga.
art. 15
D a concessão poderá ser feita a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para o seu
desempenho e a obra deverá ser realizada por conta e risco da concessionária. A permissão
pode ser pessoa física ou jurídica a concessão só pessoa jurídica, art. 20 II e IV
E o investimento da concessionária será remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado. 93=E. Art. 20 III
D subjetiva, sendo necessário comprovar a existência de dolo e dano, mas sendo dispensada a
verificação da existência de nexo causal entre ambos.
E objetiva, bastando que seja comprovada a negligência estatal no dever de vigilância,
admitindo-se, assim, a responsabilização por dano efetivo ou presumido.
QUESTÃO 97 Um empregado de empresa contratada pelo poder público para prestar serviços
ligados à atividade-fim do órgão contratante comprovou, em demanda trabalhista, o
inadimplemento da empresa em relação ao pagamento de suas verbas rescisórias. Nessa ação,
foi reconhecida a existência da dívida trabalhista. Com referência a essa situação, assinale a
opção correta a partir do entendimento majoritário e atual do STF.
A O Estado possui culpa presumida e responde solidariamente pelos encargos trabalhistas
inadimplidos, visto que a terceirização da atividade-fim constitui ato ilícito. Não possui.
B O Estado possui responsabilidade solidária e de aplicação automática com relação às dívidas
trabalhistas da empresa contratada. A responsabilidade é subsidiária, em caso sua atuação não
fiscalizou a empresa
C O Estado possui responsabilidade subsidiária, a qual independe de culpa, sendo suficiente a
comprovação de que não foi possível realizar a cobrança em desfavor da empresa
inadimplente.
D A responsabilidade pelo pagamento das dívidas trabalhistas não é transferida
automaticamente da empresa contratada para o poder público, seja em caráter solidário ou
subsidiário. 97=D. Certo.
E A responsabilidade pelo pagamento das dívidas trabalhistas é transferida automaticamente
da empresa contratada para o poder público, sendo suficiente, para tanto, a comprovação da
inadimplência do empregador.
QUESTÃO 2
Acerca de organização administrativa, órgãos e pessoas jurídicas que a compõem, assinale a
opção correta.
A Na desconcentração, órgão integrante da estrutura de determinada autarquia exerce
atividades administrativas sem controle hierárquico. Na desconcentração há uma distribuição
de competências dentro da mesma pessoa jurídica, as atribuições administrativas são
outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia, criando relação de coordenação e
subordinação entre uns e outros
B Situação hipotética: Determinado estado da Federação, para aprovação pelo Poder
Legislativo, encaminhou projeto de lei que regulamenta instituição de autarquia e alterações
orçamentárias e administrativas de determinada secretaria. Assertiva: Nessa situação, esse
projeto de lei, apesar de multitemático, deverá ser aprovado à luz do princípio da reserva
legal. Da legalidade= significa a submissão e o respeito à lei,quando a CF/88 outorga ao poder
legislativo poder amplo e geral para atuar sobre qualquer espécie (matéria) de relações tipos
de atos normativos; enquanto reserva legal consiste em estatuir que a regulamentação de
determinadas matérias tem que ser realizada por lei, ou seja quando a CF/88 reserva conteúdo
específico, caso a caso, à lei.
C Agências reguladoras são instituídas para disciplinar e fiscalizar a prestação de serviços
públicos e, apesar de deterem poder normativo, não dispõem de legitimidade para impor
sanções.Para Maria Sylvia Zanella di Pietro as agências no Brasil vêm sendo instituídas em
grande quantidade e vêm exercendo função reguladora, o que abrange competência
normativa (limitada pelo princípio da legalidade), polícia administrativa, resolução de conflitos,
embora sem força de coisa julgada
D Fundação vinculada a partido político e voltada para fomento ao desenvolvimento
econômico e social não poderá ser classificada como organização da sociedade civil de
interesse público. 2=D, art. 2 IV da Lei 9.790/1999
E Os serviços sociais autônomos são criados mediante autorização legislativa, têm como
destinação a prestação de serviços públicos sem fins lucrativos e são executados por
pessoas jurídicas de direito privado. Criado por lei, arcam com a sua manutenção mediante
contribuições compulsórias,
QUESTÃO 3
A respeito de atos administrativos, controle da administração pública, e improbidade
administrativa, assinale a opção correta, considerando o entendimento dos tribunais
superiores.
A Para o STJ, nos processos relativos a improbidade administrativa, a demonstração de indícios
razoáveis da autoria e da prática de atos ímprobos não basta para que se determine o
recebimento da petição inicial, em obediência ao princípio do in dubio pro reo. A presença de
indícios de cometimento de atos ímprobos autoriza o recebimento fundamentado da petição inicial nos termos do art. 17, §§ 7º,
8º e 9º, da Lei n. 8.429/92, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do in dubio pro societate. Jurisprudencia em tese
edição 38 Improbidade Administrativa I STJ
B A revogação de ato administrativo é fundada em razões de interesse público —
conveniência e oportunidade —, podendo ser efetivada pelo Poder Judiciário no exercício de
sua função típica. A revogação é privativa da Administração, porque os seus fundamentos – oportunidade e conveniência –
são vedados à apreciação do Poder judiciário
C Para o STF, é inconstitucional lei estadual que imponha a análise de validade prévia de
contratos administrativos pela corte de contas local. 3=C; O art. 71 da Constituição não insere na
competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo
poder público. Atividade que se insere no acervo de competência da função executiva. É inconstitucional norma local
que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com
o poder público.[ADI 916, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-2-2009, P, DJE de 6-3-2009.]
D Situação hipotética: Particulares foram beneficiários de transferências bancárias de um
município sem comprovar a prestação de serviços à prefeitura. Assertiva: Nessa situação,
para o STJ, em eventual ação de improbidade administrativa na qual o município figure como
autor, e os particulares, como réus, o processo poderá ser extinto, se firmado um acordo
compensatório. Não poderá, § 1 do art. 17 da Lei 8.429/1992, A jurisprudência do STJ aplicável
a lei 8.429/1992, lei especial que prevalece sob norma geral, que veda expressamente a
possibilidade de transação, acordo ou conciliação nos processos que tramitam sob sua égide,
para casos que tratam de ação de improbidade administrativa, cujo interesse público tutelado
é de natureza indisponível (réus) não tem o condão de conduzir à extinção do feito. (REsp
1.217/554/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, segunda turma, DJe 22/08/2013)
E O Tribunal de Contas da União tem competência para realizar o controle dos Poderes
Legislativo e Executivo, quanto à utilização de recursos públicos, mas não do Poder Judiciário,
cujo órgão de controle é o Conselho Nacional de Justiça. “...a interpretação deste inciso II do art. 71 deve
ser feita em consonância com o disposto no art. 70 e seu parágrafo único da Constituição, atribuindo-se a competência
do TCU quando houver, especificamente, responsabilidade de administradores e responsáveis dos órgãos da
administração pública, direta e indireta, no âmbito da utilização de recursos públicos federais. (...) a questão aqui não
diz com a delimitação sobre a abrangência, objetiva e subjetiva, da competência fiscalizatória do TCU, relativamente
aos órgãos, entidades, sociedades ou recursos da União, mas sim com matéria estritamente federativa, porque não se
pode anuir com a adoção de medidas invasivas (...) da União sobre órgãos, entidades ou sociedades sob o controle de
poder público estadual ou municipal (...).[MS 24.423, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-9-2008, P, DJE de 20-2-
2009.]
QUESTÃO 4
Considerando o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta, no que diz
respeito a agentes públicos.
A Para o STJ, em processo disciplinar que apure infração administrativa que configura ação
penal, o prazo prescricional será determinado pela pena em abstrato cominada na condenação
penal transitada em julgado. As instâncias administrativas e penal são independentes + o prazo da prescrição no âmbito
administrativo disciplinar, havendo sentença penal condenatória, deve ser computado pela pena em concreto aplicada na esfera
penal. Jurisprudencia em tese, edição 1 processo administrativo disciplinar – I
B Para o STJ, é vedado a banca examinadora de concurso público exigir em questão da prova
conhecimento de legislação superveniente à publicação do edital. É cabível a exigência, pela
banca examinadora de concurso público, de legislação superveniente à publicação do edital,
quando estiver de acordo com as matérias declinadas no edital de abertura. RMS 33.191
C Para o STF, não será devido o abono de permanência ao policial civil que permanecer em
atividade após o preenchimento dos requisitos para a concessão da aposentadoria voluntária
especial. ARE 954.408 o STF reconheceu a repercussão geral e reafirmou jurisprudência da corte no sentido de assegurar aos
servidores públicos abrangidos pela aposentadoria especial o direito a receber o abono de permanência.
D Para o STJ, candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas ofertadas em
edital terá direito subjetivo à nomeação caso comprove o surgimento de vagas durante a
validade do certame. Os candidatos aprovados fora do número de vagas previstas no edital não possuem direito subjetivo
à nomeação, mesmo que surjam novas vagas no período de validade do concurso. Acórdãos MS 020079/DF,Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, Julgado em 09/04/2014,DJE 14/04/2014 MS 017886/DF,Rel. Ministra ELIANA CALMON,
PRIMEIRA SEÇÃO,Julgado em 11/09/2013,DJE 14/10/2013 AgRg no AgRg no REsp 778118/MG,Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA
TURMA,Julgado em 18/12/2012,DJE 15/02/2013
E Para o STF, processo administrativo disciplinar é válido mesmo quando a defesa técnica da
parte não é efetivada por advogado, desde que assegurados a ampla defesa e o contraditório.
Súmula vinculante 5 do STF + precedente: Na espécie, o único elemento apontado pelo acórdão recorrido
como incompatível com o direito de ampla defesa consiste na ausência de defesa técnica na instrução do processo
administrativo disciplinar em questão. Ora, se devidamente garantido o direito (i) à informação, (ii) à manifestação e
(iii) à consideração dos argumentos manifestados, a ampla defesa foi exercida em sua plenitude, inexistindo ofensa ao
art. 5º, LV, da CF/1988. (...) Por si só, a ausência de advogado constituído ou de defensor dativo com habilitação não
importa nulidade de processo administrativo disciplinar (...). Ressalte-se que, mesmo em determinados processos
judiciais — como no habeas corpus, na revisão criminal, em causas da Justiça Trabalhista e dos Juizados Especiais —,
esta Corte assentou a possibilidade de dispensa da presença de advogado. (...) Nesses pronunciamentos, o Tribunal
reafirmou que a disposição do art. 133 da CF/1988 não é absoluta, tendo em vista que a própria Carta Maior confere o
direito de postular em juízo a outras pessoas. [RE 434.059, voto do rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 7-5-
2008, DJE 172 de 12-9-2008.]
QUESTÃO 5
Prédio sede de prefeitura, creches municipais e postos de saúde são bens
A de uso especial, pois são destinados a uma finalidade pública específica. 5=A art. 99 II do
Código Civil
B dominicais e dependem de autorização específica para o seu uso.
C públicos destinados à prestação de serviços ou à realização de atividade econômica.
D de uso comum do povo e destinados ao uso livre e gratuito da população.
E insuscetíveis de alienação.
QUESTÃO 6
Com relação a princípios da administração pública, regime jurídico-administrativo e serviços
públicos, assinale a opção correta.
A A vedação ao nepotismo é regra que alcança os cargos de provimento efetivo, em comissão,
as funções gratificadas e os cargos de direção e assessoramento. Art. 4 I decreto 7.203/2010
B Independe de contrapartida do beneficiário, em bens ou serviços, a concessão de patrocínio
a evento cultural privado. Depende, art. 7 decreto 1.494 de 1995
C Serviços públicos uti universi são gerais, caracterizados por sua indivisibilidade, remunerados
pela cobrança de taxa e oferecidos após a celebração de contrato de concessão. Serviços UTI
universi são prestados à coletividade, mas usufruídos apenas indiretamente pelo indivíduos.
Súmula vinculante 41 (conversão da súmula 670) “o serviço de iluminação pública não pode
ser remunerado mediante taxa”
D Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que autorize a suspensão temporária do
pagamento das tarifas de energia a determinada sociedade de economia mista fornecedora do
serviço mediante concessão da União. 6=D Concessão de serviços públicos. Invasão, pelo Estado-membro, da
esfera de competência da União e dos Municípios. (…) Os Estados-membros – que não podem interferir na esfera das relações
jurídico-contratuais estabelecidas entre o poder concedente (quando este for a União Federal ou o Município) e as empresas
concessionárias – também não dispõem de competência para modificar ou alterar as condições, que, previstas na licitação,
acham-se formalmente estipuladas no contrato de concessão celebrado pela União (energia elétrica – CF, art. 21, XII, b) e pelo
Município (fornecimento de água – CF, art. 30, I e V), de um lado, com as concessionárias, de outro, notadamente se essa
ingerência normativa, ao determinar a suspensão temporária do pagamento das tarifas devidas pela prestação dos serviços
concedidos (serviços de energia elétrica, sob regime de concessão federal, e serviços de esgoto e abastecimento de água, sob
regime de concessão municipal), afetar o equilíbrio financeiro resultante dessa relação jurídico-contratual de direito
administrativo. [ADI 2.337 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 20-2-2002, P, DJ de 21-6-2002.] = ADI 2.340, rel. min. Ricardo
Lewandowski, j. 6-3-2013, P, DJE de 10-5-2013.
E A prestação de serviço público pode ser delegada a particulares mediante contrato de
concessão ou ato administrativo de permissão, incidindo as regras de direito público
exclusivamente sobre as concessões. As regras gerais de direito público incide sobre
concessão, permissão e autorização
QUESTÃO 8
Acerca do processo administrativo, dos poderes-deveres da administração e do abuso de
poder, assinale a opção correta, com base na Lei n.º 9.784/1999, na doutrina e na
jurisprudência dos tribunais superiores.
A A Lei n.º 9.784/1999 trata de normas gerais do processo administrativo aplicáveis ao Poder
Executivo federal, não vinculando estados, municípios e Poderes Legislativo e Judiciário
quando do exercício de função administrativa. Art. 1 da Lei 9.784/1999
B Autoridade competente para apreciar recursos administrativos poderá, em seu período de
férias, delegar essa atribuição ao órgão colegiado hierarquicamente superior, em atenção aos
princípios da eficiência e da impessoalidade. Não poderá, art. 11 e 12 + art. 13 II da Lei
9.784/199
C Autoridade competente agirá com excesso de poder caso pratique ato administrativo com
finalidade diversa do interesse público. Desvio de poder é vício quanto à finalidade diversa da
que decorre implícita ou explicitamente da lei; excesso de poder quando o agente público
exorbita de suas atribuições. O abuso de poder divide em excesso de poder e desvio de poder.
D O poder disciplinar, exercido quando um servidor comete falta funcional, é discricionário não
só quanto à obrigatoriedade de punição, mas também quanto à seleção e à aplicação da
sanção. O poder disciplinar é discricionário. Mas esta discricionariedade não abrange a escolha
de conhecendo a falta praticada, tem necessariamente que instaurar o procedimento
adequado para sua apuração, se for o caso aplicar pena cabível, é nesta situação que ocorre a
discricionariedade que permite a escolha de enquadrar os casos concretos em uma ou outra
infração.
E Para o STJ, é possível a delegação de atos de fiscalização de sociedade de economia mista,
mas não a delegação de atos de imposição de sanções a essas entidades. STF ADI 1.717 o
poder de polícia no que concerne o ato de aplicar sanção ou aqueles decorrentes do poder de
império, não podem ser delgado a entidades privadas, é possível a delegação de atividades
meramente instrumentais e fiscalizatórias. STJ as fases de “ordem de polícia” e “sanção de
polícia” não podem ser objeto de delegação, por serem coercitiva e sancionatória
QUESTÃO 9
Uma entidade privada sem fins lucrativos sediada em determinado município propôs a esse
município uma parceria, sem transferência de recursos financeiros, destinada a conscientizar
os cidadãos sobre a importância de inserir pessoas com deficiência no
mercado de trabalho local. O gestor público responsável
demonstrou interesse na consolidação de parceria entre o município
e a entidade, e consultou a procuradoria do município acerca do
instrumento jurídico para formalizar o ato.
Nessa situação hipotética, o instrumento jurídico correto a ser
adotado, conforme a Lei n.º 13.019/2014, é o
A termo de colaboração. Art. 2 inciso VII envolve transferência de recurso financeiro, é
proposta pela administração pública
B termo de fomento. Art. 2 inciso VIII envolve transferência de recursos financeiro, é proposta
pela sociedade civil
C acordo de cooperação. 9=C Art. 2 VIII-A não envolve transferência de recurso financeiro
D convênio. Forma de ajuste entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas para a
realização de objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração.
E termo de execução descentralizada.
Diferenciação: 1. Acordo de Cooperação Técnica: O acordo de cooperação é um instrumento
formal utilizado por entes públicos para se estabelecer um vínculo cooperativo ou de parceria
entre si ou, ainda, com entidades privadas, que tenham interesses e condições recíprocas ou
equivalentes, de modo a realizar um propósito comum, voltado ao interesse público.
Normalmente, as duas partes fornecem, cada uma, a sua parcela de conhecimento,
equipamento, ou até mesmo uma equipe, para que seja alcançado o objetivo acordado, não
havendo, contudo, nenhum tipo de repasse financeiro. É comum que esse tipo de cooperação
ocorra nos campos técnicos e científicos, com cada partícipe realizando as atividades que
foram propostas por meio de seus próprios recursos (conhecimento, técnicas, bens e
pessoal). O acordo de cooperação técnica se diferencia de convênios, contratos de repasse e
termos de execução descentralizada pelo simples fato de não existir a possibilidade de
transferência de recursos. 2. Acordo de Cooperação: O Acordo de Cooperação é um
instrumento formal utilizado por entes públicos para se estabelecer um vínculo cooperativo ou
de parceria entre si ou, ainda, com entidades privadas, que tenham interesses e condições
recíprocas ou equivalentes, de modo a realizar um propósito comum, voltado ao interesse
público. Podendo haver repasse financeiro. Para o caso do Acordo de Cooperação sugere-se o
refinamento dos objetivos, havendo os mesmos serem descritos com mais riqueza, sendo ali
registrado quanto a classificação de sua natureza, se Ensino, Pesquisa, Extensão ou
Desenvolvimento Institucional tecnológico ou científico. Registre-se que as especificidades a
serem contidas na minuta, inclusive os aspectos complementares, tais como a justificativa, as
mesmas restam a cargo da Administração, especialmente as “FORMAS DE COOPERAÇÃO, razão
pela qual, também para a mesma, indicamos sejam eleitos os mecanismos e os temas de
interesses, de forma a servir de “pano de fundo” para os instrumentos que daí advirão,
correspondentes às suas respectivas classificações (ensino, pesquisa, extensão,
desenvolvimento institucional), tais como: a)implementação de projetos conjuntos tais como
(descrever); b)consultas e intercâmbio de informações, documentos e publicações científicas;
trocas de convites para o envio de observadores em reuniões ou conferências realizadas ou
patrocinadas por elas, caso seja de interesse mútuo; c)além dos mecanismos mencionados, os
partícipes poderá realizar a cooperação por meio de instrumentos ou programas específicos;
d) Desta forma, o instrumento a ser firmado deve ser escolhido, em respeito à
discricionariedade, e cabe eleger o melhor instrumento, o que mais se adeque aos seus
interesses.
QUESTÃO 10
A administração pública instaurou processo administrativo contra determinado cidadão, para
apurar suposta irregularidade no uso de área pública verificada por fiscal. No referido
processo, será necessário expedir intimações para o administrado. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta, com base apenas nas disposições da Lei n.º 9.784/1999.
A A intimação deverá ser feita com antecedência mínima de cinco dias úteis em relação à data
de comparecimento. 3 dias úteis quanto à data de comparecimento, § 2 do art. 26
B Em caso de desatendimento da intimação, serão presumidas verdadeiras as alegações de
fato formuladas pela administração. Não importa o reconhecimento da verdade dos fatos,
nem a renúncia a direito pelo administrado. Art. 17
C A Lei determina expressamente que as intimações deverão ser realizadas por meio
eletrônico, salvo absoluta impossibilidade. A intimação pode ser efetuada por ciência no
processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure
a certeza da ciência do interessado § 3 do art. 26
D A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas, sob pena de nulidade do ato
intimatório. Não há esta previsão. § 1 do art. 26 inciso I a intimação deverá conter
identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa.
E Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem, para o administrado, em
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades. 10=E,
art. 28
QUESTÃO 11
O sistema de registro de preços (SRP) é um conjunto de procedimentos para registro formal de
preços referentes a prestação de serviços e aquisição de bens, com o objetivo de viabilizar
futuras contratações pela administração pública. Acerca desse tema, assinale a opção correta,
considerando as disposições da Lei n.º 8.666/1993 e do Decreto n.º 7.892/2013.
A O SRP configura uma modalidade especial e autônoma de licitação prevista em norma
específica. É organizado mediante procedimento licitatório, art. 2 I decreto 7.892/2013
sistema de registro de preços é o conjunto de procedimento para registro formal de preços
relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras.
B Para a realização do procedimento de registro de preços, é indispensável à administração
indicar no processo a dotação orçamentária, sob pena de nulidade do ato.
C As compras públicas, sempre que possível, serão processadas por meio de SRP. 11=C, art. 15
II Lei 8.666/1993
D A órgãos e entidades da administração pública federal é excepcionalmente permitida a
adesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou
estadual, desde que devidamente justificada a vantagem. Cada ente federativo deverá ter o
seu próprio regulamento, sendo possível que, por meio de decreto, optem por adotar as
normas do mesmo regulamento federal
E O prazo máximo de validade da ata de registro de preços será de sessenta meses, já incluídas
nesse prazo eventuais prorrogações legalmente autorizadas. Não superior a 1 ano, art. 12 do
decreto 7.892/2013 não será superior a doze meses.
QUESTÃO 12
Em resposta a consulta sobre a validade de determinado ato administrativo, o procurador
municipal responsável recomendou a nulidade do ato. A respeito dessa situação, assinale a
opção correta.
A Na recomendação, devem estar indicadas, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas da decretação do ato de invalidação. 12=A
B Apesar de ter recomendado a nulidade do ato, a procuradoria poderá postular em juízo
autorização para celebração de compromisso, a fim de excluir a responsabilidade pessoal do
agente público por eventual vício no ato, salvo se este tiver sido praticado com
enriquecimento ilícito ou crime. A administração pública tem poder de autotutela sobre os
próprios atos. Súmula 346 e 473 do STF
C A procuradoria deverá encaminhar o processo para apuração de responsabilidade do gestor
que tenha dado causa à nulidade, se este tiver agido com dolo, mas não com culpa.
D A procuradoria, caso verifique que não existem evidências de dano ao erário, deverá
recomendar que o vício seja sanado por meio da convalidação. Poderá, art. 53 + 55 da Lei
9.784/1999 os atos que podem ser convalidados são os que não acarretem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros (nem ao erário) e devem apresentar defeitos sanáveis
E Apesar de ter recomendado a nulidade do ato, a procuradoria poderá indicar ao gestor
municipal a celebração de compromisso de ajustamento com eventuais interessados
atingidos pela nulidade, observada a legislação aplicável, devendo haver prévia oitiva do órgão
fazendário se o ato envolver transação quanto a sanções e créditos tributários já constituídos.
QUESTÃO 14
Acerca de comportamentos vedados pela Lei n.º 8.429/1992, assinale a opção correta,
considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
A O agente público que se recusar a prestar declaração de bens quando legalmente exigida
pela administração será punido com suspensão. Demissão, § 3 do art. 13 Lei 8.429/1992
B O gestor público será punido se cometer ato de improbidade com o elemento subjetivo da
desonestidade, mas não por mera inabilidade ou culpa.será punido também por culpa Art. 5 +
art. 10 da lei 8.429/1992
C O ato do agente público que acarrete concessão ou aplicação indevida de benefício
financeiro ou tributário caracterizará improbidade administrativa se houver sido praticado com
dolo, ainda que genérico. 14=C
D A representação por ato de improbidade contra agente público constitui crime na hipótese
de o autor da denúncia supor que o denunciado seja inocente. O sabe inocente, art. 19 da Lei
8.429/1992
E O responsável por ato de improbidade que conceda ou aplique indevidamente benefício
financeiro ou tributário estará sujeito a sanções que devem ser aplicadas necessariamente de
maneira cumulativa.
QUESTÃO 15
Foi encaminhado para análise de determinada procuradoria municipal um edital de pregão
que visa à contratação de empresa especializada na manutenção de veículos do município.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, à luz da Lei n.º 10.520/2002.
A O objeto da contratação não permite a utilização da modalidade licitatória pregão, uma vez
que essa modalidade não se enquadra nas hipóteses de bens e serviços comuns. Enquadra-se.
Art. 1
B A modalidade licitatória pregão poderá ser utilizada, sendo as propostas dos licitantes
válidas por noventa dias para o caso de necessidade de convocação de outro licitante por
recusa de assinatura contratual do vencedor. 60 dia, se outro não estiver fixado no edital, art.
6
C No pregão, a autoridade competente designará o pregoeiro e a respectiva equipe de apoio, a
qual deverá ser integralmente composta por servidores ocupantes de cargo efetivo e
pertencentes ao quadro permanente do órgão. Dentre os servidores do órgão ou entidade
promotora da licitação, art. 3 IV
D No pregão, são permitidos a exigência de garantia da proposta e o pagamento de taxas e
emolumentos, para se resguardar o resultado útil do processo licitatório. São vedada, art. 4 I e
III
E Declarado o resultado do pregão, qualquer licitante poderá manifestar, imediata e
motivadamente, a intenção de recorrer, importando a não manifestação na decadência do
direito de recurso e na adjudicação do objeto da licitação. 15=E art. 4 incisos XVIII e XX
PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – CLASSE A – Padrão I, CESPE 2018, nível
superior
QUESTÃO 37
No que se refere a ação de improbidade administrativa, julgue os itens a seguir.
I Segundo entendimento do STJ, pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de ação de
improbidade administrativa. I=certo REsp 1.038.762/RJ e 970.393/CE decidiu que pessoa
jurídica pode ser sujeito passivo ainda que desacompanhada de seus sócios, lembrando que
não submetem as sanções de perda da função pública e suspensão dos direitos políticos
previsto na Lei 8.429/1992
II Em ação de improbidade administrativa, embora se admita a concessão de tutela provisória
para o bloqueio de bens, não é possível o afastamento cautelar do agente, o que somente
poderá ocorrer após o trânsito em julgado da sentença que o reconhecer como autor do ato
de improbidade. II= errado, pode, parágrafo único do art. 20 da Lei 8.429/1992
III É imprescritível a pretensão de ressarcimento de danos causados ao erário pela prática de
ato doloso e tipificado na legislação que regula a ação de improbidade administrativa.
III=certo, reconhecimento pelo STF no RE 852475 ações de ressarcimento ao erário por
improbidade administrativa são imprescritíveis.
IV Agentes que pratiquem ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento
ilícito estarão sujeitos às cominações de perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a
dez anos. IV= certo, art. 12 I Lei 8.429/1992
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D I, III e IV. 37=d
E II, III e IV.
Todos os cargos e áreas nível superior FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA NÍVEL
SUPERIOR FUB CESPE 2018 aplicação 16/12/2018
José, servidor público federal estável, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade
administrativa no exercício das atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por
isso, ele respondeu a processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à
ampla defesa e ao contraditório. Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao
ressarcimento integral do dano causado, nos termos da lei. Nessa situação hipotética, de
acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, da Lei
n.º 8.429/1992 e os princípios e normas de ética do servidor público,
21 o ato de improbidade praticado por José teve natureza dolosa, uma vez que não se admite
conduta culposa para a configuração de ato administrativo que gere prejuízo ao erário.
21=errado, admite conduta culposa, qualquer ação dolosa ou culposa, art. 10 da Lei
8.429/1992
22 com a demissão de José, ocorreu a vacância do cargo público que ele ocupava, sendo
possível, por interesse da administração, a redistribuição do cargo vago para outro órgão do
mesmo poder. 22=certo
23 José não poderá ser responsabilizado pelo ato de improbidade administrativa que praticou
nas esferas civil e penal, uma vez que já foi apenado administrativamente. 23=errado, poderá
art; 12 “caput”
24 em razão de sua conduta, José atentou contra os princípios da moralidade e da legalidade,
além de não ter cumprido seu dever fundamental de, como servidor público, ser probo, reto,
leal e justo. 24=certo
À luz das Leis n.º 8.666/1993 e n.º 10.520/2002, que dispõem sobre licitações e contratos da
administração pública, julgue os itens a seguir.
25 Concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão são modalidades de
licitação. 25=certo
26 No processo licitatório, é vedado que se estabeleça margem de preferência por produto ou
serviço, em respeito ao princípio constitucional da isonomia — igualdade de todos os
participantes. 26=errado, § 5 do art. 3 da Lei 8.666/1193
CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS/ÁREAS DE NÍVEL MÉDIO FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FUB CESPE aplicação 16/12/2018
Em 2015, Sara era servidora pública estável de determinado órgão. No ano seguinte, ela foi
aprovada em concurso público para cargo de provimento efetivo de outro órgão público,
nomeada e empossada nesse último cargo, tendo iniciado efetivamente o exercício de suas
funções nesse mesmo ano. Em 2018, Sara foi reprovada em avaliação de desempenho e,
consequentemente, no estágio probatório. Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a
seguir à luz das disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União.
21 Com a reprovação no estágio probatório, Sara poderá ser reconduzida ao primeiro órgão no
qual trabalhou para ocupar o antigo cargo, desde que ele esteja disponível. 21=certo, § 2 do
art. 20 da Lei 8.112/1990
22 Enquanto estava em estágio probatório no segundo órgão no qual trabalhou, Sara não
poderia exercer funções de chefia, direção ou assessoramento. Poderá, § 3 do art. 20 da Lei
8.112/19990
CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS/ÁREAS DE NÍVEL MÉDIO FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FUB CESPE aplicação 16/12/2018
Nessa situação hipotética, de acordo com as disposições da Lei n.º 8.666/1993 — Lei de
Licitações e Contratos —,
25 a empresa A foi contratada para realizar a obra pelo regime de empreitada integral.
25=certo, inciso VIII “e” art. 6 da Lei 8.666/1993
Acerca dos princípios fundamentais que regem a administração pública federal, julgue os itens
a seguir.
Com referência às características dos órgãos e das entidades da administração direta e indireta
federal, julgue os seguintes itens.
54 Empresas públicas federais têm personalidade jurídica, não necessitam de lei específica que
autorize sua criação e podem ter patrimônio próprio. 54=errado, necessita, art. 37 XIX CF/88
com art. 5 II Decreto lei 200/1967
56 Fundações públicas federais são órgãos que possuem personalidade jurídica de direito
público e que realizam, precipuamente, a exploração de atividade econômica. 56=errado, art.
5 IV decreto lei 200/1967 “Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos
ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.”
57 O poder do administrador público — que constitui, ao mesmo tempo, dever para com a
comunidade — é irrenunciável pelo seu titular. 57=certo, “Deveres do administrador público.
São deveres do administrador público de acordo com a doutrina:
Poder-dever de agir: o poder administrativo conferido a administração para atingir o fim público representa um dever de agir e
uma obrigação do administrador público de atuar em benefício da coletividade e seus indivíduos. E tal poder é irrenunciável (e
devem ser executados pelo titular) e obrigatório. Dever de eficiência: é a necessidade de tornar a atuação do administrador
público mais célere, coordenado e eficiente, ou seja, é o dever de boa administração. Dever de probidade: exige que a atuação do
administrador público seja em consonância com os princípios da moralidade e honestidade administrativa sob pena de serem
aplicadas sanções administrativas, penais e política (art. 37, §4º da CF). Dever de prestar contas: Constitui um dever inerente do
administrador público a prestação de contas referente à gestão dos bens e interesses da coletividade.”
58 O dever de eficiência do administrador público está intrinsecamente relacionado à sua
conduta como elemento necessário à legitimidade de seus atos. 58=errado
59 O dever de prestar contas abrange não apenas os administradores de órgãos e entidades
públicas, mas também os de entes paraestatais. 59=certo
De acordo com o Decreto n.º 5.450/2005, que regulamenta o pregão, na forma eletrônica,
para a aquisição de bens e serviços comuns, julgue os itens seguintes.
100 Será considerado bem comum o bem ou serviço cujos padrões de desempenho e
qualidade não possam ser definidos de forma objetiva no edital, mas cujo preço de mercado
possa ser aferido pela entidade promotora da licitação. 100=errado, possam ser objetivamente
definidos pelo edital, § 1 do art. 2
Com base no Decreto n.º 7.892/2013, que regulamenta o sistema de registro de preços (SRP),
julgue os itens a seguir.
101 No âmbito da administração pública direta federal, o SRP não será adotado nos casos em
que, em função da natureza do objeto de licitação, for impossível estabelecer previamente a
quantidade a ser demandada pela administração. 101=errado, será adotado, art. 3 IV
102 A licitação para registro de preços poderá ser realizada na modalidade de pregão, que
deve ser precedida de ampla pesquisa de mercado. 102=certo, art. 7 “caput”
ADMINISTRADOR, ARQUIVISTA, ENFERMEIRO, MÉDICO ÁREA PSIQUIATRIA, NUTRICIONISTA
HABILITAÇÃO, PSICOLOGO, TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS, INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE IFFluminense CESPE Aplicação: 3/6/2018
nível superior
B dois servidores estáveis, devendo o seu presidente ocupar cargo efetivo superior ou de
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
C dois servidores estáveis ou não, devendo o presidente ocupar cargo efetivo superior ou de
mesmo nível ao do indiciado.
E três servidores estáveis, devendo o seu presidente ocupar cargo efetivo superior ou de
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 11=E certo, art.
149 da Lei 8.112/1990
QUESTÃO 12 João, servidor público civil federal, ainda em período de estágio probatório,
sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com sequelas que o levaram à
aposentadoria por invalidez. Três anos depois, a administração pública, por meio da junta
médica oficial, constatou que João teria se reabilitado e que suas sequelas haviam sido
extintas, fatos que ocasionaram a declaração de insubsistência dos motivos da sua
aposentadoria. Nessa situação hipotética, a determinação do retorno ao cargo anteriormente
ocupado por João configura o
(a) A reintegração.
B recondução.
D reaproveitamento.
E readaptação.
QUESTÃO 13 Servidor público civil federal, estável, de determinado órgão da União, mantém
sob sua chefia imediata seu irmão, que foi nomeado para o exercício de cargo em comissão
nesse mesmo órgão público. Nessa situação hipotética, a conduta do servidor
B é punível com a pena de suspensão por até noventa dias. 13=B certo, art. 130 + 132 da Lei
8.112/1990
QUESTÃO 14 Maria, que exerce cargo público de professora da rede estadual de ensino, com
carga horária de quarenta horas semanais, foi aprovada em outro concurso público para
preenchimento de vaga de professora, na qualidade de empregada pública, em uma sociedade
de economia mista federal, com carga horária semanal de trinta horas. Ambas as funções
públicas são remuneradas. Nessa situação hipotética, Maria
D não poderá acumular as funções, uma vez que tal acúmulo ofende o princípio da moralidade
administrativa.
E não poderá acumular as funções, porque sua jornada de trabalho será superior a sessenta
horas semanais. 14=E certo, tem haver compatibilidade de horário, art. 37 Inciso XVI “a” CF/88
QUESTÃO 19 Para apurar a prática de infração ética imputada a agente público, poderá(ão)
suscitar a atuação da comissão de ética pública qualquer
I cidadão.
IV associação de classe.
B pedir remoção, pleito que independe do interesse da administração pública. 20=B, art. 36 III
“a” Lei 8.112,1990
E ser removido de ofício, porque não cabe pedido de remoção para cônjuges quando eles têm
regimes jurídicos diferentes.
C O governo é o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas de que o Estado dispõe para
colocar em prática as políticas públicas. Governo exerce atividades residuais da função
legislativa e judiciária da Administração
QUESTÃO 30 Os atos da administração pública devem obedecer não somente à lei jurídica,
mas também a padrões éticos. Tal característica se refere ao princípio da
A finalidade, uma vez que o administrador não pode praticar um ato em interesse próprio.
B moralidade, sendo esta pressuposto de validade de todo ato da administração pública. 30=B
C legalidade, pois a ação do administrador público está condicionada aos mandamentos legais
e às exigências do bem comum.
B para aquisição, por empresas públicas e autarquias, de bens produzidos por órgãos públicos.
Por pessoa jurídica de direito público interno art. 14 VIII
C para contratação de profissional de qualquer setor artístico, desde que consagrado pela
crítica especializada. É inexigível, art. 25 III
D para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor exclusivo. É inexigível, art. 15 I
E se, na modalidade convite, não for alcançado o número mínimo legalmente exigido de
empresas qualificadas no certame. Quando não tiver interessados na licitação anterior, art. 14
V com § 6 do art. 22 “devidamente justificado no processo”
A melhor qualidade.
C maior lance.
QUESTÃO 48
A licitação de obra de construção de determinado edifício público pode ser realizada sem a
apresentação
A do projeto básico.
QUESTÃO 16
Tendo conhecimento de conduta que esteja em desacordo com as normas éticas pertinentes e
seja praticada por servidor do órgão da administração federal, uma comissão de ética a ser
instalada deverá
C permitir vista dos autos ao investigado mesmo antes de ele ser notificado da existência do
procedimento investigatório. 16=C
E pedir autorização à autoridade máxima para apor aos autos a chancela de “reservado” até
emitir relatório de conclusão.
QUESTÃO 17
De acordo com as normas de conduta dos servidores públicos civis da União, das autarquias e
das fundações públicas, enseja penalidade de suspensão a
B utilização de pessoal da repartição em atividades particulares. Pena demissão art. 117 XVI
com art. 132 XIII Lei 8.112/1990
D manutenção de cônjuge sob sua chefia imediata. 17=D, art. 130 da Lei 8.112/1990
E cumulação ilegal de cargos públicos. Pena demissão art. 132 XII lei 8.112/1990
A nomeação.
C exercício.
D provimento.
C verba paga ao servidor que atue como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal.
Gratificação por encargo de curso ou concurso, art. 76-A I lei 8.112/1990
QUESTÃO 20
No caso em que a demissão de servidor público estável for invalidada por sentença judicial,
ocorrerá seu(sua)
A recondução.
C reaproveitamento.
D reversão.
E regressão.
Julgue os itens seguintes, relativos ao regime dos servidores públicos federais e à ética no
serviço público.
67 A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a ser
submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente. 67=errado,
suspensão por 15 dias, § 1 do art. 130 da Lei 8.112/1990
ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESPECIALIDADE: ECONOMIA EBSERH CESPE 2018 NÍVEL
SUPERIOR
74 O saneamento básico é uma necessidade pública, sendo a sua prestação, por meio de
serviços públicos, de responsabilidade do Estado, por força de normas jurídicas constitucionais
e legais. 74=certo
84 Para pregões eletrônicos, é obrigatório que o prazo de validade das propostas esteja fixado
em edital. 84=errado, a lei defini prazo de proposta de 60 dias, se outro não estiver fixado no
edital, art. 6 da Lei 10.520/2002
Com relação a documentos elaborados pela área técnica que fazem parte do processo
licitatório de obras e serviços de engenharia, julgue os itens subsequentes.
54 De acordo com a Lei n.o 8.666/1993, o projeto básico exigido para compor a documentação
da licitação de reformas e construções, em linguagem técnica, é um anteprojeto de engenharia
e arquitetura. 54=errado, art. 6 IX da Lei 8.666/1993
76 A modalidade pregão adotada na licitação em questão deve ser muito bem justificada, pois,
conforme a legislação vigente, a aquisição de peças para manutenção de equipamentos
hospitalares exige prioritariamente a dispensa de licitação. 76=Errado, inciso XVII do art. 24 da
Lei 8.666/1992 é dispensável durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor
original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a
vigência da garantia
82 O prazo de sessenta meses solicitado pela licitante tem amparo legal, pois, para tornar
economicamente viável a contratação de serviços continuados de limpeza e manutenção
predial, a legislação prevê um contrato com prazo de execução mínimo de sessenta meses,
podendo a sua duração ser prorrogada por iguais e sucessivos períodos. 82=Errado, art. 23 § 1
da Lei 8.666/1993 “a licitação procede com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponívels no mercado e á
ampliação da competitividade sem perda da economia de escala”
83 As correções dos valores do contrato pleiteadas pela licitante no momento da convocação
serão aceitas caso a licitante demonstre um eventual desequilíbrio econômico-financeiro ou
caso tenha se passado tempo suficiente para que a data-base de reajuste tenha acontecido no
mínimo um ano antes da data de assinatura do contrato. 83=certo, § 1 do art. 57 Lei
8.666/1993
A administração de um hospital público decidiu ampliar suas instalações físicas, tendo em vista
o aumento crescente de demanda. Acerca dos cuidados que se deve ter para contratar as
intervenções necessárias, julgue os itens subsequentes, com base nas normas gerais de
licitações e contratos públicos.
85 Mesmo que intervenções no hospital sejam bem definidas no edital e sejam adotadas as
especificações usuais no mercado, na situação apresentada a administração não poderá optar
pela modalidade pregão. 85=certo, pregão se aplica aquisição de bens e serviços comuns, cujas
especificações são objetivamente prevista no edital. Art. 1 + parágrafo único da Lei
10.520/2002
86 Se, para executar a ampliação das instalações físicas da edificação, uma empresa
construtora for contratada na modalidade empreitada por preço unitário, então essa
contratação caracteriza uma execução indireta. 86=certo, art.6 Inciso VIII “b” lei 8.666/1993
87 Na obra em questão, por ser uma ampliação de uma edificação já existente e permitir maior
flexibilização durante sua execução, a elaboração do projeto básico para definir o objeto a ser
licitado dispensa o detalhamento de soluções técnicas globais e localizadas. 87=errado, não
dispensa. Inciso IX “b’ do art. 6 da lei 8.666/1993
88 Para a realização da referida licitação, a administração deveria ter designado uma comissão
de licitações no lugar da equipe de apoio. 88=errado, lei pregão permite. Art. 3 IV da Lei
10.520/2002
Uma empresa foi contratada por um hospital público para fornecer e instalar cinco
equipamentos hospitalares, com prazo de execução de instalação de um equipamento por
mês, sem afetar o funcionamento dos atendimentos médico-hospitalares. Durante a execução
dos serviços, a contratada solicitou à fiscalização uma dilação de prazo de execução devido à
dificuldade de realizar os trabalhos com o prédio ocupado. A respeito dessa situação hipotética
e de aspectos a ela relacionados, julgue os itens subsecutivos.
94 Nos casos de atrasos sem justificativa para dilação de prazo de execução, o fiscal do
contrato deve providenciar, quando necessário, aditivo para dilação do prazo de vigência
contratual. 94=certo,
95 A contratação por dispensa de licitação está justificada, no caso em questão, pelo fato de o
custo do conserto ser inferior a 10% do valor de aquisição de um equipamento novo.
95=errado, art. 24 Inciso XXXIV da Lei 8.666/1993
96 Devido ao fato de o equipamento defeituoso estar parado há oito meses, a situação não
pode ser caracterizada como emergencial para justificar a contratação por dispensa de
licitação. 96=certo, art. 24 inciso IV da Lei 8.666/1993
100 Durante a fase de julgamento das propostas no processo licitatório, fere o princípio do
julgamento objetivo a adoção de critérios de análise não previstos no edital, mesmo que
embasados na experiência da comissão de licitações e com objetivos claros de garantir a
proposta mais vantajosa para a administração. 100=certo
QUESTÃO 37
No que se refere a ação de improbidade administrativa, julgue os itens a seguir.
I Segundo entendimento do STJ, pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de ação de
improbidade administrativa. I=certo, A Primeira Turma do STJ, no julgamento do recurso especial nº 1.038.762/RJ,
ratificou o entendimento de que a pessoa jurídica pode praticar ato de improbidade e, portanto, figurar como sujeito passivo na
respectiva ação de improbidade administrativa. Ademais, no julgamento do recurso especial nº 970.393∕CE, que ocorreu em
21∕06∕2012, o STJ também decidiu que “considerando que as pessoas jurídicas podem ser beneficiadas e condenadas por atos
ímprobos, é de se concluir que, de forma correlata, podem figurar no polo passivo de uma demanda de improbidade, ainda que
desacompanhada de seus sócios”.
II Em ação de improbidade administrativa, embora se admita a concessão de tutela provisória
para o bloqueio de bens, não é possível o afastamento cautelar do agente, o que somente
poderá ocorrer após o trânsito em julgado da sentença que o reconhecer como autor do ato
de improbidade. II=Errado
III É imprescritível a pretensão de ressarcimento de danos causados ao erário pela prática de
ato doloso e tipificado na legislação que regula a ação de improbidade administrativa.
III=certo, RE 852.475 Foi fixada a seguinte tese para fins de repercussão geral: "São imprescritíveis as ações de
ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na lei de improbidade administrativa."
IV Agentes que pratiquem ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento
ilícito estarão sujeitos às cominações de perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a
dez anos. IV= certo, art. 9 + art. 12 I da Lei 8.429/1992
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D I, III e IV. 37=D
E II, III e IV.
60 Nos estabelecimentos de assistência à saúde, utilizar pias de trabalho para fins diversos dos
previstos, consumir alimentos e bebidas nos postos de trabalho e usar calçados abertos são
atitudes que cabe ao administrador hospitalar vedar. 60=Certo.
94 O abuso de poder, que inclui o excesso de poder e o desvio de finalidade, não decorre de
conduta omissiva de agente público. 94=Errado
95 A responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é subjetiva e baseada na teoria do risco
administrativo, devendo o particular, que foi a vítima, comprovar a culpa ou o dolo do agente
público. 95=Errado
QUESTÃO 93 As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são
A investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público,
a partir da descentralização de poderes.
B passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
C criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa.
93=C
D instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas.
QUESTÃO 97 Assinale a opção que indica a denominação dada ao ônus real de uso instituído
pela administração pública sobre determinado imóvel privado para atendimento do interesse
público, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados.
A limitação administrativa
B tombamento
C servidão administrativa 97=C
D ocupação temporária
QUESTÃO 98 De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula processos administrativos no
âmbito federal, um órgão administrativo ou o seu titular poderá delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, desde que
A estes sejam hierarquicamente subordinados àqueles. Ainda que não lhe seja
hierarquicamente subordinados
B a finalidade seja editar atos de caráter normativo.
C a finalidade seja decidir recursos administrativos. Cabe aos órgãos competente, art. 64 e 64-
B da Lei 9.784/1999
D não haja impedimento legal, e que a delegação seja feita com base na conveniência. 98=D,
art. 12 da Lei 9.784/1999
QUESTÃO 99 Após autorização legislativa, foi firmado um acordo de vontades entre entes
públicos, criando-se um novo sujeito de direito, dotado de uma estrutura de bens e pessoal
com permanência e estabilidade. Nessa situação hipotética, o pacto firmado consiste em um
A contrato administrativo, devendo uma das partes signatárias ser uma autarquia.
B convênio, podendo uma das partes signatárias ser uma fundação.
C contrato de gestão, podendo uma das partes signatárias ser uma autarquia, que, por força
desse contrato, passará a ser uma agência executiva.
D contrato de consórcio público, que deve ser firmado exclusivamente por entes da
administração direta. 99=D
QUESTÃO 87 À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta com relação à competência
administrativa e à relação hierárquica existente no âmbito da administração pública.
A A competência administrativa pode ser renunciada em hipótese de acordo entre os órgãos
públicos envolvidos. É irrenunciável, salvo casos de delegação e avocação legalmente admitidos, art. 11
B A relação de subordinação hierárquica entre os órgãos públicos envolvidos é condição
imprescindível para a delegação da competência administrativa. Podem delegar a outros órgãos ou
titulares art. 12
C A delegação de competência de órgãos colegiados é possível, desde que não se trate de
matéria de competência exclusiva, de decisão de recursos administrativos ou de edição de atos
de caráter normativo. 87=C, art. 13 e seus incisos Lei 9.784/1999
D O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante e confere competência
exclusiva ao órgão delegado. O ato especificará as matérias, poderes transferidos, limites, duração e objetivos,
podendo conter ressalva, § 10 do art. 14
E A avocação temporária de competência é permitida, em caráter excepcional e por motivos
justificados, entre órgãos da administração pública, independentemente da relação
hierárquica estabelecida entre eles. É possível a órgão hierarquicamente inferior, art. 15
B São traços distintivos do regime jurídico especial das agências reguladoras: a investidura
especial de seus dirigentes; o mandato por prazo determinado; e o período de quarentena
após o término do mandato diretivo. 88=B (arts. Parágrafo único do art. 50; 60 e 80 da Lei
9.986/2000)
Natureza autárquica do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Odontologia. Obrigatoriedade de prestar
contas ao TCU. [MS 21.797, rel. min. Carlos Velloso, j. 9-3-2000, P, DJ de 18-5-2001.]
E As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão ser constituídas sob
qualquer forma empresarial admitida em direito, ressalvando-se, em relação às empresas
públicas, a obrigatoriedade de que o capital social seja exclusivamente público. As empresas públicas
admitem qualquer forma de sociedade empresarial, e podem até ter forma jurídica sui generis e capital integralmente público
(pessoas integrantes da administração pública); as sociedades de economia mista só admitem a forma de sociedade anônima (art.
5 da Lei 13.303/2016) e devem ter capital público e privado
QUESTÃO 89 José, servidor público do estado do Ceará, por preencher os requisitos legais,
requereu a concessão de sua aposentadoria por tempo de serviço, o que foi deferido pelo
respectivo órgão público no qual era lotado. Após mais de cinco anos do ato concessivo, o
Tribunal de Contas do Estado do Ceará julgou ilegal aquele ato, em procedimento no qual José
não havia sido intimado a se manifestar. Considerando o entendimento do STF acerca do ato
concessivo de aposentadoria, o tribunal de contas estadual, na situação hipotética
apresentada, agiu
A corretamente, pois se trata de ato administrativo complexo, o qual somente se aperfeiçoa
pelo exame de legalidade do tribunal de contas, não havendo necessidade, portanto, de prévia
intimação de José.
B incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato administrativo complexo, transcorrido o
prazo decadencial de cinco anos sem a apreciação da legalidade do ato pelo tribunal de contas,
eventual ilegalidade existente deveria ser convalidada.
C incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato administrativo complexo, transcorrido
lapso temporal superior a cinco anos, em nome da segurança jurídica, deveria José ter sido
previamente intimado a se manifestar. 89=C Súmula vinculante 3 com Nos termos dos precedentes firmados
pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/1999 no período compreendido
entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro
pelo TCU – que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF). A
recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla
defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para
registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da confiança
– face subjetiva do princípio da segurança jurídica. (...) Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente
julgado, o prazo de cinco anos deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de
aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas. [MS 24.781, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 2-
3-2011, P, DJE de 9-6-2011.]; = MS 27.699 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 21-8-2012, 1ª T, DJE de 4-9-2012; = MS
26.053 ED-segundos, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 14-4-2011, P, DJE de 23-5-2011; Vide MS 27.746 ED, rel.
min. Dias Toffoli, j. 12-6-2012, 1ª T, DJE de 6-9-2012; Vide MS 26.560, rel. min. Cezar Peluso, j. 17-12-2007,
P, DJE de 22-2-2008
Ato do TCU. (...) Negativa de registro a aposentadoria. (...) A inércia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a
contar da aposentadoria, consolidou afirmativamente a expectativa do ex-servidor quanto ao recebimento de verba de
caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz intimamente com: o princípio da segurança jurídica, projeção objetiva do
princípio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado de Direito; a lealdade, um dos conteúdos
do princípio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). São de se reconhecer, portanto, certas
situações jurídicas subjetivas ante o poder público, mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer
das instâncias administrativas desse poder, como se dá com o ato formal de aposentadoria. A manifestação do órgão
constitucional de controle externo há de se formalizar em tempo que não desborde das pautas elementares da
razoabilidade. Todo o direito positivo é permeado por essa preocupação com o tempo enquanto figura jurídica, para
que sua prolongada passagem em aberto não opere como fator de séria instabilidade intersubjetiva ou mesmo
intergrupal. A própria CF/1988 dá conta de institutos que têm no perfazimento de um certo lapso temporal a sua própria
razão de ser. Pelo que existe uma espécie de tempo constitucional médio que resume em si, objetivamente, o
desejado critério da razoabilidade. Tempo que é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts. 183 e 191 da CF; bem
como art. 19 do ADCT). O prazo de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o
exame de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Transcorrido in albis o interregno
quinquenal, a contar da aposentadoria, é de se convocar os particulares para participarem do processo de seu
interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inciso LV do art. 5º). [ MS
25.116, rel. min. Ayres Britto, j. 8-9-2010, P, DJE de 10-2-2011.]; = MS 26.053, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 18-11-
2010, P, DJE de 23-2-2011
Uma vez aperfeiçoado o ato complexo alusivo à aposentadoria, com a homologação pelo Tribunal de Contas, a
modificação dos proventos não prescinde da observação do devido processo legal, presente a medula deste último, ou
seja, o contraditório. [RE 285.495, rel. min. Marco Aurélio, j. 2-10-2007, 1ª T, DJ de 30-11-2007.]
O ato de aposentadoria configura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o
Tribunal de Contas. Submetido à condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final
da administração. [MS 24.997, MS 25.015, MS 25.036, MS 25.037, MS 25.090 e MS 25.095, rel. min. Eros Grau, j. 2-2-
2005, P, DJ de 1º-4-2005.]
Vide MS 24.781, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 2-3-2011, P, DJE de 9-6-2011
D incorretamente, pois se trata de ato administrativo simples e, salvo comprovação de má-fé,
o prazo decadencial de cinco anos para anulação de eventual ilegalidade existente já havia se
operado.
E corretamente, pois se trata de ato administrativo simples e a autotutela administrativa
autoriza o tribunal de contas a apreciar a legalidade do ato concessivo de aposentadoria a
qualquer tempo.
QUESTÃO 90 Com relação aos princípios que regem os processos administrativos, assinale a
opção correta.
A exclusivo e pode dar ensejo a indenização de natureza jurídica de direito real em favor do
proprietário, ainda que não seja demonstrada a efetiva redução do valor econômico do bem
em função da referida limitação.
C geral, mas que pode dar ensejo a indenização em favor do proprietário na hipótese de a
limitação causar redução do valor econômico do bem, independentemente do momento em
que tenha sido instituída a restrição.
D exclusivo e pode dar ensejo a indenização de natureza jurídica de direito real em favor do
proprietário, desde que a aquisição do bem tenha ocorrido anteriormente à instituição da
restrição.
E geral, mas que pode dar ensejo a indenização de natureza jurídica de direito pessoal, se a
limitação causar redução do valor econômico do bem e a sua aquisição tiver ocorrido
anteriormente à instituição da restrição. 92=E STJ AgRg no REsp 1192971/SP DJe 03/09/2010
B De acordo com o STF, é condição para a imissão provisória da posse de imóvel objeto de
desapropriação por utilidade pública o pagamento prévio e integral da indenização. Subsiste, no
regime da CF de 1988 (art. 5º, XXIV), a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal sob a égide das Cartas
anteriores, ao assentar que só a perda da propriedade, no final da ação de desapropriação – e não a imissão provisória
na posse do imóvel – está compreendida na garantia da justa e prévia indenização.RE 195.586, rel. min. Octavio
Gallotti, j. 12-3-1996, 1ª T, DJ de 26-4-1996.] ; = RE 141.795, rel. min. Ilmar Galvão, j. 4-8-1995, 1ª T, DJ de 29-9-1995
C Declarada a utilidade pública do bem objeto de decreto expropriatório, o poder público deve
atender ao prazo de cinco anos para efetivar a desapropriação, o que pode ocorrer mediante
acordo ou por via judicial, sob pena de caducidade. 93=C Art. 10 do Decreto-Lei 3.365/1941
E Na desapropriação indireta, sobre o valor da indenização a ser paga devem incidir juros
compensatórios pela perda antecipada da posse do imóvel, salvo em se tratando de
propriedade improdutiva. Na desapropriação direta, Súmula 69 do STJ na indireta é a partir da
efetiva ocupação do imóvel.
A São requisitos para a responsabilização civil objetiva do Estado a prática de conduta estatal
ilícita, dano e nexo de causalidade entre a conduta e o dano, não sendo admitida a
responsabilização decorrente de comportamento lícito estatal, salvo com base em previsão
legal. Estes são requisitos para responsabilização subjetiva, não compatível com CF/88 art. 37 § 6 0 CF/88
A responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo,
tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco integral. A
omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o poder
público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. É dever do Estado e
direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais
do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (CF, art. 5º, XLIX). O dever constitucional de
proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus
direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma
do art. 37, § 6º, da CF/1988. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que, nos casos em que não é possível ao Estado
agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de
causalidade, afastando-se a responsabilidade do poder público, sob pena de adotar-se contra legeme a opinio
doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias
causas, como, v.g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado
evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em
que o poder público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade
da sua omissão com o resultado danoso. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de
inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é responsável pela morte
do detento. In casu, o Tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do suicídio do detento, nem outra causa
capaz de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva
de responsabilidade civil estatal. [RE 841.526, rel. min. Luiz Fux, j. 30-3-2016, P, DJE de 1º-8-2016, Tema 592.]
AgInt REsp 1372775/SC Relator Ministra Regina Helena Costa. T1 Primeira Turma. DJe 07/12/2018.O Superior Tribunal de Justiça
tem reiteradamente afirmado a independência entre as instâncias administrativa, civil e penal, salvo se verificada absolvição
criminal por inexistência do fato ou negativa de autoria, razão pela qual o Poder Judiciário, no exame da aplicação da Lei
de Improbidade Administrativa,não está vinculado às conclusões dos Tribunais de Contas. V - Esta Corte tem entendimento
consolidado segundo o qual não há ofensa ao princípio da congruência em razão de decisão judicial que enquadra os atos
de improbidade em dispositivo diverso do indicado na inicial, ao analisar os fatos nela descritos. Também não há irregularidade na
determinação de ressarcimento ao erário, consequência da condenação pelo art. 10 da Lei n. 8.429/92, pois esta Corte não
entende a recomposição patrimonial, em improbidade administrativa, como sanção propriamente dita.]
REsp 1602794/TO Relator Ministro Herman Benjamin T2 Segunda Turma DJe 30/06/2017[...A aplicação das sanções previstas na
Lei de Improbidade, quando comprovada a conduta ilícita, independe da aprovação ou rejeição das contas do agente público, pelo
órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Assim, não há qualquer vinculação entre a decisão proferida
pelo Tribunal de Contas da União e o ajuizamento de ação de improbidade perante o Poder Judiciário. Precedentes: AgRg no REsp
1407540/SE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 19/12/2014; REsp 1504007/PI, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 01/06/2016. PRESENÇA DO ELEMENTO SUBJETIVO 9. O entendimento do STJ é que, para que seja
reconhecida a tipificação da conduta do réu como incurso nas prescrições da Lei de Improbidade Administrativa, é necessária a
demonstração do elemento subjetivo, consubstanciado pelo dolo para os tipos previstos nos artigos 9º e 11 e, ao menos, pela
culpa, nas hipóteses do artigo 10. 10. É pacífico nesta Corte que o ato de improbidade administrativa previsto no art. 11 da Lei
8.429/1992 exige a demonstração de dolo, o qual, contudo, não precisa ser específico, sendo suficiente o dolo genérico. 11. Assim,
para a correta fundamentação da condenação porimprobidade administrativa, é imprescindível, além da subsunção do fato à
norma, caracterizar a presença do elemento subjetivo. A razão para tanto é que a Lei de Improbidade Administrativa não visa
punir o inábil, mas sim o desonesto, o corrupto, aquele desprovido de lealdade e boa-fé. 12. Precedentes: AgRg no REsp
1.500.812/SE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 28/5/2015; REsp 1.512.047/PE, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe 30/6/2015; AgRg no REsp 1.397.590/CE, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
5/3/2015; e AgRg no AREsp 532.421/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 28/8/2014...]
QUESTÃO 92 Uma empresa contratada pela administração pública não entregou bens em
conformidade com o projeto básico, razão pela qual, após o regular processo administrativo, a
contratante rescindiu unilateralmente o contrato e aplicou uma multa à citada empresa. Nessa
situação hipotética,
A a multa deverá ser descontada, preferencialmente, dos pagamentos eventualmente ainda
devidos pela administração pública. Da garantia do respectivo contratado, § 20 do art. 86 da Lei
8.666/1993
B a multa deverá ser descontada, primordialmente, da garantia do respectivo contrato. 92=B §
20 do art. 86 da Lei 8.666/1993
C a administração agiu equivocadamente, pois multa e rescisão unilateral são inacumuláveis
quando motivadas pelo mesmo fato. Não agiu. Art. 77 Lei 8.666/1993
D a administração pública, em regra, não estará autorizada a reter unilateralmente
pagamentos devidos à empresa para compensar os prejuízos sofridos. Está autorizada, art. 79 I
+ art. 78 I e II da Lei 8.666/1993
E excepcionalmente, caso a multa aplicada seja superior ao saldo a pagar à contratada, a
administração pública poderá reter o pagamento até a quitação da multa. Poderá descontat
dos pagamento eventualmente devidos pela administração. § 30 do art. 86 da Lei 8.666/1993
I O Estado é responsável pela morte de detento causada por disparo de arma de fogo portada
por visitante do presídio, salvo se comprovada a realização regular de revista no público
externo. I=Errado
A responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo,
tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco integral. A
omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o poder
público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. É dever do Estado e
direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais
do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (CF, art. 5º, XLIX). O dever constitucional de
proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus
direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma
do art. 37, § 6º, da CF/1988. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é possível ao Estado
agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de
causalidade, afastando-se a responsabilidade do poder público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio
doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias
causas, como, v.g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado
evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em
que o poder público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade
da sua omissão com o resultado danoso. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de
inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é responsável pela morte
do detento. In casu, o Tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do suicídio do detento, nem outra causa
capaz de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva
de responsabilidade civil estatal. [RE 841.526, rel min. Luiz Fux, j. 30-3-2016, P, DJE de 1º-8-2016, Tema 592.]
É inviável reclamação com fundamento em afronta ao julgado da ADC 16. Com base nesse entendimento, a Primeira
Turma, por maioria, negou provimento a agravo regimental em reclamação. No caso, a agravante, empresa pública,
havia sido condenada ao pagamento de verbas trabalhistas inadimplidas por empresa contratada na condição de
tomadora de serviços. Argumentou violada a autoridade da decisão proferida pelo STF na ADC 16 ( DJE de 8-9-2011),
que entendeu constitucional o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações). A Turma pontuou que a tese firmada
na ADC 16, no que toca à sua eficácia vinculante, foi plenamente substituída com o julgamento do RE 760.931 (DJE de
11-9-2017), que, ao apreciar o (Tema 246) da repercussão geral, firmou entendimento de que o inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao poder público contratante a
responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei
8.666/1993. Desse modo, assentou inviável reclamação com fundamento nesse julgado, e que eventual má aplicação
dessa nova tese acerca da responsabilidade subsidiária da administração pública pelos débitos trabalhistas de contrato
deve ser impugnada, inicialmente, por meio de recursos, nos termos do art. 988, § 5º, II, do CPC. [ Rcl 28.623 AgR, rel.
min. Roberto Barroso, j. 12-12-2017, 1ª T, Informativo 888.]
O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao poder
público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art.
71, § 1º, da Lei 8.666/1993.
[RE 760.931, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 26-4-2017, P, DJE de 12-9-2017, Tema 246.]
Vide Rcl 28.623 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 12-12-2017, 1ª T, Informativo 888
Vide Rcl 12.580 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 21-2-2013, P, DJE de 13-3-2013
Vide ADC 16, rel. min. Cezar Peluso, j. 24-11-2010, P, DJE de 9-9-2011
A pode ocorrer no âmbito da administração pública indireta e visa à prestação de serviço uti
singuli, aplicando-se ao contrato, subsidiariamente, as regras da Lei de Franquia Empresarial.
97=A
B é uma nova forma de parceria entre a administração pública e as entidades do terceiro setor.
É uma forma de contrato empresarial onde um empresário (franquador) concede a outro empresário (franqueado) o direito de
uso de marca ou serviços
C é uma nova forma de ajuste de prestação de serviço público de competência concorrente
entre os entes federados, com a observância de normas gerais estabelecidas de comum
acordo. Direito Público (Código Civil, Lei8.966/1994 e 8.666/1993 – Contrato de direito privado com derrogações para direito
público.
D pode ocorrer no âmbito da administração pública direta e visa à prestação de serviço público
uti universi, aplicando-se ao contrato as regras da Lei de Franquia Empresarial. As regras de direito
Público, por exemplo a lei 8.666/1993 Licitações, Código Civil e lei das Franquia para elaborar o contrato, que é de direito privado.
E é tipicamente empresarial e, assim, não se concilia com as finalidades da administração
pública nem com as da administração indireta que explore atividade econômica. Há as
Franquias postais, Lei 11.668/2008
A Lei 12.529/2011 (Lei de Defesa da Concorrência – LDC) instituiu no Brasil o controle prévio de atos de concentração econômica
(artigo 88, §2o , da LDC). Esses atos de concentração econômica foram definidos no artigo 90 da LDC como operações nas quais: (i)
duas ou mais empresas anteriormente independentes se fundem; (ii) uma ou mais empresas adquirem, direta ou indiretamente,
por compra ou permuta de ações, quotas, títulos ou valores mobiliários conversíveis em ações, ou ativos, tangíveis ou intangíveis,
por via contratual ou por qualquer outro meio ou forma, o controle ou partes de uma ou outras empresas; (iii) uma ou mais
empresas incorporam outra ou outras empresas; ou (iv) duas ou mais empresas celebram contrato associativo, consórcio ou joint
venture. Por sua vez, a consumação de atos de concentração econômica antes da decisão final da autoridade antitruste (prática
também conhecida como gun jumping pela literatura e jurisprudência estrangeiras) é vedada pelo artigo 88, §3º da LDC. Esse
dispositivo obriga as partes a absterem-se de concluir o ato de concentração antes de finalizada a análise prévia do Cade, sob pena
de possível declaração de nulidade da operação, imposição de multa pecuniária em valores que variam entre R$ 60.000,00 e R$
60.000.000,00 – a depender da condição econômica dos envolvidos, dolo, má-fé e do potencial anticompetitivo da operação,
entre outros – e a possibilidade de abertura de processo administrativo contra as partes envolvidas. Assim, devem ser preservadas
até a decisão final da operação as condições de concorrência entre as empresas envolvidas (artigo 88, §4º da LDC).
B de uso especial, tacitamente afetado. 54=B, uso especial=execução dos serviços administrativos e públicos em
geral: edifícios, terrenos destinados a execução dos serviços públicos. Art. 99 II CC
C de uso comum do povo, tacitamente afetado.
D de uso especial, expressamente desafetado.
E de uso comum do povo, expressamente desafetado. Uso comum do povo= destinação de uso geral: rios,
mares, estradas, ruas, praças art. 99 I CC
QUESTÃO 55 O chefe do Poder Executivo estadual baixou resolução pela qual declarou ser de
utilidade pública para fins de desapropriação determinado imóvel particular, situado no
território do respectivo ente federado. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo
foi eivado de vício quanto
A à forma. 55=A Chefe do Executivo baixa decreto expropriatório. Decretos e regulamentos são privativos do Chefe do
Poder Executivo. Resolução são atos normativos inferiores aos decretos e regulamentos, expedidos por Ministros de Estado,
presidentes de Tribunais e casa legislativas e órgãos colegiados versando sobre materiais de interesse interno dos órgãos.
B à finalidade.
C ao objeto.
D ao motivo.
E à competência.
QUESTÃO 56 Julgue os seguintes itens, acerca de ação civil pública, ação popular, habeas
corpus e mandado de injunção.
I O STJ firmou entendimento de que, em ação civil pública promovida pelo Ministério Público,
o adiantamento dos honorários periciais ficará a cargo da Fazenda Pública a qual está
vinculado o parquet. I=Certo. Recurso Repetitivo. REsp 1253844/SC Relator Ministro Mauro Campbelll Marques S1
primeira seção DJe 17/10/2013.
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DEHONORÁRIOS PERICIAIS. NÃO CABIMENTO.
INCIDÊNCIA PLENA DO ART. 18 DA LEI N. 7.347/85. ENCARGO TRANSFERIDO À FAZENDA PÚBLICA. APLICAÇÃO DA SÚMULA
232/STJ, POR ANALOGIA. 1. Trata-se de recurso especial em que se discute a necessidade deadiantamento, pelo Ministério
Público, de honorários devidos a perito em Ação Civil Pública. 2. O art. 18 da Lei n. 7.347/85, ao contrário do que afirma o art. 19
do CPC/1973, explica que na ação civil pública não haverá qualquer adiantamento de despesas, tratando como regra geral o que o
CPC cuida como exceção. Constitui regramento próprio, que impede que o autor da ação civil pública arque com os
ônus periciais e sucumbenciais, ficando afastada, portanto, as regras específicas do Código de Processo Civil. 3. Não é possível se
exigir do Ministério Público o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas.Ocorre que a referida isenção
conferida ao Ministério Público em relação ao adiantamentodos honorários periciais não pode obrigar que o perito exerça seu
ofício gratuitamente, tampouco transferir ao réu o encargo de financiar ações contra ele movidas. Dessa forma, considera-se
aplicável, por analogia, a Súmula n. 232 desta Corte Superior ("A FazendaPública, quando parte no processo, fica sujeita à
exigência do depósito prévio dos honorários do perito"), a determinar que a Fazenda Pública ao qual se acha vinculado o Parquet
arque com tais despesas. Precedentes: EREsp 981949/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
24/02/2010, DJe 15/08/2011; REsp 1188803/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/05/2010, DJe
21/05/2010; AgRg no REsp 1083170/MA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/04/2010,
DJe 29/04/2010; REsp 928397/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/09/2007, DJ 25/09/2007 p. 225;
REsp 846.529/MS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/04/2007, DJ 07/05/2007, p. 288. 4.
Recurso especial parcialmente provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 8/08.
II O Ministério Público poderá interpor recurso contra sentença proferida que julgou
improcedente o pedido do autor da ação popular. II=Certo, § 20 do art. 19 da Lei Ação Popular Lei
4.717/1965
III O STJ fixou entendimento de que a ausência de parecer escrito do parquet em sede de
habeas corpus gera automática nulidade do julgamento. III=Errado. A ausência de parecer
escrito do parquet em sede de habeas corpus não gera a automática nulidade do julgamento, cabendo ao interessado, ao
contrário, comprovar o efetivo prejuízo, notadamente porque a manifestação ministerial tem caráter opinativo e sua abordagem
temática não gera necessário exame do colegiado" (HC n. 333.562/SP, Sexta Turma, Relª. Minª. Maria Thereza de Assis Moura, DJe
de 11/12/2015)
IV O mandado de injunção pode ser individual ou coletivo, podendo, nesse último caso, ser
promovido pelo Ministério Público. IV=Certo, art. 12 I da Lei 13.300/2016
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C III e IV.
D I, II e IV. 56=D
E II, III e IV.
QUESTÃO 58 De acordo com o STF, a competência das agências reguladoras para editar atos
normativos que visem à organização e à fiscalização das atividades por elas reguladas
representa o exercício de seu poder administrativo
A discricionário, que depende da conveniência e da oportunidade.
B de polícia, na sua função normativa, estando subordinado ao disposto na lei. 58=B
Informativo 889 de fevereiro de 2018. ADI 4874/DF Ministro Relator Rosa Weber. O Plenário registrou que o advento das
agências reguladoras setoriais representa inegável aperfeiçoamento da arquitetura institucional do Estado de Direito
contemporâneo no sentido do oferecimento de uma resposta da Administração Pública para fazer frente à complexidade das
relações sociais verificadas na modernidade. A exigência de agilidade e flexibilidade cada vez maiores do Estado diante das
ininterruptas demandas econômicas e sociais que lhe são direcionadas levou à emergência de estruturas administrativas
relativamente autônomas e independentes — as chamadas agências — dotadas de mecanismos aptos e eficazes para a regulação
de setores específicos, o que inclui a competência para editar atos qualificados como normativos. Nesse contexto, o escopo do
modelo regulatório adotado no Brasil não se reduz à regulação concorrencial, não se limitando à correção das chamadas “falhas
de mercado”. Pelo contrário, incorpora também instrumentos necessários para o atingimento de objetivos gerais de interesse
público: regulação social, e não apenas econômica.
Especificamente em relação à ANVISA, é certo aduzir que suas funções regulatórias se destinam, em grande medida, à disciplina
de atividades exercidas em caráter eminentemente privado. Não adstrita à regulação concorrencial, tampouco à regulação de
serviços públicos, sobressaem, na vocação dessa agência os contornos de típico exercício do poder de polícia da Administração, no
caso, a sanitária.
O poder de polícia da administração, no entanto, manifesta-se tanto pela prática de atos específicos, de efeitos concretos, quanto
pela edição de atos normativos abstratos, de alcance generalizado. Não se mostra estranha ao poder geral de polícia da
Administração, portanto, a competência das agências reguladoras para editar atos normativos visando à organização e à
fiscalização das atividades por elas reguladas.
A função normativa das agências reguladoras, no entanto, notadamente quando atinge direitos e deveres dos administrados
ligados ao Estado tão somente por vínculo de sujeição geral, subordina-se necessariamente ao que disposto em lei. Assim, embora
dotadas de considerável autonomia, a medida da competência normativa em que são investidas as agências reguladoras será
aquela perfeitamente especificada nas leis pelas quais são criadas.
Entretanto, tais assertivas não implicam em reduzir a regulação setorial ao preenchimento de lacunas e muito menos à execução
mecânica da lei. Dotada de inquestionável relevância e responsabilidade, a função regulatória só é dignificada pelo
reconhecimento de que não é inferior nem exterior à legislação. Exerce-se, isto sim, em um espaço que se revela qualitativamente
diferente, pelo seu viés técnico, ainda que conformada pela ordem constitucional e legal vigentes.
C normativo, que é dotado de autonomia com relação às competências definidas em lei.
D regulamentar, visando à normatização de situações concretas voltadas à atividade regulada.
E disciplinar, objetivando a punição do administrado pela prática de atividade contrária ao
disposto no ato normativo.
C o STF fixou a tese de que são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na
prática de ato doloso ou culposo tipificado na lei de improbidade administrativa. RE 852475 julgado
em 08/08/2018. Decisão do plenário. Tese: “São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato
doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa”.
Com base nas disposições constitucionais relativas a cargos, empregos e funções públicas e nas
disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, julgue os
itens seguintes.
18 Os empregados de sociedade de economia mista que receba recursos da União, de estado,
do Distrito Federal ou de município para o pagamento de pessoal ou para custeio em geral
submetem-se ao teto remuneratório previsto na Constituição Federal de 1988. 18=Certo
19 Os cargos em comissão cujas atribuições sejam de direção, chefia e assessoramento são
ocupados exclusivamente por servidores efetivos. 19=Errado, são por servidores de carreira, as
funções de confiança que são por ocupantes de cargo efetivo, inciso V do art. 37 CF/88
20 Reintegração corresponde ao reingresso de servidor aposentado no serviço público, se
insubsistentes os motivos da aposentadoria ou se houver interesse e requisição da
administração, respeitada a opção do servidor. 20=Errado, ocorre quando invalidada sua demissão por
decisão judicial, art. 28; a reversão é o retorno do servidor aposentado, art. 25 ambos da Lei 8.112/1990
A equipe técnica de um órgão público elaborou o projeto básico de licitação para a construção
de uma ponte rodoviária. Nesse projeto, constavam as seguintes informações: C custo direto
total da obra = R$ 2 milhões; C custo final da obra = R$ 2,5 milhões. Quando do lançamento do
edital da licitação, o projeto executivo ainda não estava pronto, e a planilha de orçamento da
obra não continha a anotação de responsabilidade técnica (ART) do orçamentista.
Considerando esse caso hipotético, julgue os próximos itens, com base nas normativas
concernentes a construções.
62 O edital de licitação pode ser lançado porque o projeto executivo poderá ser finalizado
durante a execução da obra, desde que autorizado pela administração. 62=Errado, § 10 do art. 7
com 40 V da Lei 8.666/1993
63 A inexistência da ART do orçamentista é fator impeditivo ao lançamento do edital de
licitação. 63=Certo
Seis meses depois de emitida a ordem de serviço para a execução de uma obra pública, a
construtora pleiteou possível reajustamento no contrato. A fiscalização negou o requerimento
sob as seguintes alegações: pouco tempo de execução em andamento (seis meses); existência
de serviços atrasados em relação ao cronograma contratual; falta de notas fiscais e cotações
de preços que comprovem aumento nos preços de insumos. Com referência a essa situação,
julgue os itens seguintes.
77 É legalmente possível haver reajustamentos de contratos em obras com apenas seis meses
de execução. 77=Certo, art. 55 III da Lei 8.666/1993
78 A contratada tem o direito de receber as parcelas atrasadas com os devidos reajustes,
desde que recolha aos cofres públicos o valor das multas aplicadas por atrasos na execução de
serviços. 78=Errado,art. 40 inciso XIV “d” da Lei 8.666/1993 com art. 79 com 80 III Lei
8.666/1993
79 Para o reajuste pleiteado pela construtora, não se exige comprovação de aumento de
preços dos insumos da obra, portanto é descabida a exigência alegada pela fiscalização.
79=Certo, § 80 do art. 65 com art. 40 XI da Lei 8.666/1993
Durante uma reforma de um prédio público, a empresa contratada alegou à fiscalização que as
divisórias especificadas eram de 10 cm de espessura, mas, tanto no orçamento da empresa
quanto no de referência do projeto básico, o item prevê divisórias de 5 cm. Outro ponto
reclamado foi a ausência, na ficha de composição do orçamento de referência, de previsão
orçamentária para aquisição de fita crepe, que será empregada em grande quantidade na
pintura das paredes. Esses fatos levaram a empresa contratada a solicitar acréscimo de valor
no contrato. Tendo como referência essas informações, julgue os itens subsequentes, de
acordo com as normas vigentes.
80 A fiscalização deverá verificar se, no processo licitatório, houve questionamento acerca da
divergência na especificação das espessuras das divisórias por parte de algum licitante. Se tiver
havido questionamento e, mesmo assim, a comissão de licitação tiver decidido manter a
especificação sem alterar o orçamento, a contratada não fará jus ao aditivo pretendido.
80=Certo, art. 60 inciso XI “c” com § 20 do art. 40 com art. 78 I e II da Lei 8.666/1993
81 A fiscalização deverá aceitar acréscimo de valor oriundo da falta de fita crepe na
composição de custos, uma vez que esse item não havia constado da ficha de composição.
81=Errado, § 2 II do art. 70 da Lei 8.666/1993
Procuradoria Geral do Estado do Pernambuco. Prova objetiva Aplicação 07/04/2019.
Conhecimentos Especifico para os cargo 5. Cargo 5: Analista Judiciário de Procuradoria
À luz das normas pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos
administrativos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na
propriedade, julgue os itens seguintes.
56 A ocorrência da decadência gera a extinção de direito, o que, contudo, não impede a
administração pública de se manifestar a tempo e modo em processo administrativo.
56=Errado, a aplicação do princípio da segurança jurídica e da boa fé está na base das normas sobre prescrição e decadência,
que fixa prazo para a Administração rever os próprios atos (art. 54 da lei 9.784/1999)
57 Somente bens imóveis de valor histórico e cultural brasileiro são passíveis de tombamento,
sendo essa modalidade de intervenção restritiva ao uso da propriedade. 57=Errado, art. 216 § 10
da CF/88 visa proteger o patrimônio cultural brasileiro como uma restrição parcial do bem o proprietário não perde o bem
completamente.
58 Encampação é a denominação dada à rescisão unilateral de uma concessão pública antes
do prazo inicialmente estabelecido entre as partes e equivale à retomada da execução do
serviço pelo poder concedente. 58=Certo, art. 35 II com art. 37 da Lei 8.987/1995
59 O recebimento de vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba
pública de qualquer natureza constitui ato de improbidade administrativa que importa
prejuízo ao erário. 59=Errado, art. 90 inciso IX da Lei 8.429/1992 importa enriquecimento ilícito.
60 De acordo com o Decreto n.º 6.170/2007, é vedada a celebração de convênios e contratos
de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos que não comprovem ter desenvolvido,
durante os últimos três anos, atividades referentes à matéria objeto do convênio ou do
contrato de repasse. 60=Certo, art. 20 IV da Lei 6.170/2007
61 Conforme o Decreto n.º 7.892/2013, a vigência dos contratos decorrentes do sistema de
registro de preços não poderá ser superior a doze meses. 61=Errado, o prazo de validade da ata de
registro de preços não será superior a 12 meses a vigência dos contratos será definida nos instrumentos convocatórios, § 2 0 do art.
12 decreto 7.892/2013
Procuradoria Geral do Estado do Pernambuco. Prova objetiva Cargo 6: Assistente de
Procuradoria. Aplicação 07/04/2019. Conhecimentos Básicos para os cargos de analista
administrativo de procuradoria.
A respeito da organização administrativa da administração pública, julgue os itens a seguir.
15 Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções
administrativas entre pessoas jurídicas autônomas. 15=Errado, entre a mesma pessoa administrativa.
16 A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a
administração indireta reflete uma administração descentralizada. 16=Certo
“Visando afastar eventuais arbitrariedades, a doutrina e a jurisprudência pátrias já repudiavam a condenação baseada
exclusivamente em elementos de prova colhidos no inquérito policial. 3. Tal vedação foi abarcada pelo legislador ordinário com a
alteração da redação do artigo 155 do Código de Processo Penal, por meio da Lei n. 11.690/2008, o qual prevê a proibição da
condenação fundada exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. 4. Constatado que o Tribunal de
origem utilizou-se unicamente de elementos informativos colhidos no inquérito policial para embasar o édito condenatório em
desfavor da paciente, imperioso o reconhecimento da ofensa à garantia constitucional ao devido processo legal. (STJ, Quinta
Turma, HC 200802252070, rel. Min. Jorge Mussi, 14/02/2011)”
DIREITO ADMINISTRATIVO. REQUISITOS PARA A REJEIÇÃO SUMÁRIA DE AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (ART. 17, § 8º,
DA LEI 8.429/1992).
Após o oferecimento de defesa prévia prevista no § 7º do art. 17 da Lei 8.429/1992 - que ocorre antes do recebimento da petição
inicial -, somente é possível a pronta rejeição da pretensão deduzida na ação de improbidade administrativa se houver prova hábil
a evidenciar, de plano, a inexistência de ato de improbidade, a improcedência da ação ou a inadequação da via eleita. Isso porque,
nesse momento processual das ações de improbidade administrativa, prevalece o princípio in dubio pro societate. Esclareça-se
que uma coisa é proclamar a ausência de provas ou indícios da materialização do ato ímprobo; outra, bem diferente, é afirmar a
presença de provas cabais e irretorquíveis, capazes de arredar, prontamente, a tese da ocorrência do ato ímprobo. Presente essa
última hipótese, aí sim, deve a ação ser rejeitada de plano, como preceitua o referido § 8º da Lei 8.429/1992. Entretanto, se
houver presente aquele primeiro contexto (ausência ou insuficiência de provas do ato ímprobo), o encaminhamento judicial
deverá operar em favor do prosseguimento da demanda, exatamente para se oportunizar a ampla produção de provas, tão
necessárias ao pleno e efetivo convencimento do julgador. Com efeito, somente após a regular instrução processual é que se
poderá concluir pela existência de: (I) eventual dano ou prejuízo a ser reparado e a delimitação do respectivo montante; (II)
efetiva lesão a princípios da Administração Pública; (III) elemento subjetivo apto a caracterizar o suposto ato ímprobo. REsp
1.192.758-MG, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 4/9/2014.
Informativo 0528 de maio de 2013 “Deve ser recebida a petição inicial de ação de improbidade no caso em que existam indícios da
prática de ato ímprobo por prefeito que, no contexto de campanha de estímulo ao pagamento do IPTU, fizera constar seu nome,
juntamente com informações que colocavam o município entre outros que detinham bons índices de qualidade de vida, tanto na
contracapa do carnê de pagamento do tributo quanto em outros meios de comunicação. Tal conduta, em princípio, pode
configurar indevida prática de promoção pessoal mediante a utilização de informes publicitários oficiais, subsumindo-se, dessarte,
a hipótese de ato de improbidade administrativa prevista na Lei n. 8.429/1992. Nesse contexto, havendo indícios da prática de ato
de improbidade, é prematura a extinção do processo com julgamento de mérito, tendo em vista que, na fase inicial da ação, ainda
inexistem elementos suficientes para um juízo conclusivo acerca da demanda. Com efeito, de acordo com a jurisprudência do STJ,
existindo meros indícios de cometimento de atos enquadráveis na Lei n. 8.429/1992, a petição inicial há de ser recebida,
fundamentadamente, pois, na fase inicial prevista no art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, vale o princípio in dubio pro societate, a fim de
possibilitar o maior resguardo do interesse público. AgRg no REsp 1.317.127-ES, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
7/3/2013.”
À luz das disposições da Lei n.º 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue os itens a
seguir.
15 A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade de
tomada de preço, estando a abertura do processo licitatório condicionada a autorização da
autoridade competente, fundamentada em estudo técnico. 15=Errado, concorrência, art. 10
da Lei 11.079/2004
16 É dispensável a realização de licitação para celebração de contratos de parceria público-
privada. 16=Errado, não é, art. 10 da lei 11.079/2004