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TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA
ALUNOS:
ADILSON ELIZEU
VICTOR HYDELBRANDO
TERESINA
2021
Sumário
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................3
Desenvolvimento.........................................................................................................................3
Tolerância de Retilineidade..........................................................................................................5
Tolerância de Planicidade............................................................................................................6
Métodos de Medição de Retilineidade e Planicidade..................................................................7
Medição Comparativa..............................................................................................................7
Medição direta.........................................................................................................................7
Medição Indireta......................................................................................................................8
Método das Três Placas........................................................................................................9
Método da Reversão............................................................................................................9
Tolerância de Circularidade........................................................................................................10
Métodos de Medição de Circularidade......................................................................................11
Medição Direta.......................................................................................................................11
Método Diametral..................................................................................................................12
Método do Bloco em V.......................................................................................................12
Método da Reversão..........................................................................................................13
Tolerância de Cilindricidade.......................................................................................................13
Métodos de Medição de Cilindricidade......................................................................................14
Tolerância de Paralelismo..........................................................................................................15
Método de Medição de Paralelismo..........................................................................................16
Tolerância de Inclinação.........................................................................................................16
Tolerância de Perpendicularidade..............................................................................................17
Tolerância de Localização de Ponto...........................................................................................17
Tolerância de Simetria................................................................................................................18
Tolerância de Coaxilidade (Concentricidade).............................................................................18
Tolerância de Batida Radial........................................................................................................19
Tolerância de Batida Axial..........................................................................................................20
Medição de Tolerância de Batida Axial......................................................................................21
Conclusão...................................................................................................................................21
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................22
INTRODUÇÃO
O processo de fabricação de peças e equipamentos nos leva ao entendimento
de que temos um vasto número de peças fabricados em serie ou não para as mais
variadas aplicações sejam em maquinas industriais e até em laboratórios ou hospitais.
Para tanto temos que levar em conta como engenheiros em formação como podemos
garantir que essas peças sejam fabricadas com padrões corretos de forma que
atendam as exigências necessárias para o seu pleno funcionamento.
Desenvolvimento
Com o objetivo de se organizar um processo tão importante surge a
necessidade da aplicação de normas técnicas para uma padronização da linguagem de
quem está projetando com quem está fabricando, bem como a universalidade dos
processos de fabricação. No Brasil temos a associação Brasileira de norma técnicas
(ABNT) que estabeleceu a norma NBR 6409:1997 - Tolerâncias geométricas -
Tolerância de forma, orientação, posição e batimento - Generalidades, símbolos,
definições e indicação em desenho; ABNT NBR 14646:2001 - Tolerâncias geométricas
- Requisitos de máximo e requisitos de mínimo material e a ABNT NBR 14699:2001 -
Desenho técnico - Representação de símbolos aplicados a tolerâncias geométricas -
Proporções e dimensões
Mas inda de acordo com as normas ABNT as tolerâncias podem ser caracterizadas de
acordo com a tabela abaixo, e que vamos descrever brevemente seu tipos e formas de
medição
Tolerância de Retilineidade
A tolerância de retilineidade de uma linha ou eixo depende da forma da peça à
qual a linha pertence. Quando a peça tem forma cilíndrica, é importante determinar a
tolerância de retilineidade em relação ao eixo da parte cilíndrica. Nesses casos, a
tolerância de retilineidade é determinada por um cilindro imaginário de diâmetro t,
cujo centro coincide com um eixo da peça. Essa tolerância pode ser aplicada para o
controle de desvios geométricos em sólidos de revolução tais como cilindros e eixos.
Tolerância de Planicidade
Tolerância de Planicidade é a diferença admissível na variação da forma plana de
uma peça, representada por dois planos paralelos que definem os limites superior e
inferior de variação admissível, entre os quais a superfície medida deve estar. A
tolerância de planicidade não depende da tolerância dimensional especificada pelos
limites de medida, dessa forma, a região de tolerância pode variar de qualquer
maneira dentro dos limites dimensionais. É uma tolerância de importante aplicação na
construção de máquinas-ferramentas, principalmente guias de assentos de carros,
cabeçote e etc.
A seguir serão explicados os diversos tipos de medição destes itens de precisão geométrica.
Medição Comparativa
O método consiste em se utilizar réguas e desempenos como datum, com o qual se faz
uma comparação da peça em questão. A figura abaixo ilustra um exemplo de medição feita na
fabricação de desempenos. Primeiramente se pinta a superfície a ser medida com azul de
prússia. Em seguida esfrega-se a superfície pintada contra um desempeno aplicando uma leve
pressão. Em seguida observa-se a superfície pintada e verifica-se onde a tinta foi removida e
onde a tinta permaneceu. Os primeiros indicam locais mais salientes enquanto os segundos, os
locais mais baixos. No caso da fabricação de desempeno, raspa-se os locais onde a tinta foi
removida e em seguida repete-se a medição. O processo é repetido até que a tinta seja
uniformemente removida.
O relógio é conectado a uma base que desliza sobre um desempeno ou uma régua. A
superfície a ser medida é colocada de forma que o apalpador do relógio toque na mesma. Em
seguida, movimenta-se a base do relógio e faz-se a leitura no relógio. Se a linha média ou o
plano médio da superfície objeto estiver paralelo à referência, toda deflexão do relógio
indicará o erro de retilineidade ou de planicidade.
Medição direta
Utilização de: nível de precisão, nível eletrônico, autocolimador, interferômetro a laser. O
método para a medição de retilineidade ou de planicidade é o mesmo para qualquer
instrumento. Consiste em medir a inclinação de um carro dotado de dois apoios enquanto o
mesmo é deslocado ao longo da reta ou da superfície que se deseja medir, de um espaço
constante.
Dessa forma são obtidos dados relativos à posição do carro e da inclinação. Com base
nestes dados reconstrói-se a reta ou o plano medido.
A reta média ou a linha de mínimos quadrados (linha datum) é a linha que passa pela
centróide (X,Y), com inclinação: a = ∑ Xm.Ym/ ∑ X²m , onde Xm, Ym são os desvios
respectivamente com relação a X,Y. Já o plano de mínimos quadrados (plano datum) é o plano
dado na forma Z = Zo+Ax+By, que passa pela centróide ( x, y, z), com inclinação
Medição Indireta
São métodos em que os resultados relativos à retilineidade e planicidade não são obtidos
diretamente na medição, mas por meio de processamento matemático dos mesmos. Os mais
conhecidos são o Método das Três Placas e o Método da Reversão.
Método das Três Placas
Trata-se de um método para a fabricação de desempenos sem a necessidade de nenhum
tipo de referência (datum). Nela é empregado um método de medição que é a forma originária
do método da reversão, que é discutido mais adiante.
Aqui, três placas A, B e C, são fabricadas com alguma máquina de usinagem e neste
momento conterão erros de planicidade conforme a figura mostra. Estes erros podem ser
quaisquer. Primeiramente as placas A e B são sobrepostas e com o uso de azul de prússia e as
diferenças de forma entre A e B são constatadas. Feito isso, somente as partes salientes da
placa B são removidas por meio de rasqueteamento. O processo de medição e
rasqueteamento é repetido até que a forma de B coincida perfeitamente com a de A. Em
seguida é feito o mesmo com A e C. Por final, as placas B e C são sobrepostas e as diferenças
constatadas com o uso do azul de prússia, só que desta vez, o rasqueteamento é feito tanto
em B como em C. Se a remoção de material se der de maneira igual em B e em C, o processo
termina aí com a obtenção de duas placas planas. Mas como isso geralmente não acontece, o
processo é repetido desde o início, por algumas vezes.
Método da Reversão
Tolerância de Circularidade
Desvios de circularidade podem ocorrer na seção circular de uma peça em
forma de disco, cilindro ou cone. Os desvios de circularidade costumam ser pequenos,
mas devem ser especificados quando o limite desejado não puder ser garantido pelos
processos normais de usinagem. Nessa tolerância, qualquer círculo deve estar dentro
de uma faixa definida por dois círculos concêntricos, distantes no valor da tolerância
especificada.
Nos desenhos técnicos, a tolerância de circularidade é indicada pelo símbolo:
O campo de tolerância em
qualquer seção transversal é
limitada por dois círculos
concêntricos e distantes entre
si 0,030 mm
Método Diametral
Aqui, a medição é feita com o uso de um micrômetro ou um paquímetro. O objeto é
aprisionado e o seu diâmetro medido em diversas orientações. Se o objeto apresentar um
perfil circular perfeito, o medidor sempre indicará uma mesma leitura. Trata-se de um método
extremamente simples, mas possui suas limitações.
Método do Bloco em V
O objeto é colocado sobre um bloco em V e um medidor , instalado de modo a tocar
na parte superior do objeto. Gira-se o objeto e faz-se a leitura do medidor. Na ausência de
erros de circularidade, o medidor acusará um valor constante. É um método simples e que
pode perfeitamente ser utilizado na simples verificação (não da medição) da circularidade de
objetos. O grande problema do método está na dificuldade de se conhecer o perfil real do
objeto a partir dos resultados da medição. Neste método de medição, as diversas
componentes são amplificadas de maneira desigual e por isso a leitura do medidor não
representa diretamente o valor do erro de circularidade.
Método da Reversão
O objeto com perfil circular é medido duas vezes no medidor de circularidade. Feita
uma primeira medição, o objeto é girado de 180° com relação a um referencial fixo no sistema
rotativo do medidor, com relação ao eixo, no caso da figura (reversão do objeto). Ainda, o
apalpador do medidor também é instalado no lado oposto ao que se encontrava originalmente
e a sua direção de sensibilidade revertida (reversão do sensor).
Sendo, S1 a saída do sensor em função do ângulo de rotação θ do apalpador antes da
reversão, S2 , idem após a reversão, H o erro de circularidade do objeto e T o erro de
movimento rotativo do eixo do medidor, temos que:
antes da reversão: S1 (θ) = H(θ) − T(θ)
após a reversão: S2 (θ) = H(θ) + T(θ)
Dessa forma, é imediato observarmos que o erro de circularidade do objeto pode ser
obtido por: H(θ) = [S1(θ) + S2(θ)]/2
O erro de movimento do eixo do medidor antes e depois da equação foram assumidos
idênticos, sendo por isso escritos na mesma forma, T(θ) e graças a esta hipótese, este termo
pode ser eliminado no cálculo de H.
Caso necessário, o método permite ainda calcular o erro de movimento do eixo do
medidor, da seguinte forma: T(θ) = [S2(θ) – S1(θ)]/2
Tolerância de Cilindricidade
O desvio de cilindricidade pode ser visto como uma soma de circularidade com
retilineidade. É definida por dois cilindros concêntricos que circulam a superfície da peça,
estabelecendo os limites inferior e superior desta tolerância.
Nos desenhos técnicos, a tolerância de cilindricidade é indicada pelo símbolo:
Tolerância de Paralelismo
Tolerância de paralelismo de uma linha reta (eixo) ou de um plano é o desvio de
posição máximo admissível em relação à outra linha reta ou plano de referência.
Tolerância de Inclinação
Tolerância de inclinação de uma linha reta (eixo) ou de um plano é o desvio de posição
máximo admissível para o ângulo teórico em relação a outra linha reta ou plano de referência.
O campo de tolerância do desvio angular é delimitado por duas retas ou dois planos paralelos
entre si, com inclinação igual ao valor teórico especificado em projeto.
Tolerância de Simetria
A tolerância de simetria de um plano médio ou de uma linha média em relação a uma
reta ou plano de referência, é o desvio máximo admissível para o plano médio efetivo
(medido) de uma peça, representada pela distância entre dois planos teóricos, paralelos entre
si, e simétricos em relação ao plano médio de referência.
Conclusão
REFERÊNCIAS
NBR ISO 4287- (2002) - Especificações geométricas do produto (GPS) - Rugosidade:
Método do perfil - Termos, definições e parâmetros da rugosidade.
Farago, F.T., Curtis, M.A., (2007), Handbook of Dimensional Measurements, 4th ed.
Industrial Press Inc
ABNT NBR ISO 2768-1:2001. Tolerâncias gerais - Parte 1: Tolerâncias para dimensões
lineares e angulares sem indicação de tolerância individual.