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O Evangelho é o tesouro

Hoje estamos vivendo no tempo do imediatismo, onde as pessoas vivem suas vidas no
desespero da pressa. As pessoas tomam decisões erradas e agem de forma precipitada. Como
seguidores de Cristo, regenerados pelo Espírito Santo, precisamos refletir em nossas vidas a
paciência gerada pelo Espírito em nós. Como cidadãos do reino de Deus, devemos esperar com
paciência, isto é, de forma perseverante e ativa, pois sabemos que a vinda de Cristo está
próxima, e chegará o dia em que estaremos livres de toda provação e sofrimento.Quando
Paulo fala aos gálatas sobre as práticas pecaminosas da velha natureza humana, ele menciona
uma sequência de vícios, os quais estão intimamente ligados uns aos outros, como: inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões e facções (Gálatas 5:21). Sem dúvida a impaciência
está intimamente ligada a esses comportamentos.

Seguindo a Jesus, estás a pensar em fazer alguém pagar por algo que te fez?

E porque temos que ter paciência com aqueles que nos incomodam?

Em Romanos 15.4-5 diz que tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para
que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus
de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo
Cristo Jesus”.

A saber, a impaciência envenena a alma e nos torna grosseiros e mal-humorados. Já a


paciência é uma das formas mais eficientes que temos para eliminar os estados de tensão e
irritação.

Paciência é um sinal de que, quando Deus julgar os nossos perseguidores, Ele fá-lo-á com
justiça. Nenhum de nós jamais tiraria consciente e intencionalmente algo de Deus, que Ele diz
pertencer-Lhe, e, no entanto, é isso que fazemos quando nos vingamos d’Aquele que
disse: “Minha é a vingança; Eu recompensarei” (Rom. 12:19).

Ao longo dos tempos, A Bíblia, pela importância de que sempre se revestiu, se firmou como
um livro de profundos ensinamentos sapienciais e proféticos. Nela a graça de Deus nos
sinaliza como crentes em cristo... pois sabemos que o Evangelho do Senhor Jesus é o
Evangelho da graça:

Da graça da Sua presença que nos fortalece para ter paz, apesar das guerras; da graça em amar
o próximo, mesmo sendo odiado por ele; da graça em acreditar na vida eterna no momento da
morte...

Só que muitos só reconhecem tudo isso enquanto angustiados e/ou fragilizados. Ou seja,
quando passam por algo que foge ao controle humano, passam a reconhecer que há um Deus,
a qual deve se submeter totalmente com fé e esperança.

Mas somos vasos de barro... Creio exatamente assim. Digo que particularmente, não creio no
evangelho “cor de rosa” (permissivo) que pode ser tudo menos o Evangelho do Senhor Jesus
Cristo.

Paulo diz que a maneira paciente como os tessalonicenses estavam a suportar a perseguição
era “sinal evidente do reto juízo de Deus”. Ou seja, a sua paciente resistência na tribulação era
um sinal de que, quando Deus finalmente julgar o mundo, “há de julgar o mundo com
justiça” (Atos 17:31), pois Ele estará a dar a paga ao mundo por ter perseguido o Seu povo.
Como Paulo continua a dizer no versículo que segue o nosso texto,A bíblia ensina que Deus
pode fazer qualquer coisa..., mas sempre no tempo determinado por Ele mesmo não
importando com o que acontecerá adiante...

“A tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa
constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que
suportais, sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de
Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo” (2 Tes. 1:4,5).

Tal qual foram com os apóstolos e com Jesus, assim Deus nos tomará e nos usará através dos
dons espirituais, como milhares por este mundo.

A Bíblia disse que Deus pôs o arco-íris como um “sinal” da Sua promessa de nunca mais
destruir o mundo com um dilúvio universal (Gén. 9:11-13). Da mesma forma, diz-se que a
circuncisão é um “sinal” da aliança que Deus fez com Abraão (Gén. 17:11), e o sangue do
cordeiro foi considerado um “sinal” da promessa de Deus a Israel de poupar os seus
primogénitos. (Êxodo 12:13).

“Se de facto é justo diante de Deus que dê, em paga, tribulação aos que vos atribulam” (2
Tes. 1:6).

Quando um cristão é perseguido pela sua fé, uma injustiça tem ocorrido; uma coisa injusta
tem acontecido. No sistema perfeito da justiça de Deus, que não pode deixar a dívida de
nenhum pecado por liquidar, essa injustiça tem que ser paga, e Deus promete solenemente
corrigir esse erro “… quando Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do Seu
poder.

Como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus, e dos que
não obedecem ao Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão
eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do Seu poder.” (2 Tes. 1:7-9).

Deus jura aqui que um dia vingará os tessalonicenses pelas tribulações que lhes foram
causadas pelos seus perseguidores, começando com a destruição que Ele trará sobre o mundo
na Sua Segunda Vinda. É claro que Deus sabe que será acusado de injustiça, como sempre
acontece quando é forçado a julgar os homens. É por isso que o Livro do Apocalipse está
salpicado com afirmações de que os julgamentos da Tribulação de Deus não são injustos, mas
sim “justos e verdadeiros” (Ap 15:3), e “justos” (16:5-7; 19:2). Da mesma forma, aqui no nosso
texto, Paulo está a defender a justiça dos juízos da Segunda Vinda.

Em seguida, Paulo diz que o justo julgamento de Deus sobre esses perseguidores do povo
de Deus continuará no Lago de Fogo, na “eterna perdição” que ele refere aqui em 2
Tessalonicenses 1:9. Vemos aqui uma clara evidência de que todos os que em qualquer época
rejeitam a provisão de Deus para os seus pecados, morrerão neles (cf. João 8:24), e eles
mesmos devem pagar pelos mesmos.

É claro que os próprios tessalonicenses poderiam ter ripostado aos seus perseguidores e
forçando-os a pagar pelos crimes que cometeram contra eles. Certamente houve momentos
em que eles sentiram vontade de acertar contas. No entanto, se eles tivessem feito isso, então
seria injusto para Deus um dia recompensar a tribulação dos seus perseguidores, mas Deus
não será culpado de dupla condenação. Perante esta realidade, Paulo pôde dizer aos
tessalonicenses que a “constância [ou, paciência] e fé, em todas as vossas perseguições e nas
tribulações que suportais, [é] sinal evidente do reto juízo de Deus.” Se o mundo um dia
perguntar porque é que Deus os está a incomodar, Ele pode responder: “Bem, vocês
costumavam incomodar o Meu povo, então agora, da mesma forma, Eu estou incomodando-
vos a vós!”

Há uma lição que podemos aprender com isto. Se nos vingarmos daqueles que nos
incomodam, isso significa que Deus não o poderá fazer. Que incentivo para deixar a vingança
para Aquele cujos julgamentos são sempre justos e imparciais! Quando nos vingamos, muitas
vezes retaliamos muito pouco, deixando o nosso senso de justiça insatisfeito. Ou retaliamos
demais, criando um desequilíbrio adicional de justiça que deixa o nosso adversário sentindo a
necessidade de nos atacar novamente. “E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a
verdade, sobre os que tais coisas fazem. (Rom. 2:2). Deus julgará todos os homens com justiça,
pois o Seu julgamento será de acordo com a verdade. Não é à toa que o Dia do Julgamento é
chamado de “o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus” (2:5 ARA).

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