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Sumário

O DRAMA DA REDENÇÃO
* I. O DRAMA DO CENÁCULO
* II. O DRAMA DO GETSÊMANI
* III. O DRAMA DO PRETÓRIO DE PILATOS
* IV. O DRAMA DO CALVÁRIO

O vale da dor
* O PRELÚDIO DO VALE DA DOR
* AS MENSAGENS DO VALE DA DOR
* A cruz de Cristo, o maior drama da história

Assim, viver a vida crucificada não é uma proposição simples — aliás, você jamais
enfrentará desafio maior. O preço certamente é alto. A trilha é difícil. O caminho
é, com frequência, solitário. Mas as recompensas de conhecer Deus numa comunhão
íntima compensarão a jornada. “Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado
com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do
pecado.” ROMANOS 6.6
@Di0guin_027
diogo.batista.cerqueira@gmail.com
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O DRAMA DA REDENÇÃO
Referência: Mateus 26.26-46; 27.11-54
INTRODUÇÃO

O maior drama da história:


A paixão de Cristo é o maior drama da história.
Ultrapassa em dramaticidade e em consequência a qualquer grande evento da
humanidade. Desse drama depende a sua salvação.

Toda a Bíblia aponta para esse drama:


A paixão de Cristo é o centro da Bíblia e da história. As profecias apontam para
este drama. Dele falaram os patriarcas e os profetas. Os grandes eventos da
história e os grandes ritos da fé judaica apontavam para o sacrifício de Cristo.
João Batista sintetizou essa verdade, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (Jo 1:29).

O drama da redenção pode ser contemplado em quatro partes o drama da redenção pode
ter quatro palcos distintos:
O Cenáculo, o Getsêmani, o Pretório e o Calvário. O drama da redenção é
representado pela Ceia, pela Agonia, pelo Julgamento e pela Crucificação.
I. O DRAMA DO CENÁCULO – Mt 26:26-30
As últimas lições para seus discípulos Jesus se reúne com seus discípulos no
Cenáculo para passar-lhes suas últimas lições:
a) Ele ensina a eles a humildade, lavando-lhes os pés.
b) Ele lhes dá um novo mandamento: amar uns aos outros como ele os amou.
c) Ele lhes consola falando da vinda do Espírito Santo e da sua segunda vinda.
d) Ele ora por eles.
e) Ele aponta Judas como o traidor.
f) Ele alerta a Pedro: “Jamais cantará o galo antes que me negues três vezes”.
A instituição da Ceia:
Jesus pegou um pão, abençoou-o, quebrou-o em pedaços e passou-os aos discípulos.
Três verdades se destacam aqui:

A centralidade da sua morte (Mt 26:26,27) – O pão simboliza o corpo de Cristo


pregado na cruz e o cálice representa seu sangue derramado na cruz. Jesus ordena
seus discípulos: “Fazei isto em memória de mim”. Esse é o único ato comemorativo
autorizado por ele, não dramatiza seu nascimento nem sua vida, nem suas palavras
nem suas obras, mas somente sua morte.

O propósito da sua morte (Mt 26:28) – Pelo derramamento do sangue de Cristo Deus
estava tomando a iniciativa de estabelecer uma nova aliança com o seu povo, na qual
uma das maiores promessas era o perdão dos pecadores.

A aplicação da sua morte (Mt 26:26,27) – Assim como não era suficiente que o pão
fosse quebrado e o vinho derramado, mas que tinham de comer e beber, da mesma forma
não era suficiente que ele morresse, mas eles tinham de se apropriar pessoalmente
dos benefícios da sua morte.

II. O DRAMA DO GETSÊMANI – Mt 26:36-46


O drama da tristeza – v. 37,38
Jesus começou a entristecer-se (v. 37); confessou aos discípulos sua tristeza (v.
38); clamou ao Pai para se possível passar dele aquele cálice? Eu fiz essa pergunta
para o meu pastor Marcos Oliveira, que cálice era esse que Jesus pediu ao Pai para
passar dele?

Era porque sabia que seria escarnecido pela multidão e seria pregado na cruz como
um malfeitor? Era porque sabia que o sinédrio o consideraria réu de morte?

Não! Esse cálice não simbolizava nem a dor física de ser açoitado e crucificado,
nem a aflição mental de ser desprezado e rejeitado até mesmo por seu próprio povo.
Jesus começou cada oração: “se possível passe de mim esse cálice” e terminou cada
oração, dizendo: “Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Não foi
possível passar o cálice de Jesus. O propósito de Deus em salvar o pecador incluía
necessariamente a morte do seu Filho. Dessa oração ele emergiu confiante: “Não
beberei, porventura, o cálice que o meu Pai me deu?” (Jo 18:11). Essa tristeza de
Jesus pode ser descrita de quatro
formas:

a) Aspecto temporal – A hora de beber o cálice da ira de Deus havia chegado. Para
isso ele havia vindo ao mundo.
b) Aspecto físico – O sofrimento, a humilhação, as cusparadas, os açoites, a cruz.
c) Aspecto moral – O Filho de Deus seria cuspido pelos homens e crucificado como um
criminoso.
d) Aspecto espiritual – A tristeza de Cristo é porque ele estava se fazendo pecado,
maldição, sendo desamparado pelo Pai.

O drama da solidão – v. 39
Muita gente já havia abandonado a Cristo, seus discípulos o iam abandonar agora,
mas, em breve, o próprio Pai vai desampará-lo. Muita coisa Jesus disse à multidão,
quando falou do traidor, foi apenas para os 12, E apenas para três disse: “A minha
alma está profundamente triste”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava
completamente sozinho.

O drama da oração
A oração de Jesus foi marcada por:
Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos, com o rosto em terra, prostrado.
Intensidade – A luta era tão intensa que ele começou a suar sangue, ele agonizou em
oração.
Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente.
Submissão – Ele se rendeu à vontade do Pai, ele se rendeu ao plano do Pai, não
havia outro caminho para salvar-nos a não ser que ele bebesse o cálice amargo da
ira de Deus contra o pecado.

O drama da rendição
Jesus veio para dar sua vida, ele veio para morrer, ele veio como Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo, ele veio para se fazer pecado e maldição por nós, ele
veio nos reconciliar com Deus, Pelo seu sangue ele nos remiu, nos lavou e nos
reconciliou com Deus. Não havia outro meio, não havia outro método, foi preciso que
ele bebesse o cálice e ele se rendeu!
III. O DRAMA DO PRETÓRIO DE PILATOS – Mt 27:11-26
O drama da acusação contra Cristo
Acusado de sedição política (v. 37) – Os judeus por inveja colocaram Cristo contra
o Estado, contra Roma, contra César. Acusaram-no de ser “o rei dos judeus”.

Acusado de blasfêmia (v. 40) – Os judeus julgaram digno de morte quando se


apresentou como o Filho de Deus, os membros do sinédrio
disseram: “Blasfemou”. Depois acusaram-no de impostor (v. 40) e embusteiro. (v. 43)

Drama do governador Pilatos:


Quatro vezes Pilatos reconheceu a inocência de Cristo: quando o recebeu, depois que
Herodes o devolveu, depois de ser açoitado e ainda pela advertência da sua mulher.
Pilatos sabia que os judeus haviam entregue a Cristo por inveja.

Pilatos tenta fugir da sua responsabilidade por 4 formas evasivas:

Transferir a responsabilidade – Enviou Jesus a Herodes.


Tentou meias-medidas – “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Lc 23:16,22).
Tentou fazer a coisa certa da maneira errada – Soltando a Jesus pela escolha da
multidão, a multidão preferiu Barrabás.
Tentou protestar sua inocência – Lavou as mãos, dizendo: “Estou inocente do sangue
deste justo” (v. 24).

Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. Três expressões da narrativa de Lucas
iluminam o que Pilatos fez: “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-
lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entregou à vontade deles” (Lc 23: 23-25). O
clamor deles, o pedido deles, a vontade deles. Ele desejava soltar a Jesus, mas
também desejava contentar a multidão (Mc 15:15). A multidão venceu! Por que?

Fiz essa pergunta para a Manu e ela me respondeu: “pois Pilatos preferiu agradar a
multidão, preferiu manter seu cargo e seu título em meio ao povo. Pilatos escolhe
aplausos a vaias. Um homem de pouca fé. De que adianta ganhar o mundo e perder a
alma? (Mc 8:36). Pilatos se omitiu de se posicionar (mesmo que seu cargo requeresse
isso).”

“Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra
César” (Jo 19:12). A escolha era entre honra e ambição, entre o princípio e a
conveniência. Sua consciência afogou-se nas altas vozes da racionalização, ele fez
concessões por ser covarde. Do pretório de Pilatos Jesus saiu ensanguentado,
condenado, carregando uma pesado cruz pelas ruas apinhadas de Jerusalém sob o
escárnio da multidão e a tortura dos soldados.

IV. O DRAMA DO CALVÁRIO – Mt 27:33-54


Quem levou Jesus à cruz:
A morte de Cristo foi o mais pavoroso crime. Gentios e judeus, os líderes
religiosos e os políticos todos de acordo com o povo para o condenar. Pedro
denúncia às autoridades judaicas no Pentecostes: “Vós crucificastes o autor da
Vida, Vós com mãos iníquas o matastes”. Mas, também a morte de Cristo foi a mais
alta expressão de amor. Cristo não foi a cruz porque os judeus o entregaram por
inveja, porque Judas o traiu por ganância, porque Pilatos o condenou por covardia,
porque os soldados o pregaram na cruz por crueldade, Foi o Pai quem entregou Jesus
por amor (Jo 3:16; Rm 5:8). Cristo não foi arrastado à cruz. Ele deu a sua vida.
Ele foi para a cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ele morreu
pelos nossos pecados. Esse foi o propósito divino.

O que Cristo suportou na cruz?:


Ele suportou a agonia do sofrimento: dor, sede, desprezo, zombaria.
Ele suportou as trevas: Douglas Webster disse que “No nascimento do Filho de Deus
houve luz à meia-noite; na morte do Filho de Deus, houve trevas ao meio-dia”. Como
diz Samuel meu líder: “ele teve que aguentar toda maldade humana. imagina toda
crueldade que um homem pode fazer com outro, ele suportou tudo isso por mim” Ele
suportou a zombaria dos homens: Eles disseram: “desça da cruz”, “ah salvou os
outros, a si mesmo não pode salvar”. “Oh tu que destrói o santuário e em três dias
o reedificas, desça da cruz e creremos em ti”. Ele suportou o desamparo de Deus; O
universo inteiro se contorceu de dores, o sol escondeu o seu rosto, as trevas
inundaram a terra, as pedras se arrebentaram nos vales e Jesus gritou do alto da
cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Ele levou sobre o corpo no
madeiro os nossos pecados, Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele
foi moído e traspassado pelas nossas iniquidades. Ele se fez pecado por nós.

O que Cristo conquistou na cruz:


Com as palavras do meu líder Samuel, “Cristo por amor a mim, sem eu merecer
conquistou minha salvação e suportou toda dor, todo sofrimento por amor a mim.” Ele
conquistou a redenção para o seu povo – Ele disse: “Está consumado”. A dívida foi
paga, a justiça foi satisfeita, agora o seu povo está quites com a lei, agora já
nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus. Ele conquistou livre
acesso à presença de Deus – O véu do santuário rasgou de alto a baixo (v. 51).
Agora todos somos sacerdotes, ele abriu um novo e vivo caminho para Deus.
O drama da redenção reforça-nos três verdades e
implicações profundas:

O nosso pecado é extremamente horrível: e nada revela a gravidade do pecado como a


cruz. O'Que enviou Cristo à cruz não foi a ambição de Judas, nem a inveja dos
sacerdotes, nem a covardia vacilante de Pilatos, mas os nossos pecados. Ele morreu
pelos nossos pecados, é impossível encararmos a cruz sem sentirmos vergonha de nós
mesmos, eu estava lá, você estava lá, não apenas como um expectador, mas como um
assassino, Nós levamos Cristo à cruz. Não havia outra forma de Deus perdoar os
nossos pecados a não ser que o Filho de Deus fosse morto na cruz.

O amor de Deus é incompreensível: Deus poderia nos abandonar, ele seria justo se
todos nós fôssemos condenados, visto que o salário do pecado é a morte, mas ele não
nos abandonou, ele nos amou e veio nos buscar, ele estava em Cristo reconciliando-
nos com ele, ele não apenas nos amou, mas nos amou graciosamente e graça é amor aos
que não merecem. uma vez meu Pastor Marcos Oliveira disse: Ele é incompreensível na
sua totalidade. Ou seja: nós não podemos compreender o tamanho e a intensidade
dele. Porém o amor de Deus é oferecido a nós e nós o experimentamos dia a dia.
Então podemos falar dele, senti ele mas explicá-lo completamente, isso não podemos.

Aquele que rejeita a oferta da graça só lhe resta uma horrível expectativa de
juízo: A salvação é Deus, é gratuita, é pela fé, é para você, é urgente, é para
hoje. Se hoje você ouvir a voz de Deus não endureça o seu coração, hoje é o dia
oportuno, hoje é o dia da salvação. Venha a Cristo agora mesmo, ele chama: “Vinde a
mim.” ele agora abre os braços, e diz: Vem. O céu o espera.

O vale da dor
Referência: Mateus 26.36-46
INTRODUÇÃO

O vale da dor é incontornável. Todos passamos por ele, todos sofremos. Jesus também
teve o seu Getsêmani. O jardim do Getsêmani fica na base do Monte das Oliveiras,
pois ali existia muitos olivais. Getsêmani significa prensa de azeite. Por ser um
aparato destinado a receber os frutos da oliveira, para transformá-los em óleo,
produto de muitas utilidades, o dito aparato era instalado mesmo no interior do
jardim das Oliveiras, foi neste lagar de azeite, onde as azeitonas eram esmagadas,
que Jesus experimentou a mais intensa e cruel agonia, ali sua vida foi moída, ali
foi esmagado sob o peso dos nossos pecados, ali seu corpo foi golpeado, ali suou
sangue, ali enfrentou a fúria do inferno, o silêncio do céu.

O PRELÚDIO DO VALE DA DOR:


Lá estava Jesus, com os doze discípulos, celebrando a Páscoa. Saem de noite, do
Cenáculo, na noite da trama, da armadilha, do suborno traidor, na calada da noite.
O sinédrio está reunido na surdina, conspirando planos diabólicos, subornando
testemunhas, comprando a consciência fraca de Judas.
Saem do Cenáculo apenas em onze. Judas não voltou. Descem o Monte Sião, cruzam o
Vale do Cedrom, entram no Getsêmani. está de noite, dos onze que o acompanham, oito
estão ficando para trás, e parece que por ordem de Jesus: “Assentai-vos aqui,
enquanto eu vou ali orar.” Continua Jesus caminhando, mas agora, somente com três,
a angústia toma conta de sua alma, a morte, o salário do pecado incomoda “A minha
alma
está profundamente triste até a morte”. Os três ficam também para trás, ele agora
segue sozinho. Ajoelhou-se o Senhor do céu e da terra, ajoelhou-se o Rei do
Universo, ajoelhou-se o Deus encarnado. Prostrou-se com o rosto em terra, humilhou-
se. Ora intensamente, numa luta de sangrento suor, o anjo de Deus vem consolá-lo.
Judas conduz um grupo de indivíduos de péssima reputação, a turba maligna. Os
inimigos caem, Cristo se entrega voluntariamente.

AS MENSAGENS DO VALE DA DOR

No Vale da dor enfrentamos profunda tristeza – v. 38


No Getsêmani da vida você terá tristeza. Sim, se Cristo passou pelo Vale da Dor,
nós também passaremos. Vida Cristã é um vale de lágrimas. Temos alegria do céu, mas
cruzamos também os vales da dor. Passamos por desertos escaldantes, por ondas
revoltas, por ventos contrários, por rios caudalosos, por fornalhas ardentes. Jesus
também teve tristeza e não foi só no Getsêmani:

Ficou triste com a morte do seu amigo Lázaro, e essa tristeza levou-o também a
chorar. Quantas vezes você já ficou triste e chorou pela morte de um amigo, de um
ente-querido?

Ficou triste e chorou sobre a cidade de Jerusalém -


Jesus chorou ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém, assassina de
profetas, rebelde. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e
apedrejas os que te foram enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus filhotes, mas tu não o quisestes”. Quantas vezes você
já chorou por um parente ou amigo que se recusou a crer em Cristo até a hora da
morte?

Ficou triste no Getsêmani – Agora, sob o clima denso da


trama, e peso da cruz Jesus declara: “A minha alma
Está profundamente triste até a morte”.
Estudando isso eu fiz uma pergunta para mim mesmo, “Por que Jesus estava triste?”
Era porque sabia que Judas estava se aproximando com a turba assassina? Era porque
sabia que o Sinédrio o condenaria? Era porque sabia que seria açoitado, cuspido e
humilhado pelos soldados romanos?. Estou escrevendo sobre isso desde o dia 5/12/23
escutei várias pregações, descobri que a resposta não é nada disso.

A tristeza de Cristo era porque sua alma pura, estava recebendo toda a carga de
todos os nossos pecados. Na cruz Deus escondeu o rosto do seu Filho, ali ele foi
feito pecado, ali ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Até o
sol escondeu o rosto de Jesus, e as trevas cobriram a terra. Jesus foi traspassado,
moído. Na cruz ele desceu ao Hades. Ali ele entristeceu-se porque absorveu sozinho
o cálice da ira de Deus. Só pagou o preço da nossa redenção. Sofreu só, sangrou só,
só morreu!

O vale da solidão- v. 39
No Getsêmani da vida, no vale da dor, muitas vezes,
você sofrerá sozinho. Nesta hora Jesus buscou dois refúgios: a
solidariedade humana e a vontade divina. Na solidão
precisamos de comunhão humana; comunhão
com Deus. Jesus pediu a presença dos 3 discípulos
com ele. Jesus não pede nada a eles, e nem quer ouvir nada
deles, mas pede a presença deles. No meu primeiro livro
vemos que Paulo também pediu que Timóteo fosse ter com
ele e levasse João Marcos. Na hora da solidão, precisamos
de gente e precisamos de Deus! Dito isso, quero em primeiramente agradecer a Deus
por nunca ter me abandonado, e segundo, quero agradecer a todos que estavam comigo
no meu momento de tristeza e hoje, com o meu coração cheio e alegria no Senhor,
quero agradecer por te me enviado Kaio e a família do João no momento a qual eu já
está ficando perdido de novo. Volto a dizer, quando estiver passando pelo deserto,
vale da solidão, lembre-se que você precisa de Deus você precisa de pessoas que te
levam para os caminhos do reto Juiz.

Muita gente já havia abandonado a Jesus (Jo 6:66). Seus discípulos o iam abandonar
agora (Mt 26:56). Pior de tudo, na cruz ia gritar: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” As multidões o deixaram, os discípulos o deixaram, agora é
desamparado pelo próprio Pai, vocês não sabem o quanto eu chorei quando estava
estudando sobre isso, doí demais. Muitas coisas disse Jesus às multidões, quando,
porém, falou de um traidor, foi apenas para os 12, E únicamente para 3 desses 12 é
que ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. E por fim,
quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho. No meu primeiro livro
vemos quando Paulo estava no seu Getsêmani, na
prisão romana, à beira do martírio, disse: “Todos me abandonaram. Na minha primeira
defesa ninguém foi a meu favor”. Mas ali viu sua coroa. Quando João foi exilado na
Ilha de Patmos, passou pelo seu Getsêmani sozinho, mas ali Deus lhe abriu a porta
do céu. Quando Jó foi abandonado pela sua mulher, e acusado pelos seus amigos, pode
ver Deus face a face.

O vale da oração – v. 39,42,44

Quando passamos pelo Vale da dor, muitos murmuram, outros se desesperam, outros
deixam de orar, outros deixam de ler a Bíblia, outros abandonam a igreja, outros se
revoltam contra Deus. Nas provas devemos aprender a orar como Jesus. Sua oração foi
marcada por 5 características:

Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos. Ele, o criador do universo, está
com o rosto em terra, suando sangue.

Intensidade (Lc 22:44) – Jesus enfrentou a maior batalha da sua vida em oração. A
batalha foi tão intensa que Jesus começou a suar sangue. Foi uma oração de guerra.
Ele agonizou em oração.

Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente. “Aba, Pai, tudo te é possível;


passa de mim este cálice! Porém não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”

Vigilância (v. 41) – Jesus alertou os discípulos para vigiar e orar mas eles
dormiram na batalha, seus olhos estavam carregados de sono, porque seus corações
estavam vazios de oração.

Submissão (v. 39,42,44) – A oração não é que a vontade do homem seja feita no céu,
mas para que a vontade de Deus seja feita na terra. Porque Jesus orou teve coragem
para enfrentar a turba, a prisão, os açoites, a cruz, a morte. Sem oração você foge
como os discípulos (v. 56). “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se
orar, o bicho foge”. Muitos se desesperam quando cruzam o vale da dor, mas Cristo
caiu de joelhos e orou e na oração prevaleceu. E você, tem se rendido a Deus? Tem
se colocado de joelhos, dizendo: “eu me rendo Senhor,
seja feita a tua vontade Senhor”. Marcos 14:36 diz que Jesus começou sua oração,
dizendo: “Aba, Pai". Em uma pregação do Pr Marcos ele diz que essa palavra “Aba,
Pai” era a palavra que uma criancinha usava para se dirigir ao seu Pai. Jesus se
dirige a Deus, sabendo que ele é Pai, digno de toda confiança. O que nos livra da
tentação é saber que no vale da dor: Deus é bom e ele é o nosso Pai.

O vale da Consolação (Lc 22:43)


Deus nos consola nos dando livramento da prova, ou nos dando poder para vencer as
provas. Paulo orava três vezes pedindo cura do espinho na carne, mas Deus lhe
dizia: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Tiago
diz que devemos ter por motivo de toda a alegria, o passarmos por diversas
tribulações (Tg 1:2-4). Eu tinha feito uma pergunta para o meu Pastor sobre as
perseguições e ele me dá duas respostas e interpretações:

1º “Se você está sendo perseguido, significa que você está andando no caminho
certo, porque a maioria vai pela porta larga. A bíblia diz: muitos escolhem a porta
larga.” Mt 7:13-14. Se estiver passando por perseguições, pode ter certeza que você
está seguindo os caminhos do Senhor.

2º Pr Marcos diz que nós como Cristões devemos nos alegrar por nós estarmos sendo
perseguidos, porque é um privilégio sofrer por Jesus.

No Getsêmani da vida, Deus o consolará: “E apareceu-lhe um anjo do céu que o


confortava”. Jesus não encontrou pleno conforto nos seus
discípulos, pois a vigília da solidariedade tinha se transformado no sono da fuga.
Mas quando Jesus buscou a face do Pai, um anjo desceu do céu para confortá-lo.
Porque os amigos mais solidários falharam, ele ficou solitário com o Pai e foi
consolado.

Agora Jesus manchado de sangue é consolado por um anjo do céu. Depois que travou a
mais sangrenta batalha da história. Depois que aceitou beber sozinho o cálice da
ira de Deus. Depois que se dispôs a carregar o lenho maldito. Depois que se dispôs
a se tornar maldição por nós. Depois que desafiou o inferno e seus demônios, foi
consolado! Deus nunca abandona os seus no vale da dor, no Getsêmani da vida. Ele é
o Deus e Pai de toda consolação.

Os amigos de Daniel no Getsêmani da fornalha foram consolados pelo anjo do Senhor.


Pedro na prisão ia ser morto no dia seguinte, mas o anjo do Senhor o levantou, o
guiou, o livrou, o consolou. Paulo no naufrágio passou 14 dias na voragem do mar,
tempestade tenebrosa, todos haviam perdido a esperança, mas Deus enviou seu anjo
para confortar a Paulo e lhe garantiu a vitória.

A cruz de Cristo, o maior drama da história

O Calvário não foi um acidente, mas um plano divino. Cristo veio para morrer. A
morte na cruz sempre esteve em sua agenda: ele profetizou várias vezes que veio
para morrer. Ele não morreu como um mártir, ele voluntariamente deu a sua vida, ele
é o Cordeiro que tira o pecado (Jo 1:29), ele é como a serpente levantada (Jo
3:14), ele é o pastor que dá a
sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11-18), ele é o grão de trigo que cai e morre para
produzir muitos frutos (Jo 12:20-25).

Cristo foi para a cruz não apenas porque os judeus o entregaram por inveja, não
apenas porque Judas o traiu por dinheiro, não apenas porque Pilatos o condenou por
covardia, Cristo foi para a cruz porque o Pai o entregou por amor, Cristo foi para
a cruz porque ele se entregou a si mesmo por nós. O centurião reconheceu que Cristo
de fato é o Filho
de Deus (v. 54). O povo saiu do calvário batendo nos peitos e lamentando. A cruz
não foi uma derrota, ela é o nosso triunfo. Na cruz Jesus venceu o diabo, lá ele
expôs o diabo e suas hostes ao desprezo e triunfou sobre eles (Cl 2:14), lá ele
desfez as obras do diabo. Jesus nos justificou, nos perdoou, nos reconciliou com
Deus, e nos deu a sua paz, por isso hoje temos paz com Deus. A cruz de Cristo é a
nossa morte para o pecado, ela é a nossa mensagem, a nossa glória! AMÉM.

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