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TEMA

Como tornar racional o uso de


medicamentos entre os brasileiros?

ENEM

RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. Rascunhos de redação não devem ser entregues ao professor.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, em folha pautada, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de
linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1 tiver até sete linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
4.2 fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTO 1

Cerca de 20 mil brasileiros morrem por ano em consequência da automedicação.


A estimativa é da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). E uma
pesquisa do Conselho Federal de Farmácia aponta que 77% das pessoas têm esse hábi-
to de tomar remédios por conta própria no país, sem a indicação de um médico ou de
um farmacêutico.

NASCIMENTO, Alexandre. O Tempo, 15 set. 2023. Disponível em: https://www.otempo.com.br/brasil/automedicacao-mata-20-mil-brasileiros-


-por-ano-veja-interacoes-perigosas-1.3232592. Acesso em: 1º dez. 2023.

TEXTO 2

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um levantamento da venda


anual de analgésicos opioides (medicamentos como a oxicodona, codeína e fentanil
para controle de dor oncológica e não oncológica, que também produzem sensação
de euforia e relaxamento e são altamente viciantes): no primeiro semestre de 2021, fo-
ram comercializados cerca de 14,5 milhões de embalagens de analgésicos opioides no
Brasil. Já em 2020, este número beirou os 22 milhões.
[...]
O consumo em excesso de medicamentos pode causar uma série de danos ao
nosso organismo, inclusive gerar a chamada farmacodependência. E, nesse sentido,
acabar tendo abstinência pode se tornar uma realidade, para além de efeitos nocivos
como perda da memória, sonolência, irritação e dificuldade de concentração.

ESTADO DE MINAS, 29 mar. 2023. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2023/03/29/interna_bem_


viver,1474933/vicio-em-medicamentos-entenda-o-mal-do-seculo.shtml. Acesso em: 1o dez. 2023.

TEXTO 3

CECCON, Claudius. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 10 fev. 2023. Disponível em: https://antigo.anvisa.gov.br/docu-
ments/33856/1436099/Campanha+A+informação+é+o+melhor+remédio+-+Cartazes/a495cd7f-c640-4c77-af93-086bc9c4ab3d.
Acesso em: 27 nov. 2023.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os riscos do uso indiscriminado de
medicação no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Boa produção!
Professora Sônia Tomita

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR


Embora os termos “automedicação” e “uso indiscriminado de medicação” apresentem clara diferença conceitual,
há espaço para trabalhá-los em conjunto. Ainda em tempo, cabe esclarecer que “automedicação” se refere ao uso
de remédios por conta própria (sem avaliação de um profissional de saúde), enquanto “uso indiscriminado de
medicação” se refere ao uso excessivo e negligente de medicamentos, mesmo que a pessoa tenha receita médica (ou
seja, quando o usuário do medicamento ignora a dosagem correta, a duração do tratamento, a validade do produto
ou os efeitos adversos que podem ocorrer a partir da combinação com outras substâncias). Se contribuírem para o
desenvolvimento do raciocínio dentro do assunto, outros conceitos interessantes que poderão ser incorporados ao
discurso seriam, por exemplo, o de hipermedicalização (ato ou efeito de medicalizar para além do necessário), o de
off label (traduzido como “fora da indicação”, referindo-se à prescrição de remédios para usos diferentes daqueles
descritos na bula), o de patologização (ato ou efeito de transformar algo em doença ou anomalia, mesmo que não
seja) ou o de farmacodependência (vício em medicamentos).
A matriz de referência para correção das redações do Enem avalia o desempenho do candidato em cinco
competências:
Competência I: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
Competência II: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Competência III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em
defesa de um ponto de vista.
Competência IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da
argumentação.
Competência V: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Atribui-se valor de até 200 pontos a cada uma das cinco competências. A nota máxima da redação é de mil
pontos.

IMAGEM 1: tomozina/iStockphoto.com

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