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E - REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A.

Empreitada de Construção, Reparação e Manutenção de Redes de


Distribuição AT, MT e BT

ESPECIFICAÇÕES E CONDIÇÕES TÉCNICAS – ECT

ANEXO II– LINHA SUBTERRÂNEA (AT/MT)

EDIÇÃO SETEMBRO 2021


EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

ÍNDICE

1 OBJETIVO ............................................................................................................................ 5
2 ABERTURA DE VALA, ATERRO, MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS DE ESCAVAÇÃO
E COLOCAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS ELÉTRICAS SUBTERRÂNEAS ................... 5
2.1 Meios de escavação e definição de perfis de escavação........................................................................................................... 5
2.1.1 Definição de perfil de vala tipificada para circuitos de rede de AT: .................................................................................. 5
2.1.2 Definição de perfil tipo de vala para rede de MT: .............................................................................................................. 6
2.1.3 Escavações segundo perfil não tipo: ................................................................................................................................... 6
2.1.4 Perfurações ......................................................................................................................................................................... 6
2.2 Operações elementares integrantes da abertura de vala ......................................................................................................... 9
2.3 Condições de instalação dos cabos na vala, meios humanos e equipamentos ............................................................................ 9
2.4 Colocação de cabo em vala em condições especiais .............................................................................................................. 11
2.4.1 Colocação de cabo em "círculo" ou em "oito".................................................................................................................. 11
2.4.2 Colocação de cabo em valas com cabos já existentes ...................................................................................................... 11
2.5 Enfiamento de cabo em tubagem ........................................................................................................................................ 12
2.6 Arrumação e movimentação de produtos de escavação ........................................................................................................ 13
2.6.1 Baldeação complementar ou transporte manual de produtos de escavação reutilizáveis ................................................. 13
2.6.2 Transporte de produtos de escavação reutilizáveis para depósito temporário .................................................................. 13
2.6.3 Transporte de produtos de escavação reutilizáveis para vazadouro ................................................................................. 14
2.6.4 Transporte para vazadouro de materiais não reutilizáveis e excedentários ...................................................................... 14
2.6.5 Transporte para vazadouro autorizado dos produtos da escavação não aceites por entidades oficiais/licenciadas para
posterior reutilização ................................................................................................................................................................... 14
2.7 Aterro de vala ................................................................................................................................................................... 15
2.7.1 Condições técnicas de execução do aterro........................................................................................................................ 15
2.8 Caixas de visita para rede elétrica........................................................................................................................................ 15
2.8.1 Caixas de visita em alvenaria ........................................................................................................................................... 15
2.8.2 Caixas de visita pré-fabricadas ......................................................................................................................................... 16
2.8.3 Acesso às câmaras de visita .............................................................................................................................................. 16
2.8.4 Limpeza dos tubos ............................................................................................................................................................ 17
2.9 Condutas .......................................................................................................................................................................... 17
2.9.1 Condutas para travessias de via pública ........................................................................................................................... 17
2.9.2 Condutas para travessias de entradas ou acessos especiais .............................................................................................. 20
2.9.3 Condutas para travessias de locais especiais .................................................................................................................... 21

3 TIPOS DE SOLO E CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO .................................................... 21


3.1 Terra ................................................................................................................................................................................ 21
3.2 Terreno desmoronável ....................................................................................................................................................... 22
3.3 Rocha branda .................................................................................................................................................................... 22
3.4 Rocha dura........................................................................................................................................................................ 22

4 PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO DAS CANALIZAÇÕES SUBTERRÂNEAS ...................... 22


4.1 Sinalização de cabos subterrâneos ...................................................................................................................................... 22
4.2 Proteção mecânica de cabos ............................................................................................................................................... 23

5 ENTIVAÇÃO DE VALAS .................................................................................................... 23


6 CORTE E SELAGEM DE CABOS ...................................................................................... 23
7 BOMBAGEM DE ÁGUA DAS VALAS ............................................................................... 24

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8 CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE ESTRADOS E PASSADEIRAS PARA ACESSOS DE


PEÕES ............................................................................................................................... 24
9 BARREIRAS DE PROTEÇÃO LONGITUDINAIS NAS VALAS ......................................... 24
10 REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS ........................................................................................ 25
10.1 Condições gerais................................................................................................................................................................ 25
10.1.1 Condições técnicas de execução ....................................................................................................................................... 25
10.1.2 Critérios de avaliação das áreas de repavimentação ......................................................................................................... 26
10.2 Pavimentos em calçada, blocos ou betonilha de cimento ...................................................................................................... 26
10.3 Pavimentos betuminosos ................................................................................................................................................... 27

11 CAIXAS DE UNIÃO E TERMINAIS EM CABOS DE AT E MT ........................................... 28


12 EXECUÇÃO DE UNIÕES E TERMINAIS ........................................................................... 31
12.1 Terminais em cabos ou tranças de cobre.............................................................................................................................. 31
12.2 Terminais em cabos de alumínio ......................................................................................................................................... 32
12.3 Uniões em cabos e tranças de cobre .................................................................................................................................... 33
12.4 Uniões em cabos de alumínio ............................................................................................................................................. 33
12.5 Uniões entre cabos de alumínio e cabos de cobre ................................................................................................................. 34

13 SUBIDAS DE CABOS AT OU MT EM POSTES DE REDE OU EM PAREDES ................ 34


13.1 Cabos de AT ...................................................................................................................................................................... 34
13.2 Cabos de MT ..................................................................................................................................................................... 35

14 LOCALIZAÇÃO DE AVARIAS EM CABOS SUBTERRÂNEOS MT .................................. 35


14.1 Objeto .............................................................................................................................................................................. 35
14.2 Caracterização do âmbito dos serviços a realizar .................................................................................................................. 36
14.2.1 Mão-de-Obra .................................................................................................................................................................... 36
14.2.1.1 Condições técnicas ..................................................................................................................................................... 36
14.2.2 Viatura .............................................................................................................................................................................. 36
14.2.3 Ferramentas/Equipamentos .............................................................................................................................................. 37
14.2.4 Manobras e Consignações ................................................................................................................................................ 37
14.2.5 Realização dos Serviços ................................................................................................................................................... 38
14.3 Prescrições técnicas gerais.................................................................................................................................................. 38
14.4 Responsabilidades da E-REDES ............................................................................................................................................ 39
14.5 Prazos .............................................................................................................................................................................. 39

15 MANOBRAS E CONSIGNAÇÕES DE MT EM TRABALHO PROGRAMADOS ................ 39

ÍNDICE DE LEGENDAS

ILUSTRAÇÃO 1 - FICHA DE EXECUÇÃO DE CAIXA DE AT .................................................................................. 30


ILUSTRAÇÃO 2 - FICHA DE EXECUÇÃO DE CAIXA DE MT ..................................... Erro! Marcador não definido.
ILUSTRAÇÃO 3 - RELATÓRIO DE AVARIA .......................................................... Erro! Marcador não definido.
ILUSTRAÇÃO 4 – INFORMAÇÃO DO CABO ....................................................... Erro! Marcador não definido.

QUADRO 1 - TERMINAIS EM CABOS DE ALUMÍNIO ....................................................................................... 33

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QUADRO 2 - UNIÕES EM CABOS DE ALUMÍNIO ............................................................................................ 33


QUADRO 3 - UNIÕES ENTRE CABOS DE ALUMÍNIO E CABOS DE COBRE ........................................................... 34

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1 OBJETIVO

As presentes Especificações e Condições Técnicas, seguidamente designadas, de forma abreviada, por ECT, respeitam à
realização de trabalhos na Classe de Ativos de Linhas Subterrâneas de Alta, Média Tensão e Tele serviços. Nesta classe,
consideram-se incluídos, para além dos trabalhos de construção e de manutenção de linhas propriamente ditos, também os
de construção civil (abertura de valas, reposição de pavimentos, caixas de visita, etc.), inerentes à sua realização.

Os trabalhos deverão ser realizados na observância da legislação e prescrições técnicas e de segurança em vigor, bem como
das boas regras da arte de execução, destacando-se, a título exemplificativo, o Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de
Fevereiro, o qual aprova o “Regulamento de Segurança das Linhas Elétricas de Alta Tensão”, o Decreto-Lei n.º 445/89, de 30
de Dezembro, o qual aprova o “Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos”, o “Regulamento de Licenças para
Instalações Elétricas” (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26852, de 30 de Julho de 1936) e o Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de
junho (estabelece as medidas e ações a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios).

Será dado integral cumprimento aos regulamentos municipais sobre utilização do subsolo, domínio público e execução de
obras na via pública, bem como às instruções provenientes das câmaras municipais competentes.

Os trabalhos a realizar no âmbito desta Classe de Ativos, quando realizados na vizinhança de tensão, com riscos de entrar na
“Zona de Trabalhos em Tensão”, só poderão ser executados por empreiteiros qualificados e por trabalhadores com formação
TET (Trabalhos em Tensão) adequada, devendo ser expressamente autorizados pela E-REDES.

2 ABERTURA DE VALA, ATERRO, MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS DE ESCAVAÇÃO E COLOCAÇÃO DE INFRA-


ESTRUTURAS ELÉTRICAS SUBTERRÂNEAS

2.1 Meios de escavação e definição de perfis de escavação

A abertura de vala para colocação de cabos subterrâneos AT/MT ou de tubagens far-se-á recorrendo a processo manual ou
mecânico, respeitando os traçados de Projeto e de acordo com os perfis de escavação definidos para a tipologia da rede a ser
instalada.

2.1.1 Definição de perfil de vala tipificada para circuitos de rede de AT:

 Profundidade da vala: 1,50 m;

 Largura da vala:

Largura da Vala
Tipo de cabo
p/ 1 circuito p/ 2 circuitos

LXHIOLE (cbe) 185/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,60 m 0,85 m

LXHIOLE (cbe) 400/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,60 m 0,85 m

LXHIOLE (cbe) 630/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,60 m 0,95 m

LXHIOLE (cbe) 1000/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,60 m 1,20 m

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 Volume unitário de escavação:

Volume unitário de escavação


Tipo de cabo
p/ 1 circuito p/ 2 circuitos

LXHIOLE (cbe) 185/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,9m3/m 1,275 m3/m

LXHIOLE (cbe) 400/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,9m3/m 1,275 m3/m

LXHIOLE (cbe) 630/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,9m3/m 1,425 m3/m

LXHIOLE (cbe) 1000/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,9m3/m 1,800 m3/m

O perfil tipo encontra-se ilustrado no desenho C11-5-0002-00 referenciado no Anexo XVII das ECT – Desenhos de
Montagem.

2.1.2 Definição de perfil tipo de vala para rede de MT:

 Largura da vala: 0,50m (para valas com 1 circuito) e 0,60m (para valas com 2 circuitos);

 Profundidade da vala: 1,20m;

 Volume unitário de escavação: 0,60m3/m (valas com 1 circuito) e 0,72m3/m (valas com 2 circuitos).

As mencionadas definições encontram-se ilustradas no desenho C11-5-0004-00 referenciado no Anexo XVII das ECT.

No caso de abertura e tapamento de vala para instalação de cabo TT deverá ter-se em consideração o seguinte perfil tipo de
vala:
 Largura da vala: 0,40m;

 Profundidade da vala: 1,20m;

 Volume unitário de escavação: 0,48m3/m.

A observância preferencial dos perfis tipo de escavação anteriormente definidos não exclui a necessidade de realização de
trabalhos de escavação segundo outros perfis, eventualmente definidos em projeto ou acordados em obra com a
fiscalização.

2.1.3 Escavações segundo perfil não tipo:

A escavação de solos segundo perfil distinto dos perfis-tipo definidos nas anteriores subsecções será remunerada através da
encomenda de atividade específica, sendo a avaliação dos volumes escavados realizada com base na cubicagem dos mesmos,
considerando-se a totalidade da escavação realizada, ou seja, desde a cota inicial do solo, onde teve início a escavação.

2.1.4 Perfurações

As perfurações efetuadas poderão ser do tipo “toupeira”, horizontal dirigida (PHD) ou horizontal por trados mecânicos (PHT).
Previamente à execução dos trabalhos, de modo a poder efetuar a escolha de tipologia, deverá ser escolhida a dimensão e o
material da tubagem; deverão ser analisadas as características geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas do maciço a

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perfurar; deverá ser efetuado o levantamento das infraestruturas existentes; deverá ser analisada a trajetória e as eventuais
condicionantes; e deverão ser definidos os locais de colocação do equipamento, ponto de partida, trajetória e final da
perfuração.

 “Toupeira”

Na perfuração tipo toupeira será utilizada uma toupeira pneumática semelhante ao esquema que está representado na
Figura 1. Esta tecnologia cria um furo compacto para colocação de tubagem.

Figura 1 – Perfuração do tipo "toupeira"

Em solos de dureza superior, com camadas distintas, a direção da toupeira pode sofrer alterações de direção consequente
dos constantes embates. Quanto maior for a distância a perfurar, maior é o risco de insucesso.

 PHT (Perfuração Horizontal - Trados)

O método de perfuração horizontal por trados mecânicos (PHT) consiste na cravação de tubos de aço soldados topo a topo
que irão, por sua vez, permitir a instalação de outras infraestruturas. A perfuração horizontal com cravação simultânea de
tubos por impulsão hidráulica será executada por uma máquina equipada com um sistema de trados mecânicos, equipado na
extremidade com uma cabeça de corte que, por rotação, promove a desagregação do maciço à semelhança do que está
representado no esquema da Figura 2. Os solos escavados serão removidos através do próprio tubo pela rotação dos trados.

Figura 2 - Perfuração do tipo PHT

Para colocação do equipamento de perfuração será efetuada a abertura do fosso de ataque (ponto de partida) com as
dimensões adequadas, dependendo da profundidade de perfuração, do equipamento a utilizar e do comprimento do tubo de
aço.

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A colocação do tubo de aço será efetuada à frente do equipamento de perfuração, dentro do qual trabalharão os trados e
nos quais está acoplada ferramenta de corte que por rotação promoverá o corte e desagregação do maciço a atravessar,
provocando o avanço sucessivo destes em simultâneo com a perfuração. Quando da colocação de um novo tubo, este é
solidarizado ao anterior por soldadura topo-a-topo. Este procedimento será mantido até ao final da perfuração.
Será também efetuada outra abertura na extremidade oposta da perfuração, denominada de fosso de receção, com sistema
e princípio de abertura idênticos ao do fosso de ataque. Este fosso servirá para possibilitar a presença de um operador que
possa efetuar os trabalhos de acabamento.

Os materiais sobrantes serão retirados do interior dos fossos para o exterior e depositados em parque temporário, para
posterior transporte a vazadouro.

 PHD (Perfuração Horizontal Dirigida)

O método de perfuração horizontal dirigida (PHD) permite o direcionamento da perfuração à medida do seu avanço, sem
necessidade de proceder à abertura de fossos. Consiste numa perfuração inicial por uma broca piloto que possui uma sonda
comandada nas diferentes direções por um equipamento de radio deteção à superfície semelhante ao que está representado
na Figura 3. Uma vez efetuado o furo piloto, o mesmo será alargado para colocação do tubo definido.

Figura 3 - Perfuração do tipo PHD

Primeiramente será efetuada a abertura de um pequeno fosso, denominado fosso de lamas, e procede-se à instalação,
posicionamento e ancoragem do equipamento de perfuração dirigida.
A primeira perfuração, de menor diâmetro, executada com uma cabeça direcional equipada com uma sonda, será efetuada.
O avanço da furação será conseguido através da ação combinada da injeção das lamas bentoníticas sobre pressão, do
empurre e da rotação da cabeça de perfuração que se encontra ligada à perfuradora através de varas de perfuração.
O acompanhamento da perfuração será efetuado através dos sinais recebidos da sonda instalada na cabeça de perfuração.
Após a execução do furo piloto a cabeça de perfuração direcional será retirada no fosso de receção previamente aberto e
colocado um “alargador” com um diâmetro superior à perfuração anterior. O alargador aumentará o diâmetro do furo inicial
que, através da rotação do puxe e da injeção de lamas bentoníticas, fará várias passagens até que se atinja o diâmetro
pretendido.

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Quando se atinge o diâmetro desejado, o tubo a colocar será ligado ao alargador através de um destorcedor e efetuado o
puxe deste até a extremidade inicial da perfuração.

Os materiais sobrantes serão retirados do interior dos fossos para o exterior e depositados em parque temporário, para
posterior transporte a vazadouro.

2.2 Operações elementares integrantes da abertura de vala

A operação de abertura de vala segundo um perfil tipo ou outro, sempre que executada no âmbito da realização de uma
atividade, deve compreender a realização da globalidade da seguinte sequência de operações:

 Recolha dos elementos disponíveis que permitam o melhor conhecimento possível das infraestruturas subterrâneas
existentes e a confirmação de existência de licenciamento prévio para a execução do trabalho, incluindo a
manutenção do documento da licença no local da obra, para exibir sempre que requerido pela fiscalização
camarária ou outra autoridade competente;

 Levantamento do pavimento existente, ou seja, da camada superficial de desgaste e da estrutura de pavimento,


quando existam;

 Escavação da vala propriamente dita, com as dimensões e perfil definidos de modo a que as suas paredes se
apresentem alinhadas e o seu fundo nivelado;

 Baldeação dos produtos de escavação para fora da vala e arrumação dos mesmos, de forma diferenciada consoante
a sua natureza, tendo em vista a sua posterior reutilização no aterro da vala (conforme Subsecção 2.6);

 Escoramento de infraestruturas de natureza diversa eventualmente existentes dentro das valas, designadamente,
canos de água, canos de gás, tubos ou caixas de visita de telesserviços, cabos de fibra ótica e de telecomunicações,
etc.;

 A entivação da vala com perfil de profundidade superior a 1,2 m e largura da vala menor ou igual a 2/3 da
profundidade;

 Colocação de barreiras de proteção longitudinais ao longo dos dois lados da vala aberta;

Os encargos correspondentes à realização destas operações consideram-se incluídos no preço de qualquer atividade que
implique a realização de escavação ou de abertura de vala.

A abertura de vala será executada em “qualquer tipo de terreno”, independentemente das suas características, devendo ser
utilizados os meios apropriados a cada tipo e tendo por base as dimensões mínimas indicadas no projeto.

2.3 Condições de instalação dos cabos na vala, meios humanos e equipamentos

O lançamento e colocação de cabo em vala implicam a realização dos seguintes fornecimentos e operações elementares que,
exceto nos casos expressamente ressalvados, constituirão encargos gerais do Adjudicatário:

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 Deverá ser garantido que não existem, dentro ou junto da vala, pedras ou quaisquer objetos que possam vir a
prejudicar os cabos;

 Fornecimento e colocação, de modo uniforme, de uma camada de areia fina (areia lavada, isenta de sujidades,
lamas e produtos químicos) com 0,10m de espessura média em valas com perfil (MT) e (AT), que funcionará como a
cama ou leito de assentamento do cabo na vala;

 Fornecimento e colocação de roletes no fundo da vala (sobre a cama de areia), distanciados e posicionados segundo
as regras da arte considerando o tipo de cabo a lançar, a sinuosidade do traçado e os eventuais obstáculos ao
normal lançamento do cabo na vala;

 Manuseamento do tambor que contém o cabo, o qual deverá estar montado sobre mecanismo adequado que
permita, de forma estável, a elevação da bobina e a sua rotação para permitir o desenrolamento do cabo
(respeitando o sentido de rotação indicado pelo fabricante na respetiva bobina);

 Fornecimento e colocação de manga de tração adequada à secção e ao tipo de cabo a lançar, assim como do cabo
de tração requerido para o efeito. No caso de desenrolamento com guincho, deverá aplicar-se a tração diretamente
sobre a alma condutora;

 Fornecimento e manutenção dos meios de comunicação, via rádio, eventualmente necessários à coordenação da
operação de lançamento;

 Fornecimento e manuseamento de guincho mecânico equipado com mecanismo de controlo da força de tração;

 Desenrolamento e lançamento propriamente dito do cabo sobre a cama de areia, de acordo com as regras da arte,
respeitando a tração máxima admissível, especificada;

 Fornecimento de mão-de-obra em quantidade necessária para manusear o cabo com segurança, durante a fase de
lançamento, controlando e repartindo esforços de tração e evitando o contacto do cabo com arestas ou eventuais
obstáculos existentes ao longo da vala;

 Posicionamento final do cabo ao longo do leito de assentamento e ainda, sujeição das fases do cabo nas suas
posições relativas, através do fornecimento e aplicação de abraçadeiras em intervalos regulares de 5 m quando se
sujeitam troços retilíneos ou de 1,5 m a 2 m nos troços curvilíneos, com identificação do respetivo circuito através
de elementos em PVC com grafismos indeléveis. As abraçadeiras a utilizar para sujeição dos cabos de fase na sua
formação serão em nylon, do tipo fivela com serrilha (em princípio, os cabos das fases estarão dispostos em trevo);

 Fornecimento e colocação de uma segunda camada de areia de 0,15m (MT) 0,35m (AT) de espessura média, por
forma a envolver o cabo lançado na vala e a obter uma distribuição da areia com espessura uniforme ao longo do
perfil escavado;

 Fornecimento e colocação de tritubo, nas situações aplicáveis;

 Fornecimento e colocação de uma terceira camada de areia (para valas que suportem tritubo) de 0,15m (AT) de
acordo com os desenhos C11-5-0002-00 referenciado no Anexo XVII das ECT.

 Fornecimento e colocação de lajetas de betão de 300x150x27,5 mm, lousas ou placas de PPC de 1000x250x2,5 mm
para proteção mecânica dos cabos;

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 Fornecimento e colocação de areão 0,50m (AT) /0,25m (MT), de acordo com os desenhos C11-5-0002-00 e C11-5-
0004-00, referenciados no Anexo XVII das ECT.

 Fornecimento e colocação de fita plástica;

 Fornecimento e colocação de rede de sinalização ao longo do traçado;

 Fornecimento e colocação “tout-venant” (em AT) de acordo com o desenho C11-5-0002-00 referenciado no Anexo
XVII das ECT.

Durante a fase de lançamento dos cabos, será ainda constante a observância dos seguintes procedimentos e verificações:

 Controlo visual complementado com o tato, das condições de manutenção da bainha exterior do cabo e forma
original do conjunto cableado;

 Perante o conhecimento do tipo e das características do cabo a manusear, o raio de curvatura mínimo do cabo
assim como o esforço máximo de tração a que poderá ser sujeito, não deverão ser ultrapassados, havendo
igualmente que proceder-se sempre de forma a evitar torção do cabo;

 Não deverá haver zonas do traçado que fiquem fora da supervisão do pessoal envolvido no lançamento, de forma a
controlar qualquer eventual deslocação dos roletes e contacto da bainha do cabo com partes que a possam
danificar;

 Depois de cortado o cabo, devem ser imediatamente aplicados os capacetes termo retrácteis de selagem das
extremidades;

 Após a passagem dos cabos de MT ou AT e colocação da segunda camada de areia, o Adjudicatário deverá efetuar
um ensaio para verificar o bom estado da bainha exterior. Este ensaio deverá ser realizado conforme o estabelecido
na CEI 229 de 1982; para tal deverá ser aplicada à bainha metálica uma tensão contínua de 10kV durante 60
segundos.

2.4 Colocação de cabo em vala em condições especiais

2.4.1 Colocação de cabo em "círculo" ou em "oito"

A colocação de cabo na vala em "círculo" ou em "oito", prevendo a posterior utilização do cabo excedentário em trabalhos
futuros, deverá ser considerada como uma colocação normal de cabo em vala aberta e ser remunerada como tal.

2.4.2 Colocação de cabo em valas com cabos já existentes

A colocação de cabos em valas onde já existam outros poderá obrigar à manipulação prévia dos cabos existentes (esta tarefa
deve ser realizada por trabalhadores com as habilitações necessárias), tendo em vista a preparação das condições para
lançamento dos novos cabos no perfil escavado.

O manuseamento de canalizações elétricas garante a realização das seguintes operações:

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 Levantamento de lajetas, tijolos, lousas ou placas de PPC de proteção mecânica dos cabos existentes;

 Retirada das camadas de areia de acondicionamento dos cabos existentes;

 Movimentação e suspensão, se necessário, dos cabos existentes;

 Reposicionamento dos cabos na vala;

 Recolocação e reposicionamento dos materiais de proteção mecânica dos cabos, se necessário.

O fornecimento de areia, a reconstrução das camadas de assentamento, o envolvimento dos cabos existentes, o
fornecimento complementar de lajetas, lousas ou placas de PPC de proteção mecânica, eventualmente necessárias para o
completo acondicionamento desses cabos assim como o manuseamento de canalizações elétricas e o deslocamento das
mesmas, encontra-se incluído nos trabalhos de abertura e tapamento de valas, não dando lugar a qualquer pagamento
adicional, até um máximo de 4 (quatro) ternos existentes por vala, aplicável para qualquer nível de tensão.

Todo o material envolvente às infraestruturas presentes na vala deverá ser reaproveitado, desde que em boas condições.

2.5 Enfiamento de cabo em tubagem

Os encargos com mão-de-obra para proceder ao enfiamento serão pagos com recurso a atividade específica, exceto se esse
encargo já se encontrar expressamente referido nas obrigações contratuais da atividade em curso.

A atividade específica que permite o pagamento de enfiamento de rede em tubagem, será quantificada com base no
comprimento total da tubagem onde se verifica o enfiamento.

Antes do enfiamento do cabo deverá ser cuidadosamente limpo o interior dos tubos, de acordo com o estabelecido nas
presentes ECT.

A instalação do cabo deverá respeitar, em todos os aspetos, as regras supra definidas - nas presentes ECT, sendo puxado e, se
necessário, empurrado de acordo com o definido na citada Subsecção. Qualquer destas técnicas deverá respeitar
rigorosamente as características máximas de tração e mínimas de curvatura dos cabos a manusear. A tensão (em qualquer
dos sentidos) deve ser aplicada de forma constante e contínua.

Na entrada e na saída de tubos deverão ser dispostas guias para cabos, a fim de que a bainha dos mesmos não corra o risco
de roçar nas arestas.

Em caso de manifesta necessidade, poderá ser utilizado pó de talco ou outra substância inerte para diminuir o atrito de
escorregamento.

Depois dos cabos estarem passados nos tubos, as extremidades destes serão imediatamente tapadas com o auxílio de placas
protetoras em material sintético macio que envolverão os cabos, sendo os seus interstícios fechados com poliuretano; estes
materiais serão fornecidos pelo Adjudicatário.

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ECT - ANEXO II
SET 2021

2.6 Arrumação e movimentação de produtos de escavação

A arrumação dos produtos de escavação de forma diferenciada consoante a sua natureza, conforme referido nas presentes
ECT, deve entender-se como a arrumação dos produtos de escavação reutilizáveis no aterro da vala, separadamente dos não
reutilizáveis, os quais deverão ser removidos para vazadouro autorizado/licenciado.

Os produtos de escavação reutilizáveis constituirão terra limpa.

No caso especial de escavações para efeitos de execução de travessias da via pública, deverão ainda os produtos reutilizáveis
ser arrumados em local onde não perturbem o trânsito devendo ser garantida a sua delimitação.

A movimentação dos produtos de escavação, sempre que as circunstâncias locais o exijam, será feita consoante a natureza
dos materiais. A título meramente indicativo, referem-se os seguintes trabalhos:

 Baldeação complementar ou transporte manual de produtos de escavação reutilizáveis;

 Transporte dos produtos de escavação reutilizáveis para depósito temporário;

 Transporte de produtos de escavação reutilizáveis para vazadouro autorizado/licenciado, com fornecimento


posterior de terra limpa;

 Transporte de materiais não reutilizáveis e excedentários para vazadouro autorizado/licenciado;

 Transporte para vazadouro autorizado/licenciado dos produtos da escavação não aceites por entidades licenciadas
para posterior reutilização, incluindo o transporte e fornecimento, se necessário, de terra limpa de substituição.

2.6.1 Baldeação complementar ou transporte manual de produtos de escavação reutilizáveis

A necessidade de realização desta operação decorre, geralmente, da impossibilidade de manter os produtos de escavação
arrumados ao longo dos traçados, face aos condicionalismos do local onde decorram os trabalhos e que se reconheçam
alheios à responsabilidade do Adjudicatário.

Não haverá lugar ao pagamento de qualquer adicional, correspondente à referida baldeação, sendo irrelevante o tipo de
meios utilizado.

2.6.2 Transporte de produtos de escavação reutilizáveis para depósito temporário

A necessidade de realização desta operação decorre igualmente da impossibilidade de manter os produtos de escavação
arrumados ao longo dos traçados, pelas mesmas razões já expostas, impondo-se o transporte daqueles produtos com
recurso a meios manuais e mecânicos, para depósito temporário em local a definir pelo Adjudicatário.

O transporte de terras a depósito temporário, com retorno das necessárias para regularização, será remunerado através de
atividade complementar. Este pagamento suplementar/complemento apenas será aplicável para os casos em que os
municípios, ou outras entidades gestoras do subsolo, tenham requerido por escrito tal necessidade e como requisito incluso

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ECT - ANEXO II
SET 2021

na autorização específica de execução da obra, nomeadamente na abertura da vala. Deverá ser fornecida prova da execução
dos trabalhos, através de fotos do local da vala em execução, bem como do depósito de terras.

2.6.3 Transporte de produtos de escavação reutilizáveis para vazadouro

A necessidade de remoção para vazadouro autorizado de produtos de escavação reutilizáveis só poderá resultar da
impossibilidade de manter os mesmos junto dos traçados de escavação e da inexistência de depósito temporário autorizado,
ou do facto de o solo escavado não ter características adequadas à sua posterior reutilização no aterro da vala. Nestas
circunstâncias, a referida remoção para vazadouro autorizado/licenciado, cuja localização será da responsabilidade do
Adjudicatário, será feita com recurso a meios manuais e mecânicos compatíveis com as condicionantes locais.

O transporte de produtos de escavação para vazadouro autorizado/licenciado pressupõe o posterior fornecimento de terra
limpa para aterro da vala, pelo que se deve considerar incluída nesta operação, o fornecimento de terra limpa para aterro da
vala. Para este efeito, não haverá lugar a qualquer pagamento adicional.

2.6.4 Transporte para vazadouro de materiais não reutilizáveis e excedentários

A remoção de materiais não reutilizáveis ou de produtos excedentários, resultantes da escavação e fecho da vala, será
sempre da responsabilidade do Adjudicatário, considerando-se os respetivos encargos integrados nos preços unitários das
atividades envolvendo escavação e aterro.

Os materiais sobrantes a remover, resultarão do normal empolamento do terreno escavado, da ocupação do subsolo pelas
infraestruturas de rede elétrica, da escavação de partes eventualmente rochosas e da limpeza da terra reutilizada para aterro
da vala.

Os encargos com a remoção e transporte dos produtos de escavação de uma vala em terreno rochoso também se
consideram incluídos nos preços unitários das atividades correspondentes de “escavação e aterro”, podendo implicar a
necessidade de fornecimento e transporte de terra limpa para aterro da vala em questão.

2.6.5 Transporte para vazadouro autorizado dos produtos da escavação não aceites por entidades oficiais/licenciadas
para posterior reutilização

Os encargos com a remoção e transporte dos produtos de escavação de uma vala, que não tenham sido aceites pelas
entidades licenciadas para posterior reutilização, também se consideram incluídos nos preços unitários das atividades
correspondentes de “escavação e aterro”, podendo implicar a necessidade de fornecimento e transporte de terra limpa para
aterro da vala em questão.

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SET 2021

2.7 Aterro de vala

2.7.1 Condições técnicas de execução do aterro

O aterro das valas deverá ser feito de acordo com a vala ou o perfil de vala especificado no projeto, com terra limpa ou
areão, por camadas de 0,20 m de espessura regadas e compactadas, a partir da 2ª camada de areia e da proteção mecânica
do cabo, se existir, até à altura de execução da caixa apropriada para o tipo de pavimento a repor. A compactação deverá ser
feita com meios mecânicos adequados.

Por terra limpa deve-se entender terra liberta de pedras, de restos de betuminoso velho, de produtos de escavação em
rocha, de restos de tubagens, de materiais biodegradáveis, bem como de outros materiais não aceites pelas entidades
oficiais, etc. Nas valas em faixa de rodagem, deverá utilizar-se areão no lugar da terra limpa.

Os materiais sobrantes, resultantes da referida escolha de terra limpa para aterro, deverão ser removidos para vazadouro
autorizado/licenciado, sem encargo adicional para a E- REDES.

Nos atravessamentos de via pública, será requerida a execução integral do aterro com areia, areão, “tout-venant” (em
atravessamentos fora da faixa de rodagem, o “tout-venant” poderá ser substituído por areia limpa ou areão, desde que
indicado/aprovado pela E- REDES) os quais estão incluídos na atividade de execução de travessias tipo.

2.8 Caixas de visita para rede elétrica

Conforme a localização e finalidade, serão construídas caixas de visita com características dimensionais e construtivas
diferentes. Os encargos com a escavação específica em terra requerida para a execução de qualquer dos tipos previstos de
caixas ou câmaras de visita, devem considerar-se integrados nos custos unitários de construção daquelas caixas.

2.8.1 Caixas de visita em alvenaria

A base de assentamento deverá ser betão com classe de compressibilidade do tipo C(16/20), com 0,10m de espessura, com
uma armadura constituída por varão de aço de 10mm, afastado de 0,15m. A laje de assentamento será perfurada, para
permitir o fácil escoamento da água infiltrada.

As caixas de visita são constituídas por:

 câmara inferior quadrangular, construída localmente sobre a laje de assentamento, com blocos de cimento de
0,20m, apresentando o conjunto de dimensões lineares delimitando uma área exterior de 2,2m2. As paredes desta
câmara não necessitarão de reboco de acabamento;

 tronco-cone pré-fabricado, de 1,25m diâmetro interior e 0,10m de espessura de parede, que, assentando sobre as
paredes da câmara inferior, garantirá o fecho do conjunto e permitirá o posterior acesso às canalizações através de
alçapão previsto, com aro e tampa circular em ferro fundido reforçado.

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O conjunto será construído de forma a garantir uma altura total útil de 1,50m e a selagem no encontro da câmara inferior
com o tronco-cone de cobertura será realizado com argamassa de cimento, cofrado internamente se necessário.

O aro e tampa de acesso serão em ferro fundido reforçado, com resistência mecânica adequada para suportar o trânsito e
estacionamento de viaturas (resistência mecânica mínima das tampas a aplicar será D400). A tampa disporá de rasgos,
adequados à introdução de ferramenta apropriada para proceder ao seu levantamento. O conjunto está ilustrado nos
desenhos C68-004-2006 e C68-013-2006 referenciados no Anexo XVII das ECT.

Nas paredes laterais da câmara inferior serão efetuadas aberturas, para permitir o acesso das tubagens previstas. Na fase de
acabamento será feita a selagem, com cimento, dos rasgos que permitiram o acesso das tubagens. Envolvendo os tubos na
espessura das paredes, será aplicada uma fita hidro-expansível do tipo “ultra-seal” (20x10mm) ou processo equivalente.

2.8.2 Caixas de visita pré-fabricadas

 As caixas de visita são constituídas por câmara inferior constituída por anéis circulares pré-fabricados sobreponíveis,
com um diâmetro interior de 1,25m, espessura de parede de 0,10m e altura variável por forma a adaptar a altura
total do conjunto;

 Tronco cone pré-fabricado, de 1,25m de diâmetro interior e de 0,10m de espessura de parede, que, assentando
sobre os anéis da câmara inferior, realizará o fecho do conjunto, garantindo o posterior acesso às canalizações,
através de alçapão previsto com aro e tampa circular em ferro fundido reforçado.

O conjunto será construído de forma a proporcionar uma altura útil de 1,50m.

A base de assentamento deverá ser em betão com classe de compressibilidade do tipo C(16/20), com 0,10m de espessura,
com uma armadura constituída por varão de aço de 10 mm, afastado de 0,15 m.

A laje de assentamento será perfurada, para permitir o fácil escoamento da água infiltrada.

O aro e a tampa de acesso serão em ferro fundido reforçado, com resistência mecânica adequada para suportar o trânsito e
o estacionamento de viaturas (resistência mecânica mínima das tampas a aplicar será D400). A tampa disporá de rasgos,
adequados à introdução de ferramenta apropriada para proceder ao seu levantamento.

Nas paredes laterais da câmara inferior serão feitas aberturas, para permitir o acesso das tubagens previstas. Na fase de
acabamento será feita a selagem com cimento dos rasgos que permitiram o acesso das tubagens. Envolvendo os tubos na
espessura das paredes, será aplicada uma fita hidro-expansível do tipo “ultra-seal” (20x10 mm) ou processo equivalente.

O conjunto está ilustrado no desenho C68-004-2006 referenciado no Anexo XVII das ECT.

2.8.3 Acesso às câmaras de visita

A abertura das câmaras de visita só deverá ser efetuada com ganchos ou chaves próprias para levantamento e remoção das
mesmas.

Após a retirada de qualquer tampa das câmaras dever-se-á aguardar alguns minutos antes de entrar na mesma. Enquanto se
aguarda uma renovação de ar no interior da câmara, deverão verificar-se os seguintes fatores:

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 A presença de gases tóxicos, utilizando para a sua retirada o equipamento adequado;

 A presença de corpos estranhos de qualquer tipo, ali presentes, nomeadamente água, pedras, areias etc., aplicando
a cada caso o meio de remoção mais adequado.

Após o esgotamento da água que possa existir no interior da câmara dever-se-á introduzir a escada, tomando as devidas
precauções, para não danificar os cabos que eventualmente já tenham sido instalados.

No interior da câmara deverão verificar-se as condições abaixo indicadas, sendo tomadas as necessárias providências quanto
a:

 Grau de sujidade;

 Presença de corpos estranhos;

 Estabilidade da câmara (fendas, desnivelamentos do teto, piso, etc.);

 Estado de arrumação dos cabos existentes;

 Existência de ferragens para passagem e apoio de novos cabos;

 Necessidade de iluminação artificial;

 Existência de furo desocupado.

2.8.4 Limpeza dos tubos

A operação de limpeza dos tubos a ocupar deverá obedecer às seguintes fases:

 Passagem do mandril destinado a destacar todas as rebarbas que possam existir, nomeadamente na união dos
tubos;

 Passagem do escovilhão, num movimento de vaivém, para limpeza do tubo. Após verificar que a passagem do
escovilhão não arrasta detritos ou apresenta sinais de sujidade, pode concluir-se que a conduta está limpa.

Seguidamente, deverá ser passado o mandril para verificação da ovalização e do desnivelamento ou ajuste das uniões dos
tubos. O mandril a passar deverá estar antecedido do escovilhão de limpeza.

2.9 Condutas

2.9.1 Condutas para travessias de via pública

As travessias de via pública serão construídas de duas formas distintas, consoante as características dos tubos a utilizar e o
seu material envolvente.

Os tubos, na quantidade definida no Projeto (quantidade e tipo a confirmar com a fiscalização durante a fase de abertura da
vala), serão dispostos em trevo, juntos, sendo previstos de 1 até 2 conjuntos de 3 cabos monopolares nas linhas subterrâneas
de Alta Tensão (LSAT) e numa única ou várias camadas, consoante a disponibilidade do terreno e a prática local de execução
nas linhas subterrâneas de Média Tensão (LSMT), evitando-se, sempre e tanto quanto possível, a proximidade das mesmas
com outras infraestruturas subterrâneas, existentes ou projetadas.

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Os tubos que vierem a constituir reserva para posterior utilização deverão ser cuidadosamente tamponados, nos extremos,
com tampões apropriados ou improvisados feitos de desperdício de plástico ou papel e argamassa fraca.

O Adjudicatário deverá, em regra e sempre que tecnicamente possível, realizar a travessia em duas metades desfasadas no
tempo, procurando garantir o escoamento de trânsito de veículos e peões, através da colocação em cada metade da
travessia em execução, de passadeiras de chapa metálica reforçada, devidamente imobilizadas no pavimento.

O levantamento de todo o tipo de pavimentos encontra-se incluído nas atividades de “abertura e tapamento de vala”, exceto
em pavimentos de cubo/betonilha/seixo/macadame/mármore/mosaico que deve ser remunerado cumulativamente com as
respetivas atividades correspondentes, mesmo que implique a utilização de meios especiais.

O aterro da vala complementando o volume ocupado pelas tubagens, será realizado:

Na LSAT os tubos serão envolvidos em betão da classe C(12/15) e o restante volume de vala complementado com areão e
“tout-venant” conforme indicado nos desenhos C11-5-0001-00 referenciado no Anexo XVII das ECT.

Na LSMT os tubos serão tipicamente envolvidos em areia (travessia MT tipo normal), e o restante volume da vala
complementado com terra limpa resultante dos produtos de escavação, realizado por camadas de 0,20m de espessura
sujeitas a rega e forte compactação mecânica, ou alternativamente com areão, conforme desenho C11-5-0003-00
referenciado no Anexo XVII das ECT. ou disposições camarárias em vigor no local da obra (previamente aceites pelo
representante do dono de obra). Poderá, no entanto, em casos especiais e indicados pelo representante do dono de obra,
proceder-se ao envolvimento de tubos por betão (Travessia MT Tipo Especial), sendo esta solução usada a título excecional
conforme indicado nos desenhos C11-5-0001-00 referenciado no Anexo XVII das ECT.

2.9.1.1 Travessias de construção sem amaciçamento

Este tipo de travessia apenas será utilizada em instalações do tipo LSMT. Para efeitos de pagamento deste tipo de travessia
serão utilizadas as atividades “Abertura e Tapamento de vala” e “Fornecimento e colocação tubo PEAD 125” ou
“Fornecimento e colocação tubo PEAD 160”. Esta travessia, cuja forma de construção se considera normalizada, é o tipo de
construção preponderantemente adotado (designada de “Travessia MT tipo Normal”).

Após a abertura da vala à profundidade adequada, serão dispostos em camadas e colocados na vala, tubos de PEAD/PEBD,
de 125mm ou 160mm de diâmetro exterior.

A largura da vala depende do diâmetro e nº de tubos por camadas.

Os referidos tubos, garantirão a classe de proteção mecânica regulamentar para os cabos que venham a passar dentro deles
e suportarão as cargas resultantes do posterior aterro da vala e das cargas rolantes. Neste tipo de travessia, a camada de
tubos mais profunda assentará sobre uma cama de areia, areão ou pó de pedra de 0,10m de espessura, depois de regada e
batida.

Quando forem instalados vários tubos na mesma vala, aqueles deverão ser espaçados pelo menos 0,05 m, sendo esse espaço
preenchido por areão ou pó de pedra, devidamente regado. Por cima do último tubo ou da última fiada de tubos será
aplicada uma camada com 0,10m de areia, areão ou pó de pedra também devidamente regado.

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O aterro da vala será, tanto em Alta Tensão (AT) como em Média Tensão (MT), feito por camadas, sendo a primeira camada
de areia, areão ou pó de pedra de cerca de 0,20m, batida a maço.

As camadas seguintes serão também executadas com areia, areão ou pó de pedra, de 0,20m de espessura na MT, regadas e
mecanicamente compactadas. A areia, areão ou pó de pedra pode ser substituído por outro material a terra poderá ser
substituída por areão ou outro material, exigidos pela entidade gestora da via, desde que devidamente autorizado pelo
representante do dono de obra.

No tubo, PEAD/PEBD deverá ser evitado o mais possível a criação de uniões. No entanto, em caso de necessidade
devidamente justificada, serão utilizados acessórios eletro-soldáveis ou uniões próprias de aperto mecânico.

A sinalização dos tubos será garantida através de rede de sinalização, aplicada a 0,30m na MT, a partir do nível do pavimento
em conjunção com fita de sinalização aplicada na AT sobre a última camada de areia de envolvimento dos tubos e na MT a
0,15m acima da última camada de areia de envolvimento dos tubos.

A construção deste tipo de travessia está igualmente ilustrada no desenho C11-5-0003-00 referenciado no Anexo XVII das
ECT.

2.9.1.2 Travessias de construção com amaciçamento

As travessias deste tipo são construídas com tubos PEAD/PEBD, de 125mm (na MT) ou 160mm (MT e AT) de diâmetro
exterior, dispostos em camadas na vala de forma análoga à já descrita para as travessias sem amaciçamento, mas envolvidos
em betão da classe C(12/15).

- Definição de perfil tipo de travessia para circuitos AT:

 Profundidade da vala: 1,50 m;

 Largura da travessia:

Largura da Travessia
Tipo de cabo
p/ 1 circuito p/ 2 circuitos

LXHIOLE (cbe) 185/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,80 m 1,00 m

LXHIOLE (cbe) 400/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,80 m 1,00 m

LXHIOLE (cbe) 630/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,80 m 1,10 m

LXHIOLE (cbe) 1000/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,80 m 1,20 m

 Volume de escavação:

Volume de escavação
Tipo de cabo
p/ 1 circuito p/ 2 circuitos

LXHIOLE (cbe) 185/135 mm2 36/60 (72,5) kV 1,20m3/m 1,50 m3/m

LXHIOLE (cbe) 400/135 mm2 36/60 (72,5) kV 1,20m3/m 1,50 m3/m

LXHIOLE (cbe) 630/135 mm2 36/60 (72,5) kV 1,20m3/m 1,65 m3/m

LXHIOLE (cbe) 1000/135 mm2 36/60 (72,5) kV 1,20m3/m 1,80m3/m

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 Volume de betão:

Volume de Betão
Tipo de cabo
p/ 1 circuito p/ 2 circuitos

LXHIOLE (cbe) 185/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,600 m3/m 0,750 m3/m

LXHIOLE (cbe) 400/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,600 m3/m 0,750 m3/m

LXHIOLE (cbe) 630/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,600 m3/m 0,825 m3/m

LXHIOLE (cbe) 1000/135 mm2 36/60 (72,5) kV 0,600 m3/m 0,900 m3/m

 Número de tubos Ø 160mm: 4 (para 1 circuito) e 7 (para 2 circuitos)

O leito da vala para estabelecimento de tubos com envolvimento em betão deverá ser aplanado e coberto com uma camada
de 0,10 m de betão da classe C(12/15) preparado com base no traço (1:2,5:3).

Feita uma cofragem lateral, os tubos serão então assentes sobre aquela base e envolvidos em betão classe C(12/15),
devidamente vibrado, garantindo que em todos os locais o betão tenha uma espessura mínima de pelo menos 0,05m, salvo
na camada superior que deverá ser 0,10 m.

Após secagem do betão, poderá proceder-se ao aterro da vala sendo a primeira camada de areia, areão ou pó de pedra (AT)
e terra cirandada (MT) cerca de 0,2m, batida a maço.

As camadas seguintes serão também executadas com terra limpa (MT) e “tout-venant” (AT) com 0,20m de espessura,
regadas e mecanicamente compactadas. O material de compactação pode ser substituído por outro material, exigido pela
entidade gestora da via.

Quando da instalação de mais que um tubo na mesma vala, os mesmos deverão ser solidarizados e posicionados por
espaçadeiras ou pentes de guiamento. Os tubos não utilizados deverão ser tamponados com acessórios próprios que
garantam permanentemente e em todas as circunstâncias a estanqueidade da conduta.

A sinalização dos tubos será garantida através de rede de sinalização aplicada a 0,40m (AT) e 0,30m (MT), a partir do nível do
pavimento em conjunção com fita de sinalização aplicada sobre a camada de betão (AT) e a 0,10m acima da camada de
betão (MT).

A construção deste tipo de travessia está igualmente ilustrada nos desenhos C68-019-2006, C68-022-2006 e C68-003-2006
referenciados no Anexo XVII das ECT.

2.9.2 Condutas para travessias de entradas ou acessos especiais

Por travessia de entrada ou acesso especial, deve entender-se uma travessia feita em frente de um acesso a garagem, a zona
de parqueamento ou a outra, que, pela sua importância, não deverá ser mantida inacessível durante o tempo necessário
para se desenvolver o normal trabalho de abertura de vala e lançamento de cabos.

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Perante a situação, o Adjudicatário deverá acordar com a entidade proprietária ou exploradora das instalações em causa a
hora mais conveniente para interromper a circulação no acesso, proceder rapidamente às escavações necessárias e construir
uma travessia sem amaciçamento, por forma a permitir o posterior enfiamento dos cabos.

O aterro complementar da vala com compactação adequada deverá ser feito na sequência, por forma a restabelecer a
funcionalidade do acesso, no mais curto espaço de tempo possível.

A tubagem a utilizar na execução deste tipo de travessia, será de PEAD/PEBD, de 125mm (MT) e 160mm (MT e AT) de
diâmetro exterior.

2.9.3 Condutas para travessias de locais especiais

Entende-se por travessia de local especial, um tipo de instalação especialmente recomendado para situações em que se
verifiquem as seguintes condições:

 o terreno circundante esteja sujeito a abatimentos ou escorregamentos;

 o terreno circundante esteja sujeito a esforços elevados;

 a instalação seja em local onde possam existir elevadas cargas circulantes, tais como, ao longo de itinerários
principais e complementares ou ao longo de vias de grande circulação, etc.

Em princípio, são construídas com tubos PEAD/PEBD, de 125mm (MT) e 160mm (MT e AT) de diâmetro exterior, dispostos
em camadas na vala, de forma análoga à descrita para as travessias do tipo normal, mas envolvidos em betão.

Nas restantes situações, em que seja imperiosa a utilização de condutas, utilizar-se-ão as condutas sem envolvimento em
betão.

3 TIPOS DE SOLO E CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Na presente Classe de obra, os solos serão classificados em quatro categorias distintas:

 Terra;

 Terreno desmoronável;

 Rocha branda;

 Rocha dura.

Os correspondentes critérios de classificação, discriminados para os diversos tipos de solo, são os seguintes:

3.1 Terra

Deverá classificar-se como terra, todo o tipo de solo ou de estrutura que pode ser escavado e removido manualmente, com
recurso a ferramentas simples, tais como pás e picaretas ou outras manifestamente equivalentes.

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3.2 Terreno desmoronável

Deverá classificar-se como terreno desmoronável, todo o tipo de terreno que obrigue à instalação de estruturas para suporte
horizontal ou vertical dos terrenos adjacentes, pelo menos num dos lados da vala, durante a fase de escavação e baldeação.

3.3 Rocha branda

Deverá classificar-se como rocha branda, todo o tipo de solo ou de estrutura que pode ser removido, após operação de
desagregação em fragmentos de dimensão adequada à sua remoção, utilizando martelo pneumático e complementarmente,
ferramentas manuais simples tais como, pás e picaretas ou outras manifestamente equivalentes.

3.4 Rocha dura

Deverá considerar-se como rocha dura, todo o tipo de solo ou de estrutura que não seja suscetível de desagregação em
fragmentos de dimensão adequada à sua remoção, com recurso exclusivo a martelo pneumático. É pressuposto que será
imperioso proceder à perfuração prévia da rocha ou da estrutura com ferramenta pneumática para posterior aplicação de
explosivos ou, alternativamente, a perfuração com ferramenta pneumática para fragilizar zonas preferenciais de fratura,
obtendo-se finalmente o fracionamento parcelar através da utilização de guilhos e maços manuais ou mecânicos.

A utilização de explosivos na abertura de solos rochosos estará sempre condicionada ao prévio acordo expresso da E- REDES
e à obtenção das licenças legais necessárias para a aquisição e manuseamento de explosivos.

É vedada a utilização de explosivos para proceder à escavação de solos rochosos em zonas urbanas ou semiurbanas.

Os equipamentos pneumáticos, a utilizar na abertura de valas em solos rochosos em zonas urbanas e semiurbanas, deverão
apresentar níveis de ruído de funcionamento que respeitem os limites legais, bem como os previstos na Norma 84/533/CEE.

Os encargos correspondentes aos vários tipos de terreno encontram-se refletidos no preço de referência através da afetação
de um coeficiente de complexidade, aplicável às atividades de abertura e tapamento de “vala tipo” e “não tipo” não
havendo, nestes casos, lugar a pagamentos adicionais.

4 PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO DAS CANALIZAÇÕES SUBTERRÂNEAS

Em conformidade com os regulamentos de segurança em vigor, todos os cabos enterrados diretamente no solo deverão ser
sinalizados. Os cabos que não disponham de armadura serão protegidos suplementarmente, por meio de dispositivos
adequados, estrategicamente localizados no solo.

4.1 Sinalização de cabos subterrâneos

A sinalização será feita através de fita plástica, colocada longitudinalmente sobre os cabos a 0,10m (MT) e 0,35m (AT) de
distância destes e, ainda, colocando rede plástica longitudinalmente sobre os cabos a uma profundidade aproximada de
0,30m (MT) e 0,40m (AT) do topo da vala, conforme desenhos C11-5-0001-00, C11-5-0002-00, C11-5-0003-00 e C11-5-0004-
00 referenciados no Anexo XVII das ECT.

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A fita e rede de sinalização terão características construtivas de acordo com os desenhos C68-007-2006 e C68-008-2006,
referenciados no Anexo XVII das ECT.

4.2 Proteção mecânica de cabos

A proteção mecânica dos cabos enterrados diretamente no solo que não disponham de armadura será assegurada conforme
exigido regulamentarmente, posicionando lajetas de betão armado, lousas ou placas de PPC na vala e sobre os cabos, a uma
distância destes de 0,10m (MT) e 0,35m (AT), sendo as duas primeiras dispostas transversalmente, e a última,
longitudinalmente. Neste caso, a fita de sinalização deverá ser colocada a 0,10m acima da proteção mecânica atrás referida.
As lajetas de proteção mecânica terão as respetivas características construtivas de acordo com o desenho C68-006-2006
referenciado no Anexo XVII das ECT.

As placas de PPC terão características construtivas conforme o indicado no desenho C68-012-2006 referenciado no Anexo
XVII das ECT.

5 ENTIVAÇÃO DE VALAS

Por entivação de uma vala deve entender-se a colocação vertical de costaneiras ao longo das paredes da mesma, travadas
por meio de barrotes ou por outro meio de suporte de forma a conter a desagregação do terreno adjacente. As costaneiras
deverão ser aparadas, ter comprimento adequado à profundidade da vala e ser afastadas de forma regular e diferenciada,
conforme a consistência do terreno a suster e os objetivos a alcançar.

A entivação de uma vala até 1,2 m de profundidade, visando a boa manutenção do perfil escavado, deverá ter lugar em locais
e circunstâncias pontuais.

A escavação realizada com perfil com profundidade superior a 1,2 m e largura da vala menor ou igual a 2/3 da profundidade,
será sempre acompanhada de entivação da vala, estando os respetivos encargos, em ambas as situações, já integrados no
custo unitário das atividades que contemplam aquele tipo de escavação.

Caberá exclusivamente ao Adjudicatário avaliar as circunstâncias em que seja exigida a entivação da vala para além do
exigido na frase anterior, para garantir as condições de segurança dos trabalhadores envolvidos.

6 CORTE E SELAGEM DE CABOS

Sempre que a necessidade de manuseamento e corte de um cabo decorra das obrigações contratuais integradas numa
atividade, deverá o Adjudicatário proceder à imediata selagem das pontas, de forma a garantir a não introdução de
humidade, considerando-se que os encargos com o fornecimento e aplicação dos materiais requeridos para a selagem, estão
integrados no preço contratual da atividade que deu origem ao corte de cabo.

A selagem dos cabos será feita, em princípio, com recurso à aplicação de capacetes termo retrácteis, com adesivo térmico na
face interior. Os capacetes deverão ter a dimensão tecnicamente adequada ao diâmetro exterior do cabo a selar e
apresentar exteriormente a inscrição do nome do fabricante.

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 23


EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

A técnica de aplicação respeitará as recomendações dos fabricantes dos capacetes e do cabo. Quando o cabo tiver bainha de
chumbo, poderá a selagem ser realizada com recurso a soldadura.

7 BOMBAGEM DE ÁGUA DAS VALAS

Sempre que, devido à intempérie, ao nível freático do local dos trabalhos e à permeabilidade dos terrenos adjacentes ou à
existência de infiltrações provocadas por outros trabalhos ou instalações, exista a necessidade de bombar água, será
responsabilidade contratual do adjudicatário fornecer e garantir o funcionamento dos sistemas de bombagem necessários à
drenagem das águas que impeçam o normal progresso dos trabalhos, considerando-se, portanto, que os respetivos encargos
se encontram integrados no preço das atividades requisitadas que deram origem à escavação em questão.

8 CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE ESTRADOS E PASSADEIRAS PARA ACESSOS DE PEÕES

O normal acesso de peões e viaturas às zonas residenciais e comerciais deverá ser sempre garantido pelo Adjudicatário, no
decorrer dos trabalhos de rede na via pública, para o que serão fornecidas e colocadas passadeiras, nos acessos, de natureza
e dimensão adequadas ao trânsito nas mesmas em condições de segurança.

O acesso de peões deverá ser garantido através da colocação de passadeiras metálicas, de madeira ou outro material que
garanta a rigidez adequada para a função em causa, providas de guardas laterais, apresentando o conjunto a largura
adequada ao fluxo normal de transeuntes previsto no acesso.

Quando necessário, o acesso de viaturas deverá ser garantido através da colocação de passadeiras metálicas reforçadas,
devidamente imobilizadas e sinalizadas.

Consideram-se obrigações contratuais do Adjudicatário a avaliação das condições de acessibilidade e o fornecimento e a


colocação das referidas passadeiras para peões e viaturas, estando os correspondentes encargos integrados no custo das
atividades cuja realização justifica o referido procedimento.

No desenho C68-009-2006 referenciado no Anexo XVII das ECT, está ilustrada a aplicação e partes constituintes das referidas
passadeiras (no exemplo está incluído estrado de madeira que poderá ser de outro material que garanta a rigidez adequada
para a função em causa).

9 BARREIRAS DE PROTEÇÃO LONGITUDINAIS NAS VALAS

Quando o traçado das valas se desenvolver em zonas urbanas ou semiurbanas e existirem condicionalismos que impeçam a
arrumação dos produtos de escavação ao longo da vala, de forma a constituírem uma barreira à aproximação e eventual
queda de peões, deverá o Adjudicatário à construção/colocação de guardas longitudinais na vala com altura e resistência
adequadas, de forma a garantir a segurança dos peões que, no seu percurso, se aproximam dos locais onde decorrem as
escavações.

O desenho C68-010-2006 referenciado no Anexo XVII das ECT, ilustra a construção e aplicação das referidas guardas
longitudinais.

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 24


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ECT - ANEXO II
SET 2021

Os encargos com a construção das guardas longitudinais encontram-se englobados nas atividades de “abertura e tapamento
de vala”.

Complementarmente, deverá ainda o Adjudicatário recorrer à colocação de barreiras móveis, para sinalizar e barrar
pontualmente a passagem de peões, em locais estratégicos e particularmente perigosos para a sua permanência.

O fornecimento e colocação dessas barreiras móveis não constituirão qualquer encargo adicional para a E-REDES,
considerando-se que são elementos constituintes do sistema de sinalização que deve acompanhar sempre a realização de
trabalhos na via pública.

O Adjudicatário deverá ter sempre presente, no desenrolar dos trabalhos, a necessidade de garantir uma criteriosa,
constante e eficiente delimitação das zonas de escavação, com barreiras de natureza diversa, tomando em consideração a
eventual aproximação de invisuais.

10 REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS

10.1 Condições gerais

10.1.1 Condições técnicas de execução

A reposição de pavimentos a executar em consequência da abertura de valas para a instalação de redes subterrâneas deve
garantir, de uma forma geral, que o novo pavimento resulte o mais semelhante possível ao pavimento primitivo.

A reposição deverá ser executada com tal rigor e arte, que as zonas de encontro com o pavimento existente sejam o mais
impercetíveis possível.

Deve ser garantido o nivelamento entre a reposição a executar, na sequência de abertura de valas para a instalação de redes
subterrâneas, e o pavimento existente.

A reposição de pavimento deve ser executada na sequência da obra de abertura e tapamento de valas, devendo ser dada
prioridade às zonas consideradas mais sensíveis, de modo a reduzir ao mínimo os transtornos causados aos utilizadores das
vias.

A sinalização de trabalhos, bem como a manutenção de passadeiras e resguardos de peões, deve permanecer desde o início
da abertura da vala até ao final da reposição de pavimentos, sendo, no entanto, adaptada ao desenrolar dos trabalhos.

Está incluída em cada atividade a abertura de caixa para a reposição dos pavimentos e o transporte para vazadouro
autorizado/licenciado dos materiais daí resultantes. As dimensões dessa caixa serão em função do pavimento a repor ou de
outras indicações das entidades responsáveis e/ou fiscalização da obra.

Sempre que a fiscalização da obra assim o determinar, ou seja exigido pelas entidades que superintendem a execução de
obras em pavimentos, será alterada a dimensão e/ou a composição da camada de fundação e a aglutinação dos pavimentos,
com a adição de “tout-venant” devidamente compactado e cimento e/ou cal hidráulica misturada à areia. Neste último caso,
a camada de fundação será constituída por uma argamassa seca preparada com base nas proporções volumétricas ou traço

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 25


EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

1:6:0,5 de cimento, areão e cal hidráulica, respetivamente. Estes valores devem ser considerados a título de referência,
podendo aquela composição ser diferente conforme as zonas onde decorrem os trabalhos.

Poderá ser necessário o corte do pavimento, com disco e fresagem das zonas contíguas de reposição, com posterior
aplicação de camada de desgaste.

Concluídos os trabalhos de reposição de pavimentos, deverão ser removidos para locais próprios todos os materiais
sobrantes.

10.1.2 Critérios de avaliação das áreas de repavimentação

Para efeitos de pagamento, a largura da faixa de repavimentação a considerar será avaliada com base na largura do
coroamento da vala a repavimentar.

Para repavimentações de qualquer tipo, a largura da faixa de repavimentação a considerar, para efeitos de pagamento,
coincidirá com a do coroamento da vala a repavimentar, adicionada de um total de 0,30m.

Se por exigência de entidades e após autorização da fiscalização, seja identificada a necessidade de proceder ao
levantamento do pavimento fora da área definida no parágrafo anterior, esse levantamento deverá ser pago com recurso às
atividades respetivas.

10.2 Pavimentos em calçada, blocos ou betonilha de cimento

Após a abertura, regularização e consolidação da caixa de pavimento serão espalhadas as camadas de base e de sub-base. No
espalhamento de cada uma das camadas de base ou de sub-base deverá ficar garantida uma espessura uniforme, em toda a
área de espalhamento.

A compactação de cada uma das camadas de base ou de sub-base pode ser realizada por meios manuais ou mecânicos; em
qualquer dos casos, deve ficar uniforme a espessura de cada camada depois de compactada.

Colocados os elementos pétreos ou lajes da calçada, será feita a compactação de modo a garantir o nivelamento com as
zonas de encontro.

As juntas entre os elementos da camada de desgaste da calçada devem ficar o mais semelhante possível às da calçada
existente.

A compactação, tanto das camadas de base ou de sub-base como das camadas de desgaste, pode ou não ser acompanhada
de rega, consoante os tipos de pavimento a repor.

Os moldes a aplicar na execução de reposições em calçada com desenhos serão fornecidos e retirados pelo Adjudicatário.

Na execução da reposição em betonilha de cimento esquartelado serão utilizadas ferramentas apropriadas no


esquartelamento da camada superficial.

A água a utilizar, tanto na preparação de betões ou argamassas como na rega das camadas de base ou sub-base deverá ser
doce, limpa e isenta de matérias estranhas em solução ou suspensão.

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 26


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ECT - ANEXO II
SET 2021

A areia a utilizar, tanto como material de base ou sub-base de pavimentos, como na confeção de argamassas ou betões,
deverá ser dessalinizada e isenta de matérias orgânicas ou outras substâncias nocivas e com a granulometria uniforme e
adequada a cada situação.

As gravilhas a utilizar na reposição de pavimentos em calçada poderão ser calcárias, basálticas ou graníticas, isentas de
matérias orgânicas ou outras substâncias nocivas e com a granulometria indicada para cada caso.

Os materiais da camada de desgaste, que eventualmente tenham de ser fornecidos pelo Adjudicatário, para substituição de
outros perdidos ou deteriorados, deverão ter as mesmas características dos existentes.

10.3 Pavimentos betuminosos

Após a abertura, regularização e consolidação da caixa de pavimento serão aplicadas as camadas de base e sub-base. O
espalhamento do "tout-venant" dessas camadas será feito de modo a que fique garantida uma espessura uniforme, em toda
a área de espalhamento.

Depois de conseguida essa uniformização, serão essas camadas fortemente compactadas a seco. Esta compactação poderá
ser realizada por meios manuais ou mecânicos. Depois de estabilizadas, proceder-se-á a rega cuidadosa e a novas operações
de compactação, até ser atingida a espessura final, devendo sempre ficar uniforme a espessura de cada camada, depois de
compactada.

Nas camadas de semipenetração betuminosa espalha-se uniformemente a camada de brita, até se atingir a espessura
indicada após compactação com rega. Depois de enxambrado e desempenado, espalha-se uniformemente o betume
aquecido, à temperatura indicada. Enquanto está quente, cobre-se com uma camada de brita espalhada uniformemente e
cilindra-se, de modo a obter-se uma superfície desempenada, estável e apertada.

A aplicação da camada de desgaste só deverá ser iniciada três dias após a conclusão da camada de semipenetração. Depois
da camada de semipenetração ser cuidadosamente desempenada e limpa de objetos estranhos, é sujeita a rega uniforme
com betume previamente aquecido à temperatura indicada. Enquanto se encontra quente, lança-se sobre este uma nova
camada de gravilha de granulometria apropriada e compacta-se novamente.

Nos pavimentos onde a camada superficial de desgaste é em betão betuminoso, depois da aplicação e consolidação das
camadas de base será aplicada uma camada de regularização betuminosa. Compactada esta camada, será então espalhado e
compactado o tapete em betão betuminoso.

O betume asfáltico para pavimentação a empregar deverá ser, na camada de desgaste, em betão betuminoso e, na camada
de regularização, em mistura betuminosa 60/70. Nos revestimentos superficiais betuminosos será 180/200.

A emulsão betuminosa a empregar em regas de colagem deverá ser do tipo ECR-1 ou ECR-2 e obedecer ao projeto de
especificação do LNEC E 354-1984.

O betume fluidificado, a utilizar nas impregnações, deve ser do tipo MC-70 e obedecer às especificações ASTM D 2027-72 e à
do LNEC E 80/1960.

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ECT - ANEXO II
SET 2021

Os materiais para sub-base devem ser constituídos por saibros de boa qualidade, isentos de detritos, matéria orgânica ou
quaisquer outras substâncias nocivas.

Nos materiais para a base de granulometria extensa, o agregado deverá ser isento de argilas, detritos, matéria orgânica ou
quaisquer outras substâncias nocivas. O material de preenchimento será constituído por produtos de britagem.

Nos agregados para a camada de base de semipenetração betuminosa deverá utilizar-se pedra britada, constituída por
elementos limpos, rijos e inalteráveis, sem excesso de elementos lamelares, alongados ou alterados, isenta de qualquer
substância prejudicial e com boa adesividade aos aglutinantes.

No agregado de recobrimento deverá utilizar-se gravilha, constituída por elementos limpos, rijos e inalteráveis, sem excesso
de elementos lamelares, alongados ou alterados, isenta de argilas ou outras substâncias prejudiciais e com boa adesividade
ao aglutinante.

A granulometria, homogeneidade, índice de plasticidade e demais características especiais destes e de outros materiais,
necessários aos agregados para misturas betuminosas e todos os restantes materiais que tiverem de ser empregues na obra,
deverão apresentar as características definidas pela legislação em vigor e, na falta dela, as que melhor se adaptem aos fins
em vista.

11 CAIXAS DE UNIÃO E TERMINAIS EM CABOS DE AT E MT

Para ligação ou interligação de cabos de AT a 60kV, deverão ser executadas caixas terminais e caixas de junção adequadas
aos diferentes tipos de cabo existentes nas redes de AT da E-REDES, no que respeita ao modo de isolamento.

Com efeito, constam das atividades descritas a execução de:

 Terminações para cabos de AT de isolamento seco;

 Uniões entre cabos de isolamento seco;

 Uniões entre cabos de isolamento a óleo fluído (monopolares e tripolares);

 Preparação de pontas de cabo para ensaios (aplicável a ensaios a realizar por adjudicatário ou por entidade
contratada pelo dono de obra).

Para ligação ou interligação de cabos de MT, deverão ser executadas caixas terminais, caixas de junção e caixas de transição
adequadas aos diferentes tipos de cabo existentes nas redes de MT da E- REDES, quer no que respeita ao modo de
isolamento quer no que respeita às tensões de serviço.

Com efeito, constam das atividades descritas a execução de:

 Caixas terminais para cabos de MT de isolamento seco e de isolamento a papel impregnado a óleo;

 Caixas de junção entre cabos de isolamento seco e entre cabos de isolamento a papel impregnado a óleo;

 Caixas de junção/transição entre cabos de isolamento a papel impregnado a óleo e um terno de cabos de isolamento
seco.

A execução de caixas terminais e de junções só será permitida a trabalhadores habilitados para o efeito.

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EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

Na execução de todo e qualquer dos tipos de caixas atrás considerados, como especificado no DMA C33-832/N e conforme o
indicado nas atividades específicas para o efeito, deverão ser cumpridas as seguintes condições:

 Limpeza cuidada da superfície de contacto e, sempre que for julgado conveniente, serão utilizadas massas de
contacto de qualidade reconhecida pela E- REDES;

 Os parafusos a utilizar deverão ser do tipo indicado para cada situação (material de composição, dimensões, passo
da rosca, dimensões e tipos de anilhas, etc.) e apertados com o binário de aperto adequado.

 Identificação do executante e data de execução da caixa, por intermédio de gravação em alto relevo, em fita de
alumínio ou aço-inox, fixa por abraçadeiras não magnéticas, colocada em cada uma das fases, a 50cm do início da
terminação, de forma a que fiquem visíveis os seguintes elementos:

o Identificação do executante;

o Identificação da empresa responsável pela obra;

o Mês e ano de execução

 preenchimento do impresso de controlo de execução da caixa, conforme Formulário 2.1. (AT) e Formulário 2.2 (MT)
no Anexo XVI da ECT, o qual deverá ser entregue à fiscalização da obra antes da receção desta.

 preenchimento do relatório conforme Formulário 2.3. no Anexo XVI das ECT, caso as ações resultem de
intervenções no âmbito da manutenção (avarias ou trabalhos programados).

 elaboração de fotos onde se observe da correta identificação do executante da junção e/ou caixa terminal.

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ECT - ANEXO II
SET 2021

Além das condições indicadas, deverão ser observadas, cumulativamente, as seguintes condições genéricas:

 Na execução de terminações e uniões em cabos de isolamento seco, deverão ser tomados cuidados especiais,
relativamente a higiene e limpeza dos equipamentos, ferramentas e mesmo do local de trabalhos;

 Tanto quanto possível, evitar-se-á executar estes trabalhos em dias e horas de grande humidade atmosférica ou
com elevadas temperaturas;

 No caso da execução decorrer ao ar livre, deverá ser montada uma tenda para diminuir a existência de poeiras e de
humidade;

 Antes da execução, deverá ser confirmado se o "kit" é o indicado para o trabalho que se pretende executar e se está
completo, comparando as características do cabo com as instruções de montagem;

 Na preparação dos cabos para a execução de uniões e terminações deverão ser rigorosamente cumpridas as cotas
indicadas pelo fabricante e utilizadas ferramentas em bom estado de conservação;

 O corte dos vários componentes do cabo será feito com o recurso a ferramentas próprias: facas rotativas para
bainha e isolamento, cones de lâmina para preparação de isolamento, etc.;

 Em caixas de material termo retrátil, será utilizado de preferência maçarico a gás propano. Os bicos a utilizar serão
próprios para o efeito e a regulação da chama será tal, que não altere as características da caixa;

 Os solventes e dissolventes a aplicar serão indicados para cada cabo ou para cada situação. Os panos de limpeza
serão de material não aflanelado;

 Na execução de terminações e de uniões deverá haver uma preocupação especial em retirar todos os vestígios de
grafite ou de verniz deixados pela fita semicondutora ou hidro-expansiva, bem como de tomar todas as precauções
no sentido de manter o isolamento bem limpo e sem qualquer risco;

 Na aplicação dos ligadores de união e de terminais deverão ser rigorosamente cumpridas as prescrições constantes
na Secção 12 das presentes ECT;

 Nas terminações, a ligação da bainha à terra proceder-se-á de acordo com as instruções do fabricante e com o tipo
de cabo. Na ligação ao circuito de terra de proteção utilizar-se-ão terminais conforme descrito na Secção 12 das
presentes ECT;

 Nas uniões, deverá ser dada continuidade às bainhas dos cabos, segundo os métodos adotados por cada fabricante,
através de trança, de malha ou de condutor de terra;

 Nas transições/ligações de troços de cabo subterrâneo AT, entre subestações e linhas aéreas (primeiro poste, dentro
ou fora da subestação (SE)), as bainhas metálicas dos cabos devem ser ligadas à terra geral única da SE, no lado da
SE, e devem ser isoladas, através de descarregadores de tensão, no lado do primeiro apoio da linha aérea;

 Nas transições/ligações de troços de cabo subterrâneo MT, entre subestações e linhas aéreas (primeiro poste,
dentro ou fora da subestação (SE)) ou entre uma SE e o primeiro PT, as bainhas metálicas dos cabos devem ser
ligadas à terra geral única da SE, no lado da SE, e devem ser isoladas no lado do primeiro apoio da linha aérea ou no
primeiro PT;

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 30


EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

 Na fixação das terminações, deverá haver um cuidado especial no que concerne aos vãos de fixação do cabo e de
terminações, de modo a que os cabos, ao serem sujeitos a esforços dinâmicos anormais, não possam vir a provocar
o desaperto dos ligadores terminais ou alterações dos equipamentos de ligação desses cabos;

 Nos locais de uniões, deve deixar-se folga suficiente para que as pontas do cabo se justaponham numa extensão que
permita a execução da união e a realização de seios de cabo que anulem eventuais esforços de tração perigosos;

 Sempre que possível, as uniões nos condutores de fase dos cabos monopolares ficarão desfasadas umas das outras
e envolvidas em areia;

 Sempre que se previr o aparecimento de vibrações anormais dos equipamentos de ligação, deverão ser previstos e
instalados sistemas de neutralização dessas vibrações;

 Na execução de uniões ou terminações em cabos a óleo, deverão ser rigorosamente cumpridas as instruções dos
fabricantes das diversas massas, fitas e outros acessórios.

12 EXECUÇÃO DE UNIÕES E TERMINAIS

As uniões e terminais a utilizar serão de qualidade comprovada e obedecerão às especificações dos pontos que a seguir se
indicam.

As ferramentas de cravação serão as indicadas para cada situação e devem apresentar-se em ótimo estado de conservação e
limpeza. Em cada situação deverão garantir a pressão de cravação exigida na norma HN-68-S-90.

As zonas dos cabos onde forem aplicados terminais ou uniões deverão ser rigorosamente limpas de substâncias gordurosas e
envolvidas com massas de contacto de qualidade comprovada.

Sempre que, por qualquer razão acidental, no final de uma ação de cravação, os terminais ou as uniões não se apresentem
rigorosamente de acordo com as especificações, deverão ser de imediato substituídos.

12.1 Terminais em cabos ou tranças de cobre

Nos cabos e tranças de cobre serão utilizados terminais de cobre eletrolítico estanhado de secção adequada e furo mínimo
de 12mm de diâmetro. Nos condutores de fase dos cabos MT serão utilizados terminais de cobre eletrolítico estanhado,
segundo o DMA-C33-850/N, com características próprias e “corpo” suficiente para suportar o número de cravações indicado
pelo fabricante. Em princípio, serão utilizadas duas cravações hexagonais de acordo as indicações do fabricante.

A sequência de cravação será iniciada por uma primeira cravação mais próxima do olhal, e a seguinte ou seguintes do olhal
para o lado do cabo.

Nos cabos a óleo fluído de cobre os terminais serão aplicados nas correspondentes secções de 95, 120, 150, 240 e 400 mm2.

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12.2 Terminais em cabos de alumínio

Na AT, os terminais serão aplicados nos cabos secos de alumínio com as secções de 185 mm2, 400 mm2, 630 mm2 e 1000
mm2. Na AT, nos cabos a óleo fluido de alumínio os terminais serão aplicados nas correspondentes secções de 150 e 400
mm2.

Na MT, os terminais a utilizar em cabos de alumínio serão bimetálicos e respeitarão o especificado no DMA-C33-850/N, pelo
que a cravação será executada por punção.

No quadro seguinte representa-se o tipo de terminal a utilizar em função da secção do cabo e ainda a matriz e a punção. A
sequência de puncionagem será: a primeira mais próxima do isolamento do cabo e a seguinte mais próxima do olhal do
terminal.

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 32


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ECT - ANEXO II
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QUADRO 1 - TERMINAIS EM CABOS DE ALUMÍNIO

Secção do cabo Terminal Matriz Punção

70 mm2 C-1 AU-70 MC 1E 1E

120 mm2 C-2 AU-120 MC 2E 2E

240 mm2 C-4 AU-240 MC 4E 4E

12.3 Uniões em cabos e tranças de cobre

Nos cabos e tranças de cobre serão utilizadas uniões de cobre eletrolítico estanhado de secção adequada. Para secções iguais
ou superiores a 50mm2, serão utilizadas uniões de acordo com a norma francesa NFC 20-130. Em princípio, serão utilizadas
quatro cravações hexagonais, de acordo com a indicação do fabricante.

A sequência de cravação será iniciada por uma primeira cravação mais próxima do meio da união, a seguinte atrás desta para
o lado de um cabo, e de seguida do lado do outro cabo pela mesma ordem.

12.4 Uniões em cabos de alumínio

Na AT, as uniões serão aplicadas nos cabos secos de alumínio com as secções de 185 mm2, 400 mm2, 630 mm2 e 1000 mm2.
Nos cabos a óleo fluído de cobre os terminais serão aplicados nas correspondentes secções de 95, 120, 150, 240 e 400 mm2.
Nos cabos a óleo fluído de alumínio os terminais serão aplicados nas correspondentes secções de 150 e 400 mm2.

Na MT, as uniões a utilizar em cabos de alumínio respeitarão o especificado no DMA-C33-850/N, pelo que a cravação será
executada por punção.

No quadro seguinte representa-se o tipo de uniões a utilizar em função da secção do cabo e ainda a matriz e a punção. A
sequência de puncionagem será: a primeira mais próxima do isolamento do cabo e a seguinte mais próxima do meio da união
repetindo do outro cabo.

QUADRO 2 - UNIÕES EM CABOS DE ALUMÍNIO

Secção do cabo União Matriz Punção

70 mm2 RJ1A70 MJ 1E 1E

120 mm2 RJ2A120 MJ 2E 2E

240 mm2 RJ4A240 MJ 4E 4E

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EC REDES 2022
ECT - ANEXO II
SET 2021

12.5 Uniões entre cabos de alumínio e cabos de cobre

Na MT, as uniões a utilizar entre cabos de alumínio e de cobre respeitarão o especificado no DMA-C33-850/N, pelo que a
cravação será executada por punção, do lado do alumínio, e cravação hexagonal do lado do cobre.

Do lado do cabo de alumínio a sequência de puncionagem será a seguinte: a primeira mais próxima do isolamento do cabo e
a subsequente mais próxima do olhal; do lado do cobre a referida operação será iniciada por uma primeira cravação mais
próxima do meio da união e a seguinte atrás desta, para o lado de um cabo.

No quadro seguinte representa-se o tipo de uniões a utilizar em função da secção do cabo e ainda a matriz e a punção.

QUADRO 3 - UNIÕES ENTRE CABOS DE ALUMÍNIO E CABOS DE COBRE

Matriz para Punção para


Secção do cabo Secção do Matriz para
União cabo de cabo de
de alumínio cabo de cobre cabo de cobre
alumínio alumínio

70 mm2 50 mm2 RJ1AU70-50 MJ 1E 1E E - 173


120 mm2 50 mm2 RJ2AU120-50 MJ 2E 2E E - 215
120 mm2 70 mm2 RJ2AU120-70 MJ 2E 2E E - 215
120 mm2 95 mm2 RJ2AU120-95 MJ 2E 2E E - 215
240 mm2 95 mm2 RJ4AU240-95 MJ 4E 4E E - 280

13 SUBIDAS DE CABOS AT OU MT EM POSTES DE REDE OU EM PAREDES

13.1 Cabos de AT

Nas subidas-descidas de cabos de AT em postes de rede ou em paredes serão utilizados tubos de PVC rígido, de 160mm de
diâmetro e 10kg/cm2. Em alguns apoios, esta proteção poderá ser realizada por caleiras em chapa de aço galvanizado.

Estes tubos deverão constituir uma proteção mecânica suplementar dos cabos desde 0,5m de profundidade até 2,5m acima
do nível do solo.

A fixação dos tubos aos postes de rede será realizada com fita inox de 1/2" e respetivas fivelas localizadas nas “almofadas”
dos postes, ou outros meios de fixação devidamente comprovados e aceites pela E- REDES.

Na fixação da proteção mecânica às paredes serão utilizadas abraçadeiras apropriadas convenientemente espaçadas. Na
generalidade, estas abraçadeiras serão aplicadas, uma, junto ao solo, outra a meio do tubo e outra na parte superior. Estas
peças deverão ser preferencialmente em aço inox. Poderão também ser em ferro devidamente protegido contra a corrosão.
O tratamento de proteção deverá ser por galvanização a quente com espessura mínima de 80µm satisfazendo a NP I-1327.

E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 34


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ECT - ANEXO II
SET 2021

A fixação dos cabos aos postes deverá ser efetuada com abraçadeiras em alumínio protegidos por uma cinta em Neoprene.
Estas abraçadeiras deverão obedecer aos desenhos C68-025-2006 e C68-026-2006 referenciados no Anexo XVII das ECT. Em
alternativa poderão ser utilizadas abraçadeiras plásticas apropriadas, devidamente aprovadas pela E- REDES.

Na fixação dos cabos às paredes serão utilizadas consolas onde os cabos serão fixados por abraçadeiras plásticas de serrilha.

13.2 Cabos de MT

Nas subidas-descidas de cabos de MT em postes de rede ou em paredes serão utilizados tubos de PVC rígido, de 160mm de
diâmetro e 10kg/cm2.

Estes tubos deverão constituir uma proteção mecânica suplementar dos cabos, desde 0,5m de profundidade até 2,5m, acima
do nível do solo.

A fixação dos tubos aos postes de rede será realizada com fita inox de 1/2" e respectivas fivelas localizadas nas “almofadas”
dos postes, ou outros meios de fixação devidamente comprovados e aceites pela E- REDES.

Na fixação às paredes serão utilizadas abraçadeiras apropriadas convenientemente espaçadas. Na generalidade, estas
abraçadeiras serão aplicadas, uma junto ao solo, outra a meio do tubo e outra na parte superior. Estas peças deverão ser
preferencialmente em aço inox. Poderão também ser em ferro devidamente protegido contra a corrosão. O tratamento de
proteção deverá ser por galvanização a quente, com espessura mínima de 80 µm satisfazendo a NP I-1327.

Na fixação dos cabos aos postes serão utilizadas abraçadeiras adequadas em poliamida reforçada com fibra de vidro, com um
espaçamento que garanta o aprumo dos cabos ao longo do poste, conforme indicado - nas CEC.

Na fixação dos cabos às paredes serão utilizadas consolas onde os cabos serão fixados com as mesmas abraçadeiras, bem
como na fixação das caixas/cabo à armação de transição aéreo/subterrânea.

14 LOCALIZAÇÃO DE AVARIAS EM CABOS SUBTERRÂNEOS MT

14.1 Objeto

O presente capítulo das presentes Especificações e Condições Técnicas têm por objeto o fornecimento de serviços referentes
ao ensaio, deteção e localização de avarias em cabos subterrâneos MT (6, 10, 15 e 30 kV) dos diferentes tipos (óleo, seco e
mistos - óleo+seco) que integram a rede de distribuição da E-REDES.

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ECT - ANEXO II
SET 2021

14.2 Caracterização do âmbito dos serviços a realizar

14.2.1 Mão-de-Obra

O Adjudicatário fornecerá a mão-de-obra qualificada necessária para a realização das atividades especificadas em boas
condições técnicas e de segurança, a qual deve manter sempre uma presença correta junto de terceiros/clientes e deter
conhecimentos da tecnologia a utilizar.

A E-REDES reserva-se o direito de recusar a participação de elementos ou equipas que não reúnam as condições indicadas
nas presentes ECT.

O Adjudicatário obriga-se a disponibilizar permanentemente (24 horas por dia, 365 dias por ano) os meios técnicos e
humanos que forem necessários para assegurar os trabalhos.

14.2.1.1 Condições técnicas

A equipa a disponibilizar pelo Adjudicatário será constituída por:


 Três elementos (mínimo), sendo um o Responsável de equipa, os quais devem cumprir diversos requisitos,
particularmente:
o O Responsável de trabalhos/equipa deve ser o interlocutor com o Centro de Condução/Despacho ou com o
Departamento Responsável da E-REDES;
o Conhecer os equipamentos, modos de funcionamento e os órgãos constituintes da rede: seccionadores,
interruptores, disjuntores, celas modulares, blocos de rede, órgãos de corte de rede;
o Saber utilizar os aparelhos de medição aplicáveis, nomeadamente o detetor de tensão, megaohmímetro, etc;
o Saber utilizar os equipamentos individuais e coletivos de segurança adequados às tarefas a realizar;
o Conhecer as disposições regulamentares relacionadas com a execução das várias tarefas bem como as regras da
arte respetivas;
o Saber ler e interpretar desenhos, esquemas/plantas com o traçado das redes.

Os trabalhos não poderão ser executados sem a presença do Responsável de Consignação da E-REDES ou do Adjudicatário,
caso a E-REDES decida atribuir esta responsabilidade a elementos do Adjudicatário.

14.2.2 Viatura

A viatura deverá ser dotada do equipamento necessário à boa execução técnica dos trabalhos a realizar e será autónoma em
termos de energia elétrica.

A viatura deverá encontrar-se limpa e em bom estado de conservação.

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A viatura deve apresentar em zona visível do exterior uma placa identificativa a informar que se encontra “Ao serviço da E-
REDES”.

14.2.3 Ferramentas/Equipamentos

Nos pontos seguintes, destacam-se os principais equipamentos a disponibilizar no decorrer da intervenção, não sendo esta
discriminação nem exaustiva nem limitativa, tendo por objetivo o ensaio, deteção e localização de avarias em cabos
subterrâneos:

 Equipamento de onda de choque;

 Localizador acústico;

 Ecómetro;

 Detetor de tensão;

 Megaohmímetro;

O equipamento de ensaio dielétrico e onda de choque deverá possibilitar intervenções até 30 kV.

O Adjudicatário deverá ainda dispor da quantidade necessária de cadeados para bloqueio dos respetivos órgãos de manobra
afetos ao cabo em avaria, placas de sinalização de proibição de manobra (“Desligado por motivo de trabalhos – Não Ligar”),
anteparos isolantes para utilização em celas abertas e curto-circuitadores amovíveis.

14.2.4 Manobras e Consignações

No seguimento de avaria, a E-REDES providenciará as manobras de rede necessárias e efetua os cortes visíveis através da
abertura dos órgãos de manobra instalados nas extremidades do cabo subterrâneo MT com defeito.

A instalação, isolada mas não consignada (seccionadores de terra abertos), é entregue ao Adjudicatário para a realização dos
trabalhos/ensaios.

Quando necessário e solicitado pela E-REDES, o Adjudicatário poderá ter que efetuar manobras e consignações exclusivas
para os ensaios de deteção e localização das avarias, incluindo desligação nos equipamentos de rede bem como a separação
de ternos em paralelo, se aplicável.

Durante as intervenções na rede, deverá ser mantido o respeito integral das regras da arte e das normas e prescrições
regulamentares, de acordo com o manual de risco elétrico.

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14.2.5 Realização dos Serviços

A intervenção consistirá, obrigatoriamente, em:


 Medição da resistência de isolamento através de megaohmímetro para apurar o tipo de defeito;
 Pré-localização da avaria com recurso ao método de ecometria, de forma a garantir a preservação do ativo;
 Localização efetiva do defeito através do método de onda de choque não superior à tensão nominal admissível pelo
cabo.

Eventualmente poderão utilizar-se outros meios de diagnóstico desde que os mesmos sejam apresentados previamente e
validados pela E-REDES.

Os trabalhos não poderão ser executados sem a presença do Responsável de Consignação da E-REDES ou do Adjudicatário,
caso a E-REDES decida atribuir esta responsabilidade a elementos do Adjudicatário.

Após identificação do local exato da avaria, o Adjudicatário deverá assinalá-lo de modo visível no terreno, normalmente com
spray ou de outro modo acordado com a E-REDES, com margem de 3 metros para cada lado a partir do centro da avaria.

O Adjudicatário deverá comunicar à E-REDES o fim da intervenção indicando a localização geográfica da avaria (coordenadas
geográficas).

Na execução dos trabalhos deverão ser respeitadas todas as normas regulamentares de segurança e ambiente em vigor, bem
como todas as boas regras da arte e da técnica.

Caso haja necessidade de acompanhamento policial, o Adjudicatário deverá requisitar a intervenção desta entidade.
Eventuais licenças necessárias também deverão ser tratadas pelo Adjudicatário.

O Adjudicatário será inteiramente responsável pelos acidentes e avarias que advierem do não cumprimento dos
procedimentos descritos nas presentes ECT.

Sem prejuízo do indicado nas CGC e nas CEC, todos os prejuízos causados à E-REDES ou a terceiros, imputáveis aos trabalhos
executados no âmbito do Contrato, serão debitados ao Adjudicatário.

Deverá ser preenchido o Formulário 2.4 presente no Anexo XVI das ECT.

14.3 Prescrições técnicas gerais

Para os pontos que não estejam suficientemente definidos no Caderno de Encargos, ou pelos documentos aprovados, o
Adjudicatário fará uso das soluções mais apropriadas e eficazes que possam ser utilizados pela atual tecnologia neste tipo de
intervenções, submetendo-os à apreciação da E-REDES.

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14.4 Responsabilidades da E-REDES

A E-REDES disponibilizará um técnico que assumirá o papel de Responsável de Consignação e acompanhará os trabalhos no
terreno.

A E-REDES deverá assegurar a acessibilidade às instalações, nomeadamente Subestações, Postos de Corte e Seccionamento,
Postos de Transformação e/ou apoios de rede MT – transições aéreas/subterrâneas.

O fornecimento de todos os elementos do cadastro do troço em avaria (histórico, plantas SIT, croquis e esquemas unifilares)
e da informação do estado e da idade do cabo, secções existentes no troço e outras igualmente importantes para a execução
da atividade será da responsabilidade da E-REDES.

14.5 Prazos

O prazo de chegada ao local dos trabalhos não deverá ser superior a:

 Intervenções na área geográfica do lote:

o: 105 minutos (no máximo) para distâncias até 100 km;

o 180 minutos (no máximo) para distâncias até 150 km;

o 300 minutos (no máximo) para distâncias entre 150 e 300 km.

As distâncias são contabilizadas desde o estaleiro do Adjudicatário até ao local da avaria. O tempo será contabilizado desde a
hora de chamada até à hora de chegada ao local da avaria.

No caso de diversas avarias simultâneas, deverá existir acordo prévio entre a E-REDES e o Adjudicatário, tendo em conta a
criticidade das instalações.

15 MANOBRAS E CONSIGNAÇÕES DE MT EM TRABALHO PROGRAMADOS

O Adjudicatário obriga-se a realizar manobras e consignações nas redes, com profissionais devidamente qualificados com
títulos de habilitação adequados e Licenças atribuídas pela E- REDES especificamente para esta atividade, em trabalhos
programados, sempre que solicitado pela E- REDES. Estes trabalhos só podem ser solicitados desde que se cumpram as
regras estabelecidas internamente, nomeadamente, a título exemplificativo e não exaustivo, a numeração dos
seccionadores/órgãos de corte de rede e o fornecimento de esquemas unifilares da rede devidamente actualizados.

É totalmente vedada ao Adjudicatário a realização de consignações de AT bem como de manobras de AT em Subestações.

O Adjudicatário não poderá realizar qualquer manobra sem a prévia autorização/coordenação do Centro de Operação

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Em trabalhos programados, sempre que seja solicitado, o Adjudicatário obriga-se a realizar consignações de rede MT e
Postos de Transformação, cumprindo o regulamento de consignações e o descrito na actividade de consignação. Para além
da realização de consignações o PSE pode ser solicitado a efetuar manobras de reconfiguração de rede com vista à realização
da consignação.

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