Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A paciente fez acompanhamento no posto de saúde e nos prontos atendimentos, com a dor
sendo refrataria a todas as medidas conservadoras, incluindo fisioterapia e analgésicos.
Assim, a paciente procurou um serviço de urgência, onde foi avaliada apresentando uma
posição antálgica importante, com uma presença de uma lesão de 20 cm, que com a palpação
apresentava ser móvel, sem sinais de flogose e indolor a palpação. Ao exame físico
neurológico, a paciente estava com Glasgow 15, sem déficits motores e sensitivos, com a
presença de sinal de Laseg postivo e intenso, irradiando no território de inervação das raízes
de L5-S1 até a parte lateral da perna e pé.
Realizada tomografia da coluna, onde não se mostrou alterações dignas de nota, com coluna
de aspecto preservado, sem sinais de instabilidade na janela óssea. Nas partes moles, aspectos
sugestivos de uma possível hérnia de disco em L5-S1, achado adicional de um abaulamento
muscular do lado direito. Foi realizado uma ultrassonografia, no mesmo dia, com um achado
de lesão que infiltrava a musculatura paravertebral a direita, com o fluxo de doppler
aumentado.
Após isso, a paciente foi submetida a uma RNM onde comprovou a presença de uma hérnia de
disco póstero-lateral a direita com compressão da raiz descendente de S1, com perda de altura
e desidratação discal de S1-L5 associado a presença de modic tipo 2, justificando todo quadro
álgico, e a RNM da parte da musculatura mostrando uma lesão que infiltrava a musculatura
paravertebral a direita, sem infiltrar estruturas adjacentes, preservação dos feixes musculares
e septos, e mostrado intensa vascularização(principal hipótese hemangioma gigante). Devido a
síndrome hiperalgica, a paciente foi submetida a retirada da hérnia de disco e da lesão.
A paciente evoluiu com melhora completa da dor sem complicações, e devido a má postura
corporal gerada pela lesão para vertebral, gerou um processo de aceleração da doença
degenerativa da coluna, favorecendo o aparecimento da hérnia de disco da paciente.
Considerações finais: Por se tratar de um caso raro, esse tumor benigno possui bons
prognósticos, no entanto, uma vez não diagnosticado previamente pode, com o tempo, levar a
condições patológicas secundarias atípicas, como demonstra esse caso, como uma hérnia
discal, vindo a comprimir a raiz nervosa em L5-S1.
Uma evolução atípica de trauma raquimedular com fratura lombar do tipo C: relato de caso
Apresentação do caso: Paciente de 39 anos, com relato que a mesma havia sofrido um choque
elétrico seguido de uma queda de cerca de 5 metros de altura, deu entrada na emergência
com ECG 15, isocoria fotorreagente, com queixa de lombalgia intensa, paraplegia e anestesia
dos MMII, Frankel A. Foi submetida a uma tomografia computadorizada na região torácica e
abdominal, que revelou uma secção total com fratura a nível de L2-L3 com deslocamento total.
Desse modo, sendo destacada uma fratura do tipo C. A paciente encontrava-se estável
clinicamente e foi submetida a uma artrodese toraco-lombar via posterior, juntamente com
uma atrodose posterolateral com instrumentação a nível de T12- L1-L3-L4 com parafusos
perpendiculares nos referidos níveis e haste inoxidável, implantação de enxerto autólogo, e
também descompressão medular, devido a o trauma raquimedular importante, e logo após,
foi submetida a um tratamento de fistula liquórica. Após a cirurgia a paciente evoluiu bem,
devido à gravidade do caso, com preservação funcional dos esfíncteres, recebendo alta 7 dias
após a cirurgia.
Considerações finais: Acredita-se ser de fundamental importância evidenciar esse caso, devido
a evolução funcional atípica que essa paciente apresentou, pois, o mal prognostico acima
citado, em grande maioria, apresenta um desfecho funcional comprometedor abaixo do nível
medular descrito.