1. Toda a pessoa tem direito à educação.
A educação deve ser gratuita, pelo menos a
Unidade 6
Textos normativos – a Declaração Universal dos Direitos do Homem
Artigo 18ᵒ
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este
direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade
de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em
privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.
Artigo 19ᵒ
Todo o individuo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito
de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem
consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.
Artigo 20ᵒ
1. Toda a pessoa tem o direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 23ᵒ
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições
equitativas e satisfatórias e à protecção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem descriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe
permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e
completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar
em sindicatos para defesa dos seus interesses.
Artigo 24ᵒ
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação
razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.
Artigo 26ᵒ
correspondente ao ensino elementar fundamental (…).
2. A educação deve visar a plena expansão da personalidade humana e o reforço dos
direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos
raciais ou religiosos (…).
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar
aos filhos.
Artigo 27ᵒ
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da
comunidade (…).
2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer
produção científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 29ᵒ
1. O individuo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o
livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
2. No exercício deste direito e no gozo destas liberdades, ninguém está sujeito senão
às limitações estabelecidas pela lei (…)
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente
aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30ᵒ
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a
envolver para qualquer Estado, agrupamento ou individuo o direito de se entregar a
alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e
liberdades aqui enunciados.
Organização das Nações Unidas, Declaração Universal dos Direitos do Homem.
(texto com supressões)
Lembre-se:
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada em 1948 na
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento é a base da
luta universal contra a opressão e a discriminação, defende a igualdade e a dignidade
das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem
ser aplicados a cada cidadão do planeta. Os direitos humanos são os direitos essenciais a
todos os seres humanos, sem que haja discriminação por raça, cor, gênero, idioma,
nacionalidade ou por qualquer outro motivo (como religião e opinião política). Eles
 podem ser civis ou políticos, como o direito à vida, à igualdade perante a lei e à bancarrota beija – flor caixeiro – viajante dói – dói
liberdade de expressão. Podem também ser econômicos, sociais e culturais, como o
direito ao trabalho e à educação e coletivos, como o direito ao desenvolvimento. fidalgo madressilva recém-casado vice – rei
Compreensão/Interpretação
6. Forma o singular dos substantivos compostos abaixo apresentados.
1. Como classificas o texto lido quanto ao tipo de enunciado? Águas – furtadas apara – lápis estrelas – do – mar grãos – de – bico
2. Assinala a (s) afirmação (ões) correcta (s).
a) O texto aponta como obrigatória a pertença a uma associação. Malmequeres mata-borrões porta-bandeiras saca-rolhas segundas-feiras
b) A pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de consciência, mas a sua
7. Diz em que graus se encontram os substantivos destacados nas frases seguintes.
religião deve ser a que é eleita pelo Estado.
a) A historiazinha do país não interessava.
c) Segundo esta Declaração, ninguém pode mudar de religião.
b) O canzarrão não obedeceu às ordens do seu dono.
d) Todo o individuo tem direito à liberdade de opinião, mas a liberdade de expressão
c) Aquele homenzito não sabe nada do seu país.
pode ter restrições.
e) Todo o individuo tem direito à liberdade de opinião, mas a liberdade de expressão
Ficha Informativa
pode ter restrições. Variação do substantivo em génerovas nomes, sendo pal
f) Pode haver restrições na liberdade de opinião e de expressão desde que estasExistem dois géneros gramaticais em português: o masculino e o feminino.
restrições sejam criadas pelo próprio Estado. São biformes os nomes que têm duas formas. Exemplos:
g) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. o homem / a mulher
h) Toda a pessoa tem direito à livre escolha de trabalho. o menino / a menina
i) Toda a pessoa pode participar na vida da sua comunidade. São uniformes os nomes que apenas têm uma forma, quer para o masculino quer para o
feminino. Exemplos:
Funcionamento da Lingua a testemunha, o indivíduo, a pessoa…
Algumas regras para a formação do feminino:
1. Analisa morfologicamente a frase: “Toda a pessoa tem direito à livre escolha de
Terminados em
trabalho.”
a) o, e = a : tio/a; infante/a
FICHA INFORMATIVA b) consoante = a : professor/a
c) tor, dor = triz : actor/triz; embaixador/embaixatriz (embaixadora se exercer o cargo e
2. Indica a subclasse dos substantivos das frases seguintes. embaixatriz se for esposa do embaixador).
a) Os direitos principais de todo o cidadão não podem ser esquecidos. d) dor = dora ou deira : lavrador/eira ou ora
b) O nosso dever é estarmos atentos às injustiças. e) ão = ã : anão/anã; ona : chorão/ona; oa : leão/oa; ana: sultão/ana
c) Em alguns países do mundo, estes direitos estão esquecidos. f) eu = ia : judeu/ia; eia: europeu/eia
d) Estes direitos devem ser proclamados em coro. g) Há casos em esa: duque = duquesa; isa: poeta = poetisa; ina : herói = heroina
3. Reescreve as frases seguintes com os substantivos no feminino. h) Noutros casos, o feminino é bastante diferente: bode/cabra; cão/cadela
a) O cidadão deve ouvir o conselho do ministro. i) Forma comum aos dois géneros: a marca que distingue o masculino do feminino é
b) Um actor representa e defende o seu papel como artista autêntico. apenas o determinante. Exemplos: o artista/a artista, o jovem/a jovem
c) O herói da revolução está com o embaixador do seu país. j) Sobrecomuns: têm uma única forma para ambos os géneros. Exemplos: a criança, a
4. Passa as frases seguintes para o plural. pessoa.
a) O cidadão de Moçambique conhece a Constituição. k) Epicenos: tigre macho/tigre fêmea
b) A tua opinião conta bastante. Variação do substantivo em número
c) O capitão do exército resolveu comemorar a revolução. Existem dois números em português: o singular designa uma pessoa ou coisa, enquanto o
5. Forma o plural dos substantivos compostos que se seguem. plural designa várias pessoas ou coisas.
Os nomes / substantivos que têm duas formas são os biformes.
Exemplos: barco / barcos, cão / cães
Os que só têm apenas uma forma são os uniformes.
Exemplos: a caridade (só tem o singular), parabéns (tem apenas o
plural) …
Para formar o plural dos substantivos, deve-se considerar o seguinte:
a) Os substantivos terminados em vogal ou ditongo formam o plural acrescentando-
se o “-s” à forma do singular. Ex: asa – asas; coco – cocos; pau – paus; etc.
b) Os substantivos terminados em “-em, -im, -om e –um” formam o plural segundo
a regra geral (acrescentando um –s), passando-se o “-m a –n”. Ex: bem – bens;
tom – tons; atum – atuns.
 Substantivos terminados em “-ão”
a) A maioria muda a terminação “-ão” em “-ões” (incluindo todos os aumentativos):
balão – balões; papelão – papelões; leão – leões; etc.
b) Um reduzido numero muda “-ão” em ”-ães”: alemão – alemães; cão – cães;
escrivão – escrivães.
c) Outros acrescentam simplesmente um “-s” à forma singular “-ão”: cidadão –
cidadãos; cristão – cristãos; órfão – órfãos; etc.
o Substantivos terminados em al, el, ol e ul, mudam o l em is: animal – animais,
espiral – espirais, álcool – álcoois, funil – funis, fóssil – fosseis, réptil – repteis,
etc.
 Plural de nomes compostos po1gm r justaposição
a) Quando os termos componentes se ligam por preposição, só o primeiro toma a
forma de plural: chapéu-de-sol – chapéus-de-sol, lua-de-mel – luas-de-mel, etc
b) Se o 1º elemento é um verbo e o 2º, nome, adjectivo ou verbo, só o 2º passa para
o plural: bate-chapa – bate-chapas, porta-voz – porta-vozes, …
c) Quando o segundo termo da composição é um substantivo que funciona como
determinante específico, só o 1º toma a forma plural: navio-escola – navios-
escola; manga-espada – mangas espada, …
d) Se o composto é formado por palavra invariável seguida de nome, só o 2º
elemento vai para o plural: ex-presidente – ex-presidentes; vice-ministro – vice-
ministros, …
e) Se o composto é formado por dois nomes ou por um nome e adjectivo, ambos
passam para o plural: obra-prima – obras-primas, tenente-coronel – tenentes-
coronéis, etc.
Unidade 7
Textos administrativos – a acta
Leitura
Para aprofundar o estudo sobre texto administrativo, lê com atenção o texto seguinte,
uma acta.
Acta número seis
-- Aos oito dias do mês de Março do ano de dois mil e nove, pelas nove horas e trinta
minutos, realizou-se na sala dez desta Escola Secundária de Mabilibile uma reunião
convocada pelo presidente da mesa da Assembleia Geral do Conselho de Ligacao Escola
– Comunidade da referida escola, o senhor Simiao Zacarias Djedje, a qual obedeceu à
ordem de trabalhos constante da respectiva convocatória e que contou com a
participação dos associados, cujas assinaturas constam na folha de presenças.----------
-- Aberta a sessão, o presidente apresentou oficialmente as listas concorrentes às eleições
dos órgãos sociais para o corrente ano lectivo, dos quais os presentes já tinham
conhecimento prévio. Candidataram –se duas listas, lista A e lista B, sendo a primeira
encabeçada por Jorge Valente Dava e a segunda por Rael Jorge Muchanga, os quais
apresentaram os respectivos programas (textos previamente distribuídos aos presentes
para posterior análise e debate).-------------------------------------------------------------------
Em seguida, passou-se ao segundo ponto da ordem de trabalhos. Após a apresentação de
várias possibilidades sobre a data do acto eleitoral, chegou-se a consenso, tendo sido
fixado o dia vinte e dois de Março do ano de dois mil e nove para esse efeito. A
assembleia de voto funcionará das dezoito às vinte e três horas, na sala oito desta escola.
-------------------------------------------------
--Na parte final da reunião, os participantes discutiram o último ponto agendado. Alguns
encarregados salientaram a importância da ligação escola/comunidade como forma de
escola, digo, como forma de abertura da escola à comunidade e, ainda, como forma de
desenvolver um intercâmbio que facilite um melhor conhecimento dos seus educandos.
-- Abordaram-se depois de forma genérica, os problemas da adolescência, tendo-se
reiterado que da cooperação de todos resultará um apoio mais eficaz aos jovens
estudantes. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão, da qual eu, Ema Simione,
lavrei a presente acta, que, depois de lida em voz alta e aprovada, vai ser assinada pelo
senhor presente e por mim, secretária, que a escrevi. -------------------------
O presidente: ________________________________________________
A secretária: _____________________________________________________
 Vocabulário 1. Quais são os produtos publicitados nos textos apresentados?

Ordem de trabalhos – agenda Reiterar – repetir FICHA INFORMATIVAA publicidade comercial

Consenso – acordo Lavrar (uma acta) - escrever
1.1. Como se chamam as frases apelativas que aí constam?
2. Qual é a diferença entre a publicidade comercial e a publicidade institucional?
Compreensão/Interpretação
Funcionamento da Língua Subordinativas comparativas, concessivas e consecutivas
1. Como classificas o texto lido quanto ao tipo de enunciado?
2. No texto faz-se referência a uma reunião. Indica: 1. Atenta nas seguintes frases complexas e nas orações que as constituem.
a) Quem a convocou; d) Quem foram os participantes; a) Todos gostam de publicidade, embora esta se torne prejudicial para alguns
b) Qual foi a sua agenda; e) Quem a secretariou; consumidores.
c) Quem a presidiu; f) Onde e quando decorreu. b) A publicidade é essencial, assim como as notícias do jornal.
3. Transcreve do texto: os termos de abertura; a palavra que introduz uma correção do c) Os jovens apreciam de tal modo a publicidade, que se deixam influenciar por ela.
que tinha sido escrito antes; os termos do encerramento. 1.1. Em que frase é estabelecida uma relação de comparação?
1.2. Indica a frase em que é possível encontrar uma conjunção subordinativa
Funcionamento da Língua Tempos Compostos (Indicativo) consecutiva.
1.3. Transcreve a oração subordinativa concessiva contida numa destas frases.
1. Faz o levantamento dos verbos utilizados nos termos de abertura e da data.
2. Divide e classifica as orações da primeira frase.
1.1. Em que tempos e modos verbais se encontram essas formas?
3. Completa os espaços em branco com as seguintes conjunções ou locuções
2. Diz em que tempos estão os verbos destacados nas seguintes frases:
conjuncionais subordinativas (mais… do que; embora; de tal modo que).
a) Os rapazes desta escola têm optado por estudar à noite. a) Com a mcel estamos juntos, ____________ vivamos distantes nuns de outros.
b) As meninas já tinham saído antes de eles chegarem. b) Eu estou com a Vodacom _________ poupo muito dinheiro nas chamadas
telefónicas.
Unidade 8 c) A recarga de 500 MT da Vodacom dá _______ possibilidades de falar de borla
________ as outras recargas.
Textos jornalísticos – a publicidade comercial
Unidade 9
Leitura
Textos expositivos-explicativos – o guia turístico
Lê com atenção o anúncio seguinte
Leitura

Para iniciarmos o estudo dos textos expositivo-explicativos, nomeadamente do guia

turístico, lê com atenção o texto seguinte.

Maputo

Moçambique, com o seu cortejo de pequenas ilhas ao longo da costa, é um apetecível

destino turístico. Maputo, devido ao seu recente passado colonial, apresenta um aspecto
cosmopolita na arquitectura multímoda, nas mesquitas e nas catedrais, nos cafés, na
imensa variedade de gentes e trajes que se cruzam nos passeios, etc. Por toda a parte, o
sorriso das crianças e a afabilidade com que os adultos recebem quem chega.
Compreensao/Interpretação
A paisagem, na urbe, na savana, nos mangais, no rio, na praia, no monte e na selva, é Leitura
bela, misteriosa e profunda. E, se gosta de comer bem, há pratos para todos os paladares:
comida moçambicana, marisco (do oceano para a grelha), lagosta, camarão, caranguejo, Le com atenção o texto seguinte
amêijoa, etc. Abundante acessível comida portuguesa, comida internacional e pratos
EXCURSÕES MEIO-DIA
regionais.
Maputo City Tour
Verá que vale a pena visitar Moçambique!
Partidas diárias às 10h00 a às 14h00. Regresso às 12h30 e às 16h30.
Compreensão/Interpretação

1. Maputo apresenta um aspecto cosmopolita.

Este é um passeio guiado que, em cerca de duas horas e meia, mostra a capital,
1.1. Em que consiste esse aspecto cosmopolita?
construída a partir de um plano urbanístico moderno, com avenidas largas e arborizadas
2. Como é, segundo o texto, a paisagem moçambicana?
e edifícios altos. Conhecerá os principais pontos de referencia e também um pouco da
3. Qual é o objectivo deste texto? historia da cidade.
4. No texto, é feito um apelo ao leitor.
4.1. De que apelo se trata?
4.2. Transcreve a frase em que é feito esse apelo.
Pontos de interesse
5. Classifica o texto lido quanto ao tipo de enunciado, justificando a tua resposta.
A fortaleza; Praça dos trabalhadores – a lenda da cobra; estacão de caminhos-de-ferros
Funcionamento da Língua
(estilo vitoriano); Sé Catedral e a Igreja de Santo António da Polana; Bairros da Polana e
1. Sublinha os pronomes relativos nas frases seguintes, Sommershield; estátua de Samora Machel e Eduardo Mondlane; a Casa de Ferro; o
a) Encontraste os amigos de quem te falei ontem? Jardim Tunduro; a Assembleia da República; vários ministérios; baía de Maputo
Maputo, desde a Costa do Sol até ao Porto. Visita a vários bairros da cidade.
b) Não está ninguém na sala onde decorrerá a reunião.
c) Eis a ideia que é a chave do problema. Compreensão/Interpretação
d) Já viste o homem de quem todos falam?
2. No teu caderno, completa o texto seguinte com os pronomes relativos que, o qual e 1. Ao ler o texto, o que ficamos a saber sobre Maputo?
onde. 2. Qual é a duração da excursão?
3. No texto, são referidos diversos lugares e edifícios.
Há árvores com seiva de grande valor. A borracha é feita a partir da seiva de uma árvore 3.1. Distribui-os por: lugares históricos, geográficos, turísticos, políticos e sociais.
________ cresce sobretudo na Ásia. Faz-se um corte na na arvore da borracha, ______
3.2. Quais desses lugares gostarias de conhecer? Porquê?
se coloca um tubo, para _____ vai escorrendo lentamente a seiva esbranquiçada. Levada
para as fábricas, é então transformada em borracha. Funcionamento da Língua

A casca das árvores tem inúmeras utilidades. A cortiça é extraída do sobreiro _____ Lê com atenção as frases seguintes e identifica aquelas que possuem uma conjunção
cresce sobretudo nas florestas da zona mediterrânica. subordinativa integrante e aquelas que possuem um pronome relativo.

Produção horal a) Os Moçambicanos não esquecem a guerra que os afectou.

Descreve um lugar da tua localidade que pretendas dar a conhecer a outras pessoas, b) Em todo o mundo se diz que o povo moçambicano é um povo corajoso.
tentando convence-las de que devam visitá-lo, dado o seu interesse histórico, turístico, c) Sabe-se que a vida tem sido difícil para todos.
geográfico,… d) Alguém leu os livros que este autor escreveu?
e) O jornalista afirmou que tudo estava certo.
FICHA INFORMATIVA
1.1. Agora, presta atenção às frases que se seguem:
a) Os povos que são trabalhadores vencem as dificuldades.
b) Os homens que se sentiam doentes decidiram não sair das suas casas.
c) Os alunos, que já fizeram o último teste, foram à praia.
d) O meu primo, que se encontra na África do Sul, enviou-me uma carta.
e) Todos aqueles que trabalham merecem o seu salário.
2.1. Distingue em cada frase a oração subordinada relativa explicativa ou a oração
subordinada relativa restritiva.
Cozinha tradicional
A Zambézia é famosa pela sua culinária tradicional, sempre muito original. É uma cozinha
bastante condimentada, uma mistura de tradição africana com a indiana.
A galinha à Zambeziana, convencionada com óleo de coco, é conhecida em todo o país,
mas poucas são as pessoas que a conseguem preparar, mantendo o sabor e o paladar típicos
da região.
Moçambique Terra de Contrastes, Maputo: FUTUR, 2006

Guia Turístico da Província de Zambézia

Caracterização da província
Superfície: 103 127 km
Limites: as províncias de Nampula e do Niassa a norte, de Sofala a sul, o Malawi e a Unidade 10
província de Tete a oeste e o Oceano Índico a este.
Principais produtos: copra, chá, camarão e pedras preciosas. Textos Literários - o texto poético
Densidade populacional: 29 habitantes/km.
Leitura
Etnias predominantes: Chuabo e Macua.
Como chegar à Província da Zambézia Lê com atenção o poema seguinte.
A maneira mais rápida de chegar à Zambézia é utilizando avião, nos voos regulares da
LAM, quer partindo de Maputo, quer da Beira, de Nampula ou de Tete, utilizando o O meu preço
aeroporto da cidade de Quelimane, a capital provincial. A partir da cidade, pode-se viajar Eu cidadão anónimo,
via terrestre para vários pontos do país, sendo a maior parte das estradas em terra batida ou Do País que mais ao se dizer o nome
picada. Se é para me dar de corpo e alma
Principais locais de alojamento na Província de Zambézia Dou-me todo como daquela vez em Chaimite.
Cidade de Quelimane: Hotel Chuabo, Hotel 1 de Junho, Hotel Zambeze e Hotel Rosy. Dou-me em troca de mil crianças felizes
Praia de Zalala: Complexo Kass Kass e Zalala Beach Club. Nenhum velho a pedir esmola
Património histórico Uma escola em cada bairro
Catedral Velha: magnífico edifício de traçado austero. Salário justo nas oficinas
Mesquita de Quelimane: templo moderno com agradável rendilhado no friso superior. Filas de camiões carregados de hortaliças
Igreja da Nossa Senhora do Livramento: erguida em 1800, contém no interior a Um exército de operários todos com serviço
sepultura de líderes da era colonial. Um tesouro de belas raparigas maravilhando as praias
Praias E ao vento da minha terra uma grande bandeira sem quinas,
Praia de Zalala: a 45 km de estrada alcatroada a nordeste de Quelimane, localiza-se a
maravilhosa praia de extenso areal branco, orlada de densas e frondosas casuarinas. Se é para me dar
Campo e Montanha Dou-me de graça por conta disso.
Gurúè: região montanhosa, onde se localiza o segundo ponto mais alto do país, o Monte
Namuli (2419 m), é coberta em grande parte por plantações de chá. Mas se é para me vender
Nascentes de água quente: conhecidas por “ fontes quentes”, existem à superfície perto Vendo-me mas vendo-me muito caro.
das vilas de Morrumbala, Lugela e Gilé. Nestas nascentes, os visitantes podem cozer ovos
ou outros alimentos, tal é a temperatura Ao preço incondicional
De quanto me pode custar este poema b) Craveirinha, poeta, homem de cultura e combatente da luta de libertação
nacional, prestou valiosos serviços à Nação.
José Craveirinha, Cela 1, 7. Classifica as orações das frases seguintes.
Lisboa/Maputo, Edições 70/Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1980 a) O Presidente da República Joaquim Chissano decidiu que os restos mortais do
poeta José Craveirinha fossem depositados na cripta da Praça dos Heróis
FICHA INFORMATIVA Moçambicano, em Maputo.
1. Na primeira estrofe, o sujeito poético transmite-nos o desejo de ver o seu país b) Os restos mortais de Craveirinha foram depositados na residência do poeta, no
digno da sua História, numa perspectiva de futuro. Bairro da Mafalala, onde familiares, amigos e demais pessoas prestaram uma
1.1. Transcreve as situações que o sujeito poético gostaria de ver modificadas. última homenagem ao poeta
2. Identifica o recurso estilístico presente na última estrofe.
3. Transcreve um exemplo de anáfora da primeira estrofe.
4. Os verbos “dar” e “vender” estarão aqui no seu verdadeiro sentido?
4.1. Dá a tua opinião, substituindo-os por outros que se adequem ao contexto do
poema.
5. Quantas estrofes têm o texto em estudo?
6. Classifica as três últimas estrofes quanto ao número versos.
7. Identifica o tipo de rima presente no texto.

Funcionamento da Língua
1. Retira do poema dois exemplos de advérbios de intensidade. Leitura
2. Sublinha os advérbios que existem nas frases seguintes e classifica-os de Lê com atenção o texto seguinte.
acordo com as subclasses de afirmação, intensidade e exclusão.
a) Certamente já leste outros poemas, mas só alguns te agradaram. É pela tarde
b) Os poetas, salvo algumas excepções, mostram realmente o que sentem. É pela tarde, quando a luz esmorece
c) Gostaríamos bastante de ler a poesia de José Craveirinha. E as ruas lembram singulares colmeias,
d) Encontrei apenas um exemplar da obra Xigubo, de José Craveirinha. Que a alegria dos outros me entristece
e) Efectivamente, Craveirinha tornou-se o primeiro autor africano distinguido E aguço o faro para as dores alheias.
com o Prémio Camões, que é, sem dúvida, o mais importante prémio literário da
Língua Portuguesa. Um que, impaciente, para o lar regresse,
3. Constrói três frases em que empregues advérbios de intensidade, de afirmação As viaturas que cruzam cheias
e de exclusão. Dos que fazem da vida uma quermesse,
4. A partir da palavra “preço”, escreve um verbo e um outro substantivo da São para mim, faminto, odor de ceias.
mesma família.
5. Lê atentamente a frase: “A obra de Craveirinha, que é conhecida em todo o Sentimento cruel de quem se afasta,
mundo, revela um profundo sentido de liberdade e de identidade nacional.” Por orgulho repele, e se desgaste
5.1. Quantas orações constituem esta frase? No esforço de fugir à multidão.
5.2. Classifica essas orações.
5.3. Que palavra estabelece uma relação entre as duas orações? Mas o castigo de quem, por imprudente,
5.3.1. Como classificas essa palavra? Já não pode deter na vertente
6. Faz a análise sintáctica das frases seguintes. Que vai da liberdade à solidão.
a) José Craveirinha nasceu em Lourenço Marques, a 28 de Maio de 1922, e
faleceu em Joanesburgo, a 6 de Fevereiro de 2003. Reinaldo Ferreira, in Manuel Ferreira,
No Reino de Caliban III, Plátano Editora, 1988 《Aqui a minha boca foi ferida
. Porque ousou cantar
A liberdade do meu povo.》
Esmorecer - perder o ânimo; desmaiar Quermesse - mercado festivo, Vem contar-me o teu destino, irmão.
feira, bazar
Aguçar - tornar agudo, penetrante Repelir - afastar; rejeitar Vem dizer-me os sonhos de revolta
Alheio - que pertence a outrem Vertente - declive Que tu e teus pais e teus avós
Inventaram
Compreensão/Interpretação
Em silêncio
1. Como classificas o texto quanto ao tipo de enunciado? Justifica a tua resposta.
Em noites sem sombras
1.1. Que diferença encontras entre este texto e um texto narrativo?
Próprias para amar.
2. Qual é o período do dia que o texto descreve?
3. Neste momento do dia, damo-nos conta de dois mundos: um de solidão, por um
Vem dizer-me esses sonhos feitos guerra,
lado, e um de confusão, por outro. A quem pertence a solidão e a quem pertence
Os heróis que já nasceram, a terra reconquistada,
a confusão, nas palavras do sujeito poético?
As mãos que enviaram sem tremer
4. Explica, por palavras tuas, o segundo verso do poema: “E as ruas lembram
Seus filhos para a luta.
singulares colmeias,”.
4.1. Que recurso estilístico está presente nesse verso?
5. As sensações visuais são predominantes neste texto. Dá exemplo de duas, Vem contar-me tudo isto, irmão.
transcrevendo-as. Eu depois vou construir palavras simples
6. Qual será o motivo que leva o sujeito poético a escolher este momento do dia Que mesmo as crianças compreendam,
como cenário para as suas palavras. Que entrem em todas as casas como o vento,
Que caiam como brasas
Na alma do nosso povo.
Funcionamento da língua
1. Sublinha os advérbios nas frases seguintes.
a) Este poema não salienta a ideia de revolução. Na nossa terra
b) Sempre gostei de poesia revolucionária. As balas começam a florir.
c) Elas nunca ouviram histórias de guerra, senão agora.
d) Realmente, ficou tudo visto, excerto a rima. Jorge Rebelo, in Orlando Mendes, Sobre Literatura Moçambicana, INDL, 1982.
1.1. Indica, de entre advérbios que sublinhaste, os que são de exclusão e os que
são de afirmação. Compreensão/Interpretação
2. Constrói três frases onde empregues advérbios de intensidade e advérbios de 1. Classifica o texto quanto ao tipo de enunciado, justificando a tua resposta com
afirmação. elementos do texto.
2. Identifica a temática do texto.
Vem contar-me o teu destino, irmão 3. Explicita o sentido da passagem seguinte: 《Vem apontar-me no teu corpo as
revoltas/ Que o inimigo plantou.》(1a estrofe).
Vem contar-me o teu destino, irmão. 4. O sujeito poético joga com as ideias de guerra, de tortura e de sonho.
Vem apontar-me no teu corpo Transcreve expressões que comprovem esta afirmação.
As revoltas que inimigo plantou, 5. Relacionadas com o sonho vêm as palavras. Para que servirão elas a pessoas
Vem dizer-me: “Aqui as munhas mãos foram esmagadas que sofreram pelo seu país?
Porque defenderam a terra 6. Por que motivo o poeta repete, na penúltima estrofe, a palavra 《que》?
Que lhes pertencia.” 7. Explica, por palavras tuas, o significado do último verso do poema.
8. Identifica, no texto, o recurso à anáfora.
 Se ser poeta é ser-se livre,
Funcionamento da língua
Nós somos livres e somos poetas.
1. Dá exemplo de uso, no texto, do discurso directo.
2. Classifica as frases seguintes quanto ao tipo e forma. Se a poesia é sol ao alvorecer,
a) Vem contar-me o teu destino, irmão. Nós somos poesia.
b) As minhas mãos foram esmagadas.
3. Relaciona o tipo de frases predominante o texto com o assunto do poema. Se poesia é rio, estrelas, montanhas
4. Qual é a classe de palavra que predomina no texto? Em tempestades, natureza, ou céus
5. Retira da penúltima estrofe um exemplo de substantivo comum e um exemplo de Despedaçados

substantivo colectivo. Nós somos poesia.

E,
Se somos poesia…
É para vós os poemas que eu canto
Madrugadas do meu país
Poemas de dor e de riso em gargalhadas,
Poemas de força, poemas de mim.

LEITURA COMPLEMENTAR
Poema I
Leilão no jardim
Dizem que não há poesia na minha terra
Mas eu não me submeto!
Quem me compra um jardim com flores?
A poesia nasce e faz-se.
Borboletas de muitas cores,
É só sentir, querer,
Lavadeiras e passarinhos
Pegar e construir horas.
Ovos verdes e azuis nos ninhos?
Dizem que não há poemas…
Se ser poeta é viver, amar, lutar
Nós somos poetas. Quem me compra este caracol?

Se ser poeta é cair, levantar-se Quem me compra um raio de sol?

E de novo caminhar, Um lagarto entre o muro e a hera,

Nós somos poetas. Uma estátua de Primavera?
 Exemplo:

Quem me compra este formigueiro? “Ganhe um momento o que perderam anos/Saiba morrer o que viver não soube!”
(Bocage)
E este sapo, que é jardineiro?
“Ali, àquela luz ténue e esbatida, ele exalava a sua paixão crescente e escondia o seu fato
E a cigarra e a sua canção? decadente.” (Eça de Queirós)

E o grilinho dentro do chão? “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)

(Este é o meu leilão) Comparação – Consiste na relação de semelhança entre duas ideias ou coisas,
através de uma palavra ou expressão comparativa ou de verbos a ela equivalentes

Cecília Mendes (parecer, lembrar, assemelhar-se, sugerir).Exemplo:

“O génio é humilde como a natureza.” (M. Torga)

“A rua […] parece um formigueiro agitado.” (Érico Veríssimo)

Personificação – Atribuição de qualidades ou comportamentos humanos a seres

que o não são. Exemplo:

“Havia na minha rua/Uma árvore triste.” (Saúl Dias)

Hipérbole – Ênfase resultante do exagero.

Exemplo:“Ela só viu as lágrimas em fio/que duns e doutros olhos derivadas/se

acrescentaram em grande e largo rio.” (Camões)

Metáfora – Comparação de dois termos, seguida de uma identificação.

Exemplo: A minha sobrinha é o sol da minha vida.

Ficha Informativa (resumo)
Figuras de Estilo
Anáfora – Repetição de uma ou mais palavras no início de verso ou de período.
Exemplo:
“Toda a manhã/fui a flor/impaciente/por abrir. /Toda a manhã/fui ardor/do sol/no teu
telhado. “ (Eugénio de Andrade)
“É brando o dia, brando o vento.
É brando o Sol e brando o céu.” (Fernando Pessoa)
Antítese – Apresentação de um contraste entre duas ideias ou coisas. Repare-se nesta
sequência de antíteses: