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ETE JOSÉ HUMBERTO DE MOURA CAVALCANTI

PRÉ-PROJETO
TEMA: MARÍLIA DE DIRCEU

LIMOEIRO
2023
ALUNOS: Edmilson Fragoso e Guilherme Portela

PROFESSOR (A) : Milena Mota

COMPONENTE CURRICULA: Língua Portuguesa e Literatura.

SÉRIE/TURMA: 1° DS-B.
Objetivos Gerais:

• os ideais e valores do Arcadismo: O Arcadismo foi uma corrente literária que surgiu
no século XVIII, valorizando a simplicidade, a natureza e a busca pela felicidade

• Elogiar a figura feminina: Marília, a protagonista do poema, é retratada como uma


mulher idealizada, virtuosa e amada pelo poeta.

• Criticar a sociedade e a política da época: Embora seja uma obra de amor, Marília de
Dirceu também possui uma dimensão política.

• Promover a poesia lírica e sentimental: Marília de Dirceu é um poema lírico, repleto de


emoções e sentimentos intensos.

• Estabelecer um diálogo com a tradição literária: Gonzaga faz referências a outros


autores clássicos, como Virgílio e Ovídio, estabelecendo um diálogo com a tradição
literária greco-latina.
Objetivos Principais:

• Expressar um amor idealizado: O poema busca retratar um amor idealizado entre


Marília e Dirceu. O objetivo principal é transmitir a intensidade, a pureza e a beleza
desse amor, elevando-o a um patamar sublime e transcendental.

• Celebrar a harmonia com a natureza e a simplicidade: A obra valoriza a conexão entre


o amor e a natureza, destacando a importância da simplicidade como elemento
fundamental para a experiência amorosa. O poeta utiliza imagens naturais, como flores,
rios e campos, para criar um ambiente idílico que reflete a intensidade dos sentimentos
dos amantes.

• Criticar a opressão social e política: Embora seja um poema de amor, "Marília de


Dirceu" também possui uma dimensão política. Gonzaga, que participou da
Inconfidência Mineira, utiliza a obra para expressar sua insatisfação com a opressão
política e social do período colonial brasileiro, criticando a tirania e defendendo a busca
pela liberdade.

• Valorizar a mulher e sua força inspiradora: O poema exalta a figura feminina,


representada por Marília, como um símbolo de virtude e encanto. Gonzaga ressalta suas
qualidades e beleza, retratando-a como uma musa inspiradora e modelo de feminilidade,
evidenciando seu poder de influenciar e despertar emoções.

• Contribuir para a consolidação da literatura brasileira: "Marília de Dirceu"


desempenhou um papel significativo na formação de uma identidade literária brasileira.
O poema é considerado um marco do Arcadismo no Brasil e contribuiu para a busca por
uma literatura nacional, com temáticas e linguagem próprias, fortalecendo a cultura
brasileira.
Introdução:

A introdução de "Marília de Dirceu", escrita por Tomás Antônio Gonzaga, apresenta o eu lírico
como narrador principal e estabelece o tom romântico e melancólico do poema. Gonzaga
descreve Marília como uma figura sublime e encantadora, enquanto aborda temas como a
transitoriedade da vida, a relação entre amor e natureza e a busca pela felicidade. Além disso,
o autor faz referências à tradição literária clássica, enriquecendo o poema. A introdução prepara
o leitor para uma história de amor intensa e emocional entre Marília e Dirceu.
Elementos Narrativos:

Personagens: Alceste (Cláudio Manuel da Costa), Alceu (Alvarenga Peixoto), Cupido (deus
do amor), Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga), Eulina, Laura, Marília (Maria Doroteia), Vênus,
entre outros.

Espaço: Vila Rica e Cárcere.

Narrador-personagem: O poema é narrado em primeira pessoa pelo eu lírico, que se identifica


como Dirceu. Ele descreve suas experiências, emoções e reflexões sobre seu amor por Marília,
conferindo uma perspectiva íntima e pessoal à narrativa.
Tempo: Em "Marília de Dirceu", o tempo não é especificamente definido ou quantificado em
termos de anos, meses ou dias. A obra não segue uma cronologia linear e não há uma indicação
precisa do período de tempo em que os eventos ocorrem.
O foco principal da obra é o retrato dos sentimentos do eu lírico em relação a Marília, sua
amada, ao longo das diferentes liras e poemas. O tempo na obra é mais psicológico do que
cronológico, pois o eu lírico narra suas experiências, emoções e reflexões sobre seu amor,
relembrando momentos passados e expressando sua saudade e desejo.
Enredo: "Marília de Dirceu" é uma coletânea de poemas que retrata o intenso amor do eu
lírico, Dirceu, por Marília. Apesar dos obstáculos e da separação, Dirceu expressa seus
sentimentos de paixão e saudade, buscando a união e exaltando a beleza de Marília. A obra é
marcada pela temática do amor idealizado, da natureza e da solidão do eu lírico.
Elementos descritivos: A obra contém uma rica descrição da natureza e dos ambientes em que
ocorrem os encontros e os momentos de contemplação dos amantes. Os detalhes descritivos,
como a beleza da paisagem, os elementos naturais e os cenários bucólicos, contribuem para
criar uma atmosfera romântica e poética.
Temas e motivações narrativas: "Marília de Dirceu" aborda temas universais, como o amor,
a fugacidade da vida, o tempo e a busca pela felicidade. Esses temas funcionam como
motivações narrativas, impulsionando a expressão dos sentimentos do eu lírico e a reflexão
sobre a efemeridade das experiências humanas.
Diálogo intertextual: Gonzaga faz referências a outros escritores e obras literárias,
estabelecendo um diálogo intertextual com a tradição literária. As alusões a poetas clássicos,
como Ovídio e Virgílio, enriquecem o poema, conectando-o a uma tradição cultural mais ampla.
Esses elementos narrativos contribuem para a construção da história de amor e para a expressão
dos sentimentos intensos presentes em "Marília de Dirceu". O poema é uma obra lírica que
explora a subjetividade e as emoções do eu lírico em relação ao amor e à experiência humana.
História de amor: Embora não haja uma estrutura narrativa linear tradicional, o poema
apresenta uma história de amor que se desenrola ao longo dos sonetos. Os versos expressam os
altos e baixos desse amor, revelando a paixão, a ternura, a melancolia e a saudade que permeiam
a relação entre Marília e Dirceu.
Linguagem Utilizada:

A linguagem utilizada em "Marília de Dirceu" reflete o estilo poético do Arcadismo, também


conhecido como Neoclassicismo. Caracterizada pela busca da simplicidade e clareza, a
linguagem é refinada e cuidadosamente selecionada para transmitir os sentimentos do eu lírico.
Tomás Antônio Gonzaga emprega uma linguagem poética, repleta de figuras de linguagem,
metáforas e imagens poéticas, que enriquecem a expressão dos sentimentos presentes no poema.
Os versos seguem formas fixas, como o soneto, com métrica e rima bem definidas, conferindo
uma harmonia estética à obra.
Além disso, Gonzaga utiliza um vocabulário selecionado, com o emprego de termos arcaicos e
palavras de origem clássica, evidenciando a influência da literatura greco-romana. Essa escolha
vocabular, juntamente com as referências a mitologia, personagens históricos e obras da
literatura clássica, estabelecem um diálogo intertextual e enriquecem o poema.
A linguagem em "Marília de Dirceu" é marcada por uma carga emocional intensa, expressando
os sentimentos de amor, desejo, melancolia e saudade de forma profunda e poética. Essa
linguagem cuidadosamente elaborada contribui para a beleza estética e a impacto lírico da obra.

Algumas características do Arcadismo incluem:


Natureza idealizada: Os poetas arcadistas idealizavam a natureza e a retratavam como um
refúgio de paz e tranquilidade. A exaltação da vida campestre e o cultivo do bucólico eram
temas frequentes nas obras.
Pastoralismo: Os poetas frequentemente adotavam pseudônimos de pastores, como forma de
se afastar das preocupações mundanas e criar uma atmosfera pastoril em suas obras. A figura
do pastor simbolizava a simplicidade e a pureza.
Idealização do amor: O amor também era retratado de forma idealizada e muitas vezes distante
da realidade. Os poetas exploravam a temática amorosa através de declarações de afeto e
louvores à beleza da amada, buscando a expressão de sentimentos puros e nobres.
Racionalismo: O Arcadismo valorizava a razão e a simplicidade na escrita. Os poetas
buscavam uma linguagem clara, objetiva e equilibrada, evitando os excessos ornamentais do
Barroco.
Retomada dos modelos clássicos: Os poetas arcadistas se inspiravam na literatura greco-
romana, buscando seguir os princípios da antiguidade clássica. Utilizavam métricas regulares e
exploravam formas poéticas como a ode, a écloga e a sátira.
Escola literária:

"Marília de Dirceu" pertence à escola literária do Arcadismo, também conhecido como


Neoclassicismo. O Arcadismo foi um movimento literário que ocorreu no século XVIII, sendo
influenciado pelas ideias do Iluminismo e do Classicismo greco-romano
Os escritores arcadistas buscavam uma linguagem mais simples e clara, distanciando-se do
estilo barroco característico do período anterior. Valorizavam a natureza, a simplicidade e a vida
pastoril como temas centrais em suas obras.
No caso de "Marília de Dirceu", o poeta Tomás Antônio Gonzaga utiliza a estrutura e a métrica
dos sonetos, uma forma fixa de poesia, bastante presente no Arcadismo. O poema também
retrata a natureza idealizada, com referências à beleza natural e à tranquilidade do campo.
Além disso, a obra reflete a idealização do amor e dos sentimentos, tão característicos do
Arcadismo. Gonzaga expressa seu amor por Marília de forma romântica e melancólica,
explorando a intensidade dos sentimentos e a busca pela felicidade.
Dessa forma, "Marília de Dirceu" se enquadra perfeitamente na escola literária do Arcadismo,
apresentando as principais características desse período, como a simplicidade da linguagem, o
tema bucólico e a idealização do amor.
Metodologia:

"Marília de Dirceu" é uma obra lírica composta por uma série de sonetos, seguindo a estrutura
e a métrica característica dessa forma poética. O livro apresenta uma abordagem subjetiva, em
que o eu lírico expressa seus sentimentos e emoções em relação a Marília, sua musa inspiradora.
A metodologia empregada no livro envolve a exploração dos temas do amor, da paixão e da
melancolia de forma introspectiva. Tomás Antônio Gonzaga utiliza uma linguagem poética e
imagética para transmitir a intensidade dos sentimentos vividos pelo eu lírico, bem como a
idealização do amor e a busca pela felicidade.
Além disso, o autor faz uso de recursos literários, como metáforas, comparações e referências
à mitologia e à literatura clássica, para enriquecer a expressão dos sentimentos e proporcionar
uma experiência estética ao leitor.
A estruturação dos sonetos ao longo da obra cria uma progressão emocional, em que os poemas
exploram diferentes aspectos do amor, desde a admiração e o encantamento inicial até a saudade
e a dor da separação. Essa estrutura também permite a construção de um diálogo interno do eu
lírico, que reflete sobre a transitoriedade da vida e a fugacidade dos momentos de felicidade.
Referencial Teórico:

- Chat.openai.com
- Todamateira.com

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