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DISCIPLINA: HISTÓRIA DA MATEMÁTICA I

SEMINÁRIO 2 – A MATEMÁTICA BABILÔNICA E EGÍPCIA

INTRODUÇÃO

 Os povos tiveram que se adaptar ao ambiente em que viviam. A caça começou


a ficar escassa e a alternativa a isso foi se situarem e darem início a agricultura

 Com essas mudanças veio a necessidade da escrita e da matemática, que


estão intimamente ligadas, já que com essa nova realidade, os povos antigos
precisavam de um calendário utilizável, agrimensura para medir os terrenos,
engenharia para os instrumentos.

 Com essa nova realidade também, ao final do dia, os escribas, mercadores, e


agricultores tinham tempo após a jornada de trabalho. Juntando as novas
demandas e o tempo livre para ponderar sobre os mistérios da ciência e da
natureza, temos então os ingredientes para o progresso científico. ,

 Existem algumas dificuldades em se obter os registros de algumas civilizações.


Os babilônicos eram feitos de tábuas de argila, e os egípcios de papiro, Dado o
clima quente da região, estes foram bem preservados, logos temos uma
grande quantidade de registros sobres essas duas civilizações.

BABILÔNIA

 Os arqueólogos vêm trabalhando na Mesopotâmia sistematicamente desde


antes da metade do século XIX, tendo já desenterrado mais de meio milhão de
tabulas de argila. Somente no sitio da antiga Nipur foram escavadas mais de
50 000 tabulas. De todas essas tábuas, 400 tem conteúdo estritamente
matemático.

 Somente pouco antes de 1800, quando viajantes europeus notaram as


inscrições que acompanham um monumental baixo-relevo esculpido uns 300
pés acima do solo num grande rochedo calcário perto da aldeia de Behistun, na
região noroeste do atual Irã, é que começaram as tentativas bem-sucedidas de
decifrar a escrita cuneiforme.

 O sistema de numeração babilônico, assim como o utilizado por nós


atualmente, é posicional, ou seja, o valor do numeral depende da posição que
ocupa, e é sexagesimal.

 Muitos processos aritméticos eram desenvolvidos com ajuda das tábuas.


Tabuas de multiplicação, tabuas de inversos multiplicativos, tabuas de
quadrados e cubos e mesmo tabuas de exponenciais.

 A placa BM 13901 possui vários problemas envolvendo a resolução de


equações do segundo grau. Temos vários problemas, mais simples e mais
complexos, e haviam várias resoluções, para cada um.

 Os babilônios não possuíam uma “formula” para todos os problemas, mas sim
um “faça isso, faça aquilo” para cada problema. Mas isso, de certa forma não
quer dizer que eles não possuíam uma generalização, já que dado um
problema mais complexo, a estratégia era transformá-lo num mais simples, que
eles já soubessem resolver.

 Os babilônios deixaram várias tábuas, mas provavelmente a mais famosa é a


Plimptom 322. A tabula foi escrita no período Babilônico Antigo
(aproximadamente entre 1900 e 1600 a.C) e os primeiros a descrever seu
conteúdo foram Neugebauer e Sachs em 1945 .

Na tábua estão gravados com exceção de quatro valores, a hipotenusa e um


cateto de triângulos retângulos de lados inteiros.

 Em um primeiro olhar, poderíamos pensar que a matemática babilônica era


estritamente algébrica, mas isso não era necessariamente verdade.

 A geometria babilônica está ligada intimamente a agrimensura de terrenos. Os


babilônicos nos deram a resposta mais plausível do por que um circulo é
dividido em 360 partes iguais.

EGITO
 Os registros históricos indicam que os egípcios desenvolveram a matemática
na mesma época que os babilônios. Mas apesar dessa coincidência nas datas,
os egípcios usavam o sistema decimal, enquanto os babilônios utilizavam o
sistema sexagesimal. Outra diferença é que o sistema dos egípcios era aditivo,
enquanto o dos babilônios era posicional.

 O sistema de numeração egípcio não era prático na hora de escrever números


muito grandes.

 Utilizavam um sistema fracionário, que para nós seria como a fração unitária.
Existia o símbolo para as frações unitárias, e um símbolo especial para (2/3) e
outro para (1/2)

 Frações do tipo (m/n) eram reduzidas a frações unitárias,


(1/n1)+(1/n2)+(1/n3)+...+1(nk), com valores de n distintos.

 Frações do tipo (2/5)=1/5+1/5 eram proibidas.


 Os egípcios conheciam a propriedade da comutatividade, eles a utilizavam
para simplificar cálculos, mas o algoritmo que empregavam para multiplicar
estava baseado na distinção entre multiplicando e multiplicador.

 Eles reduziam suas divisões a multiplicações, o que tornava o processo mais


simples, pois com um só algoritmo realizavam as duas operações.

 Dessa forma a multiplicação e a divisão dos egípcios eram, de um modo geral


efetuadas por uma sucessão de duplicações, baseado no fato de todo inteiro
poder ser escrito na forma de potencia de dois.

 Possuíam a regra da falsa posição para resolver problemas do tipo ax=b


 Possuíam também a regra da dupla falsa posição, para resolver problemas do
tipo ax+b=c. Os egípcios não tinham a noção que temos hoje de transformar
ax+b=c em ax=c-b, e usar a regra da falsa posição inicial.

 Assim como os babilônios, temos vários registros dos egípcios, e um dos mais
famosos é o Papiro de Rhind (ou Ahmes). No papiro de Rhind encontram-se
símbolos para mais e menos. O primeiro deles representa um par de pernas
caminhando da esquerda para a direita, o sentido normal da escrita egípcia, e o
outro representa um par de pernas caminhando da direita para a esquerda, em
sentido contrario a escrita egípcia. Empregavam-se também símbolos, ou
ideogramas, para igual e para a incógnita.

 Muitos dos 110 problemas dos papiros Rhind e Moscou mostram sua origem
pratica ao lidar com questões sobre o quão substanciosos eram o pão e a
cerveja, sobre balanceamento de rações para gado e aves domesticas e sobre
armazenamento de grãos (volume).
REFERÊNCIAS

EVES, Howard; Introdução à história da matemática. 5a ed. Campinas, SP:


Editora da Unicamp, 2011.

PITOMBEIRA, João Bosco. A matemática no antigo Egito. Profmat.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=bPGUGdaBPWE&ab_channel=PROFMAT. Acessado em 29 de março de
2021

ROQUE, Tatiana. A mamtemática na Babilônia. Profmat. Disponìvel em:


https://www.youtube.com/watch?v=n7rJgCxbRQQ&ab_channel=PROFMAT .
Acessado em 29 de março de 2021

ROQUE, Tatiana; PITOMBEIRA, João Bosco; Tópicos de história da


matemática. Disponível em:
http://www.professoresdematematica.com.br/wa_files/Topicos_20de_20Historia
_20da_20Matematica_28PROFMAT_29_TatianaRoque_Pitombeira.pdf.
Acesso em: 29 de março 2021

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