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revisão review
usuários de drogas da descriminalização em Portugal e Brasil
sobre o tema geral “Legislação”. Os critérios utili- me os critérios de inclusão e exclusão. Todos os
zados para selecioná-los pelos títulos foram: resumos selecionados foram lidos e selecionados
Assistência. Inclusão: artigos originais que para leitura na integra conforme os critérios de
descrevem a rede de assistência a pessoas com inclusão e exclusão. Cada uma destas etapas foi
problemas com substâncias, incluindo críticas, realizada por dois pesquisadores para evitar viés
história, descrições mais locais ou mais abran- de seleção. A leitura de artigos na íntegra permitiu
gentes da rede. Exclusão: artigos que tratam do a identificação dos temas abordados que são apre-
álcool com outras finalidades que não o consu- sentados na sessão Resultados. Os procedimentos
mo humano (por exemplo: combustível); artigos da revisão integrativa estão descritos na Figura 1.
que descrevem estudos sobre abordagens especí- Foram incluídas na revisão as portarias e leis
ficas de tratamento (por exemplo: ensaios clíni- referentes aos temas assistência e legislação sobre
cos, relatos de caso etc.) ou prevenção. drogas referenciadas nos artigos encontrados.
Legislação. Inclusão: artigos originais que
descrevem as leis sobre drogas ilícitas, incluindo
críticas, história, descrição. Exclusão: artigos que Resultados
tratam das leis sobre beber e dirigir; artigos que
tratam das leis sobre propaganda, venda ou uso De uma forma geral, os artigos encontrados têm
de bebidas alcoólicas e tabaco. um caráter descritivo, com abordagem crítica
Foram utilizadas as palavras chaves: droga, ál- tanto da história da evolução da legislação quan-
cool, política, Brasil, Portugal, lei, legislação, rede, to da implementação da rede de assistência nos
assistência e reforma psiquiátrica e suas corres- dois países. Foram encontrados poucos artigos
pondentes em inglês: drug, alcohol, policy, Bra- (n = 3) que discutem especificamente a implica-
zil, Portugal, law, legislation, network, assistance, ção das mudanças das leis para a assistência em
treatment, psychiatric reform. As mesmas foram Portugal e nenhum sobre o contexto brasileiro.
usadas de forma agregada: os termos “Brasil” ou Descrevemos de forma sintética adiante os temas
“Portugal” em conjunto com os termos “droga” abordados nos artigos encontrados.
ou “álcool” e conjugados com cada um dos de-
mais termos. Assim foram usados para construir Brasil – Legislação
cada linha de busca e procedimento similar foi
realizado com os termos em inglês. Os problemas decorrentes de uso de drogas
Os artigos encontrados com estas palavras no Brasil começaram a ser percebidos como pre-
chaves foram selecionados pelos títulos, confor- ocupação social no final do século XIX e início
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Mendes RO et al.
Bases de dados:
. Medline
Fase 1: definição de base de dados
. SciELO
. B-ON
Descritores:
droga, álcool, política, Brasil, Portugal,
Fase 2: definição dos descritores
lei, legislação, rede, assistência e
reforma psiquiátrica
do século XX. Assim, o decreto 4.294, de 1921, cio da ditadura militar10. Então, a partir de 1964,
ofereceu bases legais para detenções e prisões ocorreu um período de progressiva implantação
de usuários e vendedores de drogas ilícitas9. O do modelo “bélico de política criminal para dro-
modelo médico-sanitarista, com a visão dos usu- gas” 10.
ários como doentes e incapazes necessitados de A partir dos anos 60, o uso de diversas dro-
tratamento, e dos comerciantes como sendo de- gas foi amplamente difundido nos meios de pro-
linquentes a serem punidos prevaleceu até o iní- testos contra governos e guerras, passando a ser
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Esta rede se encontra em expansão e conta tentes no Brasil contam com uma equipe multi-
com serviços e ações distintas de modo a con- disciplinar que se desloca a partir do seu ponto
templar a diversidade das pessoas que usam fixo para desenvolver suas atividades de atenção
drogas. Entre os elementos e ações da rede se com os usuários de drogas onde eles estão.
encontram as desenvolvidas pela Rede de Aten- Em 2011, incluíram-se entre os dispositivos
ção Básica, que envolvem as Unidades Básicas de da rede de atenção em álcool e drogas as Unida-
Saúde (incluindo os centros de saúde e postos de des de Acolhimento (UA)29. As UA têm caráter re-
saúde), a Estratégia de Saúde da Família (que in- sidencial transitório e voluntário, com o objetivo
clui as equipes do Programa de Saúde da Família de oferecer cuidados contínuos para usuários em
e os Agentes Comunitários de Saúde), os NASFs situação de vulnerabilidade social e familiar. Até
(Núcleos de Apoio a Saúde da Família) e os Con- abril de 2015 haviam sido criadas 34 Unidades de
sultórios na Rua (destinados ao atendimento da Acolhimento25. Encontra-se em debate23 a forma
população de rua). Estes dispositivos têm enor- mais adequada de atender às pessoas com pro-
me acesso a usuários de álcool e outras drogas, blemas com drogas nas situações que necessitam
porque atendem a grande parcela da população internação. Os dispositivos utilizados atualmente
em seu território, realizam ações como identifi- são os leitos de hospital geral, os CAPS ad III e as
cação precoce, intervenção breve20 e tratamento Comunidades Terapêuticas.
dos casos menos graves21. A atenção às necessidades não atendidas pelas
No caso do atendimento nas Unidades de redes da saúde é efetuada pela articulação com
Atenção Primária à Saúde, como as Unidades outras redes (de assistência social, de educação e
Básicas de Saúde, Vargas et al.22 afirmam que de justiça) de forma interdisciplinar/ interseto-
estas unidades têm a característica de serem de rial30. A rede de Assistência Social inclui os Cen-
alta rotatividade e pouco tempo de permanência tros de Referência Especializados de Assistência
dificultando a abordagem da equipe para a con- Social (CREAS) – que promovem o acesso a di-
tinuidade do tratamento. Além disso, segundo reitos sócio-assistenciais e os Centros de Referên-
Andrade23, embora tenha havido expansão, a Es- cia Especializados para População em Situação
tratégia da Saúde da Família ainda apresenta co- de Rua (Centro POP).
bertura populacional muito frágil, inferior a 20%
em algumas grandes cidades. A baixa cobertura Portugal – Legislação
prejudica o vínculo territorial entre o paciente e
a instituição e é um fator de sobrecarga dos Cen- Em Portugal, ao final dos anos 1990, o gover-
tros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas no convocou um comitê de peritos de diversas
(CAPS ad), comprometendo as funções para as áreas para redigir um relatório aprofundado da
quais estes foram concebidos23. situação e que, ao mesmo tempo, elaborasse um
Os CAPS ad, que têm papel central na rede, conjunto de recomendações para uma estratégia
são amplamente inseridos na orientação de de- de intervenção global. As conclusões desta co-
sinstitucionalização dos pacientes, buscando missão foram o ponto de partida para uma série
manter ou reintegrá-los em suas comunidades. de alterações legislativas nos anos seguintes in-
Busca-se a parceria e autonomia do paciente, in- cluindo a descriminalização do uso de droga31.
clusive na construção do projeto terapêutico, evi- Assim, foi aprovada pelo governo32, a primeira
tando moldes rígidos24. Até abril de 2015, haviam Estratégia Nacional de Luta Contra a Droga e a
sido criados 308 CAPS ad no Brasil25. No entanto, Toxicodependência (ENLCDT).
segundo Souza et al.26, apesar da riqueza nas pro- Até julho de 2001, o uso de drogas era consi-
postas de intervenções dos CAPS ad, na prática derado crime punível com até 3 meses de prisão
verifica-se que muitas atividades preconizadas ou multa pecuniária. Se a quantidade de drogas
não chegam a ser efetivadas. apreendida fosse superior a 3 doses diárias, a
Outra fragilidade da rede de atenção a pessoas pena de prisão podia chegar até 1 ano. A posse
com problemas com drogas se refere às dificulda- de drogas também era sempre considerada cri-
des de acesso a ela. Como grande parte das pes- me, podendo ser punível de diferentes formas
soas que têm problemas com drogas não acessa conforme fosse considerada para uso pessoal ou
os serviços sociais e de saúde e muitos deles vi- tráfico.
vem em situação de rua27, os Consultórios na Rua A mais emblemática das medidas introduzi-
(CR) surgiram a partir de 201128 com o objetivo das pela Estratégia Nacional foi a descriminali-
de oferecer cuidados em saúde aos usuários em zação do uso, aquisição e a posse para consumo
seus próprios contextos de vida. Os 129 CR25 exis- próprio de todas as substâncias psicoativas atra-
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(espaços de pernoite) e Pontos de Contato e In- vel de risco leva em consideração o padrão atual
formação (serviços de sensibilização, informação do uso de drogas, a presença de comportamentos
e escutadas populações com foco na prevenção). de risco em diversas esferas do funcionamento
Em 2004, a reavaliação da ENLCDT resultou individual (saúde, sexualidade, social, familiar) e
na elaboração do Plano Nacional de Luta Contra situações comórbidas.
a Droga e a Toxicodependência Horizonte 2012, No Nível de Intervenção I estão envolvidos
mantendo os princípios do humanismo e prag- os Cuidados de Saúde Primários. No Nível de
matismo, centralidade no cidadão, da territoria- Intervenção II estão envolvidos os Cuidados de
lidade e das respostas integradas. Saúde Especializados, como os Centros de Res-
Com a publicação da nova orgânica do MS, posta Integrados, as Unidades de Alcoologia, as
aprovada pelo Decreto-Lei n.º 124/201139, o Go- Comunidades Terapêuticas públicas e as Equipes
verno procedeu à criação do Serviço de Interven- de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica. O Ní-
ção nos Comportamentos Aditivos e Dependên- vel III exige a intervenção dos Centros de Res-
cias (SICAD) com a função de planejamento e postas Integradas (como o Centro das Taipas em
acompanhamento de programas de redução do Lisboa43) ou de outras Unidades especializadas,
uso e prevenção. As atividades de prevenção são como as Unidades de Desabituação (internação
focadas nos jovens e coordenadas pela SICAD de curta duração), as Unidades de Alcoologia e as
em cooperação com o Ministério da Educação Comunidades Terapêuticas (internação de longa
e a Polícia, assim como com ONG’s financiadas duração) e os Serviços de Especialidades Médico
pelo Estado. Assim, as equipes desenvolvem ativi- Cirúrgicas Hospitalares.
dades de prevenção nas escolas, centros desporti- A Ressocialização visa o apoio ao regresso
vos, centros de saúde e em contextos festivos. Foi (ou início) à vida profissional44 e dados da região
ainda desenvolvido um website com informações do Algarve (sul do país)45 demonstram resulta-
dirigidas a jovens40 e uma linha gratuita de apoio dos positivos. À semelhança do que acontece na
telefônico. O estilo de comunicação foi delibera- maioria dos países europeus (17 dos 21 que re-
damente indireto, promovendo um estilo de vida portaram essa informação46) em Portugal existe
saudável evitando a abordagem questionável de habitação gratuita disponível para usuários que
condenar agressivamente o consumo41. O pro- é condicionada ao encaminhamento para trata-
grama Escola Segura consiste em policiamento mento ou à sua conclusão, o que ainda pode ser
de proximidade junto às escolas, dissuadindo o considerado como de inspiração abstencionista46.
tráfico junto a estas. Lisboa foi uma das 5 cidades europeias escolhi-
A população alvo da RD consiste em usuários das para um projeto piloto fundado pela União
de heroína e cocaína de longa data com fragilida- Européia de Habitação Primeiro, não condicio-
des sociais e de saúde, que não pretendem ou não nal ao tratamento e com resultados globalmente
conseguem abandonar o uso e que não contatam positivos na qualidade de vida47.
os serviços da rede de apoio, como os serviços
de tratamento da dependência. O estado finan- Implicações da Estratégia Nacional da luta
cia albergues e equipes de rua majoritariamente contra a droga
através de ONG’s. Equipes de rua realizam visitas
diárias aos lugares onde os usuários de heroína Adam e Raschzok48 sugerem que a mudança
costumam se agrupar e distribuem kits com se- da lei com base em evidência científica e a opi-
ringas e agulhas limpas, água destilada, gaze e um nião de peritos técnicos (Comissão para a Estra-
preservativo aos consumidores. tégia Nacional de Combate à Droga) em Portugal
Existem muitas estruturas diferentes entre as foi possível por haver na ocasião simultanea-
que prestam cuidados de assistência a usuários. mente uma grande pressão do problema com as
Esta complexidade reflete a história atribulada drogas (especificamente, a heroína), instituições
da criação de respostas aos usuários, e também policiais e judiciais muito sobrecarregadas favo-
resulta em diferenças nas estruturas existentes e ráveis à mudança na lei e a ausência de crenças
competências de cada uma entre diferentes regi- ideológicas contrárias à descriminalização no
ões do país. Atualmente, o SICAD tenta organi- Partido Socialista, no poder em 2001.
zar e articular todas estas estruturas preconizan- O tema da Droga e a sua descriminalização
do um algoritmo para encaminhamento dividido não são politicamente neutros. O filtro ideológi-
por área geográfica e por 3 níveis de intervenção co dos autores tende a juntar-se à complexidade
de acordo com a avaliação do risco da situação que uma análise dos resultados implica e ao fato
em que a pessoa se encontra42. A definição do ní- de não existir um Portugal-controle, ou seja, um
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as implicações das mudanças na legislação sobre outras drogas nos dois países. Tais ações precisam
a assistência. Para tal, impõe-se que a literatura ser planejadas para médio e longo prazo e não
científica seja complementada pela análise de do- podem ser realizadas para obter resultados ime-
cumentos governamentais e de ONGS e articula- diatos, apesar da demanda da gestão, profissio-
da aos estudos com os atores no campo, incluindo nais e população por respostas instantâneas. As
gestores, profissionais e população assistida. Por mudanças na legislação e na rede de assistência
isso, a importância de pesquisas-intervenções que operadas no Brasil e em Portugal com a tendência
levem em conta metodologias de implementa- de substituição de uma abordagem repressiva por
ção ampliadas, participativas, levadas a cabo em uma de saúde pública podem propiciar um maior
rede e contextualizadas52. De toda forma, o que diálogo entre as instituições da saúde e da justiça
é descrito na literatura sugere que é preciso pro- e uma atenção mais adequada às pessoas que têm
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Colaboradores
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