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MÚSICA:
Lá vem o meu boi urrando subindo o vaquejador (2x)
Deu um urro na porteira...
O vaqueiro se espantou...
E o gado lá da fazenda, com isso se levantou
Urrou, Urrou (povo repete)
Meu novilho brasileiro que a natureza criou.
NARRADOR: E lá vem Pai Francisco e Catirina. Uma viva para história que acabou de começar!
(Chico e Catirina pulam pra dentro da roda, e o povo se coloca a estudara trama dos dois)
CATIRINA: Marido, to olhando esse boi formoso, valente e caprichoso e ta me dando uma vontade
danada de comer língua de boi. Quero comer essa língua se não morro a minguar!
CHICO: Diabo de mulher, em vez de querer um boi qualquer! Tinha que ser justamente o boi
valente do coroné!
CATIRINA: Que é que foi? (com cara de deboche) Quero a língua desse boi!
CHICO: Pois nóis vai lá e só dá um susto no boi e pegar a língua. Depois o bichim acorda.
(Entram Chico e Catirina com um pedaço de pau e vão atrás do boi. Batem de leve no boi e ele cai
e morre)
CHICO: Vixi maria, Catirina! O boi morreu! Valha-me Nossinhora! Simbora Catirina!
No outro dia
FAZENDEIRO: O que foi moço? Tu tá maluco da cabeça pra tá berrando desse jeito homi?
VAQUEIRO: É que o boi preferido do senhor sumiu coroné. Num acho ele de jeito nenhum!
FAZENDEIRO: Como assim sumiu? Seu... Seu capataz incompetente de uma figa!
FAZENDEIRO: Pois vai procurar meu boi seu maldito! E não volte aqui sem ele... Senão eu vou
arrancar o teu couro!!!
FAZENDEIRO: Ô meu “Padim Pade Incisso”... Que será que teve com meu boi??
No dia seguinte o vaqueiro descobre que Pai Francisco e Catirina mataram o boi
VAQUEIRO: Andem seus miseráveis ladrão de boi... O coroné vai dar um jeito em
vocês.
VAQUEIRO: Aqui coroné... Os ladrão do boi do senhor! Essa rapariga prenha queria comer a língua
do boi e o fio d’uma égua matou o boi pra essa disinfeliz comer a língua...
VAQUEIRO: Mataram sim coroné... Ele confessou e disse que vai dar conta do boi!
CHICO: É sim doutô, tem um índio na mata que pode trazer ele de volta.
(Na floresta)
CHICO: Minha muié queria comê a língua do boi e eu matei o boi do coroné. Agora queria que o
sinhô me ajudasse a trazer o boi de volta!
PAJÉ: Você é louco seu desembestado?? Você merece é uma boa surra! Não se pode brincar com
a morte!! Vou ver o que eu posso fazer! Mas não garanto nada a vocês!
(Todos que estão em volta, chico, o pajé, as índias, percussionistas, cazumbás começam a dançar
e tocar pra ressuscitar o boi. Quando de repente ele vai se mexendo e finalmente ressuscita. Todos
ficam felizes)
A música volta e todos ficam dançando e tocando. Termina com todos os atores
saindo festivos e alegres