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Por Marx!
Por Marx!
P O R MARX
UNICAMP
FRANCISCO DIAS -
GUITA GRIN DEBERT JULIO CESAR HADLER NETO
LUIZ - MARCO AUR éLIO CREMASCO
RICARDO ANTUNES - SEDI HIRANO
COLE ÇÃ O MARX 21
Comiss áo Editorial
ARMANDO BOITO JUNIOR ( coordenador )
ALFREDO SAAD FILHO - JO ã O CARLOS KFOURI QUARTIM DE MORAES
MARCO VANZULLI - SEDI HIRANO
Conselho
Conselho Consultivo
Consultivo
ALVARO BIANCHI - ANDREIA GALV
GALVÃ O - ANITA HANDFAS
ISABEL LOUREIRO - LUCIANO CAVINI
CAVINI MARTORA
MARTORANONO
LUIZ EDUARDO MOTTA - REINA LDO CARCANHOLO - RUY BRAGA
REINALDO BRAGA |E D I T O R A
T
1
Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográ fico da L íngu ;
ft
Portuguesa de 1990. Em vigor no Brasil a partir de 2009. t
FICHA CATALOGRÁ FÍ CA ELABORADA PELO I
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMP
Ifei
DIRET Ó RIA DE TRATAMENTO DA INFORMA ÇÃ O
4
Althusser , Louis, 1918 1990 I :
AL 79 p Por Marx / Louis Althusser; tradu çã o Maria Leonor R R . Loureiro; revis ã o t é cnica:
M á rcio Bi í harinho Naves, Celso Kashiura Jr , - Campinas, SP: Editora da Unicamp,
r
2015. i
1. Marx , Karl, 1818 -1883.2. Comunismo. 3 Filosofia marxista
marxista.. 4. Humanismo. 5. Mate ¬ i
rialismo dialético. I. Loureiro , Maria Leonor F. R . II .Tí tulo. I
CDD 335.4
320.5322
ri
144
ISBN 97 8 85 268 1232 1 146.3
Ed
T MS BC Direitos reservados e protegidos pela Le i 9.610 de 19.2.1998.
^ ^V
m
PROC / rfo É proibidapora reprodu
escrito, dos total ou parcial
ção detentores . izaçã o ,
sem autor
autoriza
dos direitos
C D D I S D A T A S -VlUldÁ
PR E Ç O R $ kO
kOOO
PED . Printed in Brazil.
Foi feito o depósito legal.
N° PR 0T .
S S.: .
á D . TI T. Sis IV
MéDiaxH èQu e
RfcPUSUQUE T RAtiÇMSE MaisondeFmn.ee
Cet ouvrage, publié dans ie cadre du Programme d’Aide à la Publication Universí tairç - PAP
Universitaire du Consulac gé né rai dc France à São Paulo, beneficie du soutien du Mínistère fran çais
des Affaires Étrangè res et du Déveioppcment International (MAEDI ).
I - OS “ MANI
MANIFEST
FESTOS FILOS ÓFICOS ” DE
OS FILOS FEUERBACH 33
VII
VI I - MARXISMO E HUMANISMO 18 3
NOTA COMPLEMENTAR SOBRE O “ HUMANISMO REAL” 203
PREF Á CIO À EDI ÇÃ O BRASILEIRA
AO S LEITORES 20 9
POR ALTHUSSER
9
PO R MARK
Nota
HOJE
2
I
os MANI
MA NIFE
FESTO
STOS LOS ó FICOS
S FILOS
DE FE
FEUE
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H
L a ouve
o uvellle C r itiq
it iquu e pede
pede m e par
pa r a apr
apresen
esentartar o s tex
textos de Fe ue r b ac h qu e
sa íram há alg
al g un s m e ses
se s na coleçã o E pim
pi m é th ée P UF . F aço o com praz prazer
er res ¬
po nd e nd o b r ev
evee m enentt e a algu mas p er
algumas ergugunn tas
ta s
Reuni sob o título
Reu tulo “ M a nifestos
nife stos filosóf ic icoo s” os te
texxtos e artig os m ai
artigos aiss im¬
po rtan
rt an t e s publ
ublicad
icadosos por
po r Feuerba
Feuerbach ch entr
ntree 183 9 e 18 tribuu i ção à crtic a
1844 5: C on trib
da filo
fi loso
so fia
fi a de H eg e l 1839
18 39 a intr
in trod
oduu ção d’ es esssênc ia do c ris titian
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ismm o 18 4 1
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pr ovisisóri
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fo r m a da filosofia
loso fia 18 1844 2 P r inc í pios da filofiloss of
ofii a d o
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fu tu ro 18 4 3 , o prefácio à se segu
gun nda edição d’ e ss ência do c rist ristii an i s mo 1 84 3
e u m ararttigo em res re s p os t a a os ata
at a q ue s de Stir
Stirnn er 1 8 45 A pro produ çã o de F eu er ¬
ba c h entre 183 9 e 184518 45 n ão se li lim
mito
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ssee s textos, que e x pr i m em no entan
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noss histó r icos
P or q ue e ste
st e título “M a nif
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la m a ç õ es o an nc io a pa ix o na d o d e ss ssaa rev
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liberrtar o h om em de s e us grilhõ . Feuer
v a i libe euerb bach
ach dir ige se à hu m an id
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ad e.
R as g a os véu s da h ist ó ria un iv erser s a l , de s tr ói o s m ito s e as m ent
en tira
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omem s ua ve r da de O te temmpo c he go u . A hum humani
anid dade está pre rennhe
de u m a re revo
vo lu ç ão imin
iminen entte que
qu e lhe
lhe dará a po ss seuu s er. Q u e o s ho m en s
ssee de se
OS “ MAN RITO
USCR
MANUSC S
ITOS DE 844” DE KARL
844 AR L MAR
MARXX
publii ca çã o dos
A publ dos Man
anusc onstituii um ve
84 4 c onstitu
ritoss de 1 844
uscrito verr da deiroo acont
dadeir ecimenn to ,
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p ara o qual g os taria de cham
chamarar a aten çã o d o s le es de La P ens
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leitor en s ée
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iramen te. A té aqui, os M an uscr
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eitores
leitores
edição C o s te tess Moli
Molito torr. To m o V I das br a s filo Eu vress ph ilosoph
filossóficas C Euvre ilosophii
q u es ] . To d os o s que
qu e se v iram
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nece s sidade
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texto pa rcial mputad ado imporrtantes d
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esenv o lvimentos
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cheio o de e rr
rros
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nexatid stituirr u m instrum ento de tra
tid õe s , não podia c on stitui tr a balho
sé rio. Ei s n os ag o ra , grgraaça s a E Bo lli cu j o g rande
ttigelli
Bottige rito é p reciso
rand e mérito louv ar ,
re ciso louvar
um a ed i çã o a tualiz
de p osse de uma adaa
tu alizad a mais atua
atualizad vi s to qu e Botti
a de todas vis
lizada
ve l co
rá vel comm os textos ulteriores , qu e definirão o materialismo hist ó rico e qu
quee
poder ã o esclarecer até o fundo esse movimento comunista real de 1843 nasci ¬
,
do antes deles, independentemente deles, ao lado do qual o Jovem Marx se
co
coloc ou então. A li ás , mesmo a nossa pr ó pria experi ê ncia pode lembrar- no s de
locou
quee se pode ser “comunista ” se
qu sem serr “ marxista ”. Tal distin çã o é requerida para
m se
evitar cair na tentação po poll ítica de confundir as tomadas de posição teóricas de
co m suas tomadas de posi çã o po líticas , legitimando as primeiras m e¬
Marx com
diante as segundas . M as tal distin ção esclarecedora nos
distinçã no s remete imediatamente
à exigê ncia definida por
po r Bottigelli: conceber “outro m étodo” para dar conta da VI
formação de Marx , logologo,, de seus momentos , de suas etapas, de seus “ presentes”,
SOBRE A DIALÉTICA MATERIALISTA
em suma, de suasu a transformação , para dar co conta dessaa dialética paradoxal cujo
nta dess
episódio mais extraordin á rio s ão exatamente esses Manuscritos , qu e Marx { Da desigualdade d a s origens )
mass que
publicou,, ma
nunca publicou po r isso mesmo, o desnudam, em seu
qu e talvez por se u pensa ¬
mento triunfante e desfeito , no limiar de ser finalmente , por po r um remanejamen-
to radical , o ú ltimo: ou seja , o primeiro. Todos os mistérios que impelem a teoria ao misticismo encon ¬
tram sua solu ção racional na prá xis humana e
soluçã na compreens ão
Dezembro de 1962 dessa prá xis.
K. Marx, “Oitava tese sobre Feuerbach”
Nota
Se fo
fossssee preciso caracter izar com um a palavra as cr ticas q u e m e foram diri
caracterizar ¬
1 Apresentaçã o, tradu ção francesa e notas de Emile Bottigelli. Editions Sociales. gidas , diria ququee, reconhecendo seu interesse , elas apontam meus estudos como
teórica e politicamente perigosos .
Essas cr ticas formulam co m nuances, duas censuras essenciais :
formulam, com
( 1 ) te
terr “acentuado separa Marx de Hegel. Resul ¬
acentuado”” a descontinuidade que separa
tado: o qu quee resta então do “n ú cleo racional ” da dial
dialética hegeliana, da pr ópria
dialética, e , em decorrência disso, d' 0 capital e da lei fundamental do nosso
tempo?; 1
2) ter substituído, propondo o conc
conceit o de “contradi çã o sobredeterminada ”,
eito
a concepção “monista da história marxista po porr uma
um a concepção “pluralista”.
Resultado: o que entãão da necess
qu e resta ent idade histórica , de su
necessidade suaa unidade, do papel
-
determinante da economia e, por po r conseguinte, da leleii fundamental do nosso
tempo? 2
O “H umani
umanism sm o ” socialista est á na or dem do di
ordem diaa
Engajada no pe perr odo que, do socialismo a cada um segund segundoo seu trabalho ,
va i co nduzi la a o comunismo a cada um seg
conduzi segundo
undo suas necessid ades , a U ni ão
necessidades
Sovi
Sovi é tica proclama a palavra de orde
or demm : Tudo
Tud o pel
peloo Homem , e aborda no
novos
vos
temas: liberdade do indiv indivídu
duo
o respeit
respeitoo da legalid ade, dignidade da pessoa
legalidade
operáá rios celebram se as r ealiza
Nos partidos oper ealizaçõ humanismoo socialista e
çõ es do humanism
procuram -se suas justifi
justifica tivas teóric as n’ O capital e, cada vez mais , nas obras
cativas
de juventude de Marx .
É um aconte
acontecimen
cimento to histórico . Pode se m esmo pergunta
erguntarr se o humanismo
socialista ãon é um t ema bastante tranquilizador
tranqu ilizador e atra
atraente possíível
ente para tornar poss
um diálogo entre democratass até mesmo uma troca ai
entre comunistas e sociais democrata ainn ¬
mais ampla com esses homens “de boa
da mais boa vo ntaade” que recusam a guerr
vont guerraa e a
m iséria. Hoje em dia
dia, até mesm
mesmoo a grande via do Humanismo pa parr ec
ecee condu
conduzi
zirr
ao socialismo
fato, cion á sempre teve po
revolucion
revolu porr o bjetivo o fim da exp loraa o
explor
De a luta ria çã
portanto a libertação do hom
e portanto homemem M as na sua asee histórica , ela
su a p rim eira f as
8
PO R MARX
Nota
No ta
1 O conceito de “humanismo
hu manismo real” sust enta a argumentação de um artigo de J. Semprun publi ¬
sustenta
cad
cado .
o no n 58 do periódico
dico Clarté v er Nouvelle Critique n. 164, mar
ma rço de 19
1966 5 . É um con ¬
ce ito empre stado da s obras de juvent
emprestado ud e de M arx .
juventud blic o a tradu çã o de Por M a rx , e, na
br e v emente ao p ú blico
apreseentar bre
Gostaria de apres
Gostaria
mesmaa ocasião , fazer, com
mesm co m o distanciament
istanciamento o no tempo , um “balanço ” do con ¬
teú do filosófic
Por
Po r Ma
Marx
o e da signific
fico significaação deste
rx saiu na Fr
pequenoprlivro
an ça em 1965. M a s s ó o pref
Fran . “Hoje” dat
ef ácio ataa de 1965.
T od o s os outros
ou tros te
textos
xtos foram
fo ram pu
public
blicados
ados anteriormen
anterio rmente te de 19 60 a 1964
19 64 na
forma de artigos, e m revist
forma revistasas do Part ido Co m unista
Partido un ista F ra
rann c ês 1 El
Eles
es foram reu ¬
ta l como havia
id os tal
n idos haviamm si
sido
do e scrit
scritos enhumaa c or
os no seu tempo sem n enhum reçã o nem
orre
retificação.
Pa ra co m preender e julgar estes ensaio
Para ensaioss, é p reciso saber que qu e foram conc oncee¬
bidos redi
red igidos e publicados por
po r um fil ósofo comunista nu m a conjuntura
conjuntu ra
gica e teórica precisa
ideollógica
ideo precisa.. É necess á rio p ois
oi s tomar
to mar es
estes
tes textos
texto s pelo qu
quee
s ão. São ensaios fi c os as p ri
filosó fic
ens aios filos rimeiras
meiras etap
etapasas de uma
um a pesqu isa de longo
pesquisa
fôle re s ultados provisórios qu
go, res
lego quee me recem eviden
evidente mente ser
temente se r retifi
retifica
cadd os : esta
p e squisa abor
aborda naturezz a específica dos
da a nature dos princípios da ciênc ia e da filosofia
ncia
fundada p o r M arx . No entanto estes ens en s aios filosóf icos n ão derivam
derivam de um a
pes
pe s quisa plesmente
s im
implesmente e rudita ou especulativa
especula tiva . S ão simultaneam
simu ente interven
ltaneamente in terven ¬
208 209