Você está na página 1de 111

1ª Fase do 36º Exame - Maratona Intensiva - Gabaritando as principais disciplinas!

DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFESSOR GUSTAVO BRÍGIDO
01. (FGV 2021 TCE AM) A Lei nº 11.079/2004 prevê que parceria público-
privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada
ou administrativa. De acordo com a mencionada lei, é vedada a celebração de
contrato de parceria público-privada:
(A) cujo valor do contrato seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
reais);
(B) cujo valor do contrato seja inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
(C) cujo período de prestação do serviço seja inferior a 10 (dez) anos;
(D) que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Gabarito: D
LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de
que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra
ou fornecimento e instalação de bens.
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a
concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao
parceiro privado.
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
reais); (Redação dada pela Lei nº 13.529, de 2017)
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação
na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, estando a abertura do
processo licitatório condicionada a: (Redação dada pela Lei nº 14.133, de
2021)
02. (FGV 2021 TCE AM) No ano de 2020, o Município Alfa no Estado do
Amazonas contratou, sem prévia licitação, sociedade empresária de notória
especialização para prestação de serviços técnicos de assessoria e consultoria
técnica e auditoria financeira, de natureza singular. O corpo instrutivo do
Tribunal de Contas do Estado verificou que a contratação realizada teve valor
total de duzentos mil reais e atendeu ao princípio da economicidade. No caso
em tela, de acordo com a Lei nº 8.666/1993, em tese, a contratação é:
(A) legal, caso tenha sido realizada com dispensa de licitação, por expressa
previsão legal;
(B) legal, caso tenha sido realizada com inexigibilidade de licitação, por
expressa previsão legal;
(C) ilegal, pois deveria ter sido precedida de licitação, na modalidade
concorrência, pelo valor estimado do contrato;
(D) ilegal, pois deveria ter sido precedida de licitação, na modalidade convite,
pelo valor estimado do contrato.
Gabarito: B
8.666/1993 14.133/2021
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos
em especial: casos de:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser ou representante comercial exclusivos;
feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local
em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de
Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória natureza predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação; divulgação:

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada
crítica especializada ou pela opinião pública. ou pela opinião pública;

IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de


credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de
instalações e de localização tornem necessária sua escolha. (24,X, 8666)
03. (FGV 2021 TCE AM) O Estado do Amazonas foi condenado a indenizar a contribuinte
Maria, que sofreu danos materiais decorrentes de ato ilícito praticado, no exercício da
função, pelo Auditor Fiscal de tributos estaduais Antônio. A Procuradoria Geral do Estado
pretende ingressar com ação de regresso em face do Auditor Antônio, visando ao
ressarcimento do prejuízo causado ao Estado. De acordo com o texto constitucional e com a
doutrina de Direito Administrativo, a ação indenizatória ajuizada por Maria contra o Estado
está lastreada na responsabilidade civil:
(A) objetiva, assim como a ação regressiva do Estado contra o Auditor Antônio, não havendo
que se perquirir acerca do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm os
mesmos fatos como causa de pedir;
(B) subjetiva, assim como a ação regressiva do Estado contra o Auditor Antônio, havendo
que se comprovar a existência do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm
os mesmos fatos como causa de pedir;
(C) subjetiva do ente público, em que há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa do
Auditor Antônio, mas é inviável a ação de regresso do Estado contra o agente público, pois
agiu no exercício das funções, exceto se tiver cometido algum crime;
(D) objetiva do ente público, em que não há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa
do Auditor Antônio, mas a ação de regresso do Estado contra o agente público está baseada
na responsabilidade civil subjetiva, sendo imprescindível a demonstração do elemento
subjetivo do agente.
Gabarito: D
Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos 14
09 2020
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de
crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracterizada a
responsabilidade civil objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição
Federal) quando for demonstrado o nexo causal entre o momento da fuga e o delito.
A decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 608880, com repercussão geral
(Tema 362), que servirá orientará a resolução de casos semelhantes sobrestados em
outras instâncias. O julgamento foi realizado na sessão virtual encerrada em 4/9.
Tese: “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado
por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.
04. (FGV 2021 TCE AM) O servidor público estadual do Amazonas João,
insatisfeito com a decisão do Diretor do Departamento de Recursos Humanos
que lhe negou um benefício a que entendia ter direito, ingressou com recurso
administrativo. O servidor Antônio, autoridade competente para julgamento
do recurso, não deu provimento ao recurso interposto por João, mas não
motivou seu ato, deixando de indicar os fatos e os fundamentos jurídicos de
sua decisão. Levando em consideração que, à luz das normas de regência e da
situação fática, João realmente não tinha direito subjetivo ao benefício
pleiteado, o ato administrativo de desprovimento do recurso praticado por
Antônio:
(A) está viciado, por ilegalidade no elemento motivo;
(B) está viciado, por ilegalidade no elemento forma;
(C) está viciado, por ilegalidade no elemento finalidade;
(D) não está viciado, pela teoria dos motivos determinantes.
Gabarito: B
Lei 9784/1999. Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
05. (FGV 2021 TCE AM) Em matéria de intervenção do Estado na propriedade, a
chamada desapropriação especial urbana se dá por interesse social para a política
urbana. A desapropriação especial urbana é de competência:
(A) concorrente dos estados, municípios e Distrito Federal, tem função sancionatória,
uma vez que recai sobre imóveis urbanos que desatendam a sua função social, e há
necessidade de pagamento de prévia e justa indenização;
(B) concorrente da União, estados, municípios e Distrito Federal, tem função
pedagógica, uma vez que recai sobre imóveis urbanos subutilizados, e há
necessidade de pagamento de ulterior e justa indenização;
(C) concorrente dos estados, municípios e Distrito Federal, tem função pedagógica,
uma vez que recai sobre imóveis urbanos subutilizados, e há necessidade de
pagamento de ulterior e justa indenização;
(D) exclusiva dos municípios que possuem plano diretor, tem função sancionatória,
uma vez que recai sobre imóveis urbanos que desatendam a sua função social, e a
indenização será feita com pagamento em títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal.
Gabarito: D
Desapropriação Tipo Indenização
Art. 5º. XXIV, CRFB/88 Necessidade ou Justa, prévia e em
utilidade dinheiro
pública/Interesse
Social
Art. 182, CRFB/88 Política Urbana Títulos da Dívida
Pública
Art. 184, CRFB/88 Reforma Agrária Títulos da Dívida
Agrária
Art. 243, CRFB/88 Expropriação Sem indenização
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
06. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Prova: FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível
Superior
Os policiais militares Antônio e João, do Estado Beta, no exercício da função e de forma
dolosa, receberam vantagem econômica direta, consistente em propina no valor de trinta
mil reais, para tolerar a prática de narcotráfico por determinada organização criminosa.
No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.429/92 (com alterações da Lei nº 14.230/21),
Antônio e João
A) não praticaram ato de improbidade administrativa, pois não houve efetivo prejuízo ao
erário estadual, mas respondem nas esferas disciplinar e criminal.
B) não praticaram ato de improbidade administrativa, até que sobrevenha decisão judicial
transitada em julgado em processo criminal reconhecendo a prática do delito.
C) praticaram ato de improbidade administrativa que viola princípios da administração
pública e estão sujeitos, entre outras, à sanção de cassação dos direitos políticos.
D) praticaram ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito e estão
sujeitos, entre outras, à sanção de suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos.
Gabarito: D
Suspensão dos direitos Multa Proibição de contratar/Receber
políticos benefícios

Enriquecimento Ilícito 8---10 3 x Acréscimo 10 anos

Lesão ao Erário 5---8 2 x Dano 5 anos

Atos contra os 3---5 100 x Remun 3 anos


Princípios da
Administração Pública
Enriquecimento Ilícito Até 14 anos Equival. Ao Até 14 anos
acréscimo

Lesão ao Erário Até 12 anos Equival. Ao Dano Até 12 anos

Atos contra os - Até 24 x Até 4 anos


Princípios da Remuneração
Administração Pública
SÚMULA VINCULANTE 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório;
Prazo para revisão de aposentadoria de servidor é de cinco anos da chegada do ato
de concessão à Corte de Contas 19 02 2020
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira
(19), decidiu que o prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos
tribunais de contas é de cinco anos, contados da data de chegada do ato de
concessão do direito ao respectivo tribunal de contas. Por maioria de votos, o
Supremo negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão
geral reconhecida.
O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais
de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada
do processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança
jurídica e da confiança legítima”.
SÚMULA VINCULANTE 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição.
Do Processo Disciplinar
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se
encontre investido.
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Súmula 591
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARÉ permitida a
prova emprestada no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla
defesa.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)

Súmula 592
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARO excesso de
prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade se
houver demonstração de prejuízo à defesa.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)
Súmula 611
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARDesde que
devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a
instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face
do poder-dever de autotutela imposto à Administração.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 09/05/2018, DJe 14/05/2018)
Súmula 635
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAROs prazos
prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se na data em que a
autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma
conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido -
sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após
decorridos 140 dias desde a interrupção.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/2019,
DJe 17/06/2019)
Súmula 641
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARA portaria de
instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada
dos fatos a serem apurados.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 18/02/2020,
DJe 19/02/2020)

Súmula 650
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARA autoridade
administrativa não dispõe de discricionariedade para aplicar ao servidor pena diversa
de demissão quando caraterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei n.
8.112/1990.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/2021, DJe 27/09/2021)
SÚMULA VINCULANTE 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
SÚMULA VINCULANTE 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário
mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
SÚMULA VINCULANTE 15
O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide
sobre o abono utilizado para se atingir o salário mínimo.
SÚMULA VINCULANTE 16
Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se
ao total da remuneração percebida pelo servidor público.
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em lei.
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento,
importância inferior ao salário-mínimo. (Revogado pela Medida
Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário
mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
SÚMULA VINCULANTE 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.
Lei 8429/1992. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa
que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade,
caracterizada por uma das seguintes condutas: (Redação dada pela Lei nº
14.230, de 2021)
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
SÚMULA VINCULANTE 37
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
SÚMULA VINCULANTE 41
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Conceito Custeio

Serviços singulares O poder público pode Facultativos: tarifa ou preço


mensurar o quanto cada público.
usuário utilizou. Compulsórios: taxa.

Serviços universais Não é possível mensurar o São custados pela receita


quanto cada usuário utilizou. decorrente do pagamento de
impostos.
SÚMULA VINCULANTE 43
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido.
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
SÚMULA VINCULANTE 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público.
SÚMULA VINCULANTE 55
O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Súmula 634
DIREITO ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAAo particular
aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de Improbidade
Administrativa para o agente público.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 12/06/2019, DJe 17/06/2019)
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8
(oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações
permanentes, do dia em que cessou a permanência. (Redação dada pela Lei
nº 14.230, de 2021)
Súmula 651
DIREITO ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Compete à
autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em
razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia
condenação, por autoridade judiciária, à perda da função pública.(PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 21/10/2021, DJe 25/10/2021)
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Súmula 624
DIREITO ADMINISTRATIVO - ANISTIA POLÍTICAÉ possível cumular a indenização do
dano moral com a reparação econômica da Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia
Política).(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)
Súmula 647
DIREITO ADMINISTRATIVO - ANISTIA POLÍTICASão imprescritíveis as ações
indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição
política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime
militar.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/03/2021, DJe 15/03/2021)
ATOS ADMINISTRATIVOS
Súmula 633
DIREITO ADMINISTRATIVO - PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIAA Lei n. 9.784/1999,
especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada,
de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e
específica que regule a matéria.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/2019,
DJe 17/06/2019)
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Súmula 615
DIREITO ADMINISTRATIVO - INSCRIÇÃO EM CADASTROS RESTRITIVOSNão
pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos
fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora,
são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente
cometidos.(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2018, DJe 14/05/2018)
Telegram: Gustavo Brigido
https://t.me/gustavobrigido
Instagram: Gustavo Brígido
https://www.instagram.com/gustavobrigido
Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos.
Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria. (Salmo 126)
" Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita: tu não serás
atingido. Salmos, 90/91

Você também pode gostar