Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÍNDICE
1. OBJETO ........................................................................................................................................................................ 4
2. CABOS SUBTERRÂNEOS INSTALADOS EM LINHAS AÉREAS DE BT ......................................................... 5
2.1. INSTALAÇÃO DE CABO COM TENSOR EXTERNO TIPO “8” OU AUTO SUPORTADO ........................................................... 5
2.2. INSTALAÇÃO DE CABO DIELÉTRICO EM CONDUTA ............................................................................................................ 6
2.2.1. Cabo instalado em subestações e outros edifícios ..................................................................................................... 6
2.2.2. Cabo instalado em traçados subterrâneos................................................................................................................. 7
2.3. CAIXAS DE JUNÇÃO AÉREAS E SUBTERRÂNEAS E TRANSIÇÕES PARA CABO SUBTERRÂNEO............................................... 7
2.3.1. Caixa de fusão subterrânea ....................................................................................................................................... 8
2.4. REPARTIDORES E BASTIDORES.......................................................................................................................................... 8
2.4.1. Bastidor de chão ........................................................................................................................................................ 9
2.4.2. Bastidor de parede ................................................................................................................................................... 10
2.5. MANGAS FUSÃO (MANGAS TERMO RETRÁTEIS) E MANGA HELICOIDAL ......................................................................... 10
2.6. CABOS DE COBRE E REDE ESTRUTURADA ....................................................................................................................... 11
2.6.1. Cabo de cobre tipo 5E (Rede Estruturada) ............................................................................................................. 11
2.6.2. Juntas ....................................................................................................................................................................... 12
3. CABOS INSTALADOS EM LINHAS AÉREAS DE AT E MT ............................................................................. 12
3.1. GENERALIDADES ............................................................................................................................................................ 12
3.2. TRABALHOS PRELIMINARES ........................................................................................................................................... 13
3.2.1. Instalação em linhas aéreas em construção ............................................................................................................ 13
3.2.2. Instalação em linhas aéreas existentes .................................................................................................................... 13
3.3. MANUAL DE PROCEDIMENTOS ........................................................................................................................................ 14
3.4. CABO ............................................................................................................................................................................. 15
3.4.1. Desenrolamento ....................................................................................................................................................... 15
3.4.2. Esticamento e regulação.......................................................................................................................................... 16
3.4.3. Equipamentos para desenrolamento........................................................................................................................ 16
3.4.4. Outros equipamentos ............................................................................................................................................... 18
3.5. CABO ADSS................................................................................................................................................................... 18
3.5.1. Considerações gerais ............................................................................................................................................... 18
3.5.2. Desenrolamento ....................................................................................................................................................... 19
3.5.3. Esticamento e regulação.......................................................................................................................................... 19
3.6. CAIXAS DE JUNÇÃO E DERIVAÇÃO .................................................................................................................................. 19
3.7. SUPERVISÃO ................................................................................................................................................................... 20
4. INFRAESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS PARA CABOS DE FIBRA ÓTICA/TELECOMUNICAÇÕES .... 20
4.1. ELEMENTOS CONSTITUINTES .......................................................................................................................................... 20
4.2. TRAÇADO DAS CONDUTAS .............................................................................................................................................. 21
4.3. CAIXAS DE VISITA .......................................................................................................................................................... 21
4.3.1. Caixas de visita em alvenaria .................................................................................................................................. 21
4.3.2. Caixas de visita pré-fabricadas ............................................................................................................................... 22
4.4. CONDUTAS ..................................................................................................................................................................... 22
4.4.1. Instalação do tritubo................................................................................................................................................ 23
4.4.2. Condições de instalação especiais........................................................................................................................... 25
4.4.3. Junta especial para tritubo ...................................................................................................................................... 25
4.4.4. Tampão .................................................................................................................................................................... 25
ÍNDICE DE LEGENDAS
1. OBJETO
As presentes “Especificações e Condições Técnicas”, seguidamente designadas, de forma abreviada, por ECT, têm por
finalidade a definição das condições técnicas a que devem obedecer os trabalhos de construção, remodelação e manutenção
de cabos incorporando fibras óticas/telecomunicações, em linhas aéreas de alta (60kV ou 132kV) ou média tensão (tensão
inferior ou igual a 30kV), bem como em infraestruturas subterrâneas, instalações industriais, e na execução de junções
intermédias e terminações (ligação aos repartidores óticos).
Os trabalhos deverão ser realizados na observância da legislação e prescrições técnicas e de segurança em vigor, bem
como das boas regras da arte de execução, destacando-se, a título exemplificativo:
Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de Fevereiro, o qual aprova o “Regulamento de Segurança das Linhas Elétricas
de Alta Tensão”, o Decreto-Lei n.º 301/2007, de 23 de agosto, o qual aprova o NP EN 206-1:2007 “Betão:
Especificação, desempenho, produção e conformidade ”, o “Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas”
(aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26852, de 30 de julho de 1936);
Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de unho, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de janeiro
(DL124), relativo às medidas e ações a desenvolver no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios
(SDFCI);
A legislação relativa ao Regime Florestal, aplicável, a título de exemplo, nas Matas Nacionais e Perímetros Florestais,
por força dos decretos dos anos de 1901 e 1903, e demais legislação complementar;
Decreto-Lei n.º 154/2005 de 6 de setembro com nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 193/2006 de 26 de
setembro, e a Portaria 103/2006, de 6 de fevereiro, com a redação dada pela Portaria n.º 553-B/2008, de 27 de
junho, relativos às medidas de fitossanitárias indispensáveis para combate ao nemátodo da madeira do pinheiro;
Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, que estabelece o atual regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional
(REN) e a Portaria n.º 1356/2008 de 28 de novembro;
Decreto-Lei n.º 73/2009 de 31 de março, que estabelece o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional (RAN);
Resolução de Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de julho, que aprova o Plano Sectorial da Rede Natura
2000 e o Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho, relativo às Áreas Protegidas, o qual estabelece o regime jurídico
da Conservação da Natureza e Biodiversidade, nomeadamente da Rede Fundamental da Conservação da Natureza;
Os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios – PMDFCI, de âmbito municipal ou intermunicipal, que
contêm as ações de prevenção necessárias à Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI).
Será dado integral cumprimento aos regulamentos municipais sobre utilização do subsolo, domínio público e execução de
obras na via pública, bem como às instruções provenientes das câmaras municipais competentes.
Para a execução de todos os trabalhos, será respeitado, na parte aplicável, o definido nas ECT para Linhas Aéreas e
Subterrâneas de Alta e Média Tensão e Redes Aéreas e Subterrâneas de Baixa Tensão.
Os trabalhos a realizar no âmbito desta Classe de Obra, quando realizados em tensão, deverão ser expressamente
autorizados pela E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
Trabalhos executados no âmbito desta Classe de Obras realizados na presença ou na vizinhança de tensão, com riscos de
entrar na “Zona de Trabalhos em Tensão”, só poderão ser efetuados após expressa autorização da E- REDES – Distribuição
de Eletricidade e por empreiteiros qualificados e por trabalhadores com formação TET adequada, seja em BT, MT ou AT.
Sempre que entendido necessário pela E- REDES – Distribuição de Eletricidade, para cada obra será fornecido um Projeto,
com as especificações técnicas particulares.
2.1. Instalação De Cabo Com Tensor Externo Tipo “8” Ou Auto Suportado
Cabos com tensor externo tipo “8” ou auto suportado serão utilizados em troços aéreos e utilizarão traçados já estabelecidos
de BT. A instalação do cabo ótico aéreo deverá ser abaixo dos cabos de energia e de modo a não interferir com as caixas e
portinholas existentes ou impedir a derivação de redes elétricas feitas em condutores torçada BT. Escadas ou outros
dispositivos não devem ser apoiados neste tipo de cabo. É prevista a montagem deste cabo sem consignação da linha de BT.
A instalação do cabo ótico deve ser efetuada de forma cadenciada e uniforme, por secções de lançamento definidas entre
postes ao longo do percurso. A bobina deve ser montada em cavalete fixo na carroçaria do camião ou posicionada próxima
ao poste, devendo ser prestada especial atenção à força de tração aplicada a este cabo, de modo a que este não exceda o
valor de tração máxima admitida pelo cabo.
O cabo ótico deve ser estendido ao longo da rota, mantendo-se a bobina fixa e puxando o cabo ao longo da mesma ou
deslocando-se o camião com a bobina, caso não haja obstáculos que impeçam o seu deslocamento.
Os acessórios de fixação a utilizar devem ser adequados ao tipo de cabo a instalar e ao modo de ancoragem, sendo aplicado
em todos os apoios de ângulo acessórios de amarração. Na instalação de cabos em fachadas podem ser utilizadas braçadeiras
idênticas às utilizadas nos cabos de torçada.
Nos casos de tensores não metálicos nunca deve ser retirada a proteção externa do mesmo.
Todas as extremidades do cabo ótico devem ser isoladas com capuchos termo vulcanizáveis, ou com fita vulcanizadora.
O cabo deverá ser instalado dentro do parque de linhas e dentro dos edifícios das instalações terminais, totalmente enfiado
em tubo de polietileno de alta densidade (PEAD) de Ø 40 mm, de cor preta e com paredes lisas e livres de bolhas, fissuras,
cavidades ou irregularidades no seio da sua massa. No caso de não ser possível utilizar tubo PEAD será utilizado tubo flexível
reforçado com espiral rígida, muito leve e maleável (tipo caboflex da heliflex ou equivalente) ou equivalente mediante
aprovação da E- REDES – Distribuição de Eletricidade sem elementos metálicos.
A instalação de cabo deverá ser realizada nas caleiras e condutas já existentes, quando não existirem caleiras, o cabo e o
tubo PEAD serão enterrados em vala com 0,80 m de profundidade e, pelo menos, 0,40 m de largura.
Na travessia de maciços dos pórticos e das paredes das caleiras o cabo será protegido a partir de 1m de altura acima dos
maciços por tubo de aço galvanizado de 0,40 m de diâmetro, sendo a sua extremidade devidamente protegida por manga
termo retrátil. O tubo deve ser, de preferência, encastrado no maciço e fixado com abraçadeiras de inox.
O cabo será puxado manualmente junto à bobina, onde estará permanentemente um elemento que vigiará a saída do
mesmo e impedirá a acumulação de folgas. Os tubos e cabos deverão ser identificados com etiquetas - de preferência de cor
amarela - contendo a informação “Atenção Cabo de Fibra Ótica” (exemplo: Erro! A origem da referência não foi
encontrada.), as quais deverão ser colocadas pelo menos de 10 m em 10 m, e ainda, sempre que haja mudança de direção
do cabo.
As etiquetas devem ser impermeáveis, resistentes aos raios ultravioletas, devendo ser fixas em dois pontos com braçadeiras
de serrilha.
ATENÇÃO
Cabo de Fibra Óptica
Nas extremidades da ligação, zonas de transição, rolos de folga de cabo e entrada em bastidores deverá ser afixada ao cabo
etiqueta com identificação da ligação – indicação abreviada dos extremos. A nomenclatura a utilizar será indicada pelo
Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
Os cabos óticos subterrâneos devem ter num mínimo 20 m de folga, acomodados no chão falso da sala de telecomunicações,
ou quando este não existir, numa cruzeta fixa à parede.
O desenrolamento deste cabo será, sempre que possível, realizado manualmente. Caso seja necessário recorrer a um
guincho, a tração máxima a aplicar será indicada pelo fabricante, para cada caso, e deverá manter-se estável durante todo o
desenrolamento.
Nesta fase do trabalho serão colocados operadores em observação direta às condições de passagem nas zonas críticas do
traçado, nomeadamente nos ângulos, sendo obrigatório o uso de roletes, apropriados ao diâmetro e peso deste cabo, em
todas as caixas de visita.
O cabo deverá ser identificado com etiquetas - de preferência de cor amarela - contendo a informação “Atenção Cabo de
Fibra Ótica”, as quais deverão ser colocadas em todas as caixas de visita.
Nas caixas de visita e zonas de transição, rolos de folga de cabo deverá ser afixada ao cabo etiqueta com identificação da
ligação – indicação abreviada dos extremos da ligação. A nomenclatura a utilizar será indicada pelo Departamento
responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
Nos apoios de BT em que serão instaladas as caixas de junção ou derivação, o cabo descerá pelo apoio abaixo, a partir da
sua fixação até ao nível do solo, de forma a ser possível a execução das fusões óticas nas melhores condições técnicas.
No percurso ao longo do apoio, o cabo será fixado através de abraçadeiras adequadas montadas nos montantes (postes
metálicos) ou montadas em ferragens adequadas (postes de betão). O mesmo procedimento deverá ser aplicado ao rolo de
cabo de reserva, que deverá ter um comprimento de 20 m.
Nas transições para cabo subterrâneo, este deverá ser protegido através de tubo de aço galvanizado ou tubo PVC cinzento,
PN 10 kg/cm2, desde os 2,50 m acima do solo até 0,50 m de profundidade, fixo por braçadeiras. Dentro das Subestações será
1m. No caso de passagem a subterrâneo em fachadas de edifícios, podem também ser utilizadas calhas metálicas do tipo
“Omega”.
Deverão igualmente ser efetuados os trabalhos de ligação do tubo referido no parágrafo anterior ao caminho de cabos mais
próximo. Em todas as uniões e transições das condutas deverá ser garantida a respetiva estanquidade, através da selagem
com resinas e mangas Termo retrácteis.
Após a execução das fusões óticas ao nível do solo, a caixa de junção será fixada num ponto da estrutura do apoio a uma
altura acima do solo compreendida entre os 4 metros e os 8 metros (tipicamente a 6 metros). No caso de pórticos de
subestações, a altura deverá ser de 1,5 m. No caso de juntas a instalar em caixas de visita, estas devem, de preferência, ser
fixadas às paredes da caixa através de acessórios apropriados.
Estão incluídos na realização destes trabalhos todos os materiais e equipamentos julgados necessários às operações de
instalação e de fixação dos cabos e das caixas, designadamente nas baixadas.
As especificações técnicas das caixas de fusão intermédias aéreas e subterrâneas, fornecidas pelo Adjudicatário, deverão ser
previamente aprovadas pelo Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
Em obras novas, as fusões de fibras óticas nas caixas de junção e derivação e repartidores óticos deverá respeitar, consoante
os cabos utilizados, os códigos de cores aplicáveis de entre os constantes do QUADRO 5 - CÓDIGOS DE CORES FO A UTILIZAR
EM LIGAÇÕES NOVAS. Dentro das juntas as fibras devem ser numeradas, com autocolantes apropriados, seguindo a ordem
indicada no código de cores de acordo com o tipo e constituição do cabo ou, no caso de intervenções em cabos existentes,
outra ordem a indicar pela E- REDES – Distribuição de Eletricidade. Uma cópia do esquema de fusões deve ficar junto da
cassete.
Esta caixa deverá ser do formato tipo “torpedo”, com base em formato oval ou circular, e terá o objetivo de ser instalada em
caixas de visita, servindo para alojamento de fusão de cabos de fibras óticas.
As caixas de fusão deverão vir equipadas com todos os acessórios necessários à execução de fusões e instalação em caixas
de visita incluindo, entre outros, cassetes de fusão, abraçadeiras para fixação de cabos, eventuais materiais necessários à
garantia de estanquicidade das entradas de cabos, acessório de fixação a parede e mangas termo retráteis.
As caixas de fusão deverão ser construídas em material não metálico e estanque, com IP67, e suportar temperaturas de
operação entre -30 e +60ºC. As suas dimensões deverão estar compreendidas entre 500 e 600 mm de comprimento e 150
e 250 mm de diâmetro.
Deverão possuir pelo menos 4 entradas de cabos, sendo duas delas intercetadas, de modo a ser possível a entrada e saída
da caixa de cabo sem ser cortado, por exemplo para a execução de “sangrias”. As entradas de cabos deverão poder suportar
diâmetros entre os 10 e os 22 mm, com ajustamento que mantenha a estanquicidade da mesma. Serão equipadas para
suportar 12, 24 ou 48 fusões, consoante o pedido, devendo, no entanto, permitir alojar até um máximo de 96 fusões
mediante expansão.
As cassetes de fusões a fornecer com estas caixas deverão suportar até um máximo de 12 fusões cada. Nos casos em que
sejam necessárias mais fusões, estas deverão ser empilháveis, devendo ser fornecidos os respetivos acessórios de fixação e
adaptação. Cada cassete deverá possuir pelo menos 4 entradas para tubelooses.
O seu interior permitirá a arrumação de um mínimo de 1,5m por fibra, sendo que o seu raio de curvatura deverá ser superior
a 30mm.
É obrigatório estar equipadas com suporte para mangas de fusões termo retráteis de dimensões 2,5x60mm que permita
uma perfeita fixação das mesmas, evitando o seu deslizamento quando a caixa é colocada na posição vertical.
Este bastidor deverá cumprir as exigências definidas para os bastidores do Sistema de Comando e Controlo de Subestações,
conforme DMA-C13-524/N.
É obrigatória a identificação de cada repartidor através de etiqueta, com indicação da instalação situada na extremidade
oposta do respetivo circuito.
Os tubelooses servem de tubo de proteção ao conjunto de fibras neles inseridos, desta forma deverão ser mantidos sem
cortes ou vincos até à entrada na cassete de fusões.
O conjunto de fibras que fazem parte do mesmo tubeloose devem ser todas encaminhadas para a mesma cassete, salvo em
situações que a configuração de junções necessária assim o impeça. Para estes casos de exceção, e quando existir
necessidade de desagregar as fibras do mesmo tubeloose para cassetes diferentes, estas devem ser protegidas por tubos
adequados.
Dentro do repartidor, as fibras devem ser numeradas com marcadores apropriados para identificação de cabos, de acordo
com o número da fibra do cabo ótico. A mesma metodologia deve se adotada na identificação dos tubelooses imediatamente
antes da entrada na cassete. Para identificação no suporte de mangas de fusões, a numeração poderá ser assinalada com
caneta permanente à prova de água (para escrita em acetatos).
Nos repartidores de módulos verticais (subrack standard de 19"), a folga de excesso de tubeloose deverá ser feita
independente para cada módulo, protegida com manga helicoidal, permitindo que no futuro se possa retirar cada
módulo independentemente.
Caso seja pedida a instalação do bastidor, deverá ser fixo ao chão, ligado à terra e efetuadas as adaptações necessárias às
caleiras.
Os bastidores deverão ser em aço e ter dimensões de 800x800x2200mm (largura x profundidade x altura). A sua estrutura
interior deverá ser em aço com uma espessura de pelo menos 2,5mm.
O painel interior deverá ser constituído por estrutura basculante não inferior a 2,5mm de espessura, espaçada
horizontalmente de 19”, com pelo menos 40 U de altura, devendo ser possível que a sua profundidade seja ajustável,
suportada em barras de aço horizontais de pelo menos 2mm. Este sistema deverá suportar um mínimo de 150kg de peso
devendo a sua estrutura ter uma espessura igual ou superior a 2mm apoiada em barras de suporte nos topos não inferiores
a 3mm. Esta estrutura basculante deverá possuir duas fechaduras com chave.
As portas frontais deverão ser de vidro e dotadas de fechadura que permita fechar o bastidor sem recorrer obrigatoriamente
à chave. O bastidor terá ainda de possuir acesso traseiro. Todos os restantes painéis exteriores deverão ser de espessura
mínima de 2,5mm e pintados de cor RAL 7035.
O bastidor no seu conjunto deverá ter um mínimo de IP31, de acordo com a norma EN 60529.
O bastidor deverá ainda vir equipado com dois tubos flexíveis de 48mm de secção, com abraçadeiras, para encaminhamento
dos cabos dentro do armário. Os fundos dos bastidores serão equipados com tampas que permitam a passagem protegida
de cabos (por exemplo utilização de bucim ajustáveis de borracha), de modo a evitar a presença de roedores nos mesmos.
Deverão possuir luz interior, ativada por interruptor acionado pela abertura da estrutura basculante.
Todos os elementos do bastidor permitirão ser interligados através de cabo de terra. O circuito de terras de ambos os
armários deve ter uma topologia radial (não devem existir anéis fechados), para que não haja circulação de corrente nas
terras, mas apenas drenagem para a terra geral da instalação.
No interior do armário deve existir um ponto comum, borne de terra ou barra de cobre, onde ligam todos os condutores de
terra, localizado no fundo da tampa traseira.
No fundo do bastidor deverá ser instalada uma régua de tomadas de 230V (8 unidades) para fixação em calha de 19” e
respetiva ligação ao quadro elétrico da instalação. O circuito de alimentação será efetuado em cabo H05VV-F 3G2,5mm.
Os bastidores deverão ser em aço e ter dimensões de 600x600x780mm (16U), com painéis amovíveis.
As mangas para proteção de fusões deverão ser de material termo retrátil, possuir haste de aço que confira resistência
mecânica à fusão e ter as dimensões 2,5x45mm.
A manga helicoidal deverá ser plástica transparente, servindo para proteção de Patch Cords ou Tubelooses, com diâmetro
variável entre os valores especificados.
No que diz respeito à instalação de cabos de cobre em traçados de BT e em condutas, e também em relação à passagem a
conduta, deve ser considerado o descrito nas anteriores subsecções 2 e 2.3
Caso o cabo de cobre seja armado, será enterrado diretamente em vala, devendo ser respeitadas as localizações definidas
para o tritubo conforme a secção 4 das presentes ECT.
Nas caixas de visita, zonas de transição e rolos de folga de cabo deverá ser afixada ao cabo etiqueta com identificação da
ligação – indicação abreviada dos extremos da ligação.
A nomenclatura a utilizar será indicada pelo Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
A instalação de cabos do tipo FTP (que deverão ser isentos de halogéneos, com baixa emissão de fumos e de gases corrosivos
quando expostos ao fogo, não propagadores da chama e ou do fogo, e ou resistentes ao fogo), para criação de redes
estruturadas, destinam-se a sistemas de transmissão de dados podendo integrar, no entanto, os circuitos de voz (ligações
telefónicas).Estes deverão ser instalados em tubo de proteção mecânica não propagador de chama e livre de halogéneos
Trata-se de cabos constituídos por 8 condutores de cobre entrançados dois a dois, constituindo assim quatro pares. Os oito
condutores são identificados por um código de cores, em que cada par entrançado possui uma cor própria: VERDE; LARANJA;
AZUL e CASTANHO.
Em cada par os dois condutores usam a cor que os identifica, mas um dos condutores do par possui também riscas brancas.
As normas EIA/TIA 568A (AT&T 258B) e EIA/TIA 568B (AT&T 258A) definem duas alternativas para utilização dos 4 pares,
nomeadamente a forma de ligação aos conectores ISO 8877 (RJ45).
Todos os cabos têm de ser montados sob a mesma norma nas duas extremidades. As ligações a estabelecer para a E- REDES
– Distribuição de Eletricidade devem obedecer à norma EIA/TIA 568B cuja codificação se apresenta na FIGURA 3.
A montagem dos conectores ISO 8877 macho representados na FIGURA 3 exige a utilização de um alicate específico. Para a
montagem do conector (macho ou fêmea) é necessário desentrançar os pares, a zona desentrançada não deve exceder 12
mm, este alicate "crava" as várias partes do conector nos elementos do cabo pelo que estes conectores não são reutilizáveis.
Uma cravagem malsucedida provoca a inutilização do conector e da zona do cabo onde foi aplicada.
No contexto da cablagem estruturada os conectores ISO 8877 macho servem unicamente para construir chicotes ou
"patches", trata-se de um cabo solto com dois conectores ISO 8877 macho nas extremidades. Os chicotes terão vários
comprimentos, normalmente entre 0,5 metros e 5 metros e são usados para interligar a cablagem estruturada aos
equipamentos ativos. A norma ISO/IEC 11801 indica um comprimento máximo de 90 metros para os segmentos de cobre 5E
e um comprimento máximo de 10 metros para o conjunto dos dois chicotes ligados nas extremidades do segmento. No limite
é possível um comprimento de cabo entre dois equipamentos ativos de 100 metros.
Os cabos serão abertos na menor extensão possível e os condutores serão mantidos em pares até ao ponto de ligação (no
máximo a 3cm da tomada). No repartidor, os cabos devem ser abertos tão próximo quanto possível do painel de ligações RJ
45 ou do módulo de distribuição com conectores self-stripping a que devem ser ligados.
O fio de terra, protegido por bainha flexível, deve ser ligado ao respetivo ponto de ligação. Além disso, a cablagem deve
chegar o mais próximo possível do ponto de ligação nos painéis de ligações e nas tomadas.
Os cabos de distribuição horizontal devem ter folga suficiente no extremo do lado do bastidor para que este possa ser
deslocado sem afetar as ligações existentes, devendo ser dispostos de modo a permitir a subsequente instalação de
equipamento ativo no bastidor de 19”.
2.6.2. Juntas
Não será autorizado o corte de qualquer cabo sem a autorização expressa do Departamento responsável da E- REDES –
Distribuição de Eletricidade.
Para a realização de junta, o cabo será aberto a 60 cm da extremidade, soldando-se um fio de terra do tipo H05VV-F 3G2,5
mm à bainha de proteção do cabo retirando-se a restante bainha e protegendo-se com fita isoladora. A uma distância de 10
cm da extremidade, abre-se a segunda camada de isolamento e procede-se à separação dos pares segundo a sua ordem.
Coloca-se uma manga termo retráctil com o comprimento de 60 cm e diâmetro de acordo com a junção.
Seguidamente, inicia-se a união dos condutores segundo a sua ordem, com o ligador de cravar. A junção será terminada com
uma fita de tela para proteção de calor, revestida com uma camada de fita isoladora, sendo as extremidades do cabo lixadas
de forma circular e limpas com diluente celuloso. Segue-se a retração do tubo e a terra será ligada (soldada) na parte exterior
da junção.
O código de cores será indicado pelo Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
3.1. Generalidades
Os cabos com fibras óticas apresentam algumas particularidades em relação aos cabos clássicos de energia, as quais
traduzem a sua relativa fragilidade mecânica, justificando alguns cuidados adicionais durante a sua instalação, por forma a
garantir a manutenção das suas características, óticas e mecânicas, ao longo da sua vida útil.
Para a preparação da instalação deverão ser considerados os parâmetros limite que caracterizam o cabo a instalar. A escolha
dos procedimentos a utilizar deverá garantir uma margem de segurança em relação às características do cabo a instalar, de
forma a evitar solicitações anormais.
Em todas as operações, e em particular na realização das junções, deve ser assegurada a adequada disposição das fibras
óticas e dos respetivos acessórios de montagem.
A estanquidade das extremidades dos cabos deverá ser garantida, em todas as fases dos trabalhos, através de uma
fita/capucho termo vulcanizável.
Entendem-se por instalação em linhas aéreas em construção, os trabalhos de montagem de cabos com fibras óticas em
infraestruturas onde já foi prevista a instalação destes cabos, e, por conseguinte, onde os seus apoios já foram
dimensionados para os esforços a que estarão sujeitos após montagem dos cabos. Nestes casos, a colocação em serviço das
novas linhas depende da instalação dos cabos com fibras óticas.
Estas linhas encontram-se, por isso, já equipadas com pontos de fixação para cabo com fibras óticas livres, no caso de cabo,
ou sujeitas ao dimensionamento, fabrico e montagem de ferragens de adaptação à montagem de cabo com fibras óticas, no
caso de se tratar de cabo ADSS.
Deverá ser elaborado um plano de desenrolamento de cabo, indicando a distribuição dos comprimentos de cabo e respetivas
bobinas ao longo da linha, que deverá ser atempadamente submetido à aprovação do Departamento responsável da E-
REDES – Distribuição de Eletricidade. Complementarmente ao plano de desenrolamento e atendendo à necessidade de
controlar, em permanência, todo o processo de instalação, deverão ser previstos meios de comunicação entre todos os
elementos envolvidos nas diversas fases da instalação. A especificação dos meios de comunicação deverá, também, constar
do plano de desenrolamento a apresentar.
O Adjudicatário deverá efetuar, por sua conta e risco, todos os estudos necessários para determinação dos esforços máximos
a que os apoios e os seus elementos constituintes serão sujeitos, no decurso da montagem ou da instalação do cabo.
A instalação em linhas existentes implica assim, salvo determinação em contrário do Departamento responsável da E- REDES
– Distribuição de Eletricidade, a execução de um conjunto de trabalhos preliminares, que compreendem, nomeadamente,
as seguintes atividades:
Execução de levantamento topográfico e cadastral da totalidade do comprimento da linha aérea sujeito à instalação
do cabo, tendo em vista a caracterização atualizada da linha de suporte da instalação;
Execução, com recurso a trabalhos de topografia, do registo de vãos, desníveis e cotas de fixação dos cabos
existentes;
Execução, com recurso a trabalhos de topografia, da medição de flechas dos cabos condutores, registando a
temperatura ambiente, data e hora de cada medição de flecha. Estes dados deverão ser utilizados na determinação
das condições de regulação do cabo a instalar, devendo ser remetidos previamente ao Departamento responsável
da E- REDES – Distribuição de Eletricidade para aprovação;
Elaboração de um aditamento ao projeto da linha aérea, onde deverá ser apresentado o projeto de execução
(memória descritiva e cálculos) relativo à viabilidade de montagem do cabo a instalar, respeitando as condições
definidas pelo fabricante do mesmo.
A instalação de cabo em linhas existentes, equipadas com um ou dois cabos de guarda, será executada por
substituição de um cabo de guarda
Deverá ser elaborado um plano de desenrolamento de cabo, indicando a distribuição dos comprimentos de cabo e respetivas
bobinas ao longo da linha, o qual deverá ser atempadamente submetido à aprovação do Departamento responsável da E-
REDES – Distribuição de Eletricidade. Complementarmente ao plano de desenrolamento, e atendendo à necessidade de
controlar, em permanência, todo o processo de instalação, deverão ser previstos meios de comunicação entre todos os
elementos envolvidos nas diversas fases da instalação. A especificação dos meios de comunicação deverá, também, constar
do plano de desenrolamento a apresentar.
Todos os trabalhos de instalação dos cabos de fibras óticas serão realizados com base no “Manual de Procedimentos” do
fabricante/fornecedor do cabo.
Cabe ao Adjudicatário obter a aceitação dos procedimentos e equipamentos a utilizar durante a instalação junto do
fornecedor/fabricante do cabo e dos equipamentos para a interface, estando aquele igualmente incumbido de fiscalizar
todos os trabalhos de instalação e de produzir um relatório final contendo, também, as referências a eventuais anomalias
durante o processo de instalação.
3.4. Cabo
3.4.1. Desenrolamento
A distância entre as máquinas de tração ou de frenagem e o primeiro apoio do troço a desenrolar não deve ser inferior a
quatro vezes a altura deste, tomando em linha de conta as diferenças de cota entre os pontos de fixação das máquinas e de
implantação dos postes.
Serão colocados operadores em observação direta às condições de passagem nas zonas críticas do traçado. Estes
observadores terão, obrigatoriamente, comunicação via rádio com o freio e o guincho. O sistema de comunicações a utilizar
deverá ser ensaiado previamente.
Durante o desenrolamento, o cabo OPGW não deve roçar na aba das bobinas e deve situar-se no centro da gola das roldanas.
Deve ser prestada especial atenção à necessidade de existência de um ponto de equilíbrio na posição das roldanas, quando
estas estão em carga, o qual será ajustado durante o desenrolamento, sempre que as circunstâncias o justifiquem. Nos
apoios de ângulo, ou sempre que for julgado conveniente, serão colocadas roldanas, montadas na resultante do sentido da
tração, por forma a evitar a influência de forças verticais e/ou laterais capazes de danificarem o cabo ou de fazê-lo saltar da
gola das roldanas. Os observadores colocados nestes pontos terão de possuir condições para, eventualmente, adequar a
inclinação da roldana ao ângulo da resultante durante a passagem do cabo.
A amarração do cabo OPGW ao cabo piloto será feita através de manga, caso a ponta do cabo OPGW não possua um gancho
para prender o cabo piloto. De qualquer forma, a amarração será provida de, pelo menos, dois destorcedores. Se durante o
desenrolamento houver necessidade de interromper a passagem do cabo, a manga elástica que efetua a junção do cabo
piloto ao OPGW deve ficar sempre a uma distância nunca inferior a 10 metros de qualquer roldana.
A passagem dos condutores será feita através de roldanas de alumínio ou de liga alumínio, com gola profunda de diâmetro
no fundo da gola igual a 25 vezes o diâmetro do cabo e gola com profundidade não inferior a 1,2 vezes o diâmetro do cabo.
Na passagem de cabo de cobre utilizar-se-ão roldanas de bronze. Na colocação do cabo de alumínio-aço não poderão ser
usadas roldanas que tenham sido utilizadas para cabo de cobre, e vice-versa.
De modo a evitar acidentes, por razões de segurança, o cabo OPGW é obrigatoriamente ligado à terra junto das máquinas
de tração e de frenagem. A medição da resistência de terra é obrigatória, devendo ser obtido o valor ótimo em cada local.
Durante o período em que o cabo permaneça em roldanas é obrigatória a realização de ligações à terra em todos os postes.
O valor da tração do desenrolamento deve manter-se tão uniforme quanto possível, e sem exceder a tração máxima indicada
pelo fabricante. O valor máximo de tração atingido durante cada uma das operações de desenrolamento deverá ser registada
para todas as bobinas.
Caso ocorra um acidente com o cabo OPGW/ADSS, o Adjudicatário terá de substituir a totalidade do cabo OPGW/ADSS
existente entre a caixa de junção a montante e a caixa de junção a jusante do local do acidente, sempre que a E- REDES –
Distribuição de Eletricidade entenda que não é aconselhável a instalação de uma caixa de junção adicional.
Após completo desenrolamento do cabo, este deverá ficar em repouso nas roldanas pelo menos 24 horas, não devendo
ultrapassar as 48 horas pois as vibrações induzidas no cabo pelo vento podem danificá-lo. Esta metodologia deverá obter o
prévio acordo da Supervisão da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
O cabo deverá ser passado às pinças, logo que possível, pelo que não são de considerar situações em que o OPGW fique em
roldanas mais que dois dias. Para efeitos de amarração/regulação do cabo nos apoios, não são autorizadas pinças cónicas
nas manobras. Estas operações devem ser executadas com preformados destinados a manobras.
O adjudicatário deve obter junto do fornecedor/fabricante do cabo, a indicação do fator de fluagem a considerar para efeitos
de regulação, e conhecimento do comportamento mecânico do mesmo.
Uma vez que se verificam alterações no traçado das Linhas de Alta Tensão, das quais resulta a necessidade de se proceder a
uma nova regulação dos cabos, deve ficar o máximo cabo de reserva possível em todos os apoios de amarração,
acondicionado em ferragens ou acessórios apropriados, a fornecer pelo Adjudicatário. Esta reserva de cabo deverá ser
acondicionada de forma a não ser posto em causa o raio mínimo de curvatura do cabo.
O arco que o cabo OPGW fará nos postes de amarração será aproveitado para deixar cabo de reserva, tendo de ser ligado
eletricamente ao apoio através de dois ligadores, a fornecer pelo Adjudicatário, ou através da ligação de um cabo de terra
entre o cabo OPGW e o apoio, através de ligadores apropriados e a fornecer pelo adjudicatário. Este cabo de terra deverá
possuir uma intensidade de corrente máxima admissível em curto-circuito, semelhante ou superior à do cabo OPGW.
No final da obra, o Adjudicatário deverá apresentar uma tabela com a indicação da quantidade de cabo excedente que ficou
em cada amarração.
3.4.3.1. Roldanas
As roldanas aplicadas durante o desenrolamento deste tipo de cabo devem possuir, um diâmetro mínimo de 600 mm medido
entre o fundo das golas. No entanto, o diâmetro das roldanas fica dependente do diâmetro exterior do cabo OPGW a montar.
Deverão possuir um mecanismo, adaptado ao diâmetro do cabo, que impeça a sua saída da gola, eliminando assim, a
possibilidade de aquele se introduzir entre a roda da roldana e o seu suporte. As roldanas deverão possuir forras de borracha
ou plástico, para proteção do cabo, e estar em perfeitas condições de funcionamento não devendo verificar-se qualquer tipo
de atrito que possa introduzir perturbações no desenrolamento ou erros de regulação, não poderão existir quaisquer
rugosidades que possam danificar o cabo.
Em nenhuma situação o ângulo de enrolamento do cabo OPGW poderá exceder os 30º, especial atenção deve ser dada às
situações de pequenos ângulos em suspensão, assim como às dos apoios com elevadas cargas verticais. Sempre que este
ângulo for excedido, deverão ser utilizadas roldanas duplas em série de forma a dividir o ângulo em dois mais pequenos.
A máquina de desenrolamento terá de possuir freios mecânicos ou hidráulicos e indicadores da força de tração estabelecida
para o desenrolamento. Os tambores da máquina deverão possuir um diâmetro mínimo de 1200 mm, sendo o revestimento
interior dos tambores em alumínio ou em neopreno, num bom estado de conservação, sem ressaltos, falhas ou imperfeições
suscetíveis de danificarem o cabo.
O cavalete para a bobina terá de possuir freios mecânicos ou hidráulicos. Este será colocado no enfiamento do freio
desenrolador a uma distância mínima de 8 metros a 10 metros. No entanto, caso as condições do terreno o permitam, o
distanciamento aconselhável será de 20 metros a 25 metros.
A máquina de freio deverá permitir que a regulação da tração de desenrolamento seja mantida de forma uniforme durante
o desenrolamento não sendo afetada por velocidades diferentes.
O guincho será provido de indicadores da força de tração estabelecida para o desenrolamento bem como dispositivos de
disparo automático (tiro programado) para acautelar excessos ao valor de tração.
Não é necessário a utilização de dispositivos anti torsão, nomeadamente os vulgarmente designados por “lacraus”. No
entanto, é obrigatória a verificação do comportamento do cabo durante o desenrolamento de todas as bobinas.
A rotação do cabo OPGW é medida pelo número de voltas de uma corda, presa na extremidade do mesmo, durante o
desenrolamento.
É obrigatório o registo dos valores obtidos em pelo menos dois pontos diferentes do cabo a desenrolar. Para cada um dos
pontos escolhidos a medida deverá ser repetida ao longo do desenrolamento.
Em média, o número de voltas da corda utilizada para o ensaio deve situar-se próximo de 5 por cada 100 metros de cabo
desenrolado.
Por outro lado, dever-se-á verificar que o número de voltas para cada 100 metros de cabo tenderá a decrescer no decurso
do desenrolamento, principalmente se os ângulos e desníveis, tração e velocidade de desenrolamento, forem
aproximadamente iguais ao longo do percurso.
Caso se verifiquem valores de rotação média durante o desenrolamento superiores a 5 voltas por cada 100 metros, deverão
ser tomadas as seguintes medidas:
Utilização de dispositivos anti torsão após parecer por escrito do fabricante do cabo.
Estas medidas corretivas poderão ser aplicadas sempre que uma medida individual da rotação do cabo exceda 10 voltas, por
cada 100 metros de cabo desenrolado.
As mangas elásticas do Adjudicatário terão de ser adequadas, quer ao diâmetro do cabo, quer aos valores de tração
envolvidos.
Será utilizado cabo tensor que deverá ter um efeito anti torsão, e terá um diâmetro mínimo de 12 mm.
Serão intercalados conjuntos de dois destorcedores, entre o cabo OPGW e o cabo tensor e entre todas as bobinas do cabo
tensor. É obrigatória a verificação do correto funcionamento de todos os destorcedores antes de iniciado o desenrolamento
do cabo.
O Adjudicatário terá de possuir preformados de manobra que não poderão ser usados em mais do que 5 manobras, sendo
obrigatória uma inspeção visual ao estado do mesmo após cada utilização. Os preformados para manobras não podem ser
utilizados para fixar o cabo na sua posição definitiva.
O cabo ADSS é auto suportado e não metálico, usado na transmissão de sinais óticos através de fibras óticas, sendo os
procedimentos de montagem indicados para este cabo similares aos indicados para outros cabos de fibras óticas (por ex.
OPGW).
Face às especificidades deste cabo, especial atenção deverá ser prestada à força de tração aplicada durante o seu
desenrolamento, de modo a que não se exceda o valor de tração máxima admitido, não ocorrendo qualquer arrastamento
do cabo pelo terreno e/ou na estrutura dos apoios e garantido que o raio mínimo de curvatura do cabo não é excedido
durante todo o procedimento de instalação do cabo e que não ocorre rotação exagerada do cabo durante o seu
desenrolamento.
Antes do início dos trabalhos, o Adjudicatário terá de apresentar todos os equipamentos a usar no desenrolamento, tais
como guincho, freio, roldanas, cabo piloto, mangas e destorcedores para verificação do seu estado e posterior aprovação.
Por questões de segurança, e apesar do cabo ADSS ser totalmente dielétrico, terá de ser ligado à terra durante os trabalhos
de desenrolamento e regulação do cabo, por exemplo por ligação à estrutura metálica dos apoios, usando para o efeito os
cabos de terra habituais nestes trabalhos (tranças). Não é permitido, para efeitos de ligação do cabo ADSS à trança de terra,
qualquer tipo de mola ou outra ferramenta. A trança deverá ser enrolada na superfície do cabo.
Caso ocorra um acidente com o cabo ADSS, o Adjudicatário terá de substituir a totalidade do cabo ADSS existente entre a
caixa de junção a montante e a caixa de junção a jusante do local do acidente, sempre que o Departamento responsável da
E- REDES – Distribuição de Eletricidade entenda que não é aconselhável a instalação de uma caixa de junção adicional.
3.5.2. Desenrolamento
Como regra, devem adotar-se as recomendações e os métodos indicados no desenrolamento do OPGW, o cabo ADSS será
puxado durante o desenrolamento, com recurso a um guincho e uma máquina de frenagem, devendo a tração manter-se
estável, durante todo o desenrolamento.
Nos ângulos, as roldanas deverão ser montadas em ângulo com o apoio, de modo a que o cabo se mantenha sempre pousado
no centro da gola da roldana, durante todo o desenrolamento. De modo a evitar a abrasão do cabo no apoio, poderão ser
montadas mais do que uma roldana por apoio naquelas estruturas que, pela sua dimensão, a largura das faces assim o
aconselhe.
O cabo piloto deverá ser de material dielétrico e o seu peso será similar ao peso do cabo em desenrolamento.
Em regra, devem adotar-se as recomendações e os métodos indicados no esticamento e regulação do OPGW, o cabo ADSS
deverá ser regulado logo após o seu desenrolamento, devendo manter-se a ligação à terra durante a execução do trabalho,
sendo retirada logo após a respetiva conclusão.
Nos apoios em que serão instaladas as caixas de junção ou derivação o cabo descerá pelo apoio abaixo, a partir da sua fixação
até ao nível do solo, de forma a ser possível a execução das fusões óticas nas melhores condições técnicas.
No percurso ao longo do apoio o cabo será fixado através de abraçadeiras adequadas fixas sobre os montantes dos postes
metálicos ou em ferragens de suporte de baixada nos postes de betão armado. O mesmo procedimento deverá ser aplicado
ao rolo de cabo de reserva, que deverá ter um comprimento de 20 m.
Nas transições para cabo subterrâneo, este deverá ser protegido através de tubo de aço galvanizado ou tubo PVC cinzento,
PN 10 kg/cm2, desde os 2,50 m acima do solo até 0,50 m de profundidade fixo por braçadeiras. Dentro das Subestações será
1 m.
Deverão igualmente ser efetuados os trabalhos de ligação do tubo referido no parágrafo anterior ao caminho de cabos mais
próximo. Em todas as uniões e transições das condutas deverá ser garantida a respetiva estanquidade, através da selagem
com resinas e mangas termo retrácteis.
Após a execução das fusões óticas ao nível do solo, a caixa de junção será fixada num ponto da estrutura do apoio a uma
altura acima do solo compreendida entre os 6 e os 8 metros. No caso de pórticos de subestações, a altura deverá ser de
1,5m.
Quaisquer outros equipamentos julgados necessários às operações de instalação e de fixação dos cabos e das caixas,
designadamente nas baixadas, deverão considerar-se incluídos na montagem do cabo.
Em obras novas, as fusões de fibras óticas nas caixas de junção e derivação e repartidores óticos deverá respeitar, consoante
os cabos utilizados, os códigos de cores aplicáveis de entre os constantes do QUADRO 5 - CÓDIGOS DE CORES FO A UTILIZAR
EM LIGAÇÕES NOVAS.
Dentro das juntas as fibras devem ser numeradas, com autocolantes apropriados, seguindo a ordem indicada no código de
cores de acordo com o tipo e constituição do cabo ou, no caso de intervenções em cabos existentes, outra ordem a indicar
pela E- REDES – Distribuição de Eletricidade. Uma cópia do esquema de fusões deve ficar junto da cassete.
3.7. Supervisão
O Adjudicatário deve garantir a supervisão da montagem destes cabos de acordo com os procedimentos do
fornecedor/fabricante dos mesmos e assegurar as seguintes tarefas:
Elaborar as tabelas de regulação do cabo (indicação das flechas em cada vão, de -5 ºC a 50 ºC);
Acompanhar as operações de montagem de modo a assegurar o cumprimento das regras de arte específicas dos
cabos propostos;
Emitir parecer escrito sobre eventuais acidentes com a montagem do cabo ou sobre eventual comportamento
duvidoso do mesmo;
As infraestruturas para instalação de cabos de fibra ótica/telecomunicações são constituídas essencialmente por dois
elementos:
Caixas de visita;
Condutas.
As caixas de visita são compartimentos de pequenas dimensões que permitem instalar, retirar e ligar cabos de fibra ótica,
proceder a trabalhos de manutenção/inspeção e alojar juntas de fibra ótica.
As condutas são constituídas por tritubo PEAD, o qual permite a instalação de cabos no seu interior, sendo delimitadas por
duas caixas de visita consecutivas.
O traçado das condutas para instalação de cabos de fibra ótica/telecomunicações deve obedecer genericamente aos
seguintes requisitos:
o 950 metros, se recorrermos a juntas especiais que serão aplicadas com recurso a uma máquina de fusão,
obrigando a que o tritubo seja interligado com recurso às juntas de 500 em 500 metros,
O traçado deve ser constituído por troços retilíneos, constantes vertical e longitudinalmente, separados por caixas
de visita;
Não sendo possível a concretização de troços retilíneos, o ângulo máximo a aplicar será de 10º, com um raio mínimo
de 5 metros, reduzindo-se o comprimento não interrompido do troço em causa a 1/3 do comprimento máximo
retilíneo;
Devem existir caixas de visita nas bermas das estradas, perto dos lancis, de pontes, de viadutos e de passagens
superiores ou inferiores.
Laje ou base de assentamento em betão C (12-15), com 0,10 m de espessura, com uma armadura constituída por
varão de aço de 10 mm, afastado de 0,15 m;
Câmara inferior quadrangular, construída localmente sobre a laje de assentamento, com blocos de cimento de 0,20
m, apresentando o conjunto dimensões lineares delimitando uma área exterior de 2,2 m2. As paredes desta câmara
não necessitarão de reboco de acabamento;
Tronco-cone pré-fabricado de 1,25 m de diâmetro e 0,10 m de espessura de parede, que assentando sobre as
paredes da câmara inferior, garantirá o fecho do conjunto e permitirá o posterior acesso às canalizações através de
alçapão previsto, com aro e tampa circular em ferro fundido reforçado.
O conjunto será construído de forma a garantir uma altura útil de 1,5 m e a selagem no encontro da câmara inferior com o
tronco-cone de cobertura, será realizado com argamassa de cimento, chofrado internamente, se necessário. A laje de
assentamento será perfurada, para permitir o fácil escoamento da água infiltrada.
O aro e tampa de acesso serão em ferro fundido reforçado, com resistência mecânica adequada para suportar o trânsito e
estacionamento de viaturas (resistência mecânica mínima D400). A tampa disporá de rasgos adequados à introdução de
ferramenta apropriada para proceder ao seu levantamento. Nas paredes laterais da câmara inferior serão feitas aberturas,
para permitir o acesso das tubagens previstas. Na fase de acabamento será feita a selagem, com cimento, dos rasgos que
permitiram o acesso das tubagens.
Laje ou base de assentamento em betão de classe de compressão C (12-15), com 0,10 m de espessura, com uma
armadura constituída por varão de aço de 10 mm, afastado de 0,15 m;
Câmara inferior, constituída por anéis circulares pré-fabricados sobreponíveis, com um diâmetro interior de 1,25
m, espessura de parede de 0,10 m e altura variável de forma a adaptar a altura total do conjunto;
Ronco-cone pré-fabricado de 1,25 m de diâmetro e 0,10 m de espessura de parede, que assentando sobre as
paredes da câmara inferior, garantirá o fecho do conjunto e permitirá o posterior acesso às canalizações através de
alçapão previsto, com aro e tampa circular em ferro fundido reforçado.
A laje de assentamento será perfurada, para permitir o fácil escoamento da água infiltrada. O aro e tampa de acesso serão
em ferro fundido reforçado, com resistência mecânica adequada para suportar o trânsito e estacionamento de viaturas
(resistência mecânica mínima D400).
A tampa disporá de rasgos, adequados à introdução de ferramenta apropriada para proceder ao seu levantamento.
Nas paredes laterais da câmara inferior serão feitas aberturas, para permitir o acesso das tubagens previstas. Na fase de
acabamento será feita a selagem, com cimento, dos rasgos que permitiram o acesso das tubagens.
4.4. Condutas
O material utilizado na construção de condutas é o tritubo de polietileno de alta densidade (PEAD) 40 mm, de acordo com
o DMA-C68-030/N e as seguintes derrogações:
Subsecção 7.3 – Cores, o tritubo também poderá ser fornecido na cor preta e a matéria-prima deve ter adicionada
uma percentagem mínima de negro de fumo de 2% a 3%. (ASTM D 1603);
Subsecção 7.6.1 – Diâmetro e espessura do tubo, para além das características indicadas neste ponto também
devem ser tidas em consideração as constantes do quadro seguinte:
Subsecção 7.6.3 – Comprimentos modulares de entrega, o tritubo também poderá ser fornecido em comprimentos
modulares de 510 metros.
O tritubo pode ser instalado na mesma vala de cabos AT e MT monopolares, podendo ainda essa vala também ser utilizada
para instalação de cabos BT/IP armados.
Nestes casos deve assegurar-se a necessidade do fornecimento e colocação de tubo PEAD/PEBD Ø 110, ou tritubo Ø 40, para
instalação de cabos de telecomunicações, envolto numa camada de areia de 0,14 m de espessura média e fita de sinalização
de cor verde.
Terra limpa
Rede de
sinalização
0,30
0,05
Tritubo
0,30
0,14
Fita de sinalização
1,20
0,25 encarnada
Lajeta de
betão
0,10
Areia
0,10
0,10 Cabo
monopolar MT
0,50
Rede de
sinalização
0,30
Terra limpa
Fita de
0,60 sinalização
1,20
Lajeta de
betão
0,10
Areia
0,10
0,10 Cabo
monopolar MT
0,50
Terra limpa
0,30 Rede de
sinalizaçã
o
Fita de sinalização
encarnada
0,30
Cabo armado
BT Fita de
sinalização
0,10
1,20 Fita de
0,10 sinalização
0,10 Lajeta de
betão
0,10 Cabo
monopolar MT Tritubo
0,10
Areia
0,10
0,70
A compactação entre tubagens/canalizações deverá ser feita manualmente a fim de se evitar danos provenientes de
insuficiência de areão nas zonas circundantes, devendo a compactação mecânica apenas ser utilizada após compactação
manual de, pelo menos, 40 cm. Não deverão ser utilizados cilindros compactadores a profundidades inferiores a 80 cm.
Após instalado o tritubo, deve ser garantida a ausência de objetos estranhos à instalação, que dificultem a passagem do cabo
a instalar, devendo por isso ser devidamente tamponado, de forma a evitar a entrada de impurezas. Poderá ser instalado
guia destinada a suportar o puxo do cabo com o peso de 380 Kg/Km.
QUADRO 4 - RESTRIÇÕES E TIPOS DE TRAVESSIAS NORMALIZADAS PARA REDES SUBTERRÂNEAS AT, MT E BT e os diversos
tipos de travessias normalizadas para as redes subterrâneas de AT, MT e BT.
A junta especial ou união será utilizada na união de cada 2 dos tubos PEAD 40 que compõem o tritubo. A junta deverá ser
em polietileno de alta densidade, polipropileno ou outro material plástico compatível com o material utilizado na fabricação
do tritubo.
As dimensões da junta especial deverão ser compatíveis com as dimensões de cada tubo que constitui o tritubo, sendo
apresentadas na figura seguinte.
Peça de ajuste
Peça de aperto
55
Corpo central
95
4.4.4. Tampão
O tampão será utilizado no fecho dos tubos PEAD 40 sendo constituído por:
27
Soldadura
Chapa de aço 2 mm
Chapa de aço de 2 mm
M6 x 55
42
FIGURA 8 - TAMPÃO
4.4.5. Espadadeiras
As espadadeiras são utilizadas para solidarizar dois tributos instalados de forma sobreposta longitudinalmente e são
utilizadas de 2,5 m em 2,5 m.
Estes acessórios, constituídos à base de resinas de polipropileno de cor cinzento claro, devem possuir as seguintes
dimensões:
70 127 35
Será de cor verde, tendo como função assinalar a localização das infraestruturas subterrâneas de telecomunicações, sendo
colocada 0,30 metros acima destas.
5. MANUTENÇÃO
As atividades no âmbito da manutenção são coordenadas pelo Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de
Eletricidade, a qual supervisionará as verificações efetuadas pelo Adjudicatário, garantindo-se assim o correto
funcionamento de toda a rede de fibra ótica/telecomunicações.
A manutenção preventiva de linhas aéreas de Alta Tensão, inspeção visual, inclui a verificação do estado dos cabos de fibra
ótica/telecomunicações (OPGW e ADSS) e para a qual se utilizará a mesma FICHA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE LINHAS
AÉREAS DE ALTA E MÉDIA TENSÃO.
Sempre que no decurso das ações de verificação o Adjudicatário constatar a existência de anomalias que estejam a provocar
avaria ou na iminência de a provocar, deverá avisar imediatamente a E-REDES.
O Adjudicatário preencherá e entregará a Ficha de Manutenção respetiva ao Departamento responsável da E- REDES, com
todos os dados solicitados na mesma.
O Adjudicatário deve garantir a execução das atividades de manutenção, tendo em consideração os manuais dos
equipamentos ou outra documentação fornecida pela E- REDES e/ou fabricante/fornecedor.
Cabe ao Adjudicatário obter, junto do fornecedor/fabricante do cabo e dos equipamentos para a interface, a aceitação dos
procedimentos e equipamentos a utilizar durante a manutenção, estando aquele incumbido de fiscalizar todos os trabalhos
de manutenção e de produzir um relatório final contendo, também, as referências a eventuais anomalias durante o processo
de manutenção.
6. ENSAIOS
Na instalação de cabos em linhas aéreas, sempre que for utilizado equipamento de desenrolamento em tração mecânica,
deve ter-se particular atenção ao movimento de torção realizado, que poderá provocar danos apreciáveis nomeadamente
nas camadas de filamentos que compõem o seu cableado.
Esta torção poderá ter um efeito ainda mais apreciável nos cabos que incorporam fibras óticas, sendo um dos efeitos mais
nefastos a compressão das fibras no interior dos seus tubos guia.
Como medida preventiva recomenda-se que o número de voltas que um cabo dá sobre si próprio durante o processo de
desenrolamento, não seja superior 10 voltas por cada 100 metros de comprimento, recomendando-se que o seu valor médio
se situe em cerca de 5 voltas por cada 100 metros de comprimento, conforme indicações presentes no DPE C11-401.
Durante o desenrolamento, deve a entidade executante efetuar um ensaio de verificação e proceder ao registo, que consiste
no seguinte processo:
colocação de fio-de-prumo, com comprimento adequado, no cabo, à saída da roldana de um apoio extremo de
um vão;
continuação do desenrolamento até que o fio-de-prumo seja avistado junto da roldana do outro apoio extremo
do vão;
suspensão temporária do processo de desenrolamento;
contagem do número de voltas que o fio-de-prumo “ganhou” ao longo do vão por enrolamento do cabo.
Caso o número de voltas seja superior ao valor recomendado, deve atuar-se de imediato da seguinte forma:
nos destorcedores colocados na ligação entre a guia e o cabo a desenrolar, substituindo-os ou aumentando o seu número
por acoplamento de elementos em série;
nas roldanas, verificando e ajustando o seu posicionamento nos vértices do traçado por forma a garantir que o cabo a
desenrolar passa no eixo da “cama” da sua gola.
Para além do processo anterior deverá ser feito um controlo adicional da relação de enrolamento (passo/diâmetro) do cabo
durante o desenrolamento, da seguinte forma:
o executante deverá, antes do início dos trabalhos de desenrolamento, proceder à comprovação dos valores
fornecidos pelo fabricante do cabo relativamente ao passo de cableamento e o diâmetro exterior do cabo,
medindo-os antes da sua entrada no freio;
deverá ainda realizar a mesma medida à saída do freio, à entrada e saída do primeiro apoio e, eventualmente,
noutros pontos do traçado a indicar pela entidade fiscalizadora, nomeadamente à entrada e à saída das roldanas
nos apoios com ângulos mais pronunciados.
A relação entre o diâmetro e o passo deve manter-se, durante o desenrolamento, com tolerância de 10% em relação ao valor
inicial verificado à saída do freio.
Tendencialmente, o diâmetro externo deverá diminuir e o passo de cableamento aumentar, embora estas variações sejam
marginais e estáveis durante todo o desenrolamento. É exigido o registo destas verificações numa tabela, conforme o modelo
que se encontra no Formulário 4.2 do Anexo XVI (Mapa de Registo da Relação de Enrolamento) da ECT.
No caso de se verificar uma alteração significativa ou anormal dos valores encontrados deverão ser os trabalhos
interrompidos e analisadas as suas causas.
6.2. Óticos
Os ensaios dos cabos de fibras óticas serão efetuados com um OTDR (Ótica Time Domain Reflectometer), fonte de luz e
medidor de potência, devidamente calibrados, sempre na presença de um representante do Departamento responsável da
E- REDES – Distribuição de Eletricidade, conforme indicações presentes no DPE C11-401.
Execução de ensaios bidirecionais, consistindo na realização de medidas nos dois sentidos com a finalidade de caracterizar
por fibra:
Os valores de atenuação unidirecionais e médios por junta, fusão repartidor e da ligação total, nos comprimentos
de onda de 1310nm, 1550nm e 1625nm.
E- REDES – Distribuição de Eletricidade, S.A. Pág. 28
EC REDES 2022
ECT – ANEXO IV
SET 2021
O registo de todas as medidas efetuadas com o OTDR deverá ser disponibilizado ao responsável da E- REDES – Distribuição
de Eletricidade imediatamente após a conclusão dos ensaios (suporte informático dos “traces” de OTDR).
Na execução de ensaios de receção, na presença de representantes da E- REDES – Distribuição de Eletricidade, os PSE deverão
vir munidos de dois pares de equipamentos de teste de atenuação total da ligação (fontes e recetores óticos) ou, em
alternativa, de um par de equipamentos em que cada um deles tenha as funcionalidades integradas de fonte e recetor, e
preparados para funcionamento nos comprimentos de onda de 1310, 1550 e 1625nm, para que o ensaio bidirecional de
atenuação total possa ser efetuado sem necessidade de troca de posições dos dois elementos da equipa.
Depois de realizada a junção por fusão das fibras, deverão ser efetuados ensaios de atenuação, utilizando o equipamento
atrás descrito.
Terminada a passagem do cabo e a sua acomodação, tanto no troço aéreo como no troço subterrâneo, serão efetuadas
medidas, com os equipamentos de teste anteriormente descritos, não se devendo registar alterações nos parâmetros
significativos, nomeadamente, no valor da atenuação, o qual terá como limite aceitável de variação 0,01 dB/Km.
Para os ensaios de potência devem ser respeitados os seguintes procedimentos, para o cálculo de atenuação total:
AT PA PB PE PR PE PR' PR' PR .
Montagem I
PE PR'
Cordões de Medida
Medidor
Fonte
de
óptica
Potência
Montagem II
Repartidor Óptico
PE PA PB PR
Medidor
Fonte
óptica
CABO ÓPTICO de
Potência
Junta
Cordão de Medida Cordão de Medida
Para além da apresentação em tabela, os relatórios destes ensaios deverão ser fornecidos em suporte informático, devendo
incluir o software necessário à leitura dos respetivos traces.
Nota: O grau de limpeza dos conectores óticos é um facto com grande influência no resultado das medidas, pelo que devem garantir-
se os seguintes procedimentos:
Colocação de tampa protetora sempre que não se encontrem ligados (quer os do repartidor ótico, quer os dos equipamentos de
medida, quer ainda os dos cordões);
Limpeza dos conectores antes de cada ensaio: com um papel próprio para limpeza de lentes, limpar a terminação da fibra e a
parte exterior do conector; em seguida aplicar um soprador de ar, em borracha (dos usados em fotografia).
Os ensaios dos cabos telefónicos serão efetuados com equipamentos devidamente calibrados, sempre na presença de um
representante do Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade, incidindo nas seguintes verificações:
Com este ensaio pretende verificar-se a continuidade elétrica dos condutores, resistência, os eventuais curto-
circuitos ou circuitos abertos, pares trocados ou invertidos.
Poder-se-ão utilizar os seguintes instrumentos de ensaio:
Multímetro;
Bateria e besouro.
- Colocar o instrumento de medida num lado do troço do cabo, no respetivo par a ensaiar;
Poderá ser utilizado equipamento equivalente ao indicado, utilizando o método de ensaio respetivo.
2. Diafonia
O ensaio de diafonia tem como objetivo detetar possíveis induções eletromagnéticas entre condutores de pares
diferentes.
Os ensaios de diafonia constam principalmente das medidas de para diafonia (NEXT). São realizados por par a par
no mínimo entre 2 pares adjacentes.
O método a utilizar depende do equipamento de medida adotado, consistindo em:
- Colocar uma carga com impedância igual à impedância característica do cabo na terminação do par e
injetar o sinal no início deste;
A atenuação por diafonia mínima depende do tipo de cabo que se utiliza e do serviço a que se destina, sendo assim:
Para o serviço analógico de voz (POTS), entre dois quaisquer pares da instalação, a atenuação por
diafonia deverá ser superior a 75dB a 800Hz, sendo satisfatório o uso de cabos de classe A. Como
referência poderá ser consultada a recomendação ITU-T – 0.41 – “Specifications for measuring
equipment. Psophometer for use on telephone-type circuits”
Para linhas RDIS (acesso básico) o valor deverá ser superior a 54dB a 96kHz, conforme a norma EN
50098-1, sendo satisfatório o uso de cabos da classe B;
Para linhas RDIS (acesso primário) o valor deverá ser superior a 40dB a 1MHz conforme a norma EN
50098-2, sendo satisfatório o uso de cabos da classe B.
Os instrumentos que se recomendam para a realização dos ensaios são um oscilador e um recetor, ou equipamento
específico, como seja um qualificador de pares de cobre.
O ensaio consiste em medir a atenuação, nos pares selecionados e entre o Repartidor e o ponto terminal, através
de um equipamento qualificador de pares multisserviço, ou equipamento equivalente, que meça atenuações.
O método a utilizar depende do equipamento de medida adotado, consistindo em:
O par está qualificado, nos moldes atrás referidos, desde que cumpra a indicação padronizada pelas normas
europeias, normalmente integrada no próprio equipamento de medida. Os valores limite da atenuação são:
Para o serviço analógico de voz (POTS), o valor deverá ser inferior a 1,5dB/km na frequência de 800Hz,
podendo ser medida a resistência de 96Ω/km em sua substituição, quando se usem cabos de classe A;
Para as linhas RDIS (acesso básico) o valor deverá ser inferior a 15dB/km a 96kHz, conforme o referido
na norma EN 50098-1, quando se usem cabos da classe B;
Para as linhas RDIS (acesso primário) o valor deverá ser inferior a 30dB/Km a 1024MHz, conforme o
referido na norma EN 50098-2, quando se usem cabos da classe B.
4. Isolamento
O ensaio de isolamento tem como objetivo a deteção de possíveis condutores com baixo isolamento, causado por
má qualidade da instalação ou dos cabos, ou vedação deficiente de dispositivos de derivação ou juntas.
Todos os condutores devem ter, entre si e entre cada um e a terra, uma resistência de isolamento maior ou igual a
100MΩ, medidos a 500 Vcc.
O instrumento recomendado para este ensaio é um mega-ohmímetro, de 500 Vcc e que permita a leitura até 200
MΩ, no mínimo.
- Medir a resistência de isolamento entre o condutor "X" e os outros condutores, e verificar se os valores
estão acima dos 100 MΩ.
Poderá ser utilizado equipamento equivalente ao indicado, utilizando o método de ensaio respetivo.
Certificação de CAT 5e, de acordo com a norma ISO (IEC 11801), para cabos, tomadas e painéis.
6.5. Relatório
Folha de rosto com a identificação da ligação e esquema de blocos com indicação das juntas intermédias, apoio/local
onde se situam e distância à origem;
Folha com a indicação da referência dos cabos e esquema de cores utilizados, e ordem de ligação nos repartidores,
assim como indicação de modelos/tipo de conectores dos mesmos;
Planta do traçado com indicação das caixas de fusão e/ ou juntas em cabos cobre;
o Quadro de ensaios de Potência (a fornecer também em formato eletrónico) com os valores de atenuação
por fibra, nas duas direções, e indicação do valor médio;
o Quadro de atenuações nas juntas (a fornecer também em formato eletrónico) com os valores de atenuação
em cada junta intermédia, por fibra, nas duas direções, e indicação do valor médio;
o Resultados das medidas de OTDR, por fibra e nas duas direções. Deverá incluir suporte informático dos
“traces” de OTDR e respetivo software de leitura.
Rede Telefónica:
Rede Estruturada:
o Certificação de CAT 5.
Toda a documentação do relatório deverá ser facultada em formato digital (CD/DVD ou outro suporte digital) e
entregue no prazo máximo de um mês após a data de realização dos ensaios finais.
1- No cruzamento entre cabos de energia e a infraestrutura de telecomunicações a distância mínima entre eles é de 0,20 m
(seguinte).
Tritubo
0,20 m
Cabo de energia
2 - Havendo paralelismo entre a estrutura de telecomunicações e os cabos de energia, a distância mínima entre as
infraestruturas é de 0,4 m (figura 2 seguinte).
Tritubo
Cabo de energia
0,40
3 - A distância mínima a que a infraestrutura de telecomunicações deve estar de postes de energia de baixa tensão é de 0,8
m (fig.3 seguinte).
Tritubo
Tritubo
0,8 m
0,8 m
4 - A distância mínima entre a infraestrutura de telecomunicações e as fundações de um poste de alta tensão é de 5,0 m
(figura 4 seguinte).
Tritubo
5,0 m
II
Relativamente à instalação individualizada de tritubo e cabos de telecomunicações, em vala própria, enumeram-se ainda
outros requisitos a que deve obedecer a instalação destas infraestruturas:
1- Largura da vala
A abertura de vala para colocação destas infraestruturas far-se-á recorrendo a processo manual ou mecânico, respeitando
os traçados de projeto ou orientação do Departamento responsável da E- REDES – Distribuição de Eletricidade.
A largura da vala será de 0,40 m, ou outro valor que venha a ser indicado pelo Departamento responsável da E- REDES –
Distribuição de Eletricidade.
A abertura de vala será executada em “qualquer tipo de terreno”, independentemente das suas características, devendo ser
utilizados os meios apropriados a cada tipo e tendo por base as dimensões mínimas indicadas no projeto.
Não haverá lugar a pagamento complementar diferenciado sempre que a escavação do solo ou o levantamento do
pavimento decorram num meio com características de dureza equivalentes à da rocha.
2- A profundidade da vala onde será instalado o tritubo varia de acordo com o terreno da seguinte forma:
Camada
1,00 m de areia
0,8 m
0,15 m
Terreno
compactado 0,55 m
Rocha 0,05 m
Figura
FIGURA 5
14 - VALAS TIPO
3 - Zonas onde haja a possibilidade de ser sujeito a sobrecargas de tráfego não permanentes.
0,60 m
Aterro bem
compactado
0,20 m
Betão
C (12-15)
4 - Atravessamento de estradas
0,20 m
Betão 0,60 m
C (12-15)
FIGURA 16 - TRAVESSIAS
Nota: para acomodamento do tritubo em tubo de PVC de 110, este deve ser separado em 3 tubos, cortando-lhe as ligações, sendo
esta solução apenas aconselhada em distâncias curtas. Em alternativa, poderá ser utilizado o tubo PVC de 160, por forma a
não ser necessário cortar as ligações do tritubo.
No atravessamento de canais de água o tritubo deverá ser protegido por um tubo de aço galvanizado ou tubo PVC cinzento,
PN 10 kg/cm2.
Laje do canal
100 m
No cruzamento com tubos de água o tritubo deverá ser envolvido por um prisma em betão.
Tritubo
0,45 m
0,20 m
C 15
2,00 m
0,20 m
Tritubo
Conduta de água
0,40 m
Tritubo
0,20 m
Cabo de telecomunicações
7 - Sinalização
Fita de sinalização
0,30 m
FIGURA 21 - SINALIZAÇÃO
Relativamente à instalação de tritubo no interior de tubos, como foi referido anteriormente, existem duas possibilidades a
considerar:
A opção pelo tubo 0,160 tem como principal vantagem a facilidade de manuseamento e enfiamento do tritubo no interior
do mesmo.
QUADRO 5.1
ADSS/Dielétrico Conduta com 24 fibras – alternativa 1
Tubos com fibra Cor do Tubo Número da fibra no tubo Cor da fibra
1 Vermelho 1 Branco
2 Branco/natural 2 Vermelho
3 Branco/natural 3 Verde
4 Verde 4 Azul
5 Preto
6 Amarelo
QUADRO 5.2
ADSS/Dielétrico Conduta com 24 fibras – alternativa 2
Tubos com fibra Cor do Tubo Número da fibra no tubo Cor da fibra
1 Azul 1 Azul
2 Laranja 2 Laranja
3 Verde 3 Verde
4 Castanho 4 Castanho
5 Cinzento
6 Branco
QUADRO 5.3
ADSS/Dielétrico Conduta com 48 fibras – alternativa 1
Tubos com fibras Cor do Tubo Número da fibra no tubo Cor da fibra
1 Vermelho 1 Branco
2 Branco/natural 2 Vermelho
3 Branco/natural 3 Verde
4 Verde 4 Azul
5 Preto
6 Amarelo
7 Laranja
8 Cinzento
9 Castanho
10 Violeta
11 Rosa
12 Turquesa
QUADRO .4
ADSS/Dielétrico Conduta com 48 fibras – alternativa 2
Tubos com fibras Cor do Tubo Número da fibra no tubo Cor da fibra
1 Azul 1 Branco
2 Laranja 2 Vermelho
3 Verde 3 Verde
4 Castanho 4 Azul
5 Preto
6 Amarelo
7 Laranja
8 Cinzento
9 Castanho
10 Violeta
11 Rosa
12 Turquesa
QUADRO .5
OPGW com 24 fibras
QUADRO .6
OPGW com 48 fibras (1 tubo) – alternativa 1
QUADRO .7
OPGW com 48 fibras (1 tubo) – alternativa 1
QUADRO .8
OPGW com 48 fibras (1 tubo) – alternativa 2
QUADRO .9
OPGW com 48 fibras (2 tubos)