Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOI: 10.5935/2526-8155.20190009
RESUMO
Sabe-se que algumas alterações que requerem diagnóstico e tratamento clínico odontológico podem
interferir no desempenho do cantor, contudo nem sempre são notadas por esses profissionais da voz. Dessa
forma, o objetivo da pesquisa foi analisar a autopercepção de cantores quanto à sua saúde bucal e,
secundariamente, se essa interfere na fala e no canto, de acordo com os sujeitos entrevistados. Para esse
fim, foi enviado por e-mail o link do questionário on-line a cantores, profissionais e não profissionais, de
várias localidades dentro e fora do Brasil, com idade entre 18 a 60 anos. Participaram da pesquisa 107
cantores profissionais e amadores. A análise dos dados foi realizada utilizando a estatística analítica e
descritiva, considerando-se o poder do teste de 95% e o erro α de 5%. Os resultados mostraram associação
significante entre as variáveis: grau de formação acadêmica e a satisfação com a fala; e entre o tempo de
carreira no canto e a satisfação com a saúde bucal (p < 0,05). A relação entre as variáveis sugere que os
cantores que utilizam uma técnica vocal que exige maior treino, como no estilo erudito, bem como aqueles
que possuem maior grau acadêmico e maior tempo de carreira no canto, possuem melhor satisfação com a
saúde bucal. Em contrapartida, dentre os cantores líricos a maioria assinalou pelo menos uma alteração ou
condição de saúde bucal e relatou a interferência negativa no canto.
Palavras-chave: Voz. Saúde bucal. Canto. Música. Autoimagem.
ABSTRACT
It is known that some changes that require clinical diagnosis and dental treatments may interfere with the
performance of the singer; however, these professionals do not always perceive. Thus, the objective of this
study was to analyze the self-perception of singers about their oral health and, secondarily, if this interferes
in speech and singing according to the subject of this research. For this purpose, a link to the online
questionnaire was sent by email to professionals and non-professionals singers from several locations inside
and outside Brazil aged between 18 to 60 years. 107 professional and non-professional singers participated
in the research. Data analysis was performed using the analytical and descriptive statistic, considering the
power of the test of 95% and the error α of 5%. The results showed significant association between
variables: degree of academic training and satisfaction with speech, and between singing career time and
satisfaction with oral health (p <0.05). The relationship between the variables suggests that singers who use
a vocal technique that requires more training, as in the erudite style, as well as those who have a higher
academic degree and a longer singing career, have better satisfaction with oral health. On the other hand,
among the lyrical singers, the majority reported at least one oral health condition or change and reported
the interference in the singing negatively.
Keywords: Voice. Oral Health. Singing. Music. Self Concept.
1
Cirurgiã-dentista
2 Técnica em Canto Lírico
3 Acadêmica, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Pará
4 Professora Doutora, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Pará
11
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
12
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
13
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), possuem formação); tipo de uso vocal (profissional ou
os participantes responderam ao questionário on-line, amador); tempo de carreira musical; frequência da
autoaplicável, às perguntas fechadas e abertas diretas. utilização da voz cantada (semanalmente ou
Participaram da pesquisa cantores profissionais e não diariamente); e estilo musical (erudito e popular),
profissionais, que utilizassem a voz no canto com descrevendo, desta forma, as variáveis categóricas. A
frequência de pelo menos uma vez na semana. segunda etapa, por sua vez, abrangeu duas questões de
A amostragem deste estudo foi do tipo não satisfação: quanto à saúde bucal e quanto à fala. Foi
probabilística por conveniência, ou seja, foram incluídos utilizada a escala: Muito satisfeito, Satisfeito, Pouco
na pesquisa todos os cantores que responderam ao satisfeito e Insatisfeito.
questionário e atenderem aos critérios de inclusão e A terceira etapa do questionário envolveu as
exclusão. principais alterações e condições odontológicas que
A literatura científica não possui estudos semelhantes pudessem oferecer prejuízos à fala e consequentemente
a esta pesquisa, por isso, para o cálculo amostral, ao canto, são elas: anquiloglossia; dentes desalinhados
considerou-se os dados do levantamento nacional sobre ou mal posicionados, espaços indesejáveis entre os
saúde bucal (SBBrasil 2010) no qual a prevalência de dentes (diastemas) ou perdas dentárias (exceto quando
autopercepção de saúde bucal (muito satisfeito/ criança); uso de aparelho ortodôntico; uso de prótese
satisfeito) para adultos na região norte do Brasil foi de dentária; dor na articulação temporomandibular; estalos
36%.12 ao abrir e fechar a boca; apertamento dos dentes;
Para a realização do cálculo utilizou-se o software dificuldade para abrir ou fechar a boca; dor causada por
Dimam 1.0®. O poder estatístico considerado foi de dentes ou gengiva. Nesta etapa, cada alteração
95%, o erro α foi de 5%, a variação no intervalo de odontológica, citada no questionário, foi ilustrada com
confiança foi de 8% e a população infinita. O cálculo imagens para a correta identificação pelos participantes.
amostral estimou uma perda de 20%, desta forma a meta As questões, da terceira etapa, cuja resposta foi
de coleta de dados foi de 94 questionários. Foram positiva foram direcionadas, automaticamente, para
coletados 138 questionários, dos quais 31 foram duas perguntas: 1. essa situação interferiu no canto? – e
excluídos da pesquisa por não atenderem aos critérios de como resposta: não sei; não interferiu; interferiu pouco;
inclusão – não assinatura do TCLE, menores de 18 anos, interferiu mais ou menos e interferiu muito; 2. De que
maiores de 60 anos ou uso da voz para o canto apenas de forma essa situação interferiu no canto? – e como
forma esporádica ou por hobby. A amostra superou a resposta: não sei explicar; escape de ar entre os dentes;
meta esperada: um total de 107 questionários foram dificuldade para pronunciar algumas palavras (dicção);
incluídos na pesquisa. desconforto estético e outros. Cada participante teve
como selecionar mais de uma forma de interferência no
Delineamento de estudo canto, na segunda questão da terceira etapa, assim como
A pesquisa foi do tipo quanti-qualitativa básica acrescentar no item “outros” caso não tenha identificado
explorativa. Foi aplicado o questionário de a sua situação nos itens apresentados. Em caso de uma
autopercepção com perguntas fechadas e abertas diretas. resposta negativa, o participante não precisou responder
O questionário foi adaptado do levantamento nacional às questões desenvolvidas para cada caso, sendo
sobre saúde bucal (SBBRASIL 2010)12 e formatado com automaticamente redirecionado para a próxima
a colaboração de uma cirurgiã-dentista, uma pergunta.
fonoaudióloga e uma professora de canto. O Tabulação e análise dos dados
questionário continha 3 etapas. A primeira etapa do Os dados referentes às variáveis dependentes e
questionário identificou as variáveis idade e sexo, e independentes foram tabulados em uma planilha Excel
abordou questões sobre o grau de formação acadêmica (Microsoft Windows® 2013) e analisados utilizando o
em música, local onde estudou (para aqueles que
14
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
programa BioEstat® (Sociedade Civil Mamirauá) e Além disso, houve limiar de significância ao
SPSS for Windows 21.0® (IBM). relacionar, estatisticamente, as variáveis: estilo musical
Utilizou-se estatística descritiva e analítica, e e satisfação com a saúde bucal e, estilo musical e a
buscou-se investigar se há associação entre as variáveis. satisfação com a fala. As demais variáveis categóricas e
Os testes de escolha foram o teste de Qui-quadrado ou independentes, não apresentaram associação
Exato de Fischer e, definidos após a aplicação do teste estatisticamente significantes para a pesquisa.
de normalidade de Shapiro-Wilk. Foi considerado o A maioria dos participantes da pesquisa indicaram no
poder do teste de 95% e o nível de significância α de 5%. questionário a presença de sintomas relacionados com a
disfunção temporomandibular; com algum tipo de
maloclusão dentária ou esquelética; dores relacionadas
aos dentes ou tecido periodontal, enquanto a menor parte
RESULTADOS da amostra relatou o uso de prótese dentária.
Dentre as alterações ou condições de saúde bucal
Participaram da pesquisa 107 cantores profissionais apresentadas no questionário, o uso de prótese dentária
e amadores, dentre eles 78 eram mulheres e 29 homens, foi indicado como a maior interferência no desempenho
a maioria tinha idade entre 18 e 29 anos. Os cantores no canto, com percentual entre 85,7% a 100,0%. Em
participantes possuem tempo de carreira entre 2 a 50 segundo lugar a dor na ATM (articulação
anos, e 52,3% da amostra possui algum grau de temporomandibular) apresentou 80% de respostas
formação acadêmica em música. Quanto ao uso vocal, positivas quanto à interferência no canto, seguido de
45,8%, dos sujeitos da pesquisa, utilizam a voz anquiloglossia (75%) e uso de aparelho ortodôntico
profissionalmente, 54,2% utilizam de forma amadora, (64,3%) (Tabela 2).
ou seja, cantam sem receber custos financeiros. Quanto Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que,
ao estilo musical, a amostra é composta por 37cantores dentre os que indicaram o uso de prótese, a maioria
líricos e 70 cantores do estilo popular. No que se refere associou a interferência no canto ao desconforto
à frequência de tempo que eles utilizam a voz, 57 estético, escape de ar e dicção. Por sua vez, cantores com
afirmaram que cantam pelo menos 1 vez ao dia e 50, dor na ATM citaram em sua maioria escape de ar e
cantam 1 vez por semana. desconforto ao cantar, enquanto cantores que
Os resultados indicam que 93,5% dos cantores estão apresentam anquiloglossia ou usam aparelho
satisfeitos com a saúde bucal. A maioria (77,6%) ortodôntico conseguiram perceber problemas na sua
identificou que possui pelo menos uma das condições ou dicção (Tabela 3).
alterações de saúde bucal citadas no questionário. E,
dentre cada uma dessas alterações relatadas, a maior
parte dos cantores assinalaram algum grau de
interferência no desempenho no canto. Abaixo, a Tabela
1 descreve os resultados obtidos na pesquisa por meio
da associação estatística, do teste Qui-quadrado, entre as
variáveis analisadas e a autopercepção quanto à
satisfação dos cantores com a saúde bucal e com a fala.
A análise estatística mostrou que existe uma relação
significativa entre as variáveis: grau de formação
acadêmica e a satisfação com a fala, e entre o tempo de
carreira no canto e a satisfação com a saúde bucal
(p<0,05).
15
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
Tabela 1. Distribuição absoluta e percentual da autopercepção (satisfação com a saúde bucal e com a fala) de acordo com as respostas das etapas 1 e 3 do questionário. Belém/PA;
2018.
1ª Etapa do questionário – Variáveis independentes
Satisfação com a saúde bucal Satisfação com a fala
Satisfeito Insatisfeito Total Satisfeito Insatisfeito Total
n % n % % p* n % n % % p*
Sexo
Masculino 27 93,1 2 6,9 100,0 0,73 29 100,0 0 0,0 100,0
0,68
Feminino 73 93,6 5 6,4 100,0 75 96,2 3 3,8 100,0
Idade
18 a 22 anos 25 92,6 2 7,4 100,0 0,45 27 100,0 0 0,0 100,0
23 a 27 anos 23 92,0 2 8,0 100,0 23 92,0 2 8,0 100,0
0,24
28 a 36 anos 26 100,0 0 0,0 100,0 25 96,2 1 3,8 100,0
37 a 60 anos 26 89,6 3 10,4 100,0 29 100,0 0 0,0 100,0
2ª Etapa do questionário – Variáveis Categóricas
Formação acadêmica em música
Possui 54 96,4 2 3,6 100,0 0,36 56 100,0 0 0,0 100,0
0,20
Não possui 46 90,2 5 9,8 100,0 48 94,1 3 5,9 100,0
Grau de formação acadêmica
Não possui 54 96,4 2 3,6 100,0 0,26 56 100,0 0 0,0 100,0
Técnico incompleto 13 81,3 3 18,7 100,0 15 93,8 1 6,2 100,0
Técnico 16 88,9 2 11,1 100,0 18 100,0 0 0,0 100,0
0,01
Superior incompleto 5 100,0 0 0,0 100,0 4 80,0 1 20,0 100,0
Superior 8 100,0 0 0,0 100,0 8 100,0 0 0,0 100,0
Pós graduação 4 100,0 0 0,0 100,0 3 75,0 1 25,0 100,0
Uso vocal
Amador 55 94,8 3 5,2 100,0 0,82 57 92,3 1 1,7 100,0
0,88
Profissional 45 91,8 4 8,2 100,0 47 95,9 2 4,1 100,0
Tempo de carreira
2 a 7 anos 24 92,3 2 7,7 100,0 0,02 25 96,2 1 33,3 100,0
8 a 14 anos 26 96,3 1 3,7 100,0 26 96,3 1 3,7 100,0
0,66
15 a 19 anos 15 78,9 4 21,1 100,0 18 94,7 1 5,3 100,0
20 a 50 anos 35 100,0 0 0,0 100,0 35 100,0 0 0,0 100,0
Frequência do uso vocal
Diariamente 55 96,5 2 3,5 100,0 0,34 55 96,5 2 3,5 100,0
0,91
Semanalmente 45 90,0 5 10,0 100,0 49 98,0 1 2,0 100,0
Estilo musical
16
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
17
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
Tabela 2. Distribuição absoluta e percentual da autopercepção (interferência no desempenho no canto, satisfação com a saúde bucal e com a fala) de acordo com a condição de saúde
bucal relatada. Belém/PA; 2018.
Interferência Satisfação com a saúde bucal Satisfação com a fala
Condição de saúde
Sim Não Satisfeito Insatisfeito Satisfeito Insatisfeito
bucal
Total n % n % n % n % n % n %
Diastemas/ Perdas
31 14 45,2 17 54,8 29 93,5 2 6,5 29 93,5 2 6,5
dentárias
Sob tratamento
14 9 64,3 5 35,7 14 100,0 0 0,0 14 100,0 0 0,0
Ortodôntico
18
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
Tabela 3. Distribuição absoluta e percentual da descrição dos cantores sobre a forma como cada condição de saúde bucal interferiu no desempenho no canto. Belém/PA;
2018.
19
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
20
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
odontologia deve ter a sua posição diante do prognóstico apenas um melhor desempenho musical, como também
e tratamentos para essa categoria profissional, melhora da qualidade de vida.
atendendo ao contexto do paciente.
REFERÊNCIAS
CONCLUSÃO
1. Salomão M. Clínica Fonoaudiológica Vocal. Rio de
A relação entre o equilíbrio do sistema Janeiro: Revinter; 2011.
2. Haikal DS, Paula AMB, Martins AMEBL, Moreira
estomatognático - especificamente das estruturas AM, Ferreira EF. Autopercepção da saúde bucal e
articulares temporomandibular, alinhamento maxilo- impacto na qualidade de vida do idoso: uma abordagem
mandibular, oclusão dentária e freio lingual - e o quanti-qualitativa. Cien Saude Colet. 2011 Ago-Out;
desempenho da voz cantada apresenta importância na 16(7):3317-29.
3. Eller N, Skylv G, Ostri B, Dahlin E, Suadicani P,
percepção de alguns cantores, no entanto a literatura
Gyntelberg F. Health and lifestyle characteristics of
científica pouco relata a sua real correlação. Apesar professional singers and instrumentalists. Occup Med
disso, é possível perceber que os cantores não (Lond).1992 May; 42(2):89-92.
relacionam isso a uma insatisfação com a saúde bucal. 4. Frias-Bulhosa J. Impactos orofaciais associados à
As diferenças acústicas não tendem a ser percebidas utilização de instrumentos musicais. Rev port estomatol
med dent cir maxilofac. 2012 April-June; 53(2):108–16.
pelos ouvintes do músico, com facilidade, mas o cantor
5. Behlau M, Glaucya D, Pontes P. Avaliação de voz. In
entende que há uma limitação no seu desempenho, uma Behlau M (Org.). Voz: o livro do especialista. Rio de
vez que as técnicas vocais utilizadas, na grande maioria, Janeiro: Revinter; 2001. p. 130-64.
envolvem as estruturas orais. 6. Andrade SR, Fontoura DR, Cielo CA. Inter-relações
Muitos cantores postergam tratamentos necessários entre fonoaudiologia e canto. Música Hodie Rev Acad
Mus. 2007 Nov; 7(1):83-98.
como o uso de aparelho ortodôntico e cirurgia
7. Gusmão CS, Campos PH, Maia MEO. O formante do
ortognática, em função do receio de que haja mudança cantor e os ajustes laríngeos utilizados para realizá-los:
no seu desempenho profissional durante a fase de uma revisão descritiva. Per Musi. 2010 Jan-Jul;
adaptação. A pesquisa abre a discussão de que o cantor (21):43-50.
necessita de uma segurança em seu trabalho para que 8. Silva AMT, Morisso MF, Cielo CA. Relação entre grau
de severidade de disfunção temporomandibular e a voz.
possa ter intervalos dedicados à saúde, assim como
Pró-Fono R. Atual. Cient. 2007 Jul-Set; 19(3): 279-88.
ocorre nas demais profissões. No entanto, sabe-se que 9. Ferreira THP, Silva HJ, Balata PMM. Análise acústica
essa não é a realidade dessa categoria. e percepto-auditiva da voz na disfunção temporo-
O estudo somou-se à literatura, possibilitando mandibular. Int J Dent. 2008 Out-Dez; 7(4): 212-8.
pesquisadores e estudiosos de odontologia e 10. Rocha C, Moraes M, Behlau M. Dor em cantores
populares. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2011 Fev-Set;
fonoaudiologia, da área de motricidade orofacial e voz, 24(4):374-80.
conhecimentos novos a respeito desta interdisciplina- 11. Martinelli RLC, Fornaro EF, Oliveira CJM, Ferreira
ridade; destacando assim a importância do equilíbrio do LMDB, Rehder MIB. Correlação entre alteração de
sistema estomatognático para o bom desempenho fala, respiração oral, dentição e oclusão. Rev. CEFAC.
musical de cantores. Aos profissionais cirurgiões- 2011 Jan-Fev; 13(1):17-26.
12. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de
dentistas e fonoaudiólogos, cuja clientela de pacientes Atenção à Saúde, Ministério da Saúde. Projeto SB
são músicos que fazem uso constante da voz, a pesquisa Brasil 2010: resultados principais. Brasília: Ministério
acrescentou base científica para prevenção, promoção e da Saúde; 2011.
recuperação da saúde. Aos cantores, a pesquisa leva a 13. Ávila MEB, Oliveira G, Behlau M. Índice de
conscientização de que o uso da voz cantada requer desvantagem vocal no canto clássico (IDCC) em
cantores eruditos. Pró-Fono Rev Atual Cient. 2010 Jul-
atenção para além das técnicas vocais, e isso gerará, não Set; 22(3): 221-6.
21
RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia
Belém-PA, v.3, n.2, jul./dez. 2019
22