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Como a

poesia pode
ser
abordada
no Enem?
O que é?
O poema é um gênero literário existente desde a Grécia Antiga e que perdura até os
dias de hoje. Na Grécia, os três gêneros literários principais (lírico, dramático e épico)
eram escritos na forma de poema, por isso essa forma de escrita era muito utilizada o
tempo todo.
O que caracteriza um poema?
O poema é caracterizado por ser escrito com versos e estrofes. Cada estrofe é
formada por um tanto de versos, podendo ter mais ou menos versos de acordo com o
tipo de poema.
O eu lírico...
Outra coisa muito importante num poema é a presença do eu lírico. Esse tal de eu
lírico nada mais é do que um tipo de “narrador” do poema, ou seja, aquele que
apresenta ao leitor tudo o que sente, o que vê, o que ouve, etc.

que
A prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias cobrada no
Enem exige que os candidatos estejam preparados para responder
questões sobre poemas de diferentes épocas, movimentos
literários e autores. A prova também pode cobrar dos participantes
as seguintes abordagens:

Análise de Figuras de Linguagem: Os poemas frequentemente fazem uso intenso de figuras de linguagem,
como metáforas, comparações, aliterações e outras técnicas retóricas. Os alunos podem ser desafiados a
identificar e explicar o efeito dessas figuras no texto.
Relação com o Contexto Histórico e Cultural: alguns poemas podem estar relacionados a movimentos
literários, períodos históricos ou contextos culturais específicos. Os candidatos podem ser questionados
sobre como o poema reflete ou se conectam com esses elementos.
Comparação e Contraste: Os estudantes podem ser solicitados a comparar e contrastar diferentes poemas,
identificando semelhanças e divergências em relação à estrutura, ao tema, à linguagem utilizada, entre
outros aspectos.
Diversidade de Autores e Estilos: Os poemas apresentados no Enem podem ser de autores de diferentes
épocas e estilos literários, abrangendo desde a poesia clássica até formas mais contemporâneas.
Arcadismo
No século XVIII (18), surgiu o Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo. Os poetas
dessa época, como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, buscavam uma volta
à simplicidade e à natureza, em contraste com o Barroco anterior.

Romantismo
No século XIX (19), o Romantismo se tornou a corrente literária predominante. Poetas como
Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves usaram a poesia para expressar emoções
intensas, valorizar a natureza e a identidade nacional, e lutar contra a escravidão.

Parnasianismo e Simbolismo
No final do século XIX (19), o Parnasianismo trouxe uma reação ao Romantismo, com uma
poesia mais voltada para a forma e a perfeição técnica. Olavo Bilac e Alberto de Oliveira são
nomes notáveis desse período. Paralelamente, o Simbolismo, com autores como Cruz e
Sousa e Alphonsus de Guimaraens, explorava a musicalidade das palavras e temas
metafísicos.
que
Modernismo
O Modernismo é um marco na literatura brasileira, iniciado com a Semana de Arte Moderna de
1922. Poetas como Mário de Andrade e Oswald de Andrade romperam com as normas
estéticas tradicionais e celebraram a cultura brasileira em todas as suas formas. Manuel
Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, apesar de não estarem diretamente associados ao
evento da Semana de 22, são também grandes representantes da poesia modernista.

Concretismo e Pós-Modernismo
Na metade do século XX, o Concretismo, representado por poetas como Décio Pignatari e os
irmãos Haroldo e Augusto de Campos, trouxe uma nova forma de fazer poesia, com ênfase na
disposição visual das palavras. Depois, a poesia brasileira seguiu para o Pós-Modernismo,
com poetas como Ferreira Gullar, que misturavam formas poéticas tradicionais e
contemporâneas.

que
Poetas contemporâneos
A poesia brasileira contemporânea é marcada pela diversidade, com poetas de diferentes
regiões do país, múltiplas identidades e variadas estéticas. Adélia Prado, Ana Cristina Cesar,
Arnaldo Antunes e Manoel de Barros são alguns dos nomes notáveis.

Poesia Marginal
Nos anos 70, surgiu a chamada "Poesia Marginal", que buscava uma linguagem mais
coloquial e cotidiana, frequentemente publicada de forma independente. Poetas como Chacal
e Cacaso são exemplos dessa tendência.

A poesia brasileira continua a evoluir, com novas vozes surgindo e explorando questões
contemporâneas, identidade, política e a relação com a tradição literária do país. A internet e
as redes sociais também desempenham um papel importante na divulgação e na
experimentação poética.

que
Dicas para estudar poesia para o Enem

Leia vários poemas de diferentes épocas, movimentos literários


e autores;
Preste atenção na estrutura, estilo e significado dos poemas,
características;
Tente identificar as diferentes técnicas poéticas usadas nos
poemas;
Discuta os poemas com amigos, familiares ou professores.
Poemas que você precisa conhecer antes de fazer o Enem

"A Canção do Exílio" - Gonçalves Dias: Este poema expressa a saudade e o amor pela
terra natal, refletindo o sentimento de pertencimento e a ligação emocional com o lugar
de origem.

"No Meio do Caminho" - Carlos Drummond de Andrade: Drummond aborda a ideia de


obstáculos inesperados que surgem na jornada da vida, representados pela pedra no
caminho. O poema pode ser interpretado como uma reflexão sobre os desafios e
imprevistos que encontramos.

"O Navio Negreiro" - Castro Alves: Escrito em 1869, o poema denuncia os horrores da
escravidão e do tráfico de escravos, refletindo a indignação do autor contra essas
práticas desumanas. O poema critica não apenas os comerciantes e proprietários de
escravos, mas também a sociedade que permite essas práticas.
Poemas que você precisa conhecer antes de fazer o Enem

"José”, de Carlos Drummond de Andrade. “E agora, José?”. Já usou essa expressão? Ela é
fruto de um poema de Carlos Drummond de Andrade, um dos poetas de maior destaque do
modernismo, sobre solidão e abandono do indivíduo. Foi publicado em 1942, na coletânea
Poesias. Na época, as pessoas enfrentavam um clima de medo e repressão tanto no contexto
internacional, devido à Segunda Guerra Mundial, quanto no nacional, pois o Brasil entrava no
Estado Novo, de Getúlio Vargas.

“Soneto da Fidelidade”, de Vinicius de Moraes pertence à segunda geração modernista da


poesia brasileira. No famoso Soneto da Fidelidade, o autor fala sobre o amor e a contradição
de sentimentos por meio de figuras de linguagem como a metáfora e o paradoxo.

“Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira. Publicado no livro Libertinagem, de


1930, este é o poema mais famoso de Manuel Bandeira, que fez parte da primeira geração
modernista no Brasil. O tema central do texto é o escapismo, ou seja, a vontade de fugir da
realidade e encontrar um lugar onde tudo aconteça da maneira que ele sonha.

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