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Variabilidade genética

Variabilidade genética é uma expressão que


diz respeito à variedade de alelos (diferentes
versões de um mesmo gene) que uma
espécie apresenta. Essa variedade apresenta
como fonte primária o mecanismo de
mutação, processo responsável por originar
novos alelos de maneira totalmente
aleatória. A variabilidade genética é
responsável por promover o surgimento de
diferenças morfológicas e fisiológicas dos
indivíduos de uma espécie e, desse modo, é
essencial para que a seleção natural possa
atuar.

Leia também: Teorias evolucionistas –


lamarckismo, darwinismo e
neodarwinismo

O que é a variabilidade
genética?

Quando falamos em variabilidade genética,


referimo-nos à diversidade de alelos
presentes em determinada população. É
essa variabilidade a responsável por
promover as características morfológicas e
fisiológicas dos organismos, ou seja, é a
responsável por garantir que, dentro de uma
mesma espécie, existam variações entre as
características de cada indivíduo.

Na espécie humana, por exemplo, podemos


observar facilmente como a variabilidade
genética provoca diferenças individuais,
sendo possível distinguir diferentes
tonalidades de pele, altura, cabelo, entre
outras características.

A variabilidade genética diz respeito à variedade de alelos


em uma espécie.

Fatores que influenciam


na variabilidade genética

A variabilidade genética é influenciada por


diferentes fatores. A mutação é considerada
a fonte primária da variabilidade genética,
pois ela é responsável pelo surgimento de
novos alelos. Além da mutação, temos a
reprodução sexuada, a deriva genética e o
fluxo gênico como fatores que influenciam
na variedade de alelos de uma espécie.

Mutação: está relacionada diretamente


com o aumento da variabilidade genética.
É por meio da mutação que muitos alelos
surgem nos indivíduos, entretanto, é
importante destacar que esse surgimento
ocorre totalmente ao acaso. Os novos
alelos podem surgir de diferentes formas,
como a inserção ou deleção de um
nucleotídeo em uma sequência de DNA
que codifica determinada proteína.

Alterações nessas sequências são


responsáveis diretamente por mudanças nas
proteínas que seriam sintetizadas,
determinando, desse modo, o surgimento de
novas características. Com o aumento de
novos alelos, temos um aumento da
variabilidade genética devido ao surgimento
de novos genótipos.

É importante deixar claro, mais uma vez que


a mutação é considerada um fenômeno não
adaptativo, uma vez que acontece de
maneira aleatória e não com a função de
tornar um indivíduo mais adaptado ao meio
em que vive.

Reprodução sexuada: é um tipo de


reprodução que envolve gametas. Está
relacionada com a variabilidade genética,
pois promove a combinação de alelos
proveniente dos pais. Ela é responsável,
portanto, por “misturar os alelos”,
promovendo diferentes genótipos. Além
disso, não podemos esquecer-nos de que,
durante a formação dos gametas, o
fenômeno conhecido como crossing-
over, que ocorre na meiose, e a
segregação independente dos
cromossomos, na formação dos
gametas, também promovem a
variabilidade.

Fluxo gênico: nada mais é do que a


movimentação de alelos entre
populações. Ocorre devido à
movimentação de indivíduos férteis ou
seus gametas, que acabam transferindo
alelos de uma população para outra,
podendo, por exemplo, introduzir um
novo alelo em uma população,
aumentando a variabilidade genética.
Com o tempo, no entanto, o fluxo gênico
tende a reduzir as diferenças genéticas
entre as populações.

Deriva genética: diferentemente de


outros fatores, está relacionada com a
diminuição da variabilidade genética. A
deriva genética pode ser definida como
uma mudança na frequência alélica
decorrente de eventos aleatórios,
podendo, nesse processo, ocorrer a
eliminação de determinados alelos ou
sua fixação, independentemente se eles
são vantajosos ou não. Vale salientar que
a deriva genética é significante em
populações pequenas.

Leia também: Efeito fundador – ocorre em


virtude da migração de parte da população

Variabilidade genética e
seleção natural

Mariposas de uma mesma espécie, porém com


características distintas.

A variabilidade genética diz repeito à


diversidade de alelos existentes em
indivíduos de uma espécie. Como ela
determina as características morfológicas e
fisiológicas dos indivíduos, quanto maior
ela for, mais diversificada será uma
população. Sem essa diversidade, não seria
possível a ocorrência da seleção natural.

Imagine, por exemplo, que, em uma região,


temos a presença de mariposas de coloração
clara e escura, como demonstrado na figura
anterior. Essa variação de cores ocorre
devido à presença de genes que determinam
a coloração de cada indivíduo.

Na figura é possível perceber que as


mariposas de coloração clara ficam
camufladas no ambiente, o que evita a
predação. As mais escuras, por sua vez, estão
mais visíveis, sendo predadas com mais
frequência. A coloração clara, nesse caso, é
uma característica vantajosa, que possibilita
a sobrevivência nesse ambiente, garantindo
a reprodução e transmissão de
características para a próxima geração. A
ação da seleção natural, nesse caso, só foi
possível devido à existência de diferenças
entre os indivíduos.
Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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