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Manual de Ordem Unida

Associação Catarinense
União Sul Brasileira
Divisão Sul Americana

Versão 2.0
2024
Associação Catarinense - Desbravadores
Manual de Ordem Unida

Informações Gerais

Autores

ANSELMO CARDOSO DE OLIVEIRA


Coordenador Geral de Desbravadores

RODRIGO HANSEN COELHO


Coordenador Geral de Desbravadores

Revisor

PR. VINÍCIUS ESPÍNDOLA


Diretor do Ministério de
Desbravadores e Aventureiros

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Sumário
Capítulo I ............................................................................................................................. 5
Introdução....................................................................................................................... 5
1.1. Finalidade.............................................................................................. 5
1.2. Conceito Básico da Ordem Unida ....................................................... 5
1.3. Objetivos da Ordem Unida ................................................................... 5
1.4. Divisão da Instrução de Ordem Unida ................................................ 5
1.5. Disciplina............................................................................................... 6
1.6. Ordem Unida e Liderança .................................................................... 6
1.7. Definições Básicas ............................................................................... 7
1.8. Comandos e Meios de Comandos ..................................................... 17
1.9. Métodos e Processos de Instrução ................................................... 19
Capítulo II .......................................................................................................................... 21
Comandos a Pé Firme ................................................................................................ 21
2.1. Conduções de Execução .................................................................... 21
2.2. Formatura ........................................................................................... 21
2.3. Posições .............................................................................................. 22
2.4. Cobrir .................................................................................................. 26
2.5. Perfilar ................................................................................................. 29
2.6. Voltas................................................................................................... 31
2.7. Frentes ................................................................................................ 32
Capítulo III ........................................................................................................................ 33
Comandos em Movimento ........................................................................................ 33
3.1. Passos ................................................................................................. 33
3.2. Marchas............................................................................................... 35
3.3. Voltas................................................................................................... 39
3.4. Mudanças de Direção ......................................................................... 40
Capítulo IV ........................................................................................................................ 41
Comandos com Bandeirim ....................................................................................... 41
4.11. Posições com Bandeirim.................................................................... 41
4.12. Cobrir com Bandeirim ........................................................................ 44
4.13. Movimento com Bandeirim a Pé Firme ............................................. 45

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4.14. Deslocamentos com Bandeirim ......................................................... 46


4.15. Voltas com Bandeirim ........................................................................ 47
4.16. Frentes com o Bandeirim ................................................................... 47
Capítulo V ......................................................................................................................... 48
Bandeiras e Civismo ................................................................................................... 48
5.1. Introdução ........................................................................................... 48
5.2. Abertura e Encerramento da Reunião............................................... 48
5.3. Disposição das Bandeiras .................................................................. 50
5.4. Civismo ............................................................................................... 53
5.5. Posições e Manejo da Bandeira Nacional ......................................... 56
5.6. Posição e Manejo das Demais Bandeiras (Estado, Município e
Entidades) ..................................................................................................... 60
Capítulo VI.......................................................................................................................... 63
Referência ...................................................................................................................... 63
Participações ................................................................................................................. 63

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Capítulo I
Introdução

1.1. Finalidade

1.1.1. A finalidade deste Manual é estabelecer e normatizar a Ordem Unida (OU)


para os clubes de desbravadores da Associação Catarinense.

1.2. Conceito Básico da Ordem Unida

1.2.1. A Ordem Unida se caracteriza por uma disposição individual e consciente


altamente motivada, para a obtenção de determinados padrões coletivos de
uniformidade e sincronização. Deve ser considerada, por todos os participantes –
instrutores e executantes – como externação da disciplina.

1.3. Objetivos da Ordem Unida

1.3.1. Proporcionar aos desbravadores e aos clubes os meios de se apresentarem


e de se deslocarem em perfeita ordem;

1.3.2. Desenvolver o sentimento de coesão e os reflexos de obediência, como


fatores preponderantes na formação dos desbravadores;

1.3.3. Constituir uma verdadeira escola de disciplina;

1.3.4. Treinar líderes e instrutores no comando do clube;

1.3.5. Possibilitar, consequentemente, que o clube se apresente em público, quer


nas formaturas, quer nos simples deslocamentos, com aspecto enérgico e marcial.

1.4. Divisão da Instrução de Ordem Unida

1.4.1. INSTRUÇÃO INDIVIDUAL - é ministrada ao desbravador a prática dos


movimentos individuais, preparando-o para tomar parte nos exercícios de
instrução coletiva.

1.4.2. INSTRUÇÃO COLETIVA – é ministrada à unidade, clube e conjunto de


clubes, segundo planejamento específico.

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1.5. Disciplina

1.5.1. O clube de desbravadores possui como uma das suas frentes de trabalho o
incentivo à disciplina. A disciplina é o predomínio da ordem e da obediência,
resultante de uma educação apropriada;

1.5.2. Considera-se disciplina a obediência pronta, inteligente, espontânea e


entusiástica às ordens do superior. Sua base é a subordinação voluntária do
indivíduo à missão do conjunto, do qual faz parte;

1.5.3. A Ordem Unida é uma verdadeira escola de disciplina e coesão. A


experiência tem revelado que, em circunstâncias críticas, os clubes que melhor se
portaram foram os que sempre se destacaram na Ordem Unida. A Ordem Unida
concorre, em resumo, para a formação moral do desbravador. Assim, deve ser
ministrada com esmero e dedicação, sendo justo que se lhe atribua alta prioridade
entre os demais assuntos de instrução;

1.5.4. Exercícios que exijam exatidão, coordenação mental e física ajudam a


desenvolver a disciplina. Estes exercícios criam reflexos de obediência e
estimulam os sentimentos de vigor, de tal modo que todos se impulsionam,
conjuntamente, como se fosse um só corpo.

1.6. Ordem Unida e Liderança

1.6.1. A execução da Ordem Unida constitui um dos meios mais eficientes para se
alcançar aquilo que consubstancia o exercício da liderança: a interação necessária
entre o instrutor e os seus instruendos. A Ordem Unida é a forma mais elementar
de iniciação do desbravador na prática do comando, desenvolvendo as qualidades
do líder. Ao liderar um grupo de desbravadores deslocando-se, o instrutor
desenvolve a autoconfiança, ao mesmo tempo em que adquire consciência da
responsabilidade sobre aqueles que atendem aos comandos. Os exercícios de
Ordem Unida despertam no instrutor o apreço às ações bem executadas, o exame
dos pormenores e, ainda, o desenvolvimento da capacidade de observar e de
estimular o clube;

1.6.2. Por intermédio da Ordem Unida, os desbravadores evidenciam claramente


quatro índices de eficiência: moral, disciplina, espírito de corpo e proficiência;

1.6.2.1. Moral - pela superação das dificuldades e determinação em atender


aos comandos, apesar da necessidade de esforço físico;

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1.6.2.2. Disciplina - pela presteza e atenção com que obedece aos


comandos;

1.6.2.3. Espírito de corpo - pela boa apresentação coletiva e pela


uniformidade na prática de exercícios que exigem execução coletiva;

1.6.2.4. Proficiência - pela manutenção da exatidão na execução.

1.6.3. A Ordem Unida sempre deverá ser dirigida por um Instrutor que siga os
princípios cristãos defendidos pelos adventistas do sétimo dia, de forma a não
ridicularizar e nem menosprezar ninguém fazendo com que o Desbravador que
errou o comando pague com alguns castigos físicos. O Instrutor deve tratar a
todos de forma igualitária e respeitar as limitações individuais, ao mesmo tempo
que mantém uma postura firme de forma a obter o respeito do grupo;

1.6.4. É PROIBIDO A QUALQUER CLUBE DE DESBRAVADORES REALIZAR OU


PROMOVER instrução, treino ou concursos de Ordem Unida nas horas sabáticas.

1.7. Definições Básicas

1.7.1. Na Ordem Unida são utilizadas as definições listadas abaixo. Para as figuras
deste item é considerada a seguinte legenda:

Figura 1-0 Legenda

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1.7.1.1. Coluna - é o dispositivo de uma fração, cujos desbravadores estão


uns atrás dos outros (Figura 1-1);

Figura 1-1 – Coluna

1.7.1.2. Coluna por um - é a formação de uma fração em que os


desbravadores são colocados uns atrás dos outros, seguidamente, guardando
entre si uma distância regulamentar. Conforme o número destas colunas, quando
justapostas, tem-se as formações em coluna por 2 (dois), por 3 (três) etc. (Figura
1-2);

Figura 1-2 – Coluna por Um

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1.7.1.3. Distância - é o espaço entre dois desbravadores colocados um atrás


do outro e voltados para a mesma frente (Figura 1-3);

Figura 1-3 – Distância

1.7.1.4. Intervalo - é o espaço, paralelamente à frente, entre dois


desbravadores colocados na mesma fileira. Entre dois desbravadores, o intervalo
pode ser normal ou reduzido. Para que um clube tome o intervalo normal, os
desbravadores da testa distenderão o braço esquerdo, horizontal e lateralmente,
no prolongamento da linha dos ombros, mão espalmada, palma voltada para
baixo, tocando levemente o ombro direito do desbravador à sua esquerda. Os
desbravadores procurarão o alinhamento e a cobertura. Para que um clube tome
o intervalo reduzido (o que é feito ao comando de “SEM INTERVALO, COBRIR!”
ou “SEM INTERVALO, PELO CENTRO, PELA ESQUERDA ou PELA DIREITA,
PERFILAR!”), os desbravadores da testa colocarão a mão esquerda fechada na
cintura, com o punho no prolongamento do antebraço, costas da mão voltada para
frente, cotovelo para esquerda, tocando levemente no braço direito do
companheiro à sua esquerda. Os demais desbravadores procurarão o
alinhamento e a cobertura (Figura 1-4);

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Figura 1-4 – Intervalo

1.7.1.5. Fileira - é a formação de um clube cujos desbravadores estão


colocados na mesma linha, um ao lado do outro, todos voltados para a mesma
frente (Figura 1-5);

Figura 1-5 – Fileira

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1.7.1.6. Linha - é a disposição de um clube cujos desbravadores estão


dispostos um ao lado do outro. Esta formação caracteriza-se por ter a frente maior
que a profundidade (Figura 1-6);

Figura 1-6 – Linha

1.7.1.7. Alinhamento - é a disposição cujos desbravadores ficam em linha


reta, voltados para a mesma frente, de modo que um desbravador fique
exatamente ao lado do outro (Figura 1-7);

Figura 1-7 – Alinhamento

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1.7.1.8. Cobertura - é a disposição cujos desbravadores ficam voltados para


a mesma frente, de modo que um desbravador fique exatamente atrás do outro
(Figura 1-8);

Figura 1-8 – Cobertura

1.7.1.9. Cerra-fila - é o último desbravador da coluna da direita de uma


formação, com a missão de cuidar da correção da marcha e dos movimentos, de
exigir que todos se conservem nos respectivos lugares e de zelar pela disciplina
(Figura 1- 9).

Figura 1-9 – Cerra-fila

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1.7.1.10. Desbravador-base - é o desbravador pelo qual uma fração


(unidade, clube, região e etc) regula a marcha, a cobertura e o alinhamento. Em
coluna, o desbravador-base é o da testa da coluna-base, que é designado
segundo as necessidades. Quando não houver especificações, a coluna-base será
a da direita. Em linha, o desbravador-base é o primeiro da fila-base, no centro, à
esquerda ou à direita, conforme seja determinado (Figura 1-10).

Figura 1-10 – Desbravador-base

1.7.1.11. Unidade-base - é aquela pela qual as demais unidades regulam a


marcha ou o alinhamento, por intermédio de seus líderes ou de seus
desbravadores-base (Figura 1-11).

Figura 1-11 – Unidade-base

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1.7.1.12. Centro - é o lugar representado pelo desbravador ou pela coluna,


situado (a) na parte média da frente de uma das formações de Ordem Unida
(Figura 1-12).

Figura 1-12 – Centro

1.7.1.13. Direita (ou esquerda) - é a extremidade direita (ou esquerda) de


uma fração (Figura 1-13).

Figura 1-13 – Direita (ou esquerda)

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1.7.1.14. Formação - é a disposição regular dos desbravadores de um clube


em linha ou em coluna. A formação pode ser normal ou emassada. Formação
normal é quando o clube conserva as distâncias e os intervalos normais entre os
desbravadores ou frações. Formação emassada é aquela na qual um clube dispõe
seus desbravadores em várias colunas, independentemente das distâncias
normais entre suas frações (Figura 1-14).

Figura 1-14 – Formação

1.7.1.15. Testa - é o primeiro desbravador de uma coluna (Figura 1-15).

Figura 1-15 – Testa

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1.7.1.16. Cauda - é o último desbravador de uma coluna (Figura 1-16).

Figura 1-16 – Cauda

1.7.1.17. Profundidade - é o espaço compreendido entre a testa do primeiro


e a cauda do último desbravador de qualquer formação (Figura 1-17).

Figura 1-17 – Profundidade

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1.7.1.18. Frente - é o espaço, em largura, ocupado por um clube em fileira ou


linha. Na Ordem Unida, avalia-se a frente aproximada de um clube, atribuindo-se
1,10 metros a cada desbravador, caso estejam em intervalo normal, e 0,75
centímetros, se estiverem em intervalo reduzido (sem intervalo) (Figura 1-18).

Figura 1-18 – Frente

1.8. Comandos e Meios de Comandos

1.8.1. Na Ordem Unida, para transmitir sua vontade ao clube, o líder pode
empregar a voz, o gesto, a corneta (ou clarim) e/ou apito;

NOTA: Para as atividades dos clubes de desbravadores, nós daremos ênfase aos
comandos com emprego da voz.

1.8.1.1. Vozes de comando - são formas padronizadas, pelas quais o líder


de uma fração exprime, verbalmente, a ordem. A voz constitui o meio de comando
mais empregado na Ordem Unida. Deve ser usada, sempre que possível, pois
permite execução simultânea e imediata;

1.8.1.2. As vozes de comando constam, geralmente, da voz de advertência,


comando propriamente dito e da voz de execução.

1.8.1.2.1. A voz de advertência é um alerta que se dá à fração, prevenindo-a


para o comando que será enunciado. Exemplos: “Unidade Tubarão!” ou “Clube
Oceano!” ou “Região!”, “Campori!”, “CCS!”.

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a) A voz de advertência pode ser omitida, quando se enuncia uma sequência


de comandos. Exemplo: “Clube Oceano! - SENTIDO! - COBRIR – FIRME! -
DESCANSAR!

b) Não há, portanto, necessidade de repetir-se a voz de advertência antes de


cada comando.

1.8.1.2.2. O comando propriamente dito - tem por finalidade indicar o


movimento a ser realizado pelos executantes. Exemplos: “DIREITA!”,
“ORDINÁRIO!”, “PELA ESQUERDA!”, “ACELERADO!”, “CINCO PASSOS EM
FRENTE!”.

a) Às vezes, o comando propriamente dito impõe a realização de certos


movimentos, que devem ser executados pelos desbravadores antes da voz
de execução. Exemplo: (fração com bandeirim, na posição de “Sentido”)
“Clube! DIREITA (os desbravadores executam o movimento de “Bandeirim
Suspenso”), VOLVER!”;

b) A palavra “DIREITA” é um comando propriamente dito e comporta-se,


neste caso, como uma voz de execução, para o movimento de “Bandeirim
Suspenso”;

c) Torna-se, então, necessário que o líder enuncie estes comandos de


maneira enérgica, definindo com exatidão o momento do movimento
preparatório e dando aos desbravadores o tempo suficiente para realizarem
o movimento, ficando em condições de receberem a voz de execução;

d) O comando propriamente dito, em princípio, deve ser longo e pronunciado


pausadamente. Este cuidado é importante em comandos propriamente
ditos que correspondem à execução de movimentos preparatórios, como
foi citado acima.

1.8.1.2.3. A voz de execução tem por finalidade determinar o exato momento


em que o movimento deve começar ou cessar.

a) A voz de execução deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem que ser
mais breve que o comando propriamente dito e mais incisiva;

b) Quando a voz de execução for constituída por uma palavra oxítona (que
tem a tônica na última sílaba), é aconselhável o alongamento na enunciação
da(s) sílaba(s) inicial(ais), seguido de uma enérgica emissão da sílaba final.
Exemplos: “PERFI-LAR!” - “CO-BRIR!” - “VOL-VER!” “DES-CAN-SAR!”;

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c) Quando, porém, a tônica da voz de execução cair na penúltima sílaba, é


imprescindível destacar essa tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s)
sílaba(s) final(ais) praticamente não se pronuncia(m). Exemplos: “MAR-
CHE!”, “AL-TO!”, “EM FREN-TE!”.

1.8.1.3. As vozes de comando são claras, enérgicas e de intensidade


proporcional ao efetivo dos executantes.

1.8.1.4. O líder emite as vozes de comando na posição de Sentido, com a


frente voltada para a fração, de um local em que possa ser ouvido e visto por
todos os desbravadores.

1.8.1.4.1. Em comandos a pé firme, tendo a fração mudado de direção, o


instrutor também deverá se deslocar novamente à frente da fração. O
deslocamento não necessita ser em ordinário marche, porém a cada mudança
deverá romper marcha e se deslocar com vivacidade e postura.

1.8.1.4.2. Em comandos em movimento, o instrutor deve tomar um


posicionamento para que a fração consiga ouvi-lo e que não obstrua os
movimentos da fração.

1.8.1.4.3. Em deslocamento, o instrutor deve se deslocar à esquerda da fração,


a um terço da retaguarda para a frente, de forma que seu comando seja
ouvido por todos. O instrutor deve estar no mesmo passo da fração.

1.8.1.5. As vozes de comando devem ser rigorosamente padronizadas, para


que a execução seja sempre uniforme. Para isso, é necessário que os instrutores
de Ordem Unida pratiquem individualmente, antes de comandarem uma fração.

NOTA: Para comandos por gestos, corneta (ou clarim) e apito, você poderá ter
como referência o Manual de Ordem Unida do Exército Brasileiro EB70-MC-
10.308 páginas 1-10 a 1-16.

1.9. Métodos e Processos de Instrução

1.9.1. A instrução da Ordem Unida deve ser orientada como se segue:

a) O ensino da Ordem Unida para o desbravador inexperiente será,


inicialmente, individualizado.

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b) A instrução coletiva só é iniciada após o desbravador ter conseguido


desembaraço na execução individual dos movimentos;

c) A instrução tem desenvolvimento gradual, isto é, começa pelas partes mais


simples, atingindo, progressivamente, as mais difíceis; e

d) Os exercícios são metódicos, precisos, frequentes e ministrados em


sessões de curta duração. Assim conduzidos, tornam-se de grande valor
para o desenvolvimento do autocontrole e do espírito de coesão. É um
grande erro realizar sessões de Ordem Unida de longa duração.

1.9.2. O rendimento da instrução de Ordem Unida está diretamente ligado à


motivação dos participantes. O instrutor deve estar consciente de que a Ordem
Unida bem ministrada diminui a insegurança, a timidez e a falta de desenvoltura no
instruendo, conseguindo deste reflexos de obediência e espírito de corpo.

1.9.3. Na escolha do local para instrução de Ordem Unida, o instrutor deve evitar
lugares em que há exposição a ruídos, que, além de distrair a atenção do
instruendo, dificultam o entendimento dos comandos de voz. Enquadram-se, neste
caso, as proximidades de estacionamentos, rodovias movimentadas, locais com
som alto e quadra de esportes.

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Capítulo II
Comandos a Pé Firme

2.1. Conduções de Execução

2.1.1. A instrução individual da Ordem Unida deve ser ministrada desde os


primeiros dias de ingresso no Clube de Desbravadores;

2.1.2. Os desbravadores que estiverem com dificuldades devem ser grupados em


uma fração separada, que merecerá maior atenção dos instrutores e/ou
monitores;

2.1.3. A execução correta das posições e dos movimentos é o principal objetivo


da instrução individual.

2.2. Formatura

2.2.1. Entrada em Forma

2.2.1.1. Para se colocar em forma uma fração qualquer, é necessário dar-lhe


um comando contendo a voz de advertência (designação da fração, e da frente), o
comando propriamente dito (a formação que se deseja) e a voz de execução (“EM
FORMA!”). Exemplo: “CLUBE (UNIDADE)! FRENTE PARA TAL PONTO! COLUNA
POR TRÊS! EM FORMA!”;

2.2.1.2. A sequência dos comandos é sempre a seguinte: designação da


fração, frente, formação e voz de execução de “EM FORMA!”. Após a voz de
execução “EM FORMA”, cada Desbravador desloca-se rapidamente para o seu
lugar e, na posição de SENTIDO, toma as distâncias e intervalos regulamentares,
se for o caso. Logo em seguida é passado, automaticamente, à posição de
DESCANSAR e mantém-se em silêncio;

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2.2.2. Saída de Forma

2.2.2.1. Estando o clube (unidade, região etc) na posição de SENTIDO, é


dado o comando de “FORA DE FORMA! MARCHE!”. Após o comando
“MARCHE!”, o Desbravador bate fortemente seu pé esquerdo no chão, à frente,
rompendo marcha.

2.2.2.2. O comando pode vir acompanhado de brado (como o nome do


Clube, da Unidade ou mesmo Desbravadores). Para isso o líder da fração dirá
antes do comando “COM O BRADO”. A fração realiza o brado no intervalo entre o
FORA DE FORMA e o comando de execução MARCHE;

2.2.2.3. Quando necessário, o comando é precedido da informação “NAS


PROXIMIDADES”, que não faz parte da voz de comando. Neste caso, os
desbravadores devem manter a atenção no seu comandante, permanecendo nas
imediações.

2.3. Posições

2.3.1. SENTIDO - nesta posição, o desbravador fica imóvel e com a frente voltada
para o ponto indicado. Os calcanhares unidos, pontas dos pés voltadas para fora,
de modo que formem um ângulo de aproximadamente 60 graus. O corpo
levemente inclinado para frente, com o peso distribuído igualmente sobre os
calcanhares e as plantas dos pés; e os joelhos naturalmente distendidos. O busto
aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma altura e um pouco para trás,
sem esforço. Os braços caídos e ligeiramente curvos, com os cotovelos um pouco
projetados para frente e na mesma altura. As mãos espalmadas, coladas na parte
exterior das coxas, dedos unidos e distendidos, sendo que o médio deve coincidir
com a costura lateral da calça. Cabeça erguida e o olhar fixo à frente (Figura 2-1 e
2-2).

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2.3.2. Para tomar a posição de Sentido, o desbravador une os calcanhares com


energia e vivacidade, de modo a se ouvir este contato. Ao mesmo tempo, leva
as mãos para os lados do corpo, batendo-as com energia ao colá-las nas coxas.
Durante a execução deste movimento, o desbravador afasta os braços cerca de
20 centímetros do corpo, antes de colar as mãos nas coxas. O calcanhar
esquerdo deve ser ligeiramente levantado para que o pé não arraste no solo. O
desbravador toma a posição de Sentido ao comando de “SENTIDO!”.

Figura 2-1 – Frente Figura 2-2 – Lado

2.3.3. DESCANSAR - estando na posição de Sentido, ao comando de


“DESCANSAR!”, o desbravador desloca o pé esquerdo, a uma distância
aproximadamente igual à largura de seus ombros, para a esquerda, elevando
ligeiramente o corpo sobre a ponta do pé direito, para não arrastar o pé esquerdo.
Simultaneamente, as mãos são levadas às costas, na altura da cintura, e a mão
esquerda segura o braço direito pelo punho, com a mão direita fechada.
Nesta posição, as pernas ficam naturalmente distendidas e o peso do corpo
igualmente distribuído sobre os pés, que permanecem num mesmo alinhamento.

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Esta é a posição do desbravador ao entrar em forma, onde permanece em silêncio


e imóvel (Figura 2-3 e 2-4).

Figura 2-3 – Frente Figura 2-4 – Trás

2.3.4. Posição para oração - a posição para


oração é uma atitude de reverência a Deus.
Ela deve ser comandada a partir da
posição DESCANSAR, então
o Desbravador segurará o punho direito
(mão direita fechada) com a mão esquerda,
à altura do cinto.
Retira-se qualquer cobertura usada na cabeça
e inclina-se a cabeça, fechando os olhos.
Os pés permanecem como estavam.
Após o término da oração, os Desbravadores
retornam automaticamente para
a posição DESCANSAR (Figura 2-5).

Figura 2-5 – Posição para Oração

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2.3.5. Saudação Maranata - A partir da


posição SENTIDO, o Desbravador levanta
sua mão direita, à frente, rente ao corpo,
até a altura do ombro, com a palma da mão
para a frente, os dedos unidos, e o polegar
cruzando a palma. Esta é a posição de
Maranata, os quatro dedos são os quatro
As da palavra Maranata: amar, anunciar,
apressar e aguardar a volta de Cristo.
O polegar cruzado significa o cristão curvado,
em reverência a Deus. A contraordem
é DESCANSAR POSIÇÃO (Figura 2-6).

Figura 2-6 – Saudação Maranata

2.3.6. À VONTADE - o comando de “À VONTADE” deve ser dado quando os


desbravadores estiverem na posição de DESCANSAR. A este comando, o
desbravador mantém o seu lugar em forma, de modo a conservar o alinhamento e
a cobertura, podendo mover o corpo e falar, não podendo remover o pé direito do
local da posição de DESCANSAR. Para cessar a situação de “À Vontade”, o líder
ou instrutor dará uma voz ou sinal de advertência: “ATENÇÃO!”. Os
desbravadores, então, individualmente, tomam a posição de “DESCANSAR”.

2.3.7. RELAXAR A POSIÇÃO - o comando de “RELAXAR A POSIÇÃO” é dado


quando a fração estiver na posição de Descansar. Semelhante ao comando de “À
vontade”, nesta posição o desbravador, sem sair do lugar, se movimenta
levemente, sem falar, com a intenção de, mais relaxado, continuar prestando
atenção em alguma atividade ou palavras dirigidas à fração. É utilizada em
ocasiões de formaturas muito longas ou a critério de quem estiver falando com a
fração;

2.3.8. OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) – FRAÇÃO A PÉ FIRME – a partir da


posição de SENTIDO, ao comando de “OLHAR À DIREITA (ESQUERDA)!”, cada
desbravador gira a cabeça energicamente para o lado indicado, olha francamente
a autoridade que se aproxima e, à proporção que esta se deslocar, acompanha
com a vista, voltando naturalmente a cabeça até que ela tenha atingido o último
desbravador da esquerda (direita). Ao comando de “OLHAR, FRENTE!”, volve a
cabeça, energicamente, para frente.

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2.3.9. SENTADO (AO SOLO) - partindo da posição de DESCANSAR, ao comando


de “SENTADO UM-DOIS!” o desbravador realiza um salto, em seguida, senta-se
com as pernas cruzadas, envolvendo os joelhos com os braços, e com a mão
esquerda deverá segurar o braço direito pelo pulso mantendo a mão direita
fechada. Para retornar à posição de DESCANSAR, partindo da posição sentado,
deve-se comandar “DE PÉ UM-DOIS!” (Figura 2-7).

Figura 2-7 – Sentado

2.4. Cobrir

2.4.1. Para que uma fração (clube, Unidade, região) retifique a cobertura é dado o
comando de “COBRIR!”. A este comando, que é dado com a fração na posição de
SENTIDO, o desbravador estende o braço esquerdo para frente, com a palma da
mão para baixo e os dedos unidos, até tocar levemente com a ponta do dedo
médio a retaguarda do ombro (ou mochila) do companheiro/a da frente; coloca
exatamente atrás deste, de forma a cobri-lo e, em seguida, posiciona na mesma
linha em que se encontrem os companheiros à sua direita, alinhando-se por eles
(Figura 2-8).

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2.4.2. A mão direita permanece colada à coxa. Os desbravadores da testa, com


exceção do desbravador da esquerda (que permanece na posição de Sentido),
estendem os braços esquerdos para o lado, palmas das mãos para baixo, dedos
unidos, tocando levemente o lado do ombro direito do companheiro à sua
esquerda. A mão direita permanece colada à coxa (Figura 2-9).

Figura 2-8 – Cobrir – Coluna

Figura 2-9 – Cobrir – Testa

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2.4.3. Se o líder desejar reduzir o intervalo entre os desbravadores, logo após


enunciar a fração, comanda “SEM INTERVALO, COBRIR!”. Neste caso, os
desbravadores procedem como descrito anteriormente, com exceção dos
desbravadores da testa, que colocam as mãos esquerdas fechadas nas cinturas,
punhos no prolongamento dos antebraços, dorso das mãos para frente, cotovelos
para a esquerda, tocando levemente o braço direito do companheiro à sua
esquerda (Figura 2-10).

Figura 2-10 – Cobrir Sem Intervalo

2.4.4. A cobertura está correta quando o desbravador, olhando para frente, ver
somente a cabeça do companheiro/a que o precede (a distância deve ser de um
braço).

2.4.5. O alinhamento estará correto quando o desbravador, conservando a


cabeça imóvel, olhar para a direita e verificar se está no mesmo alinhamento que
os demais companheiros de sua fileira. O intervalo será de um braço (braço
dobrado, no caso de Sem intervalo).

2.4.6. Verificada a cobertura e o alinhamento, o líder da fração comanda


“FIRME!”. A este comando, os desbravadores descem energicamente o braço
esquerdo, colando a mão à coxa com uma batida e, ao mesmo tempo, quando for
o caso, abaixam o bandeirim, permanecendo na posição de Sentido.

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2.5. Perfilar

2.5.1. Estando o clube em linha e em descansar, para retificar o seu alinhamento,


é dado o comando de “BASE DESBRAVADOR TAL, PELO CENTRO (DIREITA OU
ESQUERDA)! PERFILAR!”. Após enunciar “BASE DESBRAVADOR TAL!”, o líder
aguarda que o desbravador-base se identifique. Sendo assim, o desbravador-base
deve levantar o braço direito com punho cerrado, bradar o seu nome com voz alta
e energética (Figura 2-11), na sequência, abaixar seu braço. E o comando
continua: “PELO CENTRO (DIREITA OU ESQUERDA)”, fazendo uma nova pausa e
esperando que os desbravadores tomem a posição de Sentido (Figura 2-12). Em
seguida, comanda “PERFILAR!”;

Figura 2-11 – Desbravador-base Identificando-se

Figura 2-12 – Desbravadores Tomam Posição de Sentido

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2.5.2. À voz de execução “PERFILAR!”, os desbravadores da testa e os da coluna


do desbravador-base procederão como no movimento de Cobrir. Ao mesmo
tempo, todos os desbravadores voltam vivamente o rosto para a coluna do
desbravador-base. Em seguida, tomam os intervalos e distâncias, sem erguer o
braço esquerdo (Figura 2-13);

Figura 2-13 – Desbravadores Tomam os Intervalos e Distâncias

2.5.3. Se desejar reduzir os intervalos, o líder comanda “BASE DESBRAVADOR


TAL! SEM INTERVALO! PELO CENTRO! PELA DIREITA! ou PELA ESQUERDA!
PERFILAR!”. Os desbravadores da testa, com exceção do desbravador da
esquerda (que permanece na posição de Sentido), colocam a mão esquerda
fechada na cintura, punho no prolongamento do antebraço, dorso da mão para
frente, cotovelo para a esquerda, até tocar levemente o braço direito do
companheiro/a à sua esquerda. Os desbravadores da coluna do desbravador-base
estendem o braço esquerdo à frente, até tocarem levemente à retaguarda do
ombro esquerdo do companheiro/a da frente. Todos os desbravadores voltam
vivamente o rosto para a coluna do desbravador-base;

2.5.4. Os desbravadores estarão no alinhamento quando, tendo a cabeça voltada


para a direita (esquerda), puderem ver com o olho direito (esquerdo) somente o
companheiro imediatamente ao lado e, com o olho esquerdo (direito), divisar o
resto da fileira do mesmo lado;

2.5.5. Quando o líder do clube verificar que o alinhamento e a cobertura estão


corretos, comanda “FIRME!”. A esta voz, os desbravadores abaixarão o braço com
energia, colando a mão à coxa, com uma batida, ao mesmo tempo em que voltam
a cabeça, com energia, para frente e, permanecendo na posição de Sentido
(Figura 2-14);

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Figura 2-14 – Desbravadores em Posição de Sentido após o Perfilar

2.6. Voltas

2.6.1. A PÉ FIRME - todos os movimentos são executados na posição de


SENTIDO, mediante os comandos abaixo descritos:

2.6.1.1. “ESQUERDA, VOLVER” – após o comando VOLVER, o desbravador


voltar-se-á para o lado esquerdo, a um ângulo de 90º, sobre o calcanhar do pé
esquerdo e a planta do pé direito. Terminando o movimento, assentará a planta do
pé esquerdo no solo, unirá depois o pé direito, batendo energicamente os
calcanhares;

2.6.1.2. “DIREITA, VOLVER” – após o comando VOLVER, o desbravador


voltar-se-á para o lado direito, a um ângulo de 90º, sobre o calcanhar do pé direto
e a planta do pé esquerdo. Terminando o movimento, assentará a planta do pé
direito no solo, unirá depois o pé esquerdo, batendo energicamente os
calcanhares;
2.6.1.3. “MEIA VOLTA, VOLVER” – após o comando VOLVER, o
desbravador voltar-se-á para o lado esquerdo, a um ângulo de 180º, sobre o
calcanhar do pé esquerdo e a planta do pé direito. Terminando o movimento,
assentará a planta do pé esquerdo no solo, unirá depois o pé direito, batendo
energicamente os calcanhares;

2.6.1.4. “OITAVO À ESQUERDA, VOLVER” – após o comando VOLVER, o


desbravador voltar-se-á para o lado esquerdo, a um ângulo de 45º, sobre o
calcanhar do pé esquerdo e a planta do pé direito. Terminando o movimento,
assentará a planta do pé esquerdo no solo, unirá depois o pé direito, batendo
energicamente os calcanhares;

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2.6.1.5. “OITAVO À DIREITA, VOLVER” – após o comando VOLVER, o


desbravador voltar-se-á para o lado direito, a um ângulo de 45º, sobre o calcanhar
do pé direto e a planta do pé esquerdo. Terminando o movimento, assentará a
planta do pé direito no solo, unirá depois o pé esquerdo, batendo energicamente
os calcanhares.

2.7. Frentes

2.7.1. “FRENTE PARA RETAGUARDA” – com o grupo em DESCANSAR, após o


comando, todos dão um pulo fazendo um giro no ar de 180º pela esquerda, dando
um grito característico (RÁ ou alguma combinação do grupo, como, por exemplo,
o nome do Clube ou Unidade), sem, no entanto, deixarem a posição DESCANSAR;

2.7.2. “FRENTE PARA ESQUERDA” – segue o mesmo princípio do comando


FRENTE PARA A RETAGUARDA, só que o grupo dá um giro de apenas 90º,
também pela esquerda;

2.7.3. “FRENTE PARA DIREITA”– segue o mesmo princípio do comando FRENTE


PARA A ESQUERDA, só que o giro de 90º é pela direita.

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Capítulo III
Comandos em Movimento

3.1. Passos

3.1.1. Cadência - é o número de passos executados por minuto, nas marchas em


passo ordinário e acelerado;

3.1.1.1. Para os eventos a seguir relacionados devem ser adotadas as


seguintes cadências:

a) Desfile a pé – 116 passos p/min;


b) Incorporação da Bandeira Nacional – 100 passos p/min.

3.1.2. Os deslocamentos podem ser feitos nos passos: ordinário, sem cadência,
de estrada e acelerado;

3.1.2.1. Passo ordinário - é o passo com aproximadamente 75 centímetros


de extensão, calculado da planta do pé a outra e numa cadência de 116 passos
por minuto. Neste passo, o desbravador conservará a atitude marcial;

3.1.2.2. Passo sem Cadência - é o passo executado na amplitude que


convém ao desbravador, de acordo com a sua conformação física e com o
terreno. No passo sem cadência, o desbravador é obrigado a conservar a atitude
correta, a distância e o alinhamento;

3.1.2.3. Passo de estrada - é o passo sem cadência em que não há a


obrigação de conservar a mesma atitude do passo sem cadência, propriamente
dito, embora o desbravador tenha que manter seu lugar em forma e a
regularidade da marcha;

3.1.2.4. Passo Acelerado - é o passo executado com a extensão de 75 a 80


centímetros, conforme o terreno e numa cadência de 180 passos por minuto;

3.1.2.5. Movimento de Braços e Pernas no Passo Ordinário - durante o


deslocamento, os braços devem oscilar transversalmente ao sentido do
deslocamento, flexionando-se para frente até a altura da fivela do cinto e para trás
distendendo-se até 30 centímetros do corpo; a perna também deve ser
naturalmente distendida; e o calcanhar bater no solo de maneira natural e sem
exageros, porém com a mesma intensidade em ambas as pernas;

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3.1.2.6. Os erros mais frequentes no passo ordinário, são os seguintes:

a) Braços: movimentos frontais ou laterais ao corpo e de forma exagerada


(Figura 3-1).

Figura 3-1 – Movimento Frontais ou Laterais Exagerados


b) Pernas: levantar ou dobrar excessivamente os joelhos e bater no solo com
o calcanhar e antes da planta do pé (Figura 3-2).

Figura 3-2 – Movimento com Pernas Exagerados

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c) Corpo: arqueado para frente (Figura 3-3).

Figura 3-3 – Movimento com Arqueado para Frente


3.2. Marchas

3.2.1. O rompimento das marchas é feito sempre com o pé esquerdo partindo da


posição de Sentido e ao comando de “ORDINÁRIO” (SEM CADÊNCIA, PASSO DE
ESTRADA ou ACELERADO) MARCHE!”;

3.2.2. Para fim de instrução, o instrutor pode marcar a cadência. Para isso, conta
“UM!”, “DOIS!”, conforme o pé que tocar no solo: “UM!”, o pé esquerdo; “DOIS!”,
o pé direito;

3.2.3. As marchas são executadas em passo ordinário, passo sem cadência,


passo de estrada e passo acelerado;

3.2.4. Marcha em Passo Ordinário

3.2.4.1. Rompimento - ao comando de “ORDINÁRIO, MARCHE!”, o


desbravador leva o pé esquerdo à frente, com a perna naturalmente distendida,
batendo com a planta do pé esquerdo ao solo de modo enérgico e sem exageros
ou excessos; leva também à frente o braço direito, flexionando-o para cima, até a
altura da fivela do cinto, com a mão espalmada (dedos unidos) e no
prolongamento do antebraço. Simultaneamente, eleva o calcanhar direito, fazendo
o peso do corpo recair sobre o pé esquerdo e projeta para trás o braço esquerdo,
esticado, com a mão espalmada e no prolongamento do antebraço, até 30

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centímetros do corpo. Leva, em seguida, o pé direito à frente, com a perna


distendida naturalmente, batendo com a planta do pé no solo, ao mesmo tempo
em que inverte a posição dos braços.

3.2.4.2. Deslocamento - o desbravador prossegue, avançando em linha reta,


perpendicularmente à linha dos ombros. A cabeça permanece levantada e imóvel;
os braços oscilam, conforme descrito anteriormente, transversalmente ao sentido
do deslocamento. A amplitude dos passos é aproximadamente 40 centímetros
para o primeiro e de 75 centímetros para os demais. A cadência é de 116 passos
por minuto, marcada pela batida da planta do pé no solo. Lembrando de manter
sempre a coluna ereta e elevando os joelhos até que os pés fiquem à altura de 20
centímetros do solo.

3.2.4.3. Alto - o comando de “ALTO!” é dado quando o desbravador


assentar o pé esquerdo no solo; ele dará, então, mais dois passos, um com o pé
direito e outro com o pé esquerdo, unindo, com energia, o pé direito ao esquerdo,
batendo fortemente os calcanhares, ao mesmo tempo em que, cessando o
movimento dos braços, cola as mãos nas coxas com uma batida, conforme o
prescrito para a tomada da posição de Sentido.

3.2.4.4. Marcar Passo - o comando de “MARCAR PASSO!” é dado nas


mesmas condições que o comando de “ALTO!”. O desbravador executa o alto e,
em seguida, continua marchando no mesmo lugar, elevando os joelhos até que os
pés fiquem à altura de 20 centímetros do solo, mantendo a cadência do passo
ordinário. Os braços não devem oscilar. As mãos ficam espalmadas (dedos
unidos), como durante o movimento. O Marcar Passo deve ser de curta duração.
É empregado nas seguintes situações: manter a distância regulamentar entre duas
unidades (frações) consecutivas de uma coluna; retificar o alinhamento e a
cobertura de uma fração, antes do comando de “ALTO!” ou de “EM FRENTE”,
entre outras.

3.2.4.5. Em Frente - o comando de “EM FRENTE!” é dado quando o pé


esquerdo assentar no solo. O desbravador dará, ainda, um passo com o pé direito,
rompendo, em seguida, com o pé esquerdo, a marcha no passo ordinário.

3.2.5. Marcha em Passo sem Cadência

3.2.5.1. Rompimento da marcha - ao comando de “SEM CADÊNCIA,


MARCHE!”, o desbravador rompe a marcha em passo sem cadência, devendo
manter o silêncio durante o deslocamento.

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3.2.5.2. Passagem do Passo Ordinário para o Passo sem Cadência -


estando o desbravador em marcha no passo ordinário, ao comando de “SEM
CADÊNCIA, MARCHE!”, inicia a marcha em passo sem cadência. A voz de
execução é dada quando o pé esquerdo tocar o solo, de tal forma que a batida
seguinte do calcanhar esquerdo no solo seja mais acentuada, quando então, o
desbravador inicia o passo sem cadência. Para voltar ao passo ordinário, o
instrutor inicia a marcação dos passos “ESQUERDA” e “DIREITA”, para a fração ir
acertando o passo, mesmo em sem cadência. Ao comando de “ORDINÁRIO,
MARCHE!”, quando o pé esquerdo tocar o solo, o desbravador realiza um passo
com o pé direito, rompendo, em seguida, com o pé esquerdo, a marcha no passo
ordinário.

3.2.5.3. Alto - estando em passo sem cadência, ao comando de “ALTO!”


(com a voz alongada), o desbravador dará mais dois passos e unirá o pé que está
atrás ao da frente, voltando à posição de Sentido.

3.2.6. Marcha em Passo de Estrada

3.2.6.1. Nos deslocamentos em estradas e fora das localidades, para


proporcionar maior comodidade aos desbravadores, é permitido marchar em
passo de estrada. Ao comando de “PASSO DE ESTRADA, MARCHE!”, o
desbravador marcha no passo sem cadência podendo, no deslocamento, falar,
cantar, beber e comer. Para fazer com que a fração retome o passo ordinário, é
dado, primeiro, o comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE!” e, então, se
comandará “ORDINÁRIO, MARCHE!”.

3.2.6.2. Os passos sem cadência ou de estrada não têm amplitude e


cadência regulares, devendo-se evitar o passo muito rápido e curto, que é
fatigante. O aumento da velocidade é conseguido com o aumento da amplitude do
passo e não com a aceleração da cadência.

3.2.6.3. Alto - estando a tropa em Passo de estrada, comandar-se-á “SEM


CADÊNCIA, MARCHE!”, antes de se comandar “ALTO!”.

3.2.7. Marcha em Passo Acelerado

3.2.7.1. No rompimento da marcha, partindo da posição de Sentido - ao


comando de “ACELERADO!”, o desbravador levanta os antebraços, encostando
os cotovelos com energia ao corpo e formando com os braços ângulos
aproximadamente retos; as mãos fechadas, sem esforço e naturalmente voltadas
para dentro, com polegar para cima, apoiado sobre o indicador, executando ao
mesmo tempo o brado “RÁ”. À voz de “MARCHE”, rompe com o pé esquerdo e

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realiza uma corrida cadenciada, movendo os braços naturalmente para frente e


para trás sem afastá-los do corpo. A cadência é de 180 passos por minuto. Em
ACELERADO as pernas se dobram, como na corrida curta;

3.2.7.2. Passagem do Passo Ordinário para o Passo Acelerado - estando a


fração marchando no passo ordinário, ao comando de “ACELERADO!”, levanta os
antebraços, no momento em que o próximo pé esquerdo tocar ao solo; a voz de
“MARCHE!” é dada ao assentar o pé esquerdo ao solo; o desbravador dará mais
três passos, iniciando, então, o acelerado com o pé esquerdo de acordo com o
que está escrito para o início do Acelerado, partindo da posição de Sentido.

3.2.7.3. Passagem do Passo sem Cadência para o Passo Acelerado - se a


fração estiver marchando no passo sem cadência, antes do comando de
“ACELERADO, MARCHE!”, é comandado “ORDINÁRIO, MARCHE!”.

3.2.7.4. Alto - o comando é dado quando o desbravador assentar o pé


esquerdo no solo; ele dará mais quatro passos em acelerado e fará alto, unindo o
pé direito ao esquerdo e, abaixando os antebraços, colocará as mãos nas coxas,
com uma batida. A união dos pés e a batida das mãos nas coxas são executadas
simultaneamente.

3.2.7.5. Passagem do Passo Acelerado para o Passo ordinário - estando


em acelerado, a voz de execução é dada quando o pé esquerdo assentar no solo;
o desbravador dará mais três passos em acelerado, iniciando, então, o passo
ordinário com a perna esquerda.

3.2.8. DESLOCAMENTOS CURTOS - podem ser executados ao comando de


“TANTOS PASSOS EM FRENTE! MARCHE!”. O número de passos é sempre
ímpar. À voz de “MARCHE!”, o desbravador rompe a marcha no passo ordinário,
dando tantos passos quantos tenham sido determinados e faz Alto, sem que, para
isso, seja necessário novo comando.

3.2.9. OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) - FRAÇÃO EM DESLOCAMENTO -


quando no passo ordinário, a última sílaba do comando de “SENTIDO! OLHAR À
DIREITA!” deve coincidir com a batida do pé esquerdo no solo; quando o pé
esquerdo voltar a tocar o solo, com uma batida mais forte, deve ser executado o
giro de cabeça para o lado indicado, de forma enérgica e sem desviar a linha dos
ombros. A testa e coluna do sentido do comando (Direita ou Esquerda) não
deverão executar o comando. Para voltar a cabeça à posição normal, é dado o
comando de “OLHAR, FRENTE!” nas mesmas condições do “OLHAR À DIREITA
(ESQUERDA)”.

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3.2.10. OLHAR À DIREITA (ESQUERDA) - FRAÇÃO EM DESFILE - na altura


da primeira baliza vermelha, ou do toque da corneta, é dado o comando de
“SENTIDO! OLHAR À DIREITA!”, que coincide com a batida do pé esquerdo no
solo; quando o pé esquerdo voltar a tocar o solo, com uma batida mais forte, é
executado o giro de cabeça para o lado indicado, de forma enérgica e sem desviar
a linha dos ombros. No pé esquerdo seguinte é realizado o brado padronizado de
cada fração por ocasião do desfile. A testa e coluna do sentido do comando
(Direita ou Esquerda) não deverão executar o comando. Ao comando de “OLHAR,
FRENTE!”, que é dado quando a retaguarda do grupamento ultrapassar a segunda
baliza vermelha ou mediante toque da corneta, a fração gira a cabeça no pé
esquerdo seguinte ao comando.

3.3. Voltas

3.3.1. EM MARCHA - as voltas em marcha só são executadas nos deslocamentos


no passo ordinário.

3.3.1.1. “DIREITA, VOLVER!” - após o comando VOLVER, que deverá ser


dado no pé direito, com o pé esquerdo, o Desbravador dará um passo mais curto
e volverá à direita, sobre as plantas dos pés, prosseguindo a marcha com o pé
esquerdo, na nova direção.

3.3.1.2. “ESQUERDA, VOLVER!” - após o comando VOLVER, que deverá


ser dado no pé esquerdo, com o pé direito o Desbravador dará um passo mais
curto e volverá à esquerda, sobre as plantas dos pés, prosseguindo a marcha com
o pé direito, na nova direção.

3.3.1.3. “OITAVO À DIREITA, VOLVER!” - Após o comando VOLVER, que


deverá ser dado no pé direito, com o pé esquerdo o Desbravador dará um passo
mais curto e volverá à direita em 45º, sobre as plantas dos pés, prosseguindo a
marcha com o pé esquerdo, na nova direção.

3.3.1.4. “OITAVO À ESQUERDA, VOLVER!” - Após o comando VOLVER,


que deverá ser dado no pé esquerdo, com o pé direito o Desbravador dará um
passo mais curto e volverá à esquerda em 45º, sobre as plantas dos pés,
prosseguindo a marcha com o pé direito, na nova direção.

3.3.1.5. “MEIA VOLTA, VOLVER!” - a voz de execução “VOLVER!” inicia-se


no pé direito ao solo, terminando ao assentar com o pé esquerdo no solo; o pé
direito irá um pouco à frente do esquerdo, girando o desbravador vivamente pela
esquerda sobre as plantas dos pés, até mudar a frente para a retaguarda,
rompendo a marcha com o pé direito e prosseguindo na nova direção.

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3.3.1.6. Estando o clube em passos sem cadência e sendo necessário mudar


a sua frente, o líder da fração comandará “FRENTE PARA A DIREITA (ESQUERDA,
RETAGUARDA)!”. A este comando, os desbravadores se voltarão rapidamente
para frente indicada, por meio de um salto, prosseguindo no passo sem cadência.

3.4. Mudanças de Direção

3.4.1. Durante um deslocamento, para se tomar uma nova direção, determinada


por um ponto de referência, facilmente visível, se comanda “DIREÇÃO A TAL
PONTO! MARCHE!”.

3.4.2. Faltando o ponto de referência acima mencionado, para se efetuar uma


mudança de direção, é dado o comando “DIREÇÃO À DIREITA (ESQUERDA)!
MARCHE!”.

3.4.3. O guia (quando em coluna por um) ou a testa da fração descreve um arco
de circunferência para a direita ou para a esquerda, até virar a frente para o ponto
indicado ou até receber o comando de “EM FRENTE!”, seguindo, então em linha
reta, tendo o cuidado de diminuir a amplitude do passo, para evitar o alongamento
da(s) coluna(s); os outros desbravadores acompanham o movimento e mudam de
direção, no mesmo ponto em que o guia (ou a testa) fez a mudança.

3.4.4. Logo que a fração tenha se deslocado o suficiente na nova direção, o guia
(ou a testa) retoma a amplitude normal do passo ordinário, independente de
comando.

NOTA: O comando CONVERSÃO PELA DIREITA / ESQUERDA muito utilizado


pelos clubes, não está previsto no Manual Administrativo dos Desbravadores
e Manual de Campanha – Ordem Unida – Exército Brasileiro - EB70-MC-
10.308. Esse comando não deverá ser usado como comando válido.

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Capítulo IV
Comandos com Bandeirim

4.11. Posições com Bandeirim

4.11.1. Sentido - nesta posição, o mastro do bandeirim fica na vertical, ao


lado direito do corpo, com a sua extremidade inferior tocando a lateral do pé
direito na altura do bico do pé. A empunhadura do mastro é feita com a mão
direita, de forma que o braço forme um ângulo de 90 graus com o antebraço e,
além disso, o dedo polegar deve estar voltado para cima, enquanto os demais
envolvem o mastro. A mão esquerda e os calcanhares devem estar como na
posição de Sentido. Para tomar à posição de Sentido, o desbravador une os
calcanhares com energia, ao mesmo tempo em que, afastando a mão esquerda,
no máximo 20 centímetros, a colará na coxa, com uma batida (Figuras 4-1, 4-2 e
4-3).

Figura 4-1 – Posição de Sentido (Frente)

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Figura 4-2 – Posição de Sentido Figura 4-3 – Posição de Sentido


(Perfil) (Posição da Mão e Polegar)

4.11.2. Descansar - para tomar a esta posição, o desbravador desloca o pé


esquerdo a uma distância aproximadamente igual à largura de seus ombros para a
esquerda, ficando as pernas distendidas e o peso do corpo igualmente distribuído
sobre os pés, que permanecerão no mesmo alinhamento. A mão direita segura o
mastro do bandeirim da mesma forma que na posição de Sentido.

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A mão esquerda fica caída naturalmente, ao lado do corpo, junto à costura da


calça, com o seu dorso voltado para frente, polegar por trás dos demais dedos
(Figura 4-4 e 4-5).

Figura 4-4 – Posição de Descansar Figura 4-5 – Posição de Descansar


(Frente) (Lateral)

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4.12. Cobrir com Bandeirim

4.12.1. Se a fração (unidade, clube) estiver com o bandeirim, ao comando


de “COBRIR!”, os desbravadores suspendem o bandeirim 10 cm do solo, a seguir,
procedem como descrito no item 2.4.1. (Figura 4-6).

Figura 4-6 – Cobrir com Bandeirim

4.12.2. Se os desbravadores estiverem portando o bandeirim, ao comando


de “SEM INTERVALO, COBRIR!”, os desbravadores suspendem o bandeirim 10
cm do solo, a seguir, procedem como descrito no item 2.4.2 (Figura 4-7).

Figura 4-7 – Cobrir Sem Intervalo com Bandeirim

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4.13. Movimento com Bandeirim a Pé Firme

4.13.1. Nos movimentos com o bandeirim a pé firme, somente os braços e


as mãos entram em ação; a parte superior do corpo fica perfilada e imóvel.

4.13.2. “SAUDAÇÃO MARANATA”, partindo da posição de Sentido - para


tomar a posição de Saudação Maranata, o desbravador deve esticar o seu braço
direito, que está com o mastro do bandeirim empunhado, de forma enérgica para
frente, até que o braço fique totalmente estendido, mantendo a ponta inferior do
mastro alinhada à ponta do pé direito, fazendo com que o bandeirim, que está
afixado na ponta superior do mastro, fique desfraldado. Os calcanhares e o braço
esquerdo devem permanecer como na posição de Sentido (Figura 4-6 e 4-7).

Figura 4-6 – Saudação Maranata Figura 4-7 – Saudação Maranata


(Frente) (Perfil)

NOTA: Esta mesma posição de saudação de maranata, com o bandeirim, deverá


ser utilizada pelo desbravador para posição de Voto e Voto de Fidelidade à
Bíblia durante os ideais.

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4.13.3. SENTIDO, partindo da posição de Saudação Maranata - para


retornar à posição de Sentido, o desbravador deve retrair, de forma enérgica, o
seu braço direito, que está estendido, para a lateral direita do corpo, de forma que
a mastro do bandeirim fique na vertical e seu braço forme um ângulo de 90 graus
com seu antebraço, da mesma maneira que na posição de Sentido.

4.14. Deslocamentos com Bandeirim

4.14.1. Deslocamentos no passo sem cadência, partindo da posição de


Sentido - ao ser comandado “SEM CADÊNCIA!”, o desbravador deve erguer o
mastro do bandeirim até a altura de aproximadamente 10 centímetros do solo,
mantendo-a na vertical, e aguardar o comando de “MARCHE!”. Quando o
comando de “MARCHE!” for emitido, o desbravador deve romper marcha com o
pé esquerdo e, logo em seguida, apoiar o mastro por sobre o ombro direito e,
dessa forma, realizar o deslocamento (Figuras 4-8 e 4-9).

Figura 4-8 –Bandeirim Suspenso Figura 4-9 – Bandeirim no Ombro


10 cm do Chão em Deslocamento

4.14.2. Deslocamentos no passo ordinário, partindo da posição de Sentido -


o rompimento de marcha e a posição do mastro do bandeirim são idênticos aos
dos deslocamentos em passo sem cadência. O movimento das pernas e do braço

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esquerdo é idêntico ao movimento do passo ordinário. O braço direito permanece


imóvel empunhando o mastro do bandeirim, que estará apoiado no ombro direito.

4.14.3. ALTO - o comando de “ALTO!” é dado quando o desbravador


assentar o pé esquerdo no solo; ele dará, então, mais dois passos, um com o pé
direito e outro com o pé esquerdo, unindo, com energia, o pé direito ao esquerdo,
batendo fortemente os calcanhares, ao mesmo tempo em que, cessando o
movimento dos braços, cola a mão esquerda na coxa com uma batida. Em
seguida, o desbravador deverá levar o mastro à posição de 10 cm do solo e tomar
a posição de sentido com o bandeirim.

4.15. Voltas com Bandeirim

4.15.1. “DIREITA (ESQUERDA), VOLVER!” – ao comando DIREITA


(ESQUERDA), o desbravador deve erguer o mastro do bandeirim até a altura de
aproximadamente 10 centímetros do solo, mantendo-a na vertical, aguardando a
voz de execução “VOLVER!”. Dada a voz de execução, o desbravador com o
bandeirim volta-se para o lado indicado, de um quarto de círculo, sobre o
calcanhar do pé direto (esquerdo) e a planta do pé esquerdo (direito) e, terminada
a volta, assentará a planta do pé direito (esquerdo) no solo; unirá depois o pé
esquerdo (direito) ao direito (esquerdo), batendo energicamente os calcanhares.
Simultaneamente o mastro bandeirim é levado ao lado direito do corpo, com a sua
extremidade inferior tocando a lateral do pé direito na altura do bico do pé.

4.15.2. “MEIA VOLTA, VOLVER!” - é executada como Esquerda Volver,


sendo a volta de 180 graus.

4.16. Frentes com o Bandeirim

4.16.1. “FRENTE PARA À DIREITA (ESQUERDA, RETAGUARDA)!” – Tal


comando é dado com o clube na posição de “Descansar”. Após executá-lo,
permanece nesta posição. Na voz de execução, o desbravador deve levantar
levemente a ponta inferior do mastro do bandeirim para não arrastar no solo.
Simultaneamente o desbravador volve, por meio de um salto, para o lado indicado
com energia e vivacidade, executando o brado padronizado pelo clube, e baixa o
bandeirim.

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Capítulo V
Bandeiras e Civismo

5.1. Introdução

5.1.1. Dentre as mais variadas atividades encontradas no universo chamado


Desbravadores, a Ordem Unida e o civismo chamam a atenção pelo fato de que
se torna mais fácil, com esses dois instrumentos, desenvolver nos juvenis três
grandes princípios que regem o caráter e a personalidade: ordem, disciplina e
união.

5.1.2. Quando o apito soa com dois silvos longos e dois silvos curtos, os
Desbravadores formam colunas e fileiras, proporcionando às Unidades meios de
se apresentarem e de se deslocarem em perfeita ordem sob quaisquer
circunstâncias: desfiles cívicos, apresentação a autoridades, reuniões do Clube,
entre outras.

5.2. Abertura e Encerramento da Reunião

5.2.1. Sabe-se que para se ter êxito em tudo o que se faz nessa vida é necessário
um bom planejamento. Esse é um princípio indispensável em qualquer área do
Clube de Desbravadores, especialmente no civismo de abertura e encerramento
da reunião do Clube. Para tanto, se faz necessário que o Diretor do Clube ou o
dirigente da reunião tome as devidas providências quanto ao local da reunião, a
fim de prover antecipadamente os seguintes componentes para a abertura:
bandeiras (País, Estado, Desbravadores, etc.), corda de 4 ou 6 mm para o
hasteamento, membros do Clube para o hasteamento e arriamento, pelotão de
ideais (voto, lei, alvo, lema, objetivo, voto à Bíblia e oração).

5.2.2. Após ser dado o sinal da abertura da reunião, as Unidades são formadas,
sendo que o comando, automaticamente, está com os capitães. Os capitães
apresentam suas respectivas unidades ao Diretor ou ao dirigente da reunião. Esse
processo deve ser feito sempre seguindo a sequência: Saudação Maranata, cargo
(Capitão, Secretário, Conselheiro, etc.), o que está representando (Unidade, ala
masculina, ala feminina ou Clube) seguido do que se pretende (apresentação ou
passagem de comando).

5.2.3. A seguir é mostrado um exemplo bastante simples da passagem de


comando de um Capitão chamado João, da unidade Tubarões, do Clube de
Desbravadores Reino Marinho, passando o comando para o Diretor Pedro, a fim

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de que se tenha melhor compreensão de como se deve funcionar o civismo de


uma reunião do clube.

O Capitão se aproxima do seu superior e executa a saudação Maranata (na


posição de sentido levantar o antebraço direito, mão espalmada, dedos unidos,
polegar recolhido à palma da mão. O antebraço se desloca lateralmente em
relação ao corpo, ficando perfeitamente paralelo a ele. A mão fica à altura do
rosto, o ângulo entre o braço e o antebraço é igual a 45º). O Diretor também
executa a saudação Maranata, porém responde com ‘O Senhor logo vem’. O
Capitão fala: Capitão João apresenta a Unidade Tubarões, com todos os membros
presentes, pronta para as atividades do dia. (Caso esteja faltando alguém, dizer
quantos, por exemplo: Capitão João apresenta a Unidade Tubarões, com quatro
membros presentes e três ausentes, pronta para as atividades do dia). O Diretor
responde: Unidade apresentada, ao meu comando (fala isso olhando para a
Unidade). Unidade Tubarões, DESCANSAR. Só se recebe o comando quando o
grupamento/Unidade estiver em ordem e na posição de sentido. Em resposta, o
Capitão continua: Permissão para entrar em forma. O Diretor responde: Permissão
concedida. Por fim, o Capitão executa o comando meia-volta volver e rompe
marcha com o pé esquerdo.

5.2.4. Após a apresentação da unidade, o capitão retorna e entra em forma na


frente da sua unidade, alinhando com os outros capitães.

5.2.5. Essa sequência se aplica para a apresentação e passagem de comando do


Capitão ao Diretor na abertura da reunião do Clube. A mudança acontece apenas
nos cargos (Capitão, Conselheiro, Instrutor, etc.) e grupamento (Unidade, ala
masculina, ala feminina, etc.).

5.2.6. ATRASADOS: após a unidade do referido desbravador atrasado já ter sido


apresentada ao diretor/oficial de dia, os atrasados devem formar uma unidade à
parte. Ao término da oração, após os ideais, os atrasados devem individualmente
se apresentar ao diretor/oficial de dia, pedindo permissão para entrar em forma.
Exemplo: O desbravador se aproxima do diretor, faz o gesto de Maranata e diz
“Maranata”, o diretor responde com o gesto Maranata e diz “O Senhor logo vem”.
Ambos desfazem o movimento e então o desbravador se apresenta: “Desbravador
Marcos, da Unidade Tigre, pede permissão para entrar em forma.” O diretor
responde: “Permissão concedida”. Em seguida o desbravador faz meia-volta e
entra em forma à retaguarda da sua unidade, atrás do conselheiro, até ser dado o
comando “cobrir” para acertar o dispositivo, ou ser destinado para as atividades.

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5.2.7. Após as unidades serem apresentadas ao diretor/oficial de dia para os


ideais, os desbravadores relacionados devem sair de forma pela frente, ficando os
seus lugares sem serem preenchidos. Findados os ideais, os desbravadores que
compõem o pelotão dos ideais devem entrar em forma pela retaguarda nos seus
devidos lugares.

5.3. Disposição das Bandeiras

5.3.1. Para o hasteamento das bandeiras, o número de membros do pelotão de


bandeiras deve ser compatível ao número de bandeiras (dois desbravadores por
bandeira).

5.3.2. A disposição das bandeiras é um item importantíssimo e que muitos


acabam confundindo. O processo de posicionamento de bandeiras é simples:

5.3.3. Quando em número ímpar: a bandeira Nacional deve ser a do centro e as


demais dispostas em ordem de importância, alternadamente à direita e à esquerda
da bandeira Nacional, ou seja, à esquerda e à direita de quem olha. Vejam o
exemplo abaixo, com as bandeiras do Brasil, do Estado e dos Desbravadores.

Figura 5-1 – Exemplo de Disposição de Bandeiras em Número Ímpar

5.3.4. Quando em número par: a bandeira Nacional a bandeira Nacional deve


estar ao lado direito do centro (ao lado esquerdo de quem vê) e as demais

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dispostas por ordem de importância, alternadamente à esquerda e à direita da


bandeira Nacional, ou seja, alternadamente à direita e à esquerda de quem vê.
Vejam o exemplo abaixo, com as bandeiras do Brasil, do Estado, dos
Desbravadores e do Clube.

Figura 5-2 – Exemplo de Disposição de Bandeiras em Número Par

5.3.5. Para ficar mais claro, confira outros exemplos:

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Figura 5-3 – Outros Exemplos

5.4. Civismo

5.4.1. Para um desfile cívico, o pelotão de porta-bandeira do Pavilhão Nacional,


será composto por 01 (um) porta-bandeira e por 05 (cinco) guardas-bandeira.
Considerando que o porta-bandeira estará no centro, é preciso 01 (um) guarda-
bandeira à esquerda, e 01 (um) à direita, formando uma linha com (03) três
desbravadores (guarda-bandeira – porta-bandeira – guarda-bandeira) na linha de
frente, na linha de trás, mais 03 (três) desbravadores para fechar um retângulo
(guarda-bandeira – guarda-bandeira – guarda-bandeira). A cada bandeira
acrescentado ao pelotão, mais 01 (um) guarda-bandeira deverá ser acrescentado
à retaguarda para fechar o retângulo. Se tiver 03 (três) bandeiras, serão
necessários 07 (sete) guardas-bandeiras.

5.4.2. Para o hasteamento, o pelotão de bandeiras entra preferencialmente


marchando e se posiciona de frente ao clube;

5.4.3. As bandeiras devem ser hasteadas enquanto se canta o hino nacional. Elas
devem atingir o topo em ordem de importância, devendo coincidir com o término
do hino. Em hipótese nenhuma deve haver hasteamento sem a bandeira nacional;

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5.4.4. Em dias de luto, as bandeiras devem ser hasteadas a meio mastro. Para
isso, elas devem atingir primeiramente o topo e após isso devem descer a meio
mastro, coincidindo com o término do hino;

5.4.5. Após todas as bandeiras hasteadas, canta-se o hino dos Desbravadores;

5.4.6. O pelotão de porta-bandeiras pode se retirar e entrar em forma;

5.4.7. Um segundo pelotão (pelotão dos ideais) formado por sete Desbravadores,
deve se posicionar à frente do Clube, formando uma fileira;

5.4.8. Eles deverão dirigir o momento dos ideais, na seguinte ordem, da direita
para a esquerda (de frente para o clube): Voto, Lei, Alvo, Lema, Objetivo e Voto de
fidelidade à Bíblia. O último Desbravador faz a oração;

5.4.9. Cada Desbravador que está a frente para dirigir o momento dos ideais,
deve anunciar o ideal, em seguida todos os presentes recitam juntos. Exemplo:
Fulano diz “lei”; em seguida todos recitam “a lei do Desbravador ordena-me...”;

5.4.10. No caso do Voto e do Voto de fidelidade à Bíblia, é necessário fazer


uma posição especial, conforme estabelece o Regulamento de Uniformes do
Ministério de Desbravadores e dizer, “Voto!” ou “Voto de Fidelidade à Bíblia” e
todos juntos recitam;

5.4.11. O Diretor, Oficial do Dia ou dirigente da reunião dá o comando FORA


DE FORMA ao pelotão dos ideais e os Desbravadores entram em forma.

5.4.12. Com todo o Clube em formação, o Capelão faz o devocional;

5.4.13. A seguir, o Diretor dá as instruções gerais e dispensa o Clube para


as atividades.

5.4.14. No encerramento da reunião, quando o Diretor ou dirigente da


reunião der o sinal (dois silvos longos e dois silvos curtos), todos os
Desbravadores se reúnem de acordo com a mesma formação da abertura.
Contudo, não é mais necessário apresentar as Unidades, pois o comando do
Clube já não está com os capitães.

5.4.15. Assim que todo o Clube estiver em forma, entra o pelotão para o
arriamento das bandeiras (que deve ser o mesmo que as hasteou no início da
reunião) e arria as bandeiras com o Clube cantando o hino nacional. A bandeira
do Brasil é a última a descer coincidindo com o término do hino.

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5.4.16. “Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas


simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o tope e a
última a dele descer.” (Art. 16. Lei 5700/71).

5.4.17. As bandeiras devem ser dobradas da seguinte maneira: segurar a


bandeira com o avesso para cima. Em seguida, dobrar a bandeira ao meio, de
forma que a parte inferior da bandeira fique por cima. Depois, dobrar ao meio
novamente, agora a parte superior da bandeira ficará por cima. Essa parte de cima
não pode mais ser sobreposta e ela deve ser dobrada em três, por baixo.
Confiram o modelo:

Figura 5-4 – Dobragem da Bandeira Nacional

5.4.18. Todo esse cerimonial é encerrado com agradecimentos pela


presença de todos os Desbravadores bem como os últimos recados e uma oração
final.

5.4.19. Se o clube, em uma cerimônia, decidir que haverá a entrada das


bandeiras, tal clube também deverá realizar a saída das bandeiras. A entrada das

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bandeiras ocorrerá por ordem decrescente de hierarquia (primeiro a bandeira do


Brasil, segundo a do Estado e assim sucessivamente). A saída das bandeiras
ocorrerá por ordem crescente de hierarquia (primeiro a bandeira
hierarquicamente mais inferior, sendo a bandeira do Brasil a última a sair).

5.4.20. Se o clube, em uma cerimônia, decidir que não haverá a entrada das
bandeiras, estas deverão ser colocadas na panóplia antes do início da cerimônia.
Neste caso, não há a obrigatoriedade da saída das bandeiras.

5.5. Posições e Manejo da Bandeira Nacional

As posições da Bandeira Nacional, quando conduzida pelo porta-bandeira, são as


seguintes:

a) Posição de Sentido - nesta posição,


a Bandeira Nacional é conservada
ao lado do corpo do porta-bandeira,
com a extremidade inferior do mastro
no solo, ao lado do pé direito, a mão
direita à altura do ombro, segurando
o mastro, conjuntamente com o pano
da bandeira, mantendo-a na vertical,
a mão esquerda colada à coxa,
forma idêntica a posição de sentido
sem bandeira (Figura 5-5).

Figura 5-5 – Posição de Sentido

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b) Posição de Descansar - nesta posição, a bandeira é conservada na mesma


situação da posição de Sentido. A mão esquerda fica caída naturalmente,
ao lado do corpo, junto à costura da calça, com o seu dorso voltado para
frente, polegar por trás dos demais dedos (Figura 4-28).

Figura 5-6 – Posição de Descansar

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c) Posição de Ombro-Arma - ao comando de “OMBRO-ARMA!”, o porta-


bandeira, que está na posição de Sentido, vivamente, empunha a bandeira,
a mão esquerda pouco acima do quadril e, a seguir, com ambas as mãos,
segurando o mastro conjuntamente com o pano, a apoia no ombro direito,
colocando o mastro a 45 graus em relação ao solo. Ato contínuo, abaixa a
mão direita até a altura do peito e desfaz o movimento executado pela mão
esquerda (Figura 5-7 e 5-8).

Figura 5-7 – Posição de Ombro-Arma Figura 5-8 – Posição de Ombro-Arma

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d) Posição de Apresentar-Arma (Desfraldar-Bandeira) – A Bandeira Nacional


é desfraldada quando for cantado o “HINO NACIONAL”, e, em marcha,
quando “OLHAR À DIREITA”. O porta-bandeira, que tem a bandeira na
posição de Ombro-Arma, a empunha, também, com a mão esquerda na
altura da cintura. O porta-bandeira, olhando para o alojamento do mastro
no talabarte, introduz neste local a extremidade inferior do mastro,
mantendo a bandeira desfraldada e na vertical. O movimento com a mão
esquerda é desfeito e a bandeira permanece segura na vertical pela mão
direita, esta acima do ombro (Figura 5-9, 5-10 e 5-11).

Figura 5-9 – Posição de Desfraldar Bandeira

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Figura 5-10 – Posição de Desfraldar Figura 5-11 – Posição de Desfraldar


Bandeira Bandeira

5.6. Posição e Manejo das Demais Bandeiras (Estado, Município e


Entidades)

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5.6.1. As posições e o manejo das demais Bandeiras são os mesmos da Bandeira


Nacional, salvo o Desfraldar;

5.6.2. Posição de Desfraldar das demais Bandeiras - quando for cantado o “HINO
NACIONAL”, e, em marcha, quando “OLHAR À DIREITA”, o porta-bandeira que
está com a bandeira na posição de Ombro-Arma, o empunha, também, com a mão
esquerda na altura da cintura. Em seguida, coloca a mão direita no mastro, abaixo
da mão esquerda e, simultaneamente, o abate, mantendo-o a 45 graus em relação
ao solo, à altura da cintura, a ponta do mastro para frente. Findo o movimento, a
mão esquerda fica à altura da linha do ombro direito; e a mão direita junto à altura
da cintura. (Fig 5-12, 5-13 e 5-14).

Figura 5-12
Posição Desfraldar Bandeira

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5.6.3. Os manuais EB70-MC-10.308 (Ordem Unida) e EB10-VM-12.004 (Guarda-


Bandeira) ambos do Exército Brasileiro, não fazem referência por escrito, somente
por imagem, sobre o posicionamento da empunhadura da mão quando a bandeira
está desfraldada a 45° graus. Sendo assim, padronizamos que a empunhadura
deverá ser por baixo, conforme a Figura 5-14.

Figura 5-14 Figura 5-15


Posição Desfraldar Bandeira Posição Desfraldar Bandeira

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Capítulo VI
Referência

Manual Administrativo do Clube de Desbravadores – Edição 2020, Páginas,


127 a 146.
Manual de Campanha – Ordem Unida – Exército Brasileiro - EB70-MC-10.308 –
4ª Edição 2019, Pág. 1-1 a 1-10, Pág. 1-16 e 1-17, Pág. 2-1 a 2-5, Pág. 2-10 a 2-
16, Pág. 3-105 a 3-108, Pág. 4-5 a 4-12, Pág. 4-19 a 4-24.
Vade-Mécum de Cerimonial Militar do Exército - EB10-VM-12.004 – Pág. 2-1 a
2-11.

Participações
DESIGNER – Handrei Justino da Silva

ILUSTRADORA – Anna Luiza Bello Aguiar Santos

Clube Águias do Sul – 1ª Região – I.A.S.D. Bela Vista


Elizabeth Almeida da Hora
Nathiely da Cruz de Jesus
Kamille Maynara Cunha da Silva
Lúcio Ferreira Sousa
Micaelly Ferreira da Silva
Izabele Lorrane Roslindo
Beatriz Cristina da Silva Laurindo
Lívia Patrício dos Santos
Davi da Silva Laurindo

Clube Cruzeiro do Sul – 1ª Região – I.A.S.D. Antônio Carlos


Kauã Nascimento Marcolla
Luana Nascimento Marcolla
Laura Carioni

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