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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

JONATAN DA SILVA NECO

ANÁLISE ACERCA DA LEI SARBANES E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A


AUDITORIA BRASILEIRA

MACEIÓ
2023
Jonatan da Silva Neco

ANÁLISE ACERCA DA LEI SARBANES E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A


AUDITORIA BRASILEIRA

Trabalho apresentado na Faculdade de


Administração, Economia e Contabilidade
da Universidade Federal de Alagoas, para
obtenção de nota em Auditoria Privada.

Orientador(a): Profa. Ma. Marcia Adriana


Magalhães Omena

MACEIÓ
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
LEI SARBANES-OXLEY.............................................................................................4
INFLUÊNCIA SOBRE A AUDITORIA BRASILEIRA...................................................5
REFERÊNCIAS...........................................................................................................6
INTRODUÇÃO

No início dos anos 2000, uma onda de pessimismo abalou a confiança e a


credibilidade dos investidores e acionistas de todo o mundo na Bolsa de Valores
Americana. Isto porque viria à tona, entre 2001 e 2002, um escândalo de fraudes
contábeis envolvendo empresas como Enron, WorldCom, Xerox, Citigroup e JP
Morgan Chase.
Com intuito de coibir tais inconsistências, erros e mesmo fraudes nas
demonstrações financeiras das companhias no mercado americano que abalaram a
sua imagem e provocaram a fuga de capitais e de investidores, o Congresso dos
Estados Unidos aprova, em 2002, a Lei Sarbanes-Oxley com o fito de recobrar a
confiança e restituir a credibilidade na bolsa de valores daquele país.
O presente trabalho propõe-se a analisar o instrumento legal do acima
referido, bem como os seus reflexos para a auditoria brasileira.

LEI SARBANES-OXLEY

Diante dos escândalos corporativos motivados por fraudes financeiras e


contábeis que estremeceram a confiabilidade e a previsibilidade de investidores e
stakeholders nas empresas da bolsa americana, os senadores Paul Sarbanes
(Democrata) e Michael Oxley (Republicano) protocolaram no parlamento dos
Estados Unidos um pacote de medidas antifraude que viria a ser aprovado e
promulgado em 2002.
Tendo a confiança sido abalada e prejudicada, ainda que momentaneamente,
os resultados, indicadores e demonstrativos financeiros das empresas listadas nos
mercados de capitais americanos indicavam lucros altos e rendimentos futuros
contabilizados como receita corrente, fato que maquiava a sua real situação
financeira por meio de manobras contábeis fraudulentas
Em virtude disso, o Congresso Americano aprovou a Lei Sarbanes-Oxley –
apelidada de “SOX” ou ainda “SARBOX” – composta de 69 artigos, distribuídos em
11 capítulos que, em conjunto, buscam instituir boas práticas de governança
corporativa e empresarial, aperfeiçoando-a, proporcionando maior fidedignidade e
razoabilidade das demonstrações financeiras e da informação contábil.
INFLUÊNCIA SOBRE A AUDITORIA BRASILEIRA

Para transpassar maior credibilidade, segurança e confiabilidade em vistas de


atrair acionistas, investidores e capital externos, muitas empresas brasileiras
aderiram à SOx. Contudo, para serem enquadradas, exige-se daquelas companhias
uma série de requisitos e condicionantes. A título de exemplificação, é preciso que
se execute regularmente processos de auditoria, necessitando-se também que estes
profissionais auditores façam parte do Public Company Accounting Oversight Board
(PCAMB) ou “Conselho de Auditores de Companhias Abertas” – traduzido livremente
–, cuja função é ditar normas e procedimentos e controles de qualidade do processo
de auditagem.
Dentre as empresas brasileiras, também negociadas na bolsa de valores
americana, pode-se citar: a Petrobras, Ambev, GOL Linhas Aéreas, a Sabesp, CPFL,
LATAM Airlines Brasil, a Brasil Telecom, Banco Bradesco, Itaú Unibanco, TIM, Vale
S.A., Vivo, CEMIG, Natura, Claro, Gerdau, CSN, Eletrobras, Stone Pagamentos,
Azul Linhas Aéreas Brasileiras, WEG, ADP e Suzano Papel e Celulose.
Quanto aos pontos positivos e vantagens da Lei Sarbages-Oxley, cumpre
destacar: a responsabilização (criminal inclusive) das empresas e dos executivos por
seus atos e ações; aperfeiçoamento dos controles internos e de qualidade;
restauração da confiabilidade; gestão dos riscos; proteção dos investidores e
acionistas; publicidade e transparência na gestão e divulgação dos dados e
informações, escrituração contábil, administração financeira e condução dos
negócios; necessidade de guarda de documentação por pelo menos 5 anos sob
pena de prisão em caso de descumprimento.
Já com relação aos pontos negativos, menciona-se a elevação de custos com
controles de qualidade internos e com a contratação de profissionais auditores; e
ausência de claras diretrizes e procedimentos de implementação.
REFERÊNCIAS

CAMARGO, Renata Freitas de. Lei Sarbanes-Oxley: aprimorando a prestação de


contas com a SOx. Treasy, Joinville, 22 mai. 2017. Disponível em:
<https://www.treasy.com.br/blog/sox-lei-sarbanes-oxley/>. Acesso em: 19 dez. 2023.

INFOMONEY, Equipe. Escândalos empresariais minam a confiança dos investidores


em 2002. Infomoney, São Paulo, 24 jul. 2022. Disponível em:
<https://www.infomoney.com.br/mercados/escandalos-empresariais-minam-a-
confianca-dos-investidores-em-2002/>. Acesso em: 19 dez. 2023.

REIS, Tiago. Lei Sarbanes-Oxley: entenda melhor como funciona essa regulação.
Suno, São Paulo, 27 jun. 2019. Disponível em:
<https://www.suno.com.br/artigos/sarbanes-oxley/#:~:text=A%20lei%20SOX
%20controla%2C%20al%C3%A9m,e%20n%C3%A3o%20menos%20que%20isso.>.
Acesso em: 19 dez. 2023.

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