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Modelando microevolução

GENÉTICA DE POPULAÇÕES E
EVOLUÇÃO
Modelando microevolução

 Evolução: mudança na frequência de


alelos ou combinações de alelos no pool
gênico.

 Modelos de evolução deve incluir a


passagem do material genético de uma
geração para a próxima.
Modelando microevolução
 Portanto, a unidade de tempo fundamental
será a transição entre duas gerações
consecutivas em estágios comparáveis.

 Podemos então examinar a frequência dos


alelos ou suas combinações na geração
parental e na progênie para inferir se está ou
não ocorrendo evolução.
Todos estes modelos transgeracionais de
microevolução devem fazer pressupostos sobre
três mecanismos principais:

 Mecanismos de produção de gametas


 Mecanismos de união de gametas
 Mecanismos de desenvolvimento de fenótipos.
Arquitetura genética
 Para se especificar como gametas são
produzidos temos que especificar a arquitetura
genética.

 A arquitetura genética refere-se ao


 número de loci e suas posições genômicas
 número de alelos por locus
 taxa de mutação
 modo e regras de herança dos elementos genéticos.
Arquitetura genética

 Por exemplo, uma arquitetura genética de um


locus único com dois alelos sem mutação.

 A arquitetura genética fornece a informação


necessária para se especificar como os
gametas são produzidos.
Arquitetura genética
 Para um locus único e um modelo de dois alelos
autossômicos sem mutação:
 precisamos apenas  primeira lei da herança de
Mendel para especificar como genótipos produzem
gametas.

 Outras arquiteturas genéticas de locus único


podem apresentar modelos diferentes de
herança: loci ligados ao X , loci no cromossomo
Y ou DNA mitocondrial.
Arquitetura genética

 Com mais de um locus:


 modelos de herança mistos
 nos quais a segunda lei de Mendel e/ou
frequência de recombinação entre loci
ligados pode fazer parte das regras
pelas quais os gametas são produzidos.
Arquitetura genética
 Podemos ter desvios nas regras
básicas de herança

 como especificar que o locus está


sujeito a desvios da primeira lei de
Mendel de segregação 50:50 na
produção de gametas a partir dos
heterozigotos.
Arquitetura genética
 Em um modelo multiloci, podemos
especificar que crossing-over desigual
pode acontecer, portanto produzindo
variação no número de genes
transmitidos aos gametas.
Arquitetura genética

 Os pressupostos que fazemos sobre


arquitetura genética obviamente limitam os
tipos de processos evolutivos que podemos
modelar.

 Portanto, a especificação da arquitetura


genética é o primeiro passo crítico em
qualquer modelo de microevolução.
Estrutura populacional

 Organismos diplóides com reprodução


sexuada:
 a transição de uma geração à próxima
envolve não apenas a produção de
gametas, mas o pareamento de
gametas para formar novos zigotos
diplóides.
Estrutura populacional
 Portanto, temos que especificar os
mecanismos ou regras pelas quais os
gametas são pareados em populações em
reprodução.

 Estes mecanismos para unificar gametas


são chamados de estrutura populacional.
Estrutura populacional
A estrutura populacional inclui:

 o sistema de acasalamento da população;


 o tamanho da população;
 a presença, quantidade e padrão de troca
genética com outras populações; e
 a estrutura etária dos indivíduos na
população.
Estrutura populacional
 Esses fatores podem ter um impacto sobre
quais gametas têm maior probabilidade de se
parearem e serem transmitidos à próxima
geração.

O sistema de acasalamento pode ser:


 o pareamento aleatório de indivíduos
 pode ser influenciado por níveis distintos de
parentesco biológico
 outros fatores.
Estrutura populacional

 Podemos optar por ignorar o impacto do


tamanho populacional ao assumir o tamanho
infinito

 ou podemos examinar pequenas populações


em que o tamanho populacional tem um
grande impacto na probabilidade de dois
gametas se unirem em um zigoto.
Estrutura populacional
 Podemos modelar um único deme,

 ou podemos permitir que gametas de fora


dos demes entrem com uma probabilidade
ou taxa específica,

 que por sua vez pode ser em função da


distância geográfica, barreiras ecológicas,
etc.
Estrutura populacional

 Podemos assumir gerações discretas nas


quais todos os indivíduos nascem e se
reproduzem ao mesmo tempo, seguida pela
morte ou senescência reprodutiva ao mesmo
tempo.
Estrutura populacional

 Alternativamente, podemos assumir que


indivíduos possam reproduzir-se muitas
vezes ao longo de sua vida, possam se
acasalar com indivíduos de idades diferentes,
e que a progênie possa coexistir com os
parentais.
Estrutura populacional

 Até que especifiquemos tais parâmetros da


estrutura populacional, não podemos
modelar a microevolução porque a união de
gametas é um passo necessário à
transmissão de genes de uma geração à
próxima e em organismos que se reproduzem
sexuadamente.
Desenvolvimento fenotípico

 Na maioria das espécies, o zigoto resultante


da união dos gametas não é capaz de
reprodução imediata, mas deve crescer, se
desenvolver, sobreviver e amadurecer
reprodutivamente.
Desenvolvimento fenotípico
 Tudo isso ocorre em um ambiente ou
conjunto de ambientes.
 Os fenótipos são interações entre genes e
ambiente, então a replicação do DNA
depende dos fenótipos dos indivíduos que o
contém.
 Portanto, também devemos especificar o
desenvolvimento fenotípico; isto é, os
mecanismos que descrevem como os zigotos
formam fenótipos no contexto ambiental
Desenvolvimento fenotípico

 Os pressupostos podem variar:


 mais simples: a arquitetura genética não
produz impacto no fenótipo sob nenhum dos
ambientes encontrados pelos indivíduos na
população
 mais complexos: fenótipos são entidades
dinâmicas constantemente em alteração à
medida que o meio ambiente muda e/ou à
medida que o indivíduo envelhece com
padrões alterados de epistasia e pleiotropia.

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