SÁBADO.17.FEV 2024 WWW.DIARIODOMINHO.PT 1,20 € Diretor: DAMIÃO A. GONÇALVES PEREIRA | Ano CIV | n.

º 33809

DM
Gestores cristãos defendem
fator de esperança nas empresas
RELIGIÃO P.15

Vizela vai erguer cravo gigante

para celebrar 50 anos de Abril

DR
REGIÃO P.12

Cáritas mostra em Guimarães

ações de combate à pobreza REGIÃO P.13
isco de Assis
As

BRAGA P.04
Cávado precisa de 18,4 milhões
Francisco

para a Proteção Civil REGIÃO P.14

DESPORTO P. 20

FC FAMALICÃO
VENCE
UMinho festeja 50 anos RIO AVE
E ASCENDE
comprometida com a região AO OITAVO
LUGAR
HOJE | Olhar Brasileiro
02 DIÁRIO DO MINHO / SÁBADO / 17.02.24
www.diariodominho.pt
Os fundos comunitários
e o desenvolvimento do país
É S
necessário pensar seriamen-
te no futuro do país, inde-
pendentemente da gover-
nação, pois apesar de uma
maioria absoluta e com a
contribuição de arcos par-
tidários, adequada à democracia insta-
lada em 1974, diversos serviços públicos
poderiam não entrar em desestrutura-
ção, com efeitos de retrocesso e impedi-
tivos para prosseguir com projetos ino-
vadores e com visão.
Devemos agir, neste contexto criati-
vo e inovador, com sentido de equida-
de e equilíbrio social, não discriminando
setores, como aconteceu na área da se-
gurança e sem uma estratégia bem pla-
neada e intrínseca às regiões, quer ru-
rais, quer urbanas.
Portugal poderia aproveitar os fun-
dos comunitários de grande relevância
financeira, para dar implemento signi-
ficativo às Instituições de Solidariedade
Social, trabalhando em rede as pequenas
e médias empresas e renovar ou recupe-
rar meios viários, rodoviários ou ferro-
viários para canalizar as migrações para
as zonas raianas ou do interior, tendo em
vista a sua reocupação, criando riqueza e
motivando projetos agropecuários, ate-
nuando a importação de bens alimentares
ou de outros produtos ligados a diversas
áreas, aproveitando a multiculturalidade
e as vivências dos migrantes dos países
de origem, mas também para produzi-
rem materiais criadores de riqueza lo-
cal ou ainda para outras regiões.
Porém, para atingir estes objetivos,
é necessário e fundamental direcionar
fundos comunitários para recuperar o
património habitacional abandonado
em muitas povoações ou pequenos nú-
cleos populacionais em diversas regiões
desertificadas ou abandonadas do país
e criando o sistema de distribuição de
terrenos abandonados, dentro de regras
previamente estabelecidas, para a pro-
dução de diversos produtos agrícolas
locais ou outros com características di-
ferentes, adaptadas às características cli-
máticas de cada região, produzidos em
países de ocupação migrante.
É fundamental reocupar as regiões
abandonadas, incentivando a fixação de
BERNARDO REIS
migrantes, pois seria também uma for-
ma de atenuar a sua concentração em
bairros urbanos, sem condições de ha-
bitabilidade e grande incidência de po-
breza, sem meios de subsistência, o que
pode originar graves problemas, alguns
destes em maior intensidade, criando
máfias, levando a confrontações étni-
cas e incentivando a violência e o crime.
Como se desenvolveram grandes ci-
dades em Trás-os-Montes, nas Beiras, no
Alto e Baixo Alentejo? Foi com a chega-
da de cidadãos vindos das colónias após
o 25 de Abril, onde deixaram o seu pa-
trimónio predial, industrial e agropecuá-
rio e os seus bens, devido à política se-
guida pelo Estado Novo e cuja ditadura
não aceitou a visão de grandes políticos,
economistas, gestores e militares para as
“províncias ultramarinas”, abandonando
os países lusófonos, por discordarem da
política seguida pela ditadura.
As grandes universidades modernas
do país foram formadas com quadros al-
tamente qualificados vindos do ensino
universitário e de grandes centros de in-
vestigação existentes nas colónias ou da
área empresarial inovadora, com visão e
abertura trans global para o desenvolvi-
mento de territórios, citando-se entre as
principais: UTAD – Vila Real, Universi-
dade do Minho, Universidade de Aveiro,
Universidade Nova de Lisboa, Univer-
sidade de Évora e também do Algarve.
Os partidos têm de pensar o país no
seu todo, apresentando projetos bem de-
lineados e estratégicos para o presente
e para o futuro, procurando criar situa-
ções inovadoras dentro da economia po-
lidiversificada e atualmente também no
digital, evitando críticas destrutivas ou
afirmações populistas ou aliciantes pa-
ra determinadas franjas populacionais,
na procura de voto para ocupar cargos
governativos, mantendo o conservado-
rismo persistente ou mediante polémi-
cas que não se enquadram na dignidade
humana e são muitas vezes o cerne de
ataques pessoais ou partidários.
Ei-los que partem,
ei-los que (não) votam(1)
ucedem-se a uma cadência
fabril, os frente-à-frente te-
levisivos entre líderes dos
partidos com assento par-
lamentar. Nos últimos 20
anos, o país viu partir cer-
ca de 15% da sua população, um caudal
constituído por quase 70% de cidadãos
com idades entre os 15 e os 39 anos (OE,
2024). É, por isso, natural que temas co-
mo o salário mínimo, a habitação, os im-
postos, a corrupção, a imigração e a emi-
gração ocupem uma fração significativa
do tempo de antena. Estão atualmente re-
censeados cerca de 1,6 milhões de eleito-
res a viver fora de portas. Como tem si-
do recorrente – embora já tenham votado
175 000 em 2022 – esperam-se taxas de
abstenção elevadas nos círculos da Eu-
ropa e de Fora da Europa. As raízes des-
te distanciamento são múltiplas e com-
plexas. O modo como nos referimos aos
compatriotas que emigraram ajuda-nos
a compreender melhor este fenómeno.
As palavras não servem apenas para de-
signar algo, constroem categorias a par-
tir das quais vemos o mundo. Os discur-
sos não são neutros. Têm repercussões
sociais e suscitam formas de pensar e de
sentir. As denominações relativas às popu-
lações de origem portuguesa a residir no
estrangeiro deixam transparecer um con-
junto de representações profundamente
enraizadas no inconsciente coletivo. As-
sim sendo, certas pessoas evitam o termo
“emigrante”, por considerarem que o seu
uso corrente lhe terá conferido um sen-
tido demasiado pejorativo. Outros pro-
põem, pelas mesmas razões, abandonar
as designações de “diáspora” (AILD, 2017)
ou de “lusodescendente”. Debates de na-
tureza lexical são meritórios, na medida
em que nos ajudam a refletir e, eventual-
mente, a agir sobre a realidade.
No Estado Novo, privilegiavam-se os
termos “emigrante” e “colónias portu-
guesas”, o qual evolui para “comunidades
portuguesas” a partir da década de 60. Do
ponto de vista dos países de acolhimen-
to, a noção de “comunidade” remete pa-
ra populações supostamente fechadas so-
bre si mesmas. Do ponto de vista do país
de origem, constitui sobretudo uma for-
ma de afirmar a presença portuguesa no
mundo e incentivar a fidelidade às ori-
Manuel Antunes da Cunha*
gens. Define-se quase sempre quem vi-
ve no exterior em função das aspirações
internas. Se percorrermos os discursos
oficiais dos anos 1980-90, encontramos
uma terminologia diversificada, mas qua-
se sempre unívoca no sentido: mundo
de cultura lusitana, portugalidade, Pá-
tria-Mãe, prolongamento do país, modo
português de estar no mundo, gente lu-
sitana, lusodescendentes, comunidades
de raiz lusitana, núcleos lusitanos, por-
tugueses residentes no estrangeiro, pátria
de comunidades, mundo universal por-
tuguês, espaço cultural português ou pá-
tria lusitana, entre outros
Vivemos hoje ainda grudados a uma
pretensa “portugalidade” de cariz lusocên-
trico, como se todos os portugueses tives-
sem as mesmas experiências sociais, po-
líticas e culturais independentemente do
lugar de residência. Olha-se quase sem-
pre para quem estar lá fora como mero
apêndice da comunidade nacional, mas
sem igualdade de tratamento. Nas elei-
ções nacionais, os emigrantes alternam
entre os votos por correspondência e à
distância em função do ato eleitoral, sem
que sejam tidas em conta as suas especi-
ficidades. Em fevereiro de 2022, quan-
do o Tribunal Constitucional mandou
repetir as legislativas nas assembleias de
voto do círculo da Europa, Portugal não
teve outra saída senão reconhecer a exis-
tência de um problema que se arrasta há
meio século. Dois anos volvidos, sobram
as promessas
A 10 de março é provável que as ta-
xas da abstenção externa ultrapassem os
80%. Voltaremos a ouvir a ladainha de que
a abstenção é sobretudo um fenómeno
extraterritorial e de que não faz sentido
aumentar o número de deputados pela
emigração, dado que a maioria esquece
na fronteira o seu dever cívico. Por detrás
desta alergia ao voto da diáspora, está o
receio de que a voz de quem esteja lá fora
possa ter demasiado impacto cá dentro.
Em vez de procurarem responsáveis pela
saída massiva, melhor fariam os partidos
em proporcionar condições de vida con-
dignas cá dentro e uma real atenção pa-
ra quem quis ou teve de partir (continua).
*Professor da Universidade Católica
Portuguesa – Braga
17.02.24 / SÁBADO / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 03
04 DIÁRIO DO MINHO / SÁBADO / 17.02.24
www.diariodominho.pt
Braga
UMinho inaugurou Biblioteca Digital e mural
com rostos dos 50 anos, comprometida com futuro
Francisco de Assis
Universidade do
A Minho celebra ho-
je 50 anos de vida.
No âmbito deste
cinquentenário, inaugu-
rou ontem a Biblioteca
Digital e um mural “Os
Nossos Rostos – 50 Anos
UMinho”, dois aconteci-
mentos que lembram um
passado rico de que se or-
gulha, mas sobretudo um
compromisso para com o
futuro da UMinho, com
o desenvolvimento eco-
nómico e social da região
e do país.
Na inauguração do mu-
ral no Edifício 2 da UMi-
nho, estiveram o reitor da
UMinho, Rui Vieira de
Castro; o secretário de Es-
tado do Ensino Superior,
Pedro Nuno Teixeira; Joa-
na Marques Vidal, presi-
dente do Conselho Geral
da UMinho; José Teixei-
ra, CEO da dstgroup; João
Cardoso Rosas, presiden-
te da Comissão das Co-
memorações dos 50 anos
da UMinho, entre outras
personalidades.
Helena Mendes Pe-
reira, curadora do mu-
ral, explicou que os ros-
tos em suspensos num
andaime representam o
passado da Universida-
de, mas sobretudo a ca-
pacidade da UMinho, que
sempre encontrou formas
de se adaptar aos tempos
modernos, à globaliza-
ção, à sustentabilidade,
transformação digital e
o cosmopolitismo.
Assim, esta estrutura
modelar flexível, aponta
precisamente ao futuro,
preparação para os pró-
Esta exposição de este
mural, feito de rostos
de pessoas, é uma bela
metáfora do futuro em
construção da UMinho.
A inauguração do mural “Os nossos rostos - 50 anos” serviu para apontar baterias para o fututo da UMinho
ximos 50 anos.
Quanto aos rostos, são
cerca de 170, de estudan-
tes e professores, conheci-
dos e anónimos, de dife-
rentes épocas e gerações.
Reitor elogia
metáfora do mural
em andaime
Por seu turno, o reitor da
Universidade do Minho,
lembrou toda a progra-
mação dos festejos dos 50
anos da UMinho, foi pen-
sada e orientada, não só
para o passado, mas prin-
cipalmente o presente e
o futuro.
Na opinião de Rui Viei-
ra de Castro, a UMinho
chegou longe, onde che-
gou, graças às pessoas, aos
rostos representados no
mural de mais de 22 mil
que ficaram de fora.
«Este mural é uma ho-
menagem às pessoas. O
andaime é uma excelente
metáfora daquilo que que-
remos, que é estar sempre
em construção, em trans-
formação e evolução. Ter
ideias claras, objetivos de-
finidos, com firme com-
promisso com o desen-
volvimento económico,
social da região e do país».
Ainda durante a tar-
de, realizou-se o debate
os “Caminhos de Suces-
so no Ensino Superior”,
com casa cheia e a pre-
sença do secretário de Es-
tado do Ensino Superior.
De referir que, depois
de Braga, o mural será
instalado no campus da
UMinho, em Guimarães.
Os andaimes foram ce-
didos pela dstgroup.
Atuais e antigos
alunos e professores
podem enriquecer
a biblioteca digital
Entretanto, a manhã de
ontem ficou marcada pe-
la apresentação da Biblio-
teca Digital da UMinho.
Elói Rodrigues, diretor
da Biblioteca, explicou
ao Diário do Minho a im-
portância desta estrutura.
«É uma biblioteca que
tem duas componentes.
Uma que tem a ver com a
memória da Universida-
de, com documentos de
vários tipos, como foto-
grafias, atas, recortes de
jornais, vídeos e outros
materiais relacionados
com os 50 anos da Univer-
sidade do Minho; a outra
secção, a que nós chama-
mos património, que tem
Ontem foi apresentada a Biblioteca Digital da UMinho, para qual se pede contribuições
Hoje
A UMinho celebra hoje, 50 anos
de vida. Entre outras iniciativas,
destaque a recriação do Cortejo
Académico, às 10h30, do Largo
do Paço até ao arco da Porta Nova.
blioteca Pública de Bra-
Francisco de Assis
ga digitalizou e disponi-
bilizou a esta biblioteca.
«Esta biblioteca é muito
importante porque cons-
tituiu-se como um repo-
sitório da memória da
Universidade. Como tal,
é um trabalho que vai es-
tar sempre aberto. Come-
çamos de trás para a fren-
te, em 1973, prosseguimos
até agora e vamos conti-
nuar depois de 2023. Te-
mos já muitos documen-
tos da história deste ano,
nomeadamente os even-
tos associados às come-
morações do cinquente-
nário, e vamos continuar»,
disse Elói Rodrigues, fa-
a ver com documentos e zendo um apelo.
bibliografias que estão à «Queremos que seja
guarda das diversas uni- com o contributo da co-
dades culturais da UMi- munidade académica. Por
nho e de outras entidades isso, apelava desde já, aos
com quem nós trabalha- alunos, antigos alunos, aos
mos. Estamos a falar do professores e antigos pro-
arquivo, de documentos fessores, que contribuem
de arquivo, cartazes, co- com a biblioteca digital.
mo os cartazes do Thea- Porque só assim vamos ter
tro Circo, de São João de muitos conteúdos que não
Braga». seriam possível de outra
Documentos que a Bi- maneira», disse.
DR
 17.02.24 / SÁBADO / Braga / DIÁRIO DO MINHO 05
www.diariodominho.pt

Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida promoveu reflexão sobre o livro branco da IA que irá lançar

Inteligência Artificial deve ser desenvolvida

num quadro ético e jurídico bem definido
O Conselho daquilo que é o contribu-

DM
Nacional de to da sociedade civil para
Ética para as este mesmo documento.
Ciências da Vida Por isso, ganha até uma
promoveu ontem dimensão nacional mui-
na Universidade to mais consolidada», sa-
do Minho a sessão lientou Maria do Céu Pa-
pública sobr e trão Neves.
“Inteligência A presidente adiantou
Artificial: que o documento incide
inquietações sobre a aplicação da IA
sociais, propostas ao domínio da medici-
éticas e orientações na, sistematizada na in-
políticas (Livro vestigação biomédica–
Branco). na assistência clínica na
gestão hospitalar, na ad-
ministração pública e na
educação, tanto dos pro-
José Carlos Ferreira fissionais de saúde quan-

A
presidente do Con-
selho Nacional de
Ética para as Ciên-
cias da Vida defen-
deu ontem que a Inteli-
gência Artificial deve ser
desenvolvida num qua-
dro ético e jurídico bem
desenvolvido.
Maria do Céu Patrão
Neves falava na sessão pú-
blica que o seu organis-
mo promoveu em Braga
para ouvir os especialis-
tas e colher propostas para
o Livro Branco sobre In-
teligência Artificial que o
CNEV está a preparar. «Se-
ria travar o vento com as
mãos tentar travar a evo-
lução do conhecimento
científico e da inovação
Maria do Céu Patrão Neves explicou a razão das sessões públicas que o conselho nacional a que preside está a realizar
tecnológica. Aquilo que é
importante é nós perce-
bermos que, para que es-
ta evolução seja em bene-
fício da maioria, do bem
comum, da humanidade,
e que não fique cativa dos
interesses sectários, é pre-
ciso que, efetivamente, se
desenvolva num quadro
ético-jurídico bem defi-
nido», salientou na sua
intervenção na sessão de
abertura.
Para a presidente do
CNEV, mais do que se
entender a Inteligência
Artificial como uma fer-
ramente, é fundamental
perguntar para que é que
a queremos.
Assim, a CNEV decidiu
decidiu elaborar o Livro
Branco intitulado “Inte-
ligência Artificial: inquie-
tações sociais, propostas
éticas e orientações polí-
ticas”, que terá a sua ver-
são final a breve prazo.
Neste momento, expli-
cou Maria do Céu Patrão
Neves, pretende-se pro-
mover uma reflexão e re-
colher contributos em ses-
sões públicas, como a que
decorreu ontem na Uni-
versidade do Minho, com
a participação de especia-
listas em áreas diferencia-
das daquelas que existem
dentro do CNEV, para en-
riquecer o texto final do
livro, que deverá ser pu-
blicado em março.
Com estas sessões pú-
blicas a comissão quer
também ouvir os convi-
dados na plateia, para daí
colher também as suas
preocupações, receios, an-
siedades, expetativas, es-
peranças. «Tudo isto para
que nós possamos reco-
lher mais alguns contribu-
tos e fazermos uma últi-
ma revisão do documento,
e depois apresentá-lo no
próximo mês. Nessa al-
tura, este documento já
não será apenas o resulta-
do do trabalho do Conse-
lho Nacional de Ética para
as Ciências da Vida, mas
será também o resultado
to da população em geral.
Citação
Nestas cinco áreas
pretendemos perceber
claramente quais são
as principais vantagens
e potencialidades da
aplicação da Inteligência
Artificial e identificar
também alguns
potenciais prejuízos.
Maria do Céu Patrão Neves

DM

Todas as instituições estão a ser de avaliação». O Reitor garantiu que a Universidade

impactadas com a Inteligência Artificial
O Reitor da Universidade do Minho sublinhou ontem
que todas as instituições, e particularmente as insti-
tuições de ensino superior, impactadas pelos desen-
volvimentos mais recentes da Inteligência Artificial.
Segundo Rui Vieira de Castro, em alguns desses
desenvolvimentos «vêm interpelar radicalmente al-
guns dos modos mais tradicionais do funcionamento
deste tipo de organizações, designadamente nessas
dimensões tão críticas como são a educação e a in-
vestigação. E, na educação, por exemplo, as práticas
do Minho tem estado muito atenta nesta matéria,
realçando que tem desenvolvido, como aconteceu
ao longo do ano passado, várias iniciativas com di-
ferentes temáticas, para diferentes públicos, sobre
a Inteligência Artificial, «na procura da construção
de uma consciência mais aguda sobre os desafios,
sobre as possibilidades, sobre as ameaças que de-
correm destas transformações aceleradas que es-
tão a ocorrer no quadro da Inteligência Artifical».
Por outro lado, «estaremos também muito atentos
aquilo que vão ser os resultados, àquilo que vai ser
a discussão em torno do livro branco», acrescentou.
06 DIÁRIO DO MINHO /
www.diariodominho.pt
regulamento do programa “reabilita braga” deverá ser aprovado na reunião da próxima segunda-feira
Câmara de Braga vai premiar
projetos de reabilitação urbana
O
Município de Braga
vai lançar uma no-
va edição do “Rea-
bilita Braga” Prémio
Municipal de Reabilitação
Urbana. O regulamento
de atribuição do prémio
será apreciado na próxi-
ma segunda-feira, dia 19
de fevereiro, pelo Exe-
cutivo Municipal, em se-
de de reunião de Câma-
ra, seguindo depois para
um período de consulta
pública.
O Prémio “Reabilita
Braga” procura incen-
tivar e promover as in-
tervenções de regenera-
ção urbana e de restauro
do património edifica-
do, contribuindo para a
prossecução das políti-
cas municipais de divul-
gação e estímulo da rea-
bilitação urbana.
Para João Rodrigues,
vereador que tutela a Re-
generação Urbana, este
prémio pretende «dis-
tinguir as melhores ini-
ciativas de promoção de
sobreposta vai receber quase 30 mil euros
Apoios para as freguesias Protocolo com UNESCO
A O
Câmara de Braga
analisa na próxi-
ma segunda-fei-
ra, 19 de fevereiro,
em reunião de vereação,
as propostas de apoios fi-
nanceiros a diversas fre-
guesias do concelho. Em
apreciação estará a atri-
buição de 29 mil 777 eu-
ros à Junta de Freguesia
de Sobreposta, valor que
visa apoiar a requalifica-
ção do Beco do Outeiro;
de 18 mil 858 euros à Junta
Braga / SÁBADO / 17.02.24
Nova edição do “Reabilita Braga” também vai premiar novas construções em Áreas de Reabilitação Urbana
reabilitação e regenera-
ção urbana de Braga, nu-
ma perspetiva multidis-
ciplinar, considerando
o impacto para a cidade
nas suas dimensões so-
cial, económica e cultu-
de Freguesia de Esporões,
para apoiar a revisão de
preços da requalificação
do edifício do Salão Po-
livalente da Freguesia de
Esporões; e de 12 mil 546
euros à Junta de Fregue-
sia de Tadim, para apoiar
os honorários do projeto
de requalificação do pa-
vilhão gimnodesportivo.
À Junta de Freguesia de
Mire de Tibães será atri-
buído um apoio de 2939
euros, para a criação de
ral, assim como a salva-
guarda e promoção do
património edificado».
O “Reabilita Braga” está
estruturado em duas ca-
tegorias: “Obra de Res-
tauro e de Reabilitação”
novas sepulturas no cemi-
tério. A autarquia atribui
ainda um apoio de 600
euros à União das Fre-
guesias de Real, Dume e
Semelhe; União das Fre-
guesias de Celeirós, Ave-
leda e Vimieiro; à Junta
de Freguesia de Figueire-
do; e à União das Fregue-
sias de Cabreiros e Passos
(S. Julião), para apoiar a
realização da Procissão
dos Passos em cada uma
das localidades.
para intervenções em es-
paço público e/ou edifí-
cios; e “Nova Edificação
em Área de Reabilitação
Urbana” para novas cons-
truções em tecido urba-
no consolidado.
cidade acolhe em julho conferência anual das cidades criativas
Município de Braga
vai celebrar um pro-
tocolo de cooperação
com a Organização
das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), no âm-
bito da realização da XVI
Conferência Anual da Re-
de de Cidades Criativas da
UNESCO que a cidade irá
acolher no mês de julho.
Esta será a primeira vez
que uma cidade portugue-
sa recebe este encontro,
DR
As obras vencedoras se-
rão distinguidas com um
troféu, com menção obri-
gatória do Prémio “Rea-
bilita Braga” e um prémio
em valor pecuniário de
5000 euros, no caso da ca-
que gera benefícios, não
só para a cidade anfitriã,
mas também para a re-
gião e o país.
Segundo a Câmara Mu-
nicipal de Braga, «o evento
representa uma oportuni-
dade para a cidade anfitriã
construir uma ampla sen-
sibilização e apoio à cultu-
ra e criatividade, impulsio-
nando estratégias e planos
de desenvolvimento ur-
bano, bem como o culti-
vo para colaborações com
tegoria “Nova Edificação
em Área de Reabilitação
Urbana. O valor pecuniá-
rio é de 10 mil euros no
caso da categoria “Obra
de Restauro e Reabilita-
ção”, atribuído em per-
centagens iguais entre o
proprietário e a equipa
projetista representada
pelo autor do projeto de
arquitectura.
A reunião de segun-
da-feira vai também de-
cidir a adesão do Muni-
cípio de Braga ‘Cities &
Regions for Cyclists’, da
European Cyclists Fede-
ration, uma iniciativa in-
ternacional que promo-
ve a mobilidade urbana
sustentável e incentiva
o uso da bicicleta como
meio de transporte diá-
rio, de turismo e lazer.
A adesão a esta rede pre-
tende fortalecer as políti-
cas e infraestruturas para
tornar a cidade mais ami-
gável para ciclistas e pro-
mover a cultura da bici-
cleta entre a população.
outras cidades, nacionais
ou estrangeiras, alargando
a sua visibilidade e o im-
pacto internacional».
Criada em 2004, a Re-
de de Cidades Criativas
da UNESCO (UCCN) tem
como objetivo potenciar a
cooperação entre cidades
que reconhecem a cria-
tividade como fator es-
tratégico de desenvolvi-
mento sustentável a nível
económico, social, cultu-
ral e ambiental.

intervenção prevê melhoramentos em áreas residenciais da freguesia de são victor
Câmara de Braga vai investir
780 mil euros em reabilitação
O
Município de Bra-
ga vai avançar com
a requalificação dos
quarteirões residen-
ciais da Quinta dos Con-
gregados, na freguesia de
São Victor. A proposta de
adjudicação, será analisa-
da na reunião de Execu-
tivo Municipal da próxi-
ma segunda-feira, dia 19
de Fevereiro, que irá de-
correr no gnration.
A empreitada tem um
custo base de 779 mil 252
euros e 48 cêntimos e um
prazo de execução de 120
dias, num projeto que pre-
vê a intervenção na Rua
Fernando Oliveira Gui-
marães, Avenida Antero
de Quental até à inter-
secção com a Rua Luís
Soares Barbosa a norte,
a Rua Dr. Aníbal Araú-
jo Esmoriz e a Rua Luís
Soares Barbosa.
A requalificação visa
dotar o espaço de melho-
res condições de acessibi-
lidade e segurança para
a circulação de veículos
câmara municipal de braga apresenta proposta que segue orientações nacionais
Estratégia Ambiental avança
A
Câmara Municipal
de Braga vai avan-
çar com a imple-
mentação da Es-
tratégia Municipal de
Educação Ambiental. A
proposta vai estar na me-
sa da reunião camarária
de 19 de fevereiro, com
a coligação “Juntos por
Braga” a defender a pro-
posta que representa «um
marco significativo para
a vida da cidade em di-
reção a um futuro mais
sustentável e ecologica-
mente consciente.
Avenida Antero de Quental é uma das áreas que vão ser intervencionadas
e peões. Além da remo-
ção total da estrutura dos
pavimentos rodoviários
e nova estratificação, o
projecto prevê o alarga-
mento dos passeios, do-
tando-os de condições
de acessibilidade a pes-
soas com mobilidade re-
duzida, e organização do
estacionamento.
Reconhecendo a im-
portância da educação
ambiental como um dos
pilares essenciais para o
desenvolvimento susten-
tável do concelho, o do-
cumento da autarquia
bracarense assenta nas
orientações da “Estraté-
gia Nacional para a Edu-
cação Ambiental”.
Na proposta, o Muni-
cípio de Braga dá conta
que pretende «abranger
um conjunto alargado de
temas, no sentido de for-
necer à comunidade uma
A reunião de vereação
da Braga vai também ana-
lisar dois novos investi-
mentos no concelho, cujo
interesse público estra-
tégico será votado pelo
Executivo Municipal. O
projeto “Living Lab” vi-
sa a construção de uma
unidade laboratorial no
Parque Industrial de Pi-
oferta pedagógica íntegra,
com base nos melhores
exemplos e referencias
nacionais e internacio-
nais, e que seja comple-
ta e robusta ao nível das
várias áreas de interesse
ambiental da atualidade».
«Neste sentido, desta-
ca-se o alinhamento com
o Programa ECOXXI, os
Objetivos do Desenvolvi-
mento Sustentável (ODS),
e os critérios de avalia-
ção do título da Capital
Verde Europeia», refere
a proposta a submeter à
17.02.24 / SÁBADO /
BREVEs
DR
tancinhos. O outro inves-
timento estratégico, pren-
de-se com a ampliação
da atividade desenvolvi-
da pela empresa Serra-
lharia Cunha. O “Living
Lab” prevê um investi-
mento de 7,4 milhões e a
Serralharia Cunha, vai in-
vestir 7 milhões nas ins-
talado de Celeirós.
vereação.
Em comunicado, a
edilidade afirma que
«esta estratégia munici-
pal apresenta uma ofer-
ta pedagógica vertida no
Programa Municipal de
Educação Ambiental, de-
senvolvido ao nível da sua
dimensão temática, ope-
racional e estratégica».
«A estrutura é concreti-
zada a partir de programas
de ação, que se traduzem
em iniciativas específicas
de educação ambiental»,
sublinha.
Braga / DIÁRIO DO MINHO 07
www.diariodominho.pt
MESA DA PRAÇA CELEBRA HOJE
DOIS ANOS DA “LEGIÃO DOS JOGOS”
mercado A Mesa da Praça, no Mercado Mu-
nicipal de Braga, recebe hoje, dia 17 de feverei-
ro, a partir das 14h00, uma sessão de celebração
dos dois anos da “Legião dos Jogos”.
Trata-se de um evento especial que prome-
te reunir entusiastas e amantes dos jogos de ta-
buleiro para uma tarde emocionante e reple-
ta de diversão.
O ponto alto do evento será a entrega dos Le-
gionários de Ouro, distinções que serão concedi-
das a personalidades que se destacaram no mun-
do do “boardgaming”. A cerimónia está marcada
para as 17h30 e promete homenagear figuras
de relevo neste fascinante universo dos jogos.
LAWRENCE ENGLISH E SCOTT MORGAN
JUNTAM-SE NO GNRATION
crime O gnration acolhe hoje, sábado, dia 17 de
fevereiro, a partir das 18h00, um espetáculo de
sonoridades que vai promover um encontro en-
tre Scott Morgan e Lawrence English.
A dupla vai apresentar na blackbox o trabalho
conjunto “Colours of Air”, que, em 2023, juntou
a dupla numa aventura que permitiu explorar as
fronteiras entre a música eletrónica e a sonori-
dade acústica de um órgão de tubos centenário.
Artista sonoro e compositor australiano,
Lawrence English é reconhecido pelo trabalho
nos campos da música experimental e “ambient”.
Scott Morgan é um compositor e artista mul-
timédia, que fez parte do coletivo Multiplex e é
baterista da aclamada banda Destroyer.
FEIRINHA DE BRINQUEDOS ANTIGOS
hoje A Feirinha de Brinquedos Antigos e de
Colecionismo regressa hoje, sábado, dia 17 de
fevereiro, às galerias do centro comercial dos
Granjiunhos, no centro de Braga.
A exposição e venda decorrer entre as 9h00
e as 18h00, na cave das galerias, sendo a entra-
da livre. Entre muitos produtos de criação ar-
tística, é possível encontrar vários tipos de co-
leções, nomeadamente de brinquedos antigos
portugueses.
CAMPUS NEUROLÓGICO INAUGURA
UNIDADE DE AMBULATÓRIO EM BRAGA
saúde A CNS – Campus Neurológico inaugura
hoje, dia 17 de fevereiro, uma unidade de pres-
tação de cuidados de saúde em ambulatório.
A valência, que é única no Norte, fica situa-
da no n.º 620 da Avenida 31 de Janeiro, em Bra-
ga, vai permitir a população de Braga e da re-
gião Norte do país tenha acesso a cuidados de
saúde em ambulatório e ao tratamento de vá-
rias doenças neurológicas.
08 DIÁRIO DO MINHO /
www.diariodominho.pt
PONTO DE VISTA
Meio século da Universidade do Minho: Lúcio Craveiro da Silva
e o pioneirismo em Relações Internacionais
Luís Lobo-Fernandes*
Proémio
O mote deste depoimen-
to ao encontro da memó-
ria do insigne Professor
Lúcio Craveiro da Silva
[1914-2007], a propósito do
meio século da Universida-
de do Minho – que ocorre
no dia 17 de Fevereiro – tem
dois planos: um pessoal,
outro profissional. O pri-
meiro, decorre do privilé-
gio de uma profunda ami-
zade desde os tempos em
que fui seu aluno, até 1981,
ano em que foi eleito reitor
da Universidade do Minho.
A memória das suas aulas
sobre Bodin, Serafim de
Freitas, Grócio, Hobbes ou
Rousseau, das quais guardo
uma recordação indelével,
continuam bem vivas e fo-
ram, no que a nós respeita,
a chamada mais cintilante
para a docência na acade-
mia. O segundo, digamos
que a modos de seu discí-
pulo, desagua nos diálogos
fascinantes e enriquece-
dores sobre os problemas
internacionais que conti-
nuaríamos a manter, até
2007, quer no seu gabine-
te no Largo do Paço, quer
na residência da comuni-
dade dos jesuítas na rua de
São Barnabé. Numa altura
em que a Europa se con-
tinua a confrontar com as
consequências nefastas da
criminosa invasão da Ucrâ-
nia pelo exército russo, as
preocupações verdadeira-
mente precursoras e pro-
fundamente humanistas
que o Professor Lúcio le-
gou – e que sempre pauta-
ram a sua ímpar trajectó-
ria intelectual – adquirem
especial acuidade.
Braga / SÁBADO / 17.02.24
Universidade do Mi-
A nho está fortemente
ligada à introdução
dos estudos de Re-
lações Internacionais em
Portugal, sendo a institui-
ção pioneira nesta área cien-
tífica. No processo de cria-
ção do 1.º curso superior de
Relações Internacionais no
nosso país, em 1975, cum-
pre destacar o papel funda-
mental do Professor Lúcio
Craveiro da Silva. A sua vi-
são pioneira foi tanto mais
crucial porquanto esta área
do saber não tinha presen-
ça autónoma no sistema
universitário português,
constituindo uma feliz ex-
pressão da abertura demo-
crática iniciada em Abril de
1974. O curso de Relações
Internacionais assume-se
claramente tributário da
clarividência e pioneiris-
mo do Professor Lúcio Cra-
veiro da Silva. Mas, como
recorrentemente acontece
com os espíritos maiores o
Professor Lúcio sempre fez
questão de remeter para o
plano institucional quais-
quer méritos da iniciativa,
afirmando a propósito da
aposta em novas áreas do
conhecimento: “Foi grande
erro de Portugal, nos sécu-
los XVIII e XIX, deixar-se
atrasar no seu desenvol-
vimento cultural, perante
uma nova Europa (...) Para
evitar a repetição desse er-
ro, temos que perspectivar
um novo destino cultural
que seja actual e próspero,
num diálogo enriquece-
dor com a Europa que está
criando a União Europeia
e onde devemos pretender
ocupar um lugar vivo, hon-
roso e culturalmente fértil”.
Tal é a melhor definição
dos objectivos da formação
avançada em Relações In-
ternacionais e que se perfi-
la como uma das imagens
mais fortes da UM. Acres-
ce que – como sublinharia
o Professor Acílio da Silva
Estanqueiro Rocha – este
domínio do conhecimento
constituiu-se numa das áreas
estruturantes da própria ins-
tituição, pois possibilitou a
criação e consolidação das
áreas da Filosofia, dos estu-
dos das Sociedades e Cultu-
ras, da Economia, do Direi-
to, da Comunicação Social, e
das Línguas Vivas. De regis-
tar que a UM sempre pau-
tou este perfil de formação
pelas escolas de referência
a nível europeu tendo sido
na altura do seu lançamento
expressamente consultadas
a London School of Econo-
mics and Political Science e
a Academia Diplomática de
Viena, entre outras. O labor
consistente levaria – entre
outras iniciativas prestigian-
tes – à escolha da UM como
protagonista do Seminário
mundial da UNESCO sobre a
Evolução das Ciências Políticas,
em 1987, e, do Congresso oficial
Portugal-Brasil de Ciência Po-
lítica e Relações Internacionais,
em 2000.
Do mesmo modo, os Co-
lóquios de Relações Inter-
nacionais – os mais antigos
do país, já na 45.ª edição, su-
blinhe-se – a cujo processo
de criação estivemos liga-
dos ainda enquanto aluno,
produziram um conjunto
de realizações que têm po-
larizado nesta universida-
de desde 1980 – sem qual-
quer interregno – o debate
qualificado sobre as gran-
des questões geopolíticas
e foram inúmeras vezes o
ponto mais alto das iniciati-
vas da UM com maior pro-
jecção externa, tendo con-
tando, por exemplo, com
a presença de vários presi-
dentes da República. Seria,
aliás, na sequência de uma
das edições que eu próprio
seria convidado pelo presi-
dente Ramalho Eanes pa-
ra integrar a Assessoria das
Relações Internacionais, em
Belém. Como reconhecia o
Diário de Notícias na edição
de 21 de Abril de 1994, “os
colóquios de Relações In-
ternacionais da Universida-
de do Minho são a gota de
água no deserto do debate
DR
em torno da acção externa
do Estado português”.
A academia portuguesa
tem encontrado, pois, na
UM o contributo mais am-
bicioso de reflexão apro-
fundada sobre o fenómeno
internacional, como acen-
tuara expressamente em
despacho ministerial, em
1983, o ministro dos Negó-
cios Estrangeiros, Emb. Vas-
co Futscher Pereira. Nou-
tra expressão eloquente do
pioneirismo científico da
UM o mestrado em Estudos
Europeus foi o primeiro a
entrar em funcionamento
no domínio da integração
europeia no ano de 1986,
coincidindo com a entrada
do país na UE. Nesse mes-
mo ano seria inaugurado o
Centro de Documentação
Europeia da Universidade
do Minho e, no ano 2000,
a Biblioteca Depositária das
Nações Unidas, iniciativas
que tivemos oportunidade
de propor e de lançar.
Este breve depoimento
que tenho a honra de pu-
blicar no centenário Diá-
rio do Minho constitui para
mim um autêntico regres-
so ao futuro porquanto se
trata de assinalar a génese
de uma ideia precursora
de cuja acção temos o pri-
vilégio de fazer parte desde
1977. Um dos eixos funda-
mentais do labor da univer-
sidade estriba-se em fazer
do conhecimento, da in-
vestigação, e da inovação
os motores do crescimento
sustentado. Tem sido tam-
bém este o projecto de ensi-
no das Relações Internacio-
nais, seguramente cada vez
mais necessário perante os
imensos desafios externos
que o nosso país enfrenta.
A responsabilidade de
um lugar privilegiado con-
fronta-nos com a necessi-
dade de continuar o legado
ímpar do Professor Lúcio.
Como ele assinalou, “as uni-
versidades têm que reflores-
cer como centros vivos de
cultura dentro da socieda-
de, devendo em cada mo-
mento saber criticar, pa-
ra fecundar e construir”. E,
como Aristóteles acentua-
ra de forma igualmente la-
pidar “os frutos da árvore
da ciência são memória do
passado, inteligência do pre-
sente, e atenção ao futuro”.
Parabéns Universidade do
Minho!
*Luís Lobo-Fernandes é
professor catedrático (aposent.)
de Ciência Política e Relações
Internacionais da Universida-
de do Minho, titular da cátedra
Jean Monnet de Integração Po-
lítica Europeia desde 2004. Foi
Pró-Reitor de Julho de 2006
a Outubro de 2009, bolseiro
Fulbright e da Fundação Ca-
louste Gulbenkian, e professor
convidado das universidades
de Washington (Seattle), Johns
Hopkins (Washington DC), e
Cincinnati.
17.02.24 / SÁBADO / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 09
10 DIÁRIO DO MINHO / Braga / SÁBADO / 17.02.24
www.diariodominho.pt

projeto com múltiplas atividades quer chegar a 3 mil alunos de norte a sul de portugal

SYnergia e Profitecla unem esforços

para promover associativismo nas escolas

DM

DM
Apresentação decorreu ontem, em Braga, no Centro de Atividades de Desporto Inclusivo Alunos do polo de Braga da Profitecla puderam exercitar-se numa aula de ioga

José Costa Lima individual». um concretizar de sonhos. SYnergia que queremos gens, inclusão social, ati- Citação
«Os grandes objetivos Quando as pessoas se en- construir, ir de encontro vidades recreativas, de

A
Associação SYnergia
Portugal e Escola
Profissional Profi-
tecla apresentaram
ontem publicamente, no
Centro de Artes e Despor-
to Inclusivo, o SYnergias
Escolares. Trata-se de um
projeto, já em andamen-
to que vai atuar junto de
3 mil alunos alunos dos
diferentes polos da Pro-
fitecla – Braga, Guima-
rães, Barcelos, Porto, Vi-
seu, Coimbra e Lisboa –,
através de uma «apren-
dizagem não formal» e
que «vai enriquecer o co-
nhecimento e currículo
da criação de associações
juvenis dentro do seio es-
colar, diferentes das tra-
dicionais associações de
estudantes, incluem o de-
senvolvimento da coo-
peração e solidariedade
entre jovens, a promo-
ção da integração social
e o crescimento integral»,
destacou Ricardo Sousa,
presidente da SYnergia
Portugal, associação que
em 2024 comemora o 20.º
aniversário.
«Criar o associativis-
mo com o método esco-
lar permite que tenha-
mos neste espaço [CADI]
tendem, as boas ações
acontecem, colocando à
disposição dos nossos par-
ceiros ferramentas pa-
ra resolver problemas»,
expôs.
«Sentimos que o asso-
ciativismo está a mudar.
A Covid-19 trouxe uma
solidão e que ainda pa-
gamos. Não temos de le-
var isso a mal, é a evolu-
ção, temos é de mudar
procedimentos, porque
o associativismo não é só
desporto ou música. O as-
sociativismo juvenil mu-
dou, é de intervenção fora
de paredes e é este novo
aos jovens, ir às escolas,
acrescentar valor para co-
locar aos serviço de 3 mil
alunos esta formação de
competências», acrescen-
tou, lembrando que este
protocolo ontem assinado
quer ir além-fronteiras.
«Para além de Portu-
gal, queremos os jovens
a pensar e a olhar para o
Mundo. Queremos que
os jovens despertem os
seus talentos, que os mos-
trem na escola, no país,
no Mundo», indicou, de-
talhando, entre outros,
«projetos de voluntaria-
do, eventos culturais, via-
lazer e de voluntariado»
como as múltiplas inicia-
tivas integram o projeto.
«Queremos mostrar
que é possível transfor-
mar alunos e as próprias
comunidades. É uma pe-
quena gota, mas é assim
que juntamos a comuni-
dade», completou Ricar-
do Sousa.
A apresentação do SY-
nergias Escolares contou
com a presença, entre ou-
tros, de Carla Sepúlveda,
vereadora da Educação de
Braga, e de Luís Alves, di-
retor da Agência Nacional
ERASMUS+.
Não faz sentido as
aprendizagens ocorrem
só em sala de aula,
mas muito fora dela. É
muito importante criar
sinergias escolares para
que os jovens se formem
de forma holística Este
casamento entre a
SYnergia e a Profitecla é
muito feliz.
Vítor Dias, diretor regional
do IPDJ

Diretor pedagógico
da Profitecla destaca projeto
que combate absentismo
Pedro Castro, diretor pedagógico da
Escola Profissional Profitecla, acredita
que o protocolo ontem firmado com a
SYnergia Portugal vai ser «inspirador e
motivador» para os alunos dos diferen-
tes polos daquela instituição de ensino.
«O ensino profissional já tem uma
carga horária assinalável e que deixa
pouco tempo para outras atividades.
O que se faz na escola é um campo pa-
ralelo ao que se faz na sala de aula. O
DM
que acontece é que não há muito tempo
para essas atividades. Por isso, recorre-
mos a parceiros que nos fornecem essas
atividades dentro das escolas», referiu.
«O aluno estar satisfeito dentro da
escola é criar um ambiente propí-
cio, resolvendo problemas como o o
absentismo ou o abandono escolar.
As escolas têm de olhar para o seu inte-
rior e trabalhar para que os alunos ve-
nham felizes para a escola. Temos de
estabelecer estas parcerias, através do
associativismo, para termos os nossos
alunos felizes, com todos a colaborar
num só propósito», resumiu.

encontro com o reitor permitiu abordar a situação atual
CDU de Braga reuniu-se
com Reitoria da UMinho
ma delegação da
U CDU de Braga foi
recebida pelo rei-
tor da Universi-
dade Minho (UMinho).
O encontro com Rui Viei-
ra de Castro permitiu
abordar a situação atual
desta academia, o seu fun-
cionamento e ativida-
des.
A cabeça de lista da
CDU, Sandra Cardoso,
considerou que «a UMi-
nho tem efetivamen-
te contribuído de forma
decisiva para a produção
de conhecimento e para
a qualificação das popu-
lações da região, bem co-
mo para o seu desenvolvi-
mento económico, social e
tecnológico, mas em con-
dições algo precárias em
muitos aspetos, devido à
situação de subfinancia-
mento em que é obriga-
da a funcionar».
Na opinião de Sandra
Cardoso, não cumprindo
com as suas responsabi-
lidades, os sucessivos go-
vernos PS, PSD e CDS-PP
Luís Arezes pede imparcidade à imprensa regional
Nova Direita exige equidade informativa
cabeça de lista por
O Braga do partido
Nova Direita (ND),
Luís Arezes, vê «com
profunda preocupação» o
que considera ser a «fla-
grante parcialidade da
imprensa regional face à
candidatura da força polí-
tica, que tem sido sistema-
ticamente negligenciada,
enquanto concede espaço
desproporcional aos par-
tidos do sistema».
Segundo o partido, tra-
ta-se de uma conduta que
contraria os princípios
Sandra Cardoso liderou a comitiva que se reuniu com o reitor da UMinho
fizeram a opção de man-
ter as instituições públi-
cas de ensino superior em
situação de subfinancia-
mento, criando estrangu-
lamentos ao seu funciona-
mento e desenvolvimento,
colocando em causa os
serviços prestados, o en-
sino de qualidade e a in-
vestigação científica.
De acordo com aqui-
lo que foi transmitido à
CDU, as verbas do Orça-
Luís Arezes pede esclarecimento da opinião pública
fundamentais da demo-
cracia e da equidade in-
formativa. «A candidatura
Nova Direita (distrito de
mento de Estado transfe-
ridas para a UMinho não
são suficientes sequer para
cobrir as despesas com os
salários, tendo a Universi-
dade de recorrer a receitas
próprias para pagar salá-
rios, manter instalações e
pagar as despesas ineren-
tes ao seu funcionamento.
Na opinião da CDU, a
proposta de Orçamento
do Estado para 2024 con-
tinua muito longe de cor-
DR
Braga), enquanto legítima
participante no proces-
so democrático, merece
igualdade de oportunida-
17.02.24 / SÁBADO
O D
Breves
DR
rigir a situação atual, pe-
lo que se antecipa desde
já um agravamento das
atuais dificuldades e con-
dicionamento de investi-
mentos há muito identi-
ficados como urgentes,
como o alojamento de
dos estudantes. As no-
vas residências em Bra-
ga e Guimarães também
foram abordada, estan-
do dependentes de fun-
dos europeus.
des para partilhar as suas
visões e compromissos
com o eleitorado Minho-
to», frisa Luís Arezes, que
acrescenta: «Lamentavel-
mente, constatamos que
partidos como PS, Chega
BE, PAN, PCP, PSD, BE e
LIVRE recebem uma co-
bertura privilegiada, en-
quanto a nossa é ignora-
da. Este comportamento
compromete a integrida-
de do processo democrá-
tico, privando os minho-
tos da oportunidade de
uma escolha informada».
DIÁRIO DO MINHO 11
AD APRESENTA-SE COMO «NOVA
PORTA DE ESPERANÇA E CONFIANÇA
PARA OS AGRICULTORES»
Aliança democrática A candidatura da
Aliança Democrática (AD) à Assembleia da Re-
pública pelo distrito de Braga concretizou, an-
teontem, uma jornada especialmente dedi-
cada aos agricultores, apresentando-se como
«nova porta de esperança e confiança para os
agricultores.
Em visita a explorações agrícolas no conce-
lho de Barcelos, o cabeça de lista Hugo Soares
reiterou a solidariedade com a luta de «um se-
tor que é absolutamente estratégico para o país».
DR
«Antes de mais, e sem mais desculpas nem
descontos, o Estado tem de regularizar as dívi-
das aos agricultores e passar a garantir os paga-
mentos atempados e corretos dos financiamen-
tos e apoios programados, incluindo as ajudas
europeias», defendeu Hugo Soares
O líder da candidatura da AD pelo distrito
de Braga sublinhou a situação de emergência
que vive o setor da agricultura, lamentando «o
desinvestimento do governo socialista no se-
tor ao longo dos últimos oito anos, o que levou
a uma situação de rutura com os agricultores».
Hugo Soares defendeu a implementação,
«com urgência» de um conjunto de medidas
que libertem os agricultores do peso da buro-
cracia e barreiras à produção e à rentabilidade.
IL QUER INVESTIMENTO
NO INTERIOR DO DISTRITO
amares A comitiva de campanha distrital da
Iniciativa Liberal continuou o seu roteiro libe-
ral em Braga, reunindo com o presidente da
Câmara Municipal de Amares, Manuel Morei-
ra. O partido fez-se representar por Olga Bap-
tista, candidata à Assembleia da República pe-
lo círculo eleitoral de Braga.
Segundo uma nota de imprensa, «neste en-
contro, foi facilmente identificado o problema
da mobilidade dentro do concelho – em gran-
de parte, devido à variante do Cávado –, e de
saneamento, onde há ainda um défice de 30% a
nível de cobertura necessária». «Após esta visita,
é reforçada a importância de investir no interior
do distrito, de fazer uma verdadeira descentra-
lização, e de equilibrar os acessos a serviços e
infraestrutura a todo o território», refere.
12 DIÁRIO DO MINHO / SÁBADO / 17.02.24
www.diariodominho.pt

solidariedade
A Cáritas pretende ser A iniciativa tem o apoio e o aplauso

Região uma mais-valia porque

jogamos no campeonato
dos últimos, junto daqueles
a quem tudo falha.
da Câmara de Guimarães, tendo a
vereadora Paula Oliveira formulado
o desejo de que o concelho «seja
cada vez mais uma terra onde se
pratica a solidariedade».

Cáritas mostra em Guimarães ações

de combate à pobreza e exclusão social
A cidade de

DM
Guimarães é este
ano, pela primeira
vez, o palco da
Semana Nacional
da Cáritas. Trata-
se de uma forma
de descentralizar e
mostrar o trabalho
do novo núcleo de
Guimarães/Vizela
à comunidade.
O programa
envolve iniciativas
com crianças e
jovens estudantes,
visitas, tertúlias,
um concerto
solidário e uma
eucaristia,
colocando em
evidência as ações
de voluntariado no
combate à pobreza
e exclusão social.
Semana Cáritas pretende despertar consciências e convocar para a ajuda aos mais carenciados

rui de lemos
to público, a consciencia- que darão conta pública numa excelente prática», Arcipreste de Guimarães balho da Cáritas.

a
cidade de Guima-
rães é este ano, en-
tre 23 de fevereiro
e 3 de março, o pal-
co escolhido pela Cáritas
Arquidiocesana de Braga
para realizar a Semana
Cáritas. Pela primeira vez
nos seus 75 anos de histó-
ria, que se celebram es-
te ano, a semana não tem
epicentro em Braga, mas
na cidade berço, descen-
tralizando a ação e rele-
vando o trabalho do no-
vo núcleo de Guimarães
e Vizela, constituído há
pouco mais de um ano.
Durante aquela sema-
na, as diferentes Cáritas
Diocesanas que compõem
a rede nacional Cáritas,
promovem o envolvimen-
lização e a dinamização
local. «A Cáritas Arquidio-
cesana de Braga assinala
este ano os seus 75 anos e
felizmente, pela primei-
ra vez, conseguimos que
a semana fosse assinala-
da fora do concelho de
Braga, porque a ação so-
cial da Cáritas está muito
para além de Braga e para
se estar no social é preci-
so estar próximo, daí ter
surgido este núcleo Gui-
marães/Vizela que está
de parabéns», suportou e
felicitou o dirigente João
Nogueira, apontando o
desejo de que mais nú-
cleos possam ser criados.
Assim, a cidade de Gui-
marães vai ter, em vários
espaços, diversos cartazes
do trabalho feito pela Cá-
ritas no apoio a muitos
cidadãos e famílias em
situações de dificuldade
e pobreza. Isto também
para «sinalizar, dar voz e
consolidar o trabalho de
cerca de um ano deste nú-
cleo Guimarães/Vizela,
que se tem evidenciado
Atuamos com
transparência
e dignidade
junto dos
problemas que
afligem e não
podem passar
despercebidos
à comunidade.
elogiou João Nogueira.
O programa da Semana
Cáritas é muito diversifi-
cado, mas o objetivo cen-
tral «é despertar as cons-
ciências dos cristãos e das
comunidades para este
trabalho social, voluntá-
rio e de proximidade com
quem tem as necessidades
mais básicas. Queremos
trazer para a praça públi-
ca este trabalho, mostran-
do e envolvendo a socie-
dade para que as pessoas
não se afastem das várias
realidades de pobreza. É
um apelo forte para todos
se consciencializarem e
estarem nesta dinâmica
de proximidade com os
mais frágeis», resumiu o
padre Samuel Vilas Boas,
e Vizela.
A semana começa, no
dia 27, com uma perfor-
mance por crianças dos
infantários da cidade, no
Largo do Toural, prosse-
gue na Secundária Mar-
tins Sarmento com jovens
voluntários a falar de vo-
luntariado, tem um “open
day” com visitas à sede da
Cáritas de Braga, passa pe-
la EB1 da Pegada e EB2/3
Egas Moniz e tem uma
tertúlia, no dia 29, pelas
21h30, na Associação Con-
vívio, com o bispo auxiliar
D. Delfim Gomes, antes
do concerto solidário no
Paço dos Duques, no dia
1 de março, onde o pú-
blico doará «o que qui-
ser» para ajudar no tra-
Na semana, os peditó-
rios destinam-se a anga-
riar fundos que servem
para suportar «as nossas
várias ajudas, seja na ren-
da, na alimentação, nos
medicamentos, na água
ou na luz, enfim nas vá-
rias necessidades dos mais
frágeis», ilustrou Rosá-
rio Ferreira, presidente
do núcleo da Cáritas Ar-
ciprestal de Guimarães e
Vizela. A dirigente acres-
centou que neste primei-
ro ano «temos tido, feliz
ou infelizmente, mesmo
muito trabalho e trabalha-
mos sobretudo muito no
apoio à comunidade emi-
grante», sempre de forma
complementar à rede so-
cial existente.

escultura de 3 metros vai decorar parque das termas
Vizela vai erguer cravo gigante
para celebrar os 50 anos de Abril
Rui de Lemos
Câmara Municipal
A de Vizela vai per-
petuar a comemo-
ração dos 50 anos
do 25 de Abril no conce-
lho com uma escultura
de grandes dimensões,
em forma de cravo ver-
melho, que será colocada
no Parque das Termas. A
informação foi avançada,
ontem, pelo presidente
do Município, Vítor Hu-
go Salgado, na divulgação
do programa comemora-
tivo do evento, que inclui
diversas iniciativas e um
grande concerto que vai
juntar os cantores Pau-
lo Carvalho e Mariza Liz
com a Banda da Socieda-
de Filarmónica Vizelen-
se, no dia 26 de abril, na
Praça do Município.
Os 25 anos da Revo-
lução dos Cravos vão ser
perpetuados em Vizela
numa nova praceta que
será construída no âm-
bito da requalificação do
Parque das Termas, num
antigo espaço dedicado ao
ténis, cujo centro será de-
corado com «uma escul-
tura em forma de cravo,
com três metros de altura
e 3,75 metros de diâme-
tro, de cor vermelha», re-
velou, ontem, o presiden-
te da Câmara Municipal,
Vítor Hugo Salgado, na-
quela sessão, no miniau-
ditório do edifício da sede
do concelho. Segundo o
autarca, «o vermelho será,
aliás, a cor predominan-
te» naquele novo espaço
público, que terá bancos
a circundar a obra de ar-
te.
«Entendemos que de-
veríamos fazer uma ho-
menagem ao 25 de Abril
que fosse objetivada, visí-
vel, algo de muito expres-
sivo e que todas as pes-
soas que passassem por
Vizela celebra 50 anos do 25 de abril com sessão solene e inauguração de escultura
este monumento vissem
que simboliza os 25 anos
do 25 de Abril, num espa-
ço de referência do con-
celho de Vizela», supor-
tou Vítor Hugo Salgado,
anunciando a inaugura-
ção da nova escultura pa-
ra o dia 25 de abril.
Com o objetivo de
«marcar aquilo que é re-
levante na nossa história
e na nossa cultura», as co-
memorações irão decor-
rer ao longo dos próximos
meses, com particular fo-
co em abril, sendo «cara-
terizada por um conjunto
iniciativas que pretendem
Escultura em
forma de cravo
terá uma altura
de 3 metros, um
diâmetro de 3,75
metros e será
algo de muito
expressivo, com
cor, com força e
num espaço de
referência do
concelho.
valorizar as nossas refe-
rências para que elas não
sejam esquecidas, valori-
zando o passado, perce-
bendo o caminho per-
corrido e projetando o
futuro». O programa pre-
tende, sobretudo, «disse-
minar toda esta informa-
ção nos vindouros, nos
mais jovens para que eles
a possam levar ao futuro,
destacou o autarca.
Vítor Hugo Salgado
considerou, ainda, que
«se faz muito sentido co-
memorar os 50 anos do 25
de Abril em todo o país,
faz muito mais sentido
falar do 25 de Abril em
17.02.24 / SÁBADO /
Vizela, porque o que es-
teve subjacente à Revo-
lução de Abril foi muito
daquilo que esteve sub-
jacente à luta autonómi-
ca do concelho de Vize-
la», suportou.
Assim, as comemora-
ções serão organizadas
em parceria entre a Câ-
mara Municipal de Vizela,
a Sociedade Filarmónica
Vizelense, o condomínio
dos espaços comerciais do
Fórum Vizela, várias asso-
ciações culturais e agru-
pamentos de escolas do
concelho, anuindo vários
parceiros locais no objeti-
vo comum de celebrar a
Região / DIÁRIO DO MINHO 13
DM
liberdade e a democracia.
O destaque vai para o
dia 26 de abril com o con-
certo de Paulo Carvalho e
Mariza Liz com a Banda
da Sociedade Filarmóni-
ca Vizelense, que terá lu-
gar na Praça do Municí-
pio, local onde no dia 24
a mesma banda local ofe-
rece o espetáculo “Vize-
la Canta Abril, 50 anos”.
Além disso, as escolas vão
ter um conjunto vário de
worshops, exposições e
livros, a par da oferta de
quatro espaços de teatro
no Auditório Municipal
Francisco Ferreira, nos
dias 29 e 30 de abril.
DM
www.diariodominho.pt
BREVE
GUIMARÃES
DEBATE
ATAQUES
À DEMOCRACIA
Reflexão A As-
sociação Artística
Vimaranense pro-
move, hoje, pelas
17h00, na sua sede,
na rua de Gil Vi-
cente, em Guima-
rães, uma confe-
rência-debate sob
o título “Xenofo-
bia, Islamofobia,
Racismo: O ataque
à democracia”.
São conferencis-
tas Fabrizio Bosca-
glia, especialista em
Sufismo e professor
na Universidade Lu-
sófona Lisboa; Fran-
cisco Teixeira, dou-
tor em Filosofia e
membro do Con-
selho Municipal da
Educação de Gui-
marães; Sílvia Le-
mos, membro da
Comissão Justiça e
Paz da Arquidioce-
se de Braga, e Pau-
la Oliveira, vereado-
ra da Ação Social da
Câmara de Guima-
rães. Modera o de-
bate Orlando Cou-
tinho, mestre em
Filosofia Política.
A motivação des-
te evento tem a ver
com «a circunstân-
cia, por um lado, de
um súbito emergir
de tendências xe-
nófobas, racistas e
islamofóbicos em
alguns setores da so-
ciedade portuguesa,
em virtude de uma
rápida transforma-
ção da paisagem re-
ligiosa e do aprovei-
tamento político de
forças extremistas, e,
por outro, da neces-
sidade de pensar e
agir sobre as efetivas
transformações mi-
gratórias em curso,
com consequências
de natureza social,
cultural e religiosa».
14 DIÁRIO DO MINHO /
www.diariodominho.pt
diagnóstico aprovado por conselho intermunicipal
CIM do Cávado identifica necessidades
de 18,4 milhões para a Proteção Civil
O
diagnóstico de ne-
cessidades no âmbi-
to da Proteção Civil
e Gestão Integrada
de Riscos – Cávado 2030
foi aprovado pelo Conse-
lho Intermunicipal (CI) da
Comunidade Intermuni-
cipal do Cávado (CIM Cá-
vado), informou a insti-
tuição supramunicipal.
De acordo com a CIM
do Cávado, a aprovação
daquele diagnóstico re-
força o compromisso das
autoridades locais em for-
talecer a segurança e a res-
posta a situações de emer-
gência na região e vai de
encontro com os com-
promissos assumidos pela
estrutura supramunicipal
que engloba os concelhos
de Amares, Braga, Bar-
celos, Esposende, Terras
de Bouro e Vila Verde no
âmbito do Pacto Ecológi-
co Europeu, da Carta de
Missão Adaptação às al-
terações climáticas, do
Pacto Rural Europeu, do
Sistema de Gestão Inte-
grada de Fogos Rurais,
Fátima alçada aposta na continuidade e consolidação
Nova diretora aponta Comédias do Minho como farol
N
o ano em que a As-
sociação para a Pro-
moção de Atividades
Culturais no Vale do
Minho – Comédias do Mi-
nho completa 20 anos de
atividade, inicia-se uma
nova fase do projeto ar-
tístico e cultural. Fátima
Alçada assumiu, quinta-
-feira, as funções de Di-
retora-Geral e Artística.
Continuidade e con-
solidação são alguns dos
objetivos da nova dire-
Região / SÁBADO / 17.02.24
Diagnóstico identifica equipamentos de proteção individual como prioridade de aquisição
entre outros.
Segundo a mesma fon-
te, no diagnóstico das ne-
cessidades e prioridades,
existentes no território,
depois de auscultados di-
tora-geral e artística das
Comédias do Minho, pa-
ra quem a rede cultural
entre cinco municípios,
com 20 anos, é um «fa-
rol do que podia acon-
tecer no resto do país».
«Não só é possível unir
cinco municípios [Mon-
ção, Melgaço, Paredes de
Coura, Valença e Vila No-
va de Cerveira, no distrito
de Viana do Castelo] em
torno de um projeto, co-
mo se fazem coisas incrí-
versos agentes da proteção
civil, foram identificadas
as principais necessida-
des que totalizam o va-
lor de cerca de 18,4 ME,
dos quais 11 milhões esti-
Fátima Alçada valoriza legado cultural e artístico
mam as necessidades das
corporações de bombei-
ros e 7,4 milhões de eu-
ros dos serviços munici-
pais de proteção civil. Os
equipamentos de proteção
DR
DR
individual para incêndios
rurais e urbanos, foram
identificados, por todas
as entidades auscultadas,
como uma necessidade e
prioridade de aquisição,
veis. É um projeto único
em Portugal e um farol
do que podia acontecer
no resto do país – para
trabalhar em territórios
aparentemente difíceis,
com dificuldades associa-
das», disse, à Lusa, Fátima
Alçada, a nova responsá-
vel do projeto.
As Comédias do Mi-
nho assinalam 20 anos
de existência e é «muito
bonito» celebrá-los quan-
do se assinalam «50 anos
uma vez que este tipo de
equipamento tem desgas-
te rápido e é indispensável
para garantir a segurança
dos bombeiros e outros
profissionais envolvidos.
Segundo os responsá-
veis, a iniciativa «é funda-
mental para promover a
resiliência e a preparação
da região face a potenciais
desafios, contribuindo pa-
ra a segurança e bem-estar
da população local e pa-
ra alertar a administração
central das necessidades
financeiras que estes ato-
res têm e que tem de ser
cobertos por um reforço
de financiamento, quer no
âmbito do Plano de Recu-
peração e Resiliência, pe-
lo Portugal 2030 ou pelo
Orçamento de Estado».
O diagnóstico aprova-
do foi enviado à ANEPC e
a todas as entidades que
participaram na sua ela-
boração, sendo posterior-
mente enviado à tutela
ministerial após as elei-
ções legislativas de mar-
ço deste ano.
de liberdade», diz Fáti-
ma Alçada, sublinhando
o privilégio de «herdar
este legado iniciado por
Isabel Alves Costa e dar-
-lhe continuidade».
O «segredo» para a lon-
gevidade do projeto é, diz,
«o compromisso» dos cin-
co municípios fundado-
res, que «vai muito além
do interesse municipal
de cada um», juntando os
cinco «para lá de manda-
tos políticos».
 17.02.24 / SÁBADO / DIÁRIO DO MINHO 15
www.diariodominho.pt

EM tomada de posição sobre a importância das eleições legislativas de 10 de março

Gestores cristãos defendem

fator de esperança nas empresas
As empresas

DR
criar empregos de quali-
devem constituir dade, com salários dignos
um fator de e atrativos, que valorizem
esperança para as pessoas, podemos aspi-
o país, que está rar a desenvolver o país e
a braços com a estancar a fuga de juven-
o crescimento tude e de talento de Por-
da pobreza e tugal», destaca a ACEGE.
com a vaga de A associação nota que
emigração dos «os investidores, empresá-
jovens. O alerta rios e líderes empresariais
foi deixado pela têm uma missão essencial
Associação Cristã a desempenhar com o seu
de Empresários trabalho, em convergência
e Gestores, com o Estado, que deve as-
que pedem ao segurar o clima e as con-
Estado a criação dições necessárias à ativi-
de condições dade económica: serviços
que permitam públicos eficientes, um sis-
a prosperidade tema de educação compe-
e o combate à tente, segurança pública,
economia paralela, justiça célere e previsibi-
que já mobiliza lidade legal e fiscal». Mas
mais de 82 mil Dirigentes da ACEGE destacam a importância crítica que as eleições de 10 de março têm para o futuro do país faz saber que «infelizmen-
milhões de euros. te o Estado não tem asse-
gurado estas condições».
za em Portugal e ajudar a nião, e, mais objetivamen- tomadas de ânimo leve». incapacidade de diálogo, O forte crescimento da
estancar a emigração dos te, na crise das instituições «É crítico decidir para com indesejável perspeti- economia paralela, que já
joaquim martins fernandes jovens. O alerta foi feito e no crescimento da emi- construir», sublinha a as- va de instabilidade ou de vale quase 35 por cento da
numa tomada posição so- gração, especialmente dos sociação de empresários e impasse». riqueza do país, é apon-
Associação Cristã bre as eleições legislativas jovens (30% dos jovens en- gestores, assumindo que «Empresas geridas com tado como «um exemplo

A de Empresários e
Gestores (ACEGE)
apontou as empre-
sas como sendo um fator
crítico para a esperan-
de 10 de março, que são
vistas pela associação cris-
tã como sendo «da maior
importância para o futu-
ro de Portugal».
tre os 15 e 39 anos emi-
gram, 25% dos filhos de
portugueses nascem no es-
trangeiro)», destaca a ACE-
GE, deixando claro que,
«as empresas são um de-
cisivo fator de esperança»,
num tempo em que «num
tempo de riscos imensos,
num mundo com relevan-
responsabilidade e ética,
tendo o amor e a verda-
de como critérios de ges-
tão, são a “chave” para o
desenvolvimento das fa-
expressivo» e que leva a
ACEGE a alertar que «o
eventual não desagrava-
mento da carga fiscal fa-
rá caminhar Portugal pa-
ça dos portugueses, mas «A decisão dos portu- neste quadro, «a decisão tes guerras abertas de evo- mílias, do país e do com- ra uma economia em que,
alertou que é preciso que gueses tem lugar num qua- de voto dos portugueses é lução imprevisível» e num bate sustentado à pobre- tendencialmente, quase
o Estado crie condições dro de falta de esperança demasiado relevante para tempo em que «a política za existente. Só através de metade da riqueza pode-
para que possam assu- coletiva no futuro, bem vi- que a abstenção ou o mero portuguesa caminha ba- empresas humanizadas e rá vir a ser produzida fo-
mir o combate à pobre- sível nos estudos de opi- protesto devam ser opções seada no confronto e na sustentáveis, capazes de ra de impostos».
16 DIÁRIO DO MINHO / Religião / SEXTA-FEIRA / 16.02.24
www.diariodominho.pt

realização decorre na faculdade de filosofia e ciências sociais

laboratório da fé
O TEMPO DO CORAÇÃO Jesuítas promovem em Braga
quaresma-Páscoa O ciclo litúrgico inicia-
do na Quarta-feira de Cinzas (Quaresma), que
chega à Páscoa e culmina no dia de Pentecostes,
reflexão sobre economia
é o centro da vida cristã. É o tempo do coração!
A Quaresma é como um lembrete anual pa- mia e participação demo-

A
ra fazermos um exame geral ao nosso estado de Aula Magna do crática dos jovens, a par-

DR
saúde. Não se trata só de uma revisão espiritual, Centro Regional tir de três dimensões, a
mas de uma análise detalhada sobre o que so- de Braga da Uni- académica, a prática e a
mos como seres humanos. versidade Católi- filosófica/espiritual.
O modo como vivemos é mais holístico do ca Portuguesa (UCP) aco- O objetivo do portal
que pensar apenas na situação espiritual, movi- lhe no próximo dia 20 de ‘Ponto SJ’, com estas ini-
dos pela tentação frequente de isolar a dimen- fevereiro, pelas 21h30, a ciativas, é ajudar os por-
são cristã de outros aspetos da nossa identidade. terceira conversa da rea- tugueses a uma reflexão
A revisão geral lembrada pela Quaresma in- lização “Ponto de Cruz”. A e debate sobre os «pro-
tegra, por isso, todas as dimensões da existência iniciativa, que é promovi- blemas atuais e ajudar a
e todas as relações daí decorrentes: com Deus, da pelos Jesuítas em Por- pensar o futuro», até às
connosco, com os outros, com a criação. tugal, vai decorrer subor- eleições legislativas 2024.
Muitas línguas, em especial a cultura de onde dinada ao tema “Por um O périplo nacional de
emergiram os textos bíblicos, referem o “cora- país a crescer” é o tema conversas do “Ponto de
ção” como uma abreviatura daquilo que consti- da terceira conversa do Cruz”, que começou no
tui a essência do ser humano. O coração é a casa ‘Ponto de Cruz’, promo- Algarve, vai terminar em
das emoções e dos sentimentos, como também vida pelos Jesuítas em Coimbra, no dia 28 de fe-
é a casa da inteligência e da imaginação, da to- Portugal. vereiro, com uma refele-
mada de decisões e da conexão espiritual. Em comunicado envia- Iniciativa realiza-se na próxima terça-feira, 20 de Fevereiro xão sobre participação cí-
O início da Quaresma é o primeiro alerta pa- do às Redações, a Faculda- vica e política, no Centro
ra nos recordar que o coração é o centro da nos- de de Filosofia e Ciências Universitário Manuel da
sa identidade, no qual todas as dimensões e re- Sociais da UCP – Braga, de Francisco”, e o padre tugal – numa primeira Nóbrega, às 21h30.
lações se entrelaçam com (ou não) harmonia. informa que neste encon- Nélson Faria, da Com- fase do “Ponto de Cruz”, Esta iniciativa, que não
Ao longo dos quarenta dias da Quaresma, so- tro ‘Ponto de Cruz’ vão panhia de Jesus, que tra- lançou vídeos online on- tem qualquer «conota-
mos convidados a avaliar a nossa saúde espiritual, discutir a situação econó- balha na Rede de Mun- de explica “o que é a Dou- ção política e partidária»,
mas também a verificar o modo como as outras mica de Portugal, «à luz dial de Oração do Papa, trina Social da Igreja?” e tem como objetivo «con-
dimensões da nossa vida refletem (ou não) a nos- do princípio do Bem Co- obra da Santa Sé confia- os “quatro princípios fun- tribuir para a análise do
sa primordial identidade de filhas/os de Deus. mum», a partir do mote da aos jesuítas. Esta ter- damentais”, como são a tempo presente e ajudar
O Papa Francisco, na mensagem deste ano, “Por um país a crescer”. ceira conversa “Ponto de dignidade da pessoa hu- a projetar o futuro», dis-
fala-nos da Quaresma como um itinerário que Os intervenientes são a Cruz” está a ser organiza- mana, o bem comum, a se a organização, vincan-
nos conduz ao lugar do primeiro amor. O pri- professora de Economia da pelo Centro Académi- subsidiariedade e a soli- do que está ainda previs-
meiro passo, escreve, «é querer ver a realidade». Paula Veiga Benesch (na co de Braga (CAB). dariedade. Agora está a ta a apresentação de um
Isto significa que as nossas “dores” precisam Universidade do Minho), Segundo a Agência Ec- promover conversas pelo manifesto com as ideias
de ser escutadas, nunca ignoradas. Que se passa o gestor Francisco Maia, clesia, o “Ponto SJ” – um país sobre desigualdades principais resultantes da
comigo? Como é o meu descanso? Porque é que membro da “Economia portal dos jesuítas em Por- sociais, educação, econo- reflexão.
isto me magoa ou porque fico tão furioso com
aquilo? Porque me tenho sentido mal nos últi-
mos tempos? Quais são os sintomas?
Sem a coragem de ir à raiz daquilo que se pas- estado garante financiamento a intervenção em monumento classificado
sa no nosso coração, sem o diagnóstico dos ma-
les que nos habitam, em todas as dimensões do
humano, estaremos a desperdiçar esta renova-
Câmara de Ponte da Barca assina protocolo
da oportunidade de sermos curados. que viabiliza recuperação da igreja matriz
DR

A
igreja matriz da pa- reunião da Câmara Mu- património histórico de
DR

róquia de Ponte da nicipal de Ponte da Barca, Ponte da Barca.

Barca vai ser objeto
de uma inter-
venção urgente que visa
a realização de obras de
reabilitação do templo,
que é considerado um dos
monumentos mais em-
blemáticos do concelho
altominhoto. A minuta
que vai nortear a inter-
venção foi aprovada na
por proposta do presiden- O protocolo tripartido
te da autarquia. Augusto prevê que seja o Estado a
Marinho, o compromis- garantir o financiamento
so que envolve o Muni- às obras de à salvaguar-
cípio, a empresa pública da, conservação, restau-
que tutela o património ro, valorização, divulga-
cultural e a paróquia de ção e internacionalização
São João Batista de Pon- do património cultural,
te da Barca «representa uma vez que a igreja es-
um compromisso essen- tá classificada como pa-
cial com a preservação do trimónio cultural.
 17.02.24 / SÁBADO / Religião / DIÁRIO DO MINHO 17
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no arciprestado de vila nova de famalicão

Alimento Diário
Paróquia de Arnoso realiza ENSINAI-ME, SENHOR, O VOSSO CAMINHO

procissão do Senhor dos Passos Temos de admitir que todos temos (peque-
nas) incoerências entre o que dizemos ser
mais importante e o que revelam as nossas
ações diárias. As causas podem ser diversas,

A
certo é que nos desviamos do caminho. Ainda
comunidade paro- rio na igreja paroquial, a bem que existe a Quaresma: um tempo para

DR
quial de Santa Ma- cargo do Reverendo Pa- voltar ao ponto de partida.
ria de Arnoso, Ar- dre Manuel António Bar-
ciprestado de Vila bosa Moreira. Prossegue-

DR
Nova de Famalicão, vive -se com a procissão pelas
nos dias 24 e 25 de feve- ruas da freguesia, com vá-
reiro as tradicionais So- rios figurados, represen-
lenidades do Senhor dos tando quadros bíblicos da
Passos, celebrações cara- Paixão de Cristo.
terísticas e próprias do Entre os pontos altos
tempo da Quaresma. que marcam a celebração
As celebrações iniciam- está, o Sermão do Encon-
-se no sábado, dia 24, às tro, canto da Verónica no
18h00, com a eucaristia, decorrer da procissão ao
seguindo-se o III Con- Sermão do Encontro é um dos pontos altos das celebrações Alto do Calvário, sendo
certo Paixão do Senhor, esta acompanhada pela
às 21h00, com participa- Banda Marcial de Arnoso.
ção do Grupo Eccos En- zada pelo grupo coral da so e às autoridades reli- De regresso à igreja
semble Vocal. paróquia, Eucaristia Jo- giosas e civis, na Escola paroquial, prossegue-se
No domingo, dia 25, vem, na capela do Se- Básica Conde de Arnoso. com o Sermão do Encer-
às 10h30, realiza-se a eu- nhor dos Passos. Segue- Às 15h00, inicia-se a So- ramento e representação
caristia em honra do Se- -se, às 14h30, a receção à lene Procissão dos Passos do quadro bíblico relativo
nhor dos Passos, soleni- Banda Marcial de Arno- com o Sermão do Pretó- à Morte do Senhor. Lausperene Quaresmal
Durante o tempo da Quaresma, o Santíssimo
Sacramento encontra-se exposto à adoração dos
fiéis em diferentes igrejas de Braga, que se es-
São Victor: 8h30 (terça a sexta-feira). meram na arte do adorno floral das suas tribu-
Horário das missas Ao sábado: 17h00. nas e altares. Esta tradição, espelho da devoção
De segunda a Sábado dos crentes, surgiu em 1710, com o Arcebispo
Senhora-a-Branca: 9h00 (segunda a sexta-feira)
D. Rodrigo de Moura Teles.
Sábado: 18h00 (Vespertina)
O Terço: às 17h00, e a missa das 17h30, no site www.
twitch.tv/sede braga e nas redes sociais da Arqui- Igreja do Carmo: 8h00 e 9h00. FEVEREIRO
diocese (Facebook e YouTube). Sexta-feira, 14h30
e 16h00. Sábado (09h00 e 11h30). Gualtar: 18h30 (de terça à sexta-feira). Sábado, às 16 e 17 - Seminário
18h00. Todas as celebrações são na Igreja Nova. 18 e 19 - Misericórdia
Basílica dos Congregados: 10h30, 12h00, 17h00. 20 e 21 - Penha
Basílica do Bom Jesus do Monte: 16h30 (segunda a 22 e 23 - Salvador
Igreja do Pópulo: 8h00. Sábado, às 16h00 sexta-feira), 8h30 (sábado).
24 e 25 - Santo Adrião
(Vespertina).
26 e 27 - Lapa
Santuário do Sameiro: Basílica: 10h00 e 16h30 (se-
Cividade: 19h15 (de segunda a sexta). Ao sábado, às gunda a sábado de manhã). 28 e 29 - Maximinos
19h15, na capela S. Sebastião. Cripta – Dia 26: 16h00 (terço), 16h30 (missa) ao sá-
bado, precedida do terço. MARÇO
São João do Souto: 10h00.
Maximinos: 19h15 (segunda a sexta-feira); 17h00, 1 e 2 - Asilo de S. José
Terceiros: De segunda à sexta-feira: 8h30 e 18h00; 18h30 e 21h00 (sábado). 3 e 4 - Terceiros e Ferreiros
(Sábado: 18h30 (exceto agosto). 5 e 6 - S. João do Souto
São Vicente: A igreja paroquial está de novo aberta
7 e 8 - Pópulo
Santa Cruz: 11h00 e 18h00 (Sábados e Domingos) ao público e os horários das missas foram retoma-
9 e 10 - Santa Cruz
das. Aos domingos, às 10h00, às 12h00 e às 19h00; e
Santa Cruz: Todos os dias, às 11h00. de segunda a sábado, às 18h00, na igreja. 11 e 12 - Cividade
13 e 14 - S. Victor
Igreja do Hospital de São Marcos: 09h30 (de se- São Lázaro: 07h45 e 18h30 (de segunda a sexta); sá- 15 e 16 - S. Marcos
gunda a sexta-feira). bado 07h45 e 17h30. 17 e 18 - Carmo
19 e 20 - São Lázaro
Divino Salvador (Lar Conde de Agrolongo): 17h00 Fraião: 19h00. 20 e 21 - Congregados
(exceto segunda-feira). 23 e 24 - S. Vicente
Hospital de Braga (capela): 12h30 (segunda a
25 e 26 - Senhora a Branca
Santo Adrião: 18h30. sexta-feira).
27 e 28 - Instituto Monsenhor Airosa
18 DIÁRIO DO MINHO / SÁBADO / 17.02.24
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Espaço Aberto
ESPAÇO DECO
50 anos da DECO
SARA PINHEIRO
Técnica Superior do Gabinete
de Inovação e Projetos
A
Associação Portuguesa
para a Defesa do Con-
sumidor, vulgarmen-
te conhecida por DE-
CO comemorou no passado
dia 12 de fevereiro, 50 anos
de existência, tendo apoia-
do desde então milhões de
consumidores.
A sessão comemorativa dos
50 anos da DECO contou com
a presença de diversas indi-
vidualidades entre as quais o
Secretário de Estado do Co-
mércio, Turismo e Serviços
A bicicleta e o amor
MARINA CERQUEIRA
N
este que é o mês do
amor, não poderia
escrever sobre outro
tema senão a minha
história de amor:
Semelhante, e quase ci-
tando Carlos Paião na can-
ção Cindela: eramos duas
crianças a viver esperan-
ças e a saber sorrir, eu ti-
nha cabelos loiros e ele uma
bicicleta.
Data de 1999 e, ter e an-
(Nuno Fazenda), da Presiden-
te do .PT (Luísa Ribeiro Lo-
pes) e do presidente da DE-
CO (Luís Silveira Rodrigues).
O dealbar do movimen-
to consumerista em Portugal
terá surgido no início da dé-
cada de 70 do século passado
por força da crise petrolífera
de 1973 que levou a um for-
te aumento dos preços dessa
matéria prima e da inflação
generalizada que lhe suce-
deu, criando nos cidadãos a
necessidade de defender os
seus interesses. A DECO é
fundada poucos dias antes
do 25 de abril, data em que,
não fora a revolução, pode-
ria ter sido também a data
da votação da primeira lei de
defesa do consumidor na As-
dar de bicicleta era “cool”.
Desde criança que as bi-
cicletas me fascinavam, se
calhar, por não poder ter
uma. E foi na adolescên-
cia que esse sonho se rea-
lizou. O meu interesse era
tal que não é de estranhar
que o meu grande amor
fosse por alguém que an-
dava de bicicleta.
Poder andar de bicicleta
era, e continua a ser, liber-
tador. Sentia-me livre pa-
ra ir onde quisesse com os
amigos. Podíamos dar pas-
seios, fazer piqueniques e
descobrir sítios novos. E
claro, namorar!
E assim foi, num des-
ses muitos passeios, que
esse amor do século pas-
sado aconteceu e dura até
hoje. Posso por isso dizer,
que foi um amor não com
perna para andar, mas com
pedais para pedalar.
Deste amor nasceu um
filho, e não foi por isso
sembleia Nacional (hoje As-
sembleia da República), que
assim apenas foi aprovada em
1981 (Lei n.º 29/81 de 22/08).
Ao longo dos 50 anos que le-
va de existência, onde rapi-
damente se transformou na
maior associação de defesa
dos consumidores em Por-
tugal e uma das maiores a ní-
vel europeu e internacional,
a DECO protagonizou inú-
meras lutas e conquitas que
serviram para a tornar tão
conhecida de todos os con-
sumidores. Assim, em no-
vembro de 1978 é lançada a
revista Proteste que rapida-
mente se tornou conhecida
e indispensável para todos;
Esteve presente em inúme-
ros programas radiofónicos
que pusemos este modo
de transporte de lado. Co-
meçou já na barriga a sen-
tir as pedaladas da mãe, de-
pois em bebé a ser levado
na cadeira da bicicleta e ho-
je, com 5 anos, já me acom-
panha na sua bicicleta. Há
quem diga que sou louca e
pense talvez que sou irres-
ponsável, mas apesar das di-
ficuldades e da pouca aces-
sibilidade da cidade para
este modo de transporte,
Nos artigos enviados para o Diário do Minho destinados a esta secção deve constar
a identificação completa dos seus autores (nome, morada, n.º de B.I. e contacto).
e televisivos, como foi o caso
do célebre “Gato por Lebre”;
Difundiu-se e aproximou-se
dos consumidores de todo o
país através da abertura de
delegações regionais (7); ce-
lebrou inúmeros protocolos
de cooperação com diversas
câmaras municipais por todo
o país; Desenvolveu o Projeto
DECO Escolas para divulgar
os direitos dos consumidores
junto da comunidade esco-
lar do país; promoveu cen-
tenas (ou milhares) de ações
de informação e sensibiliza-
ção por todo o país destina-
das a esclarecer, informar e
alertar os consumidores por-
tugueses para os seus direitos
e subscreveu diversas ações
em Tribunal em defesa dos
consumidores.
Não poderia deixar aqui,
contudo de realçar o papel
prefiro não o fechar den-
tro de um carro durante
largos minutos por causa
do trânsito. Usando a bici-
cleta ganhamos tempo pa-
ra brincar, ir ao parque e o
trajeto em si já é um agra-
dável passeio.
Desengane-se quem pen-
sa que apenas o fazemos
em dias de sol, pois a chu-
va não nos intimida. Como
costumamos dizer, “quem
tem capa, sempre escapa”
DR
que a DECO teve na criação
dos Centros de Arbitragem de
Conflitos de Consumo (Tri-
bunais Arbitrais de Consumo)
em Portugal. De facto, con-
siderando a necessidade dos
consumidores poderem co-
locar e resolver os seus con-
flitos de consumo de forma
fácil, célere, próxima e se-
gura, a DECO apoiou forte-
mente a criação do primei-
ro Centro de Arbitrtagem em
Lisboa em 1989, a que se se-
guiram outros que também
foram apoiados pela DECO,
como seja o caso dos Cen-
tros do Porto, Coimbra, Va-
le do Ave ou Algarve.
O CIAB-Tribunal Arbi-
tral de Consumo que nasceu
em 15 de março de 1997 em
Braga, também recebeu um
importante apoio da DECO,
desde logo em 2002 por oca-
e equipados lá vamos nós
para o infantário e cha-
gamos sempre mais secos
que muitos.
Assim como na adoles-
cência, também nos dias
de hoje, é libertador não ir
de carro para todo lado e,
assim, não estar presa no
trânsito infernal da cida-
de. Prefiro a chuva na ca-
ra ao fumo dos carros e ao
stress que é estar fechada
sem conseguir chegar ra-
pidamente onde quero, ou
tenho de ir.
Gostava que mais pes-
soas experimentassem o
fantástico que é usar a bici-
cleta. A rapidez e a facilida-
de com vão conseguir che-
gar onde precisam. Tenho a
certeza que muitos de iam
sião da criação da associação
que serviu de suporte a este
Tribunal Arbitral de Consu-
mo (www.ciab.pt) que hoje
funciona para toda a região
envolvente.
Num momento crucial
para todos, onde se colocam
enormes desafios e incerte-
zas, a propósito da transição
digital, da inteligência artifi-
cial (IA), das alterações climá-
ticas ou da eclosão de inúme-
ros conflitos em várias regiões
do mundo, a existência de
associações que lutam pelos
nossos direitos e interesses é
fundamental, porque, lá diz
o ditado, a união faz a força.
Assim, aproveito esta opor-
tunidade e este espaço para
saudar a DECO e fazer votos
que venham mais 50 anos da
DECO ao lado dos consumi-
dores portugueses.
apaixonar, assim como eu
me apaixonei.
E é esta a história que
vos queria contar, de um
amor à bicicleta que levou
ao amor entre duas pessoas.
Espero ter-vos inspirado,
e para saberem mais sobre
como a bicicleta se tornou,
para mim, e também para
outras pessoas, uma opção
para as deslocações diárias
e principal modo de trans-
porte, ouçam o podcast da
Braga Ciclável, batizado
Conversas com Pedal.
Este projeto foi lançado
no dia 5 de fevereiro, já con-
ta com dois episódios de oi-
to na primeira temporada.
Pode ser ouvido no spo-
tify, Apple Podcast ou Goo-
gle Podcast.
 17.02.24 / SÁBADO / DIÁRIO DO MINHO 19
www.diariodominho.pt

HC BRAGA
AF BRAGA JOGA HOJE

DESPORTO
O CD da AF Braga
instaurou processos EM VOLTREGÀ PARA
disciplinares a Forjães
SC e GD Joane. A TAÇA
WS EUROPE

Artur Jorge seguro (para já) mas Salvador exige resposta imediata

Alerta vermelho na Pedreira

SCB
José Costa Lima cerca de um ano meio,
mas António Salvador
desastre ao qual a não vai tomar qualquer

O Pedreira assistiu na
última quinta-fei-
ra, que pode culmi-
nar com o afastamento do
SC Braga das competições
europeias, acentuou a cri-
se que se vive dentro e fo-
ra do balneário, por força
das derrotas com o Spor-
ting e Qarabag, obrigando
António Salvador a fazer
uso das palavras de for-
ma coerciva entre qua-
tro paredes após o 2-4 so-
frido ante o campeão do
Azerbaijão.
O presidente do SC
Braga fez questão de fa-
lar olhos nos olhos com
equipa técnica e jogado-
res, mostrando todo o seu
descontentamento pelo
momento atual, mas ma-
nifestou a sua confian-
ça no coletivo braguista
para que o regresso aos
triunfos se efetive o quan-
to antes. António Salvador
António Salvador exige reação do plantel ao mau momento que atravessa
não gostou, obviamente,
do resultado nem da exi-
bição de quinta-feira, e
passou sem demoras uma
mensagem clara ao plan-
tel de que há ainda obje-
tivos para cumprir esta
temporada.
decisão ao sabor do ven-
to e quer, primeiramen-
te, uma mudança de atitu-
de por parte dos jogado-
res.
Na tentativa de escapar
ao ruído externo, Artur
Jorge prepara a receção
ao Farense com o senti-
do de que há um desíg-
nio ainda para cumprir
desde a goleada averba-
da em Alvalade e que teve
consequências dias depois
contra o Qarabag. E tudo
o que não seja um triun-
fo contra os algarvios na
partida de amanhã (Está-
dio Municipal de Braga.
20h30) pode ditar uma
cisão irremediável entre
treinador e SAD arsena-
lista. António Salvador
exige uma resposta ime-
Muitos adeptos dos final do jogo com os aze- diata de todos – treinador
guerreiros pedem a “ca- ris – na pior fase desde incluído – numa Pedreira
beça” do treinador – como que Artur Jorge assumiu em alerta vermelho... pe-
ficou evidente depois do o comando da equipa, há las piores razões.

trio de médios que deixou recentemente a “pedreira”

Nomes sonantes sem o peso habitual

Luís Filipe Silva
O SC Braga viu recentemente sair três unidades do seu meio-campo: Castro
(rumou ao Moreirense), André Horta (emprestado ao Olympiakos) e Al Musra-
ti (transferido para o Beskitas). E se estes nomes assumiram na época anterior
um papel preponderante na manobra da equipa, este temporada as suas utili-
zações estavam um pouco aquém do esperado.
Al Musrati era o 17.º mais utilizado por Artur Jorge (1303 minutos), algo facil-
mente explicável pela lesão que teve e que o afastou várias semanas.
Já André Horta era o 18.º mais utilizado, contabilizando apenas 998 minutos.
No que concerne a Castro, o médio contabilizou apenas 119 minutos, sendo o
24.º do ranking de utilização no plantel, liderado pelo guarda-redes Matheus,
utilizado em 34 jogos que representam 3060 minutos.
Os arsenalistas tinham excedente de médios, algo que tinha sido acautela-
do com a possibilidade de Al Musrati ter saído logo no verão, o que não veio a
suceder. O número de jogadores para o míolo aumentou com a vinda de João
Moutinho, num negócio que a SAD arsenalista não deixou escapar. Com a per-
manência do líbio no arranque de época, o plantel ficou com seis médios, quan-
do o expetável era ter quatro jogadores mais um da formação.
Na reabertura do mercado houve a necessidade de fazer reajustes, tendo An-
dré Horta e Castro solicitado a saída devido à sua parca utilização. Ambos es-
tavam pouco satisfeitos com a sua condição de suplentes e solicitaram a mu-
dança, estando agora a zona central do meio campo mais defensivo reduzida a
João Moutinho e Vítor Carvalho, estando Soumaré, da equipa B, na retaguarda.
20 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / SÁBADO / 17.02.24
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FC Famalicão regressou aos triunfos no campeonato

I Liga

Vitória SC
em Portimão
Reviravolta segundo Cádiz
O Vitória SC joga hoje em Portimão, a partir das de ambos os conjuntos

Liga Portugal
18h00, em jogo a contar para a 22.ª jornda da I Liga. e as coisas só voltaram a
Os jogos para hoje: ficar agitadas com o se-
15h30: Chaves-Boavista gundo golo do Famali-
18h00: Portimonense-Vitória SC cão, também da autoria
20h30: FC Porto-Estrela Amadora de Cádiz, após uma má
reposição da bola em jo-
go por parte do Rio Ave.
Luís Freire mexeu de
ana Fonso Machado
pronto na equipa e apos-
tou no experiente Adrien
Atleta do Xico Silva, que acabaria por
despediçar na grande
Andebol chamada penalidade já na fase de
descontos.
para disputar
Luiz Júnior virou
o Torneio Isilda Alves herói
Cádiz foi decisivo no jogo de ontem Aos 90+2 o pesadelo vivi-
A atleta do Xico Andebol Ana Afonso Machado do na última jornada, em
foi convocada para integrar o Centro de Trei- Faro, voltou a pairar so-
no Nacional Feminino Sub-16, que participará luís Filipe Silva são de uma grande pena- so foi bem visível na rea- bre os jogadores, técnicos
do prestigiado Torneio Isilda Alves “Zizi”, even- lidade. Os vilacondenses ção pronta ao golo do Rio e adeptos do FC Famali-
to que está agendado para os dias 23 a 25 de fe- oi sob a batuta do ve- falharam ainda um pe- Ave. Quando Aziz colo- cão. Vrousai foi puxado
vereiro de 2024, em Lagos.

f nezuelano Johnder
Cádiz que o FC Fa-
nálti (90+2’) por Adrien
Silva, que permitiu a de-
cou os vilacondendes em
vantagem, temeu-se que
na área por Puma Rodri-
guez e o árbitro assinalou
DR

malicão voltou on-
te a vencer em casa, três
meses depois. O diantei-
ro apontou os dois golos
que deram o triunfo (17’
e 66’) e permitiram ope-
rar a reviravolta no mar-
cador frente ao Rio Ave
que tinha saído na fren-
te do marcador com um
golo apontado por Aziz,
aos 14 minutos na conver-
fesa de Luíz Júnior
Se há uma coisa que se
pode retirar deste jogo é a
boa preparação mental da
equipa liderada por João
Pedro Sousa. Os aconte-
cimentos recentes onde a
equipa deixou fugir vitó-
rias e pontos nos últimos
instantes dos jogos não
deixou aparentemente
mossa nos jogadores e is-
tal criasse instabilidade na penálti. Mas desta vez o
jovem equipa minhota, triunfo ficou mesmo em
mas aconteceu precisa- Famalicão. Adrien Silva
mente o contrário. A rea- permitiu a defesa de Luiz
ção foi enérgica e pronta Júnior, a bola acabou por
com o golo da igualdade ir ao poste e a recarrega
a surgir três minutos de- saiu por cima da baliza.
pois num cabeceamento Respirou-se de alívio
exímio de Cádiz. no Municipal de Fama-
Seguiu-se um período licão com o regresso da
de equilíbrio e até de al- equipa aos triunfos e a
guma retração por parte ascensão ao oitavo lugar.

ESTÁDIO MUNICIPAL DE FAMALICÃO

João pedro sousa, técnico do FC Famalicão
«Os jogadores estão de parabéns» Famalicão 2 1 Rio Ave
Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)
O técnico do FC Famalicão, João Pedro Sousa, desta- Luiz Júnior Jhonatan
andebol feminino Martin Aguirregabiria Josué
cou a reação dos seus jogadores à desvantagem no jo-
(Riccieli, 90+2’) Santos
go de ontem. «Até ao momento do primeiro golo, o jo-
ABC recebe hoje go foi muito estranho. Acabamos por sofrer o golo de
Mihaj
Justin
Francisco Moura
Miguel Nóbrega
Costinha
João Teixeira
penálti e no momento que estamos a atavessar havia
Gil Eanes o perigo da equipa ficar desconfiada e isso não conte-
Zaydou
Topic ao intervalo:
(Joca, 63’)
João Graça
ceu. Parabéns aos jogdores. Chiquinho 1 1 (Tanlongo, 55’)
A equipa de andebol feminino do ABC recebe O Rio Ave criou-nos muitas dificuldades e jogo foi (Puma Rodrigues, 72’) Amine
Gustavo Sá (Adrien Silva, 70’)
hoje o Gil Eanes no pavilhão Flávio Sá Leite, às todo ele competitivo. A vitóri foi muito difícil e hoje (Liimatta, 85’) Umaro Embalo
15h00, em jogo referente à 17.ª ronda do cam- ainda bem que estava lá o Luiz Júnior para defender Sorriso (Vrousai, 63’)
peonato da I Divisão o penálti», disse. (Théo, 72’) Fábio Ronaldo
Jhonder Cádiz (Boateng, 70’)
As bracarenses, que ocupam o quinto lugar, Do lado do Rio Ave, Luís Freire, lamentou que a sua
(Danho, 85’) Aziz.
com 32 pontos, na tabela classificativa, procu- equipa nunca tenha sido muito forte enquanto o jogo
João Pedro Sousa. Treinador Luís Freire
ram somar mais três pontos de modo a tentar esteve empatado «Fizemos o 1-0 num jogo com mui-
Golos: 0-1, por Aziz (14’ g.p.); 1-1, por Jhonder Cádiz (17’) e 2-1, por Jhonder Cádiz (66’).
subir mais uns furos na tabela classificativa nu- tos duelos e demasiado partido para aquilo que que-
Disciplina: Cartão amarelo para João Graça (43), Martin Aguirregabiria (60), Tanlongo
ma prova que é liderada pelo Madeira SAD, com ríamos. Tentámos com a entrada do Tanlongo variar (77), Adrien Silva (80), Topic (90), Josué (90+3), Justin (90+5), Boateng (90+5) e Santos
47 pontos, seguida do Benfica com 44. o jogo, mas nunca fomos uma equipa muito forte en- (90+7).
Assistência: 4400 espectadores
quanto o jogo esteve empatado.

Liga 3
SC Braga B hoje na Póvoa
SC Braga B tenta so-
O mar, hoje à tarde, a
segunda vitória na
fase de subida da Li-
ga 3. A equipa arsenalista,
que na ronda inaugural
bateu o Alverca, viaja hoje
até à Póvoa para defron-
tar o Varzim, emblema
treinado por Vítor Panei-
ra que perdeu na estreia
deste mini-campeonato.
O jogo entre Varzim e SC
Braga B começa às 17h00
(Canal 11), duas horas an-
tes do Felgueiras-Acadé-
mica de Coimbra, tam-
bém da 2.ª jornada da fase
de apuramento de subi-
da.
«Sabemos que não vai
ser um jogo fácil, mas es-
tamos preparados para
fazer um bom jogo. So-
Varzim SC e SC Braga voltam hoje a encontrar-se
mos ambiciosos e quere-
mos vencer a partida para
17.02.24 / SÁBADO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 21
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hoje
Sandinenses
recebe Mirandela
O Sandinenses vol-
ta hoje (15h00) a jo-
gar em casa no Cam-
Eduardo Bueso
to pelo Varzim, mas que- a mostrar aquilo que va- peonato de Portugal,
remos assumir o jogo e
conquistar os três pontos
fora de casa. Sabemos que
vai haver muito público a
apoiar o nosso adversário
lemos para nos valorizar-
mos e para lutarmos pe-
los primeiros lugares da
classificação», concluiu o
atacante.
desta vez ante o Mi-
randela, num duelo
da Série A a contar pa-
ra a 20.ª jornada da
competição.
mas isso não muda a nos- O emblema de
sa ideia de querer mandar Fafe e Vianense Guimarães, recorde-
no jogo e vencer», ante- em ação -se, empatou no úl-
viu Kauan Kelvin, jogador No que toca à permanên- timo fim de semana
dos arsenalistas. cia, as contas por um lu- em Dume, num golo
«O nosso plantel tem gar ao sol na Liga 3 da obtido aos 90’+6, ten-
muita qualidade e temos próxima temporada ini- tando assim o regresso
mostrado isso durante a ciam-se esta tarde com in- ao triunfo na receção
competição. tervenientes minhotos a aos transmontanos.
O último jogo fren- darem o pontapé de saí- Ref ira-se que o
te ao Alverca é exemplo da nesta segunda fase da Sandinenses está um
disso e mostrou que es- competição. lugar acima da linha
tamos a atravessar um O Anadia recebe o de água (9.º lugar),
bom momento. Temos Vianense e o Fafe mede com 24 pontos, en-
um grupo muito forte, forças, no Minho, com o quanto o Mirandela
com um enorme caráter e Canelas. segue na décima po-
conquistar os três pon- todos temos o pensamen- Ambos os jogos come- sição, com 21 pontos.
tos. Temos muito respei- to comum de continuar çam às 15h00.
22 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / SÁBADO / 17.02.24
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Álvaro pacheco e a deslocação de hoje do Vitória Sc a portimão

Mundial de futebol de praia

Portugal goleou «Jamais abdicaremos

México com 5 golos
do “bracarense” da nossa identidade de jogo»
Léo Martins
treinador Álvaro

DR
Um primeiro período demolidor lançou ontem
a seleção portuguesa de futebol de praia para a
goleada por 8-2 ao México, na jornada inaugu-
ral do Grupo D do Mundial de 2024, com cin-
co golos de Léo Martins, jogador do SC Bra-
O Pacheco prometeu
ontem um Vitória
de Guimarães com
«ambição e espírito de
conquista» frente ao Por-
ga. timonense, em desafio da
O atleta luso-brasileiro assumiu a liderança 22.ª jornada da I Liga por-
dos melhores marcadores do torneio, que de- tuguesa de futebol, pese
corre no Dubai, tal como a equi- as ausências de Borevko-
pa das ‘quinas’, campeã mun- vic e Jota Silva.
dial em 2001 (ainda sem Depois de o defesa cen-
tutela da FIFA), 2015 e tral croata ter visto o car-
2019, e lidera o grupo D tão vermelho direto na re-
juntamente com o Bra- ceção ao Benfica (2-2) e
sil que ontem derrotou de o atacante ter visto o
Omã por 5-3.O golo de quinto cartão amarelo na
Léo Martins no minuto prova, durante esse em- Álvaro Pacheco, técnico do Vitória SC
inicial lançou as bases pa- bate de domingo com as
ra a supremacia lusa no pri- ‘águias’, o treinador dis-
meiro período, que se traduziu se que «alguns jogado- dos os jogadores disponí- se verificou no encontro gar” de “uma equipa boa”,
num parcial de 5-0, construído por Bê Martins res vão ter oportunidades veis, porque gosto de ter da ronda anterior com os cuja posição na tabela “não
(quatro minutos), Léo Martins (nove, de grande para jogar» e mostrou-se ‘as boas dores de cabe- ‘encarnados’, e frisou que corresponde à qualidade»
penalidade), André Lourenço (11), com um espe- «satisfeito com todos» os ça’, mas nunca abdicamos a deslocação ao Algarve é do plantel e do seu trei-
tacular pontapé de bicicleta, e Jordan (12). que compõem o plantel. da nossa identidade. Va- «mais uma oportunida- nador, Paulo Sérgio.
O México, que ainda perdeu Pabel Montes, «Alguns jogadores vão mos apresentar-nos com de» para o quinto classi- «É uma equipa que ga-
expulso por ter cometido o penálti que resultou ter oportunidade para jo- a mesma ambição e espí- ficado da I Liga “voltar a nhou em nossa casa, com
no terceiro tento de Portugal, voltou a protago- gar (…). O Jota tem estado rito de conquista de ou- conquistar três pontos”. um plantel forte e joga-
nizar uma entrada em falso no segundo parcial, a um nível muito bom e tros jogos», disse, na ante- Convencido de que o dores interessantes, prin-
sofrendo o 6-0 com novo remate certeiro de Léo o Toni [Borevkovic] tem visão ao desafio marcado embate com o 15.º clas- cipalmente os da frente e
Martins no minuto inaugural, aos 14, mas as se- estado a um nível muito para as 18h00. sificado vai ser «um jogo os do meio-campo. É uma
melhanças terminaram aí. bom, porque os jogado- O ‘timoneiro’ vitoriano diferente do anterior», equipa muito robusta e
A formação orientada pelo selecionador Má- res que estão no banco os lembrou que os seus pu- o técnico avisou que os alta na defesa, forte nos
rio Narciso, que na edição anterior, em 2021, têm obrigado a estar es- pilos “ficam tristes” quan- vimaranenses têm de per- duelos», descreveu.
não passou da primeira fase, levantou o pé do se nível. Gosto de ter to- do não ganham, tal como ceber bem a «forma de jo- Redação/Lusa
acelerador e até beneficiou da exibição inspira-
da do guarda-redes Pedro Mano para terminar
o segundo período a vencer por 6-0.
A tendência agravou-se no terceiro período Sobre a hipótese de perder jogadores
e foi já com o suplente Rúben Regufe na bali-
za de Portugal que o México chegou ao mere-
cido golo, por intermédio de Hector Acevedo,
aos 26 minutos, com um pontapé de bicicleta
«Estou em sintonia
desferido de muito longe.
O jogo não terminou sem mais dois golos de
Léo Martins, obtidos no mesmo minuto, aos
com o presidente»
32, que tiveram resposta imediata, mas clara-
mente insuficiente, de Ramón Maldonado, re-
duzindo o peso da goleada e estabelecendo o treinador de 52 anos tónio Miguel Cardoso, na perfeitamente o que é o por empréstimo do Co-
resultado final.
A seleção portuguesa, que conquistou tam-
bém uma medalha de prata, em 2005, e três
de bronze, em 2008, 2009 e 2011, defronta
amanhã o Brasil, recordista de títulos, com cin-
O comentou também
a hipótese de uma
possível transferên-
cia de algum dos seus jo-
gadores para após o en-
hora de decidir o «que é
importante para o clu-
be».
«O mais importante é a
honestidade, o presiden-
melhor para o Vitória. En-
quanto treinador, gostava
de não perder ninguém.
Espero e fico ‘a rezar’ pa-
ra não perder jogadores»,
ritiba, Álvaro Pacheco re-
feriu que o internacional
sub-23 brasileiro está ain-
da a conhecer «um país
em que o futebol é com-
co troféus conquistados desde que a FIFA as- cerramento do mercado te dizer qual é a realidade referiu. pletamente diferente», a
sumiu o controlo da prova, na segunda jorna- de transferências na Eu- do clube e o que é impor- Questionado sobre a «perceber a identidade e
da do Grupo D. ropa, tendo vincado que tante para o clube. Eu e o possível utilização do ex- filosofia» do Vitória e a
Redação/Lusa está «em sintonia» com o presidente estamos sem- tremo Kaio César, refor- «trabalhar para ter uma
presidente do clube, An- pre em sintonia. Percebo ço garantido em janeiro, oportunidade».

Encontrado o sucessor de Paulo freitas
Celeirós recebe Merelinense
e Selho defronta Oliveirense
om o objetivo de
C voltar às vitórias, o
São Paio d’Arcos re-
cebe, hoje, no Cam-
po Mata da Ordem, em
Braga, o Forjães, numa
partida relativa à 22.ª jor-
nada do campeonato da
Pró-Nacional da AF Bra-
ga.
Já o Merelinense, que
há uma semana bateu em
casa o SP Arcos, desloca-
-se ao terreno do Celeirós,
num duelo entre conjun-
tos bracarenses que come-
ça às 15h00.
No terceiro jogo da
tarde de hoje, Selho me-
de forças em casa com
a AD Oliveirense, con-
junto de Famalicão que
está na luta pelo primei-
ro lugar.
Eis as partidas agenda-
das para hoje da Pró-Na-
cional da AF Braga:
15h00: SP Arcos-For-
jães, Celeirós-Merelinense
e Selho-Oliveirense.
af braga
Processos disciplinares
instaurados a Forjães e Joane
Conselho de Dis-
O ciplina da AF Bra-
ga decidiu ins-
taurar processos
disciplinares a Forjães e
GD Joane pelos factos
ocorridos entre as duas
equipas no último do-
mingo, num duelo rela-
tivo ao campeonato da
Pró-Nacional.
Recorde-se que o árbi-
tro da partida decidiu in-
terromper o desafio por
volta dos 80 minutos, ale-
gando que não estavam
Oliveirense joga no terreno do Selho
Honra
15h00: São Veríssi-
mo-MARCA, Rendu-
fe-Pousa e Soarense
-Tadim; Arões-Pica, San-
tiago Mascotelos-São
Cosme, Mosteiro-Por-
to d’Ave, Urgeses-Torca-
tense e S. Paio-Santo
Adrião.
cumpridas reunidas as
condições mínimas de
segurança para prosse-
guir o jogo.
Agora, ambos os clu-
bes ficam a aguardar o
desenrolar do processo e
a decisão do mesmo, sen-
do que no momento em
que o juiz deu por termi-
nado o embate o GD Joa-
ne vencia por 3-1 na casa
do Forjães.
Renato Tavares, diri-
gente do FC Amares, foi
suspenso preventivamen-
OCB
I Divisão
15h00: Estrelas Faro-
-Carreira, Este-Arsenal
Devesa, Alegrienses-Pó-
voa, Panoiense-Peões,
Maximinense-Realense,
Castelões-Prazins, Sou-
to Gondomar-Campelos,
Santa Eufémia-S. Mame-
de, Maria Fonte B-ACD
te depois do sucedido no
jogo entre os amarenses e
o Berço, também da Pró-
-Nacional, e que termi-
nou com agressões en-
tre os elementos das duas
equipas.
Já Carlos Miranda, di-
rigente do Polvoreira,
foi igualmente suspen-
so de forma preventiva,
por «factos imputados no
jogo entre Polvoreira e o
Airão, realizado no sába-
do passado, a contar pa-
ra a I Divisão».
17.02.24 / SÁBADO /
DR
Serzedelo, São Cristóvão-
-Pedralva, Mouquim-Lou-
ro, Calendário-Ruivanen-
se, Ronfe-Santa Eulália,
Nespereira-Gémeos, Ta-
buadelo-Montesinhos, In-
fias-Tagilde, Abação-Pol-
voreira, Regadas-Rossas,
Cepanense-Gandarela e
Travassós-Fermilense.
Desporto / DIÁRIO DO MINHO 23
www.diariodominho.pt
paris 2024
Portugal garante
14 vagas paralímpicas
Portugal assegurou ontem mais duas vagas não
nominais nas provas de natação dos Jogos Para-
límpicos Paris2024, o que eleva para 14 o núme-
ro de presenças garantidas na competição, anun-
ciou o Comité Paralímpico de Portugal (CCP).
Com as duas vagas hoje comunicadas, Portugal
tem asseguradas, a pouco menos de 200 dias do
início dos Jogos, as presenças de três atletas no
boccia, quatro no atletismo, quatro na natação,
dois na canoagem e um no ciclismo. O CPP re-
fere que o organismo que tutela a natação para-
límpica a nível mundial comunicou «a atribui-
ção de duas quotas masculinas para Portugal na
modalidade de natação para os Jogos Paralím-
picos Paris2024», indicando que «o método de
alocação de quotas tem por base as marcas de
qualificação obtidas pelos atletas». Todas as va-
gas asseguradas são não nominais e serão atri-
buídas aos atletas mediante critérios de seleção
definidos por cada uma das federações de mo-
dalidade, em articulação com o CPP.
Portugal esteve representado nos Jogos Tó-
quio2020 por 33 atletas, de oito modalidades,
tendo conseguido duas medalhas de bronze.
24 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / SÁBADO / 17.02.24
www.diariodominho.pt

HC BRaga joga hoje em Voltregà para os quartos de final da Taça WS Europe

Volta ao algarve

Rui Costa abandona «Não queremos deitar tudo

na sequência de queda
O ciclista português Rui Costa (EF Education-
a perder neste jogo»
-EasyPost) desistiu ontem da 50.ª Volta ao Algar-
ve, depois de ter caído durante a terceira etapa,
uma ligação de 192,2 quilómetros entre Vila Real

DR
Luís Filipe Silva
de Santo António e Tavira.
O campeão mundial de fundo de 2013 caiu, HC Braga volta ho-
juntamente com outros ciclistas, nomeadamen-
te o neerlandês Thymen Arensman (INEOS),
quando estavam decorridos cerca de 115 quiló-
metros da tirada e acabou por abandonar, con-
firmou a organização. Décimo classificado no
O je às lides europeias
com uma deslocação
à Catalunha (19h00),
onde vai medir forças com
o Voltregà, em jogo rela-
ano passado, Rui Costa é o português mais con- tivo à 1.ª mão dos quar-
sistente na ‘Algarvia’ na última década: além de tos de final da Taça WS
ter subido ao pódio final como terceiro classifi- Europe.
cado em 2014, foi quarto em 2020 e quinto em Este jogo é a reedição
2013 e 2012. da final da época passada
Nesta Volta ao Algarve, o poveiro de 37 anos [Catalães venceram por
era 64.º da geral, a mais de seis minutos do ca- 5-4] e promete ser mais
misola amarela, o colombiano Daniel Martínez um grande espetáculo de
(BORA-hansgrohe). hóquei em patins, mas
com caraterísticas distin-
tas por se tratar de uma
eliminatória a duas mãos.
Mundiais de Doha Tó Neves, o técnico do Tó Neves, técnico do Hóquei Clube de Braga
HC Braga, pede aos seus
Diogo Ribeiro na final jogadores equílibrio em
todos os sentidos, por for- (ex-Lleida) e o avançado e Liceo da Corunha, além mos é levar a eliminató-
dos 100 mariposa ma a que consigam um internacional espanhol de que era pretendido por ria em aberto para Braga,
resultado que mantenha Álex Rodriguez (ex-Liceo grandes clubes portugue- onde conhecemos bem
com recorde nacional a eliminatória em aberto Corunha). ses», disse. a nossa pista, ao contrá-
para o jogo de Braga, es- «É um Voltregà mais Mas à partida para este rio desta que é em mosai-
O nadador português Diogo Ribeiro qualificou- se sim já com cariz decisi- forte do que aquele que jogo, Tó Neves aposta em co.
-se ontem para a final dos 100 metros maripo- vo. defrontámos na final da «50 por cento de hipóte- Não queremos deitar
sa dos Mundiais aquáticos, em Doha, batendo o O timoneiro dos braca- última temporada, uma ses para cada clube» antes tudo a perder neste jogo,
recorde nacional da distância. renses lembra que o plan- vez que entraram dois jo- do jogo de hoje. por isso, teremos que ser
Diogo Ribeiro conseguiu o melhor tempo tel do Voltregà recebeu gadores de grande valia, «Depois deste jogo a equilibrados e saber que
das meias-finais, ao nadar em 51,30 segundos, esta temporada dois re- sendo o Àlex Rodriguez percentagem pode variar, teremos ainda outro jogo
tirando 15 centésimos de segundo ao seu ante- forços de vulto: o guar- um avançado com um mas prevejo um equilí- pela frente, dessa vez na
rior recorde nacional. Esta vai ser a segunda fi- da-redes Oriel Codony passado grande no Réus brio e o que nós quere- nossa casa».
nal de Diogo Ribeiro em Doha, depois de se ter
sagrado campeão mundial dos 50 metros mari-
posa.
A final de 100 metros mariposa está marcada futsal: SC BRaga joga em torres vedras
para hoje, às 16h42 (horas em Lisboa).
De manhã, depois de ter assegurado a pre-
sença nas meias-finais dos 100 mariposa, Diogo
Ribeiro, de 19 anos, nadou os 50 metros livres,
Ricardo Lopes renovou pelos Guerreiros
mas não conseguiu apurar-se para as meias-fi-
nais, ao conseguir o 18.º tempo, de 22,14 segun-
dos, a apenas dois centésimos do último apura- SC Braga renovou de já estou há sete anos.

o
DR

do, o eslovaco Matej Dusa (16.º). ontem com o fixo
Miguel Nascimento terminou as eliminató- Ricardo Lopes até
rias dos 50 metros livres com o 26.º registo, com 2026.
uma marca de 22,25 segundos. O jogador, de 22 anos,
Nos 200 metros costas femininos, Camila Re- natural de Braga, expres-
belo, com o 18.º tempo (2.13,33 minutos), ficou a sou aos canais do clube a
sete centésimos das meias-finais, enquanto Ta- sua satisfação por conti-
mila Holub, com 8.45,94, foi 19.ª nas eliminató- nuar ao serviço dos Guer-
rias dos 800 metros livres, que apuravam as oi- reiros do Minho.
to primeiras para a final. «Estou muito feliz por
Redação/Lusa continuar o meu percur-
so no SC Braga, clube on-
É um orgulho, mas tam-
bém uma responsabilida-
de acrescida continuar a
representar o meu Clube
e a minha cidade», disse.
Entretanto, o SC Braga
defende hoje a liderança
da I Divisão na desloca-
ção ao pavilhão do Tor-
reense (18h00) em jogo
da 15.ª jornada da fase re-
gular da prova.
 17.02.24 / SÁBADO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 25
www.diariodominho.pt

Evento está integrado nos 50 anos da universidade do minho Hóquei em Patins: Taça de Portugal

Estafeta da Amizade une Óquei de Barcelos em Parede

e Famalicense nos Açores

Guimarães a Braga a 21 de abril O Óquei de Barecelos desloca-se hoje ao pavilhão do

Parede (18h30) em jogo a contar para os oitavos de fi-
nal da Taça de Portugal. Os barcelenses estreiam ain-
da neste jogo o seu novo técnico, Rui Neto.
Por seu turno, o Famalicense também joga hoje, às

DR
luís Filipe Silva 21h00, na ilha do Pico, nos Açores, frente ao Candelária.

Estafeta da Amiza-

A de vai realizar-se no
dia 21 de abril. Es-
ta prova, que liga as
duas principais cidades do
Minho, vai ter este ano o
Andebol 1

ABC recebe Avanca

sentido Guimarães-Bra-
ga e tem como principal
novidade a ligação entre
os dois pólos da Univer-
sidade do Minho, que ce-
lebra este ano o seu 50.º
aniversário.
O evento terá o início
marcada para as 09h30 na
Universidade do Minho,
no Campus de Azurém,
em Guimarães e termi-
nará no Pólo da Univer-
sidade do Minho de Bra-
ga, Campus de Gualtar.
A prova com aproxima-
damente 24 km é desti-
nada a equipas de quatro
elementos, independen-
temente do género, sen-
voleibol feminino: arsenalistas recebem hoje Porto Vólei (18h00)
Estafeta da Amizade volta este ano à estrada
do que cada um fará uma
parte do percurso, com
distância semelhante en-
tre eles. As inscrições pa-
ra a prova estão disponí-
O ABC recebe hoje (18h00) o Avanca no pavilhão
Flávio Sá Leite, em partida relativa à 18.ª jorna-
da do Campeonato Andebol 1.
Os academistas defendem quarto lugar, on-
de têm mais dois pontos do que o Águas Santas,
que hoje recebe o Belenenses, às 18h30.
Por seu turno, o Vitória SC desloca-se hoje a
Setúbal (18h00).
Os jogos de hoje: Marítimo-FC Gaia (15h00);
Sporting-Póvoa AC (15h00; Vitória Setúbal-Vi-
tória SC (18h00); ABC-Avanca (18h00) e Águas
Santas-Belenenses (18h30).
veis no site runporto.com dade social local.
andebol: Divisão de Honra
e têm um custo de 5 euros As mesmas podem ser
por participante que irá feitas até 19 de abril ou Xico Andebol recebe Sanjoanense
reverter a favor de uma até ser atingido o limite de olho no primeiro lugar
instituição de solidarie- de inscrições.
O Xico Andebol recebe hoje a AD Sanjoanense, às
18h00, em jogo da 18.ª jornada do Campeonato de an-
debol da Divisão de Honra, uma competição onde os
vimaranenses lutam pelo primeiro posto. O Xico An-
debol está a dois pontos do primeiro posto numa jor-
nada onde os dois primeiros, Dom Fuas e S. Bernar-

SC Braga procura acesso à final do jogam entre si.

Os jogos agendados para hoje:
15h00: Almada-Ac. Funchal

four da Taça de Portugal 18h00: Xico Andebol-Sanjoanense

18h30: Dom Fuas-São Bernardo
18h30: Benfica B-Boa-Hora
18h30: Boavista-SC Horta
DR

A equipa feminina de voleibol do SC Braga recebe

hoje, às 18h00, na Arena o Porto Vólei em jogo refe- andebol: II Divisão
rente aos quartos de final da Taça de Portugal. As ar-
senalistas procuram chegar à final four desta compe- Arsenal da Devesa e AC Fafe
tição. jogam em casa
A central Eva Monteiro, em declarações aos canais do
SC Braga, reforçou o objetivo de ultrapassar este difí- No campeonato da II Divisão (Zona 1) o Arsenal da De-
cil adversário e pediu o apoio dos adeptos. «Todas nós vesa, líder da prova, recebe hoje o Lusitanos (17h30) no
sonhamos com uma passagem à Final Four e é para is- Pavilhão de Maximinos.
so que temos vindo a trabalhar. Sabemos que é difícil, Por seu turno, o AC Fafe, o mais direto perseguidor dos
mas claro que vamos para o jogo com o pensamento arsenalistas, também joga em casa frente ao Águas Santas
de passar para a próxima fase. B, às 18h00: Os jogos para hoje, relativos à 17.ª jornada:
Venham apoiar. As modalidades precisam do vosso 17h30: Arsenal Devesa-Lusitanos.
apoio e, sem dúvida alguma, faz muita diferença jogar 18h00: AC Fafe-Águas Santas B
num pavilhão com boa energia. Por isso, o nosso ape- 18h30: Infesta-São Mamede
lo como equipa é que venham ver o jogo». 21h00 Gondomar Cultural-FC Gaia B
21h30: CA Penafiel-CDC Santana
26 DIÁRIO DO MINHO / SÁBADO / 17.02.24
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VER OUVIR
HUMOR

& "DORA E DÁRIO"

RETIRADAS DO PROGRAMA "PARABÉNS" DE HERMAN JOSÉ,
OS SKETCHES DE DORA E DE DÁRIO (INTERPRETADOS POR ANA
BOLA E VICTOR DE SOUSA) SÃO DAS COISAS MAIS DIVERTIDAS JÁ
APRESENTADAS NA TELEVISÃO PORTUGUESA.

RTP Memória, 12h35

TELEVISÃO CINEMA
FÓRUM - VIZELA Sala 3 - PATOS! – VP 2D (M06)
15h00, 17h00

08:00 Bom Dia Portugal 08:00 Bom Dia Portugal 06:00 Leixões SC x FC P. Ferreira Sala 1 - VIDAS PASSADAS (M12) Sala 3 - A COR PÚRPURA – 2D (M14)
Fim de Semana 10:25 Terra 4.0 Segunda Liga
15h10, 21h40 19h00
10:00 Vieram para Ficar: 10:35 Todas as Palavras 08:10 FC Famalicão x Rio Ave FC Sala 1 - O SACRAMENTO DO DIABO (M16) Sala 3 - O PROTETOR – 2D (M06)
Os Nossos Estranhos Vizinhos 11:10 Mundo Sem Muros Primeira Liga 17h20 21h50
11:00 Hora dos Portugueses 12:00 Jornal das 12 10:30 Antevisão:
11:45 Romaria do Meu Coração Sala 2 - MADAME WEB (M12) Sala 4 - QUEBRA-NOZES E A FLAUTA MÁGICA – VP 2D (M06)
12:50 Terra Europa CD Mafra x CD Tondela 15h00, 21h30
12:15 Portugal Fenomenal 11h40, 13h30, 15h30, 17h30, 19h30
13:10 O Último Apaga a Luz Segunda Liga
12:59 Jornal da Tarde 14:30 Janela Indiscreta 10:55 CD Mafra x CD Tondela Sala 2 - A COR PÚRPURA (M12) Sala 4 - ARGYLLE: ESPIÃO SECRETO – 2D (M12)
14:00 Voz do Cidadão 15:10 Grandiosa Enciclopédia Segunda Liga (Direto) 17h30 21h30
14:15 Ciclismo: Volta ao Algarve-24 do Ludopédio 13:10 Golos Play Off 1ª Mão
16:00 Estrelas ao Sábado Sala 3 - O QUEBRA-NOZES E A FLAUTA MÁGICA (2D V.P.) (M06) Sala 6 - MADAME WEB – 2D ATMOS (M06)
16:30 A Essência UEFA Europa League 14h50 18h50, 21h20
19:59 Telejornal 16:45 Hora de Agir 13:20 Golos Play Off 1ª Mão
21:00 Masterchef Portugal 17:30 Eurodeputados 13:30 PSV Eindhoven x Heracles Sala 3 - BOB MARLEY: ONE LOVE (M12) Sala 7 - WONKA – VO 2D (M06)
00:00 Taskmaster Reino Unido 18:40 Reservas da Biosfera Portugal Eredivisie 16h40, 18h50, 21h20 12h00, 14h30
18:50 Tech 3 15:20 GD Chaves x Boavista FC Sala 7 - TODOS MENOS TU – 2D (M12)
19:55 Janela Global Primeira Liga (Direto) 17h00, 19h10, 21h20
20:40 A Vida Privada dos Livros 17:50 Portimonense x Vitória SC
21:00
00:00
360º
24 Horas
Primeira Liga (Direto)
20:20 FC Porto x Estrela Amadora
NOS - BRAGA PARQUE Sala 9 - INSEPARÁVEIS – VP 2D (M12)
13h30, 15h30, 17h30
Primeira Liga (Direto) SALA 1 - QUEBRA-NOZES E A FLAUTA MÁGICA (M06) DOB Sala 9 - O SACRAMENTO DO DIABO – 2D (M12)
07:53 Zig Zag 23:00 Al Nassr x Al Fateh 19h30, 21h30
11h20 (Sábado e Dom.)13h40, 16h00, 18h20
14:25 Folha de Sala Liga Arábia Saudita
15:00 Desporto 2 Sala 1 - BEAUT IFUL WEDD ING: UM C A SA MEN TO Sala 10 - WISH: O PODER DOS DESEJOS – VP 2D ATMOS (M16)
23:30 Hellas Verona x Juventus 13h00
16:00 Mundiais de Desportos 06:55 Edição da Manhã Liga Italiana MARAVILHOSO (M16)
Aquáticos - Doha 2024 09:45 Minuto Consumidor 00:00 FC Porto x Estrela Amadora
21h00, 23h30
Sala 10 - SCARYGIRL – VP 2D (M12)
18:15 Biosfera 09:55 Edição da Manhã Primeira Liga 15h00
Sala 2 - POBRES CRIATURAS (M16)
18:45 Faça Chuva Faça Sol 10:40 Espaços & Casas 13h20, 17h10, 20h40, 00h00
19:15 Espaços Incríveis Sala 10 - BOB MARLEY: ONE LOVE – 2D ATMOS (M03)
10:55 SIC Notícias Sábado 17h00, 19h20, 21h40
de George Clarke Sala 3 - MADAME WEB (M12)
11:40 Boa Cama Boa Mesa League 13h05, 15h50, 18h40, 21h30, 00h30
20:05 Loucos Anos Verdes? 11:55 SIC Notícias Sábado Sala 11 - OS EXCLUÍDOS – 2D (M12)
20:40 Harry Wild 12:59 Primeiro Jornal Sala 4 - BEEKEEPER: O PROTETOR (M14) 13h20, 18h50
21:30 Jornal 2 13:45 Volante SIC 07:30 Ténis: Roterdão - ATP World 13h15, 15h55, 18h30, 21h50, 00h25
22:00 The Golden Mandrakes Sala 11 - POBRES CRIATURAS – 2D (M12)
14:00 SIC Notícias Sábado Tour 500 Sala 5 - BOB MARLEY: ONE LOVE (CB) 16h00, 21h30
23:40 Folha de Sala 15:30 Repórteres do Mundo 09:30 Golfe: Qatar Masters 13h30, 16h10, 18h45, 21h20, 00h10
23:45 O Movimento das Coisas 16:40 Boa Cama Boa Mesa DP World Tour (Resumo) Sala 12 - SCARYGIRL – VP 2D (M12)
01:10 Janela Global 16:55 SIC Notícias Sábado 10:00 Golfe: Cape Town Open Sala 6 - TODOS MENOS TU (M12) 13h10
19:52 Minuto Consumidor Challenge Series (Resumo) 13h50, 16h20, 18h50, 22h00, 00h35
Sala 12 - WISH: O PODER DOS DESEJOS – VP 2D ATMOS (M06)
20:00 Jornal da Noite 10:30 NBA Action Sala 7 - OS EXCLUÍDOS (CB) 17h20
21:30 Jornal Sábado 11:00 NBA: All-Star - Rising Stars 14h10, 17h20, 20h50, 23h50
Sala 12 - BAAN – 2D (M16)
23:00 60 Minutos 13:00 Judo: Baku - 2º Dia 19h20
23:55 Jornal da Meia-Noite Grand Slam (Direto) Sala 8 - PATOS! (M06) DOB
11h10 (Sábado e Dom.), 14h20 ( Sábado e Dom.), 16h40 (Sábado e
15:00 Golos Play Off 1ªMão Dom.)
Sala 12 - VIDAS PASSADAS – 2D (M12)
06:30 Etnias UEFA Europa League 15h10, 21h40
07:05 Médico da Casa nte 15:10 Golos Play Off 1ªMão Sala 8 - VIDAS PASSADAS (M12)
07:35 Caixa Mágica 15:25 Marítimo x FC Porto B 13h55 (Exceto Sábado e Dom.), 16h30 (Exceto Sábado e Dom.), 19h00,
Caminhos de Portugal Segunda Liga (Direto) 21h40, 00h20
09:50 Alô Marco Paulo 05:58 CNN Sábado 17:55 UD Leiria x Belenenses
12:10 Nosso Mundo Sala 9 - INSEPARÁVEIS (M06) DOB
09:15 New in Town Segunda Liga (Direto) 10h50 (Sábado e Dom.), 13h10, 15h30
12:59 Primeiro Jornal 09:45 GTI Plus 20:10 Superliga Turca
14:20 Alta Definição 09:58 CNN Sábado 22:00 Al Nassr x Al Fateh Sala 9 - ARGYLLE: ESPIÃO SECRETO (M12)
15:05 E-Especial 11:15 Fontes Bem Informadas Liga Arábia Saudita
17h50, 21h10, 00h15
16:00 Olhá SIC! Especial Carnaval 11:58 CNN Sábado 22:30 Hellas Verona x Juventus
19:57 Jornal da Noite 13:10 CNN Mais Futebol Liga Italiana
21:40 A Máscara 13:45 CNN Sábado 23:00 Rugby: Roménia x Portugal
00:00 Terra Nossa 16:35
16:58
Pitch
CNN Sábado
Europe Championship
CINEPLACE - NOVA ARCADA
20:05 CNN em jogo
20:28 Decisão 24 Sala 1 - BOB MARLEY: ONE LOVE – 2D ATMOS (M12)
15h00, 17h20,19h40, 21h50
21:00 Decisão 24 - Frente a Frente:
PSD - Livre Sala 2 - MADAME WEB – 2D ATMOS (M06)
21:58 CNN Sábado 06:46 The Rookie 19h10, 21h40
23:50 CNN Meia Noite 07:39 NCIS Investigação Criminal
Sala 3 - MASHA E O URSO – VP 2D (M06)
08:27 NCIS Investigação Criminal 11h50, 13h20
06:20 Diário da Manhã 09:12 NCIS Investigação Criminal
Fim de Semana 09:57 NCIS Investigação Criminal
06:45 Campeões e Detectives 10:43 NCIS Investigação Criminal
07:25 Detetive Maravilhas 11:30 NCIS Investigação Criminal
08:00 Inspetor Max 12:18 NCIS Investigação Criminal
09:00 Querido, Mudei a Casa! 13:06 Viola come il mare
10:00 Dois às 10 07:50 Gremlins 14:11 Caça-Fantasmas: O Legado
11:15 Big Brother Desafio final O Pequeno Monstro 16:18 Taken - A Vingança
Semana 09:40 Duas Caudas 17:56 Jiu Jitsu
12:50 ICNF - Portugal Natural Uma Aventura Espacial 19:45 Rei Artur: A Lenda da Espada
12:58 TVI Jornal 11:00 Shrek o Terceiro 21:55 Punisher - Zona de Guerra
14:00 Vai ou Racha 12:30 Looney Tunes: 23:42 Homem Aranha
15:10 Em Família De Novo em Acção 01:49 O Segurança do Shopping
18:10 Big Brother Desafio final 14:05 Velocidade Furiosa 5
Última Hora 16:15 Harry Potter e Os Talismãs
19:10 Big Brother Desafio final 00h00 Sister Midnight; 01h00 Corrente Sonora; 02h00 Music
da Morte - Part 2 Hal; 07h00 Espaço RUC; 09h00 Voz dos Trópicos; 10h00 Rádio
Diário «A Confissão é o Sacramento que nos levanta, não nos
18:25 Esquecido Aurora - a Outra Voz; 10h40 Diálogos Com o Coração na Boca;
19:57 Jornal Nacional deixando caídos a chorar sobre as lajes duras das nossas
20:30 Blade II 11h05 É Apenas Fumaça; 12h00 Praça do Município; 13h00 Clu-
21:45 Dança com as Estrelas quedas. É o Sacramento da ressurreição, é pura misericór-
22:25 There Are No Saints be de Combate; 15h00 Musicodependência; 16h00 Terminal B;
00:30 Filme: Projeto Gemini dia. E quem recebe as Confissões deve fazer sentir a doçu-
00:05 The Gunman - O Atirador 17h00 Nunca Mais Me Esquece; 18h00 SS 22; 20h00 Sem Re-
ra da misericórdia».
gras; 21h20 RAPresentação; 22h00 Omega 3
Papa Francisco – @Pontifex_pt
RÁDIO
RÁDIO UNIVERSITÁRIA
UNIVERSITÁRIA DO
DO MINHO
MINHO 97.5FM
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 17.02.24 / SÁBADO / DIÁRIO DO MINHO 27
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PAUSA
QUEM FALA ASSIM… VEJA SE SABE…
"A arte é um dos meios que une os homens." Quem foi a primeira pessoa a viajar no espaço?
Leon Tolstói
R: Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961.

PALAVRAS CRUZADAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Horizontais: 1- Parte frontal de uma locomotiva. 2- Boneco
frequente em cortejos alegóricos ou carnavalescos. 3- Alameda
1 (abrev.); Coloração; Mulher que deu à luz um ou mais filhos.
4- Japonesa. 5- Suf. de origem; Indivíduo fácil de enganar (pop.).
2 6- Grande mal que atinge muita gente. 7- Suf. de conjunto; Exce-
dente Bruto de Exploração (sigla); Dois em numeração romana.
3 8- Nociva; Colocar (em algum lugar). 9- Quatro em numeração
4 romana; Lenda. 10- A que é natural ou habitante do Laos.

5 1400
6
Verticais: 1- Barragem do rio Cávado. 2- Asneira que desperta o
riso por ser ingénua. 3- Pref. de separação; País da Europa Cen-
FARMÁCIAS SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

tral. 4- … sem saída: embaraço de que não se pode escapar; É BRAGA: Oliveira VILA VERDE: Medeiros
7 um dos símbolos da Páscoa. 5- Conjunto de termos e expressões Rua Frei José Vilaça n.° 101
próprias da área da economia e das finanças, geralmente de difícil VIANA
8 compreensão geral. 6- Capital do estado brasileiro do Paraná. AMARES: Do Mercado DO CASTELO: Areosa
7- Overdose (abrev.); Óleo utilizado em dermatologia; Marrocos
9 (abrev.). 8- Oxalá; Pequena peça metálica, decorativa, que se afixa BARCELOS: Moderna ARCOS
DE VALDEVEZ: Central
a uma peça de roupa, etc. 9- Pessoa pouco in
10 CABECEIRAS
DE BASTO: Barros CAMINHA: Torres
Com o apoio da Porto Editora
CALDAS MELGAÇO: Vale do Mouro
SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR | Horizontais: 1- Balneário. 2- Eduarda; IS. 3- Besta; Teta. 4- Entorrinal. 5- Dor; Cuva. 6- Ali; Ótimo. 7- Cora; DE VIZELA: Campante
Ide. 8- EG; Laparão. 9- Ícaro; Até. 10- Jarro; Prol. Verticais: 1- Bebedice. 2- Adenologia. 3- Lustrar; Cr. 4- Nato; Alar. 5- Erário; Aro. 6- AD; Tipo. MONÇÃO: Vale de Mouro
7- Raticida. 8- Enumerar. 9- Oitavo; Ato. 10- Sala; Joel. CELORICO
DE BASTO: Alves Dias PAREDES
DE COURA: Da Calçada
ESPOSENDE: Gomes
PONTE
SUDOKU FAFE: Ferreira Leite DA BARCA: Popular
GUIMARÃES: Da Praça PONTE
DE LIMA: Brito
DIFICULDADE: FÁCIL DIFICULDADE: DIFÍCIL PÓVOA
DE LANHOSO: Carminho TERRAS
9 3 2 4 7 8 9 VIEIRA
DE BOURO: Alvim Barroso
Freitas
4 2 5 1 7 4 7 3 DO MINHO: VALENÇA: Central
Valongo
8 6 1 9 6 VILA NOVA
DE FAMALICÃO: Almeida e Sousa
VILA NOVA
DE CERVEIRA: Cerqueira
3 2 6 8 6 2 5
5 4 1 7 2 5 1 4
2 3 1 2 5 6 8 TELEFONES ÚTEIS
EMERGÊNCIA. ............................................... 112 FAMALICÃO
2 1 6 7 4 PSP...................................................... 252 373 375
AMARES
9 6 8 2 3 3 8 1 GNR................................................... 253 900 070
Hospital.......................................... 252 300 800
Bombeiros Voluntários....252 301 110
3 1 2 7 9 1 4 Centro de Saúde. .................. 253 909 230
Bombeiros Voluntários....253 993 162 GUIMARÃES
REGRAS SUDOKU: O Sudoku é um jogo de lógica muito simples e cativante. O objectivo é preencher uma grelha (9x9) com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha PSP...................................................... 253 540 660
e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3. Bom Jogo! BARCELOS
Hospital.......................................... 253 540 330
PSP...................................................... 253 802 570
Hospital.......................................... 253 809 200 Bombeiros Voluntários....253 515 444
* Solução do número anterior * Solução do número anterior
1 4 6 5 9 7 2 8 3 3 1 4 7 9 5 6 8 2 Bombeiros Voluntários....253 802 050 PÓVOA DE LANHOSO
7 3 5 1 8 2 9 4 6 2 5 7 8 6 3 4 1 9 Bombeiros Voluntários....253 639 240
2
8
9
7
8
1
6
3
4
2
3
4
1
5
7
6
5
9
6
9
8
4
9
2
2
1
4
3
1
8
5
7
7
6
3
5
HUMOR BRAGA
Hospital de Braga................. 253 027 000 Hospital António Lopes. .253 639 030
9 2 3 8 6 5 7 1 4 5 3 1 6 7 9 8 2 4 GNR.................................................... 253 203 030
6 5 4 9 7 1 3 2 8 7 6 8 5 2 4 3 9 1 O David fala com os amigos da escola: TERRAS DE BOURO
PSP...................................................... 253 200 420
3 6 7 2 5 8 4 9 1 8 2 5 3 1 7 9 4 6 Centro de Saúde. .................. 253 350 030
4 1 9 7 3 6 8 5 2 1 9 3 4 8 6 2 5 7
– Vou ter negativa a Matemática! Polícia Municipal................... 253 609 740
5 8 2 4 1 9 6 3 7 4 7 6 9 5 2 1 3 8 – Tens a certeza? – perguntam. Cruz Vermelha......................... 253 208 872 GNR.................................................... 253 391 137
– Tenho tanta certeza como que dois e dois são cinco. Bombeiros Sapadores.......253 264 077 Bombeiros Voluntários....253 350 110
Bombeiros Voluntários....253 200 430
VIANA DO CASTELO
Braga Táxis......................... 253 253 253
PSP...................................................... 258 809 880
916 233 602 - 966 233 602 - 936 233 602
CONFISSÕES Ambubraga Ambulâncias....253 257 257
Hospital.......................................... 258 802 100
Loja do Cidadão Bombeiros Voluntários....258 730 643
CARMO – Das 8h30 às 9h00, das 9h30 às 11h00 e das
(Informações). ......................... 707 241 107
CALENDÁRIO 15h30 às 18h30 (de terça-feira a sábado). CONGREGA-
DOS – Todos os dias, exceto aos domingos e dias san- ESPOSENDE
VILA VERDE
GNR................................................... 253 320 100
tos, conforme o horário afixado nas pautas de avisos GNR.................................................... 253 989 110 Hospital......................................... 253 310 120
da igreja. MENSAGEIRO – Das 10h00 às 12h00, exceto Hospital.......................................... 253 965 115 Bombeiros Voluntários....253 310 390
SÁBADO DEPOIS DAS CINZAS quartas-feiras, domingos e feriados. PÓPULO – Todos Bombeiros Voluntários....253 969 110
Roxo – Ofício da féria. os dias, exceto terças-feiras e domingos, das 8h30 às 10h00. VIZELA
Missa da féria, pf. da Quaresma. SÉ CATEDRAL – sábado das 09h00 às 10h30. IGREJA DO FAFE GNR................................................... 253 481 261
SALVADOR – Todos os dias, das 16h30 às 16h55, exceto à GNR.................................................... 253 490 890 Centro de Saúde. ................. 253 589 040
L 1 Is 58, 9b-14; Sl 85 (86), 1-2. 3-4. 5-6 segunda-feira. IGREJA DOS TERCEIROS – De terça a sexta- Hospital.......................................... 253 700 300 Bombeiros Voluntários....253 489 100
Ev Lc 5, 27-32 -feira, das 09h15 às 10h45. Bombeiros Voluntários....253 598 111
28 DIÁRIO DO MINHO / Necrologia / SÁBADO / 17.02.24
Priscos – Braga MISSA DE ANIVERSÁRIO NATALÍCIO
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA DE
DE
Maria do Patrocínio Vilaça Maria Fernanda Areias
de Carvalho Ribeiro Ramôa
Sua família parcipa a todas as pessoas de suas relações e amizade que
Sua família cumpre o doloroso dever de parcipar a todas as pessoas será celebrada missa de aniversário natalício em sufrágio da saudosa falecida
de suas relações e amizade o falecimento de seu ente querido, D. MARIA hoje, sábado, dia 17, às 18h30, na igreja paroquial de S. Lázaro.
DO PATROCÍNIO VILAÇA DE CARVALHO de 94 anos de idade, natural de Desde já agradece a todos quantos parcipem neste ato religioso.
Tadim – Braga e residente em Priscos – Braga, viúva do sr. João de Sousa A FAMÍLIA
Fernandes.
O seu corpo encontrar-se-á em câmara-ardente, na igreja paroquial de
Priscos hoje, sábado, 17 de fevereiro, às 10h00. O seu funeral realiza-se
às 16h00, depois de celebradas as exéquias fúnebres, irá a sepultar no
cemitério da localidade.
Aproveita para comunicar que a missa de 7.º dia será celebrada sábado,
24 de fevereiro, às 18h30, na igreja paroquial de Priscos.
Seus filhos,
Manuel Carlos de Carvalho Fernandes
Maria Isabel de Carvalho Fernandes
João Alberto de Carvalho Fernandes
Maria Joaquina de Carvalho Fernandes.
Braga, 17 de fevereiro de 2024
A Funerária de Marm Lda. Tel. 253911285 (chamada para a rede fixa nacional) Tlm. 968010049 (chamada para a rede móvel nacional )www.afunerariademarm.pt

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17.02.24 / SÁBADO / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 29
30 DIÁRIO DO MINHO / Publicidade / SÁBADO / 17.02.24

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PROPRIEDADE, EDIÇÃO E PRODUÇÃO: Empresa do Diário do Minho, Lda. - Seminário Conciliar, 75%; Diocese de Braga, 25%; Rua de Santa Margarida, 4-A - 4710-306 Braga - Contribuinte n.º 504 443 135 - Telef. Geral: 253 609 460
– Telef. Assinaturas: 253 609 463 – Telef. Publicidade: 253 609 462 Redação: 253 609 467; Fax: 253 609 469; 253 609 465 (Departamento Comercial) - E-mail: redacao@diariodominho.pt; comercial@diariodominho.pt; assinatu-
ras@diariodominho.pt – site: www.diariodominho.pt. Gerência: Paulo Alexandre Terroso Silva, Miguel Paulo Carvalho Simões, Tiago André Fernandes Freitas. Diretor-Geral: Luís Carlos Fonseca. Diretor: Damião A. Gonçalves Pereira
(C. P. 1834), diretor@diariodominho.pt; religiao@diariodominho.pt; Chefe Redação: Luísa Teresa Ribeiro (C.P. 2629), chefe_redacao@diariodominho.pt; redacao@diariodominho.pt; Coord. Desporto: Luís Filipe Silva (C.P. 3874) desporto@
diariodominho.pt; Redação: Ana Rita Cunha (C.P. 5814), Carla Esteves (C.P. 3794), Francisco de Assis (C.P. 3145), Joaquim Martins Fernandes (C.P. 5321), Jorge Oliveira (C.P. 1836), José Carlos Ferreira (C.P. 2390), José Costa Lima (C.P.
9219), Pedro Vieira da Silva (C.P. 2852), Rui de Lemos (C.P. 4919), Avelino Lima (fotógrafo, C.P. 2067); Colaboradores: António Pedras, A. Sílvio Couto, Carlos Nuno Vaz, Carlos Dias, Carlos Mangas, Dinis Salgado, Eduardo Jorge Madureira
Lopes, Eduardo Tomás Alves, Fernando Parente, Gonçalo Melo Bandeira, J. M. Gonçalves de Oliveira, Joaquim Barbosa, Luís Covas, Paulo Fafe, Silva Araújo. Agências noticiosas: Lusa, Zenit, Ecclesia. Sede da Redação e sede do Impressor:
Rua de S. Brás n.º 1 – Gualtar – 4715-073 – Braga; Depósito Legal: n.o 1688/83. Registo de Imprensa: n.o 100 308. Tiragem deste número: 8.500 ex. Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda. Telefone 253 303 170. Distribuição: Vasp e
Vasp Premium. Estatuto Editorial: https://diariodominho.pt/estatuto-editorial Os contactos do Diário do Minho são chamadas para rede fixa nacional.

Todas as semanas SÁBADO.17.FEVEREIRO.2024

Inquérito DM online uma pergunta diferente.

O SC Braga vai conseguir eliminar Assinaturas BRAGA VIANA DO CASTELO

Qarabag, do Azerbaijão, no play-off

de acesso aos “oitavos” da Liga Europa?
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VENTO FRACO DE NORDESTE VENTO FRACO DE ESTE
Estas informações não dispensam a consulta da lista oficial.

Diário do Minho
# Centro de Braga

Aquecedor pega fogo

e provoca susto em habitação
Quatro pessoas foram re- nhadas para o hospital por
tiradas de uma casa na inalação de fumo, outras
Avenida Imaculada Con- duas apenas foram assis-
ceição, em Braga, na tarde tidos no local.
de ontem, depois de um O incêndio provocou
aquecedor ter começa- um forte aparato no local
do a arder no quarto da com os Bombeiros Volun-
habitação. tários e Sapadores de Bra-
Segundo o que o Diá- ga a ir para o local e a PSP.
rio do Minho apurou jun- O acontecimento
to das autoridades, duas causou perturbações no
pessoas foram encami- trânsito.
DR

# logo após o registo do bebé

Abono de família já é
atribuído automaticamente

A
atribuição automá- ção com o valor atribuído do, que é importante os de Crianças e Jovens re-
tica do abono de fa- ao bebé», sem que haja ne- pais atualizarem os dados cebem atualmente abo-
mília, logo após o cessidade de serem os pais pessoais e contactos na Se- no de família, sendo que
registo do bebé na a fazerem o pedido. gurança Social Direta, de os valores desta presta-
maternidade, começou a «O pai ou a mãe tem forma a garantir o automa- ção social foram atuali-
ser feita pelo Instituto de apenas de entrar com os tismo e eficácia da medi- zados em 2024 em mais
Segurança Social na quin- seus dados na Segurança da. A atribuição automá- 22 euros por mês, 33 eu-
ta-feira, deixando de ser Social Direta, na sua área de tica do abono de família ros no caso das famílias
preciso que sejam os pais mensagens, e confirmar a faz parte do programa de monoparentais.
a fazer o pedido. proposta de valor apresen- Transformação Digital da Citada no comunicado,
Em comunicado, o Mi- tada. Com esta confirma- segurança Social, que re- a ministra Ana Mendes
nistério do Trabalho, So- ção fica automaticamente presenta um investimento Godinho defende que «a
lidariedade e Segurança atribuído o Abono de Fa- de 200 milhões de euros, atribuição automática do
Social dá conta de que o mília, não sendo necessá- no âmbito do PRR. Abono de Família permi-
Instituto de Segurança So- ria mais nenhuma ação», Segundo os dados dis- te eliminar barreiras e ga-
cial «passou a enviar proa- refere o ministério. poníveis no comunica- rantir a inclusão de todas
tivamente uma comunica- Salienta, por outro la- do, cerca de 1,1 milhões as crianças abrangidas».
Este suplemento é parte integrante da edição n.º 33809 do Diário do Minho. Não pode ser vendido separadamente.
2 OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 |
Meu
Alexandra Gomide
Presidente da Associação UAI
olhar...
@alexandragomide
Embora já tenhamos passado pelo
Carnaval, tem uma questão que penso
não poder deixar passar sem ponderar:
a participação da UAI no “Desfile Folião”
de iniciativa do pelouro da Juventude do
Município de Braga.
Desde que iniciei a minha gestão na
Associação UAI e estive à frente dos seus
principais eventos como o “ArraUai” e o
“Dia do Brasil”, sempre fiz questão de
ressaltar o objetivo e a missão de cada
um deles. Contudo, sempre me ques-
tionaram o porquê da UAI não fazer o
Carnaval.
Por entender que o Carnaval brasileiro
já é muito divulgado internacionalmen-
te, pelo menos o do Rio de Janeiro, optei
por trazer as “Marchinhas de Carnaval”
na primeira edição do Dia do Brasil em
Braga e o “CarnaUAI”, um bailinho de
carnaval mais restrito aos associados.
Entretanto, esse ano recebemos o
convite do Município de Braga para par-
ticiparmos do desfile e numa posição
mais de expectadores, pois foi o primei-
ro ano e precisávamos entender melhor
a proposta, aceitamos o desafio. Assim
como aceitamos o convite para desfilar
no “Entrudo” da Rusga de São Vicente
em anos anteriores.
Achamos por bem participarmos com
o nosso grupo de teatro KUAI e asso-
ciados que mostrassem interesse, dei-
xando assim, a proposta um pouco mais
livre. Não sei se existe a expressão aqui,
mas a ideia era “dançarmos conforme a
música”. E assim foi.
O ponto a que quero chegar, é que
mesmo assim, tivemos muitos questio-
namentos de brasileiros e portugueses
por não quererem que o Carnaval do
Brasil chegue aqui. Cada um com o seu
motivo, mas o que importa aqui é o meu
olhar sobre isso.
Director: Damião A. Gonçalves Pereira
Coordenação: Alexandra Gomide e Ruy Generoso • Design: Ana Claudia Villaça
Contacto: geral@olharbrasileiro.pt • Publicidade: comercial@diariodominho.pt
Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
É opção dos jornalistas e colaboradores seguir ou não o acordo ortográfico.
AT EN DI MENTOS GRAT UI TOS
Enquanto eu estiver à frente da As-
sociação UAI, tenham a certeza que ja-
mais vou deixar que isso aconteça, no
que depender de mim. Faço questão de
respeitar e viver a cultura portuguesa,
em especial a bracarense pela qual te-
nho profundo afeto, pois foi para isso Associação de acolhimento,
que vim para cá. Se saí do meu país
tendo uma vida confortável e estabili-
inserção e integração da comunidade
zada lá para estar aqui, é porque quero luso-brasileira em Portugal
ser e estar nessa cultura e lhes garanto,
que assim como eu, muitos associados
UAI têm a mesma linha de pensamento
e sentimento. Amamos o Brasil, gosta- • Espaço físico de acolhimento, apoio e aconselhamentos especializados
mos de valorizar a diversidade cultural (psicológico, jurídico, empresarial, financeiro, imobiliário e pedagógico)
nele existente, sentimos saudades, mas
jamais deixaremos que essa linha, ainda
• Promoção de convívios que favoreçam o processo
que tênue, seja ultrapassada.
de integração da comunidade luso-brasileira
Outro ponto a destacar é que a missão • Eventos - ArraUAI, Dia do Brasil, Festival de Inverno, entre outros
da Associação UAI é unir, apoiar e inte-
• Rede de Negócios para empresários e empreendedores
grar a comunidade luso-brasileira. Nun-
ca tomaremos partido de um brasileiro • Projeto Faça e Venda para artesãos
só por ser brasileiro. Defendemos o que • Meninas da UAI - grupo de acolhimento para mulheres imigrantes
é certo e para nós, o certo é respeitar as
regras e os costumes locais. Portanto, • KUAI - Kompanhia UAI de Artes Cênicas
o fato de existir brasileiros a desfilarem • Encontro de Músicos
no Carnaval de Braga, não quer dizer
que estamos a impor a nossa cultura
• Sala Social - recolha e entrega de doações
aqui e nem queremos isso. Simplesmen- • Orientação e encaminhamento individualizado a entidades
te gostamos de festejar a vida de todas parceiras regulamentadas e mercado de trabalho.
as formas e com todas as pessoas. Foi
assim no “Entrudo”, foi assim no “Desfile
Folião” e será assim em quantos outros
RECONHECIMENTO
eventos formos convidados.
Aproveito para deixar o meu convite
para que participem dos nossos eventos
também. Irão redescobrir o Brasil, per-
ceber que os brasileiros podem ser bem Entidade reconhecida pelo ACM - Alto Comissariado para as Migrações e Presidência do
diferentes (somos um continente) e irão Conselho de Ministros como associação representativa de imigrantes e seus descendentes,
nos termos do disposto do nº 1 do artigo 5º da Lei nº 115/99, de 3 de agosto.
se divertir muito, pois preparamos sem-
pre tudo com muito carinho e alegria
para todos, mesmo com todas as nossas SEDE BRAGA: Rua do Caires, número 328, Loja 23 | Maximinos
limitações. (próximo à estação de Comboios de Braga)
Bem hajam!
253 257 364 (chamadas para a rede fixa nacional) geral@uai.pt
GABINETE BARCELOS: Largo Dr. Martins Lima, 10
(Associação Comercial e Industrial de Barcelos)
uai.pt uai_associacao www.uai.pt
 | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 | OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL 3

Negócios
Cláudia Gontijo
Investir em imóveis em Portu-
gal tem se destacado como uma
oportunidade atrativa, especial-
mente quando comparada à si-
tuação no Brasil. A conjunção de
baixas taxas de juros, atualmente
em 3,5% ao ano, e o aumento do
valor das rendas apresenta be-
nefícios significativos.
1. Baixas Taxas de Juros (3,5%
ao ano):
Portugal tem mantido uma
política de taxas de juros histori-
camente baixas, proporcionando
condições favoráveis para in-
vestimentos imobiliários. A taxa
de 3,5% ao ano representa um
custo financeiro relativamente
acessível em comparação com
muitos outros países, tornando
o financiamento de imóveis mais
acessível.
2. Valorização Rápida dos
Imóveis:
O mercado imobiliário em
Portugal tem experimentado
uma valorização notável nos últi-
mos anos. O aumento da procura
por propriedades, especialmente
em áreas urbanas e turísticas,
tem impulsionado a valorização
dos imóveis. Isso não apenas
Investir em imóveis em Portugal: uma oportunidade única
em meio a taxas de juros atrativas e valorização rápida
oferece retornos atrativos para
investidores, mas também des-
taca o potencial de crescimento
contínuo.
3. Atratividade para Investi-
dores Internacionais:
O ambiente regulatório favo-
rável e a qualidade de vida em
Portugal têm atraído investido-
res internacionais. As políticas
governamentais incentivam a
entrada de estrangeiros no mer-
cado imobiliário, o que contribui
para a diversificação do setor e
aumenta a demanda por pro-
priedades.
4. Comparação com o Brasil:
Ao compararmos com o Brasil,
onde a taxa efetiva de custo de fi-
nanciamento é geralmente mais
alta, a diferença torna-se eviden-
te. O Brasil tem historicamente
taxas de juros mais elevadas, o
que encarece o financiamento
imobiliário. Investir em Portugal,
com taxas consideravelmente
mais baixas, pode representar
uma alternativa atraente para
brasileiros que buscam otimizar
seus investimentos.
5. Financiamento para estran-
geiros:
É possível,mesmo morando no
Brasil, conseguir um financia-
mento em Portugal através de
um banco português, como uma
propriedade secundária, uma
modalidade própria para este
tipo de investimento.
6. Renda Passiva Através de
Aluguel:
O aumento do valor das ren-
das em Portugal contribui para
a atratividade dos imóveis como
uma fonte de renda passiva. Com
a crescente demanda por loca-
ção, investidores podem benefi-
ciar-se de retornos consistentes
ao alugar suas propriedades.
7. Segurança Jurídica e Estabi-
lidade Política:
Portugal oferece um ambiente
de investimento seguro, com leis
claras e estáveis e um clima polí-
tico que favorece a estabilidade.
Esses elementos proporcionam
aos investidores confiança na
proteção de seus ativos.
Conclusão:
Investir em imóveis em Portu-
gal emerge como uma oportu-
nidade singular, especialmente
para investidores brasileiros que
enfrentam taxas de juros mais
elevadas em seu país de origem.
As baixas taxas de juros em Por-
tugal, aliadas à valorização rápi-
da dos imóveis e ao aumento das
rendas, criam um cenário propí-
cio para ganhos substanciais. A
diversificação de portfólios, a se-
gurança jurídica e a estabilidade
política do país reforçam a atra-
ção deste mercado imobiliário
vibrante e em crescimento.
Cláudia Gontijo
Conselheira da UAI

Direitos e Deveres
Trata-se de um acordo assina-
do entre Portugal e o Brasil que
garante a reciprocidade de igual-
dade quanto aos direitos e deve-
res, ou seja, tanto os portugueses
no Brasil, como brasileiros em
Portugal.
Esse acordo é exclusivo para
cidadãos de nacionalidade bra-
sileira, que possua título de re-
sidência válido, seja residente
em Portugal e que seja maior de
idade.
Algumas vantagens do Estatu-
to de Igualdade são: redução do
valor das propinas nas universi-
dade portuguesas; concorrer a
Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres
bolsas de estudos; prestar con-
curso público; possibilidade de
voto nas eleições municipais e se
candidatar para eleições locais;
trabalhar sem limitação de horas
e em qualquer função, além de
poder tirar o cartão cidadão.
São poucas, mas existem des-
vantagens como a perda dos
direitos políticos e de voto no
Brasil no caso de optar pelo Es-
tatuto de Igualdade de Direitos
e Deveres Politicos. O Estatuto
tem aplicabilidade exclusiva em
Portugal, caso viaje a outros pa-
íses da União Europeia deverá
utilizar o passaporte brasileiro.
Os documentos necessários
para efetuar o pedido são: Re-
querimento disponível no site
AIMA (Agência para Integração
Migração e Asilo), fotocópia do
Título de Residência válido e o
Certificado de Nacionalidade
emitido pelo Consulado do Bra-
sil, certificando que o cidadão
não se encontra impedido de
exercer os seus direitos civis.
Tais documentos devem ser
encaminhados à AIMA para a de-
vida análise e deferimento do es-
tatuto. Insta salientar que o pe-
dido é totalmente gratuito, não
tem prazo de validade e poderá
ser pedido a qualquer momento
desde que preencha os requisi-
tos para requerimento. O prazo
de conclusão do pedido em mé-
dia é de 8 meses, a depender da
demanda de pedidos que a AIMA
estiver a ter.
Se você preenche os requisi-
tos, a sugestão é solicitar seu Es-
tatuto de Igualdade de Deveres e
Direitos, pois visa resguardar os Adriana Barreira
direitos dos brasileiros que vi-
vem em Portugal.
E você já fez seu pedido ?
Dra. Adriana Barreira
Advogada 58523P
4 OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 |
O Olhar Brasileiro entrevis-
tou Tadeu Oliveira que é histo-
riador, educador, palestrante,
produtor cultural, compositor,
músico e regente de corais no
Vale do Jequitinhonha em Minas
Gerais. Além disso, ele é um ra-
dialista que produz e apresenta
o programa Canta Minas na rá-
dio Aranãs FM de Capelinha há
mais de 20 anos
Tadeu, apesar você ser natural
de Corinto, interior de Minas
Gerais, vivia na capital Belo Ho-
rizonte. Como foi esta mudança
de uma cidade grande para Ca-
pelinha?
Eu cheguei em Capelinha no
dia 24 de outubro de 1997 e quan-
do cheguei, claro, não foi fácil. Na
verdade, foi muito difícil. É um lu-
gar cuja cultura é totalmente di-
ferente do que eu estava acostu-
mado. Entretanto, o povo do Vale
do Jequitinhonha tem um cora-
ção maravilhoso. É um pessoal
mais centrado, mais respeitoso
e que não é muito de brincadei-
ras. Então, isso foi uma mudança
muito grande para mim. Só que
esta experiência foi muito impor-
tante porque eu precisava passar
por esta introspecção para po-
der me reencontrar e me refazer
como ser humano.
Como foi que surgiu o radialista
Tadeu Oliveira?
Em 2000 eu comecei a fazer
o programa na Rádio Aranãs. O
programa era apresentado pelo
jornalista e radialista Chico Ne-
ves que inclusive já foi prefeito
de Capelinha. Ele criou o pro-
grama no ano de 1992 e o apre-
sentou durante 6 anos, mas pre-
cisou parar. Dois anos depois,
eu cheguei em Capelinha e todo
mundo falava desse programa.
Que era uma pena que o pro-
grama tinha acabado, pois era
um programa dedicado à cultu-
ra mineira e a esse pessoal Vale
do Jequitinhonha. O progra-
ma tem sido um aprendizado e
TADEU
OLIVEIRA
O agitador cultural do
Vale do Jequitinhonha
tanto para mim. Nele comecei a
apresentar o entorno da cidade
e o movimento cultural do Vale
do Jequitinhonha.
Você apresenta o programa Canta
Minas, que apesar do nome não é
um programa somente de música.
Qual é a essência do programa?
Eu me compreendo como
uma pessoa cujo objetivo é des-
construir muros para fazer as
pessoas desabrocharem no que
elas têm de melhor. Então, o
lema do programa é dar voz aos
invisíveis, dar voz a quem não
tem voz. Eu entrevisto pessoas
que têm uma relevância social.
Entrevisto a senhorinha que faz
um doce de pequi delicioso, o
cara que faz um queijo artesanal
único, o sujeito que produz uma
viola caipira… São pessoas sim-
ples, do povo e que têm histó-
rias de vida maravilhosas. Todo
mundo tem algo para contar. E
se a gente parar para ouvir, a
gente vai ver que as vidas das
pessoas são interessantes, por-
que o bonito e o interessante
não é só o que vai para mídia ou
o que vai para o Instagram. A be-
leza, a felicidade e o amor estão
nas coisas mais simples e com as
pessoas mais simples. Então, eu
aprendi isso na minha vida e eu
adoto isso na minha prática de
vida e na minha profissão.
Fale um pouco do Vale do Jequi-
tinhonha para nossos leitores
que não conhecem esta riquíssi-
ma região de Minas Gerais.
O Vale é uma área de uma ri-
queza social e cultural extraor-
dinária. Historicamente, o Vale é
uma região que já durante a co-
lonização portuguesa começou
a sofrer uma série de proble-
mas. Naquela época, o Vale ain-
da não era conhecido como Vale
do Jequitinhonha. Isso é uma
construção bem posterior. Tudo
começa na Costa da Bahia quan-
do conflitos entre os indígenas
e os portugueses foram fazendo
com que esses índios migras-
sem para dentro do continente.
Muitos deles se instalaram nas
matas da região do sul da Bahia
e essa parte de Minas Gerais,
compreendida como Vale do Je-
quitinhonha, Vale do Mucuri e
Vale do Rio Doce. Então, acon-
tece a descoberta do ouro na
região de Ouro Preto e Sabará,
e posteriormente, o diamante
em Diamantina. Isto fez com
que a ocupação portuguesa se
voltasse para lá. Assim, o Vale do
Jequitinhonha passou a ser ocu-
pado por africanos que funda-
ram vários quilombos na região.
Logo depois, Minas Novas, que
já era no Vale do Jequitinhonha,
também se transformou num
polo de ouro. Quando o rei Dom
João VI chegou ao Brasil, man-
dou instalar diversos quartéis
ao longo do Rio Jequitinhonha
para reprimir o contrabando do
ouro de Minas Novas, por onde
o ouro saía.
O Vale também foi uma re-
gião produtora de algodão,

numa época em que os Estados
Unidos importavam muito este
produto. Com o fim do ciclo do
ouro e o declínio do algodão,
essa região ficou praticamente
esquecida. Desta forma, as pes-
soas que trabalhavam no garim-
po começaram a se juntar em
pequenas comunidades traba-
lhando basicamente na agricul-
tura de subsistência.
Esta região atualmente continua
esquecida?
Melhorou muito, mas pode
melhorar ainda mais. Na década
de 1960 foi criada a Codevale,
Coordenadoria de Desenvolvi-
mento do Vale. O objetivo era
solucionar a que a questão do
desenvolvimento do Vale. Co-
meçou a haver várias interven-
ções aqui no Vale. Foram envia-
dos sociólogos para estudar a
região. Foram criados diversos
programas, mas cujos benefí-
cios nunca realmente chegavam
ao povo. Na verdade, era mais
exploração do que qualquer ou-
tra coisa.
Mudança mesmo, ocorreu
com a chegada do frei Francis-
co van der Poel, mais conheci-
do como frei Chico. Ele era um
holandês naturalizado brasileiro
que dedicou mais de 40 anos
de sua vida à pesquisa e tradi-
ção cultural popular do Vale do
Jequitinhonha. Frei Chico, que
infelizmente faleceu no ano
passado, veio morar em Araçuaí
e trouxe um olhar europeu para
os problemas da região. Com a
sua educação franciscana, uma
mente mais aberta e um o olhar
diferenciado, aquele olhar de
quem é de fora, começou a per-
ceber que a cultura do povo do
Vale era muito bonita, muito
interessante e muito importan-
te. Ele, por exemplo, criou um
coral chamado Trovadores do
Vale, que tem, inclusive, a Lira
Marx, que é uma artesã famosa
de Araçuaí.
O Vale do Jequitinhonha tem, re-
| Sábado, 17 de fevereiro de 2024 | OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL
conhecidamente, uma produção
cultural e artística muito forte
atualmente. A que se deve este
fenômeno?
Algumas pessoas saíram do
Vale para estudar. Na faculdade
começaram a ter contato com
outras formas de pensar e agir.
Na década de 1980, foi criado
o Festivale, um festival cultural
que foi moldando um sentimen-
to de pertencimento na região
muito grande. Isto foi trazendo
à tona toda aquela cultura pura,
ancestral mesmo. Trouxe aquela
cultura centenária que já estava
aqui, mesclada de elementos da
cultura portuguesa com a cultu-
ra dos negros e indígena, além
de outros elementos ibéricos.
Isso estava latente nos rincões
do Vale. E esse movimento, atra-
vés dos artistas, de pesquisado-
res do Vale, começou a criar um
movimento cultural muito forte
na região. Consequentemente,
o Vale do Jequitinhonha começa
a ser construído no imaginário
do povo com esses valores cul-
turais ainda muito latentes. Es-
ses valores da cultura popular
coletiva ficaram impregnados
até nos lugares. Sabe, essa coisa
da experiência coletiva, do mu-
tirão, da confraternização, seja
ela religiosa ou de uma colhei-
ta, tudo isso é compartilhado.
Finalmente, o reconhecimen-
to cultural da região vai mui-
to além do artesanato. Foram
surgindo outras manifestações
culturais. O teatro hoje aqui é
muito forte e musicalmente o
Vale tem gerado muitos artistas
de fama nacional.
Te incomoda esta imagem de
região menos desenvolvida que
o Vale tem na visão de quem é
de fora?
É interessante que o Vale do
Jequitinhonha, por estar situ-
ado no nordeste de Minas Ge-
rais, tem também influências
e semelhanças com a região
nordeste Brasil. Inclusive os es-
5
Entrevista
Fotos: Divulgação
tigmas que o nordeste brasilei-
ro sofre, o povo daqui também
sofre. Mas essa visão do vale da
miséria, o vale do atraso está
acabando. O Vale do Jequitinho-
nha é uma região riquíssima. É
uma região de minerais e que
tem um potencial muito grande.
Entretanto, talvez a maior ri-
queza do Vale do Jequitinhonha
seja o seu povo. E um povo que
sabe que preservar seus valores
culturais é muito importante.
Você acredita que seja possível
preservar os valores tradicionais
com o desenvolvimento?
Sem dúvida. Eu aprendi, es-
tudando história, que nós te-
mos de trafegar pelo caminho
do meio. Nós não podemos ir
demais para o tradicional e nem
demais para a liberdade. Porque
se você ficar só no tradicional,
você enfraquece a sua visão, e
se você se abrir completamen-
te para a liberdade, você perde
sua raiz.
6 OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 |

Comportamento

Inverno, hora de falar sobre solidão

Thabata Telles
A solidão parece ser uma
questão cada vez mais frequen-
te, em especial nos consultórios
psicológicos e demais espaços
de cuidado à saúde mental. Nos
dias atuais, ela assume uma di-
mensão peculiar em meio à era
digital e à interconectividade
aparente. Embora estejamos
constantemente conectados
através de dispositivos eletrô-
nicos e redes sociais, muitas ve-
zes nos vemos em um estado de
solidão paradoxal, cercados por
uma multidão virtual, mas ca-
rentes de conexões reais e sig-
nificativas. A solidão moderna
é frequentemente alimentada
pela superficialidade das inte-
rações online e pela falta de in-
timidade genuína. Diminuímos
a presença corporal do outro,
o que corrói o sentido de per-
tencimento e afrouxa os laços
sociais.
No caso dos imigrantes, a so-
lidão muitas vezes se manifesta
como uma experiência marcada
pela distância física e emocional
de suas raízes e entes queridos.
Ao enfrentar desafios significa-
tivos de adaptação e integração
em um ambiente desconhecido,
a solidão surge não apenas da
falta de conexões sociais ime-
diatas, mas também da sensa-
ção de estranhamento cultural
e da dificuldade em encontrar
um senso de pertencimento em
um novo contexto. Além disso,
barreiras linguísticas, discrimi-
nação e dificuldades econômi-
cas podem agravar ainda mais a
sensação de isolamento, o que
exige destes indivíduos boa ca-
pacidade de resiliência.
Assim, a experiência da so-
lidão nos dias de hoje é um fe-
nômeno complexo e multiface-
tado, em que a tecnologia pode
tanto agravar quanto mitigar a
sensação de isolamento, depen-
dendo de como é utilizada e do
contexto social e emocional de
cada indivíduo. Se a sensação de
solidão pode acometer uns mais
do que outros, no período do in-
verno, somos tomados por uma
tonalidade específica, permeada
pela melancolia e reflexão silen-
ciosa. O mundo exterior parece
desacelerar e muitas vezes nos
encontramos mais imersos em
nossos pensamentos e emo-
ções. É um período em que a so-
lidão pode se tornar mais tangí-
vel, pois a quietude do ambiente
externo muitas vezes amplifica
a sensação de isolamento inte-
rior. Para alguns, isto pode ser
bastante difícil e ser suficiente
para colocar a sua existência
em cheque. Para outros, esta
solidão sazonal pode ser vista
como oportunidade para o re-
colhimento e para se reconec-
tar consigo mesmo em um nível
mais profundo. Neste processo
de contemplação introspectiva,
pode estar um importante con-
vite para potencializarmos nos-
so autoconhecimento.
Thabata Telles
Psicóloga Clínica e Desportiva
OPP 24893 - CRP 06/148224

Como ultrapassar o fim de um

relacionamento amoroso difícil?
As relações amorosas são
uma parte fundamental da vida
humana e, muitas vezes, têm
um grande impacto no nosso
bem-estar psicológico. Quan-
do uma relação acaba, pode ser
uma das experiências mais do-
lorosas que podemos enfrentar.
A rutura amorosa pode ter efei-
tos profundos na nossa saúde
mental, mas também existem
estratégias que podem ajudá-
-lo/a a lidar com a dor e a se
recuperar.
É importante reconhecer
que a dor da rutura é normal e
pode levar tempo para passar. A
maioria das pessoas vai sentir-
-se triste, ansiosa, chateada ou
com raiva após uma separação.
Esses sentimentos podem ser
intensos e durar semanas ou
meses, mas normalmente vão
desaparecendo gradualmente.
Nalguns casos, os efeitos psi-
cológicos da rutura podem ser
mais duradouros e intensos.
Pode levá-lo a uma depressão,
ansiedade ou outros problemas
de saúde mental.
Existem também várias es-
tratégias que as pessoas podem
utilizar para lidar com a dor da
rutura:
Em primeiro lugar, é impor-
tante cuidar de si mesmo. Isso
pode incluir fazer exercício
físico, alimentar-se de forma
saudável, dormir o suficiente
e dedicar tempo para as ativi-
dades que gosta. Cultive a sua
individualidade, procurando fa-
zer aquilo que mais gosta, não
só promovendo momentos so-
ciais, mas também organizar o
seu tempo para encontrar mo-
mentos apenas para si.
Desconectar-se do seu/sua
ex, não só não o/a acompa-
nhando nas redes socais, mas
também limitando o contacto
olhos nos olhos.
Faça uma lista dos defeitos
do/a seu/sua ex, reforçando a
ideia de não querer aproximar-
-se da pessoa do seu passado.
Procure a natureza para co-
nectar-se ao presente, ao aqui
e ao agora, sem manusear o
telemóvel. Está provado cienti-
ficamente que ao realizar ativi-
dades na natureza pode ajudar
na redução do stress e pode
melhorar o seu bem-estar.
Evite envolver-se com ou-
tra pessoa apenas para tentar
curar-se das feridas do passado.
Não estou a dizer que deve ficar
fechado/a em casa sem conhe-
cer novas pessoas, mas em no-
vos contactos, comece por ten- Luís Lameira
tar conhecer bem as pessoas e
esteja atento/a a sentimentos
de carência que podem surgir.
Anote como um lembrete: não
temos de dar atenção a todos emoções difíceis e superar o
os nossos sentimentos. Não é rompimento da relação. Se
reprimi-los, mas observá-los, mesmo assim for difícil para si
tomar consciência e tomarmos gerir todo o processo emocio-
decisões com foco na nossa es- nal, com implicações negativas
tabilidade emocional. no seu equilíbrio emocional,
Aprenda a aceitar-se e valo- pondere procurar a ajuda de
rizar-se como pessoa única e um psicólogo clínico.
independente, sem depender
da opinião ou aprovação dos Luís Lameira
outros. Psicólogo Clínico com a Cédula
Procure a ajuda de amigos Profissional da Ordem dos Psi-
e familiares para lidar com as cólogos Portugueses Nº14583
 | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 | OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL 7

Saúde

Sal Rosa do Himalaia: fonte

de nutrientes ilusória, embalada na beleza
Nos últimos anos, o sal rosa que respaldem essas alegações. mistificar essa ideia, pois mes-
do Himalaia tem sido aclamado Portanto é importante des- mo que o sal rosa possa conter
como uma alternativa mais sau- pequenas quantidades de mi-
dável ao sal comum, promovido nerais adicionais, como cálcio e
por suas supostas propriedades magnésio, devido à sua origem
e benefícios adicionais. Embora natural, esses benefícios são
muitos afirmem que o sal rosa insignificantes em comparação
do Himalaia oferece benefícios com os danos potenciais do ex-
à saúde, a verdade é que não cesso de sal na dieta.
existem evidências científicas A verdade é que o consumo
co ncl usivas de sal já está muito além do re-
comendado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). O ex-
cesso de sal está associa-
do a uma série de pro-
blemas de saúde,
incluindo
pressão
alta,
doen-
ças car-
díacas e
renais,
e até
m e s m o
acidentes
vasculares
cerebrais. Portanto, o foco deve
ser reduzir a ingestão de sal e
buscar fontes de nutrientes nos
próprios alimentos, em vez de
confiar no sal como uma fonte
suplementar de minerais.
Embora a propaganda em
torno do sal rosa do Himalaia
possa sugerir uma superiori-
dade sobre o sal comum, essa
distinção é muitas vezes exa-
gerada e enganosa. O verda-
deiro caminho para uma dieta
saudável está em fazer escolhas
conscientes e equilibradas, op-
tando por alimentos naturais e
menos processados. É funda-
mental lembrar que o sal, inde-
pendentemente do tipo, deve
ser usado com moderação.
A escolha do sal deve ter uma
única função, como ingrediente
adicionado aos alimentos uni-
camente para proporcionar o
gosto salgado, e realçar assim
o sabor.
Portanto, em vez de investir
Raquel Gonçalves
em produtos de sal diferencia-
dos, é mais sensato e benéfico
investir no consumo de ali-
mentos integrais e nutritivos.
Priorizar uma dieta rica em
frutas, vegetais e grãos inte-
grais oferece uma abundância
de nutrientes essenciais para a
saúde, sem os riscos associados
ao consumo excessivo de sal.
Lembre-se: quando se trata de
sua saúde, as escolhas alimen-
tares inteligentes são sempre o
melhor investimento.
Dra. Raquel Gonçalves
Nutricionista Clínica, Emagre-
cimento, Qualidade de Vida e
Bariátrica. Cédula profissional
4744N/CRN

O que a UAI representa para você?

Nossos Associados respondem...

Associação de acolhimento,
inserção e integração da comunidade
luso-brasileira em Portugal

“… Cheguei à Braga com a
certeza de que eu teria um
RECONHECIMENTO
lugar de vida, de acolhimento!
E não foi diferente do que eu
esperava. No momento de
maior fragilidade durante a
minha adaptação no país, fui
Entidade reconhecida pelo ACM - Alto Comissariado para as Migrações e Presidência do buscar o socorro afetivo na
Conselho de Ministros como associação representativa de imigrantes e seus descendentes, UAI e recebi muito carinho,
nos termos do disposto do nº 1 do artigo 5º da Lei nº 115/99, de 3 de agosto.
empatia e um abraço que só
os brasileiros sabem o quanto
é aconchegante!…”
SEDE BRAGA: Rua do Caires, número 328, Loja 23 | Maximinos
(próximo à estação de Comboios de Braga) JOSENEILDE M.
DE ASSUNÇÃO
253 257 364 (chamadas para a rede fixa nacional) geral@uai.pt Associada UAI
GABINETE BARCELOS: Largo Dr. Martins Lima, 10
(Associação Comercial e Industrial de Barcelos)
Mais depoimentos podem ser conferidos em www.uai.pt
uai.pt uai_associacao www.uai.pt
AT END I MENTO S G R AT U I TOS
“… A UAI é uma bênção “… A UAI deu o start para o meu início de estágio,
para nós imigrantes, tem que moldou toda a minha vida profissional aqui,
acolhimento, informações em Braga. Foi lá, também, que consegui
e atendimento, tudo que informações importantes com a equipe de
necessitamos, fora do advogados para me tranquilizar sobre as decisões
nosso país. Fora a importantes e burocráticas da imigração.
humanidade e humildade Sei que não se resume a isso, pois sempre que
das pessoas que nos passo por lá, vejo pessoas sendo acolhidas com
atendem. E amo as necessidades diferentes.
festas. Obrigada O simples fato da UAI existir nos deixa tranquilos,
Alexandra e equipa…” pois sabemos que lá é acolhimento, segurança e
parceria…”
JANETE VAZ
Associada UAI MARILUCE CARVALHO
Associada UAI
8 OLHAR BRASILEIRO EM PORTUGAL | Sábado, 17 de fevereiro de 2024 |

Arte
Braga em festa com o “Desfile Folião”
A Associação UAI participou da primeira edição do “Desfile Folião” or-
Você sabia?
ganizado pelo Município de Braga no passado dia 12. Os foliões partiram
da Rua Dom Diogo de Sousa (Arco da Porta Nova) e percorreram até o
O KUAI
Largo de São João do Souto, onde encontrava-se o palco disponível para
a apresentação das associações que desfilaram e do DJ que conduziu o O teatro está presente na Associação UAI
encerramento da festa. desde 2018 e muitos atores já passaram por
A UAI foi representada por alguns integrantes do grupo de teatro KUAI essa história, mas foi só em 2023 que o grupo
e associados e a marca da ala foi a máscara branca, identidade do KUAI. de teatro foi batizado pela UAI, como sendo o
KUAI – Kompanhia UAI de Artes Cénicas, hoje
Fotos: Município de Braga conduzido pela professora e arteterapeuta
Tanise Diva.

As oficinas gratuitas abertas ao público,

acontecem às quartas-feiras, das 19:30h. às
21:30h., na Junta de Freguesia da Sé. Às quin-
tas-feiras, os encontros acontecem para os
ensaios somente para os integrantes do KUAI,
selecionados durante as oficinas de quarta.

Por quê KUAI?

Kuai é uma palavra indígena, dos guaranis e
significa “conviver”. Exatamente a proposta das
atividades das oficinas semanais, a acrescentar
todos os benefícios do teatro e da arteterapia. O
nome foi sugestão do diretor da UAI, Ruy Gene-
roso, assim como o próprio nome da associação.

Por quê as máscaras?

Mascarados todos são um só e ao mesmo
tempo são únicos. É a dualidade do artista:
apresentar-se sem poder identificar-se. Prati-
car o domínio do ego. A máscara também ali-
menta a coragem e lembra que no palco, todos
são apenas um personagem, livre e solto.