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Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua

portuguesa sobre o tema “O aumento no uso de opioides no Brasil”, apresentando proposta de

intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e

coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O termo “opioide” é utilizado para denominar várias substâncias derivadas da papoula de ópio e suas variações sintéticas e
semissintéticas. Os opioides têm um uso médico legítimo como analgésicos potentes. Eles incluem a codeína (que tem um
baixo potencial para criar dependência), oxicodona (isolada e em várias combinações, como oxicodona e paracetamol),
meperidina, morfina, pentazocina e hidromorfona. A metadona ingerida pela boca e a fentanila, administrada por um
adesivo na pele, são usadas para dor grave crônica. A heroína é um opioide potente que é ilegal nos Estados Unidos, mas ela
é usada para aplicações de tratamento muito limitadas em outros países. O abuso dos opioides é algo relativamente
comum, pois essas drogas se encontram amplamente disponíveis e provocam uma sensação exagerada de bem-estar. Uma
pessoa pode se tornar dependente de qualquer opioide. Embora muitas pessoas que usam opioides para alívio da dor
durante um período superior a vários dias sintam alguns sintomas leves de abstinência de opioides quando interrompem o
uso, as pessoas que tomam opioides por muito tempo para tratar dor crônica têm um risco maior de desenvolver o
transtorno relacionado ao uso de substâncias.
Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/opioides#>. Acesso em: 04 maio 2022.

TEXTO II
Enquanto o governo endurece as políticas para drogas ilícitas, deixa de olhar para uma substância cujos índices despontam
no país: os opiáceos. Derivados do ópio e usados em medicamentos para dor, eles aparecem com índices maiores que os do
crack, por exemplo, no 3ª Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira (Lnud). No estudo, feito
pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — que está no centro de um impasse entre o governo, que o engavetou, e a
comunidade científica —, lê-se que 4,4 milhões de brasileiros já fizeram uso de opiáceo uma vez na vida, ou 2,9% da
população. O número é muito superior ao dos brasileiros que declaram já ter usado crack na vida — estes são 0,9% da
população, ou 1,393 milhão de pessoas. Os dados devem ser comparados com cautela, segundo pesquisadores. O uso do
crack se dá sobretudo em cena aberta (a maioria dos usuários está em situação de rua), e a pesquisa da Fiocruz usou a
metodologia do inquérito domiciliar, em que o sujeito responde face a face a uma entrevista. Quanto ao opiáceo, a pesquisa
se refere à substância como medicamento não-prescrito, ou seja, comprado e consumido de forma ilícita. A maioria dos
usuários de crack está em situação de rua, e a pesquisa da Fiocruz usou o inquérito domiciliar, em que o sujeito responde
em casa à entrevista. Foram feitas 16 mil entrevistas em 351 cidades brasileiras.
Disponível em: <http://glo.bo/2WcrzHH>. Acesso em: 04 maio 2022.

TEXTO III
A prescrição inadequada de analgésicos opioides para o controle da dor e o aumento de pacientes dependentes desses
narcóticos têm preocupado os médicos e gerado um temor de que o Brasil possa a enfrentar uma "epidemia" de abuso
dessas substâncias como as registradas nos Estados Unidos nos últimos anos. Na avaliação de médicos, o consumo desses
fármacos aumentou na pandemia de Covid-19, mas os números brasileiros ainda não estão fechados. Nos EUA, as mortes
por overdose, a maioria por opioides, ultrapassaram a marca das 100 mil entre abril de 2020 e abril de 2021, um aumento
de 28,6% em relação ao mesmo período anterior. A pedido da reportagem, a Anvisa compilou dados do uso de opioides até
junho de 2021. No total, em 2020 foram comercializadas 21.785.015 embalagens de analgésicos narcóticos. Nos seis
primeiros meses de 2021, foram 14.469.642. Assim, a grosso modo, se a quantidade usada no segundo semestre refletir o
primeiro, o ano terá fechado com uma alta de cerca de 33% em relação a 2020.
Disponível em: <https://esportes.yahoo.com/noticias/cresce-uso-opioides-no-brasil-221100156.html>. Acesso em: 04 maio 2022.

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