Este poema descreve olhos verdes que o poeta viu e se apaixonou, mas que trouxeram tanto amor quanto desespero, levando-o à loucura e à morte. Os olhos são descritos como esmeraldas verdes cheias de paixão, mas que não trazem esperança, dando amor sem amar de volta. O poeta implora aos amigos que contem como esses olhos acabaram com sua vida.
Este poema descreve olhos verdes que o poeta viu e se apaixonou, mas que trouxeram tanto amor quanto desespero, levando-o à loucura e à morte. Os olhos são descritos como esmeraldas verdes cheias de paixão, mas que não trazem esperança, dando amor sem amar de volta. O poeta implora aos amigos que contem como esses olhos acabaram com sua vida.
Este poema descreve olhos verdes que o poeta viu e se apaixonou, mas que trouxeram tanto amor quanto desespero, levando-o à loucura e à morte. Os olhos são descritos como esmeraldas verdes cheias de paixão, mas que não trazem esperança, dando amor sem amar de volta. O poeta implora aos amigos que contem como esses olhos acabaram com sua vida.
É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. Gonçalves Dias Nota: Trecho da "Canção do Tamoio".
Como eu te amo
Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela, No largo mar a sombra de uma vela, Que lá na extrema do horizonte assoma;
Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta, As canções saudosíssimas do nauta, Quando em mole vaivém a nau flutua,
Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores, Um céu com luzes, um jardim com flores, Um canto quase em lágrimas sumido;
Como se ama o crepúsculo da aurora,
A mansa viração que o bosque ondeia, O sussurro da fonte que serpeia, Uma imagem risonha e sedutora;
Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus, Silêncio, e cores, e perfume, e vida, Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:
Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale Cantar a voz do trovador cansada: O que é belo, o que é justo, santo e grande Amo em ti. — Por tudo quanto sofro, Por quanto já sofri, por quanto ainda Me resta de sofrer, por tudo eu te amo. Gonçalves Dias Nota: Trecho de "Últimos cantos: poesias".
Olhos verdes Eles verdes são: E têm por usança, na cor esperança, E nas obras não. Cam. Rim.
São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança, Uns olhos por que morri; Que ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor, Têm luz mais branda e mais forte, Diz uma — vida, outra — morte; Uma — loucura, outra — amor. Mas ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão, Tão facilmente se inflamam, Tão meigamente derramam Fogo e luz do coração Mas ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo depois que os vi!
São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar; Não são de um verde embaçado, Mas verdes da cor do prado, Mas verdes da cor do mar. Mas ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus! Os olhos mostram a alma, Que as ondas postas em calma Também refletem os céus; Mas ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim, Que eu vivo só da lembrança De uns olhos cor de esperança, De uns olhos verdes que vi! Que ai de mim! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi!
Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar! Viu uns olhos verdes, verdes, uns olhos da cor do mar: Eram verdes sem esp’rança, Davam amor sem amar! Dizei-o vós, meus amigos, Que ai de mim! Não pertenço mais à vida Depois que os vi! Gonçalves Dias Nota: Poema de "Últimos Cantos".